Você está na página 1de 84

MPC-PA

MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
LEI COMPLEMENTAR N. 81/2012 (LEI ORGÂNICA DO
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ) – PARTE I

Pós-edital

Livro Eletrônico
© 04/2019

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho

SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima

REVISOR(A): Mayra Barbosa Souza

DIAGRAMADOR: Weverton Carvalho

CAPA: Washington Nunes Chaves

Gran Cursos Online


SBS Quadra 02, Bloco J, Lote 10, Edifício Carlton Tower, Sala 201, 2º Andar, Asa Sul, Brasília-DF
CEP: 70.070-120

Capitais e regiões metropolitanas: 4007 2501


Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h

www.grancursosonline.com.br/ouvidoria

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode
ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe­ração de informações ou transmitida
sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos
autorais e do editor.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Lei Complementar n. 81/2012 – Parte I..........................................................4


Apresentação..............................................................................................4
Cronograma das Aulas.................................................................................5
Suporte......................................................................................................6
1. Lei Complementar n. 81/2012 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas do
Estado do Pará: Natureza Jurídica e Competência............................................6
Resumo.................................................................................................... 35
Mapa Mental............................................................................................. 40
Questões de Concurso................................................................................ 41
Gabarito................................................................................................... 52
Gabarito Comentado.................................................................................. 53

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

LEI COMPLEMENTAR N. 81/2012 – PARTE I

Apresentação

Olá, querido(a) aluno(a). Tudo bem? Espero que sim!

Preparado(a) para adquirir mais conhecimento, arrasar na sua prova e migrar

em direção ao tão sonhado cargo público? Certamente que sim, não é mesmo?

Então, vamos lá!

A matéria que vamos estudar nesta e nas próximas três aulas é de extrema re-

levância para o concurso do Ministério Público de Contas do Estado do Pará,

já que a lei complementar em questão será cobrada dentre as matérias de conheci-

mento específico, responsável por 40 questões, do total de 60 e, apesar de versar

sobre o Tribunal de Contas do Estado, apresenta atribuições específicas do Ministé-

rio Público, que atua junto ao citado tribunal. Assim, o assunto tem grande chance

de estar presente na sua prova.

Aliado a isso, há o fato de estudar uma lei complementar prática, de fácil com-

preensão, que estabelece conceitos importantes e que devem ser memorizados

para o momento da prova, além de não ser muito extensa, se comparada a outras

leis do nosso ordenamento jurídico.

Segundo o edital n. 1 MPC-PA/2019, a Lei Orgânica do Tribunal de Contas

do Estado do Pará (Lei Complementar n. 81/2012) é prevista no item 11.3 do

conteúdo referente ao controle externo e legislação institucional e também no item

10.2 da matéria de direito processual de contas, ambos na categoria de conheci-

mentos específicos. Todavia, diversos pontos do seu edital apresenta assuntos que

serão verificados nesta aula.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Como a matéria possui muitos conceitos jurídicos associados ao Direito Admi-

nistrativo e ao Direito Constitucional, explicarei de forma prática a sua aplicação,

detalhando seu significado de forma que não surjam dúvidas quanto ao seu con-

texto disposto na lei.

A banca selecionada para organizar o concurso foi o Cebraspe, antigamente

chamado apenas de Cespe. Assim, nossas aulas serão desenvolvidas de forma fo-

cada na banca organizadora, com a resolução de questões já elaboradas pela insti-

tuição em concursos semelhantes, feitas as devidas adaptações. Em relação às

matérias que não contarem com muitas questões anteriores da banca, selecionarei

de outras organizadoras ou elaborarei algumas, seguindo as preferências e

tópicos que costumam ser cobrados pela banca Cebraspe.

Portanto, caro(a) aluno(a), fique tranquilo(a), vamos esmiuçar a legislação pro-

posta pelo edital e garantir que, com a leitura atenta dessas aulas, você irá con-

fiante para a prova, escapando das pegadinhas elaboradas pela banca e tendo a

garantia de que todos os temas importantes foram estudados.

Para facilitar a compreensão e não tornar maçante a leitura das aulas, fiz a se-

guinte divisão da matéria...

Cronograma das Aulas


AULA CONTEÚDO
Natureza, competência, jurisdição e organização do Tribunal de
1
Contas do Estado do Pará.
2 Atividades de controle externo e fiscalização.
Julgamento de contas e execução das decisões em processo de
3
prestação e tomada de contas.
4 Recursos, pedido de rescisão e sanções e medidas cautelares.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Suporte

Estou à disposição para sanar todas as dúvidas que surgirem no decorrer da

aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Citarei

exemplos, explicarei de forma mais contextual ou doutrinária, se necessário, mas

tenho certeza de que, se a dúvida for esclarecida, você seguirá seus estudos de

forma eficaz e não esquecerá do assunto tratado. Caso contrário, um detalhe que

não for esclarecido poderá comprometer sua preparação.

Assim, não existem dúvidas irrelevantes. Portanto, contate-me sempre que jul-

gar necessário.

1. Lei Complementar n. 81/2012 – Lei Orgânica do Tribunal de


Contas do Estado do Pará: Natureza Jurídica e Competência

O Tribunal de Contas é órgão autônomo que não está vinculado a nenhum dos

Poderes da República previstos no art. 2º da Constituição Federal: Poder Legislativo,

Poder Executivo e Poder Judiciário, ou seja, apesar de haver divergência na doutrina,

o tribunal não se subordina aos demais órgãos e atua de forma independente.

É preciso ter em mente que a destinação dada aos recursos públicos deve sem-

pre observar os princípios implícitos da administração pública da supremacia do

interesse público sobre o privado e da indisponibilidade do interesse pú-

blico, pois o interesse da coletividade deve prevalecer sobre os particulares e o

administrador não pode dispor dos bens e interesses públicos como se dono fosse,

pelo contrário, deve atuar em conformidade com as autorizações e limitações legais

em prol do verdadeiro titular da coisa pública: o povo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

É nesse contexto que está inserido o Tribunal de Contas, que em razão da sua

natureza administrativa e da sua autonomia, auxilia o Poder Legislativo na fisca-

lização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial exercendo o

controle externo da administração pública.

De acordo com o art. 70, caput, da Constituição Federal de 1988, a fiscalização

a ser realizada pelo Poder Legislativo tem como objeto a legalidade, a legitimidade,

a economicidade, a aplicação das subvenções e a renúncia de receitas.

A legalidade do ato é atingida quando observados os ditames legais sobre o

assunto; a legitimidade é quando o recurso público atende ao interesse público,

ou seja, quando há aceitação por parte do titular da coisa pública quanto à gestão

dos recursos públicos; a economicidade refere-se ao mérito do ato, no qual será

avaliado o custo/benefício do ato administrativo; e a aplicação das subvenções e a

renúncia de receitas é a forma de fiscalização financeira/contábil.

Na União e nas entidades da administração direta e indireta, a fiscalização con-

tábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto à legalidade, le-

gitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será

exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de

controle interno de cada Poder, conforme o art. 70, caput, da CF/1988. O controle

externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal

de Contas da União.

O mesmo ocorrerá nos estados, pois, aplicando-se o princípio da simetria,

a própria CF/1988 estabeleceu, no art. 75, caput, que as normas constitucionais se

aplicam, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos tribunais de

contas dos estados e do Distrito Federal, bem como dos tribunais e conselhos de

contas dos municípios.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

A Lei Complementar n. 81/2012, ora em estudo, na seção que trata das dispo-

sições gerais e transitórias, afirma que, nos casos omissos, será subsidiária da

presente lei, no que couber, a aplicação da legislação referente ao Tribunal

de Contas da União e, sucessivamente, o Código de Processo Civil, de acordo

com o art. 104.

Além disso, de acordo com o art. 75, parágrafo único, da CF/1988, as constitui-

ções estaduais devem dispor sobre os tribunais de contas respectivos, estabelecen-

do o requisito de que os tribunais estaduais serão compostos por sete conselheiros,

diferentemente da composição do Tribunal de Constas da União, que conta com

nove conselheiros.

A Constituição Estadual do Pará de 5 de outubro de 1989, dispõe em seus

arts. 115 e 116, que:

Art. 115. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Estado e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimi-
dade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pela Assembleia Legislativa, mediante controle externo, e pelo sistema de con-
trole interno de cada Poder.
§ 1º Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pe-
cuniária.
§ 2º Estado e Municípios, na forma da lei, manterão sistema de fiscalização mútua, me-
diante gestões administrativas entre os seus órgãos internos, nos assuntos em que se-
jam partes interessadas, em decorrência de convênio e disposições legais que admitem
a cessão de recursos um ao outro, seja sob forma de doação, repasses, ajustes, anteci-
pação de receitas, seja sob forma de investimentos para realização de obras específicas.
Art. 116. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas do Estado [...].

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Como nosso concurso será para ocupar o cargo de analista ministerial do Ministé-

rio Público de Contas do Estado do Pará, precisamos entender que, assim como

o Tribunal de Contas do Estado é autônomo e independente dos demais

Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo), também o é o Ministério Pú-

blico de Contas do Estado, já que a instituição não integra o Ministério Público

da União e o Ministério Público Estadual, sendo um Ministério Público especial que

integra a estrutura do Tribunal de Contas nos limites das suas atribuições.

Nesse sentido é o entendimento do Supremo Tribunal Federal, vejamos:

Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E FINANCEIRO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECLA-


MAÇÃO. LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBU-
NAL DE CONTAS. INEXISTÊNCIA. ATUAÇÃO LIMITADA AO ÂMBITO DO CONTROLE
EXTERNO A CARGO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. 1. Nos termos do art. 128 da
CRFB/1988, o Ministério Público junto aos Tribunais de Contas não compõe a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

estrutura do Ministério Público comum da União e dos Estados, sendo apenas


atribuídas aos membros daquele as mesmas prerrogativas funcionais deste (art. 130).
Precedentes. 2. As atribuições do Ministério Público comum, entre as quais se
inclui sua legitimidade processual extraordinária e autônoma, não se esten-
dem ao Ministério Público junto aos Tribunais de Contas, cuja atuação está
limitada ao controle externo a que se refere o art. 71 da CRFB/1988. 3. Agravo
regimental a que se nega provimento.
(Rcl 24159 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
08/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-262 DIVULG 07-12-2016 PUBLIC 09-12-2016).

A Constituição Estadual do Pará determina que a lei versará sobre a organização

do Tribunal de Contas do Estado (art. 118, parágrafo único, CE/PA). Para tanto, foi

sancionada a Lei Complementar n. 81, de 26 de abril de 2012, que dispõe so-

bre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará.

As atribuições do Tribunal de Contas do Estado do Pará são estabelecidas no

art. 1º da Lei Complementar n. 81/2012. Diante da complexidade e da riqueza de

detalhes desse artigo, tecerei alguns comentários importantes, sendo que, quanto

aos demais incisos, a simples leitura é suficiente, razão pela qual citarei todos os

incisos do referido artigo.

Inicialmente, ressalto que o tribunal é competente para apreciar as contas pres-

tadas pelo governador, por meio de parecer prévio, que deve ser elaborado em 60

dias a contar do seu recebimento (art. 116, inciso I, da CE/PA c/c art. 30, da LC n.

81/2012, Pará), sendo que cabe à Assembleia Legislativa o julgamento nesse caso.

Por outro lado, o tribunal possui competência para julgar as contas dos adminis-

tradores e demais responsáveis por recursos públicos (art. 116, II, CE/PA).

Vejamos os incisos I e II da Lei Complementar n. 81/2012 do estado do Pará:

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado do Pará, órgão de controle externo, compete:


I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador, mediante parecer pré-
vio, nos termos do art. 30 desta Lei (Art. 30. Ao Tribunal de Contas do Estado compe-
te, na forma prevista no Regimento Interno, apreciar as contas prestadas anualmente
pelo Governador do Estado, mediante parecer prévio a ser elaborado em sessenta dias,
a contar de seu recebimento);

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

II – julgar as contas:
a) dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos
das unidades dos Poderes do Estado, e das entidades da Administração Indireta, incluí-
das as Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual;
b) daqueles que derem causa à perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
dano ou prejuízo ao Erário.

A banca Cebraspe costuma inverter os verbos julgar e apreciar, a fim de confun-

dir o(a) candidato(a), afirmando que o Tribunal de Contas do Estado possui atribui-

ção para julgar as contas apresentadas pelo chefe do Poder Executivo.

Por isso, caro(a) aluno(a), muita atenção quando as contas são prestadas pelo

governador, já que o Tribunal de Contas deverá apenas apreciá-las, emitindo pa-

recer prévio que orientará a Assembleia Legislativa, que, por sua vez, possui com-

petência para julgá-las.

Então, não se esqueça:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Ainda, é importante saber que entidades de direito privado, quando recebem

recursos do Estado, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, devendo as

contas versarem sobre os respectivos valores recebidos.

Além disso, acrescento que empresas públicas e sociedades de economia

mista, entidades integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fiscali-

zação do Tribunal de Contas, segundo entendimento do STF:

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA.


TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. ART. 71, III, DA CONSTITUIÇÃO DO
BRASIL. FISCALIZAÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE
ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE. IRRELEVÂNCIA DO FATO DE TEREM OU
NÃO SIDO CRIADAS POR LEI. ART. 37, XIX, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
ASCENSÃO FUNCIONAL ANULADA PELO TCU APÓS DEZ ANOS. ATO COM-
PLEXO. INEXISTÊNCIA. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. ART. 54 DA LEI N.
9.784/99. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA BOA-FÉ.
SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. As empresas públicas e as sociedades de
economia mista, entidades integrantes da administração indireta,
estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não obstante a
aplicação do regime jurídico celetista aos seus funcionários. Prece-
dente [MS n. 25.092, Relator o Ministro CARLOS VELLOSO, DJ de 17.3.06]. 2.
A circunstância de a sociedade de economia mista não ter sido criada por lei
não afasta a competência do Tribunal de Contas. São sociedades de economia
mista, inclusive para os efeitos do art. 37, XIX, da CB/88, aquelas – anônimas
ou não – sob o controle da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal ou
dos Municípios, independentemente da circunstância de terem sido criadas por
lei. Precedente [MS n. 24.249, de que fui Relator, DJ de 3.6.05]. [...] Ordem
concedida.
(MS 26117, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em
20/05/2009, DJe-208 DIVULG 05-11-2009 PUBLIC 06-11-2009 EMENT VOL-
02381-03 PP-00590 RIP v. 11, n. 58, 2009, p. 253-267)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

A atuação do Tribunal de Contas perante entidades da administração indireta

justifica-se por interpretação extensiva do inciso III, que autoriza a apreciação da

legalidade, para fins de registro, de alguns atos administrativos, quais sejam:

III – apreciar, para fins de registro, a legalidade:


a) dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na Administração Direta e Indi-
reta, incluídas as Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão;
b) das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

A atuação do Tribunal de Contas, nesses casos, limita-se à apreciação da lega-

lidade do ato.

