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XV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS

DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ


Tecnologias e Alterações do Comportamento Humano
no Meio Ambiente

Educação Ambiental em parques, zoológicos e aquários

Rossana Helena Pitta Virga


Professora do Curso de Ciências Biológicas
Universidade Católica de Santos – UNISANTOS
rossanavirga@gmail.com

Amélia Cristina Elias da Ponte


Professora do Curso de Ciências Biológicas
Universidade Católica de Santos – UNISANTOS
ameliaponte@uol.com.br

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee.

Resumo:
O principal objetivo de parques, aquários e zoológicos era o de somente oferecer
entretenimento à população. Conforme se modificam e desaparecem os ambientes
naturais em prol do desenvolvimento antrópico, essas instituições se transformaram
em instrumentos de conservação e preservação de espécies. Atualmente os objetivos
dos parques, aquários e zoológicos, são garantir a sobrevivência a longo prazo de
populações em cativeiro, reprodução e manutenção de espécies ameaçadas de
extinção e também na possibilidade de reintrodução desses animais aos seus
respectivos ambientes naturais. Nesse sentido, a Educação Ambiental consegue fazer
com que o visitante durante a visita monitorada se sensibilize e reflita sobre questões
ecológicas, preservacionistas, relacionadas ao tráfico de animais e principalmente
sobre a manutenção desses animais em cativeiro. O presente trabalho teve como
objetivo realizar uma análise sobre a Educação Ambiental (EA) desenvolvida em
parques, zoológicos e aquários como espaços não formais. Os dados foram obtidos
dos Trabalhos de Conclusão, do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas de
duas Universidades Santistas (Unisantos e Unip) em 2017. Foram selecionadas
quatro instituições não formais nos municípios de Peruíbe, Mongaguá, São Vicente e
Guarujá, da Baixada Santista. As Instituições visitadas contem diferentes materiais
didáticos como coleções e carrinhos didáticos, animais taxidermizados, banners
autoexplicativos, documentários em vídeos, além de atividades interativas como
tanque de toque, palestras e oficinas. A visita monitorada faz parte do programa de
todas as Instituições. Os entrevistados consideraram que esses locais, a princípio
somente para lazer, com auxílio da EA, contribuíram positivamente para a
aprendizagem do conteúdo divulgado de maneira lúdica.

Palavras chave: Educação Ambiental, Ensino não formal, Parques, aquários e zoos.
Summary:
The main purpose of parks, aquariums and zoos was only provide entertainment to the
population. As natural environments change and disappear in favor of anthropic
development, these institutions have become instruments of conservation and
preservation of species. Currently, the objectives of parks, aquariums and zoos are to
guarantee the long-term survival of captive populations, reproduction and maintenance
of endangered species and the possibility of reintroduction of these animals to their
respective natural environments. In this sense, the Environmental Education is able to
make the visitor during the visit monitored sensitize and reflect on ecological,
preservationist issues related to animal trafficking and especially on the maintenance
of these animals in captivity. The present work had as objective to carry out an analysis
on Environmental Education (EA) developed in parks, zoos and aquariums as non-
formal spaces. The data were obtain from the Conclusion Works, from the Biological
Sciences Degree Program of two Santos’s Universities (Unisantos and Unip) in 2017.
Four non-formal institutions were select in the municipalities of Peruíbe, Mongaguá,
São Vicente and Guarujá, in the Baixada Santista. The visited institutions contain
different didactic materials such as collections and didactic carts, taxidermized
animals, self-explanatory banners, video documentaries, as well as interactive
activities such as touch tank, lectures and workshops. The monitored visit is part of the
program of all Institutions. The interviewees considered that these places, initially only
for leisure, with the help of the EA, contributed positively to the learning of the content
released in a playful way.

Keywords: Environmental education, Non-formal education, Parks,


aquariums and zoos.

