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PSN- Professora Solange Nunes formação comum, independentemente da

grande diversidade da população escolar e das


TURMA: PROFESSOR ANOS demandas sociais.
INICIAIS/2019/RJ
Art. 5º O direito à educação, entendido como
Ministério da Educação- CNE- um direito inalienável do ser humano, constitui o
fundamento maior destas Diretrizes. A
Conselho Nacional de Educação – CEB-
educação, ao proporcionar o desenvolvimento
Câmara de Educação Básica Resolução do potencial humano, permite o exercício dos
nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa direitos civis, políticos, sociais e do direito à
Diretrizes Curriculares Nacionais para o diferença, sendo ela mesma também um direito
Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. social, e possibilita a formação cidadã e o
usufruto dos bens sociais e culturais.
Art. 1º A presente Resolução fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino §1º O Ensino Fundamental deve comprometer-
Fundamental de 9 (nove) anos a serem se com uma educação com qualidade social,
observadas na organização curricular dos igualmente entendida como direito humano.
sistemas de ensino e de suas unidades § 2º A educação de qualidade, como um direito
escolares. fundamental é, antes de tudo, relevante,
pertinente e equitativa.
Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais I – A relevância reporta-se à promoção de
para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos aprendizagens significativas do ponto de vista
articulam-se com as Diretrizes Curriculares das exigências sociais e de desenvolvimento
Nacionais Gerais para a Educação Básica pessoal.
(Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução II– A pertinência refere-se à possibilidade de
CNE/CEB nº 4/2010) e reúnem princípios, atender às necessidades e às características
fundamentos e procedimentos definidos pelo dos estudantes de diversos contextos sociais e
Conselho Nacional de Educação, para orientar culturais e com diferentes capacidades e
as políticas públicas educacionais e a interesses.
elaboração, implementação e avaliação das III – A equidade alude à importância de tratar
orientações curriculares nacionais, das de forma diferenciada o que se apresenta como
propostas curriculares dos Estados, do Distrito desigual no ponto de partida, com vistas a obter
Federal, dos Municípios e dos projetos político- desenvolvimento e aprendizagens equiparáveis,
pedagógicos das escolas. assegurando a todos a igualdade de direito à
educação.
Parágrafo único Estas Diretrizes Curriculares § 3º Na perspectiva de contribuir para a
Nacionais aplicam-se a todas as modalidades erradicação da pobreza e das desigualdades, a
do Ensino Fundamental previstas na Lei de equidade requer que sejam oferecidos mais
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, bem recursos e melhores condições às escolas
como à Educação do Campo, à Educação menos providas e aos alunos que deles mais
Escolar Indígena e à Educação Escolar necessitem. Ao lado das políticas universais,
Quilombola. dirigidas a todos sem requisito de seleção, é
preciso também sustentar políticas reparadoras
Os fundamentos que assegurem maior apoio aos diferentes
Art. 3º O Ensino Fundamental se traduz como grupos sociais em desvantagem.
um direito público subjetivo de cada um e como
dever do Estado e da família na sua oferta a
todos.

Art. 4º É dever do Estado garantir a oferta do


Ensino Fundamental público, gratuito e de
qualidade, sem requisito de seleção.
§ 1º As escolas que ministram esse ensino
deverão trabalhar considerando essa etapa da
educação como aquela capaz de assegurar a
cada um e a todos o acesso ao conhecimento e
aos elementos da cultura imprescindíveis para o
seu desenvolvimento pessoal e para a vida em
sociedade, assim como os benefícios de uma
§ 4º A educação escolar, comprometida com a I – o desenvolvimento da capacidade de
igualdade do acesso de todos ao conhecimento aprender, tendo como meios básicos o pleno
e especialmente empenhada em garantir esse domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
acesso aos grupos da população em II – a compreensão do ambiente natural e social,
desvantagem na sociedade, será uma educação do sistema político, das artes, da tecnologia e
com qualidade social e contribuirá para dirimir dos valores em que se fundamenta a sociedade;
as desigualdades historicamente produzidas, III – a aquisição de conhecimentos, habilidades
assegurando, assim, o ingresso, a permanência e a formação de atitude
e o sucesso na escola, com a consequente
redução da evasão, da retenção e das Matrícula no Ensino Fundamental de 9 (nove)
distorções de idade/ano/série (Parecer anos e carga horária
CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução CNE/CEB n°
4/2010, que define as Diretrizes Curriculares Art. 8º O Ensino Fundamental, com duração de
Nacionais Gerais para a Educação Básica). 9 (nove) anos, abrange a população na faixa
etária dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de
Os princípios idade e se estende, também, a todos os que, na
Art. 6º Os sistemas de ensino e as escolas idade própria, não tiveram condições de
adotarão como norteadores das políticas frequentá-lo.
educativas e das ações pedagógicas, os § 1º É obrigatória a matrícula no Ensino
seguintes princípios: Fundamental de crianças com 6 (seis) anos
I – Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e completos ou a completar até o dia 31 de março
autonomia; de respeito à dignidade da pessoa do ano em que ocorrer a matrícula, nos termos
humana e de compromisso com a promoção do da Lei e das normas nacionais vigentes.
bem de todos, contribuindo para combater e § 2º As crianças que completarem 6 (seis) anos
eliminar quaisquer manifestações de após essa data deverão ser matriculadas na
preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e Educação Infantil (Pré-Escola).
quaisquer outras formas de discriminação. § 3º A carga horária mínima anual do Ensino
II – Políticos: de reconhecimento dos direitos e Fundamental regular será de 800 (oitocentas)
deveres de cidadania, de respeito ao bem horas relógio, distribuídas em, pelo menos, 200
comum e à preservação do regime democrático (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar.
e dos recursos ambientais; da busca da
equidade no acesso à educação, à saúde, ao O currículo
trabalho, aos bens culturais e outros benefícios; Art. 9º O currículo do Ensino Fundamental é
da exigência de diversidade de tratamento para entendido, nesta Resolução, como constituído
assegurar a igualdade de direitos entre os pelas experiências escolares que se desdobram
alunos que apresentam diferentes em torno do conhecimento, permeadas pelas
necessidades; da redução da pobreza e das relações sociais, buscando articular vivências e
desigualdades sociais e regionais. saberes dos alunos com os conhecimentos
III – Estéticos: do cultivo da sensibilidade historicamente acumulados e contribuindo para
juntamente com o da racionalidade; do construir as identidades dos estudantes.
enriquecimento das formas de expressão e do § 1º O foco nas experiências escolares significa
exercício da criatividade; da valorização das que as orientações e propostas curriculares que
diferentes manifestações culturais, provêm das diversas instâncias só terão
especialmente a da cultura brasileira; da concretude por meio das ações educativas que
construção de identidades plurais e solidárias. envolvem os alunos.