Vamos relembrar que essa limitação atinge apenas a apreciação do mérito

do ato administrativo, que é a conveniência e oportunidade conferida à adminis-

tração pública para valorar, de modo discricionário, os pressupostos que tratam do

objeto e do motivo do ato. Assim, ao tribunal é permitida a análise dos pressu-

postos da competência, da finalidade e da forma, sendo vedada apenas a análise

do objeto e do motivo.

Por essa razão, como exemplo clássico de ato discricionário, nos quais não estão

presentes os pressupostos do objeto e do motivo, é que são excluídas da aprecia-

ção do tribunal as nomeações para cargo de provimento em comissão, uma

vez que esse ato, tanto de nomeação, como de exoneração, é de livre motivação

(art. 37, II e V, CF/1988), podendo ser efetuada a qualquer tempo, observando-se

apenas o princípio da razoabilidade (ad nutum).

Cabe ao tribunal realizar, de ofício, ou por solicitação da Assembleia Legislati-

va, de sua comissão técnica ou de inquérito fiscalização dos Poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário, além dos administradores e demais responsáveis por recur-

sos públicos, bem como dos destinatários dos recursos públicos repassados pelo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Estado, vejamos:

IV – realizar, por iniciativa própria, ou por solicitação da Assembleia Legislativa, de sua Co-
missão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres;
VI – fiscalizar a aplicação das quotas entregues pela União ao Estado, referentes
ao Fundo de Participação estabelecido no art. 159 da Constituição Federal, na forma do
disposto no art. 116, inciso VI da Constituição Estadual;
VII – prestar informações solicitadas pela Assembleia Legislativa, ou por qualquer de
suas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
[...]
XIV – fiscalizar a arrecadação da receita do Estado e de suas entidades da Administra-
ção Indireta, a cobrança da dívida ativa e a renúncia de receitas;
XV – fiscalizar o cumprimento das normas relativas à Lei de Responsabilidade Fiscal;

Apesar da autonomia conferida ao Tribunal de Contas do Estado, além da atri-

buição para fornecer informações solicitadas, o dever de prestar contas a ele tam-

bém é aplicado, conforme determina o art. 92 da Constituição do Estado do Pará,

ao estabelecer a competência exclusiva da Assembleia Legislativa:

Art. 92. É da competência exclusiva da Assembleia Legislativa:


[...]
XXVII – apreciar, trimestralmente, os relatórios das atividades do Tribunal de Contas do
Estado e do Tribunal de Contas dos Municípios;
[...]
XXX – julgar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado.

Além disso, são conferidos ao Tribunal de Contas mecanismos para que suas deci-

sões sejam acatadas, podendo, inclusive, expedir medidas cautelares para prevenir

lesão ao erário e garantir a efetividade de suas decisões (MS n. 26.547/2007, STF).

Nobre candidato(a), grave que a medida cautelar de quebra de sigilo ban-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

cário não é estendida ao Tribunal de Contas, uma vez que é exclusiva do Poder

Judiciário e do Poder Legislativo, em situações excepcionais.

Ademais, ressalto que as operações financeiras que envolvam recursos públicos

não estão abrangidas pelo sigilo bancário, já que é direito da sociedade conhecer o

destino dado aos recursos públicos. Sendo assim, é garantido ao Tribunal de Contas

o poder de requisitar informações relativas a recursos públicos.

Nesse sentido, é o posicionamento do Supremo Tribunal Federal:

Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTROLE LEGISLATIVO FINANCEIRO.


CONTROLE EXTERNO. REQUISIÇÃO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA
UNIÃO DE INFORMAÇÕES ALUSIVAS A OPERAÇÕES FINANCEIRAS
REALIZADAS PELAS IMPETRANTES. RECUSA INJUSTIFICADA. DADOS NÃO
ACOBERTADOS PELO SIGILO BANCÁRIO E EMPRESARIAL. 1. O controle
financeiro das verbas públicas é essencial e privativo do Parlamento como
consectário do Estado de Direito (IPSEN, Jörn. Staatsorganisationsrecht. 9.
Auflage. Berlin: Luchterhand, 1997, p. 221). [...] 3. O sigilo de informações
necessárias para a preservação da intimidade é relativizado quando se está
diante do interesse da sociedade de se conhecer o destino dos recur-
sos públicos. 4. Operações financeiras que envolvam recursos públicos
não estão abrangidas pelo sigilo bancário a que alude a Lei Comple-
mentar n. 105/2001, visto que as operações dessa espécie estão submeti-
das aos princípios da administração pública insculpidos no art. 37 da Constitui-
ção Federal. Em tais situações, é prerrogativa constitucional do Tribunal
[TCU] o acesso a informações relacionadas a operações financiadas
com recursos públicos. 5. O segredo como “alma do negócio” consubstan-
cia a máxima cotidiana inaplicável em casos análogos ao sub judice, tanto
mais que, quem contrata com o poder público não pode ter segredos, espe-
cialmente se a revelação for necessária para o controle da legitimidade do
emprego dos recursos públicos. É que a contratação pública não pode ser feita
em esconderijos envernizados por um arcabouço jurídico capaz de impedir o

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

controle social quanto ao emprego das verbas públicas. 6. “O dever adminis-


trativo de manter plena transparência em seus comportamentos impõe não
haver em um Estado Democrático de Direito, no qual o poder reside no povo
(art. 1º, parágrafo único, da Constituição), ocultamento aos administrados
dos assuntos que a todos interessam, e muito menos em relação aos sujeitos
individualmente afetados por alguma medida.” (MELLO, Celso Antônio Ban-
deira de. Curso de Direito Administrativo. 27ª edição. São Paulo: Malheiros,
2010, p. 114). 7. O Tribunal de Contas da União não está autorizado a,
manu militari, decretar a quebra de sigilo bancário e empresarial de
terceiros, medida cautelar condicionada à prévia anuência do Poder
Judiciário, ou, em situações pontuais, do Poder Legislativo. Precedente:
MS 22.801, Tribunal Pleno, Rel. Min. Menezes Direito, DJe 14.3.2008. [...]
18. Denegação da segurança por ausência de direito material de recusa da
remessa dos documentos. (MS 33340, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira
Turma, julgado em 26/05/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-151 DIVULG
31-07-2015 PUBLIC 03-08-2015).

Uma informação muito visada pela banca é a possibilidade ou não do Tribunal

de Contas efetuar medidas cautelares, em especial, determinar a quebra de

sigilo bancário.

Não caia na pegadinha, pois o tribunal pode utilizar-se de medidas cautelares

determinando a suspensão do ato ou do procedimento impugnado, a fim de evi-

tar danos ao erário. Contudo, não cabe ao tribunal determinar a quebra de sigilo

bancário, eis que não possui atribuição para aplicar tal medida, que diante do seu

caráter invasivo é exercida pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo, em situ-

ações especiais. Mas, lembre-se, quando os recursos forem públicos, não estarão

acobertados pelo sigilo bancário previsto na Lei Complementar n. 105/2001.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Em caso negativo, ou seja, quando não forem atendidas as imposições pro-

postas pelo tribunal, a lei também prevê a possibilidade de comunicação ao Poder

Legislativo para que adote providências necessárias a fim de efetivar as medidas

recomendadas pelo tribunal.

VIII – aplicar aos responsáveis as sanções previstas nesta Lei;


IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias
ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão
à Assembleia Legislativa;
XI – representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados,
indicando o ato inquinado e definindo responsabilidades;
XII – comunicar à Assembleia Legislativa para que promova a sustação dos contratos
impugnados, decidindo a respeito se não forem adotadas as medidas cabíveis;
XIII – emitir pronunciamento conclusivo sobre matéria que lhe seja submetida à
apreciação pela Comissão Permanente de Fiscalização Financeira e Orçamentária da
Assembleia Legislativa, no prazo de trinta dias, contados do recebimento da solicitação,
nos termos do art. 117, § 1º e § 2º, da Constituição Estadual;
XVI – decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade competente,
a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares
concernentes à matéria de sua competência;
[...]
XVII – decidir sobre denúncias e representações em matéria de sua competência;
XVIII – negar aplicação de lei ou de ato normativo considerado ilegal ou inconstitu-
cional, na apreciação, em caso concreto, de matéria de sua competência;
XIX – determinar a instauração de tomada de contas e inspeções extraordinárias;
XX – decidir sobre recursos interpostos contra suas decisões;
XXI – estabelecer prejulgados, por meio de súmulas, conforme o disposto no Regimen-
to Interno.

Ainda, dentre as funções do tribunal, há as atividades consultivas, nas quais o

órgão deve elaborar pareceres, pronunciamentos e súmulas.

É importante saber que o Tribunal de Contas pode, no exercício de suas atri-

buições de instituição responsável pela fiscalização da coisa pública, apreciar a

constitucionalidade das leis e dos atos do poder público, como entende o Supremo

Tribunal Federal:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Súmula n. 347 do STF


O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionali-
dade das leis e dos atos do poder público.

Em seguida, o art. 2º da lei complementar em estudo apresenta um rol de com-

petências internas do Tribunal de Contas do Estado do Pará, assim estabelecidas:

Art. 2º Compete privativamente ao Tribunal:


I – elaborar e alterar seu Regimento Interno;
II – dispor sobre sua estrutura administrativa;
III – eleger seu Presidente e demais dirigentes, e dar-lhes posse;
IV – propor à Assembleia Legislativa a criação, transformação e extinção de cargos e
funções do seu quadro de pessoal, bem como a fixação da respectiva remuneração;
V – regular seu plano de classificação de cargos;
VI – prover os cargos de seu quadro de pessoal, na forma da lei, e praticar todos os atos
inerentes à vida funcional dos seus servidores;
VII – conceder licença, férias e outros afastamentos aos Conselheiros e Auditores;
VIII – decidir sobre as incompatibilidades dos Conselheiros e Auditores;
IX – apresentar projeto de lei sobre matéria de sua competência;
X – autorizar a realização de concurso público para provimento dos cargos de Auditor e
do seu quadro de pessoal, e homologar seus resultados;
XI – organizar e submeter ao Governador do Estado lista tríplice para provimento de
cargo de Conselheiro, com relação às vagas a serem preenchidas por Auditor e Procu-
rador do Ministério Público junto ao Tribunal;
XII – exercer todos os poderes que explícita e implicitamente lhe forem conferidos nesta
Lei, na ordem constitucional, na Legislação Federal ou Estadual.

Repare que todas as atribuições acima indicadas regem o funcionamento in-

terno do órgão.

O inciso que deve chamar sua atenção é o XI, que determina que o tribunal

providencie lista tríplice indicando os membros do Ministério Público junto ao tri-

bunal e os auditores que serão escolhidos pelo governador para ocupar o cargo de

conselheiros, como veremos mais adiante.

Por fim, a lei confere ao Tribunal de Contas do Estado poder regulamentar, fi-

cando autorizado a expedir atos e instruções normativas, que devem ser ob-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

servados por todos, sobre matéria de suas atribuições e sobre a organização dos

processos que lhe devam ser submetidos, conforme dispõe o artigo 3º da LC n.

81/2012 do Pará.

O poder regulamentar é uma faculdade conferida ao tribunal de editar atos

administrativos normativos para complementar as leis administrativas. Re-

gistra-se que a regulamentação dada pelo tribunal não pode inovar, criar novos

direitos e/ou obrigações. Caso isso ocorra, violado será o princípio da indepen-

dência dos poderes, já que a função legislativa é típica do Poder Legislativo. O que

ocorre aqui é que são editadas normas gerais e abstratas para explicar e minuciar

uma lei preexistente.

Apenas para assegurar a leitura completa da lei complementar ora estudada,

segue o art. 4º:

Art. 4º Para o desempenho de sua competência, o Tribunal receberá, em cada exercí-


cio, o rol de responsáveis e suas alterações, e outros documentos ou informações que
considerar necessários, na forma estabelecida no Regimento Interno.

Acerca do artigo citado acima, lembro apenas que o tribunal tem acesso irres-

trito aos documentos e informações necessários a execução das suas atribuições.

O capítulo seguinte refere-se à jurisdição, sendo importante destacar que o

termo jurisdição não deve ser entendido como o poder conferido ao Estado de dizer

o direito, aplicando a lei ao caso concreto levado a juízo, o que é cabível apenas aos

órgãos do Poder Judiciário.

Sob a ótica da nossa lei complementar, o termo jurisdição deve ser entendi-

do como território a que fica vinculada a aplicação da lei, afastada, portanto,

a ideia de função jurisdicional, como se verá adiante:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

CAPÍTULO II

JURISDIÇÃO

Art. 5º O Tribunal de Contas do Estado tem jurisdição própria e privativa, em todo o


Território Estadual, sobre as pessoas e matérias sujeitas a sua competência.
Art. 6º A jurisdição do Tribunal abrange:
I – qualquer pessoa física, órgão ou entidade a que se refere o art. 1º, inciso II, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de
natureza pecuniária;
II – os responsáveis pela aplicação dos recursos tributários arrecadados pela União e
entregues ao Estado, nos termos da Constituição Federal;
III – os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob intervenção ou que,
de qualquer modo, venham a integrar, provisória ou permanentemente, o patrimônio do
Estado ou de outra entidade pública estadual;
IV – os responsáveis por entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado
que recebam contribuições parafiscais e prestem serviço de interesse público ou social;
V – os sucessores dos administradores e responsáveis a que se refere este artigo, até
o limite do valor do patrimônio transferido, nos termos do art. 5º, inciso XLV da Cons-
tituição Federal;
VI – os representantes do Estado na Assembleia Geral das empresas estatais e socieda-
des anônimas de cujo capital as referidas pessoas jurídicas participem, solidariamente
com os membros do Conselho Fiscal e de Administração, da prática de atos de gestão
lesivos ao patrimônio público estadual;
VII – os responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado me-
diante contrato, convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres;
VIII – todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos à sua
fiscalização por expressa disposição de lei.

