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CURSO DE

ATENDIMENTO
EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO

Material de Estudo

Professora Responsável:
Psicopedagoga Jéssica Cavalcante

www.institutoneuro.com.br
ATENDIMENTO
EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
Curso com carga horária de 60 horas.

Elaborado e ministrado por Jéssica Cavalcante.

Disponível em www.institutoneuro.com.br
A autora reserva-se no direito de
proibir o compartilhamento e distribuição
desse documento.
Protegido por direitos autorais.
Manuseio exclusivo dos alunos do curso,
vinculados no site do Instituto Neuro.

Todo o conteúdo apresentado nesse


documento foi baseado em livros
renomados e artigos científicos. Algumas
citações são feitas ao longo do documento,
outras estão apresentadas na seção de
Referências, no final do mesmo.
O QUE É O ATENDIMENTO
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE ?

É um serviço da educação especial que [...] identifica, elabora, e


organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras
para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas (SEESP/MEC, 2008).

O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno,


visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória
pelos sistemas de ensino.
EDUCAÇÃO ESPECIAL

Modalidade de ensino que perpassa todos os níveis,


etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional
especializado, disponibiliza recursos e serviços e orienta quanto a
sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas
comuns do ensino regular.
(MEC/SEESP, 2008, p.15)
EDUCAÇÃO ESPECIAL
ORGANIZAÇÃO DE REDES DE
APOIO

OFERTA DO AEE
FORMAÇÃO CONTINUADA

RECURSOS E SERVIÇOS

PRÁTICAS
COOLABORATIVAS
REGULAMENTAÇÃO LEGAL
Constituição Federal 88

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a


garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

Cabe ressaltar que está expressamente previsto na Constituição/88


no art. 5º: o direito á IGUALDADE de todos à educação e ainda no art.
205 ao direito de TODOS à educação
Observação: As leis mencionadas estão todas nas referências
podendo acessa-las.
1990 – Lei nº 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):

Devido sua importância, será citado alguns dos principais artigos referentes
ao Atendimento Educacional Especializado :
• Título II - Dos Direitos Fundamentais no Capítulo I - Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 11. § 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão
atendimento especializado. (...)
• Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
(...) III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino; (...)
• Capítulo VII - Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por
ofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não
oferecimento ou oferta irregular: (...) II - de atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência;(...)
1990 – Declaração Mundial de Educação para Todos (Conferência de Jomtien): os
países declararam conscientes de que a educação é um direito fundamental de todos e o Brasil assumi a
erradicação do analfabetismos e a universalização do ensino fundamental, além do plano de ação para
satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem e dentre outras medidas.
1994 – Declaração de Salamanca: culminou no documento das Nações Unidas "Regras
Padrões sobre Equalização de Oportunidades para Pessoas com Deficiências", demandando que os
Estados assegurem que a educação de pessoas com deficiências seja parte integrante do sistema
educacional.
1994 – Política Nacional de Educação Especial - Portaria do Ministério da Educação
(MEC) nº1.793: recomenda a inclusão de conteúdos relativos aos aspectos éticos, políticos e educacionais
da normalização e integração da pessoa portadora de necessidades especiais nos currículos de formação
de docentes.
1996 – Lei nº9.394 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB): com o papel de
regulamentar, disciplinar e estabelecer os sistemas, as estruturas e os recursos para o desenvolvimento
da educação, de acordo com a necessidade do país, além de definir a educação especial, assegurando o
atendimento aos educandos com necessidades especiais e estabelecendo critérios de caracterização das
instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial
para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público
1999 – Convenção de Guatemala: Convenção INTERAMERICANA para a eliminação de
todas as formas de discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência, vigorando no Brasil desde
setembro de 2001, quando foi aprovada pelo Senado com o Decreto legislativo nº198
1999 – Decreto nº 3.298 (Art.24, I, II, IV) : Estabelece a matrícula compulsória de pessoas
com deficiência, em cursos regulares, considerando a educação especial como modalidade de educação
escolar, permeiando transversalmente todos os níveis e modalidades de ensino, sendo a oferta obrigatória e
gratuita da Educação Especial em estabelecimento público de ensino, dentre outras medidas
2001 – Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica – Resolução CNE/CEB
nº 2/2001, Art. 2º, determinam que: “Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às
escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais,
assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.