Art. 7º De acordo com esses princípios, e em


conformidade com os art. 22 e 32 da Lei nº
9.394/96 (LDB), as propostas curriculares do
Ensino Fundamental visarão desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho
e em estudos posteriores, mediante os objetivos
previstos para esta etapa da escolarização, a
saber:
§ 2º As experiências escolares abrangem todos pelos sistemas de ensino e pelas escolas, de
os aspectos do ambiente escolar: aqueles que modo a complementar e enriquecer o currículo,
compõem a parte explícita do currículo, bem assegurando a contextualização dos
como os que também contribuem, de forma conhecimentos escolares em face das
implícita, para a aquisição de conhecimentos diferentes realidades.
socialmente relevantes. Valores, atitudes,
sensibilidade e orientações de conduta são Art. 12 Os conteúdos que compõem base
veiculados não só pelos conhecimentos, mas nacional comum e a parte diversificada têm
por meio de rotinas, rituais, normas de convívio origem nas disciplinas científicas, no
social, festividades, pela distribuição do tempo e desenvolvimento das linguagens, no mundo do
organização do espaço educativo, pelos trabalho, na cultura e na tecnologia, na
materiais utilizados na aprendizagem e pelo produção artística, nas atividades desportivas e
recreio, enfim, pelas vivências proporcionadas corporais, na área da saúde e ainda incorporam
pela escola. saberes como os que advêm das formas
§ 3º Os conhecimentos escolares são aqueles diversas de exercício da cidadania, dos
que as diferentes instâncias que produzem movimentos sociais, da cultura escolar, da
orientações sobre o currículo, as escolas e os experiência docente, do cotidiano e dos alunos.
professores selecionam e transformam a fim de
que possam ser ensinados e aprendidos, ao Art. 13 Os conteúdos a que se refere o art. 12
mesmo tempo em que servem de elementos são constituídos por componentes curriculares
para a formação ética, estética e política do que, por sua vez, se articulam com as áreas de
aluno. conhecimento, a saber: Linguagens,
Matemática, Ciências da Natureza e Ciências
A base nacional comum e a parte Humanas. As áreas de conhecimento favorecem
diversificada: complementaridade a comunicação entre diferentes conhecimentos
sistematizados e entre estes e outros saberes,
Art. 10 O currículo do Ensino Fundamental tem mas permitem que os referenciais próprios de
uma base nacional comum, complementada em cada componente curricular sejam preservados.
cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar por uma parte Art. 14 O currículo da base nacional comum do
diversificada. Ensino Fundamental deve abranger
obrigatoriamente, conforme o artigo 26 da Lei nº
9.394/96, o estudo da Língua Portuguesa
Art. 11 A base nacional comum e a parte
e da Matemática, o conhecimento do mundo
diversificada do currículo do Ensino físico e natural e da realidade social e política,
Fundamental constituem em um todo integrado especialmente a do Brasil, bem como o ensino
e não podem ser consideradas como dois da Arte, a Educação Física e o Ensino
blocos distintos. Religioso.
§ 1º A articulação entre a base nacional comum
e a parte diversificada do currículo do Ensino Art. 15 Os componentes curriculares
obrigatórios do Ensino Fundamental serão
Fundamental possibilita a sintonia dos
assim organizados em relação às áreas de
interesses mais amplos de formação básica do conhecimento:
cidadão com a realidade local, as necessidades I – Linguagens
dos alunos, as características regionais da a) Língua Portuguesa
sociedade, da cultura e da economia e perpassa b) Língua materna, para populações indígenas
todo o currículo. c) Língua Estrangeira moderna
§ 2º Voltados à divulgação de valores d) Arte
e) Educação Física
fundamentais ao interesse social e à
II – Matemática
preservação da ordem democrática, os III – Ciências da Natureza
conhecimentos que fazem parte da base IV – Ciências Humanas
nacional comum a que todos devem ter acesso, a) História
independentemente da região e do lugar em que b) Geografia
vivem, asseguram a característica unitária das V – Ensino Religioso
orientações curriculares nacionais, das
§ 1º O Ensino Fundamental deve ser ministrado
propostas curriculares dos Estados, do Distrito em língua portuguesa, assegurada também às
Federal, dos Municípios e dos projetos político- comunidades indígenas a utilização de suas
pedagógicos das escolas. línguas maternas e processos próprios de
§ 3º Os conteúdos curriculares que compõem a aprendizagem, conforme o art. 210, § 2º, da
parte diversificada do currículo serão definidos Constituição Federal.
§ 2º O ensino de História do Brasil levará em temas sociais em uma perspectiva integrada,
conta as contribuições das diferentes culturas e conforme Resolução CNE/CEB nº 4/2010.
etnias para a formação do povo brasileiro, § 3º Aos órgãos executivos dos sistemas de
especialmente das matrizes indígena, africana e ensino compete a produção e a disseminação
europeia (art. 26, § 4º, da Lei nº 9.394/96). de materiais subsidiários ao trabalho docente,
§ 3º A história e as culturas indígena e afro- que contribuam para a eliminação de
brasileira, presentes obrigatoriamente nos discriminações, racismo, sexismo, homofobia e
conteúdos desenvolvidos no âmbito de todo o outros preconceitos e que conduzam à adoção
currículo escolar e, em especial, no ensino de de comportamentos responsáveis e solidários
Arte, Literatura e História do Brasil, assim como em relação aos outros e ao meio ambiente.
a História da África, deverão assegurar o
conhecimento e o reconhecimento desses Art. 17 Na parte diversificada do currículo do
povos para a constituição da nação (conforme Ensino Fundamental será incluída,
artigo 26-A da Lei nº 9.394/96, alterado pela Lei obrigatoriamente, a partir do 6º ano, o ensino
nº 11.645/2008). Sua inclusão possibilita ampliar de, pelo menos uma língua estrangeira moderna
o leque de referências culturais de toda a cuja escolha ficará a cargo da comunidade
população escolar e contribui para a mudança escolar.
das suas concepções de mundo, transformando § 1º Entre as línguas estrangeiras modernas, a
os conhecimentos comuns veiculados pelo língua espanhola poderá ser a opção nos
currículo e contribuindo para a construção de termos da Lei nº 11.161/2005.
identidades mais plurais e solidárias.
§ 4º A Música constitui conteúdo obrigatório, O projeto político-pedagógico
mas não exclusivo, do componente curricular Art. 18 O currículo do Ensino Fundamental com
Arte, o qual compreende também as artes 9 (nove) anos de duração exige a estruturação
visuais, o teatro e a dança, conforme o § 6º do de um projeto educativo coerente, articulado e
art. 26 da Lei nº 9.394/96. § 5º A Educação integrado, de acordo com os modos de ser e de
Física, componente obrigatório do currículo do se desenvolver das crianças e adolescentes nos
Ensino Fundamental, integra a proposta político- diferentes contextos sociais.
pedagógica da escola e será facultativa ao
aluno apenas nas circunstâncias previstas no § Art. 19 Ciclos, séries e outras formas de
3º do art. 26 da Lei nº 9.394/96. organização a que se refere a Lei nº 9.394/96
§ 6º O ensino religioso, de matrícula facultativa serão compreendidos como tempos e espaços
ao aluno, é parte integrante da formação básica interdependentes e articulados entre si, ao longo
do cidadão e constitui componente curricular dos 9 (nove) anos de duração do Ensino
dos horários normais das escolas públicas de Fundamental.
Ensino Fundamental, assegurado o respeito à
diversidade cultural e religiosa do Brasil e A gestão democrática e participativa como
vedadas quaisquer formas de proselitismo, garantia do direito à educação
conforme o art. 33 da Lei nº 9.394/96.
Art. 20 As escolas deverão formular o projeto
Art. 16 Os componentes curriculares e as áreas político-pedagógico e elaborar o regimento
de conhecimento devem articular em seus escolar e de acordo com a proposta do Ensino
conteúdos, a partir das possibilidades abertas Fundamental de 9 (nove) anos, por meio de
pelos seus referenciais, a abordagem de temas processos participativos relacionados à gestão
abrangentes e contemporâneos que afetam a democrática.
vida humana em escala global, regional e local, § 1º O projeto político-pedagógico da escola
bem como na esfera individual. Temas como: traduz a proposta educativa construída pela
saúde, sexualidade e gênero, vida familiar e comunidade escolar no exercício de sua
social, assim como os direitos das crianças e autonomia, com base nas características dos
adolescentes, de acordo com o Estatuto da alunos e nos profissionais e recursos
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), disponíveis, tendo como referência as
preservação do meio ambiente, nos termos da orientações curriculares nacionais e dos
política nacional de educação ambiental (Lei nº respectivos sistemas de ensino.