Você pode observar que o rol de jurisdição indicado no artigo citado acima é

extenso, de modo que os legisladores buscaram prever todas as possibilidades em

que os recursos públicos são utilizados, seja pelo próprio Estado, por entidade da

administração indireta ou por instituição privada, recaindo a responsabilidade sobre

as pessoas físicas competentes para dar destinação aos recursos públicos. Ainda

assim, o último inciso estabelece um conceito aberto dos sujeitos submetidos à ju-

risdição do Tribunal de Contas, ampliando mais ainda sua abrangência.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

TÍTULO II

ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL

CAPÍTULO I

SEDE E COMPOSIÇÃO

Art. 7º O Tribunal de Contas do Estado tem sede na cidade de Belém, compõe-se de


sete Conselheiros e possui a seguinte estrutura organizacional:
I – Tribunal Pleno;
II – Câmaras;
III – Presidência;
IV – Vice-Presidência;
V – Corregedoria;
VI – Auditoria;
VII – Serviços Auxiliares;
VIII – Escola de Contas;
IX – Ouvidoria.
Parágrafo único. Os Serviços Auxiliares, Escola de Contas e Ouvidoria terão suas normas
de funcionamento regulamentadas em ato próprio do Tribunal.

Como já falei, a composição do Tribunal de Contas do Estado é diferente da

composição do Tribunal de Contas da União, já que aquele conta com sete conse-

lheiros e este último com nove conselheiros.

Essa regra é definida tanto no artigo indicado acima quanto no art. 75, parágra-

fo único, da CF/1988. Além disso, o Supremo Tribunal Federal editou uma súmula

versando sobre o assunto, na qual menciona que o Tribunal de Contas estadual é

composto por sete conselheiros (Súmula n. 653).

Você não pode confundir isso na prova, combinado? Vamos garantir essa questão?

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Parece evidente que a sede do Tribunal de Contas do Estado do Pará fique loca-

lizada na cidade de Belém, capital do estado, não é mesmo!? Mas reforço a você

que há determinação na Constituição Estadual do Pará de que a sede fique situada

na capital (art. 118).

Como já mencionado, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da

União não integra o Ministério Público da União, mas, sim, a própria estrutura

do Tribunal de Contas da União. A explicação baseia-se na taxatividade do art. 128,

I, da CF/1988, que prevê o rol de órgãos que compõe o MPU (Ministério Público Fe-

deral; Ministério Público do Trabalho; Ministério Público Militar e Ministério Público

do Distrito Federal e Territórios).

Desse modo, não pode um membro desses órgãos ser designado para exercer

as funções de membro junto ao Tribunal de Contas, vedação que se aplica também

aos membros do Ministério Público Estadual.

Outrossim, as atribuições previstas no art. 129 da CF/1988 não são aplicáveis

aos membros do Ministério Público de Contas, que têm suas atribuições volta-

das exclusivamente para a competência dos tribunais de contas estabelecida no

art. 71 da CF/1988.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

É importantíssimo saber que a própria Constituição Federal determinou que aos

membros do Ministério Público junta aos tribunais de contas aplicam-se as dispo-

sições constitucionais, que versam sobre o Ministério Público em geral, quando

pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura (art. 130, CF/1988). O que

também dispõe o art. 186 da Constituição Estadual do Pará.

A Lei Complementar n. 81/2012 estabelece a existência de um Ministério Públi-

co especializado para atuar junto ao Tribunal de Contas do Estado, conforme esti-

pula o art. 8º, sendo afirmado que a organização, a composição e as atribuições,

bem como a investidura, as prerrogativas, os impedimentos e a incompatibilidades

de seus membros, serão estabelecidos em lei orgânica própria.

No caso, a Lei Orgânica do Ministério Público de Contas do Estado do Pará, MPC/

PA, é a Lei Complementar n. 9/1992, recentemente alterada pela Lei Complemen-

tar n. 106/2016.

De agora em diante, detalharei a estrutura organizacional do Tribunal de Contas

do Estado. Para tanto, associarei a lei complementar em estudo com alguns dispo-

sitivos do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Pará.

O Plenário do Tribunal de Contas é dirigido pelo presidente do tribunal e tem

sua competência e o funcionamento regulados no Regimento Interno. Ademais,

o Tribunal Pleno, por maioria absoluta dos conselheiros efetivos, poderá dividir-

-se em câmaras também regulamentadas no Regimento Interno (arts. 9º e 10,

LC n. 81/2012 do Pará).

A maioria absoluta é conceituada pela deliberação no mesmo sentido de mais

da metade de todos os conselheiros. Como o Tribunal de Contas do Estado conta

com sete conselheiros, a maioria absoluta fica caracterizada com a concordância

de quatro deles para que o Tribunal Pleno seja divido em câmaras, já que o número

imediatamente superior à metade (3,5) é 4 (quatro).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Como o principal foco da banca é fazer com que você se confunda, vamos afas-

tar a possibilidade de confundir maioria absoluta com maioria simples.

A maioria simples é caracterizada pela deliberação no mesmo sentido de mais

da metade dos presentes.

Para entendermos melhor o conceito de maioria absoluta, citarei um exemplo.

Exemplo: você mora em um edifício que conta com 10 andares e tem dois apar-

tamentos por andar. Para decidir acerca da possibilidade de possuir ou não animais

de estimação no prédio, o síndico convoca uma assembleia deliberativa e, segundo

o regimento interno, faz-se necessária a aprovação da decisão por maioria absolu-

ta. Nesse caso, é necessário que 11 condôminos (primeiro número inteiro superior

à metade – 20 condôminos: 10 = metade, + 1) decidam no mesmo sentido.

Agora, vamos supor que o estatuto determina que a aprovação da decisão pode

acorrer por maioria simples e no dia da assembleia compareçam apenas 12 condô-

minos. Para que a decisão seja acolhida por todos, é necessário que sete condômi-

nos deliberem no mesmo sentido.

O Título II do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Pará que

trata da organização do Tribunal dispõe, em seu capítulo II, sobre o Tribunal Pleno

e as Câmaras.

Já no art. 12, a competência do Tribunal Pleno é estabelecida, vejamos:

CAPÍTULO II

TRIBUNAL PLENO E CÂMARAS

[...]

Seção I

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Competência do Tribunal Pleno

Art. 12. Compete ao Tribunal Pleno, dirigido por seu Presidente, o que prescreve o
art. 1º, incisos I, II e III, deste Regimento, e ainda:
I – deliberar sobre matéria processual, especialmente sobre:
a) pedido de informação ou solicitação sobre matéria de competência do Tribunal que
lhe seja encaminhado pela Assembleia Legislativa ou por suas Comissões;
b) emissão do alerta, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal;
c) representações recebidas;
d) representação ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados;
e) inspeção extraordinária e auditoria especial;
f) auditoria operacional e outras;
g) conflito de lei ou de ato normativo do Poder Público Estadual com a Constituição, em
matéria de competência do Tribunal;
h) recurso das decisões do Tribunal ou agravo regimental; (NR)
i) pedido de rescisão;
j) consulta sobre matéria de competência do Tribunal;
k) denúncia;
l) aplicação de sanções e adoção de medidas cautelares;
m) instauração de tomadas de contas, de inspeção extraordinária e de auditoria especial;
n) prejulgados, por meio de súmulas;
o) matéria regimental ou de caráter normativo;
II – deliberar sobre matéria administrativa interna, especialmente sobre:
a) proposta do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual do
Tribunal, apresentada pelo Presidente;
b) proposta de acordo de cooperação com entidades governamentais da União, dos Es-
tados, dos Municípios, do Distrito Federal e com entidades civis;
c) cessão de servidor efetivo do Tribunal para outros órgãos públicos;
d) licença ao servidor para tratar de interesse particular;
e) admissão de servidores temporários, na forma da lei;
f) assunto de natureza técnica submetido pelo Presidente;
g) plano de fiscalização, que será apresentado pelo Departamento de Controle Externo
até o dia 1º de dezembro de cada ano, a vigorar no exercício seguinte;
h) agravo referente à matéria administrativa interna; (NR)
i) contratação de serviços de auditoria necessários ao Tribunal;
j) organização e submissão da lista tríplice dos Auditores e Procuradores do Ministério
Público de Contas, para preenchimento do cargo de Conselheiro, na forma da Lei Orgâ-
nica e Regimento deste Tribunal;
k) designação dos Conselheiros Coordenadores;
l) revogado;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

m) outras matérias definidas na Lei Orgânica e neste Regimento.

Atente-se para o fato, aluno(a), de o caput do artigo mencionar que o Tribunal

Pleno é competente para efetuar o que prescreve o art. 1º, incisos I, II e III, do

Regimento Interno, além da atividade de deliberação acerca de matéria processual

e matéria administrativa interna. O artigo mencionado repete as atribuições esta-

belecidas no art. 1º da Lei Complementar n. 81/2012 do Pará, quais sejam:

I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador, mediante parecer prévio,


nos termos do art. 30 desta Lei;
II – julgar as contas:
a) dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos
das unidades dos Poderes do Estado, e das entidades da Administração Indireta, incluí-
das as Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual;
b) daqueles que derem causa à perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
dano ou prejuízo ao Erário.
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade:
a) dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na Administração Direta e Indi-
reta, incluídas as Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão;
b) das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

Esse é o ponto mais importante a ser memorizado por você como competência

do Tribunal Pleno.

Portanto, atenção!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Quanto aos cargos de Presidente e vice-presidente do tribunal, bem como o

de corregedor, a Lei Orgânica do Tribunal de Contas estabelece que todos serão

eleitos por seus pares para mandato de dois anos, permitida uma reeleição em

período consecutivo:

CAPÍTULO III

PRESIDENTE, VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR

Art. 11. O Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor serão eleitos por seus pares,
conforme processo estabelecido no Regimento Interno, para mandato correspondente a
dois anos, permitida a reeleição consecutiva somente para mais um período.
§ 1º O Presidente será substituído em suas ausências e impedimentos na seguinte
ordem: pelo Vice-Presidente, Corregedor e o Conselheiro mais antigo no exercício do
cargo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

§ 2º As competências do Vice-Presidente e do Corregedor serão estabelecidas no


Regimento Interno.
§ 3º Na vacância dos cargos de Presidente, Vice-Presidente e Corregedor será realizada
nova eleição, no prazo de quinze dias.
§ 4º Ocorrendo a vacância com menos de noventa dias do término do mandato, o subs-
tituto assumirá e completará o mandato, na forma estabelecida no Regimento Interno.

O art. 14 do Regimento Interno determina como será realizado o processo de

eleição, que terá como quórum mínimo para a sessão de eleição de, pelo menos,

quatro conselheiros efetivos.

São muitas as atribuições do presidente do tribunal dispostas no art. 12 da Lei

Orgânica em estudo e, além disso, o Regimento Interno amplia sua atuação esta-

belecendo outras atribuições próprias do presidente (art. 15, Regimento Interno):

Art. 12. Compete ao Presidente, dentre outras atribuições estabelecidas no Regimento


Interno:
I – dirigir o Tribunal;
II – dar posse aos Conselheiros, Auditores e servidores do seu quadro de pessoal;
III – expedir atos de nomeação, admissão, exoneração, remoção, dispensa, aposenta-
doria e outros relativos aos servidores do seu quadro de pessoal;
IV – aplicar aos servidores do quadro de pessoal do Tribunal as penalidades cabíveis
decorrentes de sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar;
V – movimentar, diretamente ou por delegação, as dotações e os créditos orçamentá-
rios próprios, e praticar os atos de administração financeira, orçamentária e patrimonial
necessários ao funcionamento do Tribunal;
VI – presidir a Escola de Contas.

Desse modo, uma das competências do vice-presidente é a de auxiliar o pre-

sidente no exercício de suas funções, quando necessário ou por sua solicitação

(art. 17, Regimento Interno).

Visto isso, vamos entender quais são os requisitos e como funciona a escolha

dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Pará. O art. 13 da Lei Orgâ-

nica do Tribunal dispõe sobre os requisitos exigidos para que os brasileiros possam

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

ocupar o cargo de conselheiro do tribunal:

A escolha dos conselheiros é mista, ou seja, parte é feita pelo governador do


estado do Pará e parte pela Assembleia Legislativa, nas seguintes proporções:

Art. 14. Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:


I – três pelo Governador, com aprovação da Assembleia Legislativa, sendo um de
livre escolha, e dois, alternadamente, dentre os Auditores e membros do Ministério Pú-
blico junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios
de antiguidade e merecimento;
II – quatro pela Assembleia Legislativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Como mencionei, dentre as atribuições do tribunal está a de elaborar lista trí-


plice, observados os critérios de antiguidade e merecimento, e encaminhá-la ao
governador para que ele possa escolher, dentre os indicados, um auditor e um
membro do Ministério Público junto ao tribunal, sendo livre a escolha do ter-
ceiro conselheiro que por ele será indicado.
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado terão os mesmos direitos,
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos de-
sembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, sendo aplicadas quanto à apo-
sentadoria e pensão, as normas constantes no art. 40 da Constituição Federal, que
tratam do regime previdenciário dos servidores públicos titulares de cargos efeti-
vos, conforme previsão contida no art. 119, § 2º, da Constituição Estadual.
Os arts. 16 e 17 preveem algumas vedações impostas aos Conselheiros a fim de
evitar que a inobservância do princípio administrativo da impessoalidade, observe:

Art. 16. É vedado ao Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado intervir em processo


de interesse próprio, de cônjuge ou de parentes consanguíneos, ou afins, na linha as-
cendente ou descendente e na linha colateral, até o segundo grau, inclusive.
Art. 17. Os Cargos de Conselheiros não poderão ser ocupados, simultaneamente, por
cônjuges ou parentes consanguíneos, ou afins, na linha reta ou na colateral, até o se-
gundo grau, inclusive.
Parágrafo único. A incompatibilidade decorrente da restrição imposta no caput deste
artigo resolver-se-á:
I – antes da posse, contra o último nomeado ou contra o mais novo, se nomeados na
mesma data;
II – depois da posse, contra o que lhe deu causa;
III – se a ambos imputável, contra o que tiver menos tempo de exercício no Tribunal.

