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ANHANGUERA EDUCACIONAL – UNIDERP

POLO NAVIRAI/MS

CURSO PEDAGOGIA - LICENCIATURA

DISCIPLINAS NORTEADORAS:
ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL;
BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO, DIDÁTICA DE CONTAR
HISTÓRIAS; LITERATURA INFANTOJUVENIL E MULTIMEIOS APLICADOS À
EDUCAÇÃO.

EXERCITAR A CAPACIDADE DE OBSERVAÇÃO,


REGISTRO E AVALIAÇÃO DE
CRIANÇAS EM AMBIENTES LÚDICOS.

NAVIRAI/MS
2016
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ANHANGUERA EDUCACIONAL – UNIDERP
POLO NAVIRAI/MS

CURSO PEDAGOGIA - LICENCIATURA

DISCIPLINAS NORTEADORAS:
ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL;
BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO, DIDÁTICA DE CONTAR
HISTÓRIAS; LITERATURA INFANTOJUVENIL E MULTIMEIOS APLICADOS À
EDUCAÇÃO.

Adriana Jacinto Filho da Silva RA: 2810806730

Ângela Maria Souto RA: 1920637592

Patrícia da Silva Lopes RA: 1888616676

Silvana dos Santos Almeida RA: 2036620602


Silvana da Graça Navarro RA: 1999582876

EXERCITAR A CAPACIDADE DE OBSERVAÇÃO,


REGISTRO E AVALIAÇÃO DE
CRIANÇAS EM AMBIENTES LÚDICOS.

Desafio Profissional como requisito para obtenção


de notas nas disciplinas de Desafio Profissional,
Organização e Metodologia da Educação Infantil e
Brinquedoteca e o Elemento Lúdico no Curso
Pedagogia - Licenciatura da Universidade
Anhanguera UNIDERP, 4º semestre, Polo
Naviraí/MS, sob a orientação dos Professores a
Distância e a Tutora Presencial.

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NAVIRAI/MS
2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 04
2. PASSO 1 – FASES DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET 05
3. PASSO 2 - A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR 07
4. PASSO 3 e 4 - A BRINQUEDOTECA 08
5. PASSO 5 - PLANO DE AÇÃO 11
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 14
7. REFERÊNCIAS 15

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho visa relatar os dados obtidos através da realização de uma


pesquisa sobre o tema “Avaliação de Crianças em Ambientes Lúdicos”, em uma
escola municipal da cidade com o objetivo de coletar dados a respeito da
importância do lúdico como facilitador da aprendizagem. Sendo que outra parte da
pesquisa foi realizada através de dados bibliográficos onde se destacam os autores:
Huizinga, Kishimoto, Negrine, Santos, entre outros.

O elemento norteador foi o seguinte problema: qual a importância da


Brinquedoteca na aprendizagem das crianças da Educação Infantil?

A pesquisa de campo demonstra que apesar de algumas escolas possuírem


uma brinquedoteca os professores ainda sentem dificuldades em trabalhar com seus
alunos, alegam que precisam de mais treinamento e cursos que venham a beneficiá-
los, coisa que não está acontecendo na referida escola, desejo de fazer um bom
trabalho todos têm, mas às vezes faltam até mais materiais pedagógicos para
complementar as aulas dadas em sala de aula.

O presente trabalho está estruturado da seguinte forma: abordam-se os


aspectos históricos da brinquedoteca, sua trajetória ao longo dos anos, através de
alguns autores é dada a definição de brinquedoteca. Relata ainda a importância da
brincadeira no desenvolvimento da criança e o jogo como elemento indispensável
para o aprender. A última etapa mostra a pesquisa de campo, aonde mostraremos a
análise realizada com as crianças.
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2. PASSO 1 – FASES DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET

Como as crianças se desenvolvem?

De acordo com Piaget, o indivíduo (a criança) aprende construindo e


reconstruindo o seu pensamento, através da assimilação e acomodação das suas
estruturas. Esta construção do pensamento, Piaget chamou de estágios: Estágio
sensório – motor, Estágio Simbólico e Estágio Conceptual.

