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INTERNACIONAL
1990 – Declaração Mundial de Educação para Todos
No documento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),
consta: “as necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiências requerem
atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à Educação aos portadores
de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo”. O texto ainda usava o
termo “portador”, hoje não mais utilizado.'
1994 – Declaração de Salamanca
O documento é uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) e foi concebido na Conferência
Mundial de Educação Especial, em Salamanca (Espanha). O texto trata de princípios, políticas e práticas das
necessidades educativas especiais, e dá orientações para ações em níveis regionais, nacionais e
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internacionais sobre a estrutura de ação em Educação Especial. No que tange à escola, o documento aborda
a administração, o recrutamento de educadores e o envolvimento comunitário, entre outros pontos.
1999 – Convenção da Guatemala
A Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas
Portadoras de Deficiência, mais conhecida como Convenção da Guatemala, resultou, no Brasil, no Decreto nº
3.956/2001. O texto brasileiro afirma que as pessoas com deficiência têm “os mesmos direitos humanos e
liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes direitos, inclusive o direito de não ser submetidas a
discriminação com base na deficiência, emanam da dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser
humano”. Novamente, o texto ainda utiliza a palavra “portador”, hoje não mais utilizado.
2009 – Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
A convenção foi aprovada pela ONU e tem o Brasil como um de seus signatários. Ela afirma que os países
são responsáveis por garantir um sistema de Educação Inclusiva em todos as etapas de ensino.
2015 - Declaração de Incheon
O Brasil participou do Fórum Mundial de Educação, em Incheon, na Coréia do Sul, e assinou a sua
declaração final, se comprometendo com uma agenda conjunta por uma Educação de qualidade e inclusiva.
2015 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Originada da Declaração de Incheon, o documento da Unesco traz 17 objetivos que devem ser
implementados até 2030. No 4º item, propõe como objetivo: assegurar a Educação Inclusiva, equitativa e de
qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
Educação especial é uma modalidade de ensino que visa promover o desenvolvimento das
potencialidades de pessoas portadoras de necessidades especiais, condutas típicas ou altas habilidades, e
que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Ou seja, uma modalidade de ensino para
pessoas com deficiência ou altas habilidades.
Hoje o modelo é que essas escolas especiais, que teoricamente têm o conhecimento da educação
especial, se transformem em centros de recursos para apoiar o ensino inclusivo em todas as escolas que
estão na sua região, com professores itinerantes e materiais pedagógicos.
DOENÇAS MENTAIS
As doenças mentais são condições de anormalidade ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou
cognitiva. Transtornos mentais são disfunções no funcionamento da mente, que podem afetar qualquer
pessoa e em qualquer idade e, geralmente, são provocados por complexas alterações do sistema nervoso
central.
Existem diversos tipos de transtornos mentais, que são classificados em tipos, e alguns dos mais comuns
incluem aqueles relacionados à ansiedade, depressão, alimentação, personalidade ou movimentos, por
exemplo. A seguir, falaremos dos principais transtornos mentais na população, e no final há uma lista
completa de outros tipos existentes.
1. Ansiedade
Os transtornos de ansiedade são muito comuns, presentes em cerca de 1 a cada 4 pessoas que vão ao
médico. Eles são caracterizados por uma sensação de desconforto, tensão, medo ou mau pressentimento,
que são muito desagradáveis e costumam ser provocados pela antecipação de um perigo ou algo
desconhecido.
As formas mais comuns de ansiedade são a ansiedade generalizada, a síndrome do pânico e as fobias, e
são muito prejudiciais tanto por afetar a vida social e emocional da pessoa, como por provocar sintomas
desconfortáveis, como palpitação, suor frio, tremores, falta de ar, sensação de sufocamento, formigamentos
ou calafrios, por exemplo, e pelo maior risco de desenvolver depressão ou vícios pelo álcool e medicamentos.
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2. Depressão
Cerca de 15% das pessoas apresentam depressão em algum momento da vida. A depressão é definida
como o estado de humor deprimido que persiste por mais de 2 semanas, com tristeza e perda do interesse ou
do prazer nas atividades, podendo ser acompanhada de sinais e sintomas como irritabilidade, insônia ou
excesso de sono, apatia, emagrecimento ou ganho de peso, falta de energia ou dificuldade para se
concentrar, por exemplo.
O que fazer: para tratar a depressão, é indicado o acompanhamento com o psiquiatra, que irá indicar o
tratamento de acordo com a gravidade do quadro e os sintomas apresentados. A principal forma de tratar a
depressão é a combinação de psicoterapia com o psicólogo e uso de medicamentos antidepressivos
prescritos pelo psiquiatra, que incluem Sertralina, Amitriptilina ou Venlafaxina, por exemplo.