Os conselheiros tomarão posse perante o presidente, em sessão do Tribunal

Pleno, dentro de 30 dias, contados da publicação do ato de nomeação no Diário

Oficial do Estado. Caso haja interesse, o conselheiro poderá solicitar ao presidente

do tribunal a prorrogação do prazo por mais 30 dias. No ato de posse, o conselheiro

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

prestará o compromisso estabelecido no Regimento Interno e apresentará as de-

clarações de bens e de acumulação de cargos (art. 18, LC n. 81/2012).

O art. 19 trata das férias que, após um ano de exercício, serão concedidas aos

conselheiros pelo período de 60 dias por ano, que poderão ser consecutivas ou

divididas em dois períodos de 30 dias cada. As férias individuais não poderão ser

gozadas, simultaneamente, por mais de dois conselheiros.

Nos casos de ausência e impedimentos por motivo de licença, férias ou outro

afastamento legal, o presidente do tribunal convocará auditor para substituir o

conselheiro, que deve utilizar o quesito antiguidade no cargo como critério para a

convocação, se houver empate, será convocado o auditor de maior idade. Também

será convocado auditor para exercer as funções do cargo de conselheiro em caso de

vacância do cargo, até novo provimento. Ademais, o presidente poderá convocar

os auditores para efeito de quórum nas sessões, o que não configura substituição

(art. 20, LC n. 81/2012).

Apenas para refrescar sua memória, vamos relembrar que vacância é quan-

do o cargo público fica vago, ou seja, é desocupado por seu titular. O art. 33 da

Lei n. 8.112/1990 estabelece que a vacância ocorrerá nos casos de: exoneração,

demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacu-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

mulável e falecimento.

Quando o auditor atuar em substituição, terá as mesmas garantias e impedi-

mentos conferida aos conselheiros e, quando no exercício das demais atribuições

de judicatura, as de juiz de Direito de última entrância, conforme o que dispõe o

art. 24 da Lei Orgânica c/c art. 34 do Regimento Interno do Tribunal.

Diferentemente do que ocorre na escolha dos conselheiros, os auditores de-

verão ser submetidos a concurso público de provas e títulos realizado pelo

tribunal, observada a ordem de classificação. O governador é o responsável pela

nomeação dos sete auditores classificados, que devem preencher os requisitos es-

tabelecidos no art. 21 da LC n. 81/2012.

CAPÍTULO V

AUDITORES

Art. 21. Os Auditores, em número de sete, serão nomeados pelo Governador do Estado
mediante concurso público de provas e títulos, realizado pelo Tribunal de Contas do
Estado, observada a ordem de classificação, devendo o candidato preencher os seguin-
tes requisitos:
I – diploma em curso superior referente a conhecimentos jurídicos, contábeis,
econômicos, financeiros ou de Administração Pública;
II – mais de trinta e cinco anos de idade na data da inscrição do concurso;
III – idoneidade moral e reputação ilibada;
IV – dez anos, pelo menos, de efetiva atividade profissional.

Diante da nomeação para ocupar cargo público, o auditor, depois de empossado,

só perderá o cargo por sentença judicial transitada em julgado, ou na hipótese

de incompatibilidade ou impedimento previsto na Lei Orgânica (art. 23).

Portanto, ao auditor compete, como já vimos, substituir os conselheiros e atuar

na sessão para fins de quórum, quando convocado pelo presidente. Friso que os

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

auditores não podem, contudo, votar nem serem votados nas eleições para presi-

dente, vice-presidente e corregedor.

Além disso, os auditores devem, em suma, segundo o art. 35 do Regimento In-

terno: atuar em caráter permanente junto ao Tribunal Pleno ou às câmaras;

presidir e orientar a instrução processual da matéria da qual seja relator; atuar

como relator e propor decisão a ser votada pelos conselheiros, participando da

discussão do processo, bem como determinar a expedição de comunicação de

audiência, citação e notificação, nos processos de sua relatoria; encaminhar

ao Ministério Público de Contas os processos que presidir e orientar a instrução

processual; participar de sindicância e comissão de processo administrativo,

quando designados pela Presidência; auxiliar o presidente, quando designados.

Em relação aos serviços auxiliares, devemos entender apenas, nesse mo-

mento, que integrarão quadro próprio, com a estrutura e atribuições fixadas por

lei, pelo Regimento Interno ou atos normativos do Tribunal Pleno. E, ainda, que os

servidores estão regidos pelo regime estatutário, submetidos ao Estatuto dos Ser-

vidores Públicos Civis do Estado.

A lei orgânica em estudo criou a Escola de Contas que, como o próprio nome

já indica, tem caráter educacional, que visa agregar conhecimento aos servidores

do tribunal e aos gestores públicos.

CAPÍTULO VII

ESCOLA DE CONTAS

Art. 28. Fica criada a Escola de Contas, como unidade administrativa do Tribunal, su-
bordinada diretamente ao Presidente, com as seguintes competências, além de outras
que vierem a ser definidas em ato do Plenário:
I – promover ações de capacitação e qualificação profissional dos servidores do Tribunal;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

II – difundir conhecimentos aos gestores públicos;


III – contribuir para a efetividade do exercício do controle externo.
Parágrafo único. A Escola de Contas terá sua estrutura e organização previstas em ato
do Plenário.

Por fim, a estrutura organizacional do tribunal conta com uma Ouvidoria, que

tem por finalidade o aprimoramento da gestão das ações de controle do tribunal,

contribuindo na defesa da legalidade, legitimidade, economicidade, e demais prin-

cípios aplicáveis à administração pública (art. 29, LC n. 81/2012). Ademais, com-

pete à Ouvidoria o recebimento de sugestão de aprimoramento, crítica, reclamação

ou informação a respeito dos serviços prestados pelo Tribunal de Contas do Estado

do Pará (art. 39, Regimento Interno). Saliento que o funcionamento da Ouvidoria

será regulamentado em ato normativo do tribunal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

RESUMO
O Tribunal de Contas é órgão autônomo/independente que não está vincu-

lado a nenhum dos Poderes da República: Legislativo, Executivo ou Judiciário.

A destinação dada aos recursos públicos deve sempre observar os princípios supre-

macia do interesse público sobre o privado e da indisponibilidade do interesse público.

O Tribunal de Contas auxilia o Poder Legislativo na fiscalização contábil, fi-

nanceira, orçamentária, operacional e patrimonial exercendo o controle externo

da administração pública, voltada para a verificação da legalidade, da legitimidade,

da economicidade, da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas.

Na União e nas entidades da administração direta e indireta, o controle externo

será exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da

União, além do sistema de controle interno de cada um dos Poderes.

Pelo princípio da simetria, a Carta Magna estabeleceu que as normas cons-

titucionais se aplicam, no que couber, aos tribunais de contas dos estados.

Da mesma forma, a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Pará apresenta como

fonte subsidiária aos casos omissos a legislação referente ao Tribunal de Contas

da União e, sucessivamente, o Código de Processo Civil.

Assim como na União, os Poderes do Estado do Pará possuirão sistema de con-

trole interno. Já o controle externo será exercido pela Assembleia Legislativa

exercerá o controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

O Ministério Público junto aos tribunais de contas não compõe a estru-

tura do Ministério Público comum da União e dos estados. As atribuições do

Ministério Público comum não se estendem ao Ministério Público junto aos tribunais

de contas, já que sua atuação está limitada ao controle externo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

O Tribunal de Contas do Estado do Pará é competente para apreciar as contas

prestadas pelo governador, por meio de parecer prévio, que deve ser elabora-

do em 60 dias a contar do seu recebimento, a fim de orientar a Assembleia Legis-

lativa, a quem compete o julgamento.

O Tribunal de Contas do Estado do Pará é competente para julgar as contas dos

administradores e demais responsáveis por recursos públicos.

As entidades de direito privado quando recebem recursos do Estado estão

sujeitas ao controle do Tribunal de Contas, na proporção dos recursos recebidos.

Assim como empresas públicas e sociedades de economia mista, não obstan-

te a aplicação do regime jurídico celetista aos seus funcionários.

A fim de apreciar a legalidade do ato, para fins de registro, compete ao Tri-

bunal de Contas apreciar os atos de admissão de pessoal, excetuadas as nomea-

ções para cargo de provimento em comissão e atos de concessão de aposentadoria,

reformas e pensões.

De ofício ou mediante requerimento, o Tribunal de Contas pode realizar inspe-

ções e auditorias financeiras, nas unidades administrativas dos Poderes Legis-

lativo, Executivo e Judiciário, além dos administradores e demais responsáveis por

recursos públicos, bem como dos destinatários dos recursos públicos repassados

pelo Estado. Deve ainda, fiscalizar o cumprimento das normas relativas à Lei de

Responsabilidade Fiscal.

O Tribunal de Contas do Estado deve prestar contas à Assembleia Legislati-

va, por meio do encaminhamento trimestral de relatório de atividades e das contas

do tribunal encaminhadas anualmente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

A fim de garantir a efetividade de suas decisões e para prevenir lesão ao erário,

ao tribunal é conferido o poder de expedir medidas cautelares. A possibilidade

de determinar a quebra de sigilo bancário não é conferida ao tribunal, contudo,

operações financeiras que envolvam recursos públicos não estão abrangidas pelo

sigilo bancário.

O Tribunal de Contas pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do

poder público (Súmula n. 347, STF).

Além das atividades consultivas, nas quais o órgão deve elaborar pareceres,

pronunciamentos e súmulas, o tribunal possui diversas competências internas que

regem o funcionamento interno do órgão.

A lista tríplice que indicará os membros do Ministério Público junto ao tribunal

e os auditores que poderão ser escolhidos pelo governador para ocupar o cargo de

conselheiros é elaborada pelo Tribunal de Contas.

É conferido ao tribunal poder regulamentar, ficando autorizado a expedir atos

e instruções normativas, a fim de complementar leis administrativas.

A jurisdição conferida ao tribunal, aqui entendida como território a que fica

vinculada a aplicação da lei, afastada, portanto, a ideia de função jurisdicional,

prevê diversas possibilidades em que os recursos públicos são utilizados, seja pelo

próprio Estado, por entidade da administração indireta ou por instituição privada.

O Tribunal de Contas do Estado é composto por sete conselheiros e tem sua

sede na capital do estado, Belém.

A estrutura organizacional do Tribunal de Contas do Estado do Pará é com-

posta pelo Tribunal Pleno, câmaras, Presidência, Vice-Presidência, Corregedoria,

Auditoria, serviços auxiliares, Escola de Contas, e Ouvidoria.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Ao Tribunal Pleno compete, além da atividade de deliberação acerca de ma-

téria processual e matéria administrativa interna, apreciar as contas prestadas pelo

governador, julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por recur-

sos públicos, apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de

pessoal, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, e atos

de concessão de aposentadoria, reformas e pensões.

O presidente, o vice-presidente e o corregedor serão eleitos por seus pares

para mandato de dois anos, permitida uma reeleição em período consecutivo.

São requisitos para que brasileiros possam ocupar o cargo de conselheiro do

Tribunal de Contas do Estado do Pará: mais de 35 e menos de 60 anos de idade; ido-

neidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, eco-

nômicos e financeiros ou de administração pública; mais de 10 anos de exercício de

função ou efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos retromencionados.

Três conselheiros serão escolhidos pelo governador, sendo um de livre escolha,

e dois, alternadamente, dentre os auditores e membros do Ministério Público junto

ao tribunal, indicados em lista tríplice pelo tribunal e quatro pela Assembleia Legis-

lativa. Ainda, terão os mesmos direitos, garantias, prerrogativas, impedimentos,

vencimentos e vantagens dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado.

Nos casos de ausência, impedimentos por motivo de licença, férias ou outro

afastamento legal e no caso de vacância do cargo de conselheiro, o presidente do

tribunal convocará auditor para substituí-lo, observada a antiguidade no cargo e,

se houver empate, convocando o auditor de maior idade. A convocação para efeito

de quórum nas sessões não configura substituição.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Os auditores serão submetidos a concurso público de provas e títulos rea-

lizado pelo tribunal, sendo nomeados sete auditores classificados pelo governador.

Depois de empossado, o auditor só perderá o cargo por sentença judicial tran-

sitada em julgado, ou na hipótese de incompatibilidade ou impedimento previsto

na Lei Orgânica.

São requisitos para ocupar o cargo de auditor do Tribunal de Contas do

Pará: diploma em curso superior referente a conhecimentos jurídicos, contábeis,

econômicos, financeiros ou de administração pública; mais de 35 anos de idade na

data da inscrição do concurso; idoneidade moral e reputação ilibada; 10 anos, pelo

menos, de efetiva atividade profissional.

Os servidores auxiliares integram quadro próprio e são regidos pelo Estatuto

dos Servidores Públicos Civis do Estado.

O tribunal conta com uma Escola de Contas que visa agregar conhecimento

aos servidores do tribunal e aos gestores públicos, bem como garantir a efetividade

do exercício do controle externo.

A Ouvidoria do Tribunal de Contas tem por finalidade o aprimoramento da

gestão das ações de controle do tribunal, bem como o recebimento de sugestão de

aprimoramento, crítica, reclamação ou informação a respeito dos serviços presta-

dos pelo Tribunal de Contas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

MAPA MENTAL

PRESIDÊNCIA PRESIDÊNCIA

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DO TRIBUNAL DE CONTAS DO
VICE-PRESIDÊNCIA CÂMARAS
ESTADO DO PARÁ

CORREGEDORIA AUDITORIA

SERVIÇOS AUXILIARES ESCOLA DE CONTAS

OUVIDORIA

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Julgue os itens a seguir, com relação ao controle dos atos ad-

ministrativos pelo TCE/PE.

O TCE/PE somente pode agir mediante provocação do Ministério Público ou das

demais autoridades financeiras e orçamentárias previstas na Constituição Estadual.

Questão 2    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Julgue os itens a seguir, com relação ao controle dos atos ad-

ministrativos pelo TCE/PE.

