UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEXA

EXA 473 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE QUÍMICA II
Aluna: Ana Paula da Silva Barreto

RESENHA CRÍTICA

António Sampaio da Nóvoa; Yara Cristina Alvim

1. REFERÊNCIA
NÓVOA, António Sampaio da. A metamorfose da Escola. In: NÓVOA, António
Sampaio da; ALVIM, Yara Cristina. Os professores e a sua formação num tempo
de metamorfose da escola. – Salvador: SEC/IAT, 2022. Pág. 54 á 73.

2. CREDENCIAIS DO AUTOR
António Sampaio da Nóvoa: é doutor em Ciências da Educação pela Universidade de
Genève, Suíça (1986) e doutor em História Moderna e Contemporânea pela
Universidade de Paris IV-Sorbonne (2006). A sua vida como docente universitário inicia-
se na Universidade de Genève, como assistente, em 1982. A partir de 1986, ingressa
na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa,
tendo-se tornado professor catedrático em 1996. É professor convidado de várias
universidades internacionais, nomeadamente Wisconsin (1993/1994), Paris V (1995),
Oxford (2001), Columbia – New York (2002), Brasília (2014) e Federal do Rio de Janeiro
(2017). Entre 1996 e 1999, é consultor para os assuntos da educação da Casa Civil do
Presidente da República Jorge Sampaio. Entre 2000 e 2003, é Presidente da
International Standing Conference for the History of Education (ISCHE). Em 2012,
preside às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades
Portuguesas. Entre 2006 e 2013, é Reitor da Universidade de Lisboa, conduzindo o
processo de fusão da Universidade de Lisboa e da Universidade Técnica de Lisboa. Em
2014, esteve no Brasil numa missão internacional da UNESCO junto do Governo
Brasileiro. É Doutor Honoris Causa pela Universidade do Algarve (2015), Universidade
de Brasília (2015), Universidade Lusófona (2016), Universidade Federal do Rio de
Janeiro (2017) e Universidade Federal de Santa Maria (2019). Em 2016, é candidato
independente às eleições presidenciais, tendo obtido 23% de votos. A partir de abril de
2018 e até novembro de 2021, foi o Representante Permanente de Portugal junto da
UNESCO.
Yara Cristina Alvim: Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de
Juiz de Fora (MG), com atuação nos cursos de Licenciatura em História e em
Pedagogia. Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017), Mestre em Educação pelo Programa de
Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (2010), Bacharel
e Licenciada em História pela mesma instituição (2006). Atualmente realiza estágio Pós-
Doutoral pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. É líder do GRUPEH -
Grupo de Estudos e Pesquisa em Ensino de História, cadastrado pelo Diretório do Cnpq.
Coordena o Ateliê de Narrativas - saberes e fazeres nas tramas do ensino de história.
Participou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), na
condição de coordenadora do projeto interdisciplinar, desenvolvido entre os cursos de
Licenciatura em História e em Ciências Sociais. Suas atividades de ensino e de
pesquisa atravessam as áreas da Pedagogia e do Ensino de História. Dedica-se às
seguintes temáticas: formação de professores; trajetórias formativas e profissionais;
saberes e identidades docentes.
3. RESUMO
Abertura
Nesse tópico de abertura o capitulo traz, mais uma vez, os longos anos em que a escola
se manteve com o mesmo modelo de estrutura, mesmo havendo discordância, ele vinha
funcionando, talvez mais não tão bem como no início, já que era possível observa como vinha
ocorrendo uma evasão muito grande das escolas, mesmo antes da pandemia, mas talvez por
comodismo ou falta de um incentivo, tudo se manteve da mesma forma, até que foi necessário
se adequar a uma nova realidade, de forma repentina, talvez essa tenha sido o empurrão que
precisa para que se pensasse no modelo de escola que já se encontrava ultrapassada.
Na sequência, no último parágrafo desse tópico, o autor descreve, de forma breve,
como trabalhará o tema do capítulo, os pontos que serão debatidos nos tópicos seguintes e para
qual finalidade são necessários pensar nessas questões na conjuntura atual ao qual se encontra
a escola e a educação.
1º Andamento
Políticas educativas e organização da escola
Esse tópico inicia-se retomando a história da escola, seu início de criação e seu modelo
de estruturação, divide o contexto ao qual foi dividido o modelo criando em político e
organizacional. Nos parágrafos subsequentes a uma breve explicação, sobre a divisão de
estrutura da escola, na política ele traz a questão da formação dos professores e sua
obrigatoriedade, quando fala sobre organização é abordado a parte da arquitetura e logística
que se tem nas salas de aula.
Nos parágrafos seguintes o autor segue falando como se deu a estruturação da escola,
de forma superficial e rápida, o papel que a escola desenvolve na sociedade, quando então ele
questiona o que será feito com esse modelo, padrão, já tão conhecido e estruturado, mas que
já se encontra defasado. Então, ele entra no fato da escola não ter acompanhado as mudanças
que o mundo vem passando ao longo desses anos todos, agora, que se encontra na situação de