3. Esquizofrenia
A esquizofrenia é o principal transtorno psicótico, caracterizado como uma síndrome que provoca
distúrbios da linguagem, pensamento, percepção, atividade social, afeto e vontade. É mais comum em
jovens, no final da adolescência, apesar de poder surgir ao longo de outras idades, e alguns dos sinais e
sintomas mais comuns são alucinações, alterações do comportamento, delírios, pensamento desorganizado,
alterações do movimento ou afeto superficial, por exemplo.
Apesar de não se saber exatamente a causa da esquizofrenia, sabe-se que está relacionada a alterações
genéticas que provocam defeitos nos sistemas neurotransmissores do cérebro, e que pode ser hereditária.
O que fazer: é necessário o acompanhamento psiquiátrico, que indicará o uso de medicamentos
antipsicóticos, como Risperidona, Quetiapina, Clozapina e Olanzapina, por exemplo. Além disso, é
fundamental a orientação à família e o seguimento com outros profissionais da área de saúde, como
psicologia, terapia ocupacional e nutrição, por exemplo, para que o tratamento seja completamente eficaz.
4. Transtornos alimentares
A Anorexia nervosa é caracterizada pela perda de peso intencional provocada pela recusa à alimentação,
distorção da própria imagem e medo de engordar. Já a Bulimia consiste em comer grandes quantidades de
comida e, em seguida, tentar eliminar as calorias de formas prejudiciais, como pela indução do vômito, uso de
laxantes, exercícios físicos intensos ou jejum prolongado.
Os distúrbios alimentares são mais comuns em jovens, e têm sido cada vez mais frequentes pela cultura
de valorização estética. Apesar da Anorexia e Bulimia serem os transtornos alimentares mais conhecidos,
outros problemas relacionados à alimentação incluem a Ortorexia, que é a preocupação excessiva por comer
alimentos saudáveis, a Vigorexia, que é a obsessão pelo corpo musculoso, ou a compulsão alimentar, por
exemplo.
O que fazer: não existe um tratamento simples para curar os transtornos alimentares, sendo necessário o
tratamento psiquiátrico, psicológico e nutricional, e os medicamentos costumam ser indicados somente em
casos de doenças associadas, como ansiedade ou depressão. Grupos de apoio e aconselhamento podem
ser boas formas de complementar o tratamento e obter bons resultados.
5. Estresse pós-traumático
O estresse pós-traumático é a ansiedade que surge após ser exposto a alguma situação traumática, como
um assalto, uma ameaça de morte ou perda de um ente querido, por exemplo. Geralmente, a pessoa afetada
revive persistentemente o ocorrido com recordações ou sonhos, e apresenta intensa ansiedade e sofrimento
psicológico.
O que fazer: o tratamento é feito com psicoterapia, onde o psicólogo procura ajudar a perceber quais são
os eventos que estão provocando os medos involuntários e como podem liberar as memórias traumáticas
desses eventos. Por exemplo, no caso de alguém que foi vítima de um assalto em um banco, a psicoterapia
pode permitir que a percepção do evento seja alterada. Assim, a pessoa começa a perceber que o medo
irracional que sente de que sempre vai ser assaltada quando entrar num banco, não é real. No entanto, em
alguns casos, pode também ser necessário recorrer ao psiquiatra para que seja indicado o uso de
medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos para aliviar os sintomas.
5. Somatização
A somatização é um transtorno em que a pessoa apresenta múltiplas queixas físicas, referentes a diversos
órgãos do corpo, mas que não são explicadas por nenhuma alteração clínica. Geralmente, são pessoas que
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constantemente vão ao médico com muitas queixas, e na avaliação médica, exame físico e realização de
exames, nada é detectado.
Na maioria dos casos, as pessoas com transtorno de somatização apresentam ansiedade e alterações do
humor, além de poderem apresentar impulsividade. Quando além de sentir a pessoa chega a simular ou
provocar intencionalmente sintomas, a doença passa a ser chamada de transtorno factício.
O que fazer: é necessário um acompanhamento psiquiátrico e psicológico, de forma que a pessoa consiga
amenizar os sintomas. Remédios como antidepressivos ou ansiolíticos podem ser necessários em alguns
casos.
6. Transtorno bipolar
O transtorno bipolar é a doença psiquiátrica que provoca oscilações imprevisíveis no humor, variando entre
depressão, que consiste em tristeza e desânimo, e mania, impulsividade e característica excessivamente
extrovertida.
