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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLÓGICAS – DCET


CIE024 – EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
DISCENTE: ÁLEFE RODRIGUES ALVES

1- Elabore uma síntese da aula, de forma textual, destacando os


principais pontos discutidos.
Foi um logo processo para a formação do nosso país e, apesar de se passar
vários anos, ainda existe muitos que não conhecem/não querem conhecer suas
origens. Tal falta de conhecimento se deve a falta de informação que se perde
nos anos iniciais, fundamentais e médios da educação. Na verdade, falta por
parte da escola, trabalhar alguns valores essenciais para a boa convivência em
sociedade. Para trabalhar tais valores, é preciso ressaltar a importância do povo
que ajudou a formar essa nação.
Na atual sociedade brasileira, podemos presenciar (aquelas pessoas que têm
consciência de que o racismo é errado e tenta mudar os pensamentos racistas
existentes) como é a vida daquela pessoa de ´´cor´´, daquele ´´moreninho´´, ou
do ´´escurinho´´. Na educação escolar, percebe-se que o negro é sempre
associado a África, que por sua vez se associa a escravidão que vai de encontro
com a miséria. Desse modo, infelizmente ainda existe as pessoas que pensam
que pelo fato de a pessoa ter uma pele escura, significa que ela é uma pessoa
miserável que não pode desfrutar dos mesmos ´´prazeres sociais´´ dos brancos.
Um exemplo de que as pessoas veem a África como um lugar pobre, de miséria,
é que quase ninguém sabe que o Egito fica na África (Eu, particularmente, nunca
imaginei que o Egito ficava na África, pelo fato de todas as escolas em que
estudei ter passado a ideia da África miserável). ´´O Egito com suas construções
e riquezas não poderia estar em um lugar de pobreza´´ (o pensamento de
muitos). Tal negatividade da África e dos negros, reflete na sociedade atual, nos
cargos de maior importância ou representatividade. Na concepção de muitos, os
brancos devem ser servidos pelos negros e, a única coisa útil para o negro é
suprir as necessidades das pessoas brancas.
Devido a tais problemas enfrentados pelos negros, se viu a necessidade de cria
uma lei que obriga as escolas a ensinarem a cultura afro-brasileira e africana
para seus alunos. A lei 10.639, aprovada em 2003, deveria ser efetivada
constantemente, porém, há um certo descaso se analisarmos toda extensão
brasileira. Alguns diretores, professores e/ou coordenadores não sabem como
lidar com determinadas situações e acham melhor colocar ´´um pano frio´´ em
questões referentes a tal tema. Por esse tipo de atitude, ainda ações frequentes
de racismos ao nosso redor e, para suprir tal desrespeito com o próximo, todos
devem ter a consciência de que a lei não é só do negro, mas de todos os
indivíduos.
O triste de toda a situação é que mesmo com a lei que obriga tal ensino da cultura
afro, não me foi passado o que deveria. O ensino sobre a África é na linha da
pobreza, miséria. Apesar de tal fato, fico feliz por hoje, mesmo sem a devida
orientação da escola, ser um indivíduo pensante sobre minha ação com o outro.
Abrindo um grande parênteses para relatar um acontecido: Trabalho na área da
educação, sendo motoristas dos estudantes da zona rural, dentre os alunos tem
um menino de pele bem escura e uma vez, os ostros meninos queriam insulta-
lo por isso, foi no momento que intervir, falando para eles que a cor de pele não
faz ninguém melhor que ninguém e, mesmo se tivesse alguém branco de olhos
azuis não deveria desfazer de alguém. São em situações como essa, que
percebemos o quanto faz falta a boa orientação da escola acerca da cultura afro.
Apesar da lei especificar a cultura afro nas escolas, cabe aos pais ensinarem
aos seus filhos que cor de pele não demostra o caráter de ninguém e cada um
deve ser feliz como é. (Referente a isso, posso comentar sobre minha sobrinha,
a amo de paixão, tem apenas 4 anos. Os cabelos dela é caracolado, cheio de
cachos.... Durante todo o tempo que eu vou conversar com ela, chamo de
´´minha princesa´´, minha linda´´, ´´boneca linda do tio´´. Esses dias, a tia dela
perguntou se ela queria fazer escova para ficar com o cabelo liso e ela disse que
não, que gostava do cabelo do jeito que é. Desse modo, podemos vê o quão
importante é o ensino as crianças a se aceitarem e, consequentemente, aceitar
os que estão ao seu redor.
2- Qual o papel da escola e dos educadores/filósofos frente ao
racismo?
É necessário que a esfera educacional (escola e professor) tenha um novo olhar
de ambos os envolvidos sobre o real papel da educação. E, para que isso se
torne realidade, é preciso que a iniciativa comece da parte daquele que nessa
situação, tenha o controle de tudo: o professor. Mesmo que tal profissional da
educação não tenha ciência de metodologias existentes, cabe a ele buscar
novas formas de mudar a sua forma de ser, de ensinar.
Desse modo, o professor pode transformar a sala de aula em um espaço
dinâmico, onde sua prática docente irá, a cada dia, se transformando em um
trabalho prazeroso e inovador (CARVALHO 2003, p. 30). Assim, fica claro que,
uma das principais característica de um professor para se torna um bom
profissional é ter um perfil inovador, que busque sempre retratar situações
cotidianas, como o racismo, que busque sempre fazer o melhor que pode,
visando sempre o bom desenvolvimento de seus alunos. Para alcançar tal
objetivo, é necessário que os professores incentivem seus alunos a quererem
sempre descobrir mais. É através dessas mudanças e inovações que os alunos
começam a traçar seus perfis sociais.
O grande problema hoje, é que alguns professores não têm a mínima intenção
de mudar a realidade da sua sala de aula. São professores que só estão
preocupados no conteúdo ensinado, sem se importar nas suas implicações. Não
importa para o professor se um aluno sofre de preconceito ou racismo. Não lhe
interessa nada a não ser o conteúdo que está estabelecido para ele/ela seguir.
Como já citado anteriormente, é necessário que os profissionais da educação
tenham um novo olhar sobre a educação. Que ao passar do tempo, desenvolvam
novas atividades a fim de permitir o máximo de participação de todos os
estudantes, com enfoques nas diferenças sociais e diferentes enfoques para
resolvê-la. Apesar de se fazer necessário novas metodologias para o ensino, o
professor tem a liberdade de ir se aperfeiçoado cada vez mais. Assim, de início,
o que vale é a intenção. O primeiro passo é tentar mudar a realidade, mesmo
que na primeira tentativa não dê certo, vale ir modificando e refletindo sobre sua
atuação para chegar na totalidade da essência da ideia.
Nesse sentido, Carvalho (2004, p.1) diz que:
Não podemos mais continuar ingênuos sobre como se ensina,
pensando que basta conhecer um pouco o conteúdo e ter jogo de
cintura para mantermos os alunos nos olhando e supondo que
enquanto prestam atenção eles estejam aprendendo.

