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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEXA


EXA 473 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE QUÍMICA II
Aluna: Ana Paula da Silva Barreto

RESENHA CRÍTICA

António Sampaio da Nóvoa; Yara Cristina Alvim


1. REFERÊNCIA
NÓVOA, António Sampaio da. A metamorfose da Escola. In: NÓVOA, António
Sampaio da; ALVIM, Yara Cristina. Escolas e Professores Proteger, Transformar,
Valorizar. – Salvador: SEC/IAT, 2022. Pág. 10 á 20.

2. CREDENCIAIS DO AUTOR
Suzane da Rocha Vieira Gonçalves: Doutora em Educação Ambiental pela Universidade
Federal do Rio Grande - FURG (2012), Mestre em Educação pela Universidade Federal
de Santa Catarina (2007), licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio
Grande (2005) e bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pelotas
(2004). Atualmente é professora associada no Instituto de Educação da Universidade
Federal do Rio Grande- FURG atuando no curso de Pedagogia e no Programa de Pós-
graduação em Educação da FURG. Integra como pesquisador no grupo de pesquisa
EMpesquisa: Ensino Médio em Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas -
Unicamp. Líder no grupo de pesquisa Grupo de Pesquisa Trabalho, Educação e
Docência - GTED. Tem experiência na área de políticas públicas da educação, formação
de professores e currículo. Coordenou entre 2016 e 2017 a Formação do Pacto Nacional
Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) na FURG. Presidente da ANFOPE -
Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação, biênio 2021-2023.
Diretora do Instituto de Educação da FURG, gestão 2021 - 2024. Integrante do Banco
de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliadores da Educação Superior - BASIS.
Maria Renata Alonso Mota: Possui graduação em Pedagogia Hab Pré-Escola e Matérias
Pedagógicas pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG (1991), Mestrado em
Educação pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel (2001) e Doutorado em
Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2010). Atualmente
é professora Associada no Instituto de Educação, da Universidade Federal do Rio
Grande - FURG. Coordena o Núcleo de Estudo e Pesquisa em Educação da Infância -
NEPE/FURG/CNPq. É professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da
FURG, vinculada à linha de pesquisa Políticas Educacionais e Currículo. Tem
experiência na área de Educação, com ênfase em infância e Educação Infantil, atuando
principalmente nos seguintes temas: infâncias e educação das crianças de zero a seis
anos, currículo e formação de professores e políticas públicas para a infância.
Simone Barreto Anadon: Atualmente é professora Associada I da Universidade Federal
do Rio Grande - Furg, Coordenadora do Curso de Pedagogia, vinculada ao Instituto de
Educação. Foi Diretora Pedagógica na Pró-Reitoria de Graduação no período de 2017
à 2020, e coordenadora adjunta no perído de 2014 à 2016. Possui Doutorado em
Educação Fae/UFPel (2012), Mestrado em Educação Fae/UFPel (2005),
Especialização em Educação Fae/UFPel (2002) e graduação em Licenciatura Plena em
Pedagogia (2000) também pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de
Pelotas. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Formação de
Professores, atuando principalmente nos seguintes Identidade Docente e Reformas
Educacionais, Políticas Públicas e Currículo.
3. RESUMO
Considerações Iniciais
A problematização referente a formação de professores de acordo com a
Diretrizes Curriculares Nacionais de 2019. O texto segue falando sobre a incoerência
de aprovação dessa nova resolução, já que acadêmicos a criticou tanto, não apenas
pela falta de necessidade de uma nova resolução, já que havia ocorrido a alguns anos
antes, que não havia nem sido implementada ainda, assim como pelo retrocesso que
irá gera em tantas lutas já conquistadas.
A seguir as autoras fazem uma recapitulação de quando começou as discussões
a respeito da formação de professores, os objetivos que se tinha e a importância que o
governo de Fernando Henrique Cardoso teve nesse contexto, além de trazer que todo
o movimento marcado na década de 90 de reformas políticas culminou para a aprovação
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, então segue falando,
brevemente, sobre as Diretrizes Curriculares nacionais que envolve a formação
docente. Esse contexto foi apresentado para compreender a importância que tem e
como influencia na educação e destacar que o texto seguirá a partir de uma análise
documental para compreender as concepções presentes da Resolução CNE/CP nº
02/20219 e os impactos que irá gerar na formação dos professores.
Formação de Professores e legislação: uma dinâmica relação
Aqui relembra que já foi criada 3 DNC desde a criação da lei de Diretrizes e
Bases de 1996. Como o tópico já enfatiza tratara da legislação referente a formação de
professores, então vaia abordar a DCN de 2002, que foi a primeira, falando de suas
características, os fundamentos, como se deu a organização institucional curricular para
cada estabelecimento de ensino, é feito um resumo sobre a primeira DCN, faz menção
das críticas recebidos e traz um ponto que influencia e muito, que é a gestão
presidencial, pois ela pode serve para contribuir, trazendo melhorias ou atrapalhar.
As autoras seguem o texto menciona que devido as cobranças que se deu após
mudanças nas políticas educacionais, foi então revisado, ocorrendo então a aprovado