que o modelo usado não dar para ser retornado, não nas mesmas condições conhecidas, a
escola se encontra perdida.
Em tópico seguinte ao que se refere ao 1º andamento, o autor faz uma análise geral e
crítica sobre o que foi trazido anteriormente, entendo que os movimentos de privatização e
individualizam tratado anteriormente carreta numa desvalorização do docente, como se
qualquer pessoa que possua um conhecimento específico possa ensinar numa escola, possa
ocupar a vaga de uma pessoa que se dedicou anos de sua vida para sua formação na área. Esse
tipo de visão de um mundo coorporativo, em que visa lucros, não uma formação eficaz para os
estudantes, gera nos professores um desinteresse numa formação continuada, em um desejo
de se reinventar e efetivar as mudanças tão necessárias.
2º Andamento
Os professores e a sua formação
Nesse momento do capítulo, ele já inicia com uma problemática, é mencionado que
pensadores do século XX defendem a ideia de dividir a universidade em dois grupos, de um lado
a formação dos professores do outro a formação das demais profissões, como se não houvesse
uma interligação entre as duas, afinal tempos professores formando as demais profissões, o que
leva a uma falta de logica essa divisão, porém, isso reforça a forma como é vista a profissão
docente.
Após o levantamento dessa problemática, o autor segue dizendo a importância sobre o
se torna professor, que é uma formação feita em conjunto, com a colaboração de outros
professores. Entendo a dimensão do se tornar professor, o autor traz a necessidade de também
se reavaliar o ambiente acadêmico, esses ambientes das universidades, apesar do encargo de
estudos, pesquisas cientificas, conhecimento cultura e pensamentos críticos, não dar conta de
forma professores para a realidade do século XXI. É muito importante a conexão que precisa
haver entre a formação e o exercício da profissão, então é necessário que o professor em
formação já possua o aparato para saber lidar e poder construir com a metamorfose já tão
necessária para acontecer.
Formação Inicial
Esse momento da formação precisa receber uma demasiada atenção, pois vai além de
aprender os conteúdos da área para poder ensinar, é quando a pessoa compartilha de vivencias,
vive experiências, possui um conhecimento teórico e prático sobre as dinâmicas da escola. Mas
de uma forma brilhante, o autor traz nesse tópico que a desvalorização da profissão começa
exatamente pela formação inicial, quando os cursos de licenciatura recebem pouca visibilidade
por parte da universidade. O texto traz uma observação ao fato de professores, por muito
tempo, terem recebido sua formação como magistério, ao fim do ensino médio.
Indução Profissional
Aqui é mostrando a importância de uma formação inicial de qualidade, pois é nesse
momento que a afinidade a profissão será firmada, além de define que tipo de profissional
aquele estudante será, pois são obtidos na universidade que ele levara para as escolas. Além do
que, é necessário que haja uma relação próxima entre universidade e escola, o que ajudara o
profissional recém-formado, cheio de ideias e perspectivas a terem uma melhor receptividade,
acolhimento nesses ambientes de trabalhos, pelos professores antigos.
Formação Continuada
A formação inicial de qualidade é essencial, uma indução profissional é necessária, mas
uma formação continuada é primordial. A ideia de que a escola, um espaço de possibilidades e
construção de caráter do indivíduo que sabe lidar com a singularidade de cada ser da sociedade,
mas é aceitável que se mantear estagnada numa realidade que pode ter funcionado a anos atrás.
Para que esses espaços sejam inovados, para que a tal metamorfose que tanto é falado
acontecer, é necessário que esse profissional nunca pare de buscar conhecimento, estratégias
para poder contribuir com esse novo cada vez mais presente no dia a dia da escola, dos alunos,
da sociedade.
4. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA
Talvez pelo fato de estar vindo de uma sequência dos capítulos acabe seja um incomodo
maior, mas o fato do autor sempre trazer a questão da história da educação/escolas, a quanto
tempo esse modelo de escola surgiu, como se dar sua arquitetura, a organização e afins, torna
a leitura cansativa e por vezes desestimulantes, já que houve um capítulo dedicado a essa
questão, então sempre voltar com isso no início de cada capítulo ou de cada tópico cansa.
Sobre o tema discutido, é de fundamental importância essa discussão, infelizmente a
questão das desvalorização, o desprestigio do professor já começar pela graduação gera um
desestimulo para que novos alunos se interessem a iniciar o curso, além do que os estudantes
quando se deparam com a realidade das escolas, da sala de aula e compreendem que não
representa de forma original o que foi abordado na sua formação, causa um impacto grande, o
que pode levar um comodismo, perdendo o desejo de revolução que tanto pensaram que
fariam, onde entra a importaria das universidades mantem um diálogo com as escolas, tornarem
as escolas suas parceiras, não apenas quando é preciso