Parecer CNE/CP nº9: Estabelece que a educação básica deve ser inclusiva, para atender a uma política de integração dos
estudantes com necessidades educacionais especiais nas classes comuns dos sistemas de ensino, exigindo a formação dos
docentes das diferentes etapas inclua conhecimentos relativos à educação desses alunos.
Parecer CNE/CEB nº17: Afirma que a inclusão na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses
alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como de
desenvolver o potencial dessas pessoas.
2002- Lei nº10.436: Reconhece a língua Brasileira de sinais (Libras) como meio legal de comunicação e
expressão.
Portaria MEC nº2.678: Aprova o projeto da grafia braille para a língua portuguesa e estabelece
diretrizes e normas para a utilização, o ensino, a produção e a difusão do Sistema Braille em todas as
modalidades de ensino.
2003 – Portaria nº3.284: dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de
deficiência
2004 Programa Universidade Para Todos (PROUNI): concede bolsas de estudo em instituições privadas
de educação superior, a estudantes, pessoas com deficiência podendo concorrer a bolsas integrais.
2005 – Programa de acessibilidade no ensino supeior (Programa Incluir): propõe ações que garantem o
acesso pleno de pessoas com deficiência às instituições federais de ensino superior(ifes).
2005 – Decreto nº5.626: regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a
Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Refrente a inclusão da Libras como disciplina
curricular e o ensino de língua portuguesa como segunda língua para alunos surdos e a organização da educação
bilingue no ensino regular.
2007 – Plano de Desenvolvimeno da Educação: recomenda a acessibilidade arquitetônica dos prédios
escolares, a implantação de salas de recursos multifuncionais e a formação docente para o atendimento
educacional especializado (AEE).
2007 – Decreto nº6.094: implementa o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, que
destaca a garantia do acesso e permanência no ensino regular e o atendimento às necessidades educacionais
especiais dos alunos para fortalecer a inclusão educacional nas escolas públicas.
2008 – Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, elaborada pelo Grupo de
Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007: Apresenta e analisa o papel da
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva com sua implantação, na qual visa a uma ação política, social,
cultural e pedagógica.
2008 - Decreto legislativo nº186: aprova o texto da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência e de
seu protocolo facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007. O artigo 24 da Convenção aborda a educação
inclusiva.
2009 – Resolução MEC CNE/CEB nº 4: institui as diretrizes operacionais para o atendimento educacional
especializado na educação básica, modalidade educação especial. Afirma que o AEE deve ser oferecido no turno inverso da
escolarização, prioritariamente nas salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular.
2011- Plano Nacional dos direitos da pessoa com deficiência (Plano viver sem limite): estabelece a garantia de um
sistema educacional inclusivo como uma das diretrizes. OO eixo educacional prevê:
- Implantação de salas de recursos multifuncionais, espaços nos quais é realizado o AEE;
- Programa escola acessível, que destina recursos financeiros para promover acessibilidade arquitetônica nos
prédios escolares e compra de materiais e equipamentos de tecnologia assistiva;
- Programa caminho da escola, que oferta transporte escolar acessível;
- Programa de acessibilidade no ensino superior (Incluir);
Educação bilíngue – Formação de professores e tradutores-intérpretes em Língua Brasileira de Sinais (Libras);
- BPC na escola.
2011 – Decreto nº7.611: declara que é dever do Estado garantir um sistema educacional inclusivo em todos
os níveis e em igualdade de oportunidades para alunos com deficiência; oferta de apoio necessário, no âmbito do
sistema educacional geral,entre outras diretrizes.
2011- Nota Técnica MEC/SEESP/GAB Nº 06: Estabelece sobre avaliação de estudante com deficiência
intelectual. Cabendo ao professor do atendimento educacional especializado (AEE) a identificação das especificidades
educacionais de cada estudante de forma articulada com a sala de aula comum. Por meio de avaliação pedagógica
processual, esse profissional deverá definir, avaliar e organizar as estratégias pedagógicas que contribuam com o
desenvolvimento educacional do estudante, que se dará junto com os demais na sala de aula. É, portanto,
importantíssima a interlocução entre os professores do AEE e da sala de aula regular.
2014 - Plano Nacional de Educação (PNE): A educação inclusiva na meta 4 do PNE refere-se sobre
universalizar o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado (AEE) , preferencialmente na rede
regular de ensino, a crianças e adolescentes de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades até 2024.
2015 – Lei nº13.146 – Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência (LBI) também conhecida como
Estatuto da Pessoa com Deficiência: destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Cabe
ressaltar, no capítulo IV aborda o direito à educação, com base na Convenção sobre os direitos das pessoas com
deficiência, no qualdeve ser inclusiva e de qualidade em todos os níveis de ensino; garantindo condições de acesso,
permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e recursos de acessibilidade que eliminem as
barreiras, desse modo, o AEE também está contemplado, entre outras medidas.
2016- Lei nº13.409: garante sobre a reserva de vagas (cotas) para pessoas com deficiência nos cursos técnico
de nível médio e superior das instituições federais de ensino.
Público-alvo da Educação Especial
• Alunos com:

• - Deficiência : aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual,
mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas
- Transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações
no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação
ou estereotipias motoras.
Incluem-se nessa definição alunos com autismo, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da
infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
-Altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande
envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade
De acordo com O Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial/ DIRETRIZES
OPERACIONAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
NA EDUCAÇÃO BÁSICA 2008.
A OFERTA DO AEE

O AEE é organizado para suprir as necessidades


de acesso ao conhecimento e à participação dos alunos com
deficiência e dos demais que são público alvo da Educação
Especial, nas escolas regular.
o AEE é ofertado em todas as etapas e modalidades da educação
básica e do ensino superior e nas modalidades: educação indígena,
educação do campo e quilombola e nos projetos pedagógicos
construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos.

constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino, embora


participar do AEE seja uma decisão do aluno e/ou de seus
pais/responsáveis.
QUEM ATUA NO AEE?
Para atuação no AEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite
para o exercício da docência e formação específica na educação especial,
inicial ou continuada (MEC/Seesp/Diretrizes Operacionais da Educação
Especial para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica
2008.) Como PROFESSORES com conhecimentos específicos no ensino de:

✔LIBRAS, tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete


língua portuguesa na modalidade escrita, como segunda língua de pessoas
com surdez,

✔ Sistema e revisor Braille, sorobã, orientação e mobilidade, utilização de


recursos ópticos e não ópticos
• Tecnologia Assistiva - TA

• Desenvolvimento de processos mentais,

✔Adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos,


enriquecimento curricular e outros
✔Especialização em sala de recurso Multifuncional.
ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DO AEE
De acordo com MEC/SEESP,2008:
• Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de
acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos
alunos público-alvo da educação especial;
• Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado,
avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade;
• Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos
multifuncional
• Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros
ambientes da escola;
• Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias
e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
• Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de
acessibilidade utilizados pelo aluno;
• Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da
informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a
informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não ópticos, os
softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de orientação e
mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades funcionais dos
alunos, promovendo autonomia, atividade e participação
• Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando a
disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e
das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades
escolares
• Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com
os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros.
O QUE FAZ O ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO – AEE?