9.795/99), educação para o consumo, educação § 2º Será assegurada ampla participação dos
fiscal, trabalho, ciência e tecnologia; diversidade profissionais da escola, da família, dos alunos e
cultural devem permear o desenvolvimento dos da comunidade local na definição das
conteúdos da base nacional comum e da parte orientações imprimidas aos processos
diversificada do currículo. educativos e nas formas de implementá-las,
§ 1° Outras leis específicas que complementam tendo como apoio um processo contínuo de
a Lei nº 9.394/96 determinam que sejam ainda avaliação das ações, a fim de garantir a
incluídos temas relativos à condição e direitos distribuição social do conhecimento e contribuir
dos idosos (Lei nº 10.741/2003) e à educação para a construção de uma sociedade
para o trânsito (Lei nº 9.503/97). democrática e igualitária.
§ 2º A transversalidade constitui uma das § 3º O regimento escolar deve assegurar as
maneiras de trabalhar os componentes condições institucionais adequadas para a
curriculares, as áreas de conhecimento e os execução do projeto político-pedagógico e a
oferta de uma educação inclusiva e com
qualidade social, igualmente garantida a ampla colaborativo, capaz de superar a fragmentação
participação da comunidade escolar na sua dos componentes curriculares.
elaboração. § 2º Constituem exemplos de possibilidades de
§ 4º O projeto político-pedagógico e o regimento integração do currículo, entre outros, as
escolar, em conformidade com a legislação e as propostas curriculares ordenadas em torno de
normas vigentes, conferirão espaço e tempo grandes eixos articuladores, projetos
para que os profissionais da escola e, em interdisciplinares com base em temas geradores
especial, os professores, possam participar de formulados a partir de questões da comunidade
reuniões de trabalho coletivo, planejar e e articulados aos componentes curriculares e às
executar as ações educativas de modo áreas de conhecimento, currículos em rede,
articulado, avaliar os trabalhos dos alunos, propostas ordenadas em torno de conceitos-
tomar parte em ações de formação continuada e chave ou conceitos nucleares que permitam
estabelecer contatos com a comunidade. trabalhar as questões cognitivas e as questões
§ 5º Na implementação de seu projeto político- culturais numa perspectiva transversal, e
pedagógico, as escolas se articularão com as projetos de trabalho com diversas acepções.
instituições formadoras com vistas a assegurar § 3º Os projetos propostos pela escola,
a formação continuada de seus profissionais. comunidade, redes e sistemas de ensino serão
articulados ao desenvolvimento dos
Art. 21 No projeto político-pedagógico do componentes curriculares e áreas de
Ensino Fundamental e no regimento escolar, o conhecimento, observadas as disposições
aluno, centro do planejamento curricular, será contidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais
considerado como sujeito que atribui sentidos à Gerais para a Educação Básica (Resolução
natureza e à sociedade nas práticas sociais que CNE/CEB nº 4/2010, art.17) e nos termos do
vivencia, produzindo cultura e construindo sua Parecer que dá base à presente Resolução.
identidade pessoal e social. Parágrafo único
Como sujeito de direitos, o aluno tomará parte Art. 25 Os professores levarão em conta a
ativa na discussão e implementação das normas diversidade sociocultural da população escolar,
que regem as formas de relacionamento na as desigualdades de acesso ao consumo de
escola, fornecerá indicações relevantes a bens culturais e a multiplicidade de interesses e
respeito do que deve ser trabalhado no currículo necessidades apresentadas pelos alunos no
e será incentivado a participar das organizações desenvolvimento de metodologias e estratégias
estudantis. variadas que melhor respondam às diferenças
de aprendizagem entre os estudantes e às suas
Art. 22 O trabalho educativo no Ensino demandas.
Fundamental deve empenhar-se na promoção
de uma cultura escolar acolhedora e respeitosa, Art. 26 Os sistemas de ensino e as escolas
que reconheça e valorize as experiências dos assegurarão adequadas condições de trabalho
alunos atendendo as suas diferenças e aos seus profissionais e o provimento de outros
necessidades específicas, de modo a contribuir insumos, de acordo com os padrões mínimos de
para efetivar a inclusão escolar e o direito de qualidade referidos no inciso IX, do art.4º, da Lei
todos à educação. nº 9.394/96 e em normas específicas
estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Art. 23 Na implementação do projeto político- Educação, com vistas à criação de um ambiente
pedagógico, o cuidar e o educar, indissociáveis propício à aprendizagem com base:
funções da escola, resultarão em ações I – no trabalho compartilhado e no compromisso
integradas que buscam articular-se individual e coletivo dos professores e demais
pedagogicamente no interior da própria profissionais da escola com a aprendizagem dos
instituição e também externamente, com alunos;
serviços de apoio aos sistemas educacionais e II – no atendimento às necessidades específicas
com as políticas de outras áreas, para de aprendizagem de cada um mediante
assegurar a aprendizagem, o bem-estar e o abordagens apropriadas;
desenvolvimento do aluno em todas as suas III – na utilização dos recursos disponíveis na
dimensões. escola e nos espaços sociais e culturais do
entorno;
Relevância dos conteúdos, integração e IV – na contextualização dos conteúdos,
abordagens assegurando que a aprendizagem seja
Art. 24 A necessária integração dos relevante e socialmente significativa;
conhecimentos escolares no currículo favorece V – no cultivo do diálogo e de relações de
a sua contextualização e aproxima o processo parceria com as famílias.
educativo das experiências dos alunos. Parágrafo único Como protagonistas das
§ 1º A oportunidade de conhecer e analisar ações pedagógicas, caberá aos docentes
experiências assentadas em diversas equilibrar a ênfase no reconhecimento e
concepções de currículo integrado e valorização da experiência do aluno e da cultura
interdisciplinar oferecerá aos docentes subsídios local que contribui para construir identidades
para desenvolver propostas pedagógicas que afirmativas, e a necessidade de lhes fornecer
avancem na direção de um trabalho instrumentos mais complexos de análise da
realidade que possibilitem o acesso a níveis
universais de explicação dos fenômenos, do ensino contribuirão para melhor qualificar a
propiciando-lhes os meios para transitar entre a ação pedagógica junto às crianças, sobretudo
sua e outras realidades e culturas e participar de nos anos iniciais dessa etapa da escolarização.
diferentes esferas da vida social, econômica e § 2º Na passagem dos anos iniciais para os
política. anos finais do Ensino Fundamental, especial
atenção será dada:
Art. 27 Os sistemas de ensino, as escolas e os I – pelos sistemas de ensino, ao planejamento
professores, com o apoio das famílias e da da oferta educativa dos alunos transferidos das
comunidade, envidarão esforços para assegurar redes municipais para as estaduais;
o progresso contínuo dos alunos no que se II – pelas escolas, à coordenação das
refere ao seu desenvolvimento pleno e à demandas específicas feitas pelos diferentes
aquisição de aprendizagens significativas, professores aos alunos, a fim de que os
lançando mão de todos os recursos disponíveis estudantes possam melhor organizar as suas
e criando renovadas oportunidades para evitar atividades diante das solicitações muito diversas
que a trajetória escolar discente seja retardada que recebem.
ou indevidamente interrompida.