Compete ao TCE/PE fiscalizar despesas decorrentes de contratos firmados pelo

poder público.

Questão 3    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Julgue os itens a seguir, com relação ao controle dos atos ad-

ministrativos pelo TCE/PE.

Ao TCE/PE compete fiscalizar as contas dos administradores do estado e dos

municípios.

Questão 4    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Julgue os itens a seguir, com relação ao controle dos atos ad-

ministrativos pelo TCE/PE.

Sujeitam-se à jurisdição do TCE/PE os responsáveis por entidades dotadas de per-

sonalidade jurídica de direito privado que recebam contribuições parafiscais e pres-

tem serviços de interesse público ou social.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 5    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Com relação à Constituição de Pernambuco, julgue os itens

a seguir.

Nos casos de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, compete ao TCE/

PE aplicar aos responsáveis sanções previstas em lei, inclusive, se for o caso, multa

proporcional ao dano causado ao erário.

Questão 6    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Quanto à Lei Orgânica do TCE/PE, julgue os itens subsequentes.

Quando verificada ilegalidade na administração pública estadual, compete ao TCE/

PE assinar prazo para que os órgãos ou entidades em questão adotem providências

necessárias ao cumprimento da lei.

Questão 7    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRIBUNAL REGIONAL DO TRABA-

LHO/2011/ADAPTADA) Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as pro-

vidências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, no

âmbito do Controle Externo Estadual, compete

a) à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Assembleia Legislativa.

b) ao Tribunal de Contas do Estado.

c) ao Ministério Público Estadual.

d) ao Poder Judiciário Estadual.

e) à Assembleia Legislativa.

Questão 8    (QUESTÃO INÉDITA) A Constituição Federal de 1988 prevê que as nor-

mas constitucionais se aplicam, no que couber, aos Tribunais de Contas dos Estados

e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municí-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

pios. Por outro lado, a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará (Lei

Complementar n. 81/2012) prevê que em caso de lacuna da presente Lei, serão

subsidiárias, sucessivamente:

a) a legislação referente ao Tribunal de Contas da União e o Código de Processo Civil.

b) o Código Civil e o Código Tributário Nacional.

c) a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e a Constituição Federal.

d) o Código de Processo Civil e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

e) a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e o Código de Processo Civil.

Questão 9    (CESPE/AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO/TRIBUNAL DE CONTAS ESTADU-

AL-PB/2018) Compete aos tribunais de contas julgar as contas que envolvam re-

cursos financeiros públicos recebidos por

I – pessoa jurídica de direito público.

II – sociedade empresária não integrante da administração pública.

III – gestor público.

IV – pessoa física.

Assinale a opção correta.

a) Apenas os itens I e II estão certos.

b) Apenas os itens I e III estão certos.

c) Apenas os itens II e IV estão certos.

d) Apenas os itens III e IV estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

Questão 10    (CESPE/AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO/TRIBUNAL DE CONTAS ESTA-

DUAL-PB/2018/ADAPTADA) No que tange à fiscalização contábil, financeira e or-

çamentária, julgue os seguintes itens de acordo com a Constituição Estadual do

Estado do Pará.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

I – Na realização da atividade de controle externo do Poder Executivo, cabe ao

Tribunal de Contas do Estado apreciar as contas prestadas anualmente pelo Gover-

nador do Estado.

II – Cabe ao Tribunal de Contas do Estado apreciar concessões de aposentadorias,

reformas e pensões, bem como alterações e melhorias posteriores desses benefícios,

havendo ou não alteração do fundamento legal do ato concessório.

III – O cidadão não possui legitimidade para denunciar diretamente irregularidades

ou ilegalidades ao Tribunal de Contas do Estado, devendo, nesses casos, dirigir-se

ao Ministério Público, que, conforme sua análise, fará o devido encaminhamento

da denúncia.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

Questão 11    (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Acerca do controle da ativida-

de financeira do Estado e do controle exercido pelos tribunais de contas, julgue os

próximos itens.

Compete ao Tribunal de Contas do Estado do Pará, no exercício do controle exter-

no, acompanhar a execução orçamentária das entidades da administração pública

direta e indireta do estado, exceto das fundações públicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 12    (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Acerca do controle da ativida-

de financeira do Estado e do controle exercido pelos tribunais de contas, julgue os

próximos itens.

Compete ao Tribunal de Contas do Estado, entre outras atribuições, representar ao

poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

Questão 13    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Acerca da administração pú-

blica e da organização dos poderes, julgue os itens subsequentes à luz da Consti-

tuição Federal e da Constituição Estadual.

O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar e subordinado ao Poder Legislativo,

cabendo-lhe a prática de atos de natureza administrativa concernentes a fiscalização.

Questão 14    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Com relação ao controle exer-

cido pelo Tribunal de Contas do Estadual (TCE), julgue os itens que se seguem.

Cabe ao TCE fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado,

excetuados aqueles repassados mediante convênio.

Questão 15    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Com relação ao controle exer-

cido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), julgue os itens que se seguem.

Em casos de ilegalidade, é permitido ao TCE, no uso de sua função sancionadora,

fixar prazo para que o órgão ou a entidade adote providências necessárias ao exato

cumprimento da lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 16    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Com relação ao controle exer-

cido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), julgue os itens que se seguem.

Compete ao TCE acompanhar, por meio de auditorias, inspeções e análises, a arre-

cadação da receita a cargo das entidades da administração indireta.

Questão 17    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018) Com relação ao controle exercido pelo

Tribunal de Contas da União (TCU), julgue os itens que se seguem.

É vedado ao TCU apreciar a constitucionalidade de leis e atos do poder público.

Questão 18    (CESPE/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE

CONTAS MUNICIPAL-BA/2018) O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo

e pelo tribunal de contas compreende

a) a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização

da despesa.

b) a economicidade, a fim de verificar a boa utilização dos recursos públicos sem

envolver questões de mérito.

c) os sistemas de controle externo, o qual compete ao Poder Legislativo com o au-

xílio da Controladoria Geral da União.

d) a legitimidade das despesas independentemente da ordem de prioridade esta-

belecida no plano plurianual.

e) a avaliação da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 19    (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/DEPARTAMENTO DE POLÍ-

CIA FEDERAL/2018) Julgue os seguintes itens, relativos ao controle da adminis-

tração pública.

A fiscalização contábil, orçamentária, operacional e patrimonial da administração

pública federal sob os aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade integra

o controle externo exercido pelo Poder Legislativo Federal com o auxílio do TCU.

Questão 20    (CESPE/ANALISTA MINISTERIAL/MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL-PI/

2018) São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,

o Executivo e o Judiciário. Essa independência, todavia, não é absoluta porque há

institutos de ingerência mútua, como é o caso das medidas provisórias editadas

pelo Poder Executivo, do controle orçamentário realizado pelo Poder Legislativo e

da apreciação de ações diretas de inconstitucionalidade por omissão, entre outras,

pelo Poder Judiciário.

A respeito desse assunto, julgue os itens subsequentes.

A fiscalização contábil, financeira e orçamentária dos entes públicos, mediante controle

externo, compete ao Poder Legislativo, com auxílio dos respectivos tribunais de contas.

Questão 21    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL-PE/2017) Considerando o funcionamento e as atribuições do Poder Ju-

diciário e do Poder Legislativo, bem como as normas referentes à fiscalização con-

tábil, financeira e orçamentária, julgue os itens a seguir.

Deve-se observar a regra do quinto constitucional na composição dos tribunais de

contas estaduais, os quais são constituídos por sete conselheiros, dos quais quatro

são escolhidos pela assembleia legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo es-

tadual, cabendo a este indicar um auditor e um membro do Ministério Público, além

de um terceiro membro a seu critério.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 22    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL-PE/2017) Julgue os itens subsequentes, relativos aos princípios fun-

damentais, aos direitos e deveres individuais e coletivos, aos direitos sociais e à

fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

Constitui prerrogativa constitucional dos tribunais de contas o acesso a dados re-

lacionados a operações financiadas com recursos públicos, as quais não estão pro-

tegidas pelo direito à inviolabilidade da intimidade e da vida privada das pessoas

consolidado, por exemplo, na garantia ao sigilo bancário.

Questão 23    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL-PE/2017) Julgue os itens subsequentes, relativos aos princípios fun-

damentais, aos direitos e deveres individuais e coletivos, aos direitos sociais e à

fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

Embora não tenham poder para anular ou sustar contratos administrativos, os tri-

bunais de contas têm competência para determinar à autoridade administrativa

que promova a anulação do contrato e, se pertinente, da licitação da qual ele

houver se originado.

Questão 24    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL-PA/2016) A respeito do controle, do acompanhamento da execução or-

çamentária e da avaliação do planejamento governamental, julgue os seguintes

itens. No âmbito federal, o titular do controle externo é o Tribunal de Contas da

União; no âmbito estadual, é o tribunal de contas do estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 25    (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TRIBUNAL DE JUSTIÇA-AM/2016/ADAP-

TADA) Sabendo que o controle externo a cargo da Assembleia Legislativa é exerci-

do com o auxílio do TCE (Tribunal de Contas do Estado), assinale a opção correta.

a) deverá o TCE sustar, diretamente, a execução de atos e de contratos impug-

nados, devendo comunicar a decisão à Assembleia Legislativa e solicitar ao Poder

Executivo que adote as medidas cabíveis.

b) O TCE deve encaminhar, mensalmente, à Assembleia Legislativa relatório de

suas atividades.

c) O TCE é competente para julgar as contas dos administradores e demais respon-

sáveis por valores públicos da administração direta e indireta, tendo eficácia de título

executivo as decisões desse tribunal das quais resulte imputação de débito ou multa.

d) compete ao TCE apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admis-

são de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, inclusive no-

meações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de

aposentadorias, reformas e pensões.

e) O TCU fiscalizará as contas nacionais de empresas supranacionais apenas

quando houver participação direta da União em seu capital social, nos termos do

tratado constitutivo.

Questão 26    (CESPE/AUDITOR/TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL-RN/2015) No

que se refere à organização dos poderes, ao controle de constitucionalidade e às

funções essenciais à justiça, julgue os itens a seguir, considerando entendimentos

dos tribunais superiores.

Aos membros do Ministério Público junto ao tribunal de contas estadual aplicam-se

os mesmos direitos, vedações e formas de investidura dos promotores de justiça,

uma vez que estão vinculados, em termos administrativos, ao respectivo Ministério

Público estadual.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 27    (CESPE/ASSESSOR TÉCNICO DE INFORMÁTICA/TRIBUNAL REGIONAL

ELEITORAL/2015/ADAPTADA) A respeito das entidades fiscalizadoras superiores e

dos sistemas de controle na administração pública brasileira, julgue os itens a seguir.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) não exerce uma função jurisdicional em rela-

ção às contas do Governador do Estado, pois aquele não julga pessoas, mas contas,

e suas decisões não fazem coisa julgada, visto que são de cunho administrativo. Na

função de órgão auxiliar do Poder Legislativo, o TCE apenas emite parecer técnico

a respeito das contas.

Questão 28    (CESPE/ANALISTA LEGISLATIVO/ÁREA CONSULTOR LEGISLATIVO/

CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) Com relação às atribuições da União, julgue os

itens que se seguem. Nesse sentido, considere que a sigla CF, sempre que empre-

gada, se refere à Constituição Federal de 1988.

Consoante a CF, competem exclusivamente ao Congresso Nacional a fiscalização e

o controle dos atos do Poder Executivo, cabendo-lhe, inclusive, escolher os minis-

tros do Tribunal de Contas da União.

Questão 29    (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPOR-

TES/AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS/2014/ADAPTADA) No

que se refere aos tipos de controle e atuação dos tribunais de contas, julgue os

itens que se seguem.

O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido na fiscalização da

administração direta e indireta do Estado, incluindo-se as sociedades de economia

mista, em que há gestão de recursos privados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 30    (QUESTÃO INÉDITA) Quanto ao Tribunal de Contas do Estado, assina-

le a alternativa incorreta:

a) Para que brasileiros possam ocupar o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas

do Estado do Pará faz-se necessário o preenchimento de alguns requisitos, quais

sejam: mais de 35 (trinta e cinco) anos e menos de 60 (sessenta) anos de idade;

idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,

econômicos e financeiros ou de administração pública; mais de 10 (dez) anos de

exercício de função ou efetiva atividade profissional que exija conhecimentos jurí-

dicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública.

b) O Tribunal de Contas do Estado será composto por 7 (sete) Auditores, que serão

a concurso público de provas e títulos realizado pelo Tribunal, sendo que a nomea-

ção é feita pelo Governador do Estado.

c) Os cargos de Presidente, Vice-Presidente e de Corregedor serão preenchidos

através de eleição por seus pares para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma

reeleição em período consecutivo.

d) O Tribunal de Contas do Estado do Pará é composto pelo Tribunal Pleno, Câ-

maras, Presidência, Vice-Presidência, Corregedoria, Auditoria, Serviços Auxiliares,

Escola de Contas, e Ouvidoria.

e) São requisitos para ocupar o cargo de Auditor do Tribunal de Contas do Pará:

diploma em curso superior referente a conhecimentos jurídicos, contábeis, econô-

micos, financeiros ou de Administração Pública; mais de 35 (trinta e cinco) anos

de idade na data da inscrição do concurso; idoneidade moral e reputação ilibada; 5

(cinco) anos, pelo menos, de efetiva atividade profissional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

GABARITO
1. E 25. c

2. C 26. E

3. C 27. C

4. C 28. E

5. C 29. C

6. C 30. e

7. b

8. a

9. e

10. a

11. E

12. C

13. E

14. E

15. C

16. C

17. E

18. a

19. C

20. C

21. E

22. C

23. C

24. E

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Julgue os itens a seguir, com relação ao controle dos atos ad-

ministrativos pelo TCE/PE.

O TCE/PE somente pode agir mediante provocação do Ministério Público ou das

demais autoridades financeiras e orçamentárias previstas na Constituição Estadual.

Errado.

A questão trata do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, todavia, o en-

tendimento é no mesmo sentido quando se trata do Tribunal de Contas do Estado

do Pará. Assim, devemos entender que o Tribunal de Contas é órgão autônomo e

independente que não está vinculado a nenhum dos Poderes da República: Legisla-

tivo, Executivo ou Judiciário, possuindo, inclusive, atribuição para executar procedi-

mentos de ofício, como inspeções e auditorias (art. 1º, IV, da Lei Complementar n.

