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DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR E INSPEÇÃO ESCOLAR

ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS PARA EFETIVAÇÃO DA DOCÊNCIA NO


ENSINO SUPERIOR

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR E INSPEÇÃO ESCOLAR


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ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS PARA EFETIVAÇÃO DA DOCÊNCIA NO


ENSINO SUPERIOR
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ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS PARA EFETIVAÇÃO DA DOCÊNCIA NO


ENSINO SUPERIOR

RESUMO

Nos tempos atuais a formação do professor universitário propõe sérios desafios, sobretudo quanto os
paradigmas educacionais, que estão sendo revistos. Assim, de acordo com os autores THURLER,
(2002), ALARCÃO (2003) e FÁVERO (2006), comentam que através de uma formação permanente
consegue alcançar a melhoria da qualidade do ensino no contexto educacional, que necessita de
uma educação para vida, de trabalhar com uma pedagogia mais humana, uma pedagogia
cooperativa, que promova aprendizagem permanente. Precisam-se criar condições para que
garantam aos professores o direito de existir, de se conhecer de construir sua identidade, de refletir
sua prática a partir de sua própria experiência. Portanto, o ensino superior busca construir sues
conhecimentos a partir de uma visão crítica, buscando cada vez mais a capacidade de aprender o
aprender.

Palavras- chaves: Educação superior, alunos, professores.

Introdução

Profissionais da educação superior são levados a desenvolver capacidades


de aprender a aprender, e de buscar informações em diversas fontes e de variadas
formas, de modo a intervir adequadamente nas diferentes realidades socias e
econômicas, a atuar coletivamente com grau significativo de autonomia e enfrentar
problemas e dificuldades com soluções competentes e criativas.
Portanto, o professor universitário precisa repensar a sua prática educacional
através dos princípios que estão sendo abordados em toda a sua história de idéias
pedagógicas. Sabe-.
se que muita coisa precisa ser mudada na educação, principalmente o modo com
se anda educando, ou melhor, ensinando o aluno. A mesmice tem de ser acabada
para que o aluno tenha motivação e perspectivas e sobretudo para que o aluno
entenda o sentido da educação.
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O ensino superior tem como macro objetivo oferecer aos profissionais de


diversas áreas mais uma oportunidade de reflexão sobre o fazer pedagógico do
professor do ensino superior, na perspectiva de novas metodologias que dêem conta
de um novo caminhar, de uma nova visão necessária ao educador do século XXI.
Muitas perguntas surgem. Será que os professores do ensino superior se
preocupam com o aluno que às vezes apresenta alguma dificuldade e precisa
ensinar ele de forma diferente. Assim, é preciso que o professor mude a sua
postura, o seu modo de pensar e agir.
Dessa forma, o professor estará colaborando para que o seu aluno saia do
mundo em que vive e começa a se interessar, interagir, se apaixonar e querer
realmente aprender, pois vai perceber que o seu professor está buscando novas
alternativas metodológicas de sala de aula, com o intuito realmente de o aluno
aprender e quando se tornar um professor vai seguir os mesmos exemplos do
professor do ensino superior sendo criativo, crítico, dinâmico, sendo professor como
um mediador entre a teoria e o conhecimento do aluno.

Desenvolvimento

A sociedade deste milênio vem sendo marcada por significativas


transformações no mundo do trabalho, da produção e das seleções sociais,
apontando carências de um novo perfil de educadores capazes de capacitar os
cidadãos das diversas áreas do conhecimento humano para uma nova convivência
participativa e crítica nessa nova sociedade. O papel do novo educador não é mais
levar a informação até o educando e sim mediar às informações que já estão com
eles, transformando-as em conhecimentos e consequentemente em sabedorias, que
seja aplicado em sala de aula.
De acordo com Thurler (2002, p.36), “formar novos profissionais, devem estar
atreladas e cientes do mundo cientifico e tecnológico de que fazem parte, visando à
construção de uma sociedade mais igualitária e justa para todos”.
Este é o desafio posto a todos os educadores enquanto formadores de novos
profissionais. É preciso contribuir para a construção de um novo projeto educativo,
uma nova formação pedagógica à altura das exigências e carências do mundo
contemporâneo, e isso, é papel de todos aqueles, de fato, comprometidos com a
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melhoria de um novo cenário e da nova maneira de ensinar no contexto social,


político, cultural e educacional.
Como diz Freire (1996, p. 38), “transformar os sujeitos inseridos no processo
em rede de conhecimentos e saberes para que possam assegurar efetivo
entendimento histórico da época em que vivem os homens, do mundo
contemporâneo e dos fundamentos teóricos da Educação de hoje”.
Cada professor hoje é considerado um professor mediador que não pode
mais levar essa palavra ao radical, pois o professor não é mais escravo, visto que,
apesar de baixos salários, a profissão foi opção e escolha de cada um, agora a
condução, essa sim, acompanhada até hoje o papel dos profissionais da educação.
É que esteja claro o conduzir e jamais o caminhar para o outro. E para que esse
profissional esteja apto às novas tendências da metodologia, tal origem não poderia
ser desprezada.
Para compreender a metodologia e seu papel na prática pedagógica, faz-se
se necessário explicar quem é educador e como ele concebe o fenômeno educativo,
tendo em vista as diretrizes que orientam sua atuação pedagógica. Entendo que
educação no seu sentido mais amplo, pode-se dizer que educadores são todos os
membros de uma sociedade.
No entanto, a educação sistemática, planejada com objetivos definidos e
realizada através do ensino, que é um tipo de prática educativa, exige um
profissional da educação com formação adequada. Mas, qual é a formação
adequada. Assim, a resposta está no entendimento que se tem do que é ser
educador.

Eu diria que os educadores são como velhos árvores. Possui uma face, um
nome, uma história a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é
a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno, é uma entidade,
portador de um nome, também tem uma história sofrendo tristezas e
alimentando esperanças. E a educação é algo para a acontecer neste
espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Mas professores são
habitantes de um mundo diferente, onde o educador pouco importa, pois o
que interessa é um crédito cultural que o aluno adquire numa disciplina
identificada por em sigla, sendo que para fins institucionais, nenhuma
diferença faz aquele que a ministra. Por isso mesmo professores são
entidade descartáveis, coadores de café descartáveis (ALVES, 1994,18).

Assim, o educador olha os seus alunos como pessoas com necessidades,


dificuldades, fraquezas e pontos fortes, procurando com essa postura, contribuir
para seu crescimento nos seus diferentes aspectos.
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Ainda segundo Alarcão (2003, p.61), “a partir da ação-reflexão- ação. Poderá


também repensar sua futura prática pedagógica cotidiana no encaminhamento de
novos alternativo didáticas de ação docente”.
Dessa forma, é bom frisar que o aluno do século XXI está preparado para
este admirável novo mundo e a reflexão cabe tanto e bom já está em sala de aula
lecionando no curso superior, com novas metodologias e alternativos que prenda a
atenção desse aluno, que no mundo de hoje ele está mais preparado para obter com
o profissional do ensino superior. Entretanto neste novo século o que se precisa é de
formadores de opiniões, líderes que façam a diferença, para uma nova tentativa de
marcar a educação brasileira, a escola e a universidade que na década 80 e 90
foram consideradas tão boas, tão construtoras e disciplinadas.
Diante de tantas mudanças a proposta é pesquisar, adaptar-se, não temer o
novo, viver com diversidade do individuo dentro ou fora da sala de aula, fazer das
inúmeras informações que o educando leva até o professor em arte de ensinar e,
sobretudo deixar claro para o aluno que a informação, apenas, não sustenta a
informação para se um bom profissional. Os professores, como adultos da situação
e mediadores da informação ao conhecimento, têm consequentemente, em seu
poder, a sabedoria para contribuir com a formação desta nova sociedade.
A competência de docência do século XXI são discutidas por inúmeros
autores com algumas variáveis, mas todos tem o foco central na relação dialética
educador/ educando ou pessoa/ pessoa que ressalta a importância da construção do
conhecimento de forma mútua em uma troca saudável.
Ensinar e aprender tornou-se hoje uma tarefa bastante complexa em todos os
níveis de ensino, inclusive na faculdade. Sabe-se que muitos professores têm
encontrado dificuldades ou até despreparo em desenvolver um ensino que favoreça
uma aprendizagem significativa e eficaz.
Contudo, é preciso analisar os fatores que contribuem par aos resultados
desanimadores, numa tentativa de encontrar soluções importantes para elevar o
nível de educação no país. Não se pode perder de vista que uma educação para ter
qualidade precisa associar-se a muitos fatores, como um bom planejamento
educativo, em sistema de avaliação contínuo e formativo, inclusive a procedimentos
metodológicos coerentes com a demanda dos alunos, com cultura contemporânea e
com uma pratica docente competente.
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Segundo Rios (2002, p.26), “é preciso pensar que existe um padrão de


qualidade, do aprender a aprender, do aprender a fazer, do aprender a conviver e do
aprender a si, ou seja, os pilares que sustentam uma educação que favorecerão
uma melhor qualidade de vida”.
Entretanto, o que efetivamente interessam as alternativas metodológicas o
professor pode adotar para melhorar a qualidade do ensino, e, consequentemente, a
aprendizagem dos alunos, para que esses possam desenvolver suas habilidades,
transformando-as em competências para transforma-se em um cidadão consciente,
participativo e autônomo na sociedade. Sabe-se que para que haja esse trabalho de
desenvolvimento de habilidades em competências, há que se pensar em algumas
mudanças na prática educativa do professor.
De acordo com Thurler (2002, p.28), “mediante as competências profissionais
dos professores, há uma melhoria significativa no desempenho dos alunos”.
Assim, é preciso discutir alternativas metodológicas que são necessárias para
que o professor tenha condições de mediar o conhecimento científico. Fazem-se
necessários saber que a prática docente não pode se restringir somente as
metodologias e didáticas, porém, é sabido que esses elementos são de fundamental
importância para que o ensino e aprendizagem ocorram de maneira harmoniosa e
competente.
Sendo muito importante o professor rever seus métodos, estratégias e
procedimentos didáticos que se trabalhados dentro de um contexto cultural,
participativo e dinâmico poderão favorecer a melhora da qualidade do processo
educativo.
Segundo Rios (2002, p.39), “a atuação do professor precisa mudar. Ele passa
a atuar como um analista crítico e artista cultural, em intelectual capaz de pensar,
dizer e fazer algo diferente”.
Além, disso, ele deve estimular nos alunos outros modos de ver, pensar a
realidade. Deve trocar experiências com alunos de forma a ampliar o conhecimento
de todos. É assim, que se faz necessário pensar que todos os assuntos a serem
trabalhados na sala de aula deverão deixar de se transmitidos por si mesmos, ou
seja, deverão associar-se a uma temática cultural que integra a vida dos alunos.
Dessa forma, o ensino poderá ser mais dinâmico e criativo e, sobretudo, a
aprendizagem poderá ser muito mais significativa e carregada de sentido.
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Conclusão

Pode-se dizer que quando se houve falar que um professor é muito


tradicional, conservador ou conteudista, isso é a quantificação de conteúdos que
transmite aos seus alunos, ou quando se ouve falar que determinado professor é
metodologicamente maravilhoso pela sua exposição, que está sempre atinado com
o seu tempo, seu tratamento com os alunos é dialógico, suas avaliações são
instrumentos qualitativos por excelência, visto que a nota de seus trabalhos é
somatório de todo um processo de aprendizagem de seus alunos, no sentido mais
amplo da função cognitiva e afetiva de suas relações, pode se precisar
imediatamente em porque essas diferenças existem dentro do fazer docente.
Por isso, há a necessidade de atentar-se a buscar reflexões mais
aprofundadas sobre quem educa o educador. A resposta, como todo ato em
educação não é simples, pois de sabe que os cursos de graduação na busca de
qualidade de ensino, privilegiam esta ou aquela teoria, esta ou aquela tendência
pedagógica, com metodologia e características próprias, deixando muito a desejar
no processo de formação. Muitas vezes discussão maior do ato educativo promove
condicionamento que interferem nos papéis desempenhados pelos professores e
que recaem de forma desestimuladora nos alunos.
Não existe receita mágica, assim como, não se muda de um dia para o outro,
o importante é a busca constante e saber que a educação é ao longo da vida, e
como dizia Paulo Freire, “O homem é um ser inacabado, sendo assim, todo
professor que tem essa consciência de se inacabado estará sempre em busca de
novos conhecimentos para ressignificar a sua identidade e, sobretudo, a sua
prática.”.
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REFERÊNCIAS

ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo:


Cortez, 2003.

FREIRE. Paulo. Educação e mudança. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma docência de qualidade.


São Paulo: Cortez, 2002.

THURLER, Mônica Garther. As competências para ensinar no século XXI. A


formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002.

FÁVERO, Maria de Lourdes de A. A universidade brasileira em busca se sua


identidade. Rio de Janeiro: Vozes, 2006.

BOK, Derek Curtis. Ensino Superior. Rio de Janeiro: Forense Universidade, 1998.
ALVES, Rubem. A alegria de ensino. São Paulo: A Poética, 1994.

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