§ 1º Devem, portanto, adotar as providências Art. 30 Os três anos iniciais do Ensino
necessárias para que a operacionalização do Fundamental devem assegurar:
princípio da continuidade não seja traduzida I – a alfabetização e o letramento;
como “promoção automática” de alunos de um II – o desenvolvimento das diversas formas de
ano, série ou ciclo para o seguinte, e para que o expressão, incluindo o aprendizado da Língua
combate à repetência não se transforme em Portuguesa, a Literatura, a Música e demais
descompromisso com o ensino e a artes, a Educação Física, assim como o
aprendizagem. aprendizado da Matemática, da Ciência, da
§ 2º A organização do trabalho pedagógico História e da Geografia;
incluirá a mobilidade e a flexibilização dos III – a continuidade da aprendizagem, tendo em
tempos e espaços escolares, a diversidade nos conta a complexidade do processo de
agrupamentos de alunos, as diversas alfabetização e os prejuízos que a repetência
linguagens artísticas, a diversidade de materiais, pode causar no Ensino Fundamental como um
os variados suportes literários, as atividades que todo e, particularmente, na passagem do
mobilizem o raciocínio, as atitudes primeiro para o segundo ano de escolaridade e
investigativas, as abordagens complementares deste para o terceiro.
e as atividades de reforço, a articulação entre a § 1º Mesmo quando o sistema de ensino ou a
escola e a comunidade, e o acesso aos espaços escola, no uso de sua autonomia, fizerem opção
de expressão cultural. pelo regime seriado, será necessário considerar
os três anos iniciais do Ensino Fundamental
Art. 28 A utilização qualificada das tecnologias como um bloco pedagógico ou um ciclo
e conteúdos das mídias como recurso aliado ao sequencial não passível de interrupção, voltado
desenvolvimento do currículo contribui para o para ampliar a todos os alunos as oportunidades
importante papel que tem a escola como de sistematização e aprofundamento das
ambiente de inclusão digital e de utilização aprendizagens básicas, imprescindíveis para o
crítica das tecnologias da informação e prosseguimento dos estudos.
comunicação, requerendo o aporte dos sistemas § 2º Considerando as características de
de ensino no que se refere à: desenvolvimento dos alunos, cabe aos
I – provisão de recursos midiáticos atualizados e professores adotar formas de trabalho que
em número suficiente para o atendimento aos proporcionem maior mobilidade das crianças
alunos; nas salas de aula e as levem a explorar mais
II – adequada formação do professor e demais intensamente as diversas linguagens artísticas,
profissionais da escola. a começar pela literatura, a utilizar materiais que
ofereçam oportunidades de raciocinar,
manuseando-os e explorando as suas
características e propriedades.
Articulações e continuidade da trajetória
escolar Art. 31 Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental,
os componentes curriculares Educação Física e
Art. 29 A necessidade de assegurar aos alunos Arte poderão estar a cargo do professor de
um percurso contínuo de aprendizagens torna referência da turma, aquele com o qual os
imperativa a articulação de todas as etapas da alunos permanecem a maior parte do período
educação, especialmente do Ensino escolar, ou de professores licenciados nos
Fundamental com a Educação Infantil, dos anos respectivos componentes.
iniciais e dos anos finais no interior do Ensino § 1° Nas escolas que optarem por incluir Língua
Fundamental, bem como do Ensino Estrangeira nos anos iniciais do Ensino
Fundamental com o Ensino Médio, garantindo a Fundamental, o professor deverá ter licenciatura
qualidade da Educação Básica. específica no componente curricular.
§ 1º O reconhecimento do que os alunos já § 2º Nos casos em que esses componentes
aprenderam antes da sua entrada no Ensino curriculares sejam desenvolvidos por
Fundamental e a recuperação do caráter lúdico professores com licenciatura específica
(conforme Parecer CNE/CEB nº 2/2008), deve § 1° A análise do rendimento dos alunos com
ser assegurada a integração com os demais base nos indicadores produzidos por essas
componentes trabalhados pelo professor de avaliações deve auxiliar os sistemas de ensino e
referência da turma. a comunidade escolar a redimensionarem as
práticas educativas com vistas ao alcance de
A avaliação: parte integrante do currículo melhores resultados.
. § 2° A avaliação externa do rendimento dos
Art. 32 A avaliação dos alunos, a ser realizada alunos refere-se apenas a uma parcela restrita
pelos professores e pela escola como parte do que é trabalhado nas escolas, de sorte que
integrante da proposta curricular e da as referências para o currículo devem continuar
implementação do currículo, é sendo as contidas nas propostas político-
redimensionadora da ação pedagógica e deve: pedagógicas das escolas, articuladas às
I – assumir um caráter processual, formativo e orientações e propostas curriculares dos
participativo, ser contínua, cumulativa e sistemas, sem reduzir os seus propósitos ao
diagnóstica, com vistas a: que é avaliado pelos testes de larga escala.
a) identificar potencialidades e dificuldades de
aprendizagem e detectar problemas de ensino; Art. 34 Os sistemas, as redes de ensino e os
b) subsidiar decisões sobre a utilização de projetos político-pedagógicos das escolas
estratégias e abordagens de acordo com as devem expressar com clareza o que é esperado
necessidades dos alunos, criar condições de dos alunos em relação à sua aprendizagem.
intervir de modo imediato e a mais longo prazo
para sanar dificuldades e redirecionar o trabalho Art. 35 Os resultados de aprendizagem dos
docente; alunos devem ser aliados à avaliação das
c) manter a família informada sobre o escolas e de seus professores, tendo em conta
desempenho dos alunos; os parâmetros de referência dos insumos
d) reconhecer o direito do aluno e da família de básicos necessários à educação de qualidade
discutir os resultados de avaliação, inclusive em para todos nesta etapa da educação e
instâncias superiores à escola, revendo respectivo custo aluno-qualidade inicial (CAQi),
procedimentos sempre que as reivindicações consideradas inclusive as suas modalidades e
forem procedentes. as formas diferenciadas de atendimento como a
I – utilizar vários instrumentos e procedimentos, Educação do Campo, a Educação Escolar
tais como a observação, o registro descritivo e Indígena, a Educação Escolar Quilombola e as
reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os escolas de tempo integral.
portfólios, exercícios, provas, questionários, § 1° A melhoria dos resultados de aprendizagem
dentre outros, tendo em conta a sua adequação dos alunos e da qualidade da educação obriga:
à faixa etária e às características de I – os sistemas de ensino, a incrementarem os
desenvolvimento do educando; dispositivos da carreira e de condições de
II – fazer prevalecer os aspectos qualitativos da exercício e valorização do magistério e dos
aprendizagem do aluno sobre os quantitativos, demais profissionais da educação e a
bem como os resultados ao longo do período oferecerem os recursos e apoios que
sobre o de eventuais provas finais, tal com demandam as escolas e seus profissionais para
determina a alínea “a”, do inciso V, do art. 24, melhorar a sua atuação;
da Lei nº 9.394/96; II – as escolas, a uma apreciação mais ampla
III – assegurar tempos e espaços diversos para das oportunidades educativas por elas
que os alunos com menor rendimento tenham oferecidas aos educandos, reforçando a sua
condições de ser devidamente atendidos ao responsabilidade de propiciar renovadas
longo do ano letivo; oportunidades e incentivos aos que delas mais
VI – prover obrigatoriamente períodos de necessitem
recuperação, de preferência paralelos ao
período letivo, como determina a Lei nº A educação em escola de tempo integral
9.394/96; Art. 36 Considera-se de período integral a
V – assegurar tempos e espaços de reposição jornada escolar que se organiza em 7 (sete)
dos conteúdos curriculares, ao longo do ano horas diárias, no mínimo, perfazendo uma carga
letivo, aos alunos com frequência insuficiente, horária anual de, pelo menos, 1.400 (mil e
evitando, sempre que possível, a retenção por quatrocentas) horas.
faltas; Parágrafo único As escolas e, solidariamente,
VI – possibilitar a aceleração de estudos para os sistemas de ensino, conjugarão esforços
os alunos com defasagem idade-série. objetivando o progressivo aumento da carga
horária mínima diária e, consequentemente, da
Art. 33 Os procedimentos de avaliação carga horária anual, com vistas à maior
adotados pelos professores e pela escola serão qualificação do processo de ensino-
articulados às avaliações realizadas em nível aprendizagem tendo como horizonte o
nacional e às congêneres nos diferentes atendimento escolar em período integral.
