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Projeto: A educação Antirracista

Relatos de experiências e primeiros


movimentos e a importância da
representatividade.
Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser
antirracista". Angela Davis (2016)

• A falta de representatividade negra em cargos de gestão é uma das marcas


do racismo em nossa sociedade. Quando se trata de um ambiente escolar,
este problema fica ainda mais evidente, pois necessitamos de referências
na formação da identidade de nossas crianças e na nossa sociedade.
• Este trabalho apresenta o relato do processo de construção de um projeto
de educação antirracista na Educação e explicita a necessidade do mesmo,
através de relatos de experiência de situações racistas vivenciadas no
espaço escolar e em seu devido espaço em que ocupa cargo e a
importância da representatividade.
OBJETIVO
• O projeto tem por objetivo implementar, de maneira efetiva e contínua, a
educação antirracista a partir da Educação na Escola Maria Aurélia de
Souza Santos de Ensino Fundamental da I. tem como finalidade analisar
uma experiência didática realizada na Semana da Consciência Negra
• O racismo é uma questão estrutural (ALMEIDA, 2019) e a escola, enquanto instituição
que faz parte de tal estrutura, pode contribuir para a perpetuação ou modificação da
sociedade. Segundo o artigo 2º da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional
(LDBEN) (BRASIL, 1996), “[a] educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”. Partindo desse entendimento, este relato ilustra o processo
de construção de um projeto para a educação antirracista e as experiências de situações
racistas vivenciadas por duas professoras no espaço escolar que, entre outros, motivaram a
realização do mesmo. Este não é apenas um projeto para a escola, mas um propósito de
vida
• A história do Brasil é marcada por acontecimentos que incidem sobre o
cotidiano. Como apontamos anteriormente, o Brasil foi estruturado a
partir do racismo e, por isso, recai sobre a população negra e indígena
discriminação e preconceito. Compreender os processos históricos e seus
desdobramentos atuais contribui para a construção de práticas que
considerem os princípios de: Educação Integral, Educação Inclusiva e
Equidade, nas Unidades Educacionais e seus territórios.
• Ao trazer o conceito de “lugar de fala”, objetivamos convocar
professores(as), gestores(as), auxiliares técnicos(as) de educação e demais
profissionais que atuam nas UEs à reflexão de que somos todos(as)
responsáveis pela promoção de vivências antirracistas. Todos(as) temos
lugar de fala. É importante evidenciarmos que lugar de fala,
representatividade e protagonismo não são sinônimos, e a compreensão de
cada um dos termos contribuirá no entendimento da responsabilidade e do
lugar de todos(as) no combate ao racismo.
• A representatividade negra vem para combater os discursos que invisibilizam, segregam e
marginalizam pessoas apenas por conta da cor, permitindo, assim, que os negros também
possam se enxergar em diferentes lugares, ocupando-os e sendo bem-sucedidos. Ela vem, portanto,
para promover a igualdade racial.
• “A transformação da educação não pode antecipar-se à transformação da
sociedade, mas esta transformação necessita da educação”. Paulo Freire
(1997)

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