Assim, ser professor é lidar com vastas situações que requer muito mais de
saber o conteúdo, é saber e busca novas formas de passar esse conteúdo aos
alunos e, o mais importante, de forma que o objetivo principal, a aprendizagem,
o respeito, a generosidade, amor ao próximo e etc. seja o produto alcançado por
todos. Desse modo, o professor deve levar o conteúdo a ser ensinado para outro
nível, passar a incluir, além da dimensão conceitual, as dimensões
procedimentais e atitudinais, está representada pela discussão dos valores do
próprio conteúdo (CARVALHO 2004, p.3). A partir disso, fica claro que o
importante não é só passar o conteúdo, é modificar a maneira que planeja e
desenvolve o trabalho dentro da sala de aula.
De acordo com CARVALHO (2004, p.12):
O ensino baseado em pressupostos construtivistas exige novas
práticas docentes e discentes, inusuais na nossa cultura escolar.
Introduz um novo ambiente de ensino e de aprendizagem, que
apresenta dificuldades novas e insuspeitadas ao professor. Ele deve
tomar consciência desse novo contexto e do novo papel que deverá
exercer na classe.

A partir disso, é possível concluir o que já vem sendo discutido, que se faz
necessário uma mudança no ensino tradicional e para que isso seja possível é
preciso que o professor ´´dê sentido´´ ao processo que está inserido e procure
mudar e inovar sua forma de atuação profissional. Até porque, o objetivo de se
ensinar é ´´buscar as complexas relações entre ciências, tecnologia e sociedade,
procurando generalizar e/ou aplicar o conhecimento adquirido, relacionando-o
com a sociedade em que vivem´´ (CARVALHO 2011, p.60).
REFERÊNCIAS

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ,Daniel. . Formação de


professores de ciências: tendências e inovações. 7.ed. São Paulo: Cortez,
2003, p. 30 e 58
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. . Ensino de ciências: unindo a pesquisa
e a prática. São Paulo Thomson 2004, p. 1, 3 e 12.
CARVALHO, A. M. Ensino de Física. p.60, 2011

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