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PC-BA

Noções de Direito Administrativo


Atos Administrativos

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos
Prof. Diogo Surdi

SUMÁRIO
Apresentação..............................................................................................4
Atos Administrativos.................................................................................. 11
1. Conceito de Ato Administrativo................................................................ 11
2. Diferença entre Atos Administrativos, Atos Jurídicos, Fatos Administrativos
e Atos da Administração............................................................................. 14
3. O Silêncio Administrativo........................................................................ 18
4. Requisitos............................................................................................. 19
4.1. Competência...................................................................................... 21
4.1.1. Características ................................................................................ 21
4.1.2. Delegação e avocação....................................................................... 22
4.1.3. Usurpação de função e função de fato................................................. 24
4.2. Finalidade.......................................................................................... 26
4.3. Forma............................................................................................... 27
4.4. Motivo............................................................................................... 29
4.4.1. Teoria dos motivos determinantes...................................................... 30
4.4.2. Motivação....................................................................................... 31
4.5. Objeto............................................................................................... 33
5. Mérito Administrativo............................................................................. 35
6. Atributos do Ato Administrativo............................................................... 38
6.1. Presunção de legitimidade.................................................................... 39
6.2. Autoexecutoriedade............................................................................. 41
6.3. Imperatividade................................................................................... 43
6.4. Tipicidade.......................................................................................... 44
7. Invalidação e controle judicial dos atos administrativos............................... 46
7.1. Anulação............................................................................................ 46
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7.2. Revogação......................................................................................... 49
7.3. Convalidação...................................................................................... 51
7.4. Cassação........................................................................................... 56
7.5. Caducidade........................................................................................ 57
7.6. Contraposição..................................................................................... 57
7.7. Extinção natural.................................................................................. 58
7.8. Extinção objetiva................................................................................ 58
7.9. Extinção subjetiva............................................................................... 58
8. Espécies de atos Administrativos.............................................................. 59
8.1. Punitivos............................................................................................ 59
8.2. Enunciativos....................................................................................... 60
8.3. Ordinatórios....................................................................................... 61
8.4. Normativos........................................................................................ 61
8.5. Negociais........................................................................................... 63
9. Classificação dos Atos Administrativos...................................................... 65
9.1. Perfeição, validade e eficácia................................................................ 65
9.2. Atos vinculados e atos discricionários..................................................... 67
9.3. Atos de império, atos de gestão e atos de expediente.............................. 68
9.4. Atos simples, atos compostos e atos complexos...................................... 70
9.5. Atos gerais e atos individuais................................................................ 72
Resumo.................................................................................................... 74
Questões de Concurso................................................................................ 79
Gabarito................................................................................................... 94
Questões Comentadas................................................................................ 95

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Prof. Diogo Surdi

DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e professor de Direito
Administrativo em diversos cursos preparatórios para concursos. Ob-
teve diversas aprovações em concursos públicos, dentre as quais se
destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista
Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-
-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

Apresentação
Olá, tudo certo? Espero que sim!

Iniciamos agora a preparação para o concurso da Polícia Civil do Estado da

Bahia (PCA-BA).

Trata-se, sem dúvida, de uma excelente oportunidade de ingressar no serviço

público, ainda mais se considerarmos a grande quantidade de vagas ofertadas e a

ótima remuneração dos cargos em questão.

Dessa forma, o objetivo deste material é deixar você em plenas condições de

GABARITAR a prova de Direito Administrativo.

A banca escolhida para organizar o concurso foi a VUNESP. Assim, nosso curso

será inteiramente focado nesta organizadora. Compreenderemos os principais

entendimentos e autores utilizados pela banca e resolveremos questões anterior-

mente elaboradas pela instituição.

Nos assuntos que não contarem com questões anteriores da banca, faremos

uso, para facilitar a compreensão, de questões de outras organizadoras conhecidas.

Professor, com tantas matérias exigidas, é necessário realmente estu-

dar Direito Administrativo?


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A resposta é SIM.