Estados e Municípios, criadas com o objetivo de
subsidiar os sistemas de ensino e as escolas Art. 37 A proposta educacional da escola de
nos esforços de melhoria da qualidade da tempo integral promoverá a ampliação de
educação e da aprendizagem dos alunos. tempos, espaços e oportunidades educativas e
o compartilhamento da tarefa de educar e cuidar § 1º As escolas indígenas, atendendo a normas
entre os profissionais da escola e de outras e ordenamentos jurídicos próprios e a Diretrizes
áreas, as famílias e outros atores sociais, sob a Curriculares Nacionais específicas, terão ensino
coordenação da escola e de seus professores, intercultural e bilíngue, com vistas à afirmação e
visando a alcançar a melhoria da qualidade da à manutenção da diversidade étnica e
aprendizagem e da convivência social e diminuir linguística, assegurarão a participação da
as diferenças de acesso ao conhecimento e aos comunidade no seu modelo de edificação,
bens culturais, em especial entre as populações organização e gestão, e deverão contar com
socialmente mais vulneráveis. materiais didáticos produzidos de acordo com o
§ 1º O currículo da escola de tempo integral, contexto cultural de cada povo (Resolução
concebido como um projeto educativo integrado, CNE/CEB nº 3/99).
implica a ampliação da jornada escolar diária § 2º O detalhamento da Educação Escolar
mediante o desenvolvimento de atividades como Quilombola deverá ser definido pelo Conselho
o acompanhamento pedagógico, o reforço e o Nacional de Educação por meio de Diretrizes
aprofundamento da aprendizagem, a Curriculares Nacionais específicas.
experimentação e a pesquisa científica, a
cultura e as artes, o esporte e o lazer, as Art. 40 O atendimento escolar às populações do
tecnologias da comunicação e informação, a campo, povos indígenas e quilombolas requer
afirmação da cultura dos direitos humanos, a respeito às suas peculiares condições de vida e
preservação do meio ambiente, a promoção da a utilização de pedagogias condizentes com as
saúde, entre outras, articuladas aos suas formas próprias de produzir
componentes curriculares e áreas de conhecimentos, observadas as Diretrizes
conhecimento, a vivências e práticas Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
socioculturais. Básica (Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e
§ 2º As atividades serão desenvolvidas dentro Resolução CNE/ CBE nº 4/2010). § 1º As
do espaço escolar conforme a disponibilidade escolas das populações do campo, dos povos
da escola, ou fora dele, em espaços distintos da indígenas e dos quilombolas, ao contar com a
cidade ou do território em que está situada a participação ativa das comunidades locais nas
unidade escolar, mediante a utilização de decisões referentes ao currículo, estarão
equipamentos sociais e culturais aí existentes e ampliando as oportunidades de:
o estabelecimento de parcerias com órgãos ou I – reconhecimento de seus modos próprios de
entidades locais, sempre de acordo com o vida, suas culturas, tradições e memórias
respectivo projeto político-pedagógico.. coletivas, como fundamentais para a
§ 3º Ao restituir a condição de ambiente de constituição da identidade das crianças,
aprendizagem à comunidade e à cidade, a adolescentes e adultos;
escola estará contribuindo para a construção de II – valorização dos saberes e do papel dessas
redes sociais e de cidades educadoras. populações na produção de conhecimentos
§ 4º Os órgãos executivos e normativos da sobre o mundo, seu ambiente natural e cultural,
União e dos sistemas estaduais e municipais de assim como as práticas ambientalmente
educação assegurarão que o atendimento dos sustentáveis que utilizam;
alunos na escola de tempo integral possua III – reafirmação do pertencimento étnico, no
infraestrutura adequada e pessoal qualificado, caso das comunidades quilombolas e dos povos
além do que, esse atendimento terá caráter indígenas, e do cultivo da língua materna na
obrigatório e será passível de avaliação em escola para estes últimos, como elementos
cada escola. importantes de construção da identidade;
A Educação do Campo, a Educação Escolar IV – flexibilização, se necessário, do calendário
Indígena e a Educação Escolar Quilombola escolar, das rotinas e atividades, tendo em
Art. 38 A Educação do Campo, tratada como conta as diferenças relativas às atividades
educação rural na legislação brasileira, econômicas e culturais, mantido o total de horas
incorpora os espaços da floresta, da pecuária, anuais obrigatórias no currículo;
das minas e da agricultura e se estende, V – superação das desigualdades sociais e
também, aos espaços pesqueiros, caiçaras, escolares que afetam essas populações, tendo
ribeirinhos e extrativistas, conforme as Diretrizes por garantia o direito à educação;
para a Educação Básica do Campo (Parecer . § 2º Os projetos político-pedagógicos das
CNE/CEB nº 36/2001 e Resolução CNE/CEB nº escolas do campo, indígenas e quilombolas
1/2002, e Parecer CNE/CEB nº 3/2008 e devem contemplar a diversidade nos seus
Resolução CNE/CEB nº 2/2008). aspectos sociais, culturais, políticos,
econômicos, éticos e estéticos, de gênero,
Art. 39 A Educação Escolar Indígena e a geração e etnia.
Educação Escolar Quilombola são § 3º As escolas que atendem a essas
respectivamente oferecidas em unidades populações deverão ser devidamente providas
educacionais inscritas em suas terras e culturas pelos sistemas de ensino de materiais didáticos
e, para essas populações, estão assegurados e educacionais que subsidiem o trabalho com a
direitos específicos na Constituição Federal que diversidade, bem como de recursos que
lhes permitem valorizar e preservar as suas assegurem aos alunos o acesso a outros bens
culturas e reafirmar o seu pertencimento étnico. culturais e lhes permitam estreitar o contato com
outros modos de vida e outras formas de àqueles em situação de privação de liberdade, é
conhecimento. pautada pela inclusão e pela qualidade social e
§ 4º A participação das populações locais pode requer:
também subsidiar as redes escolares e os I – um processo de gestão e financiamento que
sistemas de ensino quanto à produção e oferta lhe assegure isonomia em relação ao Ensino
de materiais escolares e no que diz respeito ao Fundamental regular;
transporte e a equipamentos que atendam as II – um modelo pedagógico próprio, que permita
características ambientais e socioculturais das a apropriação e contextualização das Diretrizes
comunidades e as necessidades locais e Curriculares Nacionais;
regionais. . III – a implantação de um sistema de
monitoramento e avaliação;
A Educação Especial IV – uma política de formação permanente de
Art. 41 O projeto político-pedagógico da escola seus professores;
e o regimento escolar, amparados na legislação V – maior alocação de recursos para que seja
vigente, deverão contemplar a melhoria das ministrada por docentes licenciados.
condições de acesso e de permanência dos
alunos com deficiência, transtornos globais do Art. 45 A idade mínima para ingresso nos
desenvolvimento e altas habilidades nas classes cursos de Educação de Jovens e Adultos e para
comuns do ensino regular, intensificando o a realização de exames de conclusão de EJA
processo de inclusão nas escolas públicas e será de 15 (quinze) anos completos (Parecer
privadas e buscando a universalização do CNE/CEB nº 6/2010 e Resolução CNE/CEB nº
atendimento. 3/2010).