O que fazer: o tratamento costuma ser feito com medicamentos estabilizadores do humor, como carbonato
de lítio, que deve ser recomendado pelo psiquiatra.
7. Transtorno obsessivo-compulsivo
Também conhecido como TOC, este transtorno provoca pensamentos obsessivos e compulsivos que
prejudicam a atividade diária da pessoa, como exagero em limpeza, obsessão por lavar as mãos,
necessidade de simetria ou impulsividade por acumular objetos, por exemplo.
O que fazer: o tratamento para transtorno obsessivo-compulsivo é orientado pelo psiquiatra, com a
ingestão de remédios antidepressivos, como Clomipramina, Paroxetina, Fluoxetina ou Sertralina, sendo
também recomendado fazer terapia cognitivo-comportamental.
Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5), a lista dos principais
inclui:
Transtornos Psicóticos, como esquizofrenia ou transtorno delirante;
Transtornos de Personalidade, como dos tipos paranoide, anti social, borderline, histriônica ou
narcisista, por exemplo;
Transtornos relacionados ao uso de substâncias, como drogas ilícitas, álcool, medicamentos ou
cigarros, por exemplo;
Transtornos Neurocognitivos, como delirium, Alzheimer ou outras demências;
Transtorno do Neurodesenvolvimento, como deficiências intelectuais, transtornos da comunicação,
autismo, déficit de atenção e hiperatividade ou alterações dos movimentos;
Transtorno Dissociativo, como Transtorno de Despersonalização/Desrealização ou amnésia
dissociativa;
Disforia de Gênero, relacionado ao desenvolvimento sexual;
Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta, como Cleptomania, Piromania ou
transtorno explosivo;
Disfunções Sexuais, como ejaculação precoce ou retardada;
Transtorno do Sono-vigília, como insônia, hipersonolência ou narcolepsia;
Transtorno da Eliminação, como incontinência urinária ou fecal;
Transtornos Parafílicos, relacionados ao desejo sexual;
Transtornos do movimento relacionado a efeitos de medicamentos.
Existem ainda diversos outros tipos de transtornos, como os relacionados a problemas sociais,
educacionais, profissionais ou econômicos, por exemplo.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Deficiência intelectual é um transtorno de desenvolvimento que faz com que o indivíduo tenha um nível
cognitivo e comportamental muito abaixo do que é esperado para a sua idade cronológica.
As pessoas com déficit intelectual apresentam limitações nas suas habilidades mentais. Por norma, têm
dificuldades em compreender ideias abstratas, resolver problemas, compreender e obedecer a regras,
estabelecer relações sociais e realizar atividades cotidianas, por exemplo.
As causas que levam ao déficit intelectual são variadas. No entanto, fatores genéticos costumam ser os
principais responsáveis por essa condição. Outros fatores que também contribuem para a deficiência mental
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são de natureza perinatal, ou seja, complicações durante a gestação do bebê, como a má-formação fetal, por
exemplo.
Não existe cura para a deficiência intelectual, no entanto alguns tratamentos podem ajudar a melhorar a
qualidade de vida do portador do déficit mental. A educação especial e a terapia comportamental são
algumas das opções para melhorar a vida da pessoa.
O indivíduo que apresenta deficiência intelectual deve ser avaliado e acompanhado por um suporte
psicológico e pedagógico. Em alguns casos, também é importante a procura do auxílio fonoaudiólogo e de
médicos, pois outros transtornos ou doenças podem estar associadas à deficiência mental.
Alguns dos principais tipos de deficiência intelectual são: Síndrome de Down; do X-Frágil; de Prader-
Willi; de Angelman; e de Williams.
SÍNDROME DE DOWN
A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das
células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de
Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior
parte da população.
As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características
semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e
características diferentes e únicas.
É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que
eles poderiam ter feito de diferente para evitá-la. Não é culpa de ninguém. Além disso, a síndrome de Down
não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais
devem estar atentos desde o nascimento da criança.
As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que
diferenças. Se você é pai ou mãe de uma pessoa com síndrome de Down, o mais importante é descobrir que
seu filho pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes
níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e
escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá
ocupar um lugar próprio e digno na sociedade. Saiba mais no vídeo abaixo.
Entenda a trissomia
Os seres humanos têm, normalmente, 46 cromossomos em cada uma das células de seu organismo.
