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Aula 02

Legislação Especial p/ PC-PA -


Pós-Edital

Autor:
Luiz Gustavo Vieira
Aula 02

1 de Dezembro de 2020

91752094387 - Eduardo Pereira Chaves


Luiz Gustavo Vieira
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Sumário
Apresentação da aula ............................................................................................................................ 2
1. Introdução e Disposições Gerais da Lei .............................................................................................. 3
1.1. Processo e Procedimento ........................................................................................................ 4
1.2. Disposições Gerais da Lei ........................................................................................................ 5
2. Princípios, Atos, Direitos e Deveres dos Administrados ..................................................................... 7
2.1. Princípios da Administração Pública Paraense ........................................................................... 7
2.2. Atos Administrativos ................................................................................................................. 16
2.3. Direitos e Deveres dos Administrados....................................................................................... 19
3. Fases e Características do Processo Administrativo ........................................................................ 22
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3.1. Início e Interessados no Processo .............................................................................................. 22
3.2. Competência ............................................................................................................................. 25
3.3. Impedimento e Suspeição ......................................................................................................... 28
3.4. Forma, Tempo, Lugar e Comunicação dos Atos do Processo ................................................... 29
3.5. Instrução Processual ................................................................................................................. 34
3.5.1. Audiência Pública e Consulta Pública ................................................................................ 35
3.5.2. Provas no processo administrativo .................................................................................... 37
3.5.3. Pareceres, Encerramento da Instrução e Decisão do Processo ......................................... 38
3.6. Anulação, Revogação e Convalidação ...................................................................................... 43
3.7. Recurso Administrativo, Reconsideração e Revisão ................................................................. 47
3.8. Prazos e Sanções ....................................................................................................................... 52
4. Normas Aplicáveis a Procedimentos Específicos ............................................................................. 54
4.1. Procedimento de Invalidação.................................................................................................... 54
4.2. Procedimento de Justificação ................................................................................................... 56
4.3. Procedimento de Outorga ......................................................................................................... 57
4.4. Procedimento Sancionatório ..................................................................................................... 59
4.5. Procedimento de Reparação de Danos ..................................................................................... 64
5. Disposições Finais............................................................................................................................. 69
Questões Comentadas ......................................................................................................................... 71
Lista de Questões ............................................................................................................................... 116
Gabarito ............................................................................................................................................. 132

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APRESENTAÇÃO DA AULA
Olá, amigos do Estratégia Concursos, tudo bem?
Nesta segunda aula do curso de Legislação Especial para o concurso da Polícia Civil do Estado do
Pará, iremos estudar a Lei Estadual nº 8.972, publicada em 13 de janeiro de 2020. Essa lei regula o
processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará.
Perceba que se trata de uma lei bastante recente! Por conta disso, a lei ainda não foi exigida em
muitos concursos, fazendo com que o estoque de questões já aplicadas em provas de concursos seja
bastante reduzido.
Com isso, trouxemos na nossa lista de questões algumas adaptações de cobranças já feitas pelo
Instituto AOCP em outros concursos estaduais. Pegamos questões de outros Estados e
contextualizamos às previsões da lei paraense.
Além disso, como de costume, elaboramos algumas questões inéditas para reforçar a aprendizagem
dos tópicos que entendemos serem os mais relevantes. Tomamos sempre o cuidado de respeitar o
estilo da banca que, neste caso, opta mais por exigir o conhecimento da literalidade da lei.
Você vai perceber que em nossa aula nós fizemos uma abordagem detalhada da lei, mencionando
quase todos os 144 artigos da norma. Preste sempre muita atenção aos destaques e esquemas
visuais que usamos na aula! Eles sempre contêm assuntos de grande probabilidade de serem
cobrados em prova.
Lembre-se sempre que a banca se apega muito à redação da lei, por isso a nossa preocupação de
transcrever trechos da lei ao longo do livro digital.
É isso, pessoal! Se houver qualquer dúvida a respeito do assunto que aqui trataremos, não hesite em
entrar em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas.
Um grande abraço e, sem mais delongas, mãos à obra!
Luiz Gustavo Vieira.

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1. INTRODUÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS DA LEI


A Lei Estadual nº 8.972, de 13 de janeiro de 2020, regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública do Estado do Pará. Em outras palavras, é a Lei Estadual de Processo
Administrativo (LEPA). Para fins didáticos e para facilitar nosso estudo, dividiremos a abordagem da
lei em duas grandes partes.
A primeira parte, que vai do artigo 1º ao artigo 85, traz as normas gerais aplicáveis ao processo
administrativo estadual. Tais dispositivos, se não houver outra disposição legal específica, aplicam-
se a todo e qualquer processo estadual.
Aqueles que já estudaram a Lei Federal nº 9.784/99, que trata do processo administrativo no âmbito
da Administração Pública Federal, certamente vão notar uma grande semelhança entre a norma
federal e essa primeira parte da Lei Estadual nº 8.972/20.
Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de estudar a lei federal, não há problema algum!
Abordaremos todo o conteúdo aqui em nossa aula.
Já a segunda parte da lei, compreendida entre os artigos 86 e 138, traz normas aplicáveis a alguns
procedimentos específicos, a saber: invalidação, justificação, outorga, sanções e reparação de danos.
Sendo assim, esse conjunto de artigos somente se aplicará a cada espécie de procedimento que
iremos verificar adiante.
Os artigos 139 a 144 veiculam as disposições finais da lei e são aplicáveis aos processos
administrativos em geral.
Pois bem, a existência da LEPA tem amparo no art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal,
transcritos a seguir:

Art. 5º, CF/88:

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral


são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;

A partir desses dispositivos da Constituição, nota-se que a premissa da LEPA é assegurar, no âmbito
administrativo, a observância aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla
defesa. Além disso, a lei também se volta a balizar a atuação da Administração Pública,
estabelecendo prazos e condições para o exercício de suas competências e para a produção de atos
administrativos.
Aliás, esta é uma dica valiosa para seus estudos também em direito administrativo: a LEPA tem
artigos relevantes para o estudo dos atos administrativos. Veremos esses artigos mais à frente.

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Aproveitando que falamos em produção de atos administrativos, repare nessa interessante definição
de processo administrativo dada por Edmir Netto de Araújo1:

Assim como a lei é o resultado de vários atos encadeados em sequência lógica em


direção a esse objetivo (processo legislativo); da mesma forma como a sentença é
o resultado do processo judicial, também o ato administrativo é o resultado de um
processo (em sentido lato) administrativo, integrado por seus vários passos.

Perceba, então, que o processo administrativo serve para viabilizar a prática de um ato
administrativo. O processo administrativo está para o ato administrativo assim como o processo
legislativo está para a lei, e assim como o processo judicial está para a sentença.
Todavia, é importante pontuar desde já que a lei, em vários momentos, faz referência a "processo"
e a "procedimento". Antes de iniciarmos nosso estudo da lei propriamente, é relevante entendermos
o que cada expressão significa.

1.1. Processo e Procedimento

Em que pese a confusão prática entre ambas as expressões, já que muitas vezes ambas são
empregadas como sinônimas, é possível distinguir e definir cada uma delas.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho2, o processo seria a relação jurídica integrada por algumas
pessoas, que nela exercem várias atividades direcionadas para determinado fim. O processo seria,
portanto, um objetivo a ser atingido.
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro3, o processo é indispensável para o exercício da função
administrativa, abarcando toda a atividade da Administração realizada para produzir um ato final.
Por outro lado, o procedimento, no entendimento da mesma autora, seria o conjunto de
formalidades que devem ser observadas para a prática de certos atos administrativos. São os ritos,
a forma de proceder. Portanto, os procedimentos se desenvolvem dentro de um processo
administrativo.
José dos Santos Carvalho Filho destaca que o procedimento é o meio, o instrumento, a dinâmica.
Enfim, tudo o que for necessário para se alcançar a finalidade do processo.
Odete Medauar4 registra que procedimento é termo que se refere ao encadeamento de atos que
objetiva alcançar uma decisão, sendo que processo implica, além do liame entre atos, vínculos
jurídicos entre sujeitos, englobando direitos, deveres, poderes e faculdades integrantes de uma
relação jurídica processual onde se atua sob o prisma do contraditório, ou seja, que o processo,
diferentemente do procedimento, engloba o respeito a garantias individuais.

1
Curso de direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 872.
2
Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2017, p. 1033.
3
Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2020
4
Direito administrativo moderno. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 164.

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Diante dos ensinamentos mencionados, podemos esquematizar da seguinte forma:

Processo Procedimento

Envolve a ideia de uma Rito ou formalidades


relação jurídica a serem observadas

Atos encadeados
É um objetivo a ser
para a produção de
alcançado
uma decisão final

Desenvolvido com
respeito às garantias
individuais

1.2. Disposições Gerais da Lei

Note que o artigo 1º da LEPA já faz menção a ambas as expressões (processo e procedimento). Elas
irão se repetir em muitos outros artigos da lei, como veremos ao longo de nossa aula. Vejamos o
artigo 1º a seguir:

Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo, seus
atos e procedimentos, no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta do
Estado do Pará, inclusive das pessoas jurídicas controladas ou mantidas pelo Poder
Executivo Estadual, visando, em especial, à proteção dos direitos dos
administrados, atendimento do interesse público e melhor cumprimento dos fins
da Administração.

Parágrafo único. Os preceitos desta Lei se aplicam também aos Poderes Legislativo
e Judiciário do Estado do Pará, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de
Contas do Estado e Tribunal de Contas dos Municípios, quando no desempenho
de função administrativa.

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As finalidades da LEPA são:

Proteção dos direitos dos administrados, o atendimento do interesse público e o


melhor cumprimento dos fins da Administração.

Perceba que a lei se aplica aos processos administrativos NÃO SÓ do Poder Executivo, aplicando-se
também ao âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário quando estes exercerem atipicamente a
função administrativa. Além deles, a lei também se aplica ao Ministério Público, Defensoria Pública
e aos dois Tribunais de Contas existentes no Pará.

(AOCP - TRE/AC - 2015 - Adaptada) Os Poderes Legislativo e Judiciário, que são independentes, têm
regras próprias para o processo administrativo, não se sujeitando, em qualquer hipótese, à Lei nº
8.972/20, que se aplica apenas ao Poder Executivo.
Comentários:
Conforme o art. 1º da LEPA, a lei se aplica também aos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado do
Pará, quando no desempenho de função administrativa. Questão errada.

Antes de passarmos ao próximo tópico, vale notar que o artigo 2º da LEPA traz as definições de órgão,
entidade e autoridade:

Órgão – a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Direta do Estado do


Pará;

Entidade – a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica da estrutura da


Administração Indireta do Estado do Pará, inclusive pessoas jurídicas controladas ou
mantidas pelo Poder Executivo Estadual;

Autoridade – o agente público dotado de poder de decisão.

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Note que, segundo a definição da lei, os órgãos públicos são somente aqueles que integram a
Administração Direta do Pará. Logo, não há órgãos nas entidades da Administração Indireta do Pará
(autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas).
Apesar de a lei não registrar isso expressamente, é bom lembrar que o administrado é o cidadão,
sujeito de direitos e deveres exercidos perante a Administração.

Órgão público integra apenas a Administração Direta do Pará, não abrangendo a


Administração Indireta.

2. PRINCÍPIOS, ATOS, DIREITOS E DEVERES DOS


ADMINISTRADOS

2.1. Princípios da Administração Pública Paraense

Antes de estudarmos especificamente os princípios da Administração Pública trazidos pela LEPA, vale
relembrar os princípios da Administração expressos em nossa Constituição Federal, especificamente
no caput do artigo 37:

Art. 37, CF/88:

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:

Portanto, Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência são os princípios


expressos constitucionais da Administração Pública brasileira, formando o famoso mnemônico
LIMPE.
Além deles, a própria Constituição Federal apresenta diversos outros princípios implícitos, extraídos
da interpretação que se faz dos seus dispositivos. Saindo da Constituição Federal e analisando a
legislação infraconstitucional, pode-se também identificar a existência de outros princípios expressos
e implícitos em leis.
A LEPA do Pará é um desses casos: seu artigo 3º veicula os princípios expressos da Administração
Pública daquele Estado. Sendo assim, é muito importante que você memorize esses princípios. Além

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de serem de suma importância para a aplicação no âmbito do processo administrativo paraense,


podem ser exigidos em sua literalidade pelo examinador na sua prova.
Os princípios expressos do artigo 3º da LEPA são os seguintes:

A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da:


Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Probidade
Finalidade
Motivação
Cooperação
Razoabilidade
Proporcionalidade
Ampla Defesa
Contraditório
Segurança Jurídica
Duração Razoável do Processo
Supremacia do Interesse Público
Indisponibilidade do Interesse Público

Note que destacamos, em vermelho, que a lei admite a existência de outros princípios além daqueles
expressos no artigo 3º. Esses outros fazem parte daquilo que a doutrina costuma nomear de
princípios implícitos, extraídos a partir da interpretação de dispositivos da lei.
Nesse sentido, o artigo 4º da LEPA já traz alguns desses outros princípios existentes. Esse artigo possui
quinze incisos, os quais reproduziremos um a um e teceremos alguns comentários a respeito. Vamos
iniciar pelo caput e pelo inciso I:

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Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes


critérios:

I – atuação conforme a lei e o Direito;

O caput da lei, ao fazer menção aos critérios, deixa claro que os incisos do artigo são padrões a serem
seguidos pelos agentes nos processos administrativos.
A atuação conforme a lei e o Direito consagra aquilo que se conhece como princípio da juridicidade.
Ou seja, não basta a Administração respeitar o direito positivo, a literalidade dos textos normativos.
Há que se observar também os princípios e todas as normas que fazem parte do ordenamento
jurídico.
Logo, a juridicidade é mais abrangente do que o princípio da legalidade.

II – atendimento a finalidades de interesse geral, vedada a renúncia total ou


parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;

O inciso II faz alusão ao atendimento a finalidades de interesse geral. Em outras palavras, a atuação
da Administração tem como mote a satisfação das necessidades coletivas.
Note que, neste inciso, a LEPA menciona "interesse geral" ao invés de "interesse público". Todavia, é
totalmente possível interpretar que a lei existe para garantir a satisfação do interesse público. Não
pode ser outra a finalidade da atuação administrativa a não ser essa satisfação. Logo, com esse
raciocínio, podemos aproximar o atendimento a finalidades de interesse geral ao princípio da
finalidade.
Na sua parte final, o inciso II traz uma importantíssima regra: a vedação a renúncia total ou parcial
de poderes ou competências. O raciocínio é o seguinte: se a Administração Pública só pode atuar de
acordo com a lei, em razão do princípio da legalidade, significa dizer que o agente administrativo
somente poderá atuar de acordo com a competência extraída da lei. É a lei que determina o campo
de atuação da autoridade administrativa. Dessa forma, não pode ela desistir, renunciar ou abrir mão
de algo que foi previsto pela lei. Somente a lei pode possibilitar eventual renúncia de poderes ou
competências.

III – objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção e


interesse pessoal de agentes ou autoridades;

Este inciso reforça o princípio da impessoalidade, na medida em que expressamente veda a


promoção e interesse pessoal de agentes ou autoridades. Repare que a lei fala em objetividade no
atendimento do interesse público, afastando da atuação administrativa critérios baseados em
aspectos pessoais ou subjetivos: a atuação deve primar pela satisfação ao interesse público.

IV – atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro, honestidade e boa-fé;

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O inciso IV menciona a probidade, princípio expresso no artigo 3º. Além disso, ao também destacar
decoro, honestidade e boa-fé, a LEPA reforça o princípio da moralidade, deixando claro que a
atuação da Administração Pública tem valores ético-jurídicos inafastáveis em sua atuação.
Vale frisar que qualquer atuação que afronte tais valores é viciada e deve ser desfeita por anulação,
podendo inclusive caracterizar improbidade administrativa.

V – divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo


previstas na Constituição;

O inciso V faz referência à regra geral de publicidade dos atos administrativos. O sigilo é excepcional,
portanto. Vale lembrar que a publicação dos atos administrativos é um requisito de eficácia: para
que os atos administrativos produzam efeitos, é necessário dar a devida publicidade a eles.

VI – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições


e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento
do interesse público;

Ao mencionar a adequação entre meios e fins, a LEPA alude ao princípio da proporcionalidade em


sentido estrito. Significa dizer que a Administração deve atuar dentro de uma justa medida a partir
do caso concreto. As ações administrativas não podem ser excessivas nem brandas demais, mas sim
na medida necessária para a melhor consecução do interesse público.

VII – indicação dos pressupostos de fato e de direito que fundamentarem a


decisão, com a devida comprovação dos motivos determinantes no ato ou no
processo;

Indicar os pressupostos de fato e de direito significa a aplicação prática do princípio da motivação.


É importante frisar que motivação é diferente do elemento do motivo do ato administrativo: este
último abrange os pressupostos de fato e de direito que embasaram a atuação da Administração. Já
a motivação consiste em indicar ou tornar público quais foram esses pressupostos.
O artigo 62 da LEPA traz importantes dispositivos acerca da motivação dos atos administrativos,
conforme veremos adiante em nossa aula.

VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos


administrados;

IX – adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de


certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;

Os incisos VIII e IX podem ser abordados em conjuntos, porquanto ambos asseguram a aplicação do
princípio do formalismo necessário (ou informalismo). A forma do ato administrativo deve ser
simples, não devendo haver uma valorização demasiada dos aspectos formais a ponto de desidratar
a essência ou o seu aspecto material.

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Sabemos que a essência, a razão de ser do ato administrativo é atender ao interesse público. Por
outro lado, o ato deve ter uma forma, mas essa forma não pode se sobrepor ao conteúdo do ato.
Portanto, devem ser adotadas e exigidas as formas estritamente necessárias e previstas em lei, sem
aspectos supérfluos ou desnecessários para dar efetividade à atuação administrativa.
Sobre o informalismo, assim leciona José dos Santos Carvalho Filho5 (grifos nossos):

O princípio do informalismo significa que, no silêncio da lei ou de atos


regulamentares, não há para o administrador a obrigação de adotar excessivo
rigor na tramitação dos processos administrativos, tal como ocorre, por exemplo,
nos processos judiciais. Ao administrador caberá seguir um procedimento que seja
adequado ao objeto específico a que se destinar o processo. Se um administrado,
por exemplo, formula algum requerimento à Administração, e não havendo lei
disciplinadora do processo, deve o administrador impulsionar o feito, devidamente
formalizado, pelos demais órgãos que tenha competência relacionada ao
requerimento, e ainda, se for o caso, comunicar ao requerente a necessidade de
fornecer outros elementos, ou de trazer novos documentos, e até mesmo o
resultado do processo. Enfim, o que é importante no princípio do informalismo é
que os órgãos administrativos compatibilizem os trâmites do processo
administrativo com o objeto a que é destinado.

Entretanto, como bem observa Diógenes Gasparini, não pode o informalismo


servir de pretexto ao desleixo, com os administradores fazendo tramitar o
processo sem a devida numeração, com falta de folhas, com rasuras suspeitas,
enfim, sem os elementos mínimos que possam denotar o zelo e a atenção dos
órgãos administrativos para os fins do processo. Só assim o processo
administrativo pode oferecer segurança e credibilidade aos administrados. Fora
daí, o feito seria absolutamente inócuo.

X – garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações, à produção


de provas e à interposição de reconsideração, recursos, revisão nos processos de
que possam resultar sanções e nas situações de litígio;

O inciso X faz alusão aos princípios expressos do contraditório e da ampla defesa. O contraditório,
em sua essência, traz a ideia de comunicação, diálogo e nivelamento de informação entre as partes
interessas no processo. Sendo assim, o direito à comunicação guarda total correlação ao
mencionado princípio.
A ampla defesa, por outro lado, abrange as demais ações mencionadas pelo inciso, como produção
de provas em sua defesa, apresentação de alegações, interposição de recursos, de reconsideração e
de revisão em processos sancionatórios e litigiosos.

5
Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2017, p. 1042.

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Vale lembrar que, em sede de processo administrativo, não se faz necessária a presença de
advogado para o exercício do direito de defesa pelo interessado. A representação por advogado é
uma faculdade outorgada ao acusado, não uma necessidade. Nesse sentido, é importante
transcrever a Súmula Vinculante nº 5, editada pelo Supremo Tribunal Federal:

Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo


administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

Apesar de mencionar especificamente o processo administrativo disciplinar, o entendimento


pacificado é no sentido de que a súmula vinculante se aplica a todo e qualquer processo
administrativo.
Alinhado a esse entendimento, veremos mais à frente que o artigo 12, inciso IV, da LEPA
expressamente faculta a possibilidade haver a representação por advogado. A representação
somente será necessária se a lei assim determinar, como nos casos de revelia do processo
administrativo disciplinar prevista no artigo 220 da Lei Estadual nº 5.810/94 (Estatuto dos Servidores
Públicos Civis do Estado do Pará). Neste caso, a autoridade instauradora do processo designará um
servidor como defensor dativo. É um caso de representação obrigatória, portanto.

XI – proibição de cobrança de custas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

Segundo a norma do inciso XI, tem-se que o processo administrativo segue o preceito geral da
gratuidade. Ou seja, como regra geral, o processo administrativo é gratuito. Entretanto, é possível
que uma determinada lei institua uma taxa, por exemplo, a ser cobrada em razão de algum
procedimento que faça parte de um processo administrativo.
O Supremo Tribunal Federal também tem uma súmula vinculante que se relaciona diretamente à
temática da gratuidade dos processos administrativos. Vejamos o enunciado:

Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento


prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Pela súmula, não se pode admitir depósito ou pagamento para que um recurso administrativo seja
admitido ou analisado. É diferente do que ocorre nos processos judiciais, em que é necessário o
preparo para a interposição de algum recurso.

XII – impulsão de ofício do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos


interessados;

O princípio da impulsão de ofício do processo administrativo traz em seu bojo a ideia de que, uma
vez iniciado, o processo deve necessariamente chegar a alguma conclusão. O Poder Público conduz
e realiza os atos necessários para que o processo tenha um final.

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Vale lembrar que a Administração Pública pode instaurar, de ofício, um processo administrativo, não
dependendo da vontade do interessado. Uma vez instaurado, o processo deve chegar a uma
conclusão.
Também podemos denominar de princípio da oficialidade a iniciativa da instauração e do
desenvolvimento do processo administrativo a cargo da Administração.

XIII – interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o


atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação em casos definitivamente decididos no âmbito da Administração;

O inciso XIII consagra no processo administrativo do Pará o princípio da segurança jurídica.


A segurança jurídica pode ser interpretada como um princípio de "não-surpresa". Significa dizer que,
se for dada uma nova interpretação a uma determinada norma, essa nova interpretação não poderá
retroagir diante de casos já decididos em definitivo pela Administração.
Sobre segurança jurídica, vale destacar a vigência da Lei Federal nº 13.655/18, que acrescentou
diversos artigos à Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB - Decreto-Lei nº 4.657/42).
Seu artigo 30 tem a seguinte redação:

Art. 30, LINDB

As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na


aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas
e respostas a consultas.

Note que é um dever da atuação administrativa proporcionar o aumento da segurança jurídica. É


uma prova da importância desse preceito para a Administração.

XIV – respeito às decisões judiciais vinculativas que firmem tese jurídica;

O inciso XIV vai ao encontro do princípio da segurança jurídica, trazido pelo inciso XIII e pelo artigo
30 da LINDB. Além disso, trata-se de nítido respeito às decisões judiciais que impactem na atuação
administrativa. Vale lembrar que as decisões emanadas pelo Poder Judiciário têm a prerrogativa da
definitividade, não cabendo à Administração descumpri-las ou contrariá-las.
O inciso XIV ilustra uma tese jurídica que vem ganhando força ultimamente, notadamente a partir da
publicação do novo Código de Processo Civil: a força dos precedentes judiciais, ou a vinculação aos
precedentes. Essa teoria revaloriza os pronunciamentos jurisdicionais pacificados no âmbito dos
tribunais, devendo ser seguidos pela Administração a partir do momento que enunciam uma tese
jurídica aplicável às atividades administrativas.

XV – cooperação entre todos os sujeitos do processo para que se obtenha, em


tempo razoável, decisão justa e efetiva.

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Para encerrarmos o estudo do artigo 4º da LEPA, o inciso XV consagra o princípio da cooperação.


Esse princípio também foi revalorizado a partir da publicação do novo Código de Processo Civil, como
se nota no artigo 6º desse Código:

Art. 6º, Código de Processo Civil

Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em


tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Note que o inciso XV praticamente reproduzo o artigo 6º do CPC, trazendo para o processo
administrativo paraense a necessidade de haver cooperação entre as partes para que a conclusão
do feito seja justa e efetiva, além de ser obtida em um intervalo de tempo razoável.
Antes de passarmos ao próximo tópico, impende destacar que o artigo 4º da LEPA reforçou princípios
mencionados no artigo 3º e trouxe princípios implícitos, como a juridicidade, a oficialidade, a
gratuidade e o informalismo (ou formalismo necessário). Destacamos isso para reforçar, uma vez
mais, que existem outros princípios além daquelas expressamente contidos no artigo 3º.

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, no ordenamento jurídico brasileiro


podem ser identificados 12 princípios obrigatórios, com fundamento explícito ou
implícito na Constituição. Desses, 9 são aplicáveis a todo e qualquer tipo de
processo, sendo que os outros 3 podem não ser aplicáveis a certos casos:

- Princípio da audiência do interessado;

- Princípio da acessibilidade aos elementos do expediente;

- Princípio da ampla instrução probatória;

- Princípio da motivação;

- Princípio da revisibilidade;

- Princípio da representação e assessoramento;

- Princípio da lealdade e boa-fé;

- Princípio da verdade material;

- Princípio da celeridade processual;

- Princípio da oficialidade;

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- Princípio da gratuidade; e

- Princípio do informalismo.

Os nove primeiros aplicam-se a todo e qualquer procedimento. Por outro lado, os


princípios da oficialidade e da gratuidade não se aplicam obrigatoriamente nos
procedimentos ampliativos de direito suscitados pelos interessados. O princípio do
informalismo não se aplica aos procedimentos concorrenciais (licitações e
concursos públicos, por exemplo).

O processo administrativo é balizado pelo princípio da verdade material. Ou seja,


o administrador deve perseguir a verdade real, aquilo que realmente aconteceu no
mundo fenomênico. Isso é diferente do que acontece no processo judicial, em que
o juiz decide conforme as provas trazidas pelas partes aos autos do processo
(verdade formal).

O processo administrativo não possui partes, mas sim interessados, sendo certo
que a Administração Pública é um desses interessados. Com isso, deve haver o
interesse da Administração em alcançar a verdade em torno do objeto do processo
a fim de satisfazer adequadamente o interesse público. Para tanto, a própria
Administração pode buscar provas para tomar a melhor decisão exigida para o caso
concreto.