Seção 4: Curso de Biologia - Educação

Apresentação: Oral

1. Introdução

Com o avanço do conhecimento científico e das técnicas de estudo sobre o


meio natural, ampliaram-se os alardes, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial a
respeito dos impactos gerados pelas atividades humanas sobre o meio natural. O
desenvolvimento da ecologia e a difusão dessa área do conhecimento contribuíram
para elevar o número de cientistas que apontavam sobre os efeitos danosos da
evolução das sociedades no sistema capitalista. As principais conferências sobre o
meio ambiente, que passaram a versar sobre as melhores estratégias, metas e ações
pautadas sob uma perspectiva ambiental (PENA, 2016).
A Educação Ambiental envolve atividades sociais, políticas e culturais, que
ultrapassam o ambiente escolar. Por meio da Educação Ambiental as pessoas são
estimuladas a reagir contra os a problemas que afetam o meio ambiente (BARRETO;
GUIMARÃES; OLIVEIRA, 2009).
A meta ambiental do Brasil – ou meta de conservação ambiental – compreende
uma série de objetivos que foi inicialmente elaborada pelo Ministério do Meio
Ambiente para ser cumprida no ano de 2010, porém ela foi revisada ao final de 2009
e alterada para o cumprimento até o final de 2020 (PENA, s/d).
Para Dias (1992),

[... é preciso desenvolver uma população que esteja consciente e preocupada


com o meio ambiente e com os problemas que lhe são associados, e que
tenha conhecimento, habilidade, atitude, motivação e compromisso para
trabalhar, individual e coletivamente, na busca de soluções.]

Em 1998, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) apresentou um conjunto


de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao
exercício da cidadania, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Por meio dos
Temas Transversais, o Meio Ambiente foi incluido permeando toda prática
educacional, com destaque para a explicitação de indicadores para a construção do
ensinar e do aprender em Educação Ambiental (BRASIL, 1998; ACHUTTI, 2003).
A partir dessa data, a Educação Ambiental passa a ser tratada de maneira
formal (em sala de aula, mas de maneira lúdica) e não formal, em outros espaços fora
da escola, tais como museus, aquários, parques, zoológicos, entre outras. Os
estudantes e/ou visitantes de forma geral que frequentam essas instituições são
multiplicadores por sua curiosidade. Todas essas instituições devem desempenhar as
funções de lazer, educação, pesquisa e conservação, de forma interligada (COSME,
2017).
A universidade tem um papel importante na formação ambiental dos futuros
professores que estão indo para o mercado. Espera-se que sejam capazes de
trabalhar de forma multi e interdisciplinar (LEONARDI, 2001).
Alguns alunos incentivados em conhecer como a Educação Ambiental é
trabalhada em espaços não formais, desenvolveram Trabalhos de Conclusão de
Curso (TCC) com essa temática em quatro municípios da Baixada Santista.

2. Objetivo

O presente trabalho teve como objetivo realizar uma análise sobre a Educação
Ambiental desenvolvida em parques, zoológicos e aquários como espaços não
formais.

3. Justificativa

De acordo com Maturino (2017), a maior ameaça à sobrevivência de espécies,


em nível global, é a destruição dos seus habitats naturais, principalmente devido à
interferência antrópica.
Os zoológicos atuais também são instrumentos de pesquisa científica, pois a
manutenção de animais favorece os estudos sobre comportamento, reprodução,
interações sociais e doenças, que dificilmente seriam possíveis no habitat natural das
espécies. Neste sentido, a Educação Ambiental tem se tornado cada vez mais
importante, como um meio de buscar apoio e participação dos diversos segmentos da
sociedade (PÁDUA, TABANEZ, 1998).
O principal objetivo de muitos zoológicos era o de oferecer entretenimento à
população. Conforme se modificam e desaparecem os ambientes naturais em prol do
desenvolvimento, os zoológicos se transformaram em muito mais do que áreas de
entretenimento, e sim em instrumentos de conservação e preservação de espécies.
Atualmente os objetivos dos parques e zoológicos são de garantir a
sobrevivência a longo prazo de populações de cativeiro, reprodução e manutenção de
espécies ameaçadas de extinção e também na possibilidade de reintrodução de
animais aos seus respectivos ambientes naturais (COLORNI,2017). Para o autor, os
zoológicos atuais também são instrumentos de pesquisa científica, pois a manutenção
de animais favorece os estudos como, por exemplo, comportamento, reprodução,
interações sociais e doenças, que dificilmente seriam possíveis no habitat natural das
espécies.
Observa-se a tendência de implantação de programas lúdicos, com grande
participação popular e que extrapolam as dependências dos zoológicos, sendo,
muitas vezes, levados às escolas e comunidades da região onde o zoológico está
localizado (COSTA, 2004).
Matarezzi (2005), afirma que todo espaço ou estrutura traz em si características
educativas, mas é preciso haver intencionalidade educadora por parte de quem o
concebe e de quem o vivencia para que a aprendizagem ocorra. Nesse sentido,
entendemos que estruturas existentes no zoológico devem também possuir
intencionalidade educadora (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2015).
A Educação Ambiental consegue fazer com que o visitante se sensibilize e
reflita sobre questões ecológicas, preservacionistas, relacionadas ao tráfico de
animais e muitos outros temas. Muitos espaços não formais possuem interessantes
programas de Educação Ambiental que devem ser encorajados e bem aproveitados.