E o motivo é bem simples: considerando que o Direito Administrativo, ao con-

trário de diversos outros ramos do direito, não é codificado, grande parte de seu

conteúdo é formado com base na doutrina de inúmeros autores administrativistas.

Como consequência, assuntos como organização administrativa, princípios, atos

administrativos e agentes públicos, por exemplo, não encontram uma norma que

regulamente todos os aspectos exigidos pelas bancas organizadoras, o que faz

com que o aluno que está iniciando os seus estudos na disciplina tenha,

muitas vezes, certa dificuldade em visualizar onde determinado assunto se

“encaixa” na matéria como um todo.

Com o tempo, percebe-se que todos os assuntos estão interligados, facilitando o

entendimento e a compreensão de diversos institutos extremamente importantes.

Quer um exemplo?

Vamos imaginar a Administração Pública como uma grande construção, tal como

na figura abaixo.

Para que a construção seja resistente e não ofereça riscos à população, ela pre-

cisa estar fundamentada em uma base altamente sólida, que servirá de alicerce

para todo o restante da estrutura. No Direito Administrativo, essa base é formada

pelos Princípios da Administração Pública.


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Internamente, a construção é dividida em diversos “cômodos”. Com a Adminis-

tração, isso também ocorre, dando ensejo à Organização Administrativa e aos

conceitos de órgãos e entidades públicas.

E quem ocupará essa construção? Certamente que serão pessoas! Estas,

sob o ponto de vista do Direito Administrativo, são os Agentes Públicos, respon-

sáveis por agir em nome da Administração com a finalidade de manifestar a von-

tade desta.

E é justamente essa manifestação de vontade que será o assunto da aula de

hoje. Assim, é por meio dos Atos Administrativos que a Administração manifesta

a sua vontade com o objetivo de garantir o bem-estar da coletividade.

Percebe como tudo está interligado?

Sendo assim, é extremamente importante que você crie uma base sólida em

Direito Administrativo, e esta possibilitará, com o tempo, o atingimento de um alto

nível de conhecimento e de acertos nas questões de prova.

Bem... um dos pilares que estará presente em todo o curso será o diálogo, pos-

sibilitando uma melhor interação entre aluno e professor e a resolução tempestiva

de todas as eventuais dúvidas que surgirem.

Para isso, vamos a uma breve apresentação...

Meu nome é Diogo Surdi, sou formado em Administração Pública e me considero

um “concurseiro de carteirinha”. Em 2014, obtive a aprovação para o cargo de

Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

E posso dizer que a sensação de conseguir ser aprovado para um cargo como

esse, que é um dos mais disputados do Brasil, é incrível: envolve amigos e fami-

liares e faz com que todo o esforço tenha valido a pena!


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Além disso, obtive aprovações em diversos outros cargos, dentre os quais des-

taco: Analista Judiciário do TRT-SC (3ª colocação); Analista Tributário da RFB; Téc-

nico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRT-MS, TRE-SC, TRE-RS e

MPU.

Sobre tais aprovações, gostaria apenas de mencionar, para servir de incentivo,

as “adaptações” que tive que fazer em minha rotina para alcançar a aprovação.

Na época em que estudava para AFRFB, minha primeira filha tinha apenas 3

anos. Como não abria mão de vê-la, eu trabalhava no TRT-SC das 12h às 19h,

ia para casa, ficava com minha filha e esposa e, após elas dormirem, ia para um

hotel, localizado perto da nossa casa, para poder estudar durante toda a madruga-

da. Estudava das 23h às 5h, dormia das 5h às 11h e me dirigia novamente para o

trabalho.

E assim foi por mais de um ano! Ou seja, eu me adaptei a essa rotina

para poder enfrentar a banca com garra e dedicação!

O que queria passar para você, com isso, é que absolutamente nada será

alcançado sem esforço, que muitas serão as dificuldades e os obstáculos

que você encontrará pelo caminho... Poderá haver momentos em que você se

questionará se tudo o que está passando realmente vale a pena (a privação de

tempo com a família e amigos, a necessidade de poder fazer algo de que gosta sem

se sentir “culpado” por não estar estudando), e a resposta, meu(minha) caro(a), é

que tudo vale MUITO a pena!!!