81/2012): “IV – realizar, por iniciativa própria, ou por solicitação da Assembleia

Legislativa, de sua Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de

natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial [...]”. Como

bem menciona o exemplo apresentado acima, é evidente que a atuação do Tribunal

de Contas do Estado pode ser provocada.

Desse modo, o erro da questão consiste em afirmar que o Tribunal de Contas do

Estado poderá atuar somente mediante provocação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 2    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Julgue os itens a seguir, com relação ao controle dos atos ad-

ministrativos pelo TCE/PE.

Compete ao TCE/PE fiscalizar despesas decorrentes de contratos firmados pelo po-

der público.

Certo.

A questão trata do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, todavia, o enten-

dimento é no mesmo sentido quando se trata do Tribunal de Contas do Estado do

Pará. A jurisdição conferida ao Tribunal, entendida como território a que fica vin-

culada a aplicação da lei prevê diversas possibilidades em que os recursos públicos

são utilizados, sendo assim, abrange os responsáveis pela aplicação de quaisquer

recursos repassados pelo Estado mediante contrato, convênio, acordo, ajuste ou

outros instrumentos congêneres, conforme art. 6º, VII, da Lei Complementar

n. 81/2012 do Pará.

Questão 3    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Julgue os itens a seguir, com relação ao controle dos atos ad-

ministrativos pelo TCE/PE.

Ao TCE/PE compete fiscalizar as contas dos administradores do estado e dos

municípios.

Certo.

A questão trata do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, todavia, o enten-

dimento é no mesmo sentido quando se trata do Tribunal de Contas do Estado do

Pará, já que o art. 1º, II, a, da Lei Complementar n. 81/2012 do Pará apresenta a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

competência do Tribunal de Contas para fiscalizar as contas dos administrado-

res e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos das unidades dos

Poderes do Estado, e das entidades da administração indireta, incluídas as funda-

ções e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público estadual.

Acrescenta-se que o § 1º do art. 31 da Constituição Federal dispõe que: “o contro-

le externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de

Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos

Municípios, onde houver”.

Questão 4    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Julgue os itens a seguir, com relação ao controle dos atos ad-

ministrativos pelo TCE/PE.

Sujeitam-se à jurisdição do TCE/PE os responsáveis por entidades dotadas de per-

sonalidade jurídica de direito privado que recebam contribuições parafiscais e pres-

tem serviços de interesse público ou social.

Certo.

A questão trata do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, todavia, o enten-

dimento é no mesmo sentido quando se trata do Tribunal de Contas do Estado do

Pará, pois é cobrada a literalidade do art. 6º, IV, da Lei Complementar n. 81/2012.

Assim, como dito no decorrer da nossa primeira aula, a jurisdição do Tribunal

abrange: “IV – os responsáveis por entidades dotadas de personalidade jurí-

dica de direito privado que recebam contribuições parafiscais e prestem serviço

de interesse público ou social”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 5    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE PER-

NAMBUCO/2004) Com relação à Constituição de Pernambuco, julgue os itens a seguir.

Nos casos de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, compete ao TCE/

PE aplicar aos responsáveis sanções previstas em lei, inclusive, se for o caso, multa

proporcional ao dano causado ao erário.

Certo.

A questão trata do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, todavia, o en-

tendimento é no mesmo sentido quando se trata do Tribunal de Contas do Estado

do Pará. Observe que a banca seleciona algumas particularidades da Lei Orgânica

do Tribunal de Contas e cobra o conhecimento da literalidade da lei, logicamente,

associando diversos dispositivos. A afirmativa acima está fundamentada no inciso

VIII do art. 1º da Lei Complementar n. 81/2012, que afirma que confere ao Tribu-

nal de Contas o poder para “VIII – aplicar aos responsáveis as sanções previstas

nesta Lei”; combinado com o art. 81, que estabelece como uma das modalidades

de sanção a multa, que pode ser aplicada de forma isolada ou cumulativa com as

demais. Além disso, o art. 82 determina que, quando restar configurado dano ao

erário, independentemente do ressarcimento, poderá o tribunal aplicar multa de

até 100% do valor atualizado do dano causado ao erário estadual.

Questão 6    (CESPE/AUDITOR DE CONTAS/TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO/2004) Quanto à Lei Orgânica do TCE/PE, julgue os itens subsequentes.

Quando verificada ilegalidade na administração pública estadual, compete ao TCE/

PE assinar prazo para que os órgãos ou entidades em questão adotem providências

necessárias ao cumprimento da lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Certo.

Em que pese a questão tratar do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, tal

assertiva aplica-se ao Tribunal de Contas do Estado do Pará, uma vez que foram

reproduzidos os exatos termos do art. 1º, IX, da Lei Complementar n. 81/2012 do

Pará: “IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências

necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade”. Como vimos

no decorrer da aula, o Tribunal de Contas poderá, a fim de garantir a efetividade

de suas decisões e para prevenir lesão ao erário, expedir medidas cautelares.

Questão 7    (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRIBUNAL REGIONAL DO TRABA-

LHO/2011/ADAPTADA) Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as pro-

vidências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, no

âmbito do Controle Externo Estadual, compete

a) à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Assembleia Legislativa.

b) ao Tribunal de Contas do Estado.

c) ao Ministério Público Estadual.

d) ao Poder Judiciário Estadual.

e) à Assembleia Legislativa.

Letra b.

Quando a questão falar em controle externo, fique atento(a), as únicas duas possi-

bilidades de atuação em âmbito estadual são exercidas pela Assembleia Legislativa,

com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado. Apenas com esse conhecimento

conseguimos eliminar as alternativas “a” e “d”. O Ministério Público que atua pe-

rante o Tribunal de Contas não possui atribuição para assinar prazo para que órgão

ou entidade adote as providências necessárias ao cumprimento da lei, limitando-se

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

a requerer ao Tribunal do Estado medidas e providências, conforme a competência

estabelecida no art. 11 da Lei Orgânica do Ministério Público de Contas do Estado

do Pará. Incorreta, portanto, a alternativa “c”.

Por fim, as competências da Assembleia Legislativa estão definidas nos arts. 91 e

92 da Constituição Estadual do Pará e lá não há menção acerca do enunciado da

questão. Assim, a alternativa “e” também está incorreta e o gabarito da ques-

tão é a alternativa “b”, conforme estabelece o art. 1º, IX, da Lei Complementar

n. 81/2012: “IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências

necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade”.

Questão 8    (QUESTÃO INÉDITA) A Constituição Federal de 1988 prevê que as nor-

mas constitucionais se aplicam, no que couber, aos Tribunais de Contas dos Estados

e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municí-

pios. Por outro lado, a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará (Lei

Complementar n. 81/2012) prevê que em caso de lacuna da presente Lei, serão

subsidiárias, sucessivamente:

a) a legislação referente ao Tribunal de Contas da União e o Código de Processo Civil.

b) o Código Civil e o Código Tributário Nacional.

c) a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e a Constituição Federal.

d) o Código de Processo Civil e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

e) a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e o Código de Processo Civil.

Letra a.

O objetivo da questão é confundir você, candidato(a). Apesar de nenhuma das

alternativas contar com a inversão da ordem correta, atente-se para o fato de o

enunciado exigir que a subsidiariedade ocorra de modo sucessivo, ou seja, em ca-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

sos omissos, a solução é buscada na legislação referente ao Tribunal de Con-

tas da União, caso não seja frutífera a aplicação subsidiária, deve-se recorrer

ao Código de Processo Civil, conforme determina o art. 104 da Lei Complemen-

tar n. 81/2012 do Pará. Desse modo, a alternativa “a” é o gabarito da questão.

Além disso, perceba que Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União não é a

mesma coisa de legislação referente ao Tribunal de Contas da União, este último

termo é muito mais abrangente, já que a própria Constituição Federal de 1988 tem

seção exclusiva que trata da fiscalização contábil, financeira e orçamentária que

será exercida pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União.

Ademais, a Constituição Federal deve subsidiar as demais normas do ordenamen-

to jurídico brasileiro, devendo ser utilizada como fundamento de validade, já que

é a fonte primária do Direito e, seguindo a doutrina de Kelsen, a Constituição fica

no vértice da pirâmide legislativa, sendo que nenhuma lei infraconstitucional pode

contrariá-la. Com isso, eliminamos as alternativas “c” e “e”.

Já a alternativa “d”, ao mencionar a Lei de Responsabilidade Fiscal, exige o co-

nhecimento de que o Tribunal de Contas do Estado é competente para fiscalizar o

cumprimento das normas relativas à Lei de Responsabilidade Fiscal. Todavia, não

há aplicação dessa norma em caso de lacuna.

Perceba o absurdo da alternativa “b”, que menciona a aplicação do Código Civil

e do Código Tributário Nacional, que em nada se relacionam com a matéria em es-

tudo. Caso você utilizasse o método de eliminação, essa seria a primeira alternativa

a ser eliminada com veemente certeza.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 9    (CESPE/AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO/TRIBUNAL DE CONTAS ESTADU-

AL-PB/2018) Compete aos tribunais de contas julgar as contas que envolvam re-

cursos financeiros públicos recebidos por

I – pessoa jurídica de direito público.

II – sociedade empresária não integrante da administração pública.

III – gestor público.

IV – pessoa física.

Assinale a opção correta.

a) Apenas os itens I e II estão certos.

b) Apenas os itens I e III estão certos.

c) Apenas os itens II e IV estão certos.

d) Apenas os itens III e IV estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

Letra e.

A jurisdição do Tribunal de Contas do Estado do Pará é disposta no art. 6º da Lei

Complementar n. 81/2012 e todos os citados nos incisos da questão estão no rol

de jurisdição do Tribunal, vejamos:

Art. 6º A jurisdição do Tribunal abrange:


I – qualquer pessoa física, órgão ou entidade a que se refere o art. 1º, inciso II
(administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos das uni-
dades dos Poderes do Estado, e das entidades da Administração Indireta, incluídas as
Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual; aqueles que
derem causa à perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ou prejuízo
ao Erário), que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens
e valores públicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, as-
suma obrigações de natureza pecuniária;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 10    (CESPE/AGENTE DE DOCUMENTAÇÃO/TRIBUNAL DE CONTAS ESTA-

DUAL-PB/2018/ADAPTADA) No que tange à fiscalização contábil, financeira e or-

çamentária, julgue os seguintes itens de acordo com a Constituição Estadual do

Estado do Pará.

I – Na realização da atividade de controle externo do Poder Executivo, cabe ao

Tribunal de Contas do Estado apreciar as contas prestadas anualmente pelo Gover-

nador do Estado.

II – Cabe ao Tribunal de Contas do Estado apreciar concessões de aposentadorias,

reformas e pensões, bem como alterações e melhorias posteriores desses benefícios,

havendo ou não alteração do fundamento legal do ato concessório.

III – O cidadão não possui legitimidade para denunciar diretamente irregularidades ou

ilegalidades ao Tribunal de Contas do Estado, devendo, nesses casos, dirigir-se ao Minis-

tério Público, que, conforme sua análise, fará o devido encaminhamento da denúncia.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

Letra a.

A questão tratava do Tribunal de Contas da União. Fiz as adaptações necessárias,

já que é viável a aplicação do conteúdo cobrado em relação às normas do Tribunal

de Contas do Estado do Pará. Assim, vamos analisar todos os incisos apresentados

pela questão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

I – Certo. Como vimos e frisamos na nossa aula, o Tribunal de Contas do Esta-

do é competente para apreciar as contas prestadas anualmente pelo governador.

Nesse caso, cabe à Assembleia Legislativa julgá-las (art. 1º, I, Lei Complementar

n. 81/2012).

II – Errado. Menciona que, havendo ou não alteração do fundamento legal do ato

concessório, cabe ao Tribunal de Contas do Estado apreciar concessões de aposen-

tadorias, reformas e pensões. A alínea b do inciso III do art. 1º da Lei Complemen-

tar n. 81/2012 ressalva as melhorias posteriores que não alterem o fundamento

legal do ato concessório.

III – Errado. Considerando a determinação do art. 39 da Lei Complementar n.

81/2012, que dispõe: “qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é

parte legítima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de

Contas do Estado”.

Questão 11    (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Acerca do controle da ativida-

de financeira do Estado e do controle exercido pelos tribunais de contas, julgue os

próximos itens.

Compete ao Tribunal de Contas do Estado do Pará, no exercício do controle exter-

no, acompanhar a execução orçamentária das entidades da administração pública

direta e indireta do estado, exceto das fundações públicas.

Errado.

Repare, concurseiro(a), a importância do art. 1º da lei complementar em estudo,

a banca organizadora faz diversas pegadinhas sobre o tema. Nessa questão, o erro

encontra-se ao dispor que o Tribunal de Contas do Estado do Pará, no exercí-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

cio do controle externo, não pode acompanhar a execução orçamentária das


fundações públicas, contrariando o que dispõe o inciso III, alínea a: “dos admi-
nistradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos das uni-
dades dos Poderes do Estado, e das entidades da Administração Indireta, incluídas
as Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual”.

Questão 12    (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-


DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Acerca do controle da ativida-
de financeira do Estado e do controle exercido pelos tribunais de contas, julgue os
próximos itens.
Compete ao Tribunal de Contas do Estado, entre outras atribuições, representar ao
poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

Certo.
Mais uma vez estamos diante da literalidade da norma, a lei complementar que esmiu-
çamos nesta primeira aula, estabelece as atribuições do Tribunal de Contas do Estado
do Pará e, dentre as diversas previstas, encontra-se a competência para representar
ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, indicando o ato in-
quinado e definindo responsabilidades (art. 1º, XI, Lei Complementar n. 81/2012).

Questão 13    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-


DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Acerca da administração pú-
blica e da organização dos poderes, julgue os itens subsequentes à luz da Consti-
tuição Federal e da Constituição Estadual.
O Tribunal de Contas da União é órgão auxiliar e subordinado ao Poder Legislativo,

cabendo-lhe a prática de atos de natureza administrativa concernentes a fiscalização.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Errado.