Ainda segundo Piaget (PULASKI, 1986), a adaptação é a essência do


funcionamento intelectual, assim como a essência do funcionamento biológico. É
uma das tendências básicas inerentes a todas as espécies. A outra tendência é a
organização. Que constitui a habilidade de integrar as estruturas físicas e
psicológicas em sistemas coerentes. Ainda segundo o autor, a adaptação acontece
através da organização, e assim, o organismo discrimina entre a miríade de
estímulos e sensações com os quais é bombardeado e as organiza em alguma
forma de estrutura. Esse processo de adaptação é então realizado sob duas
operações, a assimilação e a acomodação.

Segundo Piaget, a criança passa por quatro períodos no processo de


desenvolvimento cognitivo, quais são eles? E Quais as características de cada
fase de desenvolvimento?

Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são


caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das
diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento. São eles:

· 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)

De acordo com a tese Piagetiana, "a criança nasce em um universo para ela
caótico, habitado por objetos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do
campo da percepção), com tempo e espaço subjetivamente sentidos, e causalidade
reduzida ao poder das ações, em uma forma de onipotência". No recém-nascido,
portanto, as funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos.
Assim sendo, o universo que circunda a criança é conquistado mediante a
percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos, por exemplo).
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· 2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos)

Para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-


operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a
emergência da linguagem. Nessa concepção, a inteligência é anterior à emergência
da linguagem e por isso mesmo "não se pode atribuir à linguagem a origem da
lógica, que constitui o núcleo do pensamento racional". Na linha piagetiana, desse
modo, a linguagem é considerada como uma condição necessária, mas não
suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da ação
cognitiva que não é dado pela linguagem, conforme alerta La Taille (1992). Em uma
palavra, isso implica entender que o desenvolvimento da linguagem depende do
desenvolvimento da inteligência.

· 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)

Neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar


no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência
da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista
diferentes (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente. Outro
aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da
criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações
mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência
sensório-motor (se lhe perguntarem, por exemplo, qual é a vareta maior, entre
várias, ela será capaz de responder acertadamente comparando-as mediante a ação
mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a ação física).

· 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

Nesta fase a criança, ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior,


já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar
esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro
de princípios da lógica formal. Com isso, conforme aponta Rappaport (op.cit.:74) a
criança adquire "capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos
de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios
(adquirindo, portanto, autonomia)".
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De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua
forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que
persistirá durante a idade adulta. Isso não quer dizer que ocorra uma estagnação
das funções cognitivas, a partir do ápice adquirido na adolescência, como enfatiza
Rappaport (op.cit.:63), "esta será a forma predominante de raciocínio utilizada pelo
adulto. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos
tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos
de funcionamento mental".

3. PASSO 2 - A IMPORTÂNCIA DE BRINCAR

Porque a brincadeira é importante?

Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a
criança pode reproduzir o seu cotidiano. O ato de brincar possibilita o processo de
aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da
criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e
aprendizagem.

A função do brincar não está no brinquedo, no material usado, mas sim na


atitude subjetiva que a criança demonstra na brincadeira e no tipo de atividade
exercida na hora da brincadeira. Essa vivência é carregada de prazer e satisfação. É
a falta desse prazer ou dessa satisfação que pode acarretar na criança alguns
distúrbios de comportamento. Em cada etapa evolutiva da criança, o brincar vai se
modificando, mas é essencial que ela tenha oportunidade de explorar todas as fases
do brincar. A importância do brinquedo é a da exploração e do aprendizado concreto
do mundo exterior, utilizando e estimulando os órgãos dos sentidos, a função
sensorial, a função motora e a emocional. A brincadeira tem uma enorme função
social, desenvolve o lado intelectual e principalmente cria oportunidades para a
criança elaborar e vivenciar situações emocionais e conflitos sentidos no dia a dia de
toda criança.

A criança já sabe brincar naturalmente ou ela aprende a brincar?


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A brincadeira é uma atividade humana, na qual as crianças são introduzidas


constituindo-se em um modo de assimilar e recriar a experiência sócio-cultural dos
adultos. A criança desenvolve-se pela experiência social, nas interações que
estabelece, desde cedo, com a experiência sócio-histórica dos adultos e do mundo
por eles criado.

Para Vygotsky (2007), o brincar é uma atividade humana criadora, na qual


imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de
interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas
de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.

O que a criança aprende através da brincadeira?

