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POLÍTICAS E LEGISLAÇÃO

ASPECTOS

LEGAIS
ELLEM COIMBRA
PROFESSORA DE GEOGRAFIA/ASSISTENTE SOCIAL/PSICOPEDAGOGA

ESPECIALISTA EM GESTÃO ESCOLAR, COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA, EDUCAÇÃO ESPECIAL E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

MESTRE EM EDUCAÇÃO

DOUTORA EM HUMANIDADES E ARTES COM MENÇÃO EM CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PERITA JUDICIAL NA ÁERA DO IDOSO E DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

TUTORA/MEDIADORA PEDAGÓGICA NA FUNDAÇÃO CECIERJ - CONSÓRCIO CEDERJ.

HELENA VELLOSO
PSICÓLOGA COM LICENCIATURA, BACHARELADO E FORMAÇÃO CLÍNICA

SÓCIA -DIRETORA DA CLÍNICA PLURALL

TUTORA/MEDIADORA PEDAGÓGICA NA FUNDAÇÃO CECIERJ - CONSÓRCIO CEDERJ.


O Atendimento Educacional Especializado
– AEE –

´ Na perspectiva da Educação Inclusiva, a Educação Especial integra a


proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento
educacional especializado;

´ De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº


9.394, de 20 de dezembro de 1996, a Educação Especial é a modalidade
de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
´ Segundo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da
Organização das Nações Unidas (ONU/2006), ratificada no Brasil com
status de emenda constitucional e promulgada por meio do Decreto nº
6.949/2009, de 25 de agosto de 2009,

"pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo,
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas".
Função do AEE
´ O atendimento educacional especializado tem como função:

identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de


acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos
alunos, considerando suas necessidades específicas.

As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado


diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo
substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou
suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela (GRUPO DE TRABALHO DA POLÍTICA NACIONAL DE
EDUCAÇÃO ESPECIAL/ Secretaria de Educação Especial/MEC - Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf >)
HIERARQUIA DAS LEIS
Diz a doutrina:
“Ele (Kelsen) diz, também, que as normas inferiores dependem das superiores,
formando uma hierarquia. Subindo essa escala hierárquica chega-se a uma Norma
Fundamental, também conhecida como Norma Suprema. Essa não depende de
qualquer outra norma superior e é o que garante a unidade do ordenamento. O
exemplo clássico dessa escala hierárquica é: a Constituição produz leis ordinárias
para executar seus artigos. Essas leis, por sua vez, produzem regulamentos que
executam seus termos.”
NOLETO, Mauro Almeida. Direito e Ciência na Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen. Jus Navigandi, Teresina, ano
7, n. 54, 1 fev. 2002. Disponível em: <http://jus.uol.com.br /revista/texto/2644>.

Hans Kelsen (Praga, 11 de outubro de 1881 — Berkeley, 19 de abril de 1973) foi um jurista e filósofo
austríaco, considerado um dos mais importantes e influentes estudiosos do Direito.
´A Constituição é hierarquicamente
superior a todas as normas estatais
positivadas. Mas o fundamento da
Constituição (“Norma Fundamental”)pode
ser enunciado da seguinte forma:
´“Todos estão obrigados a respeitar o
ordenamento jurídico” ou “todos estão
obrigados a observar a Constituição”.
´Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
´A igualdade proclamada aqui é a igualdade
formal, ou seja, igualdade de todos perante a
lei;
´Traduz o princípio da isonomia.
´ Segundo o Art. 205 da Constituição, a educação é um direito de
todos e dever do Estado e da família; será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
´ O Art. 206, diz que o ensino será ministrado com base no princípio
de igualdade de condições para o acesso e a permanência na
escola.
´ Já o Art. Art. 208 preconiza o dever do Estado com a educação
que será efetivado mediante a garantia de:
(...)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
Lei n.º 9394/96

´O capítulo V ("Da Educação Especial")


caracteriza, em três artigos, a natureza do
atendimento especializado. De modo
geral, configura-se a perspectiva positiva
de uma educação especial mais ligada à
educação escolar e ao ensino público.
Artigo 58 da LDB
´ Estabelece que:

´ caracteriza-se a educação especial como modalidade de


educação escolar, destinada aos educandos com necessidades
educacionais específicas;

´ Prevê-se, nos parágrafos 1º e 2º, a existência de apoio


especializado no ensino regular e de serviços especiais separados
quando não for possível a integração ("em virtude das condições
específicas dos alunos").

´ Destaca-se no mesmo artigo a oferta da educação especial já na


educação infantil.
Artigo 59 da LDB
´ aponta as providências ou apoios, de ordem escolar ou de
assistência, que os sistemas de ensino deverão assegurar aos
“alunos considerados especiais”;
´ Aqui, combinam-se as ideias de flexibilidade e de
articulação, seja na questão da terminalidade específica no
ensino fundamental (para os considerados deficientes):
´ seja na aceleração (para os considerados superdotados),
´ seja na educação para o trabalho (a ser propiciada
mediante articulação com os órgãos oficiais afins).
Artigo 60 da LDB

´ Prevê o estabelecimento de critérios de caracterização


das instituições privadas de educação especial, através
dos órgãos normativos dos sistemas de ensino, para o
recebimento de apoio técnico e financeiro público;
´ ao mesmo tempo em que reafirma em seu parágrafo
único a preferência pela ampliação do atendimento
no ensino regular público.
ECA
´ Artigos do ECA mencionam a parte educacional das crianças e adolescentes,
mas não há nada específico relacionado à Educação Especial:

´ Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: (...)
´ Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente (...)
´ Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos
na rede regular de ensino.
´ Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao
Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos
escolares;
III - elevados níveis de repetência.
´ Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas
propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia,
didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes
excluídos do ensino fundamental obrigatório.
´ Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais,
artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do
adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso
às fontes de cultura.
´ Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e
facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações
culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.

Fonte(s): http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS
Outros marcos legais
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
Deficiência).

Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011


Dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado – AEE.

Resolução nº 04 CNE/CEB, de 02 de outubro de 2009


Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação
Básica, modalidade da Educação Especial.

Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009


Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu
Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007–ONU.

Decreto nº 186, de 09 de julho de 2008


Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007–ONU.
´ Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007
Regulamenta o Benefício da Prestação Continuada – BPC.
´ Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005
Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que
dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da
Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
´ Decreto nº 5.296, de 02 dezembro de 2004
Regulamenta as Leis nº 10.048 e nº 10.098 de 2000 e estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade
reduzida.
´ Decreto nº 3.956, de 08 de outubro de 2001
Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas com
Deficiência.
"Inclusão é o privilégio de conviver com
as diferenças"

Na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma


lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse
é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa.

MARIA TERESA EGLÉR MANTOAN (educadora),

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