§ 1º Os recursos de acessibilidade são aqueles Parágrafo único Considerada a prioridade de
que asseguram condições de acesso ao atendimento à escolarização obrigatória, para
currículo dos alunos com deficiência e que haja oferta capaz de contemplar o pleno
mobilidade reduzida, por meio da utilização de atendimento dos adolescentes, jovens e adultos
materiais didáticos, dos espaços, mobiliários e na faixa dos 15 (quinze) anos ou mais, com
equipamentos, dos sistemas de comunicação e defasagem idade/série, tanto na sequência do
informação, dos transportes e outros serviços. ensino regular, quanto em Educação de Jovens
e Adultos, assim como nos cursos destinados à
Art. 42 O atendimento educacional formação profissional, torna-se necessário:
especializado aos alunos da Educação Especial a) fazer a chamada ampliada dos estudantes
será promovido e expandido com o apoio dos em todas as modalidades do Ensino
órgãos competentes. Ele não substitui a Fundamental;
escolarização, mas contribui para ampliar o b) apoiar as redes e os sistemas de ensino a
acesso ao currículo, ao proporcionar estabelecerem política própria para o
independência aos educandos para a realização atendimento desses estudantes, que considere
de tarefas e favorecer a sua autonomia as suas potencialidades, necessidades,
(conforme Decreto nº 6.571/2008, Parecer expectativas em relação à vida, às culturas
CNE/CEB nº 13/2009 e Resolução CNE/CEB nº juvenis e ao mundo do trabalho, inclusive com
4/2009). programas de aceleração da aprendizagem,
Parágrafo único O atendimento educacional quando necessário;
especializado poderá ser oferecido no c) incentivar a oferta de Educação de Jovens e
contraturno, em salas de recursos Adultos nos períodos diurno e noturno, com
multifuncionais na própria escola, em outra avaliação em processo.
escola ou em centros especializados e será
implementado por professores e profissionais Art. 46 A oferta de cursos de Educação de
com formação especializada, de acordo com Jovens e Adultos, nos anos iniciais do Ensino
plano de atendimento aos alunos que identifique Fundamental, será presencial e a sua duração
suas necessidades educacionais específicas, ficará a critério de cada sistema de ensino, nos
defina os recursos necessários e as atividades a termos do Parecer CNE/CEB nº 29/2006, tal
serem desenvolvidas. como remete o Parecer CNE/CEB nº 6/2010.
Nos anos finais, ou seja, do 6º ano ao 9º ano, os
A Educação de Jovens e Adultos cursos poderão ser presenciais ou a distância,
Art. 43 Os sistemas de ensino assegurarão, devidamente credenciados, e terão 1600 (mil e
gratuitamente, aos jovens e adultos que não seiscentas) horas de duração.
puderam efetuar os estudos na idade própria, Parágrafo único Tendo em conta as situações,
oportunidades educacionais adequadas às suas os perfis e as faixas etárias dos adolescentes,
características, interesses, condições de vida e jovens e adultos, o projeto político-pedagógico
de trabalho mediante cursos e exames, da escola e o regimento escolar viabilizarão um
conforme estabelece o art. 37, § 1º, da Lei nº modelo pedagógico próprio para essa
9.394/96. modalidade de ensino que permita a
apropriação e contextualização das Diretrizes
Art. 44 A Educação de Jovens e Adultos, Curriculares Nacionais assegurando:
voltada para a garantia de formação integral, da I – a identificação e o reconhecimento das
alfabetização às diferentes etapas da formas de aprender dos adolescentes, jovens e
escolarização ao longo da vida, inclusive
adultos e a valorização de seus conhecimentos EXERCÍCIOS
e experiências; 1. Segundo a LDB (Lei no 9394/96), os
II – a distribuição dos componentes curriculares currículos do ensino fundamental e médio
de modo a proporcionar um patamar igualitário devem ter uma base nacional comum, a ser
de formação, bem como a sua disposição complementada, em cada sistema de ensino e
adequada nos tempos e espaços educativos, estabelecimento escolar, por uma parte:
em face das necessidades específicas dos (A) obrigatória, desenvolvida pelo estudo da
estudantes. língua portuguesa e da matemática.
(B) diversificada, exigida pelas características
Art. 47 A inserção de Educação de Jovens e regionais e locais da sociedade, da cultura, da
Adultos no Sistema Nacional de Avaliação da economia e da clientela.
Educação Básica, incluindo, além da avaliação (C) facultativa, assegurada pelo ensino religioso,
do rendimento dos alunos, a aferição de visando à formação espiritual do educando.
indicadores institucionais das redes públicas e (D) transversal, demandada pela integração das
privadas, concorrerá para a universalização e a disciplinas da base comum do currículo e as
melhoria da qualidade do processo educativo diversidades socioculturais das comunidades.
(E) específica, oferecida pelo conhecimento do
A implementação destas Diretrizes: mundo físico e natural e da realidade social e
compromisso solidário dos sistemas e redes política da população brasileira
de ensino
Art. 48 Tendo em vista a implementação destas 2-O Ensino Fundamental com duração de 9
Diretrizes, cabe aos sistemas e às redes de anos, (Diretrizes Curriculares Nacionais),
ensino prover: abrange a população na faixa etária dos a)
I – os recursos necessários à ampliação dos 5 aos 13 anos de idade.
tempos e espaços dedicados ao trabalho b) 6 aos 14 anos de idade.
educativo nas escolas e a distribuição de c) 6 aos 15 anos de idade.
materiais didáticos e escolares adequados; d) 7 aos 14 anos de idade
II – a formação continuada dos professores e e) 7 aos 15 anos de idade.
demais profissionais da escola em estreita
articulação com as instituições responsáveis 3-Ao fazer as Diretrizes Curriculares Nacionais
pela formação inicial, dispensando especiais para o Ensino Fundamental de 9 (nove anos),
esforços quanto à formação dos docentes das por meio da Resolução CNE / CEB no 7/10, o
modalidades específicas do Ensino Conselho Nacional de Educação desmembrou-
Fundamental e àqueles que trabalham nas se sobre currículo. Nesse sentido, o CNE afirma
escolas do campo, indígenas e quilombolas; que o currículo do Ensino Fundamental é
II – a coordenação do processo de constituído
implementação do currículo, evitando a a) pelas experiências escolares que se
fragmentação dos projetos educativos no interior desdobram em torno do conhecimento,
de uma mesma realidade educacional; V – o permeadas pelas relações sociais..
acompanhamento e a avaliação dos programas b) pelo conjunto das disciplinas e atividades
e ações educativas nas respectivas redes e organizadas pelos professores nos diversos
escolas e o suprimento das necessidades anos
detectadas. c) pelo conhecimento cientificamente elaborado
a ser passado aos alunos na forma de conteúdo
Art. 49 O Ministério da Educação, em d) pelo documento que oferece uma política e
articulação com os Estados, os Municípios e o uma pedagogia para o trabalho escolar,
Distrito Federal, deverá encaminhar ao formulando metas, prevendo as ações,
Conselho Nacional de Educação, precedida de instituindo procedimentos e instrumentos de
consulta pública nacional, proposta de ação.
expectativas de aprendizagem dos e) pelo plano de ação da escola, que define o
conhecimentos escolares que devem ser que se pode realizar, o que pensa fazer, como
atingidas pelos alunos em diferentes estágios do fazer, quando faz, com quem e quem quer fazer.
Ensino Fundamental (art. 9º, § 3º).