1 -Apoia o desenvolvimento do aluno com deficiência, transtornos globais de


desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;
2 -Disponibiliza o ensino de linguagens e de códigos específicos de comunicação
e sinalização;
3 - Oferece Tecnologia Assistiva – TA;
4 -Faz adequações e produz materiais didáticos e pedagógicos tendo em vista
as necessidades específicas dos alunos;
5- Oportuniza o enriquecimento curricular (para alunos com Altas habilidades)
O AEE deve se articular com a proposta da escola regular, embora suas
atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino regular.
Identificar, elaborar, produzir e organizar Plano AEE
serviços, recursos pedagógicos, de
acessibilidade e estratégias
Organizar o tipo e o
número de atendimento
aos alunos
AEE PARA Deficiente Físico
(DF)

• Oportunizar o acesso à Tecnologia Assistiva


(TA) e suas modalidades, por meio do ensino e
utilização de recursos que lhes possibilitam a
ampliação de uma habilidade funcional,
oportunizando autonomia de ações e participação em
todos os momentos escolares.
AEE PARA DEFICIENTE FÍSICO:
❖ Uso da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)
❖ Avaliação e indicação de recursos de acessibilidade ao
computador: ponteira de cabeça, colméia, mouse e teclado
adaptado, acionadores, programas especiais...
❖ Adequação e produção de materiais pedagógico: engrossador de
lápis, plano inclinado, tesoura adaptada, letras com imã fixado...
❖ Auxílios de mobilidade - projetos arquitetônicos para
acessibilidade, adaptação de veículos, espaços entre mesas e
cadeiras...
❖ Adequação postural (posicionamento para função)
❖ Auxílio para a vida diária e prática
AEE PARA Deficiente Intelectual (DI)
Características do Funcionamento Intelectual
•Aspecto Estrutural •Aspecto Funcional

⚫ Etapas do desenvolvimento –
⚫ Desenvolvimento estruturas - semelhantes
semelhantes ⚫ Ritmo de desenvolvimento
⚫ Gênese dos esquemas das estruturas intelectuais –
conceituais e processos de mais lento
conhecimento - semelhantes ⚫ Podem não conseguir finalizar
o desenvolvimento das suas
estruturas intelectuais
AEE PARA DI
CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS DO DI
• Dificuldades para mobilizar os seus próprios recursos cognitivos internos de modo eficiente;

• Oscilação do raciocínio;

• Dificuldades na atenção seletiva, gerando dificuldade de se orientar e planejar-se eficazmente para a


realização da tarefa;

• Dificuldades com a memória de curto prazo – não utilizam estratégias de repetição interna ou de
agrupamento de informação;

• Dificuldades com o planejamento e a auto-regulação = refletir sobre a própria ação e sobre a transformação
das estratégias relacionadas a esta ação – repete a mesma estratégia, mesmo que ela seja ineficaz;

• Dificuldades na transferência das aprendizagens;

• Fragilidade em operar no nível das representações mentais – evoluir conceitualmente;

• Dificuldades psicomotoras – demora de resposta ao estímulo;


AEE PARA DI
TRABALHO DO PROFESSOR DO AEE

• Investir no potencial de aprendizagem;

• Organizar e promover situações de estimulação do desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem -


processos mentais – exercício da atividade cognitiva;

🡺 Proporcionar participação ativa;

🡺 Promoção da autonomia intelectual – apropriação do próprio saber;

🡺 Superação de atitudes de dependência;

🡺 Organização da expressão verbal;

🡺 Propor desafios que impliquem o uso de estratégias cognitivas;

DESENCADEAR O CONFLITO COGNITIVO


AEE PARA Deficiente Visual
Objetiva oferecer aos educandos com deficiência visual, recursos materiais e alternativas que
favoreçam o acesso aos conteúdos escolares e o pleno desenvolvimento de suas potencialidades

CEGOS: BAIXA VISÃO:


- Postura; - Avaliação funcional da visão;
- Destreza tátil - Aprender a usar recursos ópticos e não ópticos;
- Sentido de organização, esquemas e critérios de - Aprender a usar de forma eficiente a visão
ordem e organização; residual;
- Estimulação e exploração dos sentidos - Estimulação sensório motora;
remanescentes; - Avaliar as condições de iluminação, localização
- Reconhecimento de desenhos, gráficos, no ambiente;
diagramas, mapas e maquetes em relevo - - Uso de lupas eletrônicas;
produção - Software magnificadores de tela
- Sistema Braille – ensino e transcrição - Ampliação de fontes;
- Sorobã; - Materiais com contraste visual;
- Orientação e mobilidade; - Produção de materiais didáticos adequados ao
- Aprendizagem e uso de recursos tecnológicos – tipo de visão.
leitores de tela com síntese de voz, livro digital,
audiolivro
AEE PARA Pessoa Surda (PS)
• Ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS:
- Momento em Libras na escola regular, em que todos os conhecimentos dos
diferentes conteúdos curriculares, são explicados nessa língua por um professor,
sendo o mesmo preferencialmente surdo, destina-se aos alunos com surdez
- Momento para o ensino de Libras, no qual os alunos com surdez terão aulas
de Libras, favorecendo o conhecimento e a aquisição, principalmente de termos
científicos., realizado pelo professor e/ ou instrutor de Libras (preferencialmente
surdo), de acordo com o estágio de desenvolvimento da Língua de Sinais em que o
aluno se encontra
• Ensino da Língua Portuguesa na modalidade escrita.
- Momento para o ensino da Língua Portuguesa, no qual são trabalhadas as
especificidades dessa língua para pessoas com surdez, junto das aulas da turma
regular, por uma professora de Língua Portuguesa, graduada nesta área,
preferencialmente. O atendimento deve ser planejado a partir do diagnóstico do
conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua Portuguesa
AEE PARA PESSOA SURDA (SD)
O planejamento do Atendimento Educacional Especializado é
elaborado e desenvolvido conjuntamente pelos professores que
ministram aulas em Libras, professor de classe comum e professor de
Língua Portuguesa para pessoas com surdez. O planejamento coletivo
inicia-se com a definição do conteúdo curricular, o que implica que os
professores pesquisem sobre o assunto a ser ensinado.
Em seguida, os professores elaboram o plano de ensino (PEI).
Eles preparam também os cadernos de estudos do aluno, nos quais os
conteúdos são inter-relacionados.
AEE Para o Transtorno Global de
Desenvolvimento (TGD)
• FUNDAMENTOS DO TRABALHO:

• - Três núcleos de transtornos no desenvolvimento:
• - Qualitativo da relação;
• - Alterações da comunicação e da linguagem
• - Falta de flexibilidade mental e comportamental.

TER ATENÇÃO ÀS POTENCIALIDADES E O QUE


FAVORECE O SUJEITO
AEE PARA TGD
Desenvolvimento da Cognição Social:
- Mediar a familiarização com o ambiente
- Estimular e mediar a interação com os pares
- Compartilhamento e habilidades sociais
- Ampliação dos interesses
Desenvolvimento da comunicação e linguagem:
- Elaborar estratégias no cotidiano escolar, na elaboração de recursos e na
organização da rotina, proporcionando a antecipação da rotina escolar, tendo em
vista, as peculiaridades de cada aluno e de cada escola.
- Ampliação progressiva da flexibilidade da criança mediante as mudanças na rotina
ou no ambiente;
- Ampliar o acesso a linguagem receptiva e expressiva;
- Usoàda
Estar atento Comunicação
progressiva Aumentativa
aquisição e Alternativa
de flexibilidade (CAA)
mental por parte da criança com TGD, de
modo a possibilitar e indicar a flexibilização de estratégias e de oportunidades de oferta de
novos desafios cognitivos e assim evitar o risco de reter a criança em seu desenvolvimento.
AEE PARA ALTAS HABILIDADES /
SUPERDOTAÇÃO

🡺 Trabalho de aprofundamento e enriquecimento curricular;


🡺 Métodos de agrupamentos, aceleração e enriquecimento;
🡺 Criação de oportunidades para trabalhos independentes e para a
investigação nas áreas das habilidades e talentos:
- Interface com Núcleo de Atividades de para
Altas Habilidades / Superdotação
- Interface com instituições de ensino superior
– promoção da pesquisa, arte, esportes...
AEE PARA ALTAS HABILIDADES /
SUPERDOTAÇÃO