Após a aprovação, cada um desses momentos de dificuldade será lembrado e

tornará a conquista do seu objetivo muito mais gratificante.

“Nunca deixem que te digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem,

ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém...”

Renato Russo
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Portanto, não hesite... É no pós-edital que se faz toda a diferença! Sendo

assim, vamos todos com foco e força de vontade rumo à aprovação no TCE-SP.

Pode contar comigo em tudo o que for preciso para alcançarmos esse objetivo.

Bom, feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.

Cronograma das aulas

Nosso curso será dividido em 11 aulas. Cobriremos o conteúdo programático

do edital, divulgado recentemente pela VUNESP.

Número da aula Conteúdo do edital


3 Ato administrativo. 3.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e
1
espécies. 3.2 Invalidação, anulação e revogação. 3.3 Prescrição.
8 Organização administrativa: administração direta e indireta, centralizada
2 e descentralizada;autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades
de economia mista. Consórcios públicos.
8. Entidades paraestatais e terceiro setor, serviços sociais autônomos, enti-
3 dades de apoio, organizações sociais, organizações da sociedade civil de
interesse público.
5 Poderes da administração: vinculado, discricionário, hierárquico, discipli-
nar e regulamentar. 5.1 Hierarquia: poder hierárquico e suas manifesta-
4 ções. 5.2 Poder disciplinar. 5.3 Poder de polícia. 5.4 Liberdades públicas e
poder de polícia.5.5 dever de agir 5.6 dever de eficiência 5.7 dever de pro-
bidade 5.8 dever de prestação de contas 5.9 uso e abuso de poder.
6.1 Responsabilidade civil da administração: evolução doutrinária e repara-
5 ção do dano. 6.2 Enriquecimento ilícito e uso e abuso de poder. Responsa-
bilidade civil do Estado.
6.3 Improbidade administrativa: sanções penais e civis - Lei Federal n.
6
8.429/1992 e suas alterações.
7 Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação, formas e com-
7
petência de prestação
9. Controle e responsabilização da administração: controle administrativo;
8
controle judicial; controle legislativo;
4 Agentes administrativos. 4.1 Investidura e exercício da função pública.
9 4.2 Direitos e deveres dos funcionários públicos; regimes jurídicos. 4.3 Pro-
cesso administrativo: conceito, princípios, fases e modalidades.

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1 Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes,


10 natureza, fins e princípios. 2 Direito administrativo: conceito, fontes e prin-
cípios. 6 Princípios básicos da administração.
11 4.4 Lei Federal n. 8.112/1990 e suas alterações.

Metodologia utilizada

A ideia do curso é que ele seja o seu único material de estudo na matéria

de Direito Administrativo. Para isso, cada detalhe do curso foi pensado de forma

a atender completamente todas as lacunas que porventura possam surgir.

Vejamos: na parte teórica, as aulas serão escritas de forma que você ape-

nas se preocupe em entender os conceitos apresentados. Serão utilizados diversos

exemplos, esquemas e macetes para tornar as partes mais “decorebas” da ma-

téria bem tranquilas e acessíveis, conforme você verá já nesta aula demonstrativa.

Ao término de cada aula, os principais pontos abordados serão reunidos em um

RESUMO, material esse que será essencial para sedimentar tudo o que foi apren-

dido.

Além disso, serão feitas muitas questões. Neste curso, resolveremos inúmeras

questões da VUNESP, algo que deixará você em condições de realizar uma exce-

lente prova.

Legislação aplicável

Como o Direito Administrativo, ao contrário de diversos outros ramos do Direito,

não é codificado, boa parte de seu conteúdo é formado por entendimentos, dou-

trina, jurisprudências e até mesmo súmulas.

Utilizaremos todas essas, na medida em que sejam necessárias, para chegar-

mos a um grande nível de detalhamento. Em um concurso concorrido como esse,

cada ponto pode ser decisivo.