(INSTITUTO AOCP - UFFS - 2019) Nos processos administrativos, devem ser observados vários
princípios, dentre eles está o princípio da verdade real ou também nominado princípio da verdade
material.
O princípio da verdade real expressa que a Administração deve tomar decisões com base em fatos
reais, não devendo se satisfazer com a versão oferecida pelos sujeitos, sendo que deve a
Administração carrear todos os dados, informações, documentos a respeito da matéria tratada, sem
estar limitada aos aspectos trazidos pelos sujeitos.
Comentários:
A Administração Pública deve decidir o processo administrativo da maneira que melhor atenda ao
interesse público. Para tanto, é legítimo que a Administração busque a verdade, o que de fato
aconteceu naquela situação concreta trazida para o processo administrativo, podendo buscar, por

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seus próprios meios, provas e evidências. Dessa forma, ela não se adstringe aos argumentos e provas
trazidos pelos outros sujeitos interessados no processo. Questão correta.

(AOCP - Prefeitura de Juiz de Fora - 2016) Além de vários princípios, a administração pública deverá
observar, dentre outros, ao seguinte critério nos processos administrativos: subjetividade no
atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.
Comentários:
Nos termos do art. 4º, inciso III, da Lei Estadual nº 8.972/20, um dos critérios a ser adotado é o da
objetividade (e não subjetividade) no atendimento do interesse público. Questão errada.

2.2. Atos Administrativos

O capítulo III da LEPA, que trata a respeito dos atos administrativos, se inicia com a previsão do artigo
5º. Como se verá a seguir, esse dispositivo enaltece o devido processo legal, retomando as ideias do
artigo 1º da lei quando este menciona a "proteção dos direitos dos administrados". Note a redação
do artigo 5º:

Art. 5º A Administração não iniciará qualquer atuação material relacionada com a


esfera jurídica dos particulares sem a prévia expedição do ato administrativo que
lhe sirva de fundamento, salvo na hipótese de expressa previsão legal.

Como se vê, a atuação da Administração que tenha potencial de atingir a esfera jurídica dos
particulares deve se dar em um contexto de processo administrativo, devendo haver a expedição
de um ato administrativo que fundamente todo o desenrolar do processo. Isso somente não será
observado na hipótese de expressa previsão legal.
Prosseguindo no estudo da lei, vimos que ao processo administrativo é aplicável o princípio do
informalismo (ou formalismo moderado). Em que pese a primazia da essência do ato administrativo
sobre a sua forma, é fato que ele deve ter uma forma. Nesse sentido, o artigo 6º traz a forma mínima
que os atos administrativos devem possuir:

Art. 6º Os atos administrativos produzidos por escrito indicarão a data e o local de


sua edição, e conterão a identificação nominal, funcional e a assinatura da
autoridade responsável.

O ato administrativo terá, via de regra, a forma escrita e deverá vir acompanhado
da identificação da autoridade responsável por sua edição.

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Ainda sobre o aspecto formal dos atos, vale transcrever os artigos 7º e 8º da LEPA:

Art. 7º Os atos administrativos ordinatórios e os de caráter geral serão numerados


de acordo com a sua natureza jurídica e em séries próprias, com renovação anual,
identificando-se pela sua denominação, seguida da sigla do órgão ou entidade que
os tenha expedido.

Art. 8º Os atos de conteúdo normativo serão numerados em séries específicas,


seguidamente, sem renovação anual.

Para que fique mais claro, apresentamos o esquema abaixo. Repare a classificação dos atos
administrativos e os destaques que fizemos no texto. Esses destaques correspondem ao que é
mencionado pelos artigos 7º e 8º da lei.

Visam disciplinar o funcionamento da


Administração e a conduta de seus agentes,
devendo ser numerados de acordo com sua
natureza jurídica e em séries específicas, com
Atos ordinatórios renovação anual, seguidas da sigla do órgão ou
entidade de expedição. São exemplos as
portarias, os memorandos e as circulares. Significa
dizer que, anualmente, a numeração desses atos
é reiniciada.
São os atos que visam regulamentar a a aplicação
das leis e podem ser editados por decreto
(exclusivo do Governador) ou outro meio
específico de cada órgão ou entidade, no limite
Atos normativos
das respectivas competências. Estes atos devem
ser numerados em séries específicas,
seguidamente, sem renovação anual. A
numeração será contínua.
São pedidos feitos pelos administrados à
Atos negociais Administração Pública, em que esta emana uma
vontade que coincide com a vontade dos

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particulares. São exemplos a autorização, a


licença e a permissão.
Também chamados de “meros atos
administrativos”, eles não veiculam propriamente
uma vontade da Administração Pública, mas casos
Atos enunciativos em que o Poder Público apenas certifica ou atesta
um fato sem vincular-se ao seu conteúdo. São
exemplos os pareceres, os atestados, as certidões
e os apostilamentos.
São os atos que aplicam punições aos particulares
e servidores e podem se originar tanto do poder
Atos punitivos de polícia como do poder disciplinar da
Administração Pública. São exemplos as multas de
trânsito e as demissões de servidores públicos.

O artigo 9º da LEPA trata especificamente dos atos normativos, mais especificamente a respeito dos
regulamentos a serem expedidos pelas diversas autoridades administrativas:

Art. 9º Os regulamentos serão editados por decreto ou ato normativo específico de


cada órgão ou entidade, dentro das suas atribuições, observadas as seguintes
regras:

I – nenhum regulamento poderá ser editado sem base em lei, nem prever infrações,
sanções, deveres ou condicionamentos de direitos nela não estabelecidos;

II – nenhum regulamento será editado sem exposição de motivos que demonstre o


fundamento legal de sua edição, a finalidade das medidas adotadas e a extensão
de seus efeitos;

III – a regulamentação por decreto se dará da seguinte forma:

a) quando a proposição for de iniciativa do chefe do Poder Executivo, deverá estar


acompanhada de manifestação técnica do órgão ou entidade diretamente afetado
e análise jurídica da Procuradoria-Geral do Estado;

b) quando a proposição for dos titulares de órgãos e entidades, deverá apresentar


análise das suas respectivas unidades jurídicas, com posterior encaminhamento à
Procuradoria-Geral do Estado, que remeterá, ao final, ao Chefe do Poder Executivo,
para avaliação política, discricionária e de interesse público para a edição do ato.

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IV – a regulamentação por outros atos normativos, quando houver previsão legal


para a sua edição, dependerá de análise das unidades jurídicas e encaminhamento
para a Procuradoria-Geral do Estado, quando couber.

Note que os atos normativos devem seguir os seguintes critérios para que haja respeito ao princípio
da legalidade:
➢ Existência de fundamentação legal para a edição do ato normativo;
➢ Impossibilidade de serem previstas infrações, sanções, deveres ou condicionamento de
direitos sem a devida previsão legal;
➢ Exposição de motivos deve evidenciar a fundamentação legal e a finalidade que orienta a
edição do ato normativo;
➢ A definição da extensão de seus efeitos.
Note que os atos administrativos normativos devem sempre vir acompanhados de manifestações
jurídicas da Procuradoria-Geral do Estado, no caso de iniciativa privativa do Governador, ou de
análise das unidades jurídicas de cada órgão regulamentador, com posterior encaminhamento à
Procuradoria-Geral. Neste último caso, o Chefe do Poder Executivo fará avaliação política,
discricionária e de interesse público para a edição do ato, em uma clara alusão ao poder hierárquico
exercido pelo Governador enquanto mais alta autoridade do Poder Executivo do Pará.

Salvo disposição expressa em contrário, o ato administrativo entra em vigor na


data de sua publicação. Como regra geral, a publicidade dos atos se fará por meio
de publicação no Diário Oficial do Estado ou em sítio eletrônico oficial, ou ainda,
se for o caso, por meio de citação, notificação ou intimação do interessado.

Os atos sem conteúdo normativo poderão ser publicados de forma resumida.

2.3. Direitos e Deveres dos Administrados

A LEPA previu como direitos dos administrados perante a Administração, sem prejuízo de outros que
lhe sejam assegurados, os seguintes:

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I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a


condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos
neles contidos, arcando com os custos da reprodução, e conhecer as
decisões proferidas, na forma dos respectivos regulamentos;

III – formular alegações e apresentar provas, que serão objeto de


consideração pelo órgão competente;

IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando


obrigatória a representação, por força de lei;

V – obter decisão final motivada, com observância dos prazos fixados em lei,
sobre os requerimentos formulados;

VI – de ser atendido em no máximo 30 (trinta) minutos.

O tratamento respeitoso é uma decorrência da dignidade da pessoa humana e da ética da atuação


dos agentes administrativos.
Ter ciência da tramitação dos processos em que possua a condição de interessado decorre do
princípio do contraditório, com nivelamento de informações. No mesmo sentido, formular alegações
e apresentar provas que devem ser apreciadas pelo órgão competente manifesta o direito à ampla
defesa.
A decisão final motivada marca o final do desenvolvimento do devido processo legal.
Já vimos o aspecto da representação facultativa por advogado, algo que somente é obrigatório em
razão de expressa previsão legal.

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Note-se também que a lei fixa o prazo máximo de 30 minutos para o atendimento do cidadão em
um órgão administrativo.

Em caso de violação dos direitos garantidos pela LEPA, por ato imputável à
Administração, o administrado poderá representar à autoridade superior,
pedindo apuração e providências.

Já os deveres dos administrados são os seguintes, sem prejuízo de outros deveres previstos em atos
normativos:

I – expor os fatos conforme a verdade;

II – proceder com lealdade, urbanidade, respeito e boa-fé;

III – não agir de modo temerário;

IV – prestar as informações e apresentar documentos que lhe


forem solicitados e colaborar para o esclarecimento dos fatos;

V – indicar endereço físico e, se houver, também endereço eletrônico,


para recebimento de citação, notificação e intimação de atos
processuais, bem como informar alterações posteriores.

A boa-fé e o princípio da cooperação expresso no artigo 3º da lei permeiam o artigo 13 da LEPA, que
trata a respeito dos deveres dos administrados. Destacamos a obrigação de prestar informações e
apresentar documentos solicitados que colaborem para a elucidação dos fatos, sempre com o mote
de cooperar e levar a Administração à melhor decisão possível para a satisfação do interesse público
naquele caso concreto.

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3. FASES E CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO


ADMINISTRATIVO

3.1. Início e Interessados no Processo

Já comentamos a respeito da oficialidade dos feitos administrativos, em que a Administração Pública


poderá, de ofício, ou seja, independentemente de provocação, dar início a um processo
administrativo. No mesmo sentido, em razão do impulso oficial, o processo instaurado deverá chegar
a alguma conclusão.
O artigo 14 da LEPA deixa claro essa noção: o processo administrativo pode iniciar-se por
representação (vinda do Ministério Público ou dos Tribunais de Contas), de ofício ou a pedido de
interessado. Neste último caso, a Administração é instigada por um terceiro a abrir um processo
administrativo destinado a produzir uma certa prestação estatal.
Quando for a pedido de um interessado, o requerimento inicial dele deve conter os seguintes dados,
conforme o artigo 15:

I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II - identificação do interessado e de quem o


represente, quando for o caso;
Requerimento inicial do
interessado, salvo casos em III - domicílio do requerente ou local para
que for admitida solicitação recebimento de comunicações, inclusive endereço
oral, deve ser formulado por eletrônico, se houver;
escrito e conter os seguintes
dados:
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos,
fundamentos e indicação das provas, bem como
esclarecimentos relativos aos fins a que se destina;

V - data e assinatura do requerente ou de seu


representante legal.

Atente-se ao fato de que, como regra, o requerimento deverá ser por escrito. Ademais, a lei exige
identificação do interessado e de seu representante, quando for o caso, e outros dados pessoais.

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Conforme vimos na aula anterior, quando tratamos do Regime Jurídico Único, é pacífico o
entendimento do Judiciário a respeito da viabilidade da denúncia anônima. Ao se deparar com uma
denúncia anônima verossímil, a autoridade administrativa pode utilizá-la como ponto de partida para
instaurar um processo administrativo de ofício.

É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos,


devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais
falhas.

Com o intuito de facilitar o acesso do cidadão aos serviços prestados pela Administração Pública, e
também com a finalidade de proporcionar eficiência, temos a previsão do artigo 16, em que os
órgãos e entidades devem elaborar formulários padronizados para assuntos que importem
pretensões semelhantes ou repetidas:

Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou


formulários padronizados para assuntos que importem pretensões semelhantes
e/ou repetidas.

No mesmo sentido, também com o escopo de racionalizar a atuação estatal, o artigo 17 prevê a
possibilidade de se reunir em um único requerimento várias pretensões idênticas vindas de uma
pluralidade de interessados. É o que se conhece como requerimento plúrimo que, para ser viável,
possui dois requisitos cumulativos: conteúdo do pedido e fundamento idênticos.

Art. 17. Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo


e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento ou
reunidos por decisão motivada da autoridade competente, salvo preceito legal em
contrário ou se essa reunião puder prejudicar a razoável duração do processo.

E quem são os interessados em um processo administrativo? O artigo 18 da LEPA fornece a resposta


a esse questionamento:

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I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como


titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação legal;

II – aqueles que, sem terem iniciado o processo,


têm direitos ou interesses que possam ser afetados
São legitimados como pela decisão a ser adotada, ou na defesa de
interessados no processo interesse público;
administrativo:
III – as organizações e associações representativas,
no tocante a direitos e interesses individuais e
coletivos de seus associados;

IV – as pessoas ou as associações legalmente


constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.

Portanto, note que pessoas físicas ou jurídicas, terceiros, organizações e associações representativas
e pessoas ou associações legalmente constituídas podem reunir as condições de serem considerados
como interessados no processo administrativo.

A atuação das organizações e associações dependerá de comprovação da


pertinência temática entre suas finalidades institucionais e os interesses que
visam defender e, quando a lei assim exigir, de autorização da respectiva
assembleia geral.

Veja que as associações e organizações devem atuar dentro dos temas que se relacionam com as
finalidades de cada uma dessas instituições.
A lei também possibilita a intervenção de terceiros no processo administrativo, algo que é bastante
comum no processo judicial. Entretanto, com a decisão da autoridade competente, é também
possível termos a intervenção de terceiros no processo administrativo paraense.
Antes de passarmos ao estudo da competência, vale destacar que o artigo 19 faz alusão ao Código
Civil quando trata de capacidade para fins de atuação no processo administrativo:

Art. 19. São capazes, para fins de processo administrativo, as pessoas físicas e
jurídicas assim consideradas pelo Código Civil Brasileiro.

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3.2. Competência

A doutrina do Direito Administrativo aponta a existência de cinco elementos (ou requisitos) do ato
administrativo: competência, motivo, objeto, finalidade e forma. Os artigos 20 a 26 da LEPA tratam
a respeito da competência.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, a competência é o círculo definido por lei dentro do qual
podem os agentes exercer legitimamente sua atividade. O autor frisa ainda que a lei é a fonte
normal da competência, razão pela qual é vedada a renúncia de competência por liberalidade ou
opção do agente administrativo. Somente a lei poderá autorizar uma eventual renúncia de
competência.
Já vimos a vedação à renúncia de competência quando da análise do artigo 4º, inciso II, da LEPA,
sendo que esse aspecto é uma vez mais realçado pelo artigo 20:

Art. 20. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos e entidades a que


foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente
admitidos.

A competência advém da lei. Todavia, ela pode ser ampliada por meio da delegação e da avocação.
A delegação consiste na possibilidade facultada pela lei em que um agente pode transferir a outro,
normalmente de posição hierárquica inferior, funções que originalmente lhe são atribuídas. Como
veremos a seguir, a prevalência hierárquica do delegante em relação ao delegado não é um requisito
essencial para possibilitar a delegação, já que ela também pode acontecer entre autoridades de
mesmo patamar hierárquico (delegação horizontal). Contudo, o mais comum é que ela se dê, de
fato, de maneira vertical, em que uma autoridade de maior grau hierárquico passa parte de sua
competência a uma autoridade subordinada.
A delegação está prevista no artigo 21 da LEPA:

Art. 21. Os órgãos e entidades administrativas e seus titulares poderão, se não


houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando
for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de


competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes somente para
cumprimento de ato específico e por prazo determinado.

Perceba que a lei dá alguns critérios que podem motivar a delegação, quais sejam: técnico, social,
econômico, jurídico ou territorial.
A delegação pode ser compreendida como a regra geral na Administração Pública. Isso porque há o
entendimento de que a delegação de competência pode funcionar como um instrumento de

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descentralização administrativa, assegurando maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as


na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender. A delegação pode proporcionar,
portanto, eficiência à atuação administrativa.

NÃO PODEM SER DELEGADOS OS ATOS QUE TRATEM DOS SEGUINTES ASSUNTOS:

I – a edição de atos de caráter normativo;

II – a decisão de recursos administrativos;

III – as matérias de competência exclusiva do órgão, entidade ou


autoridade;

IV – as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa


e na forma por ela determinada.

O ato de delegação e sua respectiva revogação seguem a regra geral de publicação que consta no
artigo 11 da LEPA, devendo ser publicado no Diário Oficial do Estado ou em sítio eletrônico oficial.
Esse ato deve especificar as matérias e poderes transferidos, os limites de atuação do delegado, o
prazo, os objetivos da delegação e o recurso cabível. Vale pontuar que a delegação é revogável a
qualquer tempo pela autoridade delegante, respeitados os atos praticados ou decisões proferidas
na sua vigência.

O ato de delegação NÃO RETIRA a competência da autoridade delegante, que


continua competente cumulativamente com a autoridade delegada.

As decisões tomadas por delegação devem mencionar explicitamente essa qualidade e serão de
responsabilidade do delegado.

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Sobre isso, vale mencionar a Súmula 510 do Supremo Tribunal Federal. Note que, caso o delegado
tome alguma ação, uma eventual demanda judicial contrária à prática daquela ação deve ser
proposta contra a autoridade delegada, ou seja, contra a autoridade que efetivamente praticou o
ato:

Súmula 510 - Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência


delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.

A avocação, por outro lado, é o inverso do que ocorre em relação à delegação. Enquanto esta
envolve passar competências de uma autoridade de maior prevalência hierárquica para outra
subordinada, ou ao menos de igual patamar hierárquico, a avocação pode ser interpretada como
uma assunção de competência que pertencia a uma autoridade subordinada.
Em outras palavras, conforme os ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho6: se a autoridade
hierarquicamente superior atrair para sua esfera decisória a prática de ato da competência natural
de agente com menor hierarquia, dar-se-á o fenômeno inverso, ou seja, a avocação, sem dúvida
um meio de evitar decisões concorrentes e eventualmente contraditórias.
A avocação está prevista no artigo 24 da LEPA:

Art. 24. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes


devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
ou autoridade hierarquicamente subordinados.

Diferentemente do que ocorre em relação à delegação, a avocação é excepcional


e por motivos relevantes devidamente justificados.

Ou seja: enquanto a delegação é a regra no âmbito da Administração Pública, a avocação acaba


sendo a exceção.
Quando a lei silenciar a respeito de competência legal específica, o processo administrativo terá início
perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir, designada pelo dirigente do órgão ou
entidade. Isso também é uma decorrência do informalismo, em que o processo administrativo deve
estar próximo ao cidadão, até para favorecer a cooperação entre os interessados.

6
Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2017, p. 113.

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Segundo o artigo 25 da LEPA, os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais


das respectivas sedes, horários de atendimento e de prestação dos serviços e, quando conveniente,
a unidade funcional competente em matéria de interesse especial, bem como meios de informação
à distância.

3.3. Impedimento e Suspeição

Da mesma forma como acontece no processo civil, em que um juiz deve se declarar impedido ou
suspeito para julgar um determinado caso concreto, o processo administrativo também prevê ambas
as hipóteses.
Desde já, é importante diferenciar ambos os casos. Primeiramente, o art. 27 da LEPA traz as situações
que levam ao impedimento:

Art. 27. É IMPEDIDO de atuar em processo administrativo, sem prejuízo de outras


hipóteses, o servidor ou autoridade que:

I – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha


ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge,
companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

II – esteja litigando judicial ou administrativamente com o


interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro;

III – tenha cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro


grau figurando como advogado, defensor dativo ou
representante legal do interessado.

A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento tem o DEVER de comunicar o fato à


autoridade competente. Com isso, não poderá atuar no processo.
A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave para efeitos disciplinares.
Note que o impedimento diz respeito a hipóteses objetivas, ou seja, circunstâncias fáticas que não
podem ser contestadas por alegações subjetivas de qualquer espécie.
Já os casos de suspeição trazem aspectos mais subjetivos, em que é relevante apurar a situação
pessoal da autoridade administrativa em relação ao processo administrativo em concreto.

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O art. 29 traz os casos de suspeição:

Art. 29. É SUSPEITO para atuar em processo administrativo o servidor ou


autoridade que:

I – tenha interesse direto ou indireto na matéria ou


no resultado do processo;

II – tenha amizade íntima ou inimizade


notória com algum dos interessados ou com
os respectivos cônjuges, companheiros,
parentes e afins até o terceiro grau.

Além disso, por envolver aspectos subjetivos e pessoais da autoridade ou agente administrativo, a
lei ainda possibilita que a própria autoridade se declare suspeito por motivo de foro íntimo.

O impedimento envolve aspectos objetivos e não depende da situação pessoal do


servidor ou autoridade administrativa. A lei cria o DEVER de comunicar o
impedimento. A suspeição depende da análise subjetiva do agente administrativo
envolvido em determinado processo.

Se houver indeferimento da alegação de impedimento ou de suspeição, essa questão poderá ser


objeto de recurso. A disciplina dos recursos é tratada a partir do artigo 69 da LEPA.

3.4. Forma, Tempo, Lugar e Comunicação dos Atos do


Processo

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Uma vez mais temos a oportunidade de encontrar na LEPA uma referência expressa ao princípio do
informalismo ou formalismo moderado. Veja a redação do art. 31:

Art. 31. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada


senão quando a lei expressamente a exigir, observada a racionalização prevista na
Lei Federal nº 13.726, de 8 de outubro de 2018.

§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a


data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

§ 2º O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas.

§ 3º A Administração Pública poderá disciplinar, mediante decreto, a prática e a


comunicação oficial dos atos processuais por meios eletrônicos, atendidos os
requisitos técnicos exigidos na legislação específica, em especial os de
autenticidade, integridade e validade jurídica.

É bom notar a necessidade de haver forma escrita para os atos, da mesma maneira como vimos no
artigo 6º da LEPA. Além disso, o ato deve ser assinado, datado e com o local de sua realização.
Outra forma mencionada pela lei diz respeito à organização do processo, que deverá ter páginas
numeradas sequencialmente e rubricadas por agente administrativo.
A lei, alinhada aos avanços da tecnologia da informação, prevê que um decreto poderá tratar a
respeito da prática de atos processuais por meio eletrônico, desde que fiquem assegurados aspectos
como autenticidade, integridade e validade jurídica.
A título de curiosidade, o Decreto Estadual nº 2.176, de 12 de setembro de 2018, dispõe sobre o uso
do meio eletrônico para a realização do processo administrativo no âmbito dos órgãos e das
autarquias, fundações, fundos públicos, empresas públicas e sociedades de economia mista,
dependentes do Tesouro Estadual, do Poder Executivo do Estado do Pará.
A Lei Federal nº 13.726/18, mencionada pelo caput do artigo 31, trata da racionalização de atos e
procedimentos administrativos, com a finalidade maior de propiciar eficiência administrativa. Essa
norma federal veicula diversas medidas que visam a tornar o processo administrativo mais lógico,
mais claro e mais efetivo, suprimindo aspectos meramente burocráticos. O artigo 32 da LEPA trouxe
alguns desses mecanismos previstos na lei federal:

Art. 32. Na relação dos órgãos e entidades com o cidadão, é DISPENSADA a


exigência de:

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I – reconhecimento de firma, devendo o servidor,


confrontando a assinatura com aquela constante do
documento de identidade do signatário, ou estando este
presente e assinando o documento diante do servidor,
lavrar sua autenticidade no próprio documento;

II – autenticação de cópia de documento, cabendo ao


servidor, mediante a comparação entre o original e a cópia,
atestar a autenticidade;

III – juntada de documento pessoal do usuário, que poderá


ser substituído por cópia autenticada pelo próprio servidor;

IV – apresentação de certidão de nascimento, que poderá


ser substituída por cédula de identidade, título de eleitor,
identidade expedida por conselho regional de fiscalização
profissional, carteira de trabalho, certificado de prestação
ou de isenção do serviço militar, passaporte ou identidade
funcional expedida por órgão público;

V – apresentação de título de eleitor, exceto para votar ou


para registrar candidatura.

Portanto, note que reconhecimento de firma, cópias autenticadas, juntada de documento pessoal
do usuário, apresentação de certidão de nascimento e do título de eleitos são procedimentos que
tendem ao desuso no âmbito dos processos administrativos.
Outro aspecto que desburocratiza o processo é a vedação à exigência de prova relativa a um fato que
já tenha algum documento válido comprobatório.
Quando, por motivo não imputável ao solicitante, não for possível obter diretamente do órgão ou
entidade responsável documento comprobatório de regularidade, os fatos poderão ser
comprovados mediante declaração escrita e assinada pelo cidadão, que, em caso de declaração
falsa, ficará sujeito às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis.
A LEPA também veda a exigência de certidão ou documento expedido por outro órgão ou entidade
do mesmo Poder. Nada mais racional: basta que o órgão administrativo oficie ou notifique o órgão
competente do mesmo Poder para acessar determinada informação ou documento, não impondo
esse ônus ao cidadão. Todavia, há exceções, a saber:

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➢ Certidão de antecedentes criminais;


➢ Informações sobre pessoa jurídica;
➢ Outras expressamente previstas em lei.
Para esses três casos, o órgão poderá exigir do cidadão a apresentação dos documentos, ainda que
se trate de órgão pertencente ao mesmo Poder.
Quanto aos prazos para a prática de procedimentos administrativos, a LEPA traz uma norma geral:

Art. 33. Inexistindo disposição legal específica, os atos do órgão ou autoridade


responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser
praticados no prazo de CINCO DIAS ÚTEIS, salvo motivo de força maior, observado
o disposto no § 4o do art. 83 desta Lei.

Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo poderá ser dilatado até o dobro,
mediante justificativa devidamente comprovada.

Portanto, como regra geral, o prazo para a prática de atos inerentes ao processo administrativo é de
5 dias ÚTEIS. Atenção para a necessidade de serem dias ÚTEIS!!! Há a possibilidade de o prazo ser
prorrogado por igual período, tornando-se 10 dias ÚTEIS. Para tanto, deve haver uma justificativa
devidamente comprovada.

Os prazos previstos na LEPA contam-se em dias úteis e começam a fluir da ciência


oficial do ato, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. Isso
está previsto no art. 83.

Os atos do processo devem ser praticados por meio eletrônico ou físico. Este último deverá ocorrer,
preferencialmente, na sede do órgão público interessado no processo administrativo. Vale notar que
os atos praticados em meio eletrônico não dispensam o comparecimento do interessado quando
necessário, devendo observar as regras procedimentais do órgão ou entidade aos quais se destina.
Os artigos 35 a 37 tratam sobre a comunicação dos atos do processo.
O artigo 35 preocupa-se especificamente com as intimações a serem dirigidas a(os) interessado(s) no
processo. Perceba, uma vez mais, que a lei não fala em partes do processo, mas sim em interessados
no processo.
Pois bem, a comunicação processual pela via da intimação deve conter os seguintes aspectos:

I – identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;


II – finalidade da intimação;

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III – data, hora e local em que deve comparecer;


IV – se o intimado deve comparecer pessoalmente ou fazer-se representar;
V – prazo para a prática do ato;
VI – informação da continuidade do processo independentemente do seu
comparecimento;
VII – indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

É possível que, no caso de uma intimação pessoal, o destinatário se recuse a recebê-la, não assinando
a assinar o comprovante de recebimento. Neste caso, o servidor encarregado certificará a entrega e
a recusa.