Parágrafo único Cabe, ainda, ao Ministério da
Educação elaborar orientações e oferecer 4-Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
outros subsídios para a implementação destas Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, em seu
Diretrizes. Art. 11: A base nacional comum e a parte
diversificada do currículo do Ensino
Art. 50 A presente Resolução entrará em vigor Fundamental constituem um todo
na data de sua publicação, revogando-se as A) integrado e não podem ser consideradas
disposições em contrário, especialmente a como dois blocos distintos.
Resolução CNE/CEB nº 2/98. B) predefinido e não podem ser consideradas
como dois blocos juntos.
Fonte: disponível em C) firmado e não podem ser consideradas como
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_ dois blocos prontos.
10.pdf acesso em 16/05/2019 D) veiculado e não podem ser consideradas
como dois blocos próximos.
E) prejulgado e não podem ser consideradas (D) as dificuldades dos alunos para que possa
como dois blocos acabados. contemplá-las na avaliação e estabelecer um
critério de classificação.
5-Em uma roda de conversas, alguns (E) as diferenças que existem entre situações
professores que atuam numa escola municipal de aprendizagem e situações de avaliação.
de Suzano conversam sobre a volta às aulas,
sobre suas turmas, seus alunos... . Uma
professora comenta com seus colegas que em 7-O Conselho Nacional de Educação ao propor
sua turma existem alunos com deficiência e a as diretrizes curriculares nacionais para o
conversa passa a ser em torno da questão: ensino fundamental de nove anos, Parecer
integração ou inclusão escolar, [...] o que pratica CNE/CEB No 11/10, afirma que “o currículo do
a escola? Ensino Fundamental tem uma base nacional
A professora discorre acertadamente que muitos comum, complementada em cada sistema de
utilizam os termos integração e inclusão escolar ensino e em cada estabelecimento escolar por
com o mesmo significado, mas expressam uma parte diversificada”. Dentre os
situações de inserção diferentes, pois se componentes curriculares definidos, estabelece
fundamentam em posicionamentos teórico- ainda que
metodológicos divergentes. Continua sua (A) a História e Cultura Afro-Brasileira e
explicação, apoiando sua argumentação em Indígena deve ser incluída como disciplina
Mantoan (2003), afirmando corretamente que a obrigatória ampliando o leque de referências
inclusão escolar culturais de toda a população escolar.
(A) consiste em uma inserção parcial, a escola (B) a Educação Física compreende em
não muda como um todo, mas os alunos têm de componente obrigatório do currículo e deve
mudar para se adaptar às suas exigências, pois integrar a proposta político-pedagógica da
prevê serviços educacionais segregados. escola.
(B) preocupa-se em promover a (C) o componente curricular Arte deve constar
individualização dos programas escolares como de maneira optativa como música, artes visuais,
forma de inserção; a escola faz uma adaptação teatro e dança.
no currículo e os objetivos educacionais são (D) o Ensino Religioso é parte integrante da
reduzidos. formação básica do cidadão e constitui
(C) promove o acesso à escola por meio de um componente curricular dos horários normais das
conjunto de possibilidades educacionais, que vai escolas, portanto, de matrícula obrigatória ao
da inserção às salas de aula do ensino regular aluno. (E) a Língua Indígena ou outras formas
ao ensino em escolas especiais. usuais de expressão verbal de certas
(D) prevê a inserção escolar de forma completa; comunidades poderão ocupar o lugar do ensino
a escola considera as necessidades de todos os de língua estrangeira moderna.
alunos e é estruturada em função dessas
necessidades.
(E) oferece ao aluno com deficiência a 8-Cada vez mais se reconhece que a qualidade
oportunidade de transitar no sistema escolar, da da educação está fundamentada na
classe regular ao ensino especial, em todos os competência de seus profissionais em oferecer
seus tipos de atendimento. experiências educacionais formativas, capazes
de desenvolver a cidadania promovendo o
desenvolvimento de conhecimentos, de
6-Ainda permanece em nosso sistema habilidades e de atitudes necessários para se
educacional a ideia de que a escola faz a sua viver em uma sociedade cada vez mais
parte e não tem nada a ver com a forma como globalizada. Assim, segundo Ferreira (2000), os
os alunos resolvem suas dificuldades. É pressupostos fundamentais para o
necessário se ter clareza de que ensinar e desenvolvimento da cidadania na escola
aprender são processos diferentes que passam pela “gestão democrática, a construção
envolvem sujeitos diferentes e que, por esta coletiva do projeto político- -pedagógico e
razão, supõem também métodos diferentes. autonomia da escola”. Acerca da gestão
Nesse sentido, segundo Telma Weisz (2009), é democrática da escola, conforme Ferreira, é
correto afirmar que ao montar uma situação de correto afirmar que é aquela na qual os
avaliação, o professor precisa ter clareza sobre : (A) mais diversos conselhos e/ou comitês de
(A) as notas das provas que devem funcionar representação encontram-se constituídos.
como redes de segurança para o controle do (B) alunos têm acesso irrestrito aos professores
professor sobre a aprendizagem. e aos órgãos de direção da escola.
(B) o acompanhamento do aluno que significa (C) seus participantes estão coletivamente
controlar todas as suas ações e tarefas para organizados e compromissados com a
dizer que está ou não apto em determinada promoção de educação de qualidade para
matéria. todos.
(C) o diálogo com o aluno, entendido a partir de (D) pais e a comunidade de um modo geral
uma relação epistemológica que se processa, participam de todos os eventos promovidos pela
obrigatoriamente, por meio de conversa. escola.
(E) membros da comunidade contribuem para Brasileira e Africana na Educação Básica ocorra
com a escola na execução dos mais diversos por meio de
serviços e tarefas. (A) conteúdos, competências, atitudes e valores,
a serem estabelecidos pelas instituições de
ensino e seus professores.
9. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (B) uma disciplina formalmente inserida no
para a Educação Básica, Resolução CNE/CEB currículo da educação básica, ministrada por
No 04/2010, “a concepção de educação deve professores licenciados.
orientar a institucionalização do regime de (C) processos educativos escolares, políticas
colaboração entre União, Estados, Distrito públicas, movimentos sociais com o objetivo de
Federal e Municípios, no contexto da estrutura eliminar o racismo existente nas instituições de
federativa brasileira, em que convivem sistemas ensino, em especial, na educação básica.
educacionais autônomos, para assegurar (D) intercâmbio entre os brasileiros e outros
efetividade ao projeto da educação nacional, povos africanos que utilizam da língua
vencer a fragmentação das políticas públicas e portuguesa como idioma.
superar a desarticulação institucional”. Nesse (E) temas que dizem respeito à população negra
sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais são visando a reparações, reconhecimento e
um conjunto de valorização da identidade, da cultura e da
(A) orientações às escolas, constituindo em um história dos negros brasileiros.
guia, que contém uma gama de reflexões de
cunho educacional sobre os objetivos, 12-Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais
conteúdos e orientações didáticas. para a Educação Básica, Resolução CNE /
(B) documentos de subsídios adicionais, que CEB no 04/2010, “uma lei federal de governança
oferecem informações e indicações para a corporativa”, “Distrito Federal e Municípios, no
elaboração de propostas curriculares das contexto da estrutura federativa brasileira, em
escolas. que convivem os sistemas educacionais
(C) textos, organizados por área, para auxiliar autônomos, para que se possa obter uma
os professores no desenvolvimento dos proteção ao projeto de educação nacional,
conteúdos curriculares na busca da melhoria da vencer a fragmentação das políticas públicas e
qualidade da educação. superar uma desarticulação institucional
(D) legislação, que traduz os princípios, ”. Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares
fundamentos e procedimentos para a Nacionais são um conjunto de
organização do sistema educacional brasileiro a) orientar às escolas, constituindo em um guia,
do ponto de vista administrativo, pedagógico e que inclui uma série de reflexões de ensino
curricular. sobre os objetivos, matérias e orientações
(E) orientações, não obrigatórias, que não se didáticas
configuram como um modelo curricular b) documentos de subsídios adicionais, que
impositivo. fornecem informações e indicações para a
elaboração de currículos escolares.
c) textos, organizados por área, para auxiliar os
10-Segundo Luckesi (2002), “a avaliação da professores no desenvolvimento dos conteúdos
aprendizagem existe propriamente para garantir curriculares na busca da melhoria da qualidade
a qualidade da aprendizagem do aluno. Ela tem da educação.
a função de possibilitar uma qualificação da d) legislação, fundamentos e princípios para a
aprendizagem, do educando”. Para o autor, em organização administrativa, pedagógica e
relação aos elementos constitutivos de um curricular.
processo de avaliação, devem ser consideradas e) orientações, não obrigatórias, que não
três variáveis significativas. São elas: configuram como modelo curricular.