🡺 Trabalho de aprofundamento e enriquecimento curricular;


- Desenvolver as capacidades, habilidades e potencialidades do aluno;

- Promover a ampliação de interesses;

- Fortalecer o autoconceito positivo;

- Ampliar e diversificar as experiências dos alunos;

- Oportunizar o desenvolvimento dos valores éticos e do convívio social;


AEE PARA ALTAS HABILIDADES /
SUPERDOTAÇÃO

Armstrong (2001) em seu livro intitulado “Inteligências


Múltiplas na sala de aula” descreve as necessidades cognitivas
específicas do aluno para o melhor desenvolvimento em sala de aula.
(Ver os dois quadros abaixo)
Este conhecimento é importante para subsidiar a instrução em
sala de aula, de forma que a maior parte da aprendizagem na escola e
no AEE possam ocorrer através dos tipos de inteligências preferidas
pelos alunos superdotados ou com altas habilidades, pensando nos
diversos estilos de aprendizagem que os discentes apresentam
quando tendem a uma determinada inteligência de forma mais
expressiva.
PROFESSOR AEE E PROFESSOR SALA
COMUM
🡺 As atividades desenvolvidas no AEE diferenciam-se daquelas da sala de aula comum, não
sendo substitutas a escolarização, e sim, complementando ou suplementando a formação
dos alunos com vistas a autonomia e independente na escola e fora dela. Dentro desta
proposta, temos o enriquecimento curricular, ensino de linguagens e códigos específicos de
comunicação, sinalização e tecnologia assistiva.
🡺 O professor de AEE e o da sala de aula interagem no sentido de assegurar o acesso e a
participação autônoma do aluno nas atividades escolares.
🡺 Com base nessas interações o professor do AEE avalia e reformula suas ações no sentido de
buscar novas estratégias e recursos, ou seja, ele refaz e reajusta o seu plano de AEE para o
aluno.
🡺 Por outro lado, o professor de AEE também não tem uma proposta de apoio pedagógico
onde tenha que trabalhar conteúdos programáticos das diversas disciplinas, aplicar provas,
ensinar atividades matemáticas e alfabetizar o aluno como o professor de sala comum.
O PROFESSOR AEE E
OUTROS PROFISSIONAIS
🡺 O papel do professor do AEE não deve ser confundido com o papel dos profissionais
do atendimento clínico.

🡺 O AEE é desenvolvido por professores especializados, embora suas atribuições


possam ter articulações com profissionais das áreas da Medicina, Psicologia,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e outras afins.

🡺 O professor do AEE estabelece interlocuções com os profissionais do atendimento


clínico da mesma forma que estabelece parcerias com outras áreas, tais como:
arquitetura, engenharia, informática...

Um atendimento não invalida o outro, ao contrário, reforça.


REGISTROS:
ANAMNESE
AVALIAÇÃO
DIÁRIO
PLANO DE AEE
RELATÓRIOS
Sala de recursos multifuncionais

As Salas de Recursos Multifuncionais são espaços instalados nas escolas


regulares, equipada com recursos extras para auxiliar na aquisição da
aprendizagem dos alunos incluídos nas classes comuns.
Essas salas são organizadas com mobiliários, materiais didáticos e
pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o
atendimento aos alunos público-alvo da educação especial, em turno contrário à
escolarização.
O professor da sala de recursos orienta os professores de ensino regular,
em relação às praticas e posturas que devem ser tomadas em relação aos alunos
incluídos, que devem frequentar o espaço em um contra turno para reforçar os
conteúdos, receber orientações sobre condutas adaptativas e treinar a utilização
de recursos específicos.
O AEE não se confunde com Sala de Recursos
Multifuncionais!

Sala de Recursos Multifuncionais: São espaços, dentro da escola regular,


onde se realiza o atendimento educacional especializado para alunos com
necessidades educacionais especiais por meio do desenvolvimento de
estratégias de aprendizagem centradas em um fazer pedagógico que
favoreça a construção de conhecimentos, pelos alunos, para que estes
desenvolvem o currículo e participem da vida escolar.
AEE: Funciona no contraturno escolar ou em instituições especializadas
como consultórios/espaços psicopedagógicos e clínicas, com objetivo de
complementar ou suplementar a formação do estudante por meio da
disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que
eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e
desenvolvimento de sua aprendizagem.
O AEE não se confunde com Reforço
Escolar!
Reforço Escolar ou Apoio Pedagógico: São trabalhadas
as dificuldades escolares como: cálculos, ortografia,
resolução de problemas matemáticos, regra de sinais, e
outros a partir do momento que reforça e trabalha os
conteúdos escolares e não as áreas de desenvolvimento e
são ministrados por professores com formação em pedagogia
ou outra licenciatura.
PLANO DE AEE E ANAMNESE
Em anexo, neste curso, foi também colocado um Plano de
Desenvolvimento Individual para o AEE, fundamentados com explicação e
contemplando anamnese, intitulado como informações e avaliação do
aluno, com modelos para preenchimento e com estudos de caso de alunos
com:
-Sindrome de Down
-Autismo
-Baixa Visão
-Surdo Cegueira
-Surdez usuário de Língua Brasileira de sinais
-Paralisia Cerebral
REFERÊNCIAS

• A legislação federal brasileira e a educação de alunos com deficiência (diversa.org.br)


• Constituição da República Federativa do Brasil (senado.leg.br)
• eca_1ed.pdf (senado.leg.br)
• Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien – 1990) (unicef.org)
• Microsoft Word - Documento3 (mec.gov.br)
• EDUCAO INCLUSIVA: POLTICA NACIONAL DE EDUCAO ESPECIAL (mec.gov.br)
• lei 9394.pdf (mec.gov.br)
• Microsoft Word - Documento4 (mec.gov.br)
• D3298 (planalto.gov.br)
• CEB0201.doc (mec.gov.br)
• 009.doc (mec.gov.br)
• INTERESSADO/MANTENEDORA: (mec.gov.br)
• L10436 (planalto.gov.br)
• Grafia Braille para Lingua Portuguesa.indd (mec.gov.br)
REFERÊNCIAS
• Microsoft Word - Documento14 (mec.gov.br)
• Lei nº 11.096 (planalto.gov.br)
• Programa Incluir - Ministério da Educação (mec.gov.br)
• Decreto nº 5626 (planalto.gov.br)
• livro MIOLO.indd (mec.gov.br)
• Decreto nº 6094 (planalto.gov.br)
• Política Nacional de Educação Especial na (mec.gov.br)
• Política Nacional de Educação Inclusiva - Portal Educação (portaleducacao.com.br)
• MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (mec.gov.br)
• Decreto nº 7612 (planalto.gov.br)
• Decreto nº 7611 (planalto.gov.br)
• Avaliação de estudante com deficiência intelectual (Nota Técnica 06/2011- MEC/SEESP/GAB) | Inclusão Já! (inclusaoja.com.br)
• PNE - Plano Nacional de Educação - Plano Nacional de Educação - PNE (mec.gov.br)
• L13146 (planalto.gov.br)
• L13409 (planalto.gov.br)
• Ministério da Educação (mec.gov.br)
• EDUCAO INCLUSIVA: POLTICA NACIONAL DE EDUCAO ESPECIAL (mec.gov.br)
• Microsoft PowerPoint - AEE Apresentacao_Completa_01_03_2008 (pmpf.rs.gov.br)
• 2010_liv_allvgomes.pdf (ufc.br)
REFERÊNCIAS
• Deficiencia FISICA.indd (mec.gov.br)
• Deficiencia AUDITIVA.indd (mec.gov.br)
• 2010_liv_jfbelisariofilho.pdf (ufc.br)
• *Apresentação da Disciplina (ucamprominas.com.br)
• ARMSTRONG, T. Inteligências Múltiplas na sala de aula. 2ª ed., Trad.
Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas,
1995.
• Deficiencia Visual.indd (mec.gov.br)
• SEDUC - Secretaria de Estado da Educação

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