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28 a 30 | junho de 2021 | Brasília - DF

A UNIDADE DE CONSERVAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE


EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO NO PARQUE
ESTADUAL FORNO GRANDE
Magalhães, M.V.D.1; Moro, I.P.1; Silva, J.O.2; Cavalcante, I.G.3;
1
Universidade Federal do Espírito Santo; 2Universidade Federal de Uberlândia; 3Universidade Federal de São Paulo

RESUMO: As Unidades de Conservação são territórios protegidos pela Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.
Além de contribuir para a manutenção da biodiversidade e geodiversidade, a Unidade de Conservação
tem como objetivo favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação
em contato com a natureza e o turismo ecológico e geológico. O Parque Estadual do Forno Grande (PEFG),
administrado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) está localizado no
município de Castelo no estado do Espírito Santo e possui uma área de 913,15 hectares com variação
altimétrica entre 1200 e 2039 metros. É considerado o segundo ponto mais alto do Estado, ficando somente
atrás do Pico da Bandeira, com 2.892 metros de altitude, porém é o ponto mais alto em território totalmente
Espírito-santense. O principal fator motivacional das visitações ao parque deve-se a sua beleza cênica,
constituída de trilhas ecológicas interpretativas, cachoeiras e piscinas naturais, afloramentos rochosos que
compõe a paisagem natural do monumento geológico, e a contemplação da biodiversidade exuberante
presente no local. Destaca-se os principais pontos de visitação: “Cachoeirinha” com aproximadamente
30 metros de altura, “Gruta da Santinha” com imagem de Nossa Senhora Aparecida, “Poços Amarelos”
constituído de piscinas naturais de coloração castanho-amarelado, Mirante “Pedra Azul” onde é possível
observar outros monumentos geológicos tais como: Pedra do Garrafão (Santa Maria de Jetibá), Pedra do
Lagarto, Pedra Azul e Pedra das Flores (Domingos Martins), Frade e a Freira e Pico do Itabira (Cachoeiro de
Itapemirim); além do próprio pico do Forno Grande (Castelo), localizado no ponto mais elevado do parque
homônimo. Dentre os trabalhos desenvolvidos através do Programa de Voluntariado em Unidades de
Conservação pelos autores no PEFG, este teve como objetivo identificar o perfil dos visitantes no período
do mês de fevereiro de 2020, a fim de propor melhorias nos meios de promoção da educação ambiental.
O método empregado foi uma pesquisa do tipo Survey, aplicando questionário semiestruturado aos
visitantes. No período de 04 de fevereiro a 28 de fevereiro de 2020 o PEFG recebeu um total de 477
visitantes, destes, 99 participaram da pesquisa, correspondendo a 20,75% do total de visitantes no período
compreendido, o erro de amostragem foi de 7,3% com nível de significância de 90%. As perguntas que
nortearam este estudo foram sobre a escolaridade concluída, e se sabiam que o parque se tratava de
área natural protegida por lei. Os resultados obtidos foram que 46% dos entrevistados possuem ensino
superior, 31% pós-graduação, 15% ensino médio, 7% ensino fundamental, 1% ensino técnico; destes, 71%
tinham conhecimento de que o parque se tratava de uma área natural protegida por lei, em detrimento
aos 29% que desconheciam tal fato. Conclui-se que ainda existe uma parcela significativa de pessoas
que demandam ações de educação ambiental voltados para a construção do conhecimento acerca da
natureza da Unidade de Conservação. Sugere-se ao IEMA divulgação e distribuição de material didático
desenvolvido pelos voluntários, para que a informação seja acessível a toda sociedade, conscientizando
sobre a importância da preservação ambiental.

PALAVRAS-CHAVE: GEODIVERSIDADE; GEOCONSERVAÇÃO; PATRIMÔNIO GEOLÓGICO; GEOTURISMO;


ISBN | 978-65-992688-1-6

SURVEY.

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