uma nova DCN em 2015, destacando que essa DCN de 2015 já vinha com movimento
de não apenas defender a formação do profissional docente como a de valorizar essa
profissão, pois se tinha um documento que articulava com a formação inicial e
continuada envolvendo as universidades e a Educação Básica. Nesse momento do texto
as autoras dão um grande destaque a DCN de 2015 pois ela enfatiza as conquistas que
foram adquiridos nesse movimento, conquistas estas que se deu a partir de muito
dialogo, negociações e lutas, já que se entende que precisava evoluir, mudanças
precisavam ser feitas.
Para então chegar ao ponto principal da discussão desse texto, que é a DCN de
2019, as autoras ainda discorrem sobre todo processo que vem ocorrendo para a
implementação da DCN de 2015, das condições de trabalho que é necessário ser
fornecido aos profissionais para que essa implementação ocorra de forma eficaz, e
mesmo, anos depois, ainda não foi algo que ocorreu. Então inicia-se a crítica sobre a
DCN de 2019, pois houve por parte de educadores e entidades, todos num manifesto
contra essa nova DCN, até por que não se tratava de um texto que havia sido aberto
para que pesquisadores da área pudessem contribuir, tratou-se de algo estritamente
comercial, onde consultores vinculados a empresas de educação privadas que o
elaborou. Ao longo do tópico discorre sobre alguns pontos contidos nesse documento,
tecendo críticas que demostra o qual prejudicial para educação será a implementação
dessa nova DCN, os direitos, as conquistas que poderão ser perdidos e os impactos
negativos que será gerado.
Formar professores no contexto das Diretrizes de 2019
No tópico anterior trouxe uma visão geral do documento, as principais mudanças
que foi feita e os pontos que foram apenas retirados. Já nesse tópico as autoras focam
numa questão especifica, leva a reflexão sobre qual será a influência dessa diretriz de
2019 causara na formação docente nos cursos de licenciatura sendo implementada.
Decorrente disto, foi feito a análise preliminar de dois aspectos em se direcionar a
formação inicial de professores, a primeira é o aliamento da DCN com a formação de
competências da BNCC, e a segunda é a centralidade em processos formativos
pautados em modelos técnicos instrumental e prescritivo. Esses dois pontos foram
analisados individualmente numa perspectiva de mostrar os prejuízos causados, pois
trata-se de uma estratégia voltada para uma política que tem uma ideologia neoliberal,
que corresponde a gestão que assumia no ano em questão e a correspondente a gestão
anterior, que assumiu após o golpe de 2016.
Docência no Ensino Superior e formação de professores no contexto da nova
legislação
No último tópico é abordado com essa legislação trata a questão da docência no
Ensino Superior, mas uma vez é feita uma comparação com a Resolução de 2015 e a
de 2019, analisando os direitos perdidos. Quando aborda a questão da formação de
professores é prezar pelo conhecimento para que possa haver um ensino de qualidade,
porém, é trazido na nova resolução o que é chamado de notório saber, o que
desqualifica os cursos de licenciatura e aumenta a desvalorização do professor, além
de estabelecer uma nos cursos de licenciatura de preparo par aos alunos realizarem
provas do ENADE, aborda a questão de se manter ligado a vínculos privativos, dentre
muitos outros que ressalta que a educação foi tratada como uma mercadoria, partindo
de uma política que está mais preocupado com o empresiarismo do que com a
educação.
Considerações finais
Então para finalizar as discussões acerca do assunto é enfatizado que sobre a
DCN de 2015 ainda estava no dentro do prazo para implementação, logo não tinha
dados que pudessem saber a sua eficácia ou não, sendo assim essa necessidade de
uma gestão de direita, neoliberal que precisava lucrar através da educação, já que
causaria apenas um sucateamento ainda maior. Pois a DCN de 2019 desconsiderando
o movimento de valorização dos cursos de licenciaturas de todas as universidades.
4. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA
O capítulo 1 do livro Escolas e Professores Proteger, Transformar, Valorizar traz
reflexões acerca das mudanças que inevitavelmente aconteceram, fazendo o leitor
refletir os impactos que tais mudanças moderar causar na educação. O texto mostra a
estrutura educacional, um modelo de escola que se mantem desde a sua formação até
os dias atuais, que talvez essa seja a única coisa que tenha se mantido intacta, a escola
como edifícios, alunos agrupados em turmas, carteiras enfileiradas, aulas que seguem
um cronograma, já que a percepção sobre escola, valorização do aprendizado, um
futuro promissor associado a educação, dentre muitas outras já não são mais as
mesmas, tem sido resinificado.
Já que as mudanças são situações inevitáveis e necessárias para uma
adequação da evolução que o mundo tem passado, principalmente a digital, entender
como os educadores, talvez até um peso maior de responsabilidade recaia sobre os
futuros professores, em como se adequar a essas mudanças sem deixar que ocorra
uma desvalorização da escola, da educação, e sem esquecer de que o conhecimento
ainda precisar ser mantido como o foco da missão educação. Precisamos pensar no
hoje, analisado como queremos que seja o futuro, se ele nos reservará uma
desintegração da escola e tudo que foi construído até o presente momento, ou
acarretará numa evolução, inovações, melhorias.

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