Esses cromossomos são recebidos pelas células embrionárias dos pais, no momento da fecundação. Vinte e
três vêm dos espermatozoides fornecidos pelo pai e os outros 23 vêm contidos no óvulo da mãe. Juntos, eles
formam o ovo ou zigoto, a primeira célula de qualquer organismo. Essa célula, então, começa a se dividir,
formando o novo organismo. Isso quer dizer que cada nova célula é, em teoria, uma cópia idêntica da
primeira.
Os cromossomos carregam milhares de genes, que determinam todas as nossas características. Desses
cromossomos, 44 são denominados regulares e formam pares (de 1 a 22). Os outros dois constituem o par
de cromossomos sexuais – chamados XX no caso das meninas e XY no caso dos meninos. O que ocorre,
então, para um bebê apresentar 47 cromossomos, em vez de 46, e ter síndrome de Down?
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Por alguma razão que ainda não foi cientificamente explicada, ou o óvulo feminino ou o espermatozoide
masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. Ao se unirem aos
23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo extra aparece no par número 21. Por isso a
síndrome de Down também é chamada de trissomia do 21. A síndrome é a ocorrência genética mais comum
que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião
ou condição econômica da família.
SÍNDROME DO X FRÁGIL
A Síndrome do X Frágil é uma doença genética ligada ao cromossomo sexual X, sendo conhecida como
a causa mais frequente de retardo mental. É caracterizada por uma repetição de trinucleotídeos CGG do
gene FMR-1 do cromossomo X. Em um paciente com X Frágil, a repetição chega a mais de 200, por isso, ele
é chamado de portador de mutação completa. Em um indivíduo normal, a repetição dos trinucleotídeos varia
de 6 a 55. Quando uma pessoa apresenta repetições que variam de 55 a 200, dizemos que ela apresenta
uma pré-mutação.
A repetição dos trinucleotídeos faz com que a proteína FMRP, traduzida pelo gene FMR 1, não seja
produzida adequadamente. Como essa proteína está relacionada com a função sináptica e com o
crescimento dos dendritos, a sua deficiência gera problemas nas funções normais do cérebro.
A doença afeta tanto homens quanto mulheres. Entretanto, em pessoas do sexo masculino, ela apresenta-
se de forma mais grave. A incidência da doença é de 1 a cada 4000 homens e de 1 a cada 6000 mulheres. A
maior frequência em homens é atribuída ao fato de eles apresentarem apenas um cromossomo X. Como as
mulheres apresentam dois cromossomos X, um sadio compensa o outro.
A síndrome afeta o desenvolvimento intelectual do portador e varia de deficiência mental mediana a
profunda. Em alguns casos, características do autismo são observadas. Além disso, compromete o
comportamento do indivíduo, que geralmente apresenta déficit de atenção e hiperatividade. Outro sintoma
comum em portadores da doença é a ocorrência de convulsões.
Além das variações neurológicas e psiquiátricas, podem ser observadas algumas variações nas
características físicas. Pacientes com a síndrome geralmente apresentam uma face mais alongada, orelhas
grandes, hiperextensibilidade das articulações, pés planos e palato alto e ogival. Essas características
geralmente são associadas com o comprometimento do tecido conjuntivo.
Nas mulheres afetadas, é comum a ocorrência de falha ovariana prematura, que ocasiona uma
menopausa antes mesmo dos 40 anos de idade. Nos homens, há macrorquidia, isto é, aumento no tamanho
dos testículos.
O diagnóstico da Síndrome do X Frágil é feito através de exames que utilizam técnicas de biologia
molecular para estudar o DNA do paciente. A análise do gene é feita normalmente através de técnica do PCR
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e Southern blotting. O exame de cariótipo por muito tempo foi utilizado para diagnosticar a Síndrome,
entretanto, é um procedimento que pode gerar um falso negativo, não sendo, portanto, recomendado.
Após o diagnóstico da síndrome, é importante iniciar o tratamento, que não leva à cura, porém melhora a
qualidade de vida. O tratamento possui como objetivos principais socializar o portador e melhorar seu
aprendizado. Para que a terapia funcione adequadamente, é fundamental que o trabalho seja realizado por
diferentes profissionais, tais como neurologistas e fonoaudiólogos.
SÍNDROME DE PRADER-WILLI
Esta síndrome descrita em 1956 é de origem genética localizada no cromossomo 15 ocorrendo no
momento da concepção. Afeta meninos e meninas em um complexo quadro de sintomas, durante todas
suas vidas, estes variando em presença e intensidade de indivíduo para indivíduo. Um diagnóstico precoce,
antes da manifestação dos sintomas, principalmente a obesidade, tem trazido uma melhora na qualidade de
vida dos portadores nos últimos anos. Mas ainda em caso de diagnósticos tardio, uma série de cuidados
pode ser iniciados, retornando na qualidade de vida dos portadores.