A intimação deve ser feita com a antecedência mínima de 3 DIAS ÚTEIS em relação
à data de comparecimento.

Veja as maneiras como a intimação pode ser efetuada:


➢ por ciência no processo;
➢ por meio eletrônico (e-mail indicado pelo interessado, juntando-se aos autos o comprovante
de leitura da mensagem eletrônica);
➢ por via postal com aviso de recebimento;
➢ por telegrama;
➢ outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.
Se, em 2 dias úteis, o comprovante de leitura da intimação pelo destinatário não for recebido pela
Administração, ela deverá providenciar a intimação pelos demais meios previstos na LEPA.
No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação
deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
As intimações devem ser feitas em estrita observância às prescrições legais. Caso haja
descumprimento, a intimação será nula. Entretanto, caso o interessado compareça mesmo assim,
considera-se suprimida a irregularidade eventualmente existente.
E se o interessado descumprir a intimação? Será que incide a regra do "quem cala, consente?" NÃO!!!
Veja o artigo 36 da LEPA:

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Art. 36. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da


verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado.

Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla


defesa ao interessado em todas as fases.

Portanto, o não atendimento à intimação não significa renúncia de direito ou reconhecimento da


verdade dos fatos.
Veja quais atos processuais DEVEM ser objeto de intimação:

Restrição ao
Atos de outra
Imposição de Imposição de exercício de
Sanções; natureza, de
deveres; ônus; direitos e
seu interesse.
atividades;

3.5. Instrução Processual

A fase de instrução de um processo busca averiguar e comprovar os dados necessários para a


tomada de uma decisão final. É nessa fase que são colhidas provas, evidências, documentos e o que
for necessário para bem embasar e motivar a prática do ato final do processo administrativo. É
sempre bom lembrar que o processo deve ser racional e eficiente para que leve à melhor decisão
administrativa possível àquela circunstância.
Em razão do princípio da oficialidade, a instrução do processo administrativo é realizada de ofício,
uma vez que, iniciado o processo, ele deve chegar a alguma conclusão que melhor atenda ao
interesse público.
É importante ressaltar que a fase instrutória assegura aos interessados o direito de propor atuações
probatórias, ou seja, eles têm o direito de sugerir à Administração a atuação probatória. Quando
for exigida a atuação do interessado no processo, esta deve ser realizada do modo menos oneroso
para ele.
É possível que os atos da instrução processual se deem por meio eletrônico. Quando for o caso, tais
atos deverão ser documentados nos autos.
Em homenagem aos princípios da cooperação, da eficiência e da supremacia do interesse público,
os interessados devem colaborar com a economia de meios na realização de diligências e para a
tomada de decisões, evitando providências inúteis e atos que busquem atrasar o processo.

São vedadas as provas obtidas por meios ilícitos.

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O artigo 40 da LEPA admite a possibilidade da utilização da prova emprestada. Trata-se de uma prova
válida e lícita produzida em um outro processo administrativo ou até mesmo em um processo judicial,
mas que pode ser aproveitada para a instrução do processo que está em curso. De qualquer forma,
deve ser SEMPRE observado o contraditório e a ampla defesa em relação à prova emprestada.
Caso o interessado queria contestar a validade de um documento juntado aos autos, é possível
formular a arguição de falsidade de documento. Sobre isso, vale transcrever o artigo 41 da LEPA:

Art. 41. É cabível a arguição de falsidade de documento, por escrito e de forma


motivada, até decisão final, a ser processada de forma incidental, garantido o
contraditório e ampla defesa.

§ 1º A autoridade competente poderá, motivadamente, atribuir efeito suspensivo


ao incidente de arguição de falsidade, havendo fundado e justo receio de prejuízo
de difícil ou incerta reparação.

§ 2º A decisão que confirmar a falsidade do documento deverá conter a


determinação para seu desentranhamento dos autos, cabendo a sua remessa aos
órgãos de controle, para os efeitos legais.

Perceba que, existindo fundado e justo receito de prejuízo de difícil ou incerta reparação, é facultado
à autoridade competente, motivadamente, atribuir efeito suspensivo ao incidente. Nesse caso, o
processo ficará suspenso até o esclarecimento da eventual falsidade documental.
Restando confirmada a falsidade, o documento será retirado dos autos (desentranhado) e será
remetido aos órgãos de controle, para que estes adotem as providências pertinentes.

3.5.1. Audiência Pública e Consulta Pública

Vamos agora tratar sobre dois importantes procedimentos previstos na LEPA: consulta pública e
audiência pública.
A consulta pública nada mais é do que um instrumento de comunicação entre a Administração
Pública e a sociedade. É um canal por meio do qual as pessoas físicas e jurídicas apresentam
sugestões, críticas e comentários em torno do objeto do processo administrativo, mesmo que não
sejam a parte diretamente interessada.
Aliás, é bom frisar o seguinte: o fato de participar da consulta pública não confere, por si só, a
condição de interessado no processo àquele que se manifestou. Por outro lado, a Administração deve
responder de maneira fundamentada.

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A realização de consulta pública é DISCRICIONÁRIA e exige que o processo


administrativo envolva assunto de interesse geral.

Por tornar o processo mais lento, diante de uma inevitável postergação da decisão final, a abertura
da consulta pública deve demonstrar que não haverá prejuízo à parte interessada e ao eficaz
andamento do processo.
A abertura da consulta pública se dá por meio de um despacho motivado da autoridade competente.
Ela deve ser divulgada por meios oficiais para que as pessoas possam examinar os autos e tenham
um prazo razoável para apresentar alegações escritas.
Já a audiência pública também envolve a possibilidade de manifestação da sociedade sobre o objeto
do processo, notadamente diante de questões relevantes e de interesse geral. Todavia, na audiência
as manifestações são orais, por meio de debates. Logo, ela se caracteriza pela oralidade.
Assim como ocorre na consulta pública, a abertura de audiência pública também é discricionária,
como regra geral. Contudo, há hipóteses previstas em outras leis (tais como na Lei de
Responsabilidade Fiscal e na Lei Federal nº 8.666/93) que determinam a realização de audiência
pública.

As contribuições da sociedade na consulta pública se dão por ESCRITO,


enquanto que na audiência pública as contribuições são ORAIS, por meio de
debates.

É possível à Administração disponibilizar outros mecanismos de participação dos administrados na


audiência pública, tais como videoconferências e enquetes pela internet. O importante é o processo
envolver matéria relevante.
A participação do cidadão pode ser direta ou por meio de associações e outras organizações, desde
que sejam legalmente reconhecidas.
Os resultados, tanto da consulta pública, como da audiência pública, devem ser divulgados,
preferencialmente, por meio eletrônico, indicando o procedimento adotado e as conclusões,
acompanhadas da devida fundamentação.
A audiência entre órgãos ou entidades administrativas também é um instrumento para a promoção
da cooperação. Essa providência evita que uma decisão tomada no âmbito de um processo
administrativo eventualmente contrarie decisão tomada em outro processo envolvendo o mesmo
objeto ou a mesma atividade. É também um mecanismo que pode dar celeridade ao processo.

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A LEPA também faculta à autoridade que conduz o processo administrativo a realização de uma
audiência governamental intersetorial, da qual podem participar órgãos públicos de diferentes
setores e diversos níveis da federação.
Em qualquer caso, a ata da reunião conjunta deverá ser anexada aos autos.

3.5.2. Provas no processo administrativo

O interessado que atua no processo administrativo tem o ônus de provar tudo aquilo que alega,
fazendo uso de provas lícitas e pertinentes. As garantias de desburocratização previstas no artigo 32
da lei também são asseguradas ao interessado no que diz respeito à instrução probatória.
Em razão da oficialidade e da busca da verdade material (real), o ônus atribuído ao interessado não
desobriga a Administração de praticar, de ofício, atos probatórios quando a prova seja fundamental
para a proteção do interesse público.
Quando o documento probatório estiver na posse da própria Administração, ela providenciará o
acesso aos documentos ou às respectivas cópias.
A LEPA enumera, no artigo 49, alguns caminhos probatórios que o interessado tem à sua disposição:
juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias e aduzir alegações referentes à
matéria do processo. Em razão do formalismo moderado, esses meios probatórios são meramente
exemplificativos.

A solicitação das provas deve ser guiada pelo aspecto da PERTINÊNCIA.

Já vimos no tópico 3.4 da nossa aula a temática das intimações. Vamos retomar esse assunto aqui no
estudo das provas porque, conforme prevê o artigo 50 da LEPA, serão expedidas intimações quando
for necessária a prestação de informações ou apresentação de provas pelos interessados ou
terceiros. Tais intimações devem mencionar data, prazo, forma e condições de atendimento.
Lembre-se que, conforme o artigo 35, § 3º e o artigo 52, ambos da LEPA, as intimações devem
observar a antecedência mínima de 3 DIAS ÚTEIS!

São indispensáveis as intimações para a prestação de informações ou


apresentação de provas pelos interessados ou terceiros.

Se a intimação não for atendida, a Administração pode suprir a omissão e dar continuidade ao
processo, decidindo-o. Lembre-se do princípio do impulso oficial, diante do qual a Administração

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deverá chegar a uma decisão final. Logo, a omissão do interessado não exime a Administração
Pública do dever de decidir.
A inércia do interessado, em relação à solicitação da Administração, sempre que sua atuação seja
necessária para o andamento do processo, ensejará o arquivamento do processo, por decisão
motivada.

3.5.3. Pareceres, Encerramento da Instrução e Decisão do Processo

Em linhas gerais, um parecer consiste na elaboração de uma opinião por parte de algum técnico. O
parecer jurídico, por exemplo, expõe o ponto de vista de um assessor jurídico da Administração
acerca do objeto em discussão no processo administrativo, ponto de vista esse que se adstringe aos
aspectos jurídicos envolvidos.
Tais pareceres, a depender da legislação aplicável, podem ser obrigatórios ou facultativos.
Os pareceres obrigatórios devem ser emitidos em até 15 dias úteis, exceto se houver norma especial
que fixe prazo diverso ou se for necessário prazo maior para a emissão do parecer, algo que deve ser
devidamente fundamentado.
Os pareceres obrigatórios podem ser vinculantes ou não, quando as conclusões alcançadas pelo
parecerista devem ou não ser observadas nas decisões proferidas pela autoridade competente.

Sem o parecer obrigatório vinculante o processo não pode prosseguir.

Diante da impossibilidade do prosseguimento do processo sem o parecer obrigatório vinculante,


haverá a responsabilização de quem deu causa ao descumprimento do prazo.
Já se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo
poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de
quem se omitiu no atendimento, salvo motivo justificado.
Os pareceres facultativos são aqueles que podem ou não ser solicitados e juntados ao processo
administrativo. Não é indispensável e tem caráter auxiliar para decisão final.
É possível que um ato administrativo (por exemplo, resolução, portaria, regulamento) ou até mesmo
uma lei determine a elaboração de um laudo técnico a um órgão, fixando um prazo para isso. Se o
laudo técnico solicitado a um órgão não for apresentado no prazo assinalado, o órgão responsável
pela instrução requisitará a prova para outro órgão qualificado e com capacidade técnica
equivalentes ao do órgão que se omitiu anteriormente.
Por outro lado, o órgão técnico encarregado do parecer poderá eventualmente demonstrar que o
prazo estipulado pelo ato normativo é insuficiente para elaborar o laudo, caso em que o prazo poderá
ser estendido por meio de outro ato administrativo.

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Acerca da finalização da instrução processual, o artigo 56 é de suma importância:

Art. 56. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no


prazo máximo de DEZ DIAS ÚTEIS, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

Portanto, o último procedimento é oportunizar ao interessado o prazo de 10 dias úteis para que ele
se manifeste, salvo outro prazo previsto em lei específica. São as alegações ou razões finais. É a
última oportunidade de manifestação do interessado antes da decisão final a ser tomada pela
autoridade competente.
Já vimos que a LEPA tem como um de seus fundamentos o respeito aos direitos dos interessados,
notadamente em relação ao contraditório e à ampla defesa. Contudo, diante de situações urgentes,
como iminente risco ou perigo ao interesse público ou à segurança de bens, pessoas e serviços, a
Administração Pública pode adotar providências cautelares sem a prévia manifestação do
interessado.
O legislador estadual privilegiou o atendimento ao interesse público nesses casos de urgência,
postergando o direito de manifestação do interessado para depois da adoção das providências
necessárias para o restabelecimento da normalidade. Repare também que esses medidas cautelares
também podem acontecer em qualquer fase do processo:

Art. 57. Em qualquer fase do processo, em caso de perigo ou risco iminente de


lesão ao interesse público ou à segurança de bens, pessoas e serviços, a
Administração Pública poderá motivadamente adotar providências
acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

Perceba que a LEPA pontuou os requisitos alternativos para ensejar as medidas cautelares:
➢ Perigo ou risco iminente de lesão ao interesse público; ou
➢ Perigo ou risco iminente de lesão à segurança de bens, pessoas ou serviços.
A fim de preservar o interesse público e os direitos dos interessados, a LEPA assegura a obtenção de
vistas do processo, de certidões e de cópias reprográficas das peças dos autos. Neste último caso, o
custo das cópias recai sobre o interessado.
Esse aspecto nada mais é do que a garantia de acesso à informação, também assegurada pela Lei
Federal nº 12.527/11, conhecida como Lei de Acesso à Informação.

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O artigo 58 da LEPA também possibilita a concessão de vista ou disponibilização dos autos com
utilização de recursos tecnológicos, de modo que a análise dos autos pode se dar de maneira não
presencial.
Antes da decisão final pela autoridade competente, é possível que seja elaborado um relatório final
versando sobre o processo administrativo como um todo. Entretanto, esse documento não existe em
todos as espécies de processo administrativo. O relatório final deve ser emitido apenas quando a
autoridade responsável pela instrução não for competente para tomar a decisão final.
Se for o caso de haver o citado relatório, deverá ele indicar o pedido inicial, o conteúdo das fases do
procedimento e a proposta de decisão objetivamente justificada. Nesta proposta de decisão, a
autoridade encarregada da instrução desenvolverá a motivação com base na qual formulará uma
sugestão de decisão final. Por último, o processo será encaminhado à autoridade competente para
decisão final.

A autoridade encarregada apenas da instrução NÃO DECIDE! Ela apresenta uma


PROPOSTA DE DECISÃO, que será encaminhada à autoridade competente para
decidir.

Já sabemos que o processo administrativo deve chegar a um final, a uma decisão terminativa sobre
a matéria ali tratada. Como se nota no artigo 60 da LEPA, é um DEVER da Administração decidir sobre
os assuntos que lhe são trazidos. Além disso, a Administração também deve decidir, em um prazo
razoável, sobre petições, representações ou reclamações que lhe são trazidas:

Art. 60. A Administração tem o dever de expressamente se pronunciar e emitir


decisão sobre todos os assuntos da sua competência que lhes sejam apresentados,
nos processos administrativos e sobre solicitações, petições, representações ou
reclamações.

§ 1º Caso a Administração, ao decidir o pedido, observe, por exigência do interesse


público, a necessidade de abranger objeto diferente ou mais amplo do que lhe foi
apresentado, deverá notificar o interessado para que, no prazo de dez dias úteis,
formule suas alegações antes da decisão.

§ 2º A decisão deverá considerar, necessariamente, enunciado de súmula


vinculante dos Tribunais Superiores, bem como as orientações jurídicas firmadas
em âmbito estadual, quando for o caso.

Em homenagem à segurança jurídica, e em respeito aos precedentes, as decisões devem observar


enunciados de súmulas e as orientações jurídicas firmadas em âmbito estadual.

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Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração deve decidir


no prazo de até 30 DIAS ÚTEIS, que pode ser motivadamente prorrogado por igual
período.

A decisão fora do prazo não é nula.

Em homenagem ao princípio da motivação, expresso no art. 3º da LEPA, os atos administrativos


devem ser devidamente motivados. Essa é a regra geral.
Uma vez mais, frisamos que motivação é diferente do elemento do motivo do ato administrativo:
este último abrange os pressupostos de fato e de direito que embasaram a atuação da
Administração. Já a motivação consiste em indicar ou tornar público quais foram esses
pressupostos.
O artigo 62 da LEPA traz algumas circunstâncias notáveis acerca do dever de motivar a prática dos
atos administrativos. Note que o caput do artigo fala em "especialmente quando", tornando os
incisos do referido artigo não exaustivos e, portanto, exemplificativos:

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Art. 62. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos,
dos fundamentos jurídicos e atos probatórios, especialmente quando:

I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção


pública;

IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V – decidam pedidos de recursos administrativos, reconsideração e


revisão;

VI – decorram de reexame de ofício;

VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou


divirjam de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais, súmulas
de Tribunais Superiores e orientações jurídicas vinculativas emitidas
por órgão competente;

VIII – importem convalidação, anulação, revogação ou suspensão de


ato administrativo.

Apesar de o rol do artigo 62 não ser exaustivo quanto à necessidade de motivação dos atos
administrativos, as hipóteses ali mencionadas têm bastante incidência em prova. Portanto, fique

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atento a elas! Perceba que todas elas têm o potencial de interferir na esfera jurídica de terceiros,
razão pela qual a motivação sobre a prática do ato administrativo cresce de importância.
A motivação deve ser EXPLÍCITA, CLARA e CONGRUENTE, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que,
neste caso, serão parte integrante do ato. Esse tipo de motivação, embasada em pareceres
anteriores, é conhecida como fundamentação aliunde ou per relationem.
Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico ou eletrônico
que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados.
Quando o ato administrativo for oriundo da decisão de um órgão colegiado e de comissões, a ata da
reunião de seus integrantes deve conter a motivação das decisões adotadas.
O interessado no processo administrativo poderá, por meio escrito, desistir total ou parcialmente
do pedido formulado, podendo também renunciar a direitos disponíveis. Caso o processo tenha
mais de um interessado, a extinção terá efeito somente sobre quem a tenha formulado.

A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o


prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse
público assim o exige.

O processo também poderá ser extinto por iniciativa da própria Administração, por um ato
devidamente fundamentado, quando houver sido exaurida sua finalidade ou quando o objeto do
processo se tornar impossível, inútil ou prejudicado por um fato superveniente.

3.6. Anulação, Revogação e Convalidação

Essa temática é mais bem aprofundada no Direito Administrativo, especialmente quando do estudo
dos Atos Administrativos. Todavia, é na LEPA que são encontradas as previsões legais sobre esses
importantes institutos que envolvem os atos administrativos.
O artigo 65 consagra aquilo que a doutrina conhece como princípio da autotutela, em que a própria
Administração tem a prerrogativa de apreciar seus próprios atos, anulando-os quando ilegais e
revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos:

Art. 65. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
em qualquer caso respeitados os direitos adquiridos.

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Esse dispositivo está alinhado à jurisprudência pacificada do Supremo Tribunal Federal, que inclusive
possui duas súmulas a esse respeito:

Súmula 346 - A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos.

Súmula 473 - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

A anulação deve ser declarada de ofício pela Administração quando for detectada ilegalidade na
prática de algum ato administrativo. Ou seja, diante da não observância de alguma norma do
ordenamento jurídico, o ato deverá ser retirado por anulação. A anulação sempre terá efeitos
retroativos (ex tunc), retroagindo à data de edição do ato ilegal. Tudo o que foi produzido por aquele
ato desde a sua edição será considerado nulo.
Insta destacar que o Poder Judiciário, em sua função típica, poderá decretar a nulidade de ato
administrativo praticado pela Administração Pública.
A revogação, por outro lado, envolve atos legais, que respeitam o ordenamento jurídico. Contudo, a
continuidade desses atos não mais convém ao interesse público, tornando-os inconvenientes ou
inoportunos. A revogação terá caráter prospectivo (ex nunc), ou seja, preserva-se o que foi feito até
a data da revogação, mas o ato deixará de existir daquela data em diante.
O Poder Judiciário não pode revogar ato administrativo.

Independentemente de anulação ou revogação, a retirada do ato administrativo


sempre deverá respeitar os direitos adquiridos.

O artigo 66 da LEPA traz uma lista enumerativa (exemplificativa) de atos administrativos que são
considerados inválidos porque desatendem pressupostos legais e regulamentares. São eles.

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I - incompetência da pessoa jurídica, órgão ou agente de que emane;

II - omissão de formalidades ou procedimentos essenciais;

III - ilegalidade do objeto;

IV - inexistência ou impropriedade do motivo de fato ou de direito;

V - desvio de poder;

VI - falta ou insuficiência de motivação.

Há várias classificações possíveis aos atos administrativos. Uma delas diz respeito aos atos vinculados
e aos atos discricionários.
Os atos vinculados são aqueles que a lei não deixa margem de escolha à autoridade competente: ela
deve atuar em estrita observância ao que a lei prevê. Por outro lado, os atos discricionários propiciam
uma margem de escolha, uma opção ao administrador público. A lei que regula esses atos oportuniza
à autoridade competente adotar uma ou outra opção, a depender da circunstância que se apresenta.
Com base nisso, o artigo 66, § 1º, da LEPA afirma que, nos atos discricionários, a falta de correlação
lógica entre o motivo e o conteúdo do ato levará à invalidação do ato.

Nenhuma nulidade será declarada em favor de quem lhe der causa e se dela não
resultar prejuízo aos interessados e à defesa.

Em outras palavras: Deve-se observar a impossibilidade de se beneficiar da


própria torpeza e também a impossibilidade de declaração de nulidade sem
prejuízo.

O artigo 67 também veicula uma IMPORTANTÍSSIMA regra sobre a retirada dos atos administrativos.
Trata-se do prazo que a Administração Pública possui para anular ou revogar um ato administrativo
que gera efeitos favoráveis aos seus destinatários:

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É de CINCO ANOS o prazo para a Administração anular os atos administrativos de


que decorram efeitos favoráveis para os destinatários, contados da data em que
foram praticados.

Perceba que esse prazo se refere apenas aos atos que geram EFEITOS FAVORÁVEIS PARA OS
DESTINATÁRIOS. Dessa maneira, um ato administrativo que não gera efeito favorável a destinatário
algum pode ser retirado após o transcurso do prazo de 5 anos.

Havendo comprovada má-fé do destinatário, o prazo de 5 anos conta-se da data do


conhecimento do ato pela autoridade competente para a sua anulação.

No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo para anular contar-se-á da


percepção do primeiro pagamento.

Para finalizarmos esse tópico em que pudemos verificar alguns importantes temas relacionados ao
estudo dos atos administrativos, falaremos sobre a convalidação dos atos administrativos.
Um ato administrativo possui elementos ou requisitos para ser praticado. São estes: competência,
motivo, objeto, finalidade e forma. Logo, o ato administrativo somente estará bem formado e apto
a produzir efeito com a reunião desses 5 elementos ou requisitos.
No processo de formação do ato administrativo, pode acontecer vício em algum desses requisitos.
Se isso ocorrer, o ato administrativo fica defeituoso, estando inapto a produzir efeitos. Entretanto,
alguns vícios podem ser superados por meio da convalidação.
Sendo assim, a convalidação serve para suprimir a ilegalidade existente em alguns elementos de
formação do ato administrativo, desde que se trate de vícios sanáveis. Com a convalidação, a
ilegalidade fica superada e o ato torna-se hígido e restaurado sobre o ponto de vista de sua validade.
Contudo, a convalidação somente pode acontecer se não acarretar lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros.
A LEPA expressamente dispõe sobre os vícios que podem ser sanados. Vejamos a seguir:

Art. 68. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse


público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem vícios sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração.

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Parágrafo único. São considerados sanáveis os vícios de competência ou de ordem


formal, desde que:

I - na hipótese de vício de competência, a convalidação seja feita pela autoridade


titulada para a prática do ato, e não se trate de competência indelegável;

II - na hipótese de vício formal, este possa ser suprido de modo eficaz.

Logo, vícios nos elementos de competência e forma podem ser convalidados, sempre em
conformidade com as disposições do parágrafo único do artigo 68.

3.7. Recurso Administrativo, Reconsideração e Revisão

O artigo 69 da LEPA começa a tratar acerca dos recursos. Primeiramente, nota-se a previsão genérica
que, em face de decisões administrativas, é cabível a interposição de recurso por razões de legalidade
e de mérito.
Antes de seguirmos adiante, atos de mero expediente ou atos que apenas preparam decisões
administrativas são IRRECORRÍVEIS. Ou seja, não cabe recurso sobre atos administrativos incapazes
de influenciar na esfera jurídica de terceiros.
Uma vez interposto, o recurso deve ser endereçado à autoridade superior àquela que proferiu a
decisão recorrida. Contudo, esse recurso é apresentado perante a própria autoridade que exarou
a decisão. Nessa oportunidade, ela pode reconsiderar a decisão em até 5 dias úteis. Caso mantenha
a decisão, faz subir o recurso à autoridade superior.

Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria decisões ou


orientações jurídicas com efeito vinculante, caberá à autoridade prolatora da
decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o
recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade do
entendimento sumulado, conforme o caso.

Ao estudarmos o artigo 4º, inciso XI, da LEPA, vimos que a gratuidade é a regra no processo
administrativo. Dessa forma, a interposição de recurso independe de caução. Sobre isso, vale
novamente transcrever a Súmula Vinculante nº 21 do Supremo Tribunal Federal:

Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento


prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

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O recurso tramitará no máximo por TRÊS instâncias administrativas, salvo


disposição legal diversa.

Após a decisão da terceira instância administrativa, diz-se que houve formação de coisa julgada
administrativa. Significa dizer que, no âmbito administrativo, a decisão se tornou imutável.
Entretanto, é totalmente possível que o interessado leve o fato ao conhecimento do Poder Judiciário
para que este aprecie o caso e decida, com definitividade, sobre o assunto.
O artigo 71 trata a respeito da instância máxima para os recursos:

Art. 71. Salvo disposição legal em contrário, a instância máxima para o recurso será:

I - na Administração centralizada, o Secretário de Estado ou autoridade a ele


equiparada, excetuados os casos em que o ato tenha sido por ele praticado
originariamente, caso em que caberá recurso ao Governador do Estado;

II - na Administração descentralizada, o dirigente superior da pessoa jurídica,


excetuados os casos em que o ato tenha sido por ele praticado originariamente,
caso em que caberá recurso ao titular do órgão da Administração direta a que está
vinculado, nos termos da lei.

Como se nota, os Secretários do Estado ou os dirigentes das entidades da Administração Indireta são,
como regra, as instâncias máximas recursais no âmbito administrativo.
Vimos no artigo 18 da LEPA os interessados no processo administrativo (item 3.1 da nossa aula).
Aqueles interessados são os legitimados pela lei a interporem os recursos administrativos cabíveis ao
caso.