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Quando estiver sendo tratado de assuntos que em sua maior parte sejam ex-

pressos em leis (como licitações ou improbidade administrativa), será indicado o

diploma legal, para acompanhamento.

Suporte

Quando temos uma dúvida, é sinal de que nossa mente está procurando com-

preender e assimilar a matéria.

Se essa dúvida é solucionada de maneira tempestiva, você pode ter certeza

de que nunca mais esquecerá tal assunto e, o que é mais importante, não pensará

duas vezes na hora da prova... Acertará a questão rapidamente e ganhará tempo

para as demais.

Assim, estarei à disposição para sanar todas as dúvidas que surgirem.

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ATOS ADMINISTRATIVOS

1. Conceito de Ato Administrativo

No âmbito das relações privadas, todas as pessoas, sejam elas físicas ou jurí-

dicas, podem manifestar a sua vontade de diversas formas, tal como ocorre com a

emissão de sinais, com os gestos e com a escrita.

Com a Administração Pública não é diferente. No entanto, como estamos

diante de uma atividade que deve atender às necessidades de toda a coletividade,

as manifestações de vontade do Poder Público estão sujeitas a uma série de requi-

sitos, dando ensejo ao surgimento dos atos administrativos.

Dessa forma, os atos administrativos podem ser vistos como a forma por meio

da qual a Administração manifesta a sua vontade e se “comunica” com terceiros.

Nesse ponto, o conceito que merece destaque é o do autor Hely Lopes Meirelles,

que apresenta a seguinte definição para os atos administrativos:

Toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa


qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.

Do mencionado conceito, conseguimos extrair uma série de características dos

atos administrativos:

a) unilateralidade: enquanto nas relações entre particulares temos uma ma-

nifestação bilateral de vontades, no âmbito dos atos administrativos a manifes-

tação é unilateral, ou seja, a vontade da Administração Pública prevalece sobre a

vontade dos particulares, uma vez que cabe ao Poder Público garantir o bem-estar

de toda a população.

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Aprendendo na prática

Caso duas pessoas resolvam celebrar um contrato de compra e venda, a assinatura

do instrumento apenas ocorrerá caso ambas as partes manifestem suas vontades.

Temos, nessa situação, mais de uma manifestação de vontade, que a doutrina

identifica como bilateralidade.

Situação diferente ocorre quando a Administração resolve construir uma ponte com

a finalidade de reduzir o congestionamento entre duas cidades.

Nesse caso, como o Poder Público é o encarregado de garantir o bem-estar da po-

pulação, não há a necessidade de a Administração ouvir, antes da prática do ato,

a população. Por isso mesmo, costuma-se mencionar que estamos diante de uma

situação de unilateralidade, pois apenas a vontade da Administração é levada em

conta.

b) manifestação de vontade da Administração: com a edição de um ato

administrativo, o que a Administração deseja é a realização de um objetivo. Logo,

estamos diante de uma manifestação de vontade da Administração.

Importante salientar que o conceito de administração deve ser o mais amplo

possível, abrangendo todas as pessoas que estejam atuando em nome do Poder

Público, ainda que transitoriamente ou sem o recebimento de remuneração.

Aprendendo na prática

Os mesários voluntários em uma eleição exercem suas funções em caráter tempo-

rário (apenas durante o período das eleições) e sem o recebimento de remuneração

pelas atividades prestadas.

Os atos praticados pelos mesários, no entanto, são atos administrativos, uma vez

que expressam a vontade da Administração Pública.

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c) Direito Público: uma vez que os atos administrativos possuem como objeti-

vo a realização de uma vontade da Administração, são eles regidos, prioritariamen-

te, pelas regras do Direito Público.

E isso ocorre porque uma das partes envolvidas é a própria Administração Pú-

blica, que, como já ressaltado, possui como objetivo a manutenção do bem-estar

coletivo. Dessa forma, não seria viável que as relações entre a Administração Pú-

blica e os administrados fossem regidas pelo Direito Privado, uma vez que o Poder

Público, na condição de gestor do patrimônio de toda a população, possui uma série

de prerrogativas que não são estendidas aos particulares.