Bebês com Síndrome de Prader-Willi (PWS) apresentam baixo Apgar ao nascer, dificuldade de sugar,
choro fraco e são muito pouco ativos, dormindo a maior parte do tempo. Raramente conseguem ser
amamentados. Seu desenvolvimento neuro-motor é lento, tardam a sentar, engatinhar e caminhar.
Os sintomas da síndrome variam de individuo para indivíduo e estão também associados ao ambiente em
que este vive, aos estímulos e ao acompanhamento terapêutico e educacional que recebe, os principais
sintomas são:
Hiperfagia - constante sensação de fome e
interesse com comida, que pode surgir entre os 2 e
5 anos de idade e levar a obesidade ainda na
infância.
Hipotonia - atraso nas fases típicas do
desenvolvimento psicomotor quando bebês. Mais
tarde fracos tônus musculares, dificuldades com
alguns movimentos, equilíbrio, escrita, uso de
instrumentos, lentidão.
Dificuldades de aprendizagem e fala.
Instabilidade emocional e imaturidade nas trocas
sociais.
Alterações hormonais - atraso no
desenvolvimento sexual.
Baixa estatura.
Diminuição da sensibilidade à dor.
Mãos e pés pequenos.
Pele mais clara que os pais.
Boca pequena com o lábio superior fino e
inclinado para baixo nos cantos da boca.
Fronte estreita.
Olhos amendoados e estrabismo.
SÍNDROME DE ANGELMAN
Presente em uma a cada 12.000 crianças que nascem, a Síndrome de Angelman é uma condição causada
por uma mutação genética que leva principalmente a anomalias neurológicas. Suas características incluem
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atraso global de desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência intelectual, severo atraso de linguagem e fala,
problemas de coordenação motora e ataxia. Estes sinais e sintomas começam a ser evidentes nos primeiros
6 a 12 meses de vida e podem estar associados a crises epilépticas de difícil controle.
Crianças com Angelman apresentam em seu comportamento traços considerados típicos. Costumam ter
fácies de constante felicidade e sorriso, dentes bem separados, hiperatividade, crises de riso, facilmente
excitáveis e movimentos repetitivos com as mãos. A epilepsia costuma piorar em fase mais tardia e
estabilizarem até a fase adulta. Com o tempo, podem apresentar pele mais clara e pálida, cabelos coloridos e
escoliose.
A maioria das características da Síndrome são causadas pela perda de função de um gene
chamado UBE3A. A perda de sua função ocorre de forma desigual e difusa pelo cérebro do portador. Setenta
por cento dos casos são oriundos da perda de um pedaço da parte materna deste gene e 11% por mutação
num segmento deste gene. Normalmente, não são mutações herdáveis e novos portadores são afetados por
erros acidentais no gene.
1 – Ponte nasal afundada;
2 – Inchaço ao redor dos olhos;
3 – Rugas nos olhos;
4 – Olhos azuis com sinais de expressão;
5 – Espaço entre o nariz e os lábios;
6 – Boca larga;
7 – Lábio inferior grande;
8 – Queixo pequeno.
O diagnóstico se dá por meio de análise genética com técnicas de rastreamento desta mutação ou desta
perda de fragmento no cromossomo 15. O tratamento ainda é baseado em reabilitação, controle de crises
epilépticas e compensação dos atrasos com suportes de adaptação. Recentemente, pesquisadores tem
tentado desenvolver terapia gênica para corrigir as falhas no gene mas tal procedimento ainda é incipiente e
encontra-se em fase experimental.
SÍNDROME DE WILLIAMS
A Síndrome de Williams também conhecida como síndrome Williams-Beuren é uma desordem genética
que, talvez, por ser rara, frequentemente não é diagnosticada. Sua transmissão não é genética. O nome
desta síndrome vem do médico, Dr. J.C.P. Williams que a descreveu em 1961 na Nova Zelândia e pelo Dr.
A. J. Beuren da Alemanha em 1962.
Acometendo ambos os sexos, na maioria dos casos infantis (primeiro ano de vida), as crianças têm
dificuldade de se alimentar, ficam irritadas facilmente e choram muito.
A síndrome de Williams é uma doença caracterizada por "face de gnomo ou fadinha”, nariz pequeno e
empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso frequente. Estas crianças
normalmente têm problemas de coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso psicomotor. Seu
comportamento é sociável e comunicativo embora utilizem expressões faciais, contatos visuais e gestos em
sua comunicação.