4. Revisão bibliográfica

4.1 Educação Ambiental no Brasil

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento


(Cnumad), realizada em junho de 1992 no Rio de Janeiro, marcou a forma como a
humanidade encara sua relação com o planeta. Conhecida como Rio-92, Eco-92 ou
Cúpula da Terra, que aconteceu 20 anos depois da primeira conferência do tipo em
Estocolmo, Suécia, os países reconheceram o conceito de desenvolvimento
sustentável e começaram a moldar ações com o objetivo de proteger o meio ambiente
(BRASIL, 2012).
Foi publicado em 2012 na III Conferência Brasileira de Gestão Ambiental, o
estudo “Educação Ambiental Virtual” de Cássio Bergamasco e Virgínia Lages.

4.2 Educação Ambiental em Zoológicos e Aquários

O primeiro zoológico do Brasil surgiu na última década do Século XIX, quando


o Museu Emílio Goeldi, no Pará, iniciou a criação de uma pequena coleção de animais
silvestres oriundos da Amazônia. Em seguida vieram o zoológico do Rio de Janeiro e
os demais que continuam a surgir a cada dia (COSTA, 2004).
O Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros – Zoológico de Sorocaba
é um dos lugares mais populares de Sorocaba, podendo ser considerado como o
cartão de visita da cidade. Foi um dos primeiros zoológicos do Brasil a implantar um
programa de Educação Ambiental, sendo este executado por profissionais de diversas
áreas, como biólogos, geógrafos, professores, proporcionando uma visão
multidisciplinar (MERGULHÃO, 1997).
Zolcsak (2002), Telles et al. (2002) e Barreto; Guimarães.; Oliveira (2009),
definiram os Parques zoológicos como locais de recreação, mas também podem ser
museus, uma vez que são instituições que se ocupam com a conservação, pesquisa
e comunicação de elementos naturais.
O artigo de Marandino e Ianelli (2012) identifica modelos de educação em
ciências que fundamentam as visitas orientadas realizadas em dois museus: o
Zoológico Quinzinho de Barros, em Sorocaba/SP e o Museu de Zoologia da USP/SP.
Os resultados indicam que o modelo predominante em ambas as instituições é o
construtivista. No entanto, em ambas as instituições, questionam sobre até que ponto
os museus assumem, de forma consistente, determinadas concepções pedagógicas
em suas ações educativas.
Em 2013, Kondrat e Maciel apresentaram a Educação Ambiental com a função
de atingir toda a população, inclusive as novas gerações, formando cidadãos que
possam responder pelo processo de mudanças do atual estado ambiental da Terra.
Mendes e Oliveira (2014), verificaram a importância da técnica de educação
ambiental como processo de ensino e o zoológico como ferramenta educacional,
buscando a realidade dos fatos e conhecimentos inovadores. Os autores concluíram
que a tarefa desenvolvida na escola pode esclarecer muitas dúvidas e direcionar os
alunos para o pensamento correto em relação aos zoológicos e suas atividades.