Salvo disposição legal específica, é de DEZ DIAS ÚTEIS o PRAZO para interposição
de recurso, contado da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

Este prazo poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.

Como se nota, o interessado tem o prazo de 10 DIAS ÚTEIS para interpor recurso. Esse recurso, salvo
disposição específica em sentido contrário, deverá ser decidido pela Administração em até 30 DIAS
ÚTEIS.

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O recurso deve ser apresentado por escrito. Na ocasião, o interessado deve expor os fundamentos
do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.

Salvo disposição legal em contrário, o RECURSO NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO.

Via de regra, uma vez interposto, o recurso não suspende a decisão tomada anteriormente. A decisão
ficará mantida e eficaz até o processamento do recurso. Contudo, os parágrafos do artigo 75 da lei
trazem casos em que é possível atribuir efeito suspensivo ao recurso. Vejamos a redação dos
dispositivos mencionados:

Art. 75. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.

§ 1º Havendo relevante fundamento e justo receio de prejuízo de difícil ou incerta


reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente
superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

§ 2º Requerida fundamentadamente a concessão de efeito suspensivo, a


autoridade recorrida ou a imediatamente superior apreciará o pedido no prazo de
cinco dias úteis, contados do recebimento do processo pela autoridade
competente.

Logo, em casos com fundamentos relevantes e com justo receito de prejuízo, é possível que o recurso
tenha efeito suspensivo.
Os demais interessados no recurso devem ser intimados para manifestação, no prazo de 10 dias
úteis, tão logo recebido o recurso por parte da autoridade competente.

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São hipóteses de não conhecimento do recurso:

Intempestividade Endereçamento a
(interposição fora órgão
do prazo) incompetente

Esgotamento de
Ilegitimidade do todos os recursos
recorrente administrativos
cabíveis
No caso do endereçamento a órgão incompetente, a autoridade que receber o recurso deverá, de
ofício, remetê-lo ao órgão competente.

O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício


o ato ilegal.

Em razão da autotutela e da busca pela verdade material, a Administração pode rever de ofício o
ato ilegal, mesmo se o recurso não houver sido conhecido.
Também em homenagem ao formalismo moderado (ou informalismo), o recurso designado de
maneira equivocada pelo interessado que o apresentou poderá ser conhecido quando seu conteúdo
for relevante e puder levar à impugnação do ato contestado.
A autoridade competente para apreciar o recurso poderá adotar as seguintes condutas:
➢ Confirmar o ato inicialmente praticado, não acolhendo as alegações contidas no recurso;
➢ Modificar o ato praticado, levando em consideração o recurso;
➢ Anular o ato praticado, caso o recurso apresentado leve ao reconhecimento de nulidade da
conduta;
➢ Revogar o ato praticado, por razões de conveniência ou oportunidade.

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Ao apreciar o recurso, é possível que a autoridade competente conclua que a


situação do recorrente mereça ser agravada. Neste caso, este último deverá ser
cientificado para se manifestar em 10 DIAS ÚTEIS, formulando alegações em sua
defesa antes da decisão.

Perceba que o recurso no processo administrativo pode levar ao agravamento da situação do


recorrente. Isso ocorre porque, como se sabe, a Administração busca atingir a verdade real em torno
do objeto do processo. Se, após apreciar o recurso, a verdade alcançada pela Administração exigir o
agravamento da situação do recorrente, isso poderá ser concretizado.
Necessário se faz, portanto, assegurar contraditório antes do agravamento da situação do
recorrente.
O artigo 80 da LEPA trata de recursos em que o interessado que o interpõe alega violação a
precedentes jurídicos vinculantes. Neste caso, o órgão decisor deverá expor a aplicabilidade ou não
do precedente eventualmente violado:

Art. 80. Se o recorrente alegar violação de decisões ou orientações jurídicas com


efeito vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões
da aplicabilidade ou inaplicabilidade do entendimento sumulado, conforme o
caso.

O artigo 81 da LEPA faz uma previsão específica acerca de recursos contra decisões tomadas
originariamente pelo Governador do Estado. Neste caso, caberá um único pedido de
reconsideração, no prazo de 10 DIAS ÚTEIS, dirigido ao próprio governador, observando-se, no que
couber, o regime do recurso hierárquico.
A revisão é uma espécie recursal diferenciada. Ela proporciona que sanções possam ser revistas a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, desde que haja fatos novos ou circunstâncias relevantes
suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Entretanto, a LEPA já deixa claro que a
mera alegação de injustiça não é um fundamento legítimo para ensejar a revisão da sanção:

Art. 82. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser


revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção
aplicada.

§ 1º A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para


a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo
originário.

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§ 2º A revisão deve ser requerida junto à autoridade que aplicou a penalidade, a


quem cabe o seu julgamento.

§ 3º No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

§ 4º Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

Seguindo a regra geral do artigo 47 da LEPA, nota-se que o requerente tem o ônus de provar as
alegações que traz no pedido de revisão, requerendo-a junto à autoridade que aplicou a penalidade.

É proibido o agravamento da sanção (reformatio in pejus) no caso da revisão!!!

Já para os recursos em geral, vimos que a situação do recorrente PODE SER


AGRAVADA pela decisão da autoridade competente, desde que seja assegurado
o contraditório antes da imposição do gravame.

3.8. Prazos e Sanções

As regras aplicáveis aos prazos previstos na LEPA estão contidas nos artigos 83 e 84.
A LEPA seguiu a regra geral que consta no Código de Processo Civil de 2015, adotando como regra a
contagem dos dias úteis. Portanto, todos os prazos do processo administrativo estadual paraense
são contados em DIAS ÚTEIS.
Os prazos só começam a correr a partir da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento. Significa dizer que, ao iniciar a contagem em dias de um
determinado prazo, o primeiro dia será o dia útil seguinte ao da cientificação oficial do ato.
Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que
não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal ou, ainda, houver
indisponibilidade da comunicação eletrônica, neste caso conforme regulamento.
Já os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data, considerando-se como termo final,
caso no mês do vencimento não haja o dia equivalente àquele do início do prazo, o último dia do
mês. Por exemplo, um prazo de 3 meses iniciado em 10 de janeiro terá seu termo final em 10 de
abril.

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É admitida, mediante comum acordo e devida motivação relacionada à


complexidade da matéria e do procedimento, a fixação excepcional de prazos
diferenciados para a prática de atos processuais.

Prazos processuais NÃO SE SUSPENDEM, salvo motivo de força maior devidamente comprovado.
Por fim, antes de passarmos à segunda parte da lei, em que analisaremos os procedimentos em
espécie, há o artigo 85, que dispõe genericamente sobre as sanções.
Segundo a LEPA, as sanções ou têm natureza pecuniária (multas, por exemplo) ou impõem obrigação
de fazer ou não fazer. Em qualquer caso, é assegurada a ampla defesa.

As sanções têm natureza pecuniária ou impõem obrigação de fazer ou de não


fazer, com ampla defesa assegurada em qualquer caso.

(INSTITUTO AOCP - 2019) Dentre os legitimados como interessados no processo administrativo no


âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, conforme a Lei Estadual nº 8.972/20, dentre
outros, é possível destacar apenas as pessoas físicas membros da administração pública.
Comentários:
Nos termos do art. 18 da LEPA, não são apenas as pessoas físicas membros da administração pública
que são legitimados como interessados no processo administrativo. Questão errada.

(INSTITUTO AOCP - 2019) De acordo com o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, o ato de delegação
é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
Comentários:
Nos termos do art. 23, § 2º, da LEPA, a delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade
delegante. Questão correta.

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(INSTITUTO AOCP - 2019) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, concluída a instrução de
processo administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 (trinta) dias para decidir, excluída a
hipótese de prorrogação ainda que expressamente motivada
Comentários:
De acordo com o art. 61 da LEPA, o prazo de decisão é de fato até 30 dias úteis. Contudo, é possível
prorrogação por igual período, desde que expressamente motivada. Questão errada.
(INSTITUTO AOCP - 2018) Salvo disposição legal em sentido contrário, o recurso tem efeito
suspensivo.
Comentários:
Diferentemente do que afirma o item, o recurso não terá efeito suspensivo, como regra geral. É o
que se extrai do art. 75 da LEPA. Questão errada.
(INSTITUTO AOCP - 2019) Poderão ser recusadas, independentemente de decisão fundamentada, as
provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou
protelatórias.
Comentários:
De acordo com o art. 116 da LEPA, as provas impertinentes, desnecessárias ou protelatórias serão
recusadas mediante decisão fundamentada da comissão processante, notificando-se o acusado.
Questão errada.

4. NORMAS APLICÁVEIS A PROCEDIMENTOS


ESPECÍFICOS

4.1. Procedimento de Invalidação

Os artigos 86 a 90 da LEPA tratam especificamente sobre a invalidação de atos ou contratos


administrativos. Invalidar significa retirar o ato ou o contrato do mundo jurídico em razão de vícios.
Diante de irregularidades, é dever da Administração atuar no sentido de restaurar a legalidade do
ato, caso se trate de um vício sanável (convalidação), ou anulá-lo, retirando-o do mundo jurídico,
quando se tratar de vício insanável. Portanto, para fins de entendimento da LEPA, podemos
compreender a invalidação como expressão sinônima da anulação.
Em razão do princípio da autotutela, o procedimento de invalidação será instaurado de ofício,
quando a própria autoridade que praticou o ato ou contrato, ou seu superior hierárquico, submeterá
o assunto à unidade jurídica do órgão ou entidade, ou por provocação, quando o interessado requer
a invalidação à autoridade que praticou o ato ou contrato supostamente inválido, que também
submeterá o assunto à unidade jurídica.
Em qualquer dos casos, a Administração e o interessado devem demonstrar as razões de fato e de
direito que ensejam a declaração de invalidade do ato ou contrato ou outros ajustes. Em outras
palavras: deve haver motivação da suspeita de invalidade.

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À unidade jurídica cabe OPINAR sobre a validade ou não do ato ou do contrato, sugerindo instrução
cabível e avaliando necessidade ou não de contraditório, inclusive aos terceiros interessados. Da
mesma forma que em outras situações também previstas na LEPA, é fixado o prazo de 10 DIAS ÚTEIS
para apresentação de razões finais pelos interessados intimados.
Em continuidade à instrução do procedimento de invalidação, após a manifestação dos interessados
a unidade jurídica opinará novamente sobre o assunto, após o que a autoridade decidirá
motivadamente no prazo de 20 DIAS ÚTEIS. Dessa decisão caberá recurso hierárquico.

ATENÇÃO AOS PRAZOS PARA DECISÃO:

Prazo geral para


No procedimento de Prazo geral para
decisão de processo
invalidação decisão de recursos
administrativo

Até 20 Dias Até 30 Dias Até 30 Dias


Úteis Úteis Úteis

(art. 88, III) (art. 61) (art. 73, § 1º)

Quando a questão envolver questões jurídicas relevantes, caberá à Procuradoria-Geral do Estado


analisar e exarar a manifestação acerca da eventual invalidação do ato ou contrato, sempre que
provocada pelo respectivo titular de Poder, órgão ou entidade.

É possível que, de maneira cautelar, a autoridade suspenda, de ofício ou mediante provocação, a


execução do ato ou contrato ou outros ajustes no curso do procedimento de invalidação, a fim de
evitar lesão ao interesse público de difícil ou impossível reparação.
Ao final, a decisão que invalidar ato ou contrato ou outros ajustes estabelecerá as providências
necessárias ao desfazimento dos efeitos produzidos, resguardados os terceiros de boa-fé, e
determinará a apuração de eventuais responsabilidades.

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É também possível que haja modulação dos efeitos da decisão de invalidação. Significa dizer que a
Administração pode, em razão de segurança jurídica ou de relevante interesse social, restringir os
efeitos da decisão que invalidar o ato ou o contrato. Poderá também decidir que a invalidação só
produza efeitos a partir de certo momento específico.

4.2. Procedimento de Justificação

O procedimento de justificação se destina a suprir falta ou insuficiência de documento, como


também justificar a existência de algum fato ou relação jurídica de interesse do postulante, quando
não houver outro meio de prova capaz de evidenciar a verdade do fato alegado. Por exemplo, no
caso de impossibilidade de obtenção de documento porque determinada repartição pública sofreu
uma inundação ou uma enchente, é possível a instauração do procedimento de justificação.
O requerimento a ser protocolado pelo interessado deve conter as seguintes informações:
a) descrição dos fatos;
b) razões do pedido;
c) início de prova material; e
d) rol de testemunhas (mínimo de três).
Após o protocolo, será constituída uma comissão integrada por 3 servidores, encarregada de
proceder à instrução do pedido e elaborar um relatório final. Este, após passar por análise jurídica,
será encaminhado à autoridade competente para decisão.
A prova exclusivamente testemunhal será admitida na ocorrência de força maior ou caso fortuito
relacionado ao fato que se pretende justificar. A força maior ou caso fortuito será comprovado
mediante registro policial feito em época própria ou por apresentação de documentos
contemporâneos ao fato.
Portanto, como se nota, a prova exclusivamente testemunhal é algo excepcional. Como regra, o
requerimento de justificação deve vir acompanhado de outras evidências.

Não é admitida a justificação quando o fato a comprovar exigir registro público ou


a lei prescrever forma especial para o ato jurídico.

Os tipos do procedimento de justificação são os seguintes:


➢ Prévio: o procedimento de justificação é iniciado antes do processo principal;
➢ Incidental: a justificação é iniciada durante o processo administrativo principal.
No processo de justificação, serão aplicadas as regras de incapacidade, suspeição e impedimento
para as testemunhas previstos no Código de Processo Civil.
A decisão sobre o procedimento de justificação tem as seguintes consequências:
➢ Se houver indeferimento do pedido, o procedimento não será utilizado como meio de prova.

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➢ Se houver deferimento do pedido, a justificação será aceita como meio de prova junto à
Administração Pública, sem prejuízo dos demais meios de provas.
O deferimento, por si só, não leva ao deferimento do

O processo de justificação objetiva apenas comprovar a existência de um fato ou


uma relação jurídica, não provocando, como efeito imediato, o deferimento do
processo principal.

Aquele que prestar informações falsas, terá a sua responsabilidade criminal apurada, mediante
==c6dad==

representação ao Ministério Público.

4.3. Procedimento de Outorga

Do ponto de vista semântico, outorga significa uma aprovação, um consentimento.


À luz da LEPA, os pedidos de licença, registro, concessão, permissão e outros atos que os interessados
fazem à Administração Estadual Paraense para terem direitos reconhecidos, atribuídos ou liberados
para exercício são regidos pelas normas do procedimento de outorga, contidas entre os artigos 99 e
103.
Como regra, a competência para apreciar o requerimento de outorga será do titular do órgão ou
entidade encarregado da matéria versada, salvo previsão legal ou regulamentar em contrário.

Art. 101. O procedimento de outorga será instaurado por provocação do


interessado, mediante requerimento escrito, dirigido à autoridade competente
para apreciação e decisão, devendo indicar:

I - o nome, a qualificação e o endereço do requerente;

II - os fundamentos de fato e de direito do pedido;

III - o pedido e a providência pretendida;

IV - as provas em poder da Administração que pretende ver juntadas aos autos e


outras a serem produzidas.

Parágrafo único. O requerimento será desde logo instruído com a prova


documental de que disponha o interessado.

Como se nota, não há procedimento de outorga iniciado de ofício pela Administração.

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Os requerimentos de outorga seguem o rito previsto no art. 102, conforme a tabela abaixo. Sempre
se atente aos prazos:

I - protocolado o expediente, o órgão ou entidade que o receber


providenciará a autuação e seu encaminhamento à unidade administrativa
competente, no prazo de dois dias úteis, para prestar informações iniciais;
II - o requerimento será desde logo indeferido se não atender aos requisitos
dos incisos I a IV do art. 101 desta Lei, notificando-se o requerente;
III - se o requerimento for dirigido a órgão ou entidade incompetente, este
providenciará seu encaminhamento a quem couber sua apreciação,
notificando-se o requerente;
IV - a autoridade competente determinará as providências adequadas à
instrução dos autos, ouvindo, em caso de dúvida quanto à matéria jurídica,
a unidade jurídica do órgão ou entidade;
V - quando os elementos colhidos puderem conduzir ao indeferimento do
pedido, o requerente será intimado para, querendo, apresentar, no prazo
de 5 (cinco) dias úteis, manifestação final;
VI - encerrada a instrução, a autoridade decidirá, de forma motivada, no
prazo de 20 (vinte) dias úteis subsequentes;
VII - a decisão da autoridade competente deverá determinar, em caso de
deferimento do pedido, a entrega do objeto de outorga pretendido pelo
requerente, observadas as formalidades pertinentes a cada ato, notificando-
se o interessado;
VIII - da decisão que indeferir o pedido caberá recurso hierárquico, nos
prazos e forma previstos nesta Lei.

Quando dados, esclarecimentos, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem


necessários à apreciação do pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela
Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo, notificando-se
o requerente.
O artigo 103 trata da situação em que duas ou mais pessoas requerem à Administração o
reconhecimento de direitos que se excluem mutuamente. Veja:

Art. 103. Quando duas ou mais pessoas pretenderem da Administração o


reconhecimento ou atribuição de direitos que se excluam mutuamente, serão
reunidos os diversos pedidos e instaurado um procedimento administrativo único
para decisão, com observância das normas previstas nesta Seção.

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Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, os interessados serão


intimados para se manifestar sobre os requerimentos, com prazo comum de cinco
dias úteis, após o que a autoridade competente decidirá, motivadamente, no prazo
de vinte dias úteis.

4.4. Procedimento Sancionatório

Vimos que o artigo 85 da LEPA dispõe genericamente sobre sanções, admitindo apenas as sanções
pecuniárias ou aqueles que impõem obrigações de fazer ou de não fazer.
Os artigos 104 a 125 esmiúçam os procedimentos a serem adotados no bojo de um processo
administrativo quando se trata da aplicação de uma sanção em face de determinado indivíduo.
Vale lembrar que a aplicação de uma sanção deve estar muito bem fundamentada e motivada,
tendo em vista a influência direta sobre a esfera de direitos de uma determinada pessoa. Mais do
que qualquer outra espécie de processo, a observância de contraditório e da ampla defesa é uma
necessidade fundamental para a regularidade dos procedimentos sancionatórios.
O procedimento sancionatório previsto na LEPA deve ser utilizado de forma subsidiária quando não
existir regramento próprio previsto em lei especial. Lembre-se que a LEPA é uma norma geral,
aplicável sempre que não houver uma norma que trate a respeito de determinado procedimento
administrativo sancionatório.
Por exemplo, lembre-se que o processo administrativo disciplinar contra o servidor público estadual
é regulado pela Lei Estadual nº 5.810/94. Portanto, as normas da LEPA serão aplicadas a essa espécie
de processo apenas de maneira subsidiária, caso o Estatuto silencie ou nada preveja acerca de
determinada situação.
A LEPA atribui um dever de agir da autoridade administrativa quando tomar ciência da prática de
eventual falta infracional, devendo praticar todos os atos indispensáveis para a apuração do ilícito,
sob pena de responsabilidade:

Art. 105. A autoridade que tiver conhecimento de eventual infração administrativa


é obrigada a promover sua apuração imediata, sob pena de responsabilidade.

§ 1º Quando não houver elementos suficientes para abertura imediata do


procedimento sancionatório, deverá ser instaurada sindicância investigativa, sem
natureza punitiva, destinada exclusivamente à investigação dos fatos para coleta
de indícios de autoria e materialidade do suposto ilícito administrativo.

§ 2º Os indícios de autoria e materialidade colhidos na sindicância investigativa,


serão apurados em procedimento sancionatório, assegurados o contraditório e a
ampla defesa.

§ 3º A sindicância de que trata o §1º deste artigo será conduzida por comissão
formada por três servidores estáveis, e será concluída no prazo de quinze dias úteis,
prorrogável uma única vez por igual período.

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§ 4o Da sindicância investigativa poderá resultar o seu arquivamento ou a


instauração de procedimento sancionatório.

A sindicância investigativa é o primeiro procedimento mencionado pela lei a fim de materializar o


dever de apuração previsto no caput do artigo 105. É utilizada na ausência de elementos suficientes
para abertura imediata do procedimento sancionatório.
Como mencionado, a sindicância terá caráter investigativo. Significa dizer que essa sindicância, por
si só, não levará à punição do responsável. Ela apenas coletará indícios de autoria e do real
cometimento de uma infração ou irregularidade do fato em apuração.

A sindicância investigativa será conduzida por uma comissão de 3 servidores


estáveis, com prazo de conclusão de 15 DIAS ÚTEIS, permitida uma única
prorrogação por igual período.

A sindicância investigativa somente poderá ter 2 conclusões: arquivamento ou


instauração do procedimento sancionatório.

Art. 106. Qualquer pessoa que tiver conhecimento de violação da ordem jurídica,
praticada no âmbito do Poder Público, poderá denunciá-la à Administração.

Como se nota, não são apenas os servidores públicos que podem denunciar irregularidades à
Administração, mas sim qualquer pessoa.
Via de regra, a denúncia deverá conter a identificação do seu autor, em como o fato e as
circunstâncias. Se possível, deverá conter também os responsáveis pelo fato ou aqueles que se
beneficiaram dele. Caso a denúncia seja verbal, o servidor competente irá registrá-la por escrito para
que o denunciante assine.
A LEPA admite as denúncias apócrifas (ou denúncias anônimas) em seu artigo 108. Veja:

Art. 108. Na hipótese de denúncia anônima, desde que devidamente motivada, a


Administração promoverá investigação preliminar interna acerca dos fatos
constantes da peça anônima, para que sejam colhidos outros elementos que a
comprovem, observando-se as cautelas necessárias para evitar injusta ofensa à
honra do denunciado.

Perceba que a denúncia anônima ensejará uma apuração preliminar sobre o fato. Se a denúncia for
recebida, a autoridade competente exercerá juízo de admissibilidade, decidindo acerca da
verossimilhança dos fatos denunciados, ocasião em que providenciará a instauração de auditoria,
sindicância investigativa ou procedimento administrativo sancionatório, na forma prevista em lei.

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Por outro lado, quando o fato narrado não configurar evidente infração administrativa, a denúncia
será arquivada por falta de objeto, em decisão devidamente motivada

A denúncia (anônima ou não) não levará, por si só, à aplicação de penalidade do


responsável. Com base nela, a autoridade competente instaurará procedimento de
apuração (auditoria e sindicância investigativa) ou o procedimento administrativo
sancionatório diretamente, caso haja evidências de autoria e de materialidade da
irregularidade trazida ao conhecimento da autoridade.

A denúncia poderá também ser arquivada por falta de objeto.

Agora, veja os casos em que o procedimento sancionatório será instaurado pela autoridade
competente:

Ciência de irregularidade no serviço público e não for necessária


prévia sindicância investigativa para colher indícios de
materialidade e suposta autoria;

Verificar a existência de indícios da prática de infração


administrativa, após conclusão de sindicância investigativa,
auditoria, ou no exercício do poder de polícia;

Verificar a existência de indícios suficientes da prática de


infração administrativa, após o juízo de admissibilidade de
denúncia apresentada perante a Administração Pública.

O procedimento sancionatório será instaurado mediante ato publicado no Diário


Oficial do Estado.

Os requisitos para a instauração do procedimento são os seguintes:

a) indicação da comissão processante, composta por 3 servidores estáveis;

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b) identificação do acusado apenas com as iniciais do seu nome;


c) descrição sumária dos fatos;
d) indicação das normas pertinentes à infração;
e) sanção cabível em tese.

Os membros da comissão processante serão indicados pela autoridade julgadora, que definirá o seu
presidente. Este, por sua vez, indicará o secretário da comissão.

O prazo para conclusão do procedimento é de 120 DIAS ÚTEIS, admitindo apenas


uma prorrogação, por igual período, por circunstâncias excepcionais, devidamente
motivada.

Em relação à prescrição para o exercício da pretensão punitiva, a LEPA estabeleceu no artigo 112 o
prazo geral de 5 anos, contados a partir do conhecimento do fato ilícito pela autoridade competente
para instaurar o procedimento ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que
tiver cessado.

O prazo prescricional começa a correr a partir do momento que a autoridade


competente toma conhecimento do fato ilícito, e não da data do cometimento
desse fato.

Quando o fato apurado também for considerado crime, será utilizado o prazo previsto na lei penal.
A prescrição será interrompida mediante a publicação do ato instaurador, reiniciando a sua
contagem após o transcurso do prazo de conclusão do procedimento sancionatório (120 ou 240 dias
úteis). Por outro lado, a prescrição estará suspensa enquanto perdurar a vigência do Termo de
Ajustamento de Conduta ou outro termo congênere. A lei prevê a responsabilização do agente que
der causa imotivada à prescrição.
A prescrição da ação punitiva administrativa não interfere na reparação de danos pelo infrator.
Ainda que prescrito ilícito administrativo, nada impede a apuração e a proposição dos atos
necessários para a reparação dos danos no âmbito civil.

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O acusado será notificado sobre a instauração do procedimento para, no prazo de


10 DIAS ÚTEIS, apresentar defesa, requerendo, sob pena de preclusão, as provas a
serem produzidas; e a indicação de até 5 testemunhas.

A notificação do acusado terá as seguintes informações:


➢ Descrição completa dos fatos que lhe são imputados;
➢ Indicação das normas pertinentes à infração e à sanção aplicável;
➢ Advertência quanto à faculdade de o acusado constituir advogado.
Em relação à produção de provas, a comissão tem amplos poderes para isso, inclusive solicitando a
emissão de parecer técnico para formar a sua convicção. O acusado deverá ser notificado de todas
as produções de prova. Este, por sua vez, deve provar todos os fatos que alegou, seguindo a regra
geral de que o ônus da prova recai sobre aquele que a alega.

Ao final da instrução, o acusado será intimado para, querendo, apresentar


alegações finais em até 10 dias úteis.

A comissão, após a instrução processual e a apresentação das alegações finais, elaborará relatório
conclusivo em que tratará sobre a materialidade, a autoria e a responsabilidade do acusado em
relação à infração administrativa apurada. Após a conclusão do relatório final, a comissão
encaminhará os autos completos para unidade jurídica para a devida análise e emissão de parecer.
Ao final, após a emissão de parecer jurídico pela unidade jurídica competente, a autoridade julgadora
terá o prazo de 30 DIAS ÚTEIS para decidir.
Ao decidir, a autoridade julgadora poderá acatar o relatório da comissão processante ou julgar,
motivadamente, de forma diversa do sugerido, quando o relatório contrariar as provas produzidas
dos autos.
Neste último caso, a penalidade sugerida poderá ser abrandada, agravada ou, ainda, haver a
isenção de responsabilidade.
Inconformado com o julgamento, o acusado poderá interpor recurso hierárquico no prazo de 10
DIAS ÚTEIS, contados da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

O recurso, apesar de endereçado para autoridade superior, será interposto para


autoridade julgadora que poderá, no prazo de 5 dias úteis, reconsiderar da sua
decisão ou, se a mantiver, fazer subir o recurso.