Embora comecem a falar tarde, por volta dos 18 meses, demonstram facilidade para aprender rimas e
canções, demonstrando muita sensibilidade musical e concomitantemente boa memória auditiva.
Seu desenvolvimento motor é mais lento. Demoram a andar, e tem grande dificuldade em executar
tarefas que necessitem de coordenação motora tais como: cortar papel, desenhar, andar de bicicleta,
amarrar o sapato etc.
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exemplo.
Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos outros - fenômeno
conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por meio de gestos ou com uma entonação mecânica,
fazendo uso de jargões.
Como lidar com o TGD na escola?
Crianças com transtornos de desenvolvimento apresentam diferenças e merecem atenção com relação
às áreas de interação social, comunicação e comportamento. Na escola, mesmo com tempos diferentes de
aprendizagem, esses alunos devem ser incluídos em classes com os pares da mesma faixa etária.
Estabelecer rotinas em grupo e ajudar o aluno a incorporar regras de convívio social são atitudes de
extrema importância para garantir o desenvolvimento na escola. Boa parte dessas crianças precisa de ajuda
na aprendizagem da autorregulação.
Apresentar as atividades do currículo visualmente é outra ação que ajuda no processo de aprendizagem
desses alunos. Faça ajustes nas atividades sempre que necessário e conte com a ajuda do profissional
responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE). Também cabe ao professor identificar as
potências dos alunos. Invista em ações positivas, estimule a autonomia e faça o possível para conquistar a
confiança da criança. Os alunos com TGD costumam procurar pessoas que sirvam como 'porto seguro' e
encontrar essas pessoas na escola é fundamental para o desenvolvimento.
Incidência do Autismo
Não faz muito tempo, o autismo era considerado uma condição rara, que atingia uma em cada 2 mil
crianças. Hoje, as pesquisas mostram que uma em cada cem crianças (algumas pesquisas indicam que o
transtorno é ainda mais frequente) pode ser diagnosticada com algum grau do espectro, que afeta mais os
meninos do que as meninas. Em geral, o transtorno se instala nos três primeiros anos de vida, quando
os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões
necessárias.
As manifestações na adolescência e na vida adulta estão correlacionadas com o grau de
comprometimento e com a capacidade de superar as dificuldades seguindo as condutas terapêuticas
adequadas para cada caso desde cedo.
O diagnóstico é essencialmente clínico. Baseia-se nos sinais e sintomas e leva em conta os critérios
estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de
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PSICOSE INFANTIL
A psicose adulta e a psicose infantil são diferentes uma da outra. Nos adultos, costuma apresentar-se em
diversas forma clínicas, como esquizofrenia, alterações mentais, ou como era chamada no passado: psicose
maníaco-depressiva (sem confundir com transtorno bipolar). A psicose infantil costuma apresentar-se como
autismo. Há autores que os consideram sinônimos, outros não, porque o autismo ocorre habitualmente desde
o nascimento, e a psicose pode desenvolver-se mais tarde. Além disso, na psicose infantil não ocorrem
delírios e alucinações, já que isto exige um nível de desenvolvimento que as crianças não possuem.
SÍNDROME DE KANNER
A literatura da área é assertiva ao atribuir a primeira descrição desse quadro ao cientista e psiquiatra
austríaco Leo Kanner, em 1943. Kanner realizou um estudo onde ele ficou responsável pela observação e
acompanhamento de uma amostra composta por onze crianças (oito meninos e três meninas). A pesquisa
ocorreu no Serviço de Psiquiatria Infantil do Hospital John Hopkins, na cidade Baltimore, Estados Unidos.
Por meio dessa análise, o estudioso percebeu que os participantes apresentavam comportamentos
incomuns, tal como o isolamento severo em relação ao mundo exterior. Os pais das crianças relatavam essa
característica e afirmavam que isso podia ser notado precocemente.
Partindo da observação, Kanner estabeleceu um estudo onde se perguntava até que ponto o tipo de
relação precoce entre os familiares e as crianças poderia influenciar e aprofundar os distúrbios mostrados.
Diante disso, o pesquisador constatou que esse grupo observado não demonstrava habilidades sociais, como
o contato afetivo com seus interlocutores, incluindo seus próprios pais.
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Além disso, outros sintomas foram percebidos por Kanner, como distúrbios intelectuais, alimentares,
psicomotores, da linguagem e do comportamento. Com base em seus experimentos, o psiquiatra atribuiu
esse conjunto de características ao que ele convencionou chamar de Distúrbios Autísticos. Pouco tempo
depois, Kanner descreveria essa condição de Autismo Infantil Precoce.