5. Materiais e Métodos
Os dados desta pesquisa foram obtidos dos Trabalhos de Conclusão, do Curso
de Licenciatura em Ciências Biológicas das Universidades Católica de Santos
(Unisantos) e Paulista (Unip), campus Rangel, em 2017. Foram selecionadas quatro
instituições não formais nos municípios de Peruíbe, Mongaguá, São Vicente e
Guarujá, da Baixada Santista.
As áreas de estudos contemplaram dois aquários (Aquário de Peruíbe e
Aquário do Guarujá – Figura 1a) e dois parques (Parque Turístico Ecológico de
Mongaguá – “A Tribuna” e Parque Zoológico Voturuá em São Vicente - Figura 1b).
Figura 1a: Aspecto geral da fachada dos aquários de Peruíbe e Guarujá.

Fonte: Peruíbe - http://www.praias-360.com.br/img-600/sp/peruibe/sp-peruibe-aquario-


010.jpgGuarujá - https://i.ytimg.com/vi/IvSECHQaKnY/maxresdefault.jpg
Figura 1b: Aspecto geral da fachada dos parques de Mongaguá e São Vicente.

Fonte: Mongaguá - http://mongagua.sp.gov.br/wp-content/gallery/a-tribuna/parque-ecologico-2-


2.jpg
Voturuá - https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/06/7c/e1/6a/parque-ecologico-
voturua.jpg

O Parque Turístico Ecológico de Mongaguá – “A Tribuna possui uma área de 15


mil m2 destinada à visitação pública e aos recintos para os animais (jabutis, quati, jacaré,
tucanos e gavião), um serpentário com cobras peçonhentas e não peçonhentas, um viveiro
interativo de aves, além de 15 aquários tropicais e marinhos com peixes de diversas partes
do mundo. (Figura 2). O visitante pode observar e aprender em cada recinto com diferentes
animais
O Parque Zoológico Voturuá, possui uma grande reserva de área verde da Mata
Atlântica. Além da exposição de animais, os visitantes encontram ainda uma boa
infraestrutura de lazer, com playground para as crianças, opções de trilhas (Figura 3)
e um pesque-pague.

Figura 2: Vista geral dos aquários tropicais e Figura 3: Trilha utilizada pelos visitantes
marinhos do parque Voturuá

Fonte: Maturino Fonte: Colorni

O aquário de Peruíbe possui 800 m2 de área construída, com 15 tanques de


água doce, salgada e aquaterrário (Figura 4), mais quatro aquários e um tanque de
contato.
O aquário do Guarujá com uma área de 5.775 m² e 1.446.560 litros de água,
distribuída em cerca de 49 recintos (água doce, salgada, aquaterrários e terrários)
Possui entre invertebrados, peixes de água doce e salgada, aves e mamíferos um
total de 180 espécies de animais.

Figura 4: Corredor de visitação mostrando os aquários


de água doce, salgada e aquaterrário.

Fonte: Cosme

6. Resultados e discussão

Os parques e aquários contemplados nesse trabalho foram visitados pelos


alunos de licenciatura para a confecção de seus TCCs. Uma breve descrição das
atividades realizadas nessas localidades foi subdividida para melhor compreensão.
O Parque Turístico Ecológico de Mongaguá – “A Tribuna” possui um amplo
espaço dedicado à Educação Ambiental (Figura 5) que contem diferentes materiais
didáticos como areias das diversas praias do litoral paulista, animais taxidermizados
da região, banners explicativos sobre vários temas (tráfico de animais, poluição das
praias e ambientes costeiros), entre outras atividades como palestras e oficinas
interativas (MATURINO, 2017).

Figura 5: Sala ambiental do Parque Turístico Ecológico de Mongaguá – “A Tribuna”

Foto: Maturino
No parque Voturuá Colorni (2017) propõe uma cartilha (Figura 6) como
ferramenta pedagógica e de popularização científica sobre os animais expostos.

Figura 6 – Imagem da cartilha produzida para o parque Voturuá.