Se a unidade jurídica constatar vício insanável no curso do procedimento sancionatório, o ato


processual será anulado. Neste caso, o contraditório será reaberto e serão aproveitados os atos
regularmente praticados.

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A revisão poderá ocorrer a qualquer momento, de ofício ou a pedido, ante a existência fatos novos
ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
É importante reforçar que a simples alegação de injustiça não constitui fundamento para revisão,
sendo necessária a apresentação de elementos novos, ainda não apreciados.

Quando o procedimento resultar em aplicação de multa, o acusado será intimado


para pagar em 15 DIAS ÚTEIS o valor devido ou impugnar o seu valor em 10 DIAS
ÚTEIS.

A ausência de manifestação do acusado ocasionará a constituição do crédito não-tributário e o seu


posterior encaminhamento para inscrição na dívida ativa do Estado.
Por fim, o artigo 125 da LEPA faz referência ao Código de Processo Penal, que será aplicado
subsidiariamente em relação ao procedimento sancionatório.

4.5. Procedimento de Reparação de Danos

Essa parte da lei permite à Administração reparar danos causados a terceiros por agentes públicos.
Vale lembrar essa obrigação do Poder Público está prevista na nossa Constituição Federal, em seu
artigo 37, § 6º:

Art. 37, CF/88

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

O procedimento de reparação de danos a terceiros e o procedimento de reparação de danos ao


Erário serão de iniciativa do interessado ou da Administração. Tais procedimentos poderão ser
precedidos de sindicância ou auditoria destinada a verificar a materialidade e autoria do ilícito civil,
caso em que estas serão anexadas como peça informativa.
A lei também prevê o procedimento de reparação de danos causados ao erário por agente público
ou por particular (tutela ressarcitória), seja pessoa física ou pessoa jurídica.
A LEPA atribui unicamente à Procuradoria-Geral do Estado a competência para a apuração do dano
e valor.

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Os procedimentos de reparação de danos são de competência da Procuradoria-


Geral do Estado, abrangidos os danos ocorridos em todos os âmbitos referidos no
art. 1º da Lei.

A tutela ressarcitória, entendida como a lesão provada ao erário por alguém, deve ser objetivamente
apurada e será adimplida preferencialmente por obrigação de fazer ou de não fazer ou, ainda,
mediante prestação pecuniária.

Na determinação dos valores em razão de perda, avarias ou deterioração de bem,


deverão ser utilizados critérios de aferição de preço de mercado,
preferencialmente por meio de cotação com pelo menos três fornecedores, se
houver, e consulta ao registro de preços.

Se não for possível a obtenção de valores conforme descrito acima, a Administração poderá se valer
de outros meios de aferição, inclusive por perícia.
O passo a passo para o ressarcimento de DANOS CAUSADOS A TERCEIROS e que tenha iniciativa do
interessado é o seguinte, nos termos do artigo 130:

I - o requerimento será protocolado na Procuradoria-Geral do Estado, em


até cinco anos contados do ato ou fato que houver dado causa ao dano;
II - o protocolo do requerimento suspende, nos termos da legislação
pertinente, a prescrição da ação de responsabilidade civil contra o Estado,
até decisão final da Administração, observado o prazo máximo de cento e
vinte dias úteis para conclusão do procedimento, após o qual a prescrição
voltará a correr;
III - o requerimento conterá os requisitos do art. 15 desta Lei, devendo
trazer, ainda, indicação precisa do montante atualizado da indenização
pretendida;
IV - quando o dano patrimonial em apuração supostamente derivar de
conduta dolosa ou culposa de agente público, este será notificado da

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existência do processo, sendo-lhe assegurado o exercício do contraditório


e da ampla defesa;
V - o procedimento, dirigido por Procurador do Estado, observará as regras
do art. 102 desta Lei, incluindo relatório circunstanciado, ao final da
instrução, sobre todos os atos praticados, com indicação expressa de
parâmetros para quantificação do dano apurado, a fim de subsidiar a
decisão do requerimento;
VI - a decisão do requerimento caberá ao Procurador-Geral do Estado,
observado o limite previsto no art. 5º, § 2° da Lei Complementar Estadual
nº 041, de 29 de agosto de 2002, acima do qual dependerá de aprovação
do Governador do Estado, na forma do art. 5º, § 3º, da mesma Lei;
VII - a decisão abordará necessariamente, dentre outros aspectos, a
existência do dano e do nexo causal entre a conduta e o dano, de culpa ou
dolo do agente público, bem como de causa excludente ou atenuante da
responsabilidade civil do Estado;
VIII - o interessado e, quando for o caso, também o agente público
envolvido, serão notificados da decisão, podendo dela recorrer, no prazo e
forma previstos nesta Lei;
IX - caso o interessado concorde com os termos da decisão, será lavrado
acordo extrajudicial entre a Procuradoria-Geral do Estado, por seu titular, e
o interessado, que deverá ser homologado judicialmente, nos termos do
Código de Processo Civil, para conferir-lhe o caráter de título executivo
judicial, submetendo-se, quanto ao pagamento, ao regime constitucional de
precatórios e obrigações de pequeno valor.
Parágrafo único. As providências previstas no inciso IX deste artigo poderão
ser adotadas independentemente do recurso interposto pelo agente
público de cuja conduta derivou o dano patrimonial, a critério da autoridade
competente.

Vale lembrar que o procedimento para ressarcimento de danos também poderá ser instaurado por
iniciativa da própria Administração, desde que haja provocação por parte do titular do Poder, órgão
ou entidade em que ocorreram os fatos. Também deverá haver indicação de indícios de autoria e
materialidade, provas produzidas e, se possível, a quantificação da indenização.
A determinação do valor da indenização segue o critério de preço de mercado, já citado
anteriormente (cotação com 3 fornecedores).

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Sobre o valor da indenização não incidirão juros, honorários advocatícios


sucumbenciais ou qualquer outro acréscimo.

Após o pagamento da indenização, o agente público causador do dano, caso comprovado dolo ou
culpa, será intimado para ressarcir a Administração no prazo máximo de 30 dias úteis, o que poderá
ser feito por desconto em folha de pagamento. Caso não haja pagamento ou autorização para
desconto em folha, o débito será inscrito em dívida ativa, além de outras medidas de cobrança.
Conforme vimos na aula anterior, em que estudamos a Lei do Regime Jurídico Único do Pará, as
parcelas mensais de desconto em folho de pagamento poderá ser de até um décimo da remuneração
do servidor.
A exoneração, demissão, dispensa, rescisão contratual, cassação de aposentadoria ou qualquer outra
situação que impeça o desconto em curso, obrigará o agente a quitar o débito em sessenta dias
úteis, sob pena de adoção das medidas regressivas cabíveis, inclusive inscrição em dívida ativa.

O recebimento da indenização implica no reconhecimento do total ressarcimento


do dano, nada mais havendo a ser pleiteado pelo interessado em âmbito
administrativo ou judicial.

O passo a passo para a reparação de DANOS AO ERÁRIO que tenha iniciativa do interessado é o
seguinte, nos termos do artigo 136:

I - o requerimento do interessado será protocolado na Procuradoria-Geral


do Estado, devendo observar os requisitos do art. 15 desta Lei, contendo a
indicação precisa do montante atualizado da indenização pretendida;
II - o protocolo do requerimento suspende, nos termos da legislação
pertinente, a prescrição da ação de ressarcimento ao Erário, até decisão
final da Administração, observado o prazo máximo de cento e vinte dias
úteis para a conclusão do procedimento, após o qual a prescrição voltará a
correr;
III - o procedimento, dirigido por Procurador do Estado, observará as regras
do art. 102 desta Lei, incluindo relatório circunstanciado, ao final da
instrução, sobre todos os atos praticados, com indicação expressa de
parâmetros para quantificação do dano apurado, a fim de subsidiar a
decisão do requerimento;
IV - a decisão do requerimento caberá ao Procurador-Geral do Estado,
observado o limite previsto no art. 5º, § 2°, da Lei Complementar Estadual
nº 041, de 29 de agosto de 2002, acima do qual dependerá de aprovação
do Governador do Estado, no forma do art. 5º, § 3°, da mesma Lei;

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V - o interessado será notificado da decisão e, caso concorde com os seus


termos, será lavrado acordo extrajudicial, que disporá sobre a forma de
adimplemento da obrigação e as medidas cabíveis em caso de
descumprimento, inclusive sancionatórias, valendo como título executivo
extrajudicial.
VI - discordando dos termos da decisão, o interessado poderá interpor
recurso com efeito suspensivo.

O passo a passo para a reparação de DANOS AO ERÁRIO que tenha iniciativa da Administração é o
seguinte, nos termos do artigo 137:

I - o procedimento será instaurado por ato do Procurador-Geral do Estado,


mediante provocação motivada do titular do Poder, órgão ou entidade em
cujo âmbito se deu a ocorrência dos fatos apurados, que indicará os indícios
de autoria e materialidade do dano, as provas produzidas e, se possível, a
quantificação da indenização pretendida;
II - a instauração do procedimento suspende, nos termos da legislação
pertinente, a prescrição da ação de ressarcimento ao Erário, até decisão
final da Administração, observado o prazo máximo de cento e vinte dias
úteis para a conclusão do procedimento, após o qual a prescrição voltará a
correr;
III - o Procurador do Estado encarregado da condução do procedimento
determinará a notificação do causador do dano acerca da existência do
processo, sendo-lhe assegurado o exercício do contraditório e da ampla
defesa;
IV - ao final da instrução, será oportunizada ao causador do dano a
apresentação de alegações finais, após as quais será produzido relatório
circunstanciado acerca de todos os atos praticados, com indicação expressa
de parâmetros para quantificação do dano apurado, a fim de subsidiar a
decisão do requerimento;
V - a decisão caberá ao Procurador-Geral do Estado, observado o limite
previsto no art. 5º, § 2°, da Lei Complementar Estadual nº 041, de 2002,
acima do qual dependerá de aprovação do Governador do Estado, na
formado art. 5º, § 3°, da Lei Complementar Estadual nº 041, de 2002;

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VI - o interessado será notificado da decisão e, caso concorde com os seus


termos, será lavrado acordo extrajudicial, que disporá sobre a forma de
adimplemento da obrigação e as medidas cabíveis em caso de
descumprimento, inclusive sancionatórias, valendo como título executivo
extrajudicial;
VII - discordando dos termos da decisão, o interessado poderá interpor
recurso com efeito suspensivo.

Concluído o procedimento de reparação de danos ao Erário, de iniciativa do interessado ou de


iniciativa da Administração, o causador do dano será intimado para, no prazo máximo de trinta dias
úteis, recolher aos cofres públicos o valor do prejuízo suportado pela Fazenda Pública ou apresentar
pedido de parcelamento. Se o causador do dano não efetuar o pagamento da indenização nem
apresentar pedido de parcelamento, o débito apurado será inscrito em dívida ativa.

5. DISPOSIÇÕES FINAIS
À guisa de conclusão, insta destacar o artigo 140 da LEPA, que traz a prioridade de tramitação para
processos administrativos que tenha como interessado pessoas nas seguintes condições:

Pessoa com idade igual ou superior a sessenta anos;

Aqueles regulados pela Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990;

Pessoa com deficiência, na forma da Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015;

Portador de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6º ,


inciso XIV, da Lei Federal nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, e no art. 69-A, inciso IV
da Lei Federal nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

A pessoa deverá REQUERER a obtenção do benefício.


A LEPA prevê no artigo 141 a possibilidade de métodos alternativos para a solução de conflitos, tais
como a conciliação e o termo de ajustamento de conduta ou de gestão. Nestes casos, deverá ser
priorizada solução proporcional, equânime, eficiente e compatível com os interesses gerais.

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O descumprimento injustificado, pela Administração, das disposições da LEPA pode gerar


responsabilidade imputável aos agentes públicos faltosos, inclusive de natureza disciplinar, não
implicando, necessariamente, na invalidação do procedimento, salvo se o ato contiver vício insanável
e conferir prejuízo ao interessado.
Nas omissões da LEPA, aplicam-se subsidiariamente ao processo administrativo em âmbito
estadual as normas procedimentais das Leis Federais nº 9.784/1999 e 13.105/2015 (Código de
Processo Civil), esta, inclusive, por expressa previsão de seu art. 15.

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QUESTÕES COMENTADAS
1 - (INSTITUTO AOCP / 2020 - ADAPTADA) Qual é a lei que regula o processo administrativo no
âmbito da Administração Pública do Estado do Pará?
a) Lei n° 8.798/18.
b) Lei n° 5.810/94.
c) Lei n° 9.784/19.
d) Lei n° 8.972/20.
e) Lei n° 9.872/20.

Comentários:

Letra A: errada.
Letra B: errada.
Letra C: errada.
Letra D: correta. A lei que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do
Estado do Pará é a Lei Ordinária nº 8.972, de 13 de janeiro de 2020.
Letra E: errada.
O gabarito é a letra D.

2 - (INSTITUTO AOCP / 2020 - ADAPTADA) Nos processos administrativos, serão observados, entre
outros, os critérios de:
a) atuação conforme a lei e o Direito; observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos
dos administrados.
b) cobrança de despesas processuais; impulsão, somente quando provocado, do processo
administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados.
c) divulgação oficial dos atos administrativos, sem ressalvas; impessoalidade administrativa quando
constatada conveniência.
d) atuação quando e conforme conveniência administrativa; celeridade e objetividade.
e) interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público
a que se dirige, podendo aplicar de forma retroativa de nova interpretação.

Comentários:

Letra A: correta. Está de acordo com o art. 4º, incisos I e VIII, da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


I - atuação conforme a lei e o Direito;
VIII - observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

Letra B: errada. É vedada a cobrança de despesas processuais, exceto quando prevista em lei, e a
impulsão se dará de ofício. Conforme consta no art. 4º, incisos XI e XII, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


XI - proibição de cobrança de custas processuais, ressalvadas as previstas em lei;
XII - impulsão de ofício do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;

Letra C: errada. A divulgação oficial dos atos administrativos admite ressalva em caso de sigilo e o
princípio da impessoalidade sempre deverá ser observado pela Administração Pública. Segundo
consta nos artigos 3º e 4º, inciso V, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 3º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, probidade, finalidade, motivação, cooperação,
razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, duração razoável
do processo, supremacia e indisponibilidade do interesse público.

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na
Constituição;

Letra D: errada. Segundo o art. 4º, incisos I, III e IV, da Lei Estadual nº 8.972/20, a atuação será
conforme a lei e o Direito, assim como padrões éticos de probidade, decoro, honestidade e boa-fé.

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


I - atuação conforme a lei e o Direito;
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção e interesse pessoal de
agentes ou autoridades;
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro, honestidade e boa-fé;

Letra E: errada. É vedada aplicação retroativa de nova interpretação em casos definitivamente


decididos no âmbito da Administração. É o que dispõe o art. 4º, inciso XIII, da Lei Estadual nº
8.972/20:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação em casos definitivamente
decididos no âmbito da Administração;

O gabarito é a letra A.

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3 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) No que se refere ao processo administrativo de que trata
a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta.
a) Poderão ser recusadas, independentemente de decisão fundamentada, as provas propostas
pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
b) Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de
três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.
c) Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de quinze
dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.
d) Mesmo em caso de risco iminente e ainda que motivadamente, a Administração Pública não
poderá adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

Comentários:

Letra A: errada. As provas somente poderão ser recusadas mediante decisão fundamentada da
comissão processante. Assim consta no art. 116, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 116. As provas apresentadas ou requisitadas pelo acusado, quando impertinentes,


desnecessárias ou protelatórias serão recusadas, mediante decisão fundamentada da comissão
processante, notificando-se o acusado.

Letra B: correta. A assertiva está em conformidade com o art. 52, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 52. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima
de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.

Letra C: errada. O prazo para a manifestação do interessado após o encerramento da instrução é de


no máximo dez dias úteis. É o que se extrai do art. 56, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 56. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez
dias úteis, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

Letra D: errada. De acordo com o art. 57, da Lei Estadual nº 8.972/20, em caso de risco iminente a
Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia
manifestação do interessado:

Art. 57. Em qualquer fase do processo, em caso de perigo ou risco iminente de lesão ao interesse
público ou à segurança de bens, pessoas e serviços, a Administração Pública poderá motivadamente
adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

O gabarito é a letra B.

4 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.

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Segundo a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no âmbito da


Administração Pública do Estado do Pará, quando a matéria do processo envolver assunto
__________________, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período
de __________________ para manifestação de terceiros, antes da decisão final, se não houver
prejuízo para a parte interessada ao eficaz andamento do processo.
a) de interesse privado / consulta pública
b) sigiloso / consulta privada
c) de interesse geral / consulta pública
d) sigiloso / consulta pública

Comentários:

Letra A: errada.
Letra B: errada.
Letra C: correta. Está de acordo com o art. 42, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 42. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente
poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de
terceiros, antes da decisão final, se não houver prejuízo para a parte interessada ao eficaz andamento
do processo.

Letra D: errada.
O gabarito é a letra C.

5 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Considerando o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20,
que trata do Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, tem-
se que a administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
a) prescritos.
b) de improbidade.
c) adquiridos.
d) imorais.

Comentários:

Letra A: errada.
Letra B: errada.

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Letra C: correta. Os direitos adquiridos deverão ser respeitados quando da anulação ou revogação
dos atos administrativos pela Administração Pública. Conforme consta no art. 65, da Lei Estadual nº
8.972/20:

Art. 65. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, em qualquer caso respeitados os
direitos adquiridos.

Letra D: errada.
O gabarito é a letra C.

6 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) No que se refere aos atos da Administração Pública, de
acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no âmbito da
Administração Pública do Estado do Pará, o prazo a ser observado para anular os atos ilegais dos
quais decorram efeitos favoráveis para os destinatários
a) A Administração Pública terá 3 anos para a anulação, contados da data do conhecimento da
ilegalidade do ato praticado.
b) A Administração Pública terá 5 anos para a anulação, contados da data da prática do ato tido por
ilegal.
c) A Administração Pública terá 5 anos para a anulação, contados da data do processo judicial para a
anulação.
d) A Administração Pública terá 3 anos para a anulação, contados da data em que foram praticados
os atos.
e) A Administração Pública terá 5 anos para a anulação, contados da data de conhecimento da
ilegalidade do ato praticado.

Comentários:

Letra A: errada. O prazo para a anulação de atos ilegais dos quais decorram efeitos favoráveis para
os destinatários é de 5 anos a contar da data em que foram praticados.
Letra B: correta. É o que consta no art. 67, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 67. É de cinco anos o prazo para a Administração anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários, contados da data em que foram praticados.

Letra C: errada. O prazo para a anulação é contado a partir da data da prática do ato.
Letra D: errada. A anulação de atos ilegais dos quais decorram efeitos favoráveis para os
destinatários, terá o prazo de 5 anos, a contar da data em que foram praticados.

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Letra E: errada. O prazo para a anulação de atos ilegais dos quais decorram efeitos favoráveis para
os destinatários é contado a partir da data da prática do ato.
O gabarito é letra B.

7 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Pode-se destacar que as decisões do processo


administrativo não estão adstritas, no que se refere aos seus efeitos, apenas aos servidores, aos
cidadãos, aos agentes públicos, aos administradores ou aos administrados, mas repercutem,
também, em relação aos legitimados, denominados interessados no processo administrativo.
Assim, os interessados no processo administrativo podem ser
a) somente as pessoas físicas que não sejam partes ou que não iniciem o processo administrativo,
mas que sejam afetadas, diretamente, pela decisão administrativa a ser adotada.
b) as pessoas jurídicas que não iniciem o processo administrativo, nem possam ser afetadas,
diretamente, pela decisão administrativa proferida.
c) aqueles que, sem terem iniciado o processo administrativo, têm direitos ou interesses que possam
ser afetados pela decisão a ser adotada.
d) as entidades representativas, na defesa de interesses de pessoas jurídicas privadas, legalmente
constituídas quanto a direitos dos servidores.
e) as pessoas jurídicas atuando especificamente no exercício do direito de representação de
entidades associativas.

Comentários:

Letra A: errada. São legitimados como interessados no processo administrativo as pessoas físicas ou
jurídicas que o iniciem como titulares de direitos, assim como no exercício de representação legal. É
o que se extrai do art. 18, incisos I e II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 18. São legitimados como interessados no processo administrativo:


I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação legal;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados
pela decisão a ser adotada, ou na defesa de interesse público;

Letra B: errada. São legitimados como interessados no processo administrativo aqueles que, sem
terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão proferida.
É o que dispõe o art. 18, inciso II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 18. São legitimados como interessados no processo administrativo:


II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados
pela decisão a ser adotada, ou na defesa de interesse público;

Letra C: correta. É a literalidade do art. 18, inciso II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 18. São legitimados como interessados no processo administrativo:


II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados
pela decisão a ser adotada, ou na defesa de interesse público;

Letra D: errada. As entidades representativas atuam na defesa dos direitos e interesses de seus
associados. É o que consta no art. 18, inciso III, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 18. São legitimados como interessados no processo administrativo:


III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses individuais e
coletivos de seus associados;

Letra E: errada.

O gabarito é a letra C.

8 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) A respeito da forma, tempo e lugar dos atos do processo
administrativo, nos termos da Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta.
a) Os atos do processo devem ser produzidos oralmente ou por escrito, em vernáculo, com a data e
o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
b) Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir.
c) Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos
administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de quinze dias, salvo motivo de
força maior.
d) A autenticação de documentos exigidos em cópia não poderá ser feita pelo próprio órgão
administrativo.

Comentários:

Letra A: errada. Os atos do processo não deverão ser produzidos oralmente. É o que está disposto no
art. 31, § 1º, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 31, § 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o
local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

Letra B: correta. A assertiva está de acordo com o art. 31, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 31. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a
lei expressamente a exigir, observada a racionalização prevista na Lei Federal nº 13.726, de 8 de
outubro de 2018.

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Letra C: errada. O prazo é de cinco dias úteis para a prática dos atos pela autoridade ou órgão, quando
inexistir amparo legal específico. Segundo consta no art. 33, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 33. Inexistindo disposição legal específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo
processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias úteis,
salvo motivo de força maior.

Letra D: errada. O servidor poderá comparar o documento original e a cópia e atestar a veracidade.
É o que se extrai do art. 32, inciso II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 32. Na relação dos órgãos e entidades com o cidadão, é dispensada a exigência de:
II - autenticação de cópia de documento, cabendo ao servidor, mediante a comparação entre o
original e a cópia, atestar a autenticidade;

O gabarito é a letra B.

9 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) De acordo com o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20,
que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, é
correto afirmar que
a) o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
b) o processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado e deverá,
obrigatoriamente, ser formulado por escrito.
c) somente a edição de atos administrativos de caráter normativo pode ser objeto de delegação.
d) o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau hierárquico para
decidir, se não existir competência legal específica.

Comentários:

Letra A: correta. É o que se encontra no art. 23, § 2º, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 23, § 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante, respeitados
os atos praticados ou decisões proferidas na vigência da delegação.

Letra B: errada. De fato, o processo administrativo poderá ter início tanto de ofício como a pedido
do interessado, porém, é admitida a solicitação oral. É o que dispõe os art. 14 e art. 15, da Lei Estadual
nº 8.972/20:

Art. 14. O processo administrativo pode iniciar-se mediante representação, de ofício ou a pedido de
interessado.

Art. 15. O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve
ser formulado por escrito.

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Letra C: errada. Atos de caráter normativo não podem ser objeto de delegação. Segundo consta no
art. 22, inciso I, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 22. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

Letra D: errada. Caso inexista competência legal específica, o processo administrativo será iniciado
por autoridade de menor grau hierárquico. Conforme dita o art. 26, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 26. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo terá início perante a
autoridade de menor grau hierárquico para decidir, designada pelo dirigente do órgão ou entidade.

O gabarito é a letra A.

10 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) A Lei Estadual nº 8.972/20, estabelece normas básicas
sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, visando,
em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da
Administração. Sobre esse diploma normativo, assinale a alternativa correta relacionada ao tema
"processo administrativo".
a) O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido
formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
b) A competência é irrenunciável, indelegável e não pode ser avocada, sendo exercida apenas pelos
órgãos administrativos a que foi atribuída como própria.
c) Somente pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados.
d) Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 (trinta)
dias para decidir, excluída a hipótese de prorrogação ainda que expressamente motivada.

Comentários:

Letra A: correta. A assertiva está de acordo com o art. 63, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 63. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do
pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.

Letra B: errada. A competência poderá ser delegada e avocada mediante autorização em lei. É o que
consta no art. 20, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 20. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos e entidades a que foi atribuída como
própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

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Letra C: errada. Além do motivo de amizade ou inimizade com algum interessado no processo, a
suspeição também poderá ser arguida por motivos de foro íntimo do servidor ou autoridade, bem
no caso de haver interesse direto ou indireto no resultado do processo. É o que dispõe o art. 29, da
Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 29. É suspeito para atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria ou no resultado do processo;

II - tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Parágrafo único. Pode o servidor ou a autoridade declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo.

Letra D: errada. Após a conclusão do processo a Administração terá o prazo de trinta dias úteis para
decidir, admitindo-se a prorrogação do prazo por igual período. Segundo consta no art. 61, da Lei
Estadual nº 8.972/20:

Art. 61. Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta
dias úteis para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

O gabarito é a letra A.

11 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Dentre os legitimados como interessados no processo


administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, conforme a Lei Estadual nº
8.972/20, dentre outros, é possível destacar:
a) apenas as pessoas físicas membros da administração pública.
b) pessoas físicas ou jurídicas, desde que não pertencentes ao quadro de servidores públicos.
c) as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos.
d) apenas servidores diretamente ligados ao setor de lotação do investigado.

Comentários:

Letra A: errada. A Lei Estadual nº 8.972/20 preconiza outros legitimados como interessados no
processo administrativo no âmbito do Estado do Pará.
Letra B: errada. Independentemente de pertencer ao quadro de servidores públicos, as pessoas
jurídicas e físicas, que iniciem o processo como titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação legal, são legitimados como interessados no processo
administrativo no âmbito estadual.

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Letra C: correta. O rol de legitimados como interessados no processo administrativo no âmbito do


Estado do Pará encontra-se no art. 18, incisos I, II, III e IV, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 18. São legitimados como interessados no processo administrativo:


I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação legal;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados
pela decisão a ser adotada, ou na defesa de interesse público;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses individuais e
coletivos de seus associados;
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.

A alternativa vai ao encontro do inciso III do artigo 18, portanto.


Letra D: errada. Existem outros legitimados como interessados no processo administrativo,
designados pela Lei Estadual nº 8.972/20.
O gabarito é a letra C.

12 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Considerando o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20,
é correto afirmar que:
a) os atos administrativos que atenuem deveres, encargos ou sanções deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos.
b) os atos administrativos que deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou divirjam
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais, súmulas de Tribunais Superiores e orientações
jurídicas vinculativas emitidas por órgão competente deverão ser motivados;
c) o interessado não poderá desistir, total ou parcialmente, do pedido formulado e, tampouco,
renunciar a direitos disponíveis.
d) salvo disposição legal em contrário, o recurso administrativo tem efeito suspensivo.