SÍNDROME DE RETT
A síndrome de Rett é um distúrbio genético e de neurodesenvolvimento raro que ocorre quase
exclusivamente nas meninas. Ela é causada pela mutação de um gene que é necessário para o
desenvolvimento cerebral. Ela prejudica as interações sociais, causa perda das capacidades linguísticas e
movimentos repetitivos das mãos. As meninas com a síndrome de Rett são geralmente bebês a termo que
passaram por uma gestação e parto sem intercorrências. Embora muitos sintomas se pareçam com os
sintomas de um transtorno do espectro autista, incluindo dificuldade nas habilidades sociais e de
comunicação, a síndrome de Rett é um distúrbio separado.
Meninas com síndrome de Rett parecem se desenvolver normalmente até algum momento entre os seis
meses e os quatro anos de idade. Quando o distúrbio se inicia, o crescimento da cabeça diminui e as
capacidades linguísticas e sociais se deterioram. Caracteristicamente, as meninas manifestam movimentos
repetitivos das mãos, como se as estivessem lavando ou retorcendo. Perdem-se os movimentos
intencionais das mãos, o caminhar é prejudicado e os movimentos do tronco ficam desajeitados. Ocorre o
desenvolvimento da deficiência intelectual e, em geral, ela é grave. Podem ocorrer convulsões e com o
tempo a mobilidade pode ser afetada. As crianças podem desenvolver escoliose e, frequentemente,
apresentam problemas cardíacos. Elas podem ter retardo do crescimento e tendem a ter dificuldade em
manter o peso.
Diagnóstico
Avaliação do médico
Exames genéticos
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DEFICIÊNCIA FÍSICA
Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência
de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades
estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
ALTAS HABILIDADES
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 3% a 5% da população brasileira é portadora de altas
habilidades, e segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Ministério da
Educação, 2001), o conceito de altas habilidades/superdotação é adotado por alguns programas brasileiros
para destacar crianças consideradas superdotadas e talentosas. São destacadas as que apresentam notável
desempenho e elevada potencialidade em aspectos isolados ou combinados: “capacidade intelectual geral,
aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial
para as artes e capacidade psicomotora. ” (SEESP – Secretaria de Educação Especial, 2006). De acordo com
Parcell (1978, in Hardmann, 1983), os termos “superdotado” e talentoso” se referem a crianças e jovens,
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MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS
As múltiplas inteligências são o conjunto de habilidades que compreendem as inteligências. Embora haja
todas estas competências, são raros aqueles que conseguem desenvolver os 8 tipos de inteligência. Confira
quais são eles:
Linguística;
Lógico-matemática;
Espacial;
Corporal-cinestésica;
Interpessoal;
Intrapessoal;
Naturalística;
Musical.
as pessoas com essa capacidade conseguem visualizar os seus projetos claramente antes mesmo de
fazer os primeiros rascunhos. Os profissionais que possuem inteligência espacial normalmente optam por
áreas como arquitetura, artes plásticas, design, entre outras.
Corporal-cinestésica: pessoas que possuem essa habilidade são reconhecidas por serem
notoriamente superiores em suas capacidades motoras, conseguindo se destacar em atividades mais
atléticas. Também compartilham da inteligência corporal-cinestésica os indivíduos que utilizam o corpo
como ferramenta para expressar sentimentos. Devido a essas qualidades, os indivíduos que se
enquadram nesse grupo normalmente optam por se tornarem atletas, dançarinos, artistas circenses ou
cênicos.
Interpessoal: quem possui esse know-how tem mais facilidade para interpretar as expressões mais
sutis. Esse é o famoso modo de ler nas entrelinhas o que a pessoa quer dizer, mas não consegue
expressar em palavras. Por isso, eles são conseguem se comunicar da forma mais adaptada possível até
mesmo nas situações mais complicadas e delicadas. Os profissionais que têm a inteligência interpessoal
mais desenvolvida costumam optar por áreas como psicologia, direito, pedagogia e posições de liderança.
Intrapessoal: esse tipo de inteligência é referente às pessoas que desenvolveram um alto nível de
autoconhecimento, conseguindo compreender todas as suas emoções mais arraigadas em seu interior,
quais são seus valores e os ideais e o que os motiva a seguir com os objetivos traçados. Isso faz com que
os indivíduos com essa habilidade consigam focar nas atividades que possuem maior domínio, mas sem
deixar de trabalhar seus pontos de melhoria. Quem tem a inteligência intrapessoal têm facilidade em lidar
com a maioria dos tipos de trabalho, já que ela é um diferencial para ampliar outras capacidades.