Fonte: Colorni

O Aquário de Peruíbe mantém exposição semi permanente, palestras e


documentários em vídeo oferecidos no auditório (COSME, 2017).
O Aquário do Guarujá possui um programa de Educação Ambiental (PEA) com
atividades destinadas a vários tipos de públicos (infantil, ensino básico, universitários,
melhor idade, turistas e para pessoas com necessidades especiais), que incluem
visitas externas (passeio de escuna e trilha ecológica), carrinhos didáticos, trilha
holística, mini cursos, palestras interativas e comunicações orais, entre outras
atividades. Possuem também tanques interativos (Figura 7a e b). Todas essas
atividades são monitoradas (VIRGA, SANTOS, GALLON, 2009).
Figura 7- Tanques interativos. a) tanque dos tubarões e b) tanque do teiú.

Fonte: Virga

Independente do equipamento ou da faixa etária dos estudantes, as atividades


de Educação Ambiental são similares pois ocorrem em espaços nos quais se realizam
intencionalmente processos dinâmicos de aprendizagem. O Quadro 1 mostra
algumas dessas atividades que podem variar em função do tema abordado no
momento do trabalho. Os envolvidos são motivados e se adaptam ao grupo trabalhado
ao longo do processo.

Quadro 1 – Atividade desenvolvidas pelo setor de Educação Ambiental do aquário de Peruíbe.

ATIVIDADES DESCRIÇÃO E OBJETIVO


Transmite aleatoriamente, documentários, sobre espécies, degradação do
Vídeos Ecológicos
ambiente marinho, comportamento, habitat de animais marinhos.
Oficina com materiais recicláveis, jogos com objetivos de explicação sobre
Recreação Infantil
ordens e famílias de animais marinhos.

Exemplo; Demonstração com animais taxidermizados, mortos por ingestão


Conscientização de lixo, e o próprio lixo retirado. E agua viva real e saco plástico,
armazenados em vidros transparentes demonstrando tal semelhança.

As crianças podem tocar em animais vivos; como a Iguana-verde e uma


Atividade de Toque
serpente corn snake.
Painel Educativo Painel ilustrando o tempo que cada material leva para se decompor.
Nos meses de férias, há uma programação especial para as crianças de 4 a
Oficina de Férias
8 anos com oficinas, gincanas e lanche.
O aquário monta tendas na entrada, em datas comemorativas ambientais,
Datas Comemorativas
para educação ambiental em um todo.

Segundo Gohn (2006), muitos de seus objetivos são diferenciados e


enriquecidos como consequência do espaço onde se desenvolve o processo
educativo. Sendo assim, a educação não formal também visa à formação da cidadania
por seus meios próprios de trabalho público e coletivo.
As escolas que visitam instituições não formais proporcionam ao seus alunos
um conhecimento maior num tempo menor e de maneira divertida. Visitas a museus,
parques, zoológicos e aquários, quando monitoradas oferecem aos alunos acesso a
materiais comunicativos. Deste modo, os estudantes podem conhecer, observar e
ampliar os conhecimentos construídos em sala de aula trazendo um resultado
satisfatório para este trabalho, uma vez que essas visitas contribuem positivamente
para a aprendizagem dos alunos (SILVA, 2017).

7. Conclusão
O trabalho realizado nos parques e nos aquários teve quase 100% de aprovação
em relação ao potencial educativo desses locais. Os entrevistados consideraram que
esses locais, a princípio somente para lazer, contribuiu positivamente para a
aprendizagem do conteúdo divulgado de maneira lúdica. A pesquisa também permitiu
constatar que a Educação Ambiental desenvolvida e aplicada em espaços não formais
de educação é fundamental para a compreensão da preservação das espécies, pois as
informações estão relacionadas ao papel de cada organismo no meio ambiente, o
respeito à vida, à conservação e à preservação.
Os conteúdos teóricos oferecidos com auxílio de atividades lúdicas trouxeram
uma resposta muito mais satisfatória, mostrando um maior interesse dos alunos.
A educação realizada nestes espaços deve enfatizar os motivos de sua
existência e o porquê devem ser conservados bem como sua importância,
despertando curiosidades, paixões e a aproximação das novas gerações para com a
natureza. É apenas conhecendo que se é possível preservar.

8. Referências
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