Comentários:

Letra A: errada. Os atos administrativos que imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções
deverão ser motivados. Segundo consta no art. 62, inciso II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 62. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos, dos fundamentos
jurídicos e atos probatórios, especialmente quando:
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

Letra B: correta. Está de acordo com o art. 62, inciso VII, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 62. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos, dos fundamentos
jurídicos e atos probatórios, especialmente quando:

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VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou divirjam de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais, súmulas de Tribunais Superiores e orientações jurídicas vinculativas
emitidas por órgão competente;

Letra C: errada. Cabe ao interessado o direito de desistência, parcial ou total, do pedido formulado,
assim como a renúncia aos direitos disponíveis. Assim consta no art. 63, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 63. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do
pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.

Letra D: errada. De acordo com o art. 75, da Lei Estadual nº 8.972/20, salvo disposição legal em
contrário, o recurso não terá efeito suspensivo.

Art. 75. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.

O gabarito é a letra B.

13 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) O devido processo legal é uma garantia fundamental
positivada no art. 5º da Constituição Federal. No âmbito dos funcionários públicos estaduais do
Pará, tem-se a Lei Estadual nº 8.972/20, que dispõe sobre o tema. Com base no exposto, nos
processos administrativos, será observado(a):
a) o atendimento a fins de interesse privado, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou
competências, salvo autorização em lei.
b) a manutenção de sigilo absoluto dos atos administrativos, mesmo sob ordem judicial, por se tratar
de coisa pública.
c) a proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei.
d) a interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do
investigado, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

Comentários:

Letra A: errada. As finalidades de interesse geral deverão ser observadas nos processos
administrativos. Assim consta no art. 4º, inciso II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


II - atendimento a finalidades de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou
competências, salvo autorização em lei;

Letra B: errada. Os atos administrativos deverão ser divulgados. A manutenção do sigilo só é possível
mediante hipóteses previstas constitucionalmente. É o que consta no art. 4º, inciso V, da Lei Estadual
nº 8.972/20:

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Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na
Constituição;

Letra C: correta. A assertiva vai ao encontro do disposto no art. 4º, inciso XI, da Lei Estadual nº
8.972/20:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


XI - proibição de cobrança de custas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

Letra D: errada. Segundo consta no art. 4º, inciso XIII, da Lei Estadual nº 8.972/20, a interpretação da
norma deverá observar a forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige.

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação em casos definitivamente
decididos no âmbito da Administração;

O gabarito é a letra C.

14 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Em relação ao processo administrativo no âmbito da


Administração Pública do Estado do Pará, assinale a alternativa correta.
a) O processo administrativo somente pode iniciar-se a pedido de interessado.
b) É permitida à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
c) Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados ou
não para assuntos que importem pretensões equivalentes.
d) Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos
idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento ou reunidos por decisão motivada da
autoridade competente, salvo preceito legal em contrário ou se essa reunião puder prejudicar a
razoável duração do processo.
e) O requerimento inicial do interessado deve ser sempre formulado por escrito.

Comentários:

Letra A: errada. O processo administrativo também poderá ser iniciado de ofício, segundo consta no
art. 14 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 14. O processo administrativo pode iniciar-se mediante representação, de ofício ou a pedido de
interessado.

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Letra B: errada. Segundo o art. 15, parágrafo único, da Lei Estadual nº 8.972/20, é vedada à
Administração Pública a recusa imotivada de documentos.

Art. 15, Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de


documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

Letra C: errada. No caso de assuntos semelhantes e/ou repetidos os órgãos e entidades deverão
elaborar formulários padronizados. É o que consta no art. 16, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários


padronizados para assuntos que importem pretensões semelhantes e/ou repetidas.

Letra D: correta. Literalidade do art. 17 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 17. Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos
idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento ou reunidos por decisão motivada da
autoridade competente, salvo preceito legal em contrário ou se essa reunião puder prejudicar a
razoável duração do processo.

Letra E: errada. O requerimento inicial poderá ser formulado via oral quando isso for admitido. É o
que consta no art. 15 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 15. O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve
ser formulado por escrito e conter os seguintes dados.

O gabarito é a letra D.

15 - (INSTITUTO AOCP / 2018 - ADAPTADA) O processo administrativo no âmbito da Administração


Pública do Estado do Pará inicia-se de ofício ou a pedido do interessado. Durante o processo
administrativo, instaura-se o contraditório com a realização da fase instrutória. Nessa fase,
a) interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais
interessados para que, no prazo de vinte dias úteis, apresentem alegações.
b) não se admite, em hipótese alguma, consulta pública para a manifestação de terceiros.
c) não se admite, em hipótese alguma, a convocação de audiência pública.
d) cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão
competente para a instrução.
e) os interessados não serão intimados de prova ou diligência ordenada.

Comentários:

Letra A: errada. O prazo para a apresentação de alegações é de dez dias úteis, conforme consta no
art. 76 da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 76. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais
interessados para que, no prazo de dez dias úteis, apresentem alegações.

Letra B: errada. De acordo com o art. 42, da Lei Estadual nº 8.972/20, é admitida a consulta pública
para a manifestação de terceiros.

Art. 42. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente
poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de
terceiros, antes da decisão final, se não houver prejuízo para a parte interessada ao eficaz andamento
do processo.

Letra C: errada. É possível a convocação de audiência pública, antes da tomada de decisão, diante de
questões relevantes. É o que se extrai do art. 43 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 43. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá
ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo.

Letra D: correta. Trata-se da literalidade do art. 47 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 47. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído
ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 32 desta Lei.

Letra E: errada. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada. Acerca disso, assim
reza o art. 52 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 52. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima
de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.

O gabarito é a letra D.

16 - (INSTITUTO AOCP / 2018 - ADAPTADA) No âmbito da Administração Pública Estadual do Estado


do Pará, é impedido de atuar em processo administrativo o servidor que
a) tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados.
b) esteja litigando judicialmente com o interessado, não importando em impedimento se o litígio for
administrativo.
c) venha a participar como perito, testemunha ou representante no processo.
d) exerça cargo comissionado.
e) nunca antes tenha atuado em processo administrativo.

Comentários:

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Letra A: errada. A amizade íntima ou inimizade notória com algum interessado no processo é uma
situação que enseja a suspeição do servidor ou de autoridade para atuar no processo. Conforme
consta no art. 29, inciso II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 29. É suspeito para atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
II - tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos
cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Letra B: errada. O servidor que esteja litigando no âmbito administrativo com o interessado ou
respectivo cônjuge/companheiro é impedido de atuar em processo administrativo. É o que se extrai
do art. 27, inciso II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 27. É impedido de atuar em processo administrativo, sem prejuízo de outras hipóteses, o servidor
ou autoridade que:
II - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou
companheiro;

Letra C: correta. É o que dispõe o art. 27, inciso I, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 27. É impedido de atuar em processo administrativo, sem prejuízo de outras hipóteses, o servidor
ou autoridade que:
I - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais
situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

Letra D: errada. Não há impedimento previsto na Lei Estadual nº 8.972/20 para servidores que
ocupem cargo em comissão. O rol de situações que ensejam o impedimento está disposto no art. 27,
incisos I, II e III, da referida lei:

Art. 27. É impedido de atuar em processo administrativo, sem prejuízo de outras hipóteses, o servidor
ou autoridade que:

I - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais


situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
II - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou
companheiro;
III - tenha cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau figurando como advogado,
defensor dativo ou representante legal do interessado.

Letra E: errada. Não há impedimento previsto na Lei Estadual nº 8.972/20 para servidores que ainda
não tenham atuado em processo administrativo.

O gabarito é a letra C.

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17 - (INSTITUTO AOCP / 2018 - ADAPTADA) Assinale a alternativa correta conforme a Lei Estadual
nº 8.972/20, a qual regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual
do Pará.
a) As matérias de competência concorrente da autoridade não podem ser objeto de delegação.
b) Inexistindo disposição específica, os atos da autoridade responsável pelo processo devem ser
praticados no prazo de 10 (dez) dias, salvo motivo de força maior.
c) Salvo disposição legal em contrário, o recurso tem efeito suspensivo.
d) Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até 45 (quarenta
e cinco) dias para decidir, salvo prorrogação expressamente motivada.
e) A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento.

Comentários:

Letra A: errada. As matérias de competência exclusiva não poderão ser delegadas. Assim consta no
art. 22, inciso III, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 22. Não podem ser objeto de delegação:


III - as matérias de competência exclusiva do órgão, entidade ou autoridade;

Letra B: errada. O prazo para a prática de atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo é
de cinco dias úteis. Segundo consta no art. 33, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 33. Inexistindo disposição legal específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo
processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias úteis,
salvo motivo de força maior, observado o disposto no § 4º do art. 83 desta Lei.

Letra C: errada. O recurso não terá efeito suspensivo, salvo disposição legal em contrário. Segundo
consta no art. 75, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 75. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.

Letra D: errada. O prazo para a Administração decidir após concluída a instrução é de trinta dias úteis.
É o que se extrai do art. 61, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 61. Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta
dias úteis para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

Letra E: correta. É a literalidade do art. 35, § 3º, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 35. O órgão ou entidade competente perante o qual tramita o processo administrativo
determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou efetivação de diligências.
§ 3º A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de
comparecimento.

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O gabarito é a letra E.

18 - (INSTITUTO AOCP / 2016 - ADAPTADA) Assinale a alternativa correta no que se refere ao


processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual do Pará, disciplinado na Lei
Estadual nº 8.972/20.
a) Os atos administrativos decorrentes de reexame de ofício serão dispensados de serem motivados.
b) São admissíveis, no processo administrativo, as provas obtidas por meios ilícitos.
c) A Administração tem o dever de expressamente se pronunciar e emitir decisão sobre todos os
assuntos da sua competência que lhes sejam apresentados, nos processos administrativos e sobre
solicitações, petições, representações ou reclamações.
d) A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, a qual autorizará ou não a atuação da autoridade ou servidor no processo
administrativo do qual se declarou impedido.
e) A decisão de recurso administrativo pode ser objeto de delegação por parte do órgão competente.

Comentários:

Letra A: errada. Os atos administrativos que decorram de reexame de ofício deverão ser motivados
conforme consta no art. 62, inciso VI, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 62. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos, dos fundamentos
jurídicos e atos probatórios, especialmente quando:
VI - decorram de reexame de ofício;

Letra B: errada. As provas obtidas por meio ilícito não serão admitidas no processo administrativo. É
o que dispõe o art. 39 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 39. Os interessados devem concorrer para a economia de meios na realização de diligências
instrutórias e para a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de requerer diligências
inúteis e de recorrer a expedientes dilatórios, sendo inadmissíveis no processo provas obtidas por
meios ilícitos.

Letra C: correta. É a literalidade do art. 60 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 60. A Administração tem o dever de expressamente se pronunciar e emitir decisão sobre todos
os assuntos da sua competência que lhes sejam apresentados, nos processos administrativos e sobre
solicitações, petições, representações ou reclamações.

Letra D: errada. A autoridade que incorrer em impedimento deverá abster-se de atuar no processo
administrativo, conforme consta no art. 28 da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 28. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, abstendo-se de atuar.

Letra E: errada. A decisão de recurso administrativo não poderá ser objeto de delegação. É o que dita
o art. 22, inciso II, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 22. Não podem ser objeto de delegação:


II - a decisão de recursos administrativos;

O gabarito é a letra C.

19 - (INSTITUTO AOCP / 2013 - ADAPTADA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que regula
o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual do Pará, analise as
assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

II. É de cinco anos o prazo para a Administração anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários, contados da data em que foram praticados.
III. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo para anular contar-se-á da percepção do
primeiro pagamento.
IV. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.

a) Apenas I
b) Apenas II e III
c) Apenas I e IV
d) Apenas I, III e IV
e) I, II, III e IV

Comentários:

Assertiva I: correta. Está de acordo com o art. 65 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 65. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, em qualquer caso respeitados os
direitos adquiridos.

Assertiva II: correta. É a literalidade do art. 67 da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 67. É de cinco anos o prazo para a Administração anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários, contados da data em que foram praticados.

Assertiva III: correta. É o que consta no art. 67, § 2º, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 67, § 2º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo para anular contar-se-á da percepção
do primeiro pagamento.

Assertiva IV: correta. É o que dispõe o art. 68 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 68. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem vícios sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.

O gabarito é a letra E.

20 - (INÉDITA) A respeito do processo administrativo de que trata a Lei Estadual nº 8.972/20,


assinale a alternativa correta.

a) Não caberá ao acusado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído à
autoridade ou comissão processante para instrução do processo.
b) A denúncia não conterá a identificação do seu autor, devendo indicar o fato e suas circunstâncias
e, se possível, seus responsáveis ou beneficiários.
c) O requerimento do postulante deverá ser protocolado no órgão ou entidade vinculada ao fato a
ser comprovado, e deverá conter a descrição dos fatos que pretende justificar, as razões do pedido,
o início de prova material e rol de testemunhas idôneas, em número não inferior a duas.
d) A justificação administrativa, uma vez indeferida, produzirá efeitos perante os órgãos e entidades
da Administração, sem prejuízo de outros meios de prova cabíveis no processo administrativo
principal.
e) A competência para apreciar o requerimento de outorga será do titular do órgão ou entidade
encarregada da matéria versada, salvo previsão legal ou regulamentar em contrário.

Comentários:

Letra A: errada. Caberá ao acusado a prova dos fatos que tenha alegado. É o que está previsto no art.
114, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 114. Ao acusado caberá a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído à
autoridade ou comissão processante para instrução do processo.

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Letra B: errada. A denúncia conterá a identificação do seu autor. É o que consta no art. 107 da Lei
Estadual nº 8.972/20:

Art. 107. A denúncia conterá a identificação do seu autor, devendo indicar o fato e suas circunstâncias
e, se possível, seus responsáveis ou beneficiários.

Letra C: errada. As testemunhas não serão em número inferior a três. É que se extrai do art. 92 da
Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 92. O requerimento do postulante deverá ser protocolado no órgão ou entidade vinculada ao
fato a ser comprovado, e deverá conter a descrição dos fatos que pretende justificar, as razões do
pedido, o início de prova material e rol de testemunhas idôneas, em número não inferior a três.

Letra D: errada. A justificação administrativa deferida produzirá efeitos perante os órgãos e entidades
da Administração. É o que se observa no art. 97, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 97. A justificação administrativa, uma vez deferida, produzirá efeitos perante os órgãos e
entidades da Administração, sem prejuízo de outros meios de prova cabíveis no processo
administrativo principal.

Letra E: correta. A assertiva está de acordo com o art. 100 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 100. A competência para apreciar o requerimento de outorga será do titular do órgão ou
entidade encarregada da matéria versada, salvo previsão legal ou regulamentar em contrário.

O gabarito é a letra E.

21 - (INÉDITA) Segundo a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no âmbito
da Administração Pública do Estado do Pará, os interessados serão intimados para se manifestar
sobre os requerimentos, com prazo comum de _______, após o que a autoridade competente
decidirá, motivadamente, no prazo de ________.

a) Cinco dias úteis – dez dias úteis.


b) Vinte dias úteis – cinco dias úteis.
c) Dez dias úteis – vinte dias úteis.
d) Cinco dias úteis – vinte dias úteis.
e) Cinco dias úteis – quinze dias úteis.

Comentários:

Letra A: errada.

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Letra B: errada.

Letra C: errada.

Letra D: correta. Está de acordo com o disposto no art. 103, parágrafo único, da Lei Estadual nº
8.972/20:

Art. 103, Parágrafo único. Na hipótese do caput deste artigo, os interessados serão intimados para
se manifestar sobre os requerimentos, com prazo comum de cinco dias úteis, após o que a
autoridade competente decidirá, motivadamente, no prazo de vinte dias úteis.

Letra E: errada.

O gabarito é a letra D.

22 - (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, analise as assertivas e assinale a


alternativa correta.
Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:
I - cooperação entre todos os sujeitos do processo para que se obtenha, em tempo razoável, decisão
justa e efetiva.
II - atendimento a finalidades de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou
competências, salvo autorização em lei;
III - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
IV - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações, à produção de provas e à
interposição de reconsideração, recursos, revisão nos processos de que possam resultar sanções e
nas situações de litígio;
V - indicação dos pressupostos de fato e de direito que fundamentarem a decisão, com a devida
comprovação dos motivos determinantes no ato ou no processo;

a) I, III e V estão corretas.


b) II, IV e V estão corretas.
c) I, II, III, IV e V estão corretas.
d) I e V estão corretas.
e) III, IV e V estão corretas.

Comentários:

Assertiva I: correta. A assertiva está de acordo com o art. 4º, inciso XV, da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


XV - cooperação entre todos os sujeitos do processo para que se obtenha, em tempo razoável,
decisão justa e efetiva.

Assertiva II: correta. A assertiva vai ao encontro do que dispõe o art. 4º, inciso II, da Lei Estadual nº
8.972/20:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


II - atendimento a finalidades de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou
competências, salvo autorização em lei;

Assertiva III: correta. A informação presente na assertiva está presente no art. 4º, inciso VI, da Lei
Estadual nº 8.972/20:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

Assertiva IV: correta. Está de acordo com o art. 4º, inciso X, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações, à produção de provas e à
interposição de reconsideração, recursos, revisão nos processos de que possam resultar sanções e
nas situações de litígio;

Assertiva V: correta. É o que consta no art. 4º, inciso VII, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 4º Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:


VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que fundamentarem a decisão, com a devida
comprovação dos motivos determinantes no ato ou no processo;

O gabarito é a letra C.

23 - (INÉDITA) A respeito dos atos administrativos, de acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que
trata do Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, assinale
a alternativa correta:
a) Os atos administrativos, exceto os de caráter geral, entrarão em vigor na data de sua publicação,
salvo disposição expressa em contrário.

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b) A Administração não iniciará qualquer atuação material relacionada com a esfera jurídica dos
particulares sem a prévia expedição do ato administrativo que lhe sirva de fundamento, salvo na
hipótese de expressa previsão legal.
c) Os atos de conteúdo normativo serão numerados em séries específicas, seguidamente, com
renovação anual.
d) Os regulamentos serão editados somente por ato normativo específico de cada órgão ou entidade,
dentro das suas atribuições.
e) A publicação dos atos sem conteúdo normativo não poderá ocorrer de forma resumida.

Comentários:

Letra A: errada. Inclusive os atos administrativos de caráter geral entrarão em vigor na data de sua
publicação. Assim consta no art. 10, da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 10. Os atos administrativos, inclusive os de caráter geral, entrarão em vigor na data de sua
publicação, salvo disposição expressa em contrário.

Letra B: correta. A assertiva está de acordo com o que dispõe o art. 5º, da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 5º A Administração não iniciará qualquer atuação material relacionada com a esfera jurídica dos
particulares sem a prévia expedição do ato administrativo que lhe sirva de fundamento, salvo na
hipótese de expressa previsão legal.

Letra C: errada. de acordo com o art. 8º, da Lei Estadual nº 8.972/20, os atos que possuam conteúdo
normativo serão numerados em séries específicas, seguidamente e sem renovação anual.
Art. 8º Os atos de conteúdo normativo serão numerados em séries específicas, seguidamente, sem
renovação anual.

Letra D: errada. Os regulamentos também serão editados por meio de decreto, de competência
privativa do Governador do Estado. É o que se extrai do art. 9º, da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 9º Os regulamentos serão editados por decreto ou ato normativo específico de cada órgão ou
entidade, dentro das suas atribuições.

Letra E: errada. A publicação dos atos sem conteúdo normativo poderá ocorrer de forma resumida.
Assim consta no art. 11 da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 11, Parágrafo único. A publicação dos atos sem conteúdo normativo poderá ocorrer de forma
resumida.

O gabarito é a letra B.

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24 - (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no
âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, assinale a alternativa correta:
a) São capazes, para fins de processo administrativo, somente as pessoas físicas, assim consideradas
pelo Código Civil Brasileiro.
b) O administrado tem o direito de ser atendido em no máximo 60 (sessenta) minutos.
c) A intervenção de terceiro no processo administrativo prescinde de decisão da autoridade
competente, quando comprovado o interesse.
d) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo terá início perante a
autoridade de maior grau hierárquico para decidir, designada pelo dirigente do órgão ou entidade.
e) As atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa e na forma por ela
determinada, não poderão ser objeto de delegação.

Comentários:

Letra A: errada. Para fins de processo administrativo, as pessoas físicas e jurídicas são consideradas
capazes. É o que dispõe o art. 19 da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 19. São capazes, para fins de processo administrativo, as pessoas físicas e jurídicas assim
consideradas pelo Código Civil Brasileiro.

Letra B: errada. O tempo máximo para o atendimento do administrado é de 30 (trinta) minutos. É o


que consta no art. 12, inciso VI, da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 12. O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros
que lhe sejam assegurados:
VI - de ser atendido em no máximo 30 (trinta) minutos.

Letra C: errada. A intervenção de terceiro no processo administrativo depende de decisão da


autoridade competente. Assim consta no art. 18, § 2º, da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art.18, § 2º A intervenção de terceiro no processo administrativo dependerá de decisão da
autoridade competente, quando comprovado o interesse.

Letra D: errada. Na ausência de competência legal específica, o processo administrativo terá início
perante autoridade de menor grau hierárquico para decidir. É o que está disposto no art. 26 da Lei
Estadual nº 8.972/20:
Art. 26. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo terá início perante a
autoridade de menor grau hierárquico para decidir, designada pelo dirigente do órgão ou entidade.

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Letra E: correta. A assertiva está de acordo com o art. 18, inciso IV, da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 22. Não podem ser objeto de delegação:
IV - as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa e na forma por ela
determinada.

O gabarito é a letra E.

25 - (INÉDITA) No que se refere à forma, tempo e lugar dos atos do processo da Administração
Pública, de acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta:
a) Os atos do processo devem realizar-se somente por meio físico, preferencialmente na sede do
órgão.
b) Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir.
c) Inexistindo disposição legal específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo
e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de dez dias úteis, salvo
motivo de força maior.
d) Os atos praticados em processos eletrônicos dispensam o comparecimento do interessado quando
necessário, devendo observar as regras procedimentais do órgão ou entidade aos quais se destina.
e) Em regra, os órgãos e entidades poderão exigir do cidadão a apresentação de certidão ou
documento expedido por outro órgão ou entidade do mesmo Poder.

Comentários:

Letra A: errada. Os atos do processo poderão ser realizados por meio eletrônico ou físico. É o que
dispõe o art. 34 da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 34. Os atos do processo devem realizar-se por meio eletrônico ou físico, neste último caso
preferencialmente na sede do órgão.

Letra B: correta. É a literalidade do art. 31, da Lei Estadual nº 8.972/20:


Art. 31. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a
lei expressamente a exigir.

Letra C: errada. Os atos deverão ser praticados no prazo de cinco dias úteis. É o que dispõe o art. 33
da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 33. Inexistindo disposição legal específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo
processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias úteis,
salvo motivo de força maior, observado o disposto no § 4º do art. 83 desta Lei.

Letra D: errada. Os atos praticados em processos eletrônicos não dispensam o comparecimento do


interessado no órgão ou entidade, segundo consta no art. 34, parágrafo único, da Lei Estadual nº
8.972/20:
Art. 34, Parágrafo único. Os atos praticados em processos eletrônicos não dispensam o
comparecimento do interessado quando necessário, devendo observar as regras procedimentais do
órgão ou entidade aos quais se destina.

Letra E: errada. Os órgão e entidades não poderão exigir do cidadão a apresentação de certidão ou
documento expedido por outro órgão ou entidade do mesmo Poder, exceto para as seguintes
hipóteses: certidão de antecedentes criminais, informações sobre pessoa jurídica e outras
expressamente previstas em lei. É o que se extrai do art. 32, § 3º, incisos I, II e III, da Lei Estadual nº
8.972/20:
Art. 32, § 3º Os órgãos e entidades não poderão exigir do cidadão a apresentação de certidão ou
documento expedido por outro órgão ou entidade do mesmo Poder, ressalvadas as seguintes
hipóteses:
I - certidão de antecedentes criminais;
II - informações sobre pessoa jurídica;
III - outras expressamente previstas em lei.

O gabarito é a letra B.

26 - (INÉDITA) A respeito da fase de instrução do processo administrativo no âmbito da


Administração Pública do Estado do Pará, assinale a alternativa correta:
a) Os interessados devem concorrer para a economia de meios na realização de diligências
instrutórias e para a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de requerer diligências
inúteis e de recorrer a expedientes dilatórios, sendo inadmissíveis no processo provas obtidas por
meios ilícitos.
b) As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de
decisão se realizam a pedido.
c) Quando o interessado declarar que fatos e dados não estão registrados em documentos existentes
na própria Administração responsável pelo processo, o órgão competente para a instrução
providenciará, de ofício, os documentos.

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d) Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas,


inclusive por meios tecnológicos, sem ônus para aqueles, dos dados e documentos que o integram,
ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade,
à honra e à imagem.
e) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à
apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a
respectiva apresentação não implicará arquivamento motivado do processo.

Comentários:

Letra A: correta. É a literalidade do art. 39 da Lei Estadual nº 8.972/20:


Art. 39. Os interessados devem concorrer para a economia de meios na realização de diligências
instrutórias e para a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de requerer diligências
inúteis e de recorrer a expedientes dilatórios, sendo inadmissíveis no processo provas obtidas por
meios ilícitos.

Letra B: errada. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários


à tomada de decisão se realizam de ofício. É o que consta no art. 38, da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 38. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada
de decisão se realizam de ofício, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações
probatórias.

Letra C: errada. Caso o interessado declare que fatos e dados estão registrados em documentos de
posse na própria Administração responsável pelo processo, o órgão competente para a instrução
providenciará, de ofício, os documentos. É o que consta no art. 48, da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 48. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos
existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o
órgão competente para a instrução providenciará, de ofício, os documentos.

Letra D: errada. A obtenção de certidões ou cópias reprográficas terão ônus para os interessados. É
o que dispõe o art. 58 da Lei Estadual nº 8.972/20:
Art. 58. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas,
inclusive por meios tecnológicos, com ônus para estes, dos dados e documentos que o integram,
ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade,
à honra e à imagem.

Letra E: errada. O não atendimento no prazo pela Administração implicará no arquivamento


motivado do processo. É o que se extrai do art. 51, da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 51. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à
apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a
respectiva apresentação implicará arquivamento motivado do processo.

O gabarito é a letra A.

27 - (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no
âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, a sindicância investigativa, sem natureza
punitiva, será conduzida por comissão formada por _________, e será concluída no prazo de
___________, prorrogável ___________.

a) Cinco servidores estáveis – quinze dias úteis – por mais dez dias.
b) Três servidores estáveis – quinze dias úteis – uma vez por igual período.
c) Três servidores estáveis – dez dias úteis – uma vez por igual período.
d) Cinco servidores estáveis - quinze dias úteis – uma vez por igual período.
e) Cinco servidores estáveis – dez dias úteis – por mais cinco dias.

Comentários:

Letra A: errada.