(A) conteúdo trabalhado, acertos e erros e a
trajetória do aluno. 13-De acordo com o Parecer CEB n.º 04/1998, o
(B) juízo de qualidade, dados relevantes e conceito de “currículo”, atualmente, envolve
tomada de decisão. outros três conceitos, quais sejam:
(C) escala de valores, desempenho do aluno e o I. currículo formal: planos e propostas
desempenho da turma. pedagógicas;
(D) critérios, instrumentos e periodicidade. II. currículo em ação: aquilo que efetivamente
(E) o que será avaliado, como será avaliado e acontece nas salas de aula e nas escolas;
quando será avaliado. III. currículo oculto: o não dito, aquilo que tanto
alunos, quanto professores trazem, carregado
de sentidos próprios criando as formas de
11-O Conselho Nacional de Educação aponta relacionamento, poder e convivência nas salas
que a obrigatoriedade de inclusão de História e de aula.
Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos Está correto o contido em:
da Educação Básica trata-se de decisão política, A_ Apenas II B_ Apenas1
com fortes repercussões pedagógicas, inclusive C_ Apenas I e II D- Todas estão
na formação de professores. Assim, a corretas
Resolução CNE/CP No 01/2004 determina que
o ensino sistemático de História e Cultura Afro-
14-A Resolução nº 7, de 14 de dezembro de D- A matrícula de crianças no Ensino
2010, que fixa diretrizes curriculares nacionais Fundamental está condicionada ao curso de
para o ensino fundamental de 9 (nove) anos, pelo menos um ano na Educação Infantil.
estabelece em seu Artigo 5º, § 2º, que a E- Na zona rural, a matrícula de crianças no
educação de qualidade, como um direito Ensino Fundamental poderá ser feita a partir
fundamental, é, antes de tudo, relevante, dos 5 (cinco) anos de idade.
pertinente e equitativa.
Os termos relevante, pertinente e equitativa, 15-De acordo com a Resolução nº 7, de 14 de
acima referidos, significam: dezembro de 2010, a avaliação, parte integrante
I. A relevância reporta-se à promoção de do currículo, deve assumir um caráter:
aprendizagens significativas do ponto de vista I. Formativo. II. Processual.
das exigências sociais e de desenvolvimento III. Participativo. IV. Individualizante.
pessoal. Quais estão corretas?
II. A pertinência refere-se à possibilidade de A. Apenas II e III. B. Apenas I, II e
atender às necessidades e às características III.
dos estudantes de diversos contextos sociais e C. Apenas I, III e IV. D.Apenas II, III
culturais e com diferentes capacidades e e IV.
interesses.
III. A equidade alude à importância de tratar de 17-Sobre a formação básica comum e a parte
forma igualitária o que se apresenta como diversificada, na Educação Básica, a Resolução
desigual no ponto de partida, com vistas a obter nº 4, de 13 de julho de 2010, estabelece que:
desenvolvimento e aprendizagens homogêneas, A. A base nacional comum e a parte
assegurando a todos a igualdade de direito à diversificada se constituem em dois blocos
educação. distintos, com disciplinas específicas para cada
uma dessas partes.
Quais estão corretas? B.A parte diversificada enriquece e
A- Apenas I B- Apenas I e II complementa a base nacional comum, prevendo
C- Apenas I e III D- Todas o estudo das características regionais e locais
da sociedade, exclusivamente no Ensino Médio.
C.A parte diversificada pode ser organizada em
15. O projeto político-pedagógico deverá ter um temas gerais, na forma de eixos temáticos,
papel fundamental na construção de processos selecionados colegiadamente pelos sistemas
de participação e, portanto, na implementação educativos ou pela unidade escolar.
de uma gestão democrática. Nesse sentido, o D.A Língua Espanhola faz parte da base
que se constitui como um grande desafio para a nacional comum e é componente curricular
construção da gestão democrática e obrigatório no Ensino Fundamental e no Ensino
participativa? Médio.
A) Envolver os diversos segmentos na E.O conhecimento da realidade social e política,
elaboração e no acompanhamento do projeto especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo
político-pedagógico. da História e das Culturas Afro-Brasileira e
B) Envolver os diversos segmentos na avaliação Indígena, deve ser incluído na parte
e no acompanhamento do projeto político- diversificada do Ensino Fundamental.
pedagógico.
C) Envolver os diversos segmentos na
execução e no acompanhamento do projeto 18-De acordo com a Resolução CNE/CP 1/04,
político-pedagógico. que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais
D) Envolver os diversos segmentos no para a Educação das Relações Étnico-Raciais,
desenvolvimento e no controle do projeto pode-se afirmar que
político-pedagógico.
A. as culturas africana e afro-brasileira deverão
E) Envolver os diversos segmentos na
compor os currículos do Ensino Médio das
consecução dos objetivos e no controle do
redes públicas de ensino.
projeto político-pedagógico
B.o ensino da História e de Cultura Afro-
Brasileira deve compor a grade curricular desde
16-Sobre a matrícula no Ensino Fundamental de
a educação infantil tendo em vista sua paulatina
9 (nove) anos, a Resolução nº 7, de 14 de
substituição pelo etno-centrismo.
dezembro de 2010, define que:
C.o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
A_O Ensino Fundamental abrange Africana tem por objetivo o reconhecimento e
exclusivamente crianças entre 6 (seis) e 14 valorização da identidade, história e cultura dos
(quatorze) anos de idade. afro-brasileiros, bem como a garantia de
B- Crianças que completarem 6 (seis) anos até reconhecimento e igualdade de valorização das
o início do ano letivo devem ser matriculadas no raízes africanas da nação brasileira, ao lado das
Ensino Fundamental. indígenas, europeias, asiáticas.
C- Crianças que completarem 6 (seis) anos D.Nos currículos de história deverão constar
após 31 de março, do ano em que ocorrer a elementos das culturas africanas, indígenas,
matrícula, devem ser matriculadas na Educação europeias e asiáticas, como forma de
Infantil. compreensão da contribuição das diferentes
culturas, no processo de colonização ou
libertação das nações, bem como da
solidariedade entre os povos.
E. é tema transversal obrigatório em todas as
modalidades do ensino fundamental tendo em
vista o combate ao preconceito racial,
fortalecendo a identidade étnica e a autoestima
dos povos negros.

19-A Resolução nº 03, de 15 de junho de 2010,


diz que a idade mínima para ingressar nos
cursos de Eja é de
A.15 anos completos. B.15 anos
incompletos.
C.16 anos completos. D.16 anos
incompletos.

Respostas 1B 2 B 3 A 4A 5 D 6 E 7 B 8C
9D 10 B 11 A 12 D 13 d 14 B 15 A 16 C
17 C 18 C 19 A

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