Naturalística: quem possui essa habilidade tem mais aflorados os seus sentidos em relação a vida na
natureza. Eles normalmente identificam com maior facilidade os animais, e as plantas e seus benefícios. A
inteligência naturalística funciona como uma ligação forte entre o indivíduo e o meio ambiente. Os
profissionais que possuem essa qualidade optam por desempenhar funções ligadas a área da biologia,
podendo até ir para os caminhos da floricultura, agricultura e mesmo alguns guias turísticos.
Musical: esse é um dos tipos de inteligência que é mais facilmente reconhecido. Essa qualidade é
relacionada a sensibilidade que a pessoa tem para reconhecer notas musicais provenientes de qualquer
tipo de objeto. Além disso, eles conseguem reproduzir e criar melodias que encantam os ouvidos de todos.
Os músicos são os principais profissionais que possuem inteligência musical, podendo ser tanto artistas
quanto produtores, críticos e outras pessoas ligadas a essa área.
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A família
Ela é a primeira e a principal responsável pela educação escolar da criança ou do jovem. Por isso é tão
importante que se crie uma relação de cooperação e confiança entre escola e família, e que exista uma ampla
comunicação entre elas.
Dependendo do caso, o aluno, além de frequentar a escola regular inclusiva, também deverá frequentar no
contraturno uma escola especial que funcionará como um centro de apoio e complementação de sua
formação, com a presença de profissionais especializados para isso.
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
As estratégias pedagógicas correspondem aos diversos procedimentos planejados e implementados por
educadores com a finalidade de atingir seus objetivos de ensino. Elas envolvem métodos, técnicas e
práticas explorados como meios para acessar, produzir e expressar o conhecimento.
No contexto da educação inclusiva, recomenda-se que o ponto de partida seja as singularidades do
sujeito, com foco em suas potencialidades. Se, por um lado, a proposta curricular deve ser uma só para todos
os estudantes, por outro, é imprescindível que as estratégias pedagógicas sejam diversificadas, com base
nos interesses, habilidades e necessidades de cada um. Só assim se torna viável a participação efetiva, em
igualdade de oportunidades, para o pleno desenvolvimento de todos os alunos, com e sem deficiência.
Planejamento pedagógico
O planejamento pedagógico tem como finalidade definir os objetivos e as estratégias que orientam o
processo de ensino-aprendizagem.
No contexto da educação inclusiva, o planejamento deve ser contínuo e colaborativo. Ao mesmo tempo,
deve valorizar os interesses e atender às necessidades de cada estudante. Isso significa pensar aulas
desafiadoras para todos, diversificando as formas de apresentar e explorar os conteúdos curriculares.
Material pedagógico
Material pedagógico é todo e qualquer recurso utilizado em sala de aula com uma finalidade específica de
ensino e aprendizagem.
A educação inclusiva prevê o uso de diferentes materiais pedagógicos para alcançar um mesmo objetivo
de ensino. Nesse caso, a referência para a escolha ou desenvolvimento de atividades deve ser o próprio
estudante, suas necessidades (baseadas em características físicas, sensoriais ou outras), seus interesses e
habilidades, visando sempre a equiparação de oportunidades.
Avaliação
A avaliação na perspectiva inclusiva é um processo contínuo e contextualizado, no qual a referência deve
ser a trajetória individual do estudante, sem que haja classificações ou comparações. Isso porque a educação
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inclusiva parte do pressuposto de que cada pessoa tem um modo singular de acessar, produzir e expressar o
conhecimento. Por essa razão, a avaliação demanda a adoção de estratégias e ferramentas diversificadas,
considerando as especificidades de cada aluno.
O Plano educacional individualizado (PEI), instrumento cada vez mais utilizado no contexto do atendimento
educacional especializado (AEE), pode se tornar um importante recurso de avaliação para todos os
estudantes, com e sem deficiência.
ATIVIDADES:
1 – Quais os principais marcos da história da educação inclusiva no Brasil e no mundo?
2 – O que é educação numa perspectiva inclusiva?
3 – O que são e como caracterizamos as doenças mentais?
4 – O que são e como caracterizamos a deficiência intelectual?
5 – Diferencie doenças mentais de deficiência intelectual.
6 – Como podemos definir os TGD?
7 – Qual a importância de se conhecer os TGDs numa educação que se pretende inclusiva?
8 – O que são deficiências físicas?
9 – Quais cuidados devemos ter para incluir o aluno com deficiência numa sala de aula?