Já no início da aula, esclareci que o Tribunal de Contas é órgão autônomo, inde-

pendente, que não está vinculado a nenhum dos Poderes da República previstos

no art. 2º da Constituição Federal: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judi-

ciário. Então, errada está a afirmação de que há subordinação entre o Tribunal de

Contas e o Poder Legislativo.

Questão 14    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Com relação ao controle exer-

cido pelo Tribunal de Contas do Estadual (TCE), julgue os itens que se seguem.

Cabe ao TCE fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado,

excetuados aqueles repassados mediante convênio.

Errado.

A Lei Complementar n. 81/2012 é abrangente ao tratar dos recursos públicos. São

previstas as mais variadas formas de destinação da coisa pública, sendo assim,

não está afastada a fiscalização por parte do Tribunal de Contas do Estado dos

recursos repassados pelo Estado mediante convênio, ao contrário, o inciso V do

art. 1º prevê outras formas de repasse: “V – fiscalizar a aplicação de quaisquer

recursos repassados pelo Estado mediante convênio, acordo, ajuste ou outros

instrumentos congêneres”.

Questão 15    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Com relação ao controle exer-

cido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), julgue os itens que se seguem.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Em casos de ilegalidade, é permitido ao TCE, no uso de sua função sancionadora,

fixar prazo para que o órgão ou a entidade adote providências necessárias ao exato

cumprimento da lei.

Certo.

É exatamente o que prescreve o inciso IX do art. 1º da lei complementar em aná-

lise. Note que as questões se repetem ao longo das provas realizadas pela banca,

devemos priorizar, com isso, os temas mais cobrados. Mais uma vez, acrescento

que, a fim de garantir a efetividade de suas decisões e para prevenir lesão ao erá-

rio, o Tribunal de Contas poderá expedir medidas cautelares. Como exemplo,

cito a sustação de ato impugnado.

Questão 16    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-

DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018/ADAPTADA) Com relação ao controle exer-

cido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), julgue os itens que se seguem.

Compete ao TCE acompanhar, por meio de auditorias, inspeções e análises, a arre-

cadação da receita a cargo das entidades da administração indireta.

Certo.

A Constituição do Estado do Pará disciplina:

Art. 115. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial


do Estado e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pela Assembleia Legislativa, mediante controle externo, e pelo sistema de con-
trole interno de cada Poder.
Art. 116. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas do Estado [...].

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

No mesmo sentido é a determinação do art. 1º da Lei Complementar n. 81/2012,


II, a, que estabelece a competência do Tribunal de Contas para julgar as contas
“dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públi-
cos das unidades dos Poderes do Estado, e das entidades da Administração
Indireta, incluídas as Fundações e Sociedades instituídas e mantidas pelo
Poder Público Estadual”.
Além disso, há o posicionamento da Corte Suprema (STF) no sentido de que as
empresas públicas e sociedades de economia mista estão sujeitas à fiscalização do
Tribunal de Contas do Estado:

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. TRIBUNAL


DE CONTAS DA UNIÃO. ART. 71, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. FISCALIZA-
ÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. POSSIBI-
LIDADE. IRRELEVÂNCIA DO FATO DE TEREM OU NÃO SIDO CRIADAS POR LEI. ART. 37,
XIX, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. ASCENSÃO FUNCIONAL ANULADA PELO TCU APÓS
DEZ ANOS. ATO COMPLEXO. INEXISTÊNCIA. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. ART. 54
DA LEI N. 9.784/99. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA BOA-FÉ.
SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. As empresas públicas e as sociedades de economia
mista, entidades integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fisca-
lização do Tribunal de Contas, não obstante a aplicação do regime jurídico ce-
letista aos seus funcionários. Precedente [MS n. 25.092, Relator o Ministro CARLOS
VELLOSO, DJ de 17.3.06]. 2. A circunstância de a sociedade de economia mista não ter
sido criada por lei não afasta a competência do Tribunal de Contas. São sociedades de
economia mista, inclusive para os efeitos do art. 37, XIX, da CB/88, aquelas – anôni-
mas ou não – sob o controle da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal ou
dos Municípios, independentemente da circunstância de terem sido criadas por lei. Pre-
cedente [MS n. 24.249, de que fui Relator, DJ de 3.6.05]. [...] Ordem concedida. (MS
26117, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 20/05/2009, DJe-208
DIVULG 05-11-2009 PUBLIC 06-11-2009 EMENT VOL-02381-03 PP-00590 RIP v. 11, n.
58, 2009, p. 253-267).

Questão 17    (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CONTROLA-


DORIA GERAL DO MUNICÍPIO-PB/2018) Com relação ao controle exercido pelo
Tribunal de Contas da União (TCU), julgue os itens que se seguem.

É vedado ao TCU apreciar a constitucionalidade de leis e atos do poder público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Errado.

Preliminarmente, registro que não adaptei a presente questão. Devemos nos lem-

brar de que as regras referentes ao Tribunal de Contas da União são complemen-

tares às regras do Tribunal de Contas do Estado, sendo aplicadas sempre que

cabíveis. Quanto ao tema da questão, saliento que o Supremo Tribunal Federal

editou súmula no sentido de que o Tribunal de Contas pode, no exercício de suas

atribuições de instituição responsável pela fiscalização da coisa pública, apreciar a

constitucionalidade das leis e dos atos do poder público (Súmula n. 347, STF).

Questão 18    (CESPE/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE

CONTAS MUNICIPAL-BA/2018) O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo

e pelo tribunal de contas compreende

a) a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização

da despesa.

b) a economicidade, a fim de verificar a boa utilização dos recursos públicos sem

envolver questões de mérito.

c) os sistemas de controle externo, o qual compete ao Poder Legislativo com o au-

xílio da Controladoria Geral da União.

d) a legitimidade das despesas independentemente da ordem de prioridade esta-

belecida no plano plurianual.

e) a avaliação da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

Letra a.

a) Certa. O art. 70, caput, da Constituição Federal de 1988, dispõe que a fiscaliza-

ção realizada pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas, tem como

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

objeto a legalidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicação das subvenções e

a renúncia de receitas. A legalidade do ato é atingida quando observados os dita-

mes legais sobre determinado assunto.

b) Errada. O erro consiste na afirmação de que não será analisado o mérito do

ato administrativo de aplicação dos recursos públicos, o que ocorre é justamente

o contrário: a economicidade refere-se ao mérito do ato, no qual será avaliado o

custo/benefício do ato administrativo.

c) Errada. Como já decoramos, não é mesmo!?, o sistema de controle externo é

exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas e não da Con-

troladoria-Geral da União.

d) Errada. Quanto ao Plano Plurianual, é uma competência típica da Assembleia

Legislativa (art. 91, II, da Constituição Estadual do Pará).

e) Errada. Por fim, o Tribunal de Contas só pode atuar em face de entidades de

direito privado quando estas receberem recursos do Estado e, nesse caso, a fisca-

lização limita-se aos valores recebidos.

Questão 19    (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/DEPARTAMENTO DE POLÍ-

CIA FEDERAL/2018) Julgue os seguintes itens, relativos ao controle da adminis-

tração pública.

A fiscalização contábil, orçamentária, operacional e patrimonial da administração

pública federal sob os aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade integra

o controle externo exercido pelo Poder Legislativo Federal com o auxílio do TCU.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Certo.

A Constituição Federal de 1988 prevê duas espécies de fiscalização contábil, finan-

ceira e orçamentária dos recursos federais: controle interno exercido por cada

um dos Poderes da República, Legislativo, Executivo e Judiciário, e controle ex-

terno que, como menciona o enunciado da questão, será a fiscalização contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da

administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,

aplicação das subvenções e renúncia de receitas, que é exercida pelo Congresso

Nacional, com o apoio do Tribunal de Contas da União (arts. 70 e 71, CF/1988).

No âmbito do estado do Pará, a Constituição, nos arts. 115 e 116, disciplina que a

fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado

e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimida-

de, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida

pela Assembleia Legislativa, mediante controle externo, e pelo sistema de

controle interno de cada Poder.

Art. 116. O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas do Estado [...].

Questão 20    (CESPE/ANALISTA MINISTERIAL/MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL-

-PI/2018) São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislati-

vo, o Executivo e o Judiciário. Essa independência, todavia, não é absoluta porque

há institutos de ingerência mútua, como é o caso das medidas provisórias editadas

pelo Poder Executivo, do controle orçamentário realizado pelo Poder Legislativo e

da apreciação de ações diretas de inconstitucionalidade por omissão, entre outras,

pelo Poder Judiciário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

A respeito desse assunto, julgue os itens subsequentes.

A fiscalização contábil, financeira e orçamentária dos entes públicos, mediante

controle externo, compete ao Poder Legislativo, com auxílio dos respectivos tri-

bunais de contas.

Certo.

A República Federativa do Brasil prevê duas possibilidades de controle sobre a

destinação dada aos recursos públicos. O controle interno, exercido por cada um

dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) e o controle externo a cargo do

Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas.

Sobre as atividades desenvolvidas pelos poderes públicos, devemos ter em men-

te que a atividade típica do Poder Executivo é o desempenho das atividades de

governo, de comandar a ação estatal. Por sua vez, ao Poder Judiciário compe-

te, como atividade típica, exercer a função jurisdicional, que nada mais é do que

a atividade de solucionar conflitos e de aplicar o direito ao caso concreto, sendo o

único Poder capaz de vincular sua decisão, fazendo coisa julgada material quanto

ao tema decidido. Portanto, quando os Poderes Executivo e Legislativo atuam no

mediante controle interno da destinação dada à coisa pública, estão exercendo

função atípica.

Em relação ao Poder Legislativo, precisamos entender que suas funções típicas

são a de legislar, ou seja, desenvolver normas jurídicas, bem como a de fiscali-

zar, manifestada por meio da fiscalização contábil, financeira e orçamentária. As-

sim, diferente dos demais, é função típica do Legislativo, juntamente com a função

legislativa, a realização de controle externo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 21    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL-PE/2017) Considerando o funcionamento e as atribuições do Poder Ju-

diciário e do Poder Legislativo, bem como as normas referentes à fiscalização con-

tábil, financeira e orçamentária, julgue os itens a seguir.

Deve-se observar a regra do quinto constitucional na composição dos tribunais de

contas estaduais, os quais são constituídos por sete conselheiros, dos quais quatro

são escolhidos pela assembleia legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo es-

tadual, cabendo a este indicar um auditor e um membro do Ministério Público, além

de um terceiro membro a seu critério.

Errado.

O erro da questão encontra-se na primeira parte do enunciado, que afirma que

a composição dos tribunais de contas estaduais deve observar a regra do quinto

constitucional.

Bom, inicialmente, explico que o mecanismo do quinto constitucional é uma re-

gra aplicada a tribunais brasileiros específicos, que determina que um quinto

dos cargos será composto de membros do Ministério Público e de advogados,

ambos com mais de 10 anos de atividade jurídica e, aos advogados, que possu-

am notório saber jurídico e reputação ilibada, sendo que dentre eles não está o

Tribunal de Contas, por ausência de determinação constitucional nesse sentido.

Vejamos os artigos que determinam a utilização da regra do quinto constitucional

são: art. 94 da CF/1988 – tribunais regionais federais (c/c art. 107, I, CF/1988),

tribunais dos estados e do Distrito Federal e territórios; art. 111-A, I, CF/1988 – Tri-

bunal Superior do Trabalho; art. 115, I, CF/1988 – tribunais regionais do trabalho.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Desse modo, afastada a aplicação da regra do quinto constitucional, o enunciado

está correto ao afirmar que os tribunais de contas estaduais são constituídos

por sete conselheiros, sendo que quatro são escolhidos pela assembleia legis-

lativa e três pelo chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar

um auditor e um membro do Ministério Público, além de um terceiro membro a seu

critério, conforme determina o art. 75, parágrafo único, da CF/1988, bem como o

art. 7º c/c art. 14 da Lei Complementar n. 81/2012, além, é claro, da súmula do

STF citada na nossa aula: n. 653.

Questão 22    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL-PE/2017) Julgue os itens subsequentes, relativos aos princípios fun-

damentais, aos direitos e deveres individuais e coletivos, aos direitos sociais e à

fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

Constitui prerrogativa constitucional dos tribunais de contas o acesso a dados re-

lacionados a operações financiadas com recursos públicos, as quais não estão pro-

tegidas pelo direito à inviolabilidade da intimidade e da vida privada das pessoas

consolidado, por exemplo, na garantia ao sigilo bancário.

Certo.

Como mencionei no decorrer da aula, a banca adora o tema de sigilo bancário para

formular pegadinhas. Atente-se ao fato de que o Tribunal de Contas pode utilizar-se

de medidas cautelares a fim de prevenir lesão ao erário e garantir a efetividade de

suas decisões. Já a medida cautelar de quebra de sigilo bancário não é es-

tendida ao Tribunal de Contas, sendo exclusiva do Poder Judiciário e do Poder

Legislativo, em situações excepcionais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Ressalto, contudo, que operações financeiras que envolvam recursos públi-

cos não estão abrangidas pelo sigilo bancário previsto na Lei Complementar n.

105/2001, sendo assim, é garantido ao Tribunal de Contas o poder de requisitar

informações relativas a recursos públicos.

Nesse sentido, é o posicionamento do Supremo Tribunal Federal: MS 33340, Rela-

tor(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 26/05/2015, PROCESSO ELE-

TRÔNICO DJe-151 DIVULG 31-07-2015 PUBLIC 03-08-2015.

Questão 23    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL-PE/2017) Julgue os itens subsequentes, relativos aos princípios fun-

damentais, aos direitos e deveres individuais e coletivos, aos direitos sociais e à

fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

Embora não tenham poder para anular ou sustar contratos administrativos, os tri-

bunais de contas têm competência para determinar à autoridade administrativa

que promova a anulação do contrato e, se pertinente, da licitação da qual ele

houver se originado.

Certo.

O Tribunal de Contas conta com um leque de medidas que poderá utilizar a fim de

garantir efetividade às suas decisões. Além delas, a Lei Complementar n. 81/2012,

no art. 1º, prevê a possibilidade de comunicação ao Poder Legislativo: “XII – comu-

nicar à Assembleia Legislativa para que promova a sustação dos contratos impug-

nados, decidindo a respeito se não forem adotadas as medidas cabíveis”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 24    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL-PA/2016) A respeito do controle, do acompanhamento da execução or-

çamentária e da avaliação do planejamento governamental, julgue os seguintes

itens. No âmbito federal, o titular do controle externo é o Tribunal de Contas da

União; no âmbito estadual, é o tribunal de contas do estado.