Esclarecendo

A principal finalidade da Administração Pública é a manutenção do bem-estar da

coletividade.

Para alcançar esse bem-estar, a Administração deve manifestar sua vontade, opor-

tunidade em que fará uso dos atos administrativos.

Como os atos administrativos objetivam atender a toda a coletividade, a Adminis-

tração goza de uma série de prerrogativas que não são estendidas aos particulares,

motivo pelo qual os atos devem ser regidos pelo Direito Público.

(VUNESP/INSP – PC-CE/PC-CE/2015) Toda manifestação unilateral de vontade da

Administração Pública, que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adqui-

rir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obriga-

ção ao administrado ou a si própria, corresponde à definição de

a) poder hierárquico.
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b) fato jurídico.

c) ato administrativo.

d) fato normativo.

e) poder normativo.

Letra c.

Conforme analisado em aula, o conceito apresentado é o de um ato administrativo.

2. Diferença entre Atos Administrativos, Atos Jurídicos, Fatos


Administrativos e Atos da Administração

Os atos jurídicos são todas as manifestações de vontade que tenham como

resultado a produção de um efeito jurídico, independente de o Poder Público ser o

responsável pela sua edição. Dessa forma, teremos um ato jurídico tanto na mani-

festação de vontade da Administração Pública (com os atos administrativos) quanto

com a manifestação de vontade dos particulares (com a edição de atos privados).

Aprendendo na prática

Quando um município resolve construir um hospital público, estamos diante de um

ato administrativo. Quando um particular constrói uma casa, estamos diante de um

ato privado.

Em ambas as situações, temos uma característica em comum: a produção de efei-

tos no universo jurídico. Logo, estamos diante de atos jurídicos, ainda que os res-

ponsáveis pela execução sejam pessoas distintas.

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Com isso, verifica-se que os atos administrativos podem ser entendidos como

uma espécie do gênero atos jurídicos, conceito que abrange, como já mencionado,

todas as manifestações de vontade que criem efeitos no ordenamento jurídico.

Os fatos administrativos, por sua vez, são realizações materiais e concretas

da Administração, podendo ser alcançados tanto por meio da edição de atos admi-

nistrativos quanto pela realização de eventos alheios à vontade do Poder Público.

Aprendendo na prática

Quando a Administração resolve editar um ato administrativo de construção de

uma escola pública, teremos, como consequência, um fato administrativo, que,

no caso, será a própria construção da escola. Isso porque o ato administrativo em

questão foi formalizado por meio de um documento, possuindo como “objeto” a

realização da construção.

Quando ocorre um desmoronamento, tendo como consequência a destruição de

uma série de residências, também estaremos diante de um fato administrativo,

uma vez que houve uma realização material, concreta. Nesse caso, no entanto,

o fato administrativo não foi decorrente de um ato administrativo, mas, sim, de

eventos alheios à vontade da Administração Pública.

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Nota-se, dessa forma, que temos duas formas distintas de chegarmos ao

fato administrativo: por meio da edição de um ato administrativo ou por meio de

um evento externo, alheio à vontade do Poder Público.

(VUNESP - TECL (CM PRADÓPOLIS)/CM PRADÓPOLIS/2016) Antônio, funcionário

público lotado na Câmara Municipal de Pradópolis, faleceu, e como consequência da

sua morte, seu cargo ficou vago.

Nesse caso, pode-se afirmar que ocorreu um

a) fato administrativo.

b) fato jurídico.

c) ato administrativo.

d) ato político.

e) ato jurídico.
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Letra a.

Na situação apresentada, estamos diante de um fato administrativo (e que pro-

duziu, por isso mesmo, efeitos jurídicos) decorrente de evento alheio à vontade das

partes (não houve a edição de um ato administrativo).

Por fim, temos os atos da administração, expressão que deve ser utilizada em

seu sentido amplo, abrangendo todos os atos praticados pela Administração, ainda

que não regidos pelo Direito Público ou que se caracterizem pela manifestação bi-

lateral de vontades.

Entram no conceito de atos da administração, com base no que