Segundo RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil),


entende-se a importância do brincar (e que esta questão na vida escolar da criança),
tendo em vista, o desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos, ou seja,
cognitivo, afetivo, motor e social.

Para Huizinga (1999), o jogo, o brincar, deve ter caráter de liberdade para as
crianças irem muito alem das suas fantasias, deve ser uma atividade voluntária e
quando imposta deixa de ser uma brincadeira ou um jogo, ou do faz de conta. É na
brincadeira que as crianças aprendem como os outros pensam e agem, descobrindo
assim uma forma mais rápida para a troca de ideias e o respeito pelo outro.
Enquanto aprendem brincando também ensinam algo de sua vivência, resultando na
interação do aprender e ensinar a dividir os outros.

Mesmo com a implantação das novas tecnologias, as simples brincadeiras


não deixam de ter sua relevância, elas podem tornar-se fontes de estímulo ao
desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança ou ate mesmo as brincadeiras
pode ser resgatadas para dentro da escola.

4. PASSO 3 e 4 - A BRINQUEDOTECA

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959), "[...]


a criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar
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dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para


promover o exercício deste direito."

Segundo Negrine (1997, p. 89), a brinquedoteca está sendo considerada


como uma das formas inovadoras atuais de pensar pedagógico, devido o
reconhecimento da importância da inclusão das atividades lúdicas no processo de
desenvolvimento do indivíduo.

A primeira brinquedoteca surgiu em 1934, em Los Angeles, nos E.U.A.,


época da depressão americana quando o proprietário de uma loja de brinquedos
reclamou ao diretor da escola municipal que as crianças estavam roubando
brinquedos de sua loja. O diretor concluiu que isto estava ocorrendo porque as
crianças não tinham brinquedos para brincar. Assim iniciou-se um trabalho que até
hoje existe, em Los Angeles, que objetiva o empréstimo de brinquedos e que é
chamado Los Angeles Toy Loan.

Segundo Santos (1995, p.125), no Brasil só em 1973 foi instituída a


Ludoteca da APAE/Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-São Paulo,
prestando seus serviços através do rodízio de brinquedos entre as crianças. Em
1981, a Escola Indianápolis, em São Paulo, cria a primeira brinquedoteca brasileira,
com características relacionadas as necessidades específicas das crianças
brasileiras, priorizando o ato de brincar, realizando empréstimo de brinquedos e
dando assistência direta à criança. Em 1985, com a criação da Associação Brasileira
de Brinquedotecas houve uma expansão quanto a criação de brinquedotecas no
nosso país.

A sua importância e o reconhecimento do seu papel na área de educação


têm crescido, portanto, pode-se considerar a brinquedoteca como um agente de
mudança em relação ao aspecto educacional. A brinquedoteca proporciona uma
nova visão sobre a atividade infantil e constitui-se em um exemplo vivo da
valorização das atividades lúdicas infantis. Além disso, a brinquedoteca objetiva
respeitar as necessidades de afetividade promove o respeito e minimiza a influência
dos métodos educacionais muito rígidos, proporciona o direito de ser criança,
enquanto desenvolve as capacidades infantis com espontaneidade e criatividade.
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O LABRIMP (Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos), vinculado


a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo possui, além da Oficina de
criação de brinquedos, uma biblioteca, o museu do brinquedo e uma brinquedoteca
contendo os cantinhos especiais, visando favorecer as brincadeiras através do
mundo do faz de conta.

Os brinquedos estão dispostos em cantos temáticos, visando estimular a


livre expressão das crianças, representação do imaginário, interação social,
estruturação da personalidade e desenvolvimento da linguagem.

A Associação Brasileira de Brinquedotecas conceitua brinquedotecas como


espaços mágicos destinados ao brincar das crianças e alerta para o fato de que não
podem ser confundidas com um conjunto de brinquedos ou depósito de crianças
pois a criação de uma brinquedoteca está sempre ligada a objetivos específicos tais
como sociais, terapêuticos, educacionais, lazer, etc.

A Brinquedoteca coloca ao alcance da criança, inúmeras atividades que


possibilitam a ludicidade individual e coletiva permitindo que ela construa seu
conhecimento próprio, a brinquedoteca é um espaço que oferece condições para a
formação da personalidade e é onde são cultivadas a criatividade e a sensibilidade.
Na brinquedoteca, as crianças são livres para descobrir novos conceitos, realizar
experiências, criar seus próprios significados ao invés de apenas assimilarem os
significados criados por outras pessoas.