Letra B: correta. É o que consta no art. 105, § 3º, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 105, § 3º A sindicância de que trata o §1º deste artigo será conduzida por comissão formada por
três servidores estáveis, e será concluída no prazo de quinze dias úteis, prorrogável uma única vez
por igual período.
§ 1º Quando não houver elementos suficientes para abertura imediata do procedimento
sancionatório, deverá ser instaurada sindicância investigativa, sem natureza punitiva, destinada
exclusivamente à investigação dos fatos para coleta de indícios de autoria e materialidade do suposto
ilícito administrativo.

Letra C: errada.

Letra D: errada.

Letra E: errada.

O gabarito é a letra B.

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28 - (INÉDITA) Conforme o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20 sobre o procedimento


sancionatório, o acusado será notificado para tomar ciência da instauração do procedimento e para
oferecer defesa em _________, ocasião em que deverá requerer as provas a serem produzidas e
indicar até ________ testemunhas, sob pena de _________.

a) Dez dias úteis – três – preclusão.


b) Dez dias úteis – três – indeferimento.
c) Cinco dias úteis – cinco – prescrição.
d) Cinco dias úteis – três – indeferimento.
e) Dez dias úteis – cinco – preclusão.

Comentários:

Letra A: errada.

Letra B: errada.

Letra C: errada.

Letra D: errada.

Letra E: correta. Segundo consta no art. 113, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 113. O acusado será notificado para tomar ciência da instauração do procedimento e para
oferecer defesa em dez dias úteis, ocasião em que deverá requerer as provas a serem produzidas e
indicar até cinco testemunhas, sob pena de preclusão.

O gabarito é a letra E.

29 - (INÉDITA) A respeito do que trata a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta:

a) Encerrada a instrução, o acusado será intimado para, querendo, apresentar alegações finais, no
prazo de cinco dias úteis.
b) A comissão processante não poderá determinar a produção de provas necessárias à formação de
sua convicção, bem como de parecer técnico.
c) O requerimento para procedimento de ressarcimento será protocolado na Procuradoria-Geral do
Estado em até dois anos contados do ato ou fato que houver dado causa ao dano.

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d) A prova exclusivamente testemunhal será admitida na ocorrência de força maior ou caso fortuito
relacionado ao fato que se pretende justificar, e comprovado mediante registro policial feito em
época própria ou apresentação de documentos contemporâneos ao fato.
e) Será admitida a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro público ou
qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial.

Comentários:

Letra A: errada. O prazo para que o intimado apresente as alegações finais é de dez dias úteis. É o
que consta no art. 56 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 56. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez
dias úteis, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

Letra B: errada. A comissão processante poderá determinar a produção de provas. É o que consta no
art. 115 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 115. A comissão processante poderá determinar a produção de provas necessárias à formação
de sua convicção, bem como de parecer técnico, especificando o objeto a ser esclarecido,
notificando-se o acusado.

Letra C: errada. O requerimento para ressarcimento de danos será protocolado em até cinco anos da
data do ato que causou o dano. É o que dispõe o art. 130, inciso I, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 130. O procedimento para ressarcimento de danos a terceiros de iniciativa do interessado


observará as seguintes regras:

I - o requerimento será protocolado na Procuradoria-Geral do Estado, em até cinco anos contados


do ato ou fato que houver dado causa ao dano;

Letra D: correta. Literalidade do art. 93, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 93. A prova exclusivamente testemunhal será admitida na ocorrência de força maior ou caso
fortuito relacionado ao fato que se pretende justificar, e comprovado mediante registro policial feito
em época própria ou apresentação de documentos contemporâneos ao fato.

Letra E: errada. Não será admitida a justificação administrativa. É o que consta no art. 94, da Lei
Estadual nº 8.972/20:

Art. 94. Não será admitida a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro
público ou qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial.

O gabarito é a letra D.

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30 - (INÉDITA) De acordo com o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa
incorreta acerca do procedimento sancionatório:

a) Da decisão proferida pela autoridade julgadora do procedimento sancionatório, caberá recurso


hierárquico na forma e prazo previstos nesta Lei.
b) Constatado vício insanável, após prévia manifestação da unidade jurídica competente, será
declarada a nulidade do ato viciado a partir da fase processual em que o vício foi produzido,
reabrindo-se o contraditório, com aproveitamento dos atos regularmente praticados.
c) Recebida a denúncia, a autoridade competente exercerá juízo de admissibilidade, decidindo acerca
da verossimilhança dos fatos denunciados, ocasião em que providenciará a instauração de auditoria,
sindicância investigativa ou procedimento administrativo sancionatório, na forma prevista em lei.
d) Somente o servidor público poderá realizar denúncia à Administração Pública a respeito de
violação de ordem jurídica.
e) A competência para apreciar o requerimento de outorga será do titular do órgão ou entidade
encarregada da matéria versada, salvo previsão legal ou regulamentar em contrário.

Comentários:

Letra A: correta. Está de acordo com o art. 121, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 121. Da decisão proferida pela autoridade julgadora caberá recurso hierárquico na forma e prazo
previstos nesta Lei.

Letra B: correta. Literalidade do art. 122, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 122. Constatado vício insanável, após prévia manifestação da unidade jurídica competente, será
declarada a nulidade do ato viciado a partir da fase processual em que o vício foi produzido,
reabrindo-se o contraditório, com aproveitamento dos atos regularmente praticados.

Letra C: correta. É o que prevê o art. 109, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 109. Recebida a denúncia, a autoridade competente exercerá juízo de admissibilidade, decidindo
acerca da verossimilhança dos fatos denunciados, ocasião em que providenciará a instauração de
auditoria, sindicância investigativa ou procedimento administrativo sancionatório, na forma prevista
em lei.

Letra D: errada. De acordo com o art. 106 da Lei Estadual nº 8.972/20, qualquer pessoa que tenha
conhecimento de violação de ordem jurídica poderá denunciá-la à Administração.

Art. 106. Qualquer pessoa que tiver conhecimento de violação da ordem jurídica, praticada no
âmbito do Poder Público, poderá denunciá-la à Administração.

Letra E: correta. Literalidade do art. 100, da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 100. A competência para apreciar o requerimento de outorga será do titular do órgão ou
entidade encarregada da matéria versada, salvo previsão legal ou regulamentar em contrário.

O gabarito é a letra D.

31 - (INÉDITA) A respeito do recurso administrativo no âmbito da administração pública do Estado


do Pará, assinale a alternativa incorreta:

a) O recurso tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.
b) O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.
c) Requerida fundamentadamente a concessão de efeito suspensivo, a autoridade recorrida ou a
imediatamente superior apreciará o pedido no prazo de dez dias úteis, contados do recebimento do
processo pela autoridade competente.
d) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de
justificar a inadequação da sanção aplicada.
e) Contra decisões tomadas originariamente pelo Governador do Estado, caberá um único pedido de
reconsideração, no prazo de dez dias úteis, dirigido à própria autoridade, observando-se, no que
couber, o regime do recurso hierárquico.

Comentários:

Letra A: correta. É o que consta no art. 70 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 70. O recurso tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal
diversa.

Letra B: correta. É a literalidade do art. 74 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 74. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.

Letra C: errada. O prazo para apreciação do pedido de concessão de efeito suspensivo é de cinco dias
úteis. É o que consta no art. 75, § 2º, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 75, § 2º Requerida fundamentadamente a concessão de efeito suspensivo, a autoridade


recorrida ou a imediatamente superior apreciará o pedido no prazo de cinco dias úteis, contados do
recebimento do processo pela autoridade competente.

Letra D: correta. É o que dispõe o art. 82 da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 82. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer
tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
de justificar a inadequação da sanção aplicada.

Letra E: correta. É o está disposto no art. 81 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 81. Contra decisões tomadas originariamente pelo Governador do Estado, caberá um único
pedido de reconsideração, no prazo de dez dias úteis, dirigido à própria autoridade, observando-se,
no que couber, o regime do recurso hierárquico.

O gabarito é a letra C.

32 - (INÉDITA) Acerca do que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta:

a) Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.
b) Os prazos contam-se em dias úteis e começam a correr a partir da data em que ocorreu o fato,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
c) Não têm legitimidade para interpor recurso administrativo as pessoas jurídicas que iniciem o
processo como titulares de direito ou interesse individual.
d) Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até dez dias
úteis para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.
e) Admite-se a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro público ou
qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial.

Comentários:

Letra A: correta. A assertiva está em conformidade com o art. 84 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 84. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se
suspendem.

Letra B: errada. O prazo começa a correr a partir da data da cientificação oficial. É o que consta no
art. 83, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 83. Os prazos contam-se em dias úteis e começam a correr a partir da data da cientificação oficial,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.

Letra C: errada. As pessoas jurídicas que iniciem como titulares de direito ou interesse individual têm
legitimidade para interpor recurso administrativo. Assim consta no art. 72, da Lei Estadual nº
8.972/20:

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Art. 72. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo os interessados previstos no art. 18
desta Lei.

Art. 18. São legitimados como interessados no processo administrativo:


I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no
exercício do direito de representação legal;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados
pela decisão a ser adotada, ou na defesa de interesse público;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses individuais e
coletivos de seus associados;
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.
§ 1º A atuação das organizações e associações dependerá de comprovação da pertinência temática
entre suas finalidades institucionais e os interesses que visam defender e, quando a lei assim exigir,
de autorização da respectiva assembleia geral.
§ 2º A intervenção de terceiro no processo administrativo dependerá de decisão da autoridade
competente, quando comprovado o interesse.

Letra D: errada. O prazo que a Administração tem para decidir após a conclusão da instrução do
processo é de até trinta dias úteis. É o que está disposto no art. 61 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 61. Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta
dias úteis para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

Letra E: errada. Não é admitida a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro
público ou qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial. É o que se extrai do art.
94 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 94. Não será admitida a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro
público ou qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial.

O gabarito é a letra A.

33 - (INÉDITA) Segundo consta na Lei Estadual nº 8.972/20, analise as assertivas e assinale a


alternativa correta:

I - Se o requerimento for dirigido a órgão ou entidade incompetente, este providenciará seu


encaminhamento a quem couber sua apreciação, notificando-se o requerente.
II - Encerrada a instrução, a autoridade decidirá, de forma motivada, no prazo de 10 (dez) dias úteis
subsequentes.

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III - Nos procedimentos de outorga, a autoridade competente determinará as providências


adequadas à instrução dos autos, ouvindo, em caso de dúvida quanto à matéria jurídica, a unidade
jurídica do órgão ou entidade.
IV - Quando os elementos colhidos puderem conduzir ao indeferimento do pedido de outorga, o
requerente será intimado para, querendo, apresentar, no prazo de 10 (dez) dias úteis, manifestação
final.
a) I, II e III estão corretas.
b) I e III estão corretas.
c) I, II, III e IV estão corretas.
d) II, III e IV estão corretas.
e) II e IV estão corretas.

Comentários:

Assertiva I: correta. É o que consta no art. 77, inciso II e § 1º, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 77. O recurso não será conhecido quando interposto:


I - fora do prazo;
II - perante órgão incompetente;
III - por quem não seja legitimado;
IV - depois de esgotados todos os recursos cabíveis na esfera administrativa.
§ 1º Na hipótese do inciso II deste artigo, deverá a autoridade remetê-lo, de ofício, ao órgão
competente para exercer o juízo de admissibilidade.

Assertiva II: errada. Após o encerramento da instrução, a autoridade terá, como regra geral, 30
(trinta) dias úteis para tomar, de forma motivada, a decisão. É o que consta no art. 61 da Lei Estadual
nº 8.972/20:

Art. 61. Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta
dias úteis para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.
Parágrafo único. A decisão fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

Assertiva III: correta. É a literalidade do art. 102, inciso IV, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 102. A tramitação dos requerimentos de que trata esta Seção observará o seguinte:
IV - a autoridade competente determinará as providências adequadas à instrução dos autos, ouvindo,
em caso de dúvida quanto à matéria jurídica, a unidade jurídica do órgão ou entidade;

Assertiva IV: errada. O prazo para que o requerente se apresente é de 5 (cinco) dias úteis. É o que
está disposto no art. 102, inciso V, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 102. A tramitação dos requerimentos de que trata esta Seção observará o seguinte:

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V - quando os elementos colhidos puderem conduzir ao indeferimento do pedido, o requerente será


intimado para, querendo, apresentar, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, manifestação final;

O gabarito é a letra B.

34 - (INÉDITA) De acordo com as normas da Lei Estadual nº 8.972/20 sobre o procedimento


sancionatório, analise as assertivas e assinale a alternativa correta:

I - A autoridade que tiver conhecimento de eventual infração administrativa é obrigada a promover


sua apuração imediata, sob pena de responsabilidade.
II - A denúncia conterá a identificação do seu autor, devendo indicar o fato e suas circunstâncias e,
se possível, seus responsáveis ou beneficiários.
III - Na hipótese de denúncia anônima, desde que devidamente motivada, a Administração
promoverá investigação preliminar interna acerca dos fatos constantes da peça anônima, para que
sejam colhidos outros elementos que a comprovem, observando-se as cautelas necessárias para
evitar injusta ofensa à honra do denunciado.
IV - O prazo para conclusão do procedimento, com decisão final da autoridade julgadora, é de
noventa dias úteis, admitida prorrogação por igual período, uma única vez, em face de circunstâncias
excepcionais, devidamente motivada.

a) I, II e III estão corretas.


b) I, II, III e IV estão corretas.
c) II e IV estão corretas.
d) I, III e IV estão corretas.
e) I e IV estão corretas.

Comentários:

Assertiva I: correta. Conforme consta no art. 105 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 105. A autoridade que tiver conhecimento de eventual infração administrativa é obrigada a
promover sua apuração imediata, sob pena de responsabilidade.

Assertiva II: correta. A assertiva vai ao encontro do que está disposto no art. 107 da Lei Estadual nº
8.972/20:

Art. 107. A denúncia conterá a identificação do seu autor, devendo indicar o fato e suas circunstâncias
e, se possível, seus responsáveis ou beneficiários.

Assertiva III: correta. É o que dispõe o art. 108 da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 108. Na hipótese de denúncia anônima, desde que devidamente motivada, a Administração
promoverá investigação preliminar interna acerca dos fatos constantes da peça anônima, para que
sejam colhidos outros elementos que a comprovem, observando-se as cautelas necessárias para
evitar injusta ofensa à honra do denunciado.

Assertiva IV: errada. De acordo com o art. 111, § 4º, da Lei Estadual nº 8.972/20, o prazo para a
conclusão do procedimento, com decisão final da autoridade julgadora, é de cento e vinte dias úteis.

Art. 111, § 4º - O prazo para conclusão do procedimento, com decisão final da autoridade julgadora,
é de cento e vinte dias úteis, admitida prorrogação por igual período, uma única vez, em face de
circunstâncias excepcionais, devidamente motivada.

O gabarito é a letra A.

35 - (INÉDITA) A respeito do que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20 acerca do procedimento


sancionatório, analise as assertivas e assinale a alternativa correta:

I - O procedimento sancionatório, instruído com relatório conclusivo e após pronunciamento da


unidade jurídica, será encaminhado à autoridade competente para julgamento, a ser proferido no
prazo de até vinte dias úteis contados do recebimento dos autos.
II - Constatado vício insanável, após prévia manifestação da unidade jurídica competente, será
declarada a nulidade do ato viciado a partir da fase processual em que o vício foi produzido,
reabrindo-se o contraditório, com aproveitamento dos atos regularmente praticados.
III - Quando do procedimento sancionatório resultar a aplicação de multa, deverá o acusado ser
intimado para efetuar o seu pagamento no prazo de dez dias úteis, ou impugnar o seu valor no prazo
de cinco dias úteis, ressalvada disciplina prevista em lei específica.
IV - Ao acusado caberá a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído à
autoridade ou comissão processante para instrução do processo.

a) I e III estão corretas.


b) I, II, III e IV estão corretas.
c) II e IV estão corretas.
d) I e IV estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.

Comentários:

Assertiva I: errada. O prazo disposto no art. 119 da Lei Estadual nº 8.972/20 é de até trinta dias úteis.

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Art. 119. O procedimento sancionatório, instruído com relatório conclusivo e após pronunciamento
da unidade jurídica, será encaminhado à autoridade competente para julgamento, a ser proferido no
prazo de até trinta dias úteis contados do recebimento dos autos.

Assertiva II: correta. É a literalidade do art. 122 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 122. Constatado vício insanável, após prévia manifestação da unidade jurídica competente, será
declarada a nulidade do ato viciado a partir da fase processual em que o vício foi produzido,
reabrindo-se o contraditório, com aproveitamento dos atos regularmente praticados.

Assertiva III: errada. O prazo para o pagamento da multa é de quinze dias úteis, assim como o prazo
para a impugnação de seu valor é de dez dias úteis. É o que dispõe do art. 124, da Lei Estadual nº
8.972/20:

Art. 124. Quando do procedimento sancionatório resultar a aplicação de multa, deverá o acusado ser
intimado para efetuar o seu pagamento no prazo de quinze dias úteis, ou impugnar o seu valor no
prazo de dez dias úteis, ressalvada disciplina prevista em lei específica.

Assertiva IV: correta. A assertiva está de acordo com o que está disposto no art. 114 da Lei Estadual
nº 8.972/20:

Art. 114. Ao acusado caberá a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído à
autoridade ou comissão processante para instrução do processo.

O gabarito é a letra C.

36 - (INÉDITA) Conforme o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo
Administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, terão prioridade na
tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure
como parte ou interessado, pessoa com idade igual __________.

a) ou superior a sessenta e cinco anos.


b) a sessenta anos.
c) a setenta anos.
d) ou superior a sessenta anos.
e) a setenta e cinco anos.

Comentários:

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Letra A: errada.

Letra B: errada.

Letra C: errada.

Letra D: correta. Segundo consta no art. 140, inciso I, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 140. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos


administrativos em que figure como parte ou interessado:
I - pessoa com idade igual ou superior a sessenta anos;

Letra E: errada.

O gabarito é a letra D.

37 - (INÉDITA) Segundo o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, poderá ser objeto de delegação:

a) a edição de atos de caráter normativo.


b) as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa e na forma por ela
determinada.
c) as matérias de competência exclusiva do órgão, entidade ou autoridade.
d) a decisão de recursos administrativos.
e) parte da competência de órgãos e entidades a outros órgãos ou titulares.

Comentários:

Letra A: errada. A edição de atos de caráter normativo não poderá ser objeto de delegação. O rol de
vedações à delegação está previsto no art. 22, incisos I, II, III e IV, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 22. Não podem ser objeto de delegação:


I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão, entidade ou autoridade;
IV - as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa e na forma por ela
determinada.

Letra B: errada. É vedada a delegação de atribuições recebidas por delegação, salvo autorização
expressa e na forma por ela determinada.

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Letra C: errada. É vedada a delegação de matérias de competência exclusiva do órgão, entidade ou


autoridade.

Letra D: errada. A decisão de recursos administrativos é vedada pela Lei Estadual nº 8.972/20.

Letra E: correta. É o que consta no art. 21 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 21. Os órgãos e entidades administrativas e seus titulares poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

O gabarito é a letra E.

38 - (INÉDITA) Acerca do que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20 a respeito do procedimento de


reparação de danos, assinale a alternativa incorreta:

a) A tutela ressarcitória, destinada à reconstituição do patrimônio ofendido pelo ato lesivo ou


obtenção de resultado equivalente, pressupõe que o dano seja passível de apuração objetiva e será
adimplida preferencialmente mediante obrigação de fazer ou não fazer ou, ainda, mediante
prestação pecuniária, observadas as orientações administrativas uniformes.
b) O procedimento de reparação de danos a terceiros e o procedimento de reparação de danos ao
Erário será somente de iniciativa da Administração.
c) Concluído o procedimento de reparação de danos ao Erário, de iniciativa do interessado ou de
iniciativa da Administração, o causador do dano será intimado para, no prazo máximo de trinta dias
úteis, recolher aos cofres públicos o valor do prejuízo suportado pela Fazenda Pública ou apresentar
pedido de parcelamento.
d) O recebimento da indenização implica no reconhecimento do total ressarcimento do dano, nada
mais havendo a ser pleiteado pelo interessado em âmbito administrativo ou judicial.
e) Efetuado o pagamento da indenização fixada no acordo extrajudicial homologado judicialmente,
o agente público causador do dano, caso comprovada a sua culpa ou dolo, será intimado para, no
prazo máximo de trinta dias úteis, recolher aos cofres públicos o valor do prejuízo suportado pela
Fazenda Pública, atualizado monetariamente, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Comentários:

Letra A: correta. É a literalidade do art. 128 da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 128. A tutela ressarcitória, destinada à reconstituição do patrimônio ofendido pelo ato lesivo ou
obtenção de resultado equivalente, pressupõe que o dano seja passível de apuração objetiva e será
adimplida preferencialmente mediante obrigação de fazer ou não fazer ou, ainda, mediante
prestação pecuniária, observadas as orientações administrativas uniformes.

Letra B: errada. A iniciativa será tanto da Administração quanto do interessado. Assim consta no art.
129 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 129. O procedimento de reparação de danos a terceiros e o procedimento de reparação de danos


ao Erário serão de iniciativa do interessado ou da Administração.

Letra C: correta. A assertiva vai ao encontro do que dispõe o art. 138 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 138. Concluído o procedimento de reparação de danos ao Erário, de iniciativa do interessado ou


de iniciativa da Administração, o causador do dano será intimado para, no prazo máximo de trinta
dias úteis, recolher aos cofres públicos o valor do prejuízo suportado pela Fazenda Pública ou
apresentar pedido de parcelamento.

Letra D: correta. É o que dispõe o art. 135, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 135. O recebimento da indenização implica no reconhecimento do total ressarcimento do dano,


nada mais havendo a ser pleiteado pelo interessado em âmbito administrativo ou judicial.

Letra E: correta. A assertiva encontra amparo no art. 134, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 134. Efetuado o pagamento da indenização fixada no acordo extrajudicial homologado


judicialmente, o agente público causador do dano, caso comprovada a sua culpa ou dolo, será
intimado para, no prazo máximo de trinta dias úteis, recolher aos cofres públicos o valor do prejuízo
suportado pela Fazenda Pública, atualizado monetariamente, sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei.

O gabarito é a letra B.

39 - (INÉDITA) De acordo com o que está disposto na Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do
Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, analise as
assertivas e assinale a alternativa correta:

I - Os processos administrativos que envolvam conflitos entre particular e pessoa jurídica de direito
público, ou entre órgãos e entidades da Administração, poderão ser solucionados mediante
conciliação e compromisso dos interessados, inclusive com a celebração de termo de ajustamento
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de conduta ou de gestão, que priorizará solução proporcional, equânime, eficiente e compatível com
os interesses gerais.
II - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, eficiência, probidade, finalidade, motivação, cooperação, razoabilidade,
proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, duração razoável do processo,
supremacia e indisponibilidade do interesse público.
III - Os atos administrativos ordinatórios e os de caráter geral serão numerados de acordo com a sua
natureza jurídica e em séries próprias, com renovação anual, identificando-se pela sua denominação,
seguida da sigla do órgão ou entidade que os tenha expedido.
IV - Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes,
horários de atendimento e de prestação dos serviços e, quando conveniente, a unidade funcional
competente em matéria de interesse especial, bem como meios de informação à distância.
a) Somente I e II estão corretas.
b) Todas estão corretas.
c) Somente I, II e III estão corretas.
d) Somente I e IV estão corretas.
e) Somente II, III e IV estão corretas.

Comentários:

Assertiva I: correta. Assim dispõe o art. 141 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 141. Os processos administrativos que envolvam conflitos entre particular e pessoa jurídica de
direito público, ou entre órgãos e entidades da Administração, poderão ser solucionados mediante
conciliação e compromisso dos interessados, inclusive com a celebração de termo de ajustamento
de conduta ou de gestão, que priorizará solução proporcional, equânime, eficiente e compatível com
os interesses gerais.

Assertiva II: correta. É a literalidade do art. 3º da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 3º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, probidade, finalidade, motivação, cooperação,
razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, duração razoável
do processo, supremacia e indisponibilidade do interesse público.

Assertiva III: correta. Está de acordo com o art. 7º da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 7º Os atos administrativos ordinatórios e os de caráter geral serão numerados de acordo com a
sua natureza jurídica e em séries próprias, com renovação anual, identificando-se pela sua
denominação, seguida da sigla do órgão ou entidade que os tenha expedido.

Assertiva IV: correta. É o que consta no art. 25 da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 25. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas
sedes, horários de atendimento e de prestação dos serviços e, quando conveniente, a unidade
funcional competente em matéria de interesse especial, bem como meios de informação à distância.

O gabarito é a letra B.

40 - (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no
âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, analise as assertivas e assinale a alternativa
correta:

I - Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na
própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão
competente para a instrução providenciará, de ofício, os documentos.
II - A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões, exceto os votos divergentes e
decisões orais, constarão da respectiva ata ou de termo escrito.
III - O descumprimento injustificado, pela Administração, das disposições da Lei de Processo
Administrativo gera responsabilidade imputável aos agentes públicos faltosos, inclusive disciplinar,
implicando, necessariamente, na invalidação do procedimento.
IV - Os interessados devem concorrer para a economia de meios na realização de diligências
instrutórias e para a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de requerer diligências
inúteis e de recorrer a expedientes dilatórios, sendo inadmissíveis no processo provas obtidas por
meios ilícitos.
a) Somente I, II e III estão corretas.
b) Todas estão corretas.
c) Somente II, III e IV estão corretas.
d) Somente I e IV estão corretas.
e) Somente I e III estão corretas.

Comentários:

Assertiva I: correta. Trata-se da literalidade do art. 48 da Lei Estadual nº 8.972/20:

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Art. 48. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos
existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o
órgão competente para a instrução providenciará, de ofício, os documentos.

Assertiva II: errada. Inclusive os votos divergentes e decisões orais deverão constar da respectiva ata
ou de termo escrito. É o que dispõe o art. 62, § 3º, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 62, § 3º - A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões, inclusive os votos
divergentes e decisões orais, constarão da respectiva ata ou de termo escrito.

Assertiva III: errada. O descumprimento injustificado, pela Administração, das disposições da LEPA
não implica, necessariamente, na invalidação do procedimento.

Art. 142. O descumprimento injustificado, pela Administração, das disposições desta Lei, gera
responsabilidade imputável aos agentes públicos faltosos, inclusive disciplinar, não implicando,
necessariamente, na invalidação do procedimento.

Assertiva IV: correta. Segundo consta no art. 39, da Lei Estadual nº 8.972/20:

Art. 39. Os interessados devem concorrer para a economia de meios na realização de diligências
instrutórias e para a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de requerer diligências
inúteis e de recorrer a expedientes dilatórios, sendo inadmissíveis no processo provas obtidas por
meios ilícitos.

O gabarito é a letra D.

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LISTA DE QUESTÕES
1 - (INSTITUTO AOCP / 2020 - ADAPTADA) Qual é a lei que regula o processo administrativo no
âmbito da Administração Pública do Estado do Pará?
a) Lei n° 8.798/18.
b) Lei n° 5.810/94.
c) Lei n° 9.784/19.
d) Lei n° 8.972/20.
e) Lei n° 9.872/20.

2 - (INSTITUTO AOCP / 2020 - ADAPTADA) Nos processos administrativos, serão observados, entre
outros, os critérios de:

a) atuação conforme a lei e o Direito; observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos
dos administrados.

b) cobrança de despesas processuais; impulsão, somente quando provocado, do processo


administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados.

c) divulgação oficial dos atos administrativos, sem ressalvas; impessoalidade administrativa quando
constatada conveniência.

d) atuação quando e conforme conveniência administrativa; celeridade e objetividade.

e) interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público
a que se dirige, podendo aplicar de forma retroativa de nova interpretação.

3 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) No que se refere ao processo administrativo de que trata
a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta.
a) Poderão ser recusadas, independentemente de decisão fundamentada, as provas propostas
pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
b) Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de
três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.
c) Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de quinze
dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.
d) Mesmo em caso de risco iminente e ainda que motivadamente, a Administração Pública não
poderá adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

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4 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.


Segundo a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no âmbito da
Administração Pública do Estado do Pará, quando a matéria do processo envolver assunto
__________________, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período
de __________________ para manifestação de terceiros, antes da decisão final, se não houver
prejuízo para a parte interessada ao eficaz andamento do processo.
a) de interesse privado / consulta pública
b) sigiloso / consulta privada
c) de interesse geral / consulta pública
d) sigiloso / consulta pública

5 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Considerando o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20,
que trata do Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, tem-
se que a administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
a) prescritos.
b) de improbidade.
c) adquiridos.
d) imorais.

6 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) No que se refere aos atos da Administração Pública, de
acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no âmbito da
Administração Pública do Estado do Pará, o prazo a ser observado para anular os atos ilegais dos
quais decorram efeitos favoráveis para os destinatários
a) A Administração Pública terá 3 anos para a anulação, contados da data do conhecimento da
ilegalidade do ato praticado.
b) A Administração Pública terá 5 anos para a anulação, contados da data da prática do ato tido por
ilegal.
c) A Administração Pública terá 5 anos para a anulação, contados da data do processo judicial para a
anulação.
d) A Administração Pública terá 3 anos para a anulação, contados da data em que foram praticados
os atos.
e) A Administração Pública terá 5 anos para a anulação, contados da data de conhecimento da
ilegalidade do ato praticado.

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7 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Pode-se destacar que as decisões do processo


administrativo não estão adstritas, no que se refere aos seus efeitos, apenas aos servidores, aos
cidadãos, aos agentes públicos, aos administradores ou aos administrados, mas repercutem,
também, em relação aos legitimados, denominados interessados no processo administrativo.
Assim, os interessados no processo administrativo podem ser
a) somente as pessoas físicas que não sejam partes ou que não iniciem o processo administrativo,
mas que sejam afetadas, diretamente, pela decisão administrativa a ser adotada.
b) as pessoas jurídicas que não iniciem o processo administrativo, nem possam ser afetadas,
diretamente, pela decisão administrativa proferida.
c) aqueles que, sem terem iniciado o processo administrativo, têm direitos ou interesses que possam
ser afetados pela decisão a ser adotada.
d) as entidades representativas, na defesa de interesses de pessoas jurídicas privadas, legalmente
constituídas quanto a direitos dos servidores.
e) as pessoas jurídicas atuando especificamente no exercício do direito de representação de
entidades associativas.

8 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) A respeito da forma, tempo e lugar dos atos do processo
administrativo, nos termos da Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta.
a) Os atos do processo devem ser produzidos oralmente ou por escrito, em vernáculo, com a data e
o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
b) Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir.
c) Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos
administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de quinze dias, salvo motivo de
força maior.
d) A autenticação de documentos exigidos em cópia não poderá ser feita pelo próprio órgão
administrativo.

9 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) De acordo com o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20,
que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, é
correto afirmar que
a) o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
b) o processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado e deverá,
obrigatoriamente, ser formulado por escrito.
c) somente a edição de atos administrativos de caráter normativo pode ser objeto de delegação.

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d) o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau hierárquico para
decidir, se não existir competência legal específica.

10 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) A Lei Estadual nº 8.972/20, estabelece normas básicas
sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, visando,
em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da
Administração. Sobre esse diploma normativo, assinale a alternativa correta relacionada ao tema
"processo administrativo".
a) O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido
formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
b) A competência é irrenunciável, indelegável e não pode ser avocada, sendo exercida apenas pelos
órgãos administrativos a que foi atribuída como própria.
c) Somente pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados.
d) Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 (trinta)
dias para decidir, excluída a hipótese de prorrogação ainda que expressamente motivada.

11 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Dentre os legitimados como interessados no processo


administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, conforme a Lei Estadual nº
8.972/20, dentre outros, é possível destacar:
a) apenas as pessoas físicas membros da administração pública.
b) pessoas físicas ou jurídicas, desde que não pertencentes ao quadro de servidores públicos.
c) as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos.
d) apenas servidores diretamente ligados ao setor de lotação do investigado.

12 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Considerando o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20,
é correto afirmar que:
a) os atos administrativos que atenuem deveres, encargos ou sanções deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos.
b) os atos administrativos que deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou divirjam
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais, súmulas de Tribunais Superiores e orientações
jurídicas vinculativas emitidas por órgão competente deverão ser motivados;
c) o interessado não poderá desistir, total ou parcialmente, do pedido formulado e, tampouco,
renunciar a direitos disponíveis.
d) salvo disposição legal em contrário, o recurso administrativo tem efeito suspensivo.

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13 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) O devido processo legal é uma garantia fundamental
positivada no art. 5º da Constituição Federal. No âmbito dos funcionários públicos estaduais do
Pará, tem-se a Lei Estadual nº 8.972/20, que dispõe sobre o tema. Com base no exposto, nos
processos administrativos, será observado(a):
a) o atendimento a fins de interesse privado, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou
competências, salvo autorização em lei.
b) a manutenção de sigilo absoluto dos atos administrativos, mesmo sob ordem judicial, por se tratar
de coisa pública.
c) a proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei.
d) a interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do
investigado, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

14 - (INSTITUTO AOCP / 2019 - ADAPTADA) Em relação ao processo administrativo no âmbito da


Administração Pública do Estado do Pará, assinale a alternativa correta.
a) O processo administrativo somente pode iniciar-se a pedido de interessado.
b) É permitida à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
c) Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados ou
não para assuntos que importem pretensões equivalentes.
d) Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos
idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento ou reunidos por decisão motivada da
autoridade competente, salvo preceito legal em contrário ou se essa reunião puder prejudicar a
razoável duração do processo.
e) O requerimento inicial do interessado deve ser sempre formulado por escrito.

15 - (INSTITUTO AOCP / 2018 - ADAPTADA) O processo administrativo no âmbito da Administração


Pública do Estado do Pará inicia-se de ofício ou a pedido do interessado. Durante o processo
administrativo, instaura-se o contraditório com a realização da fase instrutória. Nessa fase,
a) interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais
interessados para que, no prazo de vinte dias úteis, apresentem alegações.
b) não se admite, em hipótese alguma, consulta pública para a manifestação de terceiros.
c) não se admite, em hipótese alguma, a convocação de audiência pública.
d) cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão
competente para a instrução.

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e) os interessados não serão intimados de prova ou diligência ordenada.

16 - (INSTITUTO AOCP / 2018 - ADAPTADA) No âmbito da Administração Pública Estadual do Estado


do Pará, é impedido de atuar em processo administrativo o servidor que
a) tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados.
b) esteja litigando judicialmente com o interessado, não importando em impedimento se o litígio for
administrativo.
c) venha a participar como perito, testemunha ou representante no processo.
d) exerça cargo comissionado.
e) nunca antes tenha atuado em processo administrativo.

17 - (INSTITUTO AOCP / 2018 - ADAPTADA) Assinale a alternativa correta conforme a Lei Estadual
nº 8.972/20, a qual regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual
do Pará.
a) As matérias de competência concorrente da autoridade não podem ser objeto de delegação.
b) Inexistindo disposição específica, os atos da autoridade responsável pelo processo devem ser
praticados no prazo de 10 (dez) dias, salvo motivo de força maior.
c) Salvo disposição legal em contrário, o recurso tem efeito suspensivo.
d) Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até 45 (quarenta
e cinco) dias para decidir, salvo prorrogação expressamente motivada.
e) A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento.

18 - (INSTITUTO AOCP / 2016 - ADAPTADA) Assinale a alternativa correta no que se refere ao


processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual do Pará, disciplinado na Lei
Estadual nº 8.972/20.
a) Os atos administrativos decorrentes de reexame de ofício serão dispensados de serem motivados.
b) São admissíveis, no processo administrativo, as provas obtidas por meios ilícitos.
c) A Administração tem o dever de expressamente se pronunciar e emitir decisão sobre todos os
assuntos da sua competência que lhes sejam apresentados, nos processos administrativos e sobre
solicitações, petições, representações ou reclamações.
d) A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, a qual autorizará ou não a atuação da autoridade ou servidor no processo
administrativo do qual se declarou impedido.
e) A decisão de recurso administrativo pode ser objeto de delegação por parte do órgão competente.

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19 - (INSTITUTO AOCP / 2013 - ADAPTADA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que regula
o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual do Pará, analise as
assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

II. É de cinco anos o prazo para a Administração anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários, contados da data em que foram praticados.
III. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo para anular contar-se-á da percepção do
primeiro pagamento.
IV. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.
a) Apenas I
b) Apenas II e III
c) Apenas I e IV
d) Apenas I, III e IV
e) I, II, III e IV

20 - (INÉDITA) A respeito do processo administrativo de que trata a Lei Estadual nº 8.972/20,


assinale a alternativa correta.

a) Não caberá ao acusado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído à
autoridade ou comissão processante para instrução do processo.
b) A denúncia não conterá a identificação do seu autor, devendo indicar o fato e suas circunstâncias
e, se possível, seus responsáveis ou beneficiários.
c) O requerimento do postulante deverá ser protocolado no órgão ou entidade vinculada ao fato a
ser comprovado, e deverá conter a descrição dos fatos que pretende justificar, as razões do pedido,
o início de prova material e rol de testemunhas idôneas, em número não inferior a duas.
d) A justificação administrativa, uma vez indeferida, produzirá efeitos perante os órgãos e entidades
da Administração, sem prejuízo de outros meios de prova cabíveis no processo administrativo
principal.
e) A competência para apreciar o requerimento de outorga será do titular do órgão ou entidade
encarregada da matéria versada, salvo previsão legal ou regulamentar em contrário.

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21 - (INÉDITA) Segundo a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no âmbito
da Administração Pública do Estado do Pará, os interessados serão intimados para se manifestar
sobre os requerimentos, com prazo comum de _______, após o que a autoridade competente
decidirá, motivadamente, no prazo de ________.

a) Cinco dias úteis – dez dias úteis.


b) Vinte dias úteis – cinco dias úteis.
c) Dez dias úteis – vinte dias úteis.
d) Cinco dias úteis – vinte dias úteis.
e) Cinco dias úteis – quinze dias úteis.

22 - (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, analise as assertivas e assinale a


alternativa correta.
Os processos administrativos deverão observar, entre outros, os seguintes critérios:
I - cooperação entre todos os sujeitos do processo para que se obtenha, em tempo razoável, decisão
justa e efetiva.
II - atendimento a finalidades de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou
competências, salvo autorização em lei;
III - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
IV - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações, à produção de provas e à
interposição de reconsideração, recursos, revisão nos processos de que possam resultar sanções e
nas situações de litígio;
V - indicação dos pressupostos de fato e de direito que fundamentarem a decisão, com a devida
comprovação dos motivos determinantes no ato ou no processo;

a) I, III e V estão corretas.


b) II, IV e V estão corretas.
c) I, II, III, IV e V estão corretas.
d) I e V estão corretas.
e) III, IV e V estão corretas.

23 - (INÉDITA) A respeito dos atos administrativos, de acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que
trata do Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, assinale
a alternativa correta:
a) Os atos administrativos, exceto os de caráter geral, entrarão em vigor na data de sua publicação,
salvo disposição expressa em contrário.

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b) A Administração não iniciará qualquer atuação material relacionada com a esfera jurídica dos
particulares sem a prévia expedição do ato administrativo que lhe sirva de fundamento, salvo na
hipótese de expressa previsão legal.
c) Os atos de conteúdo normativo serão numerados em séries específicas, seguidamente, com
renovação anual.
d) Os regulamentos serão editados somente por ato normativo específico de cada órgão ou entidade,
dentro das suas atribuições.
e) A publicação dos atos sem conteúdo normativo não poderá ocorrer de forma resumida.

24 - (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no
âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, assinale a alternativa correta:
a) São capazes, para fins de processo administrativo, somente as pessoas físicas, assim consideradas
pelo Código Civil Brasileiro.
b) O administrado tem o direito de ser atendido em no máximo 60 (sessenta) minutos.
c) A intervenção de terceiro no processo administrativo prescinde de decisão da autoridade
competente, quando comprovado o interesse.
d) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo terá início perante a
autoridade de maior grau hierárquico para decidir, designada pelo dirigente do órgão ou entidade.
e) As atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa e na forma por ela
determinada, não poderão ser objeto de delegação.

25 - (INÉDITA) No que se refere à forma, tempo e lugar dos atos do processo da Administração
Pública, de acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta:
a) Os atos do processo devem realizar-se somente por meio físico, preferencialmente na sede do
órgão.
b) Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir.
c) Inexistindo disposição legal específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo
e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de dez dias úteis, salvo
motivo de força maior.
d) Os atos praticados em processos eletrônicos dispensam o comparecimento do interessado quando
necessário, devendo observar as regras procedimentais do órgão ou entidade aos quais se destina.
e) Em regra, os órgãos e entidades poderão exigir do cidadão a apresentação de certidão ou
documento expedido por outro órgão ou entidade do mesmo Poder.

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26 - (INÉDITA) A respeito da fase de instrução do processo administrativo no âmbito da


Administração Pública do Estado do Pará, assinale a alternativa correta:
a) Os interessados devem concorrer para a economia de meios na realização de diligências
instrutórias e para a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de requerer diligências
inúteis e de recorrer a expedientes dilatórios, sendo inadmissíveis no processo provas obtidas por
meios ilícitos.
b) As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de
decisão se realizam a pedido.
c) Quando o interessado declarar que fatos e dados não estão registrados em documentos existentes
na própria Administração responsável pelo processo, o órgão competente para a instrução
providenciará, de ofício, os documentos.
d) Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas,
inclusive por meios tecnológicos, sem ônus para aqueles, dos dados e documentos que o integram,
ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade,
à honra e à imagem.
e) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à
apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a
respectiva apresentação não implicará arquivamento motivado do processo.

27 - (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no
âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, a sindicância investigativa, sem natureza
punitiva, será conduzida por comissão formada por _________, e será concluída no prazo de
___________, prorrogável ___________.

a) Cinco servidores estáveis – quinze dias úteis – por mais dez dias.
b) Três servidores estáveis – quinze dias úteis – uma vez por igual período.
c) Três servidores estáveis – dez dias úteis – uma vez por igual período.
d) Cinco servidores estáveis - quinze dias úteis – uma vez por igual período.
e) Cinco servidores estáveis – dez dias úteis – por mais cinco dias.

28 - (INÉDITA) Conforme o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20 sobre o procedimento


sancionatório, o acusado será notificado para tomar ciência da instauração do procedimento e para
oferecer defesa em _________, ocasião em que deverá requerer as provas a serem produzidas e
indicar até ________ testemunhas, sob pena de _________.

a) Dez dias úteis – três – preclusão.


b) Dez dias úteis – três – indeferimento.

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c) Cinco dias úteis – cinco – prescrição.


d) Cinco dias úteis – três – indeferimento.
e) Dez dias úteis – cinco – preclusão.

29 - (INÉDITA) A respeito do que trata a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta:

a) Encerrada a instrução, o acusado será intimado para, querendo, apresentar alegações finais, no
prazo de cinco dias úteis.
b) A comissão processante não poderá determinar a produção de provas necessárias à formação de
sua convicção, bem como de parecer técnico.
c) O requerimento para procedimento de ressarcimento será protocolado na Procuradoria-Geral do
Estado em até dois anos contados do ato ou fato que houver dado causa ao dano.
d) A prova exclusivamente testemunhal será admitida na ocorrência de força maior ou caso fortuito
relacionado ao fato que se pretende justificar, e comprovado mediante registro policial feito em
época própria ou apresentação de documentos contemporâneos ao fato.
e) Será admitida a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro público ou
qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial.

30 - (INÉDITA) De acordo com o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa
incorreta acerca do procedimento sancionatório:

a) Da decisão proferida pela autoridade julgadora do procedimento sancionatório, caberá recurso


hierárquico na forma e prazo previstos nesta Lei.
b) Constatado vício insanável, após prévia manifestação da unidade jurídica competente, será
declarada a nulidade do ato viciado a partir da fase processual em que o vício foi produzido,
reabrindo-se o contraditório, com aproveitamento dos atos regularmente praticados.
c) Recebida a denúncia, a autoridade competente exercerá juízo de admissibilidade, decidindo acerca
da verossimilhança dos fatos denunciados, ocasião em que providenciará a instauração de auditoria,
sindicância investigativa ou procedimento administrativo sancionatório, na forma prevista em lei.
d) Somente o servidor público poderá realizar denúncia à Administração Pública a respeito de
violação de ordem jurídica.
e) A competência para apreciar o requerimento de outorga será do titular do órgão ou entidade
encarregada da matéria versada, salvo previsão legal ou regulamentar em contrário.

31 - (INÉDITA) A respeito do recurso administrativo no âmbito da administração pública do Estado


do Pará, assinale a alternativa incorreta:

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a) O recurso tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.
b) O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.
c) Requerida fundamentadamente a concessão de efeito suspensivo, a autoridade recorrida ou a
imediatamente superior apreciará o pedido no prazo de dez dias úteis, contados do recebimento do
processo pela autoridade competente.
d) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de
justificar a inadequação da sanção aplicada.
e) Contra decisões tomadas originariamente pelo Governador do Estado, caberá um único pedido de
reconsideração, no prazo de dez dias úteis, dirigido à própria autoridade, observando-se, no que
couber, o regime do recurso hierárquico.

32 - (INÉDITA) Acerca do que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, assinale a alternativa correta:

a) Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.
b) Os prazos contam-se em dias úteis e começam a correr a partir da data em que ocorreu o fato,
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
c) Não têm legitimidade para interpor recurso administrativo as pessoas jurídicas que iniciem o
processo como titulares de direito ou interesse individual.
d) Concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até dez dias
úteis para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.
e) Admite-se a justificação administrativa quando o fato a comprovar exigir registro público ou
qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial.

33 - (INÉDITA) Segundo consta na Lei Estadual nº 8.972/20, analise as assertivas e assinale a


alternativa correta:

I - Se o requerimento for dirigido a órgão ou entidade incompetente, este providenciará seu


encaminhamento a quem couber sua apreciação, notificando-se o requerente.
II - Encerrada a instrução, a autoridade decidirá, de forma motivada, no prazo de 10 (dez) dias úteis
subsequentes.
III - Nos procedimentos de outorga, a autoridade competente determinará as providências
adequadas à instrução dos autos, ouvindo, em caso de dúvida quanto à matéria jurídica, a unidade
jurídica do órgão ou entidade.

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IV - Quando os elementos colhidos puderem conduzir ao indeferimento do pedido de outorga, o


requerente será intimado para, querendo, apresentar, no prazo de 10 (dez) dias úteis, manifestação
final.
a) I, II e III estão corretas.
b) I e III estão corretas.
c) I, II, III e IV estão corretas.
d) II, III e IV estão corretas.
e) II e IV estão corretas.

34 - (INÉDITA) De acordo com as normas da Lei Estadual nº 8.972/20 sobre o procedimento


sancionatório, analise as assertivas e assinale a alternativa correta:

I - A autoridade que tiver conhecimento de eventual infração administrativa é obrigada a promover


sua apuração imediata, sob pena de responsabilidade.
II - A denúncia conterá a identificação do seu autor, devendo indicar o fato e suas circunstâncias e,
se possível, seus responsáveis ou beneficiários.
III - Na hipótese de denúncia anônima, desde que devidamente motivada, a Administração
promoverá investigação preliminar interna acerca dos fatos constantes da peça anônima, para que
sejam colhidos outros elementos que a comprovem, observando-se as cautelas necessárias para
evitar injusta ofensa à honra do denunciado.
IV - O prazo para conclusão do procedimento, com decisão final da autoridade julgadora, é de
noventa dias úteis, admitida prorrogação por igual período, uma única vez, em face de circunstâncias
excepcionais, devidamente motivada.

a) I, II e III estão corretas.


b) I, II, III e IV estão corretas.
c) II e IV estão corretas.
d) I, III e IV estão corretas.
e) I e IV estão corretas.

35 - (INÉDITA) A respeito do que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20 acerca do procedimento


sancionatório, analise as assertivas e assinale a alternativa correta:

I - O procedimento sancionatório, instruído com relatório conclusivo e após pronunciamento da


unidade jurídica, será encaminhado à autoridade competente para julgamento, a ser proferido no
prazo de até vinte dias úteis contados do recebimento dos autos.

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II - Constatado vício insanável, após prévia manifestação da unidade jurídica competente, será
declarada a nulidade do ato viciado a partir da fase processual em que o vício foi produzido,
reabrindo-se o contraditório, com aproveitamento dos atos regularmente praticados.
III - Quando do procedimento sancionatório resultar a aplicação de multa, deverá o acusado ser
intimado para efetuar o seu pagamento no prazo de dez dias úteis, ou impugnar o seu valor no prazo
de cinco dias úteis, ressalvada disciplina prevista em lei específica.
IV - Ao acusado caberá a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído à
autoridade ou comissão processante para instrução do processo.

a) I e III estão corretas.


b) I, II, III e IV estão corretas.
c) II e IV estão corretas.
d) I e IV estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.

36 - (INÉDITA) Conforme o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo
Administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, terão prioridade na
tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure
como parte ou interessado, pessoa com idade igual __________.

a) ou superior a sessenta e cinco anos.


b) a sessenta anos.
c) a setenta anos.
d) ou superior a sessenta anos.
e) a setenta e cinco anos.

37 - (INÉDITA) Segundo o que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20, poderá ser objeto de delegação:

a) a edição de atos de caráter normativo.


b) as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa e na forma por ela
determinada.
c) as matérias de competência exclusiva do órgão, entidade ou autoridade.
d) a decisão de recursos administrativos.
e) parte da competência de órgãos e entidades a outros órgãos ou titulares.

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38 - (INÉDITA) Acerca do que dispõe a Lei Estadual nº 8.972/20 a respeito do procedimento de


reparação de danos, assinale a alternativa incorreta:

a) A tutela ressarcitória, destinada à reconstituição do patrimônio ofendido pelo ato lesivo ou


obtenção de resultado equivalente, pressupõe que o dano seja passível de apuração objetiva e será
adimplida preferencialmente mediante obrigação de fazer ou não fazer ou, ainda, mediante
prestação pecuniária, observadas as orientações administrativas uniformes.
b) O procedimento de reparação de danos a terceiros e o procedimento de reparação de danos ao
Erário será somente de iniciativa da Administração.
c) Concluído o procedimento de reparação de danos ao Erário, de iniciativa do interessado ou de
iniciativa da Administração, o causador do dano será intimado para, no prazo máximo de trinta dias
úteis, recolher aos cofres públicos o valor do prejuízo suportado pela Fazenda Pública ou apresentar
pedido de parcelamento.
d) O recebimento da indenização implica no reconhecimento do total ressarcimento do dano, nada
mais havendo a ser pleiteado pelo interessado em âmbito administrativo ou judicial.
e) Efetuado o pagamento da indenização fixada no acordo extrajudicial homologado judicialmente,
o agente público causador do dano, caso comprovada a sua culpa ou dolo, será intimado para, no
prazo máximo de trinta dias úteis, recolher aos cofres públicos o valor do prejuízo suportado pela
Fazenda Pública, atualizado monetariamente, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

39 - (INÉDITA) De acordo com o que está disposto na Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do
Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, analise as
assertivas e assinale a alternativa correta:

I - Os processos administrativos que envolvam conflitos entre particular e pessoa jurídica de direito
público, ou entre órgãos e entidades da Administração, poderão ser solucionados mediante
conciliação e compromisso dos interessados, inclusive com a celebração de termo de ajustamento
de conduta ou de gestão, que priorizará solução proporcional, equânime, eficiente e compatível com
os interesses gerais.
II - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, eficiência, probidade, finalidade, motivação, cooperação, razoabilidade,
proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, duração razoável do processo,
supremacia e indisponibilidade do interesse público.
III - Os atos administrativos ordinatórios e os de caráter geral serão numerados de acordo com a sua
natureza jurídica e em séries próprias, com renovação anual, identificando-se pela sua denominação,
seguida da sigla do órgão ou entidade que os tenha expedido.

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IV - Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes,


horários de atendimento e de prestação dos serviços e, quando conveniente, a unidade funcional
competente em matéria de interesse especial, bem como meios de informação à distância.
a) Somente I e II estão corretas.
b) Todas estão corretas.
c) Somente I, II e III estão corretas.
d) Somente I e IV estão corretas.
e) Somente II, III e IV estão corretas.

40 - (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual nº 8.972/20, que trata do Processo Administrativo no
âmbito da Administração Pública do Estado do Pará, analise as assertivas e assinale a alternativa
correta:

I - Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na
própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão
competente para a instrução providenciará, de ofício, os documentos.
II - A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões, exceto os votos divergentes e
decisões orais, constarão da respectiva ata ou de termo escrito.
III - O descumprimento injustificado, pela Administração, das disposições da Lei de Processo
Administrativo gera responsabilidade imputável aos agentes públicos faltosos, inclusive disciplinar,
implicando, necessariamente, na invalidação do procedimento.
IV - Os interessados devem concorrer para a economia de meios na realização de diligências
instrutórias e para a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de requerer diligências
inúteis e de recorrer a expedientes dilatórios, sendo inadmissíveis no processo provas obtidas por
meios ilícitos.
a) Somente I, II e III estão corretas.
b) Todas estão corretas.
c) Somente II, III e IV estão corretas.
d) Somente I e IV estão corretas.
e) Somente I e III estão corretas.

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GABARITO
1. LETRA D 16. LETRA C 31. LETRA C
2. LETRA A 17. LETRA E 32. LETRA A
3. LETRA B 18. LETRA C 33. LETRA B
4. LETRA C 19. LETRA E 34. LETRA A
5. LETRA C 20. LETRA E 35. LETRA C
6. LETRA B 21. LETRA D 36. LETRA D
7. LETRA C 22. LETRA C 37. LETRA E
8. LETRA B 23. LETRA B 38. LETRA B
9. LETRA A 24. LETRA E 39. LETRA B
10. LETRA A 25. LETRA B 40. LETRA D
11. LETRA C 26. LETRA A
12. LETRA B 27. LETRA B
13. LETRA C 28. LETRA E
14. LETRA D 29. LETRA D
15. LETRA D 30. LETRA D

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