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Aula 1 - Recorte da história da Educação Especial

Site: Plataforma de cursos MOOC IFRO Impresso por: Irlândia Rita da Rocha
Curso: Educação Inclusiva: primeiros passos Data: sexta, 18 nov 2022, 07:35
Livro: Aula 1 - Recorte da história da Educação Especial
Descrição

A urgência em estudar
sobre essa temática nunca foi tão presente como nos dias de hoje (século XXI) e
este curso proporcionará um vislumbre
do todo que se precisa mergulhar. Logo,
buscamos trazer um recorte da evolução histórica e política da educação
especial e inclusiva.
Estamos cientes que não iremos contemplar todas as
conquistas, mas ressaltamos o quão desafiante é a inclusão verdadeira para os
governos, escolas e professores.

Vamos lá iniciar o estudo!


Índice

1. Declaração de Salamanca (1994)

2. Políticas Públicas Brasileiras

3. Marcos Históricos e Normativos

4. Continuidade
1. Declaração de Salamanca (1994)

Iniciamos destacando um dos marcos mundiais para a Educação Inclusiva, a Declaração de Salamanca (1994),  que norteou as políticas
educacionais para os sistemas educacionais no Brasil e no mundo.

A partir dessa Conferência Mundial (1994), que resultou na Declaração de Salamanca, que pessoas com necessidades educativas específicas
passaram a ser consideradas nas escolas regulares, ampliando assim o acesso democrático à aprendizagem. 

Para saber mais sobre esse evento grandioso e que deu início aos trilhos da Educação Inclusiva, leia o documento abaixo:

Microsoft
Word - Documento3 (mec.gov.br)

“[...] as pessoas com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia
centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades.” (ABENHAIM, 2005, p. 43).

Declaração de Salamanca

Transcrição do áudio: O princípio básico da inclusão escolar de acordo com essa declaração consiste em que as escolas reconheçam as
diversas necessidades dos alunos e a elas respondam assegurando-lhes uma educação de qualidade que proporcione aprendizagem por meio
de um currículo apropriado e modificação organizacionais das estratégias de ensino entre outros (UNESCO, 2000).

A seguir, iremos destacar avanços na política brasileira  a partir da  promulgação da Constituição Federal Brasileira de 1988, e um recorte
referencial dos anos 90 até os dias atuais. Iniciaremos com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN/1996) e o Plano Nacional de
Educação (PNE).

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2. Políticas Públicas Brasileiras

A Constituição Federal Brasileira de 1988, conhecida como


constituição cidadã estabeleceu o direito de todos à educação. Como afirma, o art.
205 e 206:

Ar. 205. A
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Para mais informações clique no link Constituição


(planalto.gov.br)

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,  nº.9.394/96 além de destacar a responsabilidade do estado e a família como responsáveis
pela educação de crianças, adolescentes e adultos. Preconiza em seu art. 59  que as rede de ensino deve disponibilizar alguns requisitos
para o atendimentos de estudantes especiais, logo, afirma:

Art. 59.  Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação:          (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para
concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a
integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de
inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística,
intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

Para mais informações sobre a LDB clique no link L9394


(planalto.gov.br)

Dando continuidade, não podemos deixar de mencionar o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de


julho de 1990 que em uns dos seus
artigos afirma:

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

(...)  III - atendimento


educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;

L8069
(planalto.gov.br)

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3. Marcos Históricos e Normativos

Outros documentos legais merecem ser destacados quanto aos marcos normativos da Educação Inclusiva no Brasil, entre eles destacamos:

Decreto n. 3.298/1999 - art. 24 III - a inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadas públicas e privadas;

Leia a Lei na íntegra D3298 (planalto.gov.br)

Resolução CNE/CEB/2001 - Institui Diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica CEB0201.doc (mec.gov.br)

Lei n. 10.436/2002 - Dispões sobre a Língua Brasileira de Sinais. Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais
estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e
de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros
Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente. L10436 (planalto.gov.br)

A Portaria n. 2678/2002 - o Ministério da Educação estendem o Braile a todas modalidades da Educação Portaria MEC nº 2678, de 24 de
setembro de 2002 - Portal do FNDE. 

Decreto n. 5.296/2004 - Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que
especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. D5296 (planalto.gov.br)

Na próxima página continuaremos a destacar outras normatizações que fazem partes dos trilhos da Educação Inclusiva no Brasil. 

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4. Continuidade

Decreto n. 6.094/2007 - Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em
regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e
ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica. 

Art. 2º. IX - garantir o acesso e permanência das pessoas com necessidades educacionais especiais nas classes comuns do ensino regular,
fortalecendo a inclusão educacional nas escolas públicas; Decreto nº 6094 (planalto.gov.br)

Resolução n. 4, de 2 de Outubro de 2009 - Institui Diretrizes Operacionais para o


Atendimento Educacional Especializado na
Educação
Básica, modalidade Educação
Especial MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (mec.gov.br)

Podemos concluir que a implantação de diversas políticas de inclusão, por meio deste recorte que fizemos, que muito ainda precisa ser feito, e
deixamos a provocação e o desafio aos gestores públicos de analisar e estudar estas políticas e assim executa-la em prol de uma educação
inclusiva para todos (as) que assim necessite. 

Convido após este recorte histórico e normativo da Educação Inclusiva a testar seus conhecimentos com uma atividade avaliativa. Vamos lá!

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