A brinquedoteca escolar é peça fundamental no processo de formação


educacional por ser destinada especificamente à Educação Infantil. Contudo, muitos
limitam este espaço apenas para a brincadeira com brinquedos e se esquecem que
muitas atividades destinadas à promoção do livro e da leitura poderiam ser
realizadas.

É necessário de lembrar que brincar é apenas um jeito gostoso de aprender.


Brinquedotecas são espaços que valorizam as atividades lúdicas e criativas. Com
isso, o lúdico não está só no brincar, está também no ler, no ouvir, no apropriar-se
da literatura e do livro como forma de descobrimento e compreensão do mundo.

De acordo com Perroti (1990), a escola é o espaço onde se deve, de forma


planejada, independentemente das condições gerais de ensino, atrair, ganhar,
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conquistar leitores. Em outras palavras, a escola não deve somente ensinar a ler,
mas sim enriquecer o aluno, ampliando seu universo através de hábitos de leitura.
Um instrumento importante para a promoção de leitura e a formação de novos
leitores nestes espaços é a brinquedoteca, pois através dela haveria incentivos à
leitura recreativa, oferecendo atrativos para incentivar futuramente o uso do livro e
da biblioteca.

Ouvir histórias é um acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse


das pessoas em todas as idades. Se os adultos adoram ouvir uma boa história, a
criança é capaz de se interessar e gostar ainda mais por elas, já que sua
capacidade de imaginar é maior. Sobre isso, Torres & Tettamanzy (2008) diz:

O principal objetivo em contar uma história é divertir,


estimulando a imaginação, mas, quando bem contada, pode
atingir outros objetivos, tais como: educar, instruir, conhecer
melhor os interesses pessoais, desenvolver o raciocínio, ser
ponto de partida para trabalhar algum conteúdo programático,
assim podendo aumentar o interesse pela aula ou permitir a
auto-identificação, favorecendo a compreensão de situações
desagradáveis e ajudando a resolver conflitos. Agrada a todos
sem fazer distinção de idade, classe social ou circunstância de
vida.

Acrescentando-se os livros literários ao espaço da brinquedoteca, tem-se a


oportunidade de inserir as crianças também no universo da leitura. Várias são as
táticas que induzam esta criança a tornar-se um leitor, mesmo que ainda não
estejam alfabetizados. O simples ouvir, manusear, apalpar leva a criança a
desenvolver o interesse pelos livros. Cabe ao professor ou pessoa responsável pela
mediação conduzir e manter a criança pelo caminho certo, pois não basta criar
leitores, mantê-los é essencial.

5. PASSO 5 - PLANO DE AÇÃO

BRINQUEDOTECA CIEI MONTEIRO LOBATO

1) JUSTIFICATIVA
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Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a
criança pode reproduzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação. O ato
de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a
construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma,
uma relação estreita entre jogo e aprendizagem.

O CEI "Monteiro Lobato" passará a dispor de um espaço onde as crianças irão


sentir prazer de estar participando ativamente de atividades estruturadas em um
ambiente especialmente montado para atender ao objetivo do projeto. E isto irá
trazer mais confiança e credibilidade em nosso trabalho, seja junto aos pais das
crianças, seja no seio da comunidade.

A presença da brinquedoteca terá papel fundamental para as crianças uma vez


que vai proporcionar a aprendizagem, a aquisição de conhecimentos e
desenvolvimento de habilidades de forma natural e agradável, utilizando materiais
pedagógicos apropriados para cada objetivo definido pelas professoras.

2) OBJETIVOS

Objetivos Gerais:

 Criar um espaço para a realização de atividades pedagógicas com as


crianças dos anos iniciais do CEI "Monteiro Lobato".

Objetivos Específicos:

 Através uso de literatura infantil, brinquedos pedagógicos e materiais


para pintura, recorte, colagem e atividades manuais diversas,
especialmente selecionados para o desenvolvimento de habilidades
voltadas para a prática da cooperação, da organização, da interação
social, da troca, da ajuda mútua, partilha e coordenação motora, assim
como para o aprimoramento da comunicação interpessoal.
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3) AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS

Com a brinquedoteca pretende-se ampliar os conhecimentos na área de


Educação Infantil, trabalhando a ludicidade enquanto ciência, tendo o livro, o
brinquedo, o jogo e as brincadeiras como elementos facilitadores do processo
ensino-aprendizagem, que proporcionam o crescimento da criança como um ser em
constante desenvolvimento, buscando-se a evolução do saber, fazer na práxis
pedagógica e o aprimoramento das habilidades cognitivas, afetivas e psicomotoras
dos educandos.

A brinquedoteca será montada em uma das salas do CEI, que será utilizada
mediante um cronograma de rodízio de turmas, devidamente planejado com
antecedência pelas professoras, de acordo com o dia correspondente as atividades
a serem realizadas com as crianças. Será dada a cada professora a oportunidade de
escolher os brinquedos apropriados para trabalhar, conforme a necessidade da sua
turma.

4) RECURSOS

Livros Infantis; Jogos; Brinquedos; Conjunto Pedagógico; Estantes; Prateleiras;


Mesas; Cadeiras; Tapetes; Almofadas; Baús; Computador; impressora; Home
Theater com Videokê; Televisor de 42” e Caixa de Som Multifuncional

5) AVALIAÇÃO

A avaliação se dará através da observação da participação e interação dos alunos


com os brinquedos, brincadeiras e colegas de classe. Observando se nesse
ambiente, a implementação da atividade lúdica tem agido como suporte ao processo
de ensino/aprendizagem.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho em questão discutiu sobre a presença da Brinquedoteca no


ambiente escolar e sua importância como espaço mediador de aprendizagens aos
educandos no desenvolvimento das potencialidades do mesmo.
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Aprendemos que a brinquedoteca é um espaço destinado ao lúdico, fazendo


com que as crianças que não têm acesso ao brinquedo possam utilizá-lo como
ferramenta principal para seu desenvolvimento biopsicossocial, fazendo deste seu
maior aliado para o aguço da imaginação, criatividade, entre outros benefícios que
os brinquedos lhes proporcionam (SANTOS 2000).

A Brinquedoteca é um espaço destinado à ludicidade, onde a criança brinca


e brincando constrói sua aprendizagem. É uma fonte de estímulos ao
desenvolvimento das crianças, um espaço que se torna um ambiente de
brincadeiras, de oportunidade de aquisição de diversas linguagens, de construção
da autonomia e criatividade, que deve constantemente passar por reformulação,
recriação e ordenação.

Construir uma brinquedoteca consiste em estabelecer qual será sua


finalidade, considerando os objetivos dos grupos que ali serão atendidos. Ela tem de
conter um espaço para a exploração do lúdico e outro para a vivência lúdica, é neste
último que deve acontecer a concretização das atividades, (brincadeiras,
experiências) proporcionando vivências prazerosas ao grupo que estará
aproveitando.

7. REFERÊNCIAS

BROUGÈRE, G. Brinquedo e Cultura. São Paulo: Cortez, 1995.


CUNHA, N, H. S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 4. ed. São Paulo:
Aquariana, 2010.
HORN, M. da G. S. Sabores, cores, sons e aromas: a organização dos espaços na
educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2007.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
______. O primeiro jardim de infância público do estado de S. Paulo e a
pedagogia frobeliana. Revista Educação e Sociedade. v. 17, n. 56. Dez. 1996.
______, Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1999.
MAÇANEIRO, J.; BUEMO, E. A. B. A criança e o jogo: uma experiência de
aprendizagem na infância. Florianópolis: Traços e Capturas, 2012.
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NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Propil,


1997.
______. O lúdico no contexto da vida humana: da primeira infância à terceira
idade. In: Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. 1ª ed. Petrópolis-RS :
Vozes, 2000;
OLIVEIRA, V. B. de. O Brincar e a criança do nascimento aos seis anos. 3. ed.
Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
SANTOS, S. M. P. Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis: Vozes,
2000.
______.Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis-RJ: Vozes,
1997
SILVA, J. R. da, ROSA, L. O. Da, BUEMO, E. A. B. Brinquedoteca: um espaço de
(com) vivências. Florianópolis: Traços e Capturas, 2012.
TEIXEIRA, S. R. de O. Jogos, brinquedos, brincadeiras e brinquedoteca:
implicações no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Wak
Editora, 2010.
WAJSKOP, G. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 1995.

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