Errado.

Olha a pegadinha! Não misture as atribuições. O exercício do controle externo em

âmbito federal é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal

de Contas da União, conforme trata o art. 71, caput, da Constituição Federal de

1988. Do mesmo modo, tendo em vista o princípio da simetria, no âmbito esta-

dual, o controle externo é exercido pela Assembleia Legislativa, com o auxílio

do Tribunal de Contas do Estado do Pará, seguindo a determinação disciplinada

no art. 116, caput, da Constituição do Estado do Pará. Portanto, os titulares do

controle externo em âmbito federal e estadual são, respectivamente, o Congresso

Nacional e a Assembleia Legislativa.

Questão 25    (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TRIBUNAL DE JUSTIÇA-AM/2016/ADAP-

TADA) Sabendo que o controle externo a cargo da Assembleia Legislativa é exerci-

do com o auxílio do TCE (Tribunal de Contas do Estado), assinale a opção correta.

a) deverá o TCE sustar, diretamente, a execução de atos e de contratos impug-

nados, devendo comunicar a decisão à Assembleia Legislativa e solicitar ao Poder

Executivo que adote as medidas cabíveis.

b) O TCE deve encaminhar, mensalmente, à Assembleia Legislativa relatório de

suas atividades.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

c) O TCE é competente para julgar as contas dos administradores e demais res-

ponsáveis por valores públicos da administração direta e indireta, tendo eficácia

de título executivo as decisões desse tribunal das quais resulte imputação de

débito ou multa.

d) compete ao TCE apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admis-

são de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, inclusive no-

meações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de

aposentadorias, reformas e pensões.

e) O TCU fiscalizará as contas nacionais de empresas supranacionais apenas

quando houver participação direta da União em seu capital social, nos termos do

tratado constitutivo.

Letra c.

A questão original versava sobre o Tribunal de Contas da União, fiz as adaptações

para que aplicássemos a legislação referente ao nosso concurso, já que a banca

poderá utilizar questões já elaboradas apenas adaptando-as.

a) Errada. Veja que a alternativa apresenta diversas informações erradas, a primei-

ra quando afirma que o TCE poderá sustar, diretamente, a execução de contratos

impugnados. Sabemos que cabe ao tribunal, nesse caso, apenas comunicar à Assem-

bleia Legislativa para que esta promova a sustação dos contratos impugnados, nos

termos do art. 1º, XII, da Lei Complementar n. 81/2012. Registro, porém, que quan-

to aos atos administrativos impugnados, realmente deve o tribunal sustar, se

não atendido, a execução do ato, comunicando a decisão à Assembleia Legislativa

(art. 1º, X). Além disso, não há necessidade e previsão legal de que o Poder Executivo

adote qualquer medida se verificadas irregularidades nos atos ou contratos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

b) Errada. O erro consiste na afirmação de que o relatório das atividades do Tribunal

de Contas do Estado deve ser encaminhado mensalmente. Pois bem, sabemos que

o Tribunal de Contas deve prestar à Assembleia Legislativa, por meio do encaminha-

mento trimestral das atividades do tribunal (art. 92, Constituição do Estado do Pará).

c) Certa. Realmente, o Tribunal de Contas do Estado é competente para julgar as

contas dos administradores e demais responsáveis por valores públicos da adminis-

tração direta e indireta (art. 1º, II, a, LC n. 81/2012), tendo eficácia de título exe-

cutivo as decisões desse tribunal das quais resulte imputação de débito ou multa

(art. 63, LC n. 81/2012).

d) Errada. As nomeações para cargo de provimento em comissão não estão incluí-

das no rol de atos de admissão de pessoal sujeitos à apreciação da legalidade, para

fins de registro, do Tribunal de Contas do Estado. A averiguação por parte do tribunal

acerca da legalidade do ato de admissão de pessoal, a qualquer título, na administra-

ção direta e indireta, para fins de registro, bem como a das concessões de aposen-

tadorias, reformas e pensões, limita-se à análise do mérito do ato administrativo

e, por essa razão, é que são excluídas da apreciação do tribunal as nomeações para

cargo de provimento em comissão, uma vez que esse ato, tanto de nomeação

quanto de exoneração, é de livre motivação (art. 37, II e V, CF/1988 – ad nutum).

e) Errada. Por fim, o art. 71, V, da Constituição Federal de 1988, dispõe que o con-

trole externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tri-

bunal de Contas da União, ao qual compete: “V – fiscalizar as contas nacionais das

empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta

ou indireta, nos termos do tratado constitutivo”. É errado dizer, dessa forma, que

as contas nacionais de empresas supranacionais somente serão fiscalizadas pelo

Tribunal de Contas da União quando houver participação direta da União em seu

capital social, nos termos do tratado constitutivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 26    (CESPE/AUDITOR/TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL-RN/2015) No

que se refere à organização dos poderes, ao controle de constitucionalidade e às

funções essenciais à justiça, julgue os itens a seguir, considerando entendimentos

dos tribunais superiores.

Aos membros do Ministério Público junto ao tribunal de contas estadual aplicam-se

os mesmos direitos, vedações e formas de investidura dos promotores de justiça,

uma vez que estão vinculados, em termos administrativos, ao respectivo Ministério

Público estadual.

Errado.

Tratamos desse assunto na nossa aula, em que pese versar, principalmente, sobre

o Tribunal de Contas do Estado do Pará. Repare que o concurso em que a questão

foi aplicada era para auditor do Tribunal de Contas Estadual e foram cobrados co-

nhecimentos acerca do Ministério Público, assim, o contrário tem grandes chances

de ocorrer e na sua prova os conhecimentos referentes ao TCE serem exigidos pela

banca. Portanto, atenção ao conteúdo das nossas aulas.

Selecionei essa questão justamente pelo fato de o Ministério Público de Contas ser,

assim como o Tribunal de Contas do Estado, autônomo e independente, uma vez

que a instituição não integra o Ministério Público da União e, nem mesmo, o Minis-

tério Público estadual, como sugere a questão. A atuação do Ministério Público jun-

to aos tribunais de contas está limitada ao controle externo apresentado no art. 71

da Constituição Federal de 1988.

Devemos entender que apenas as questões pertinentes a direitos, vedações

e forma de investidura dispostas na seção da Constituição que trata do Ministé-

rio Público em geral aplicam-se ao Ministério Público junto aos tribunais de contas,

em conformidade com o art. 130 da CF/1988, bem como art. 186 da Constituição

Estadual do Pará.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 27    (CESPE/ASSESSOR TÉCNICO DE INFORMÁTICA/TRIBUNAL REGIONAL

ELEITORAL/2015/ADAPTADA) A respeito das entidades fiscalizadoras superiores e

dos sistemas de controle na administração pública brasileira, julgue os itens a seguir.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) não exerce uma função jurisdicional em rela-

ção às contas do Governador do Estado, pois aquele não julga pessoas, mas contas,

e suas decisões não fazem coisa julgada, visto que são de cunho administrativo. Na

função de órgão auxiliar do Poder Legislativo, o TCE apenas emite parecer técnico

a respeito das contas.

Certo.

A banca examinadora costuma inverter os verbos julgar e apreciar. O Tribunal de

Contas do Estado deverá apreciar as contas prestadas pelo chefe do Poder Execu-

tivo, o governador, emitindo parecer prévio que orientará a Assembleia Legisla-

tiva, que, por sua vez, possui competência para julgá-las. Então, não se esqueça:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 28    (CESPE/ANALISTA LEGISLATIVO/ÁREA CONSULTOR LEGISLATIVO/

CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) Com relação às atribuições da União, julgue os

itens que se seguem. Nesse sentido, considere que a sigla CF, sempre que empre-

gada, se refere à Constituição Federal de 1988.

Consoante a CF, competem exclusivamente ao Congresso Nacional a fiscalização e

o controle dos atos do Poder Executivo, cabendo-lhe, inclusive, escolher os minis-

tros do Tribunal de Contas da União.

Errado.

A escolha dos ministros do Tribunal de Contas da União é mista, conforme determi-

na o § 2º do art. 73 da Constituição Federal de 1988:

§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:


I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo
dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tri-
bunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e
merecimento;
II – dois terços pelo Congresso Nacional.

Assim, é prerrogativa do chefe do Poder Executivo participar da escolha dos ministros.

De igual modo, a escolha dos conselheiros que comporão o Tribunal de Contas do

Estado também é mista, ou seja, parte é feita pelo governador do estado do Pará

e parte pela Assembleia Legislativa, nas seguintes proporções:

Art. 14. Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão escolhidos:


I – três pelo Governador, com aprovação da Assembleia Legislativa, sendo um de
livre escolha, e dois, alternadamente, dentre os Auditores e membros do Ministério
Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os crité-
rios de antiguidade e merecimento;
II – quatro pela Assembleia Legislativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 29    (CESPE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPOR-

TES/AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS/2014/ADAPTADA) No

que se refere aos tipos de controle e atuação dos tribunais de contas, julgue os

itens que se seguem.

O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, é exercido na fiscalização da

administração direta e indireta do Estado, incluindo-se as sociedades de economia

mista, em que há gestão de recursos privados.

Certo.

Há decisão do Supremo Tribunal Federal no sentido de que entidades integrantes

da administração indireta, inclusive empresas públicas e sociedades de econo-

mia mista, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas:

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. TRIBUNAL


DE CONTAS DA UNIÃO. ART. 71, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. FISCALIZA-
ÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. POSSIBI-
LIDADE. IRRELEVÂNCIA DO FATO DE TEREM OU NÃO SIDO CRIADAS POR LEI. ART. 37,
XIX, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. ASCENSÃO FUNCIONAL ANULADA PELO TCU APÓS
DEZ ANOS. ATO COMPLEXO. INEXISTÊNCIA. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. ART. 54
DA LEI N. 9.784/99. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA BOA-FÉ.
SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. As empresas públicas e as sociedades de economia
mista, entidades integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fisca-
lização do Tribunal de Contas, não obstante a aplicação do regime jurídico ce-
letista aos seus funcionários. Precedente [MS n. 25.092, Relator o Ministro CARLOS
VELLOSO, DJ de 17.3.06]. 2. A circunstância de a sociedade de economia mista não ter
sido criada por lei não afasta a competência do Tribunal de Contas. São sociedades de
economia mista, inclusive para os efeitos do art. 37, XIX, da CB/88, aquelas – anônimas
ou não – sob o controle da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal ou dos Mu-
nicípios, independentemente da circunstância de terem sido criadas por lei. Precedente
[MS n. 24.249, de que fui Relator, DJ de 3.6.05]. [...] Ordem concedida.
(MS 26117, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 20/05/2009, DJe-
208 DIVULG 05-11-2009 PUBLIC 06-11-2009 EMENT VOL-02381-03 PP-00590 RIP v.
11, n. 58, 2009, p. 253-267).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Questão 30    (QUESTÃO INÉDITA) Quanto ao Tribunal de Contas do Estado, assina-

le a alternativa incorreta:

a) Para que brasileiros possam ocupar o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas

do Estado do Pará faz-se necessário o preenchimento de alguns requisitos, quais

sejam: mais de 35 (trinta e cinco) anos e menos de 60 (sessenta) anos de idade;

idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,

econômicos e financeiros ou de administração pública; mais de 10 (dez) anos de

exercício de função ou efetiva atividade profissional que exija conhecimentos jurí-

dicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública.

b) O Tribunal de Contas do Estado será composto por 7 (sete) Auditores, que serão

a concurso público de provas e títulos realizado pelo Tribunal, sendo que a nomea-

ção é feita pelo Governador do Estado.

c) Os cargos de Presidente, Vice-Presidente e de Corregedor serão preenchidos

através de eleição por seus pares para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma

reeleição em período consecutivo.

d) O Tribunal de Contas do Estado do Pará é composto pelo Tribunal Pleno, Câ-

maras, Presidência, Vice-Presidência, Corregedoria, Auditoria, Serviços Auxiliares,

Escola de Contas, e Ouvidoria.

e) São requisitos para ocupar o cargo de Auditor do Tribunal de Contas do Pará:

diploma em curso superior referente a conhecimentos jurídicos, contábeis, econô-

micos, financeiros ou de Administração Pública; mais de 35 (trinta e cinco) anos

de idade na data da inscrição do concurso; idoneidade moral e reputação ilibada; 5

(cinco) anos, pelo menos, de efetiva atividade profissional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 84
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL
Lei Complementar n. Lei Complementar n. 81/2012
(Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará) - Parte I

Prof.ª Cínthia Biesek

Letra e.

a) Certa. Apresenta os exatos termos do art. 13 da Lei Orgânica do Tribunal (Lei

Complementar n. 81/2012), que dispõe sobre os requisitos exigidos para que os

brasileiros possam ocupar o cargo de conselheiro do tribunal:

I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;


II – idoneidade moral e reputação ilibada;
III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de Ad-
ministração Pública;
IV – mais de dez anos de exercício de função ou efetiva atividade profissional que exija
os conhecimentos mencionados no inciso anterior.

b) Certa. O art. 21 estabelece que os auditores, em número de sete, serão nome-

ados pelo governador do mediante concurso público de provas e títulos, realizado

pelo Tribunal de Contas do Estado.

c) Certa. A literalidade do art. 11 determina que o presidente, o vice-presidente e

o corregedor serão eleitos por seus pares para mandato de dois anos, permitida a

reeleição consecutiva somente para mais um período. O processo como ocorrerá a

eleição é estabelecido no Regimento Interno do Tribunal de Contas.

d) Certa. Apresenta a exata estrutura organizacional do Tribunal de Contas do

Estado do Pará.

e) Errada. Um dos requisitos para ocupar o cargo de auditor do Tribunal de Contas

do Pará é ter cinco anos, pelo menos, de efetiva atividade profissional? Ao certo, são

10 anos, pelo menos, de efetiva atividade profissional (art. 21, IV, LC n. 81/2012).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 84
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 84
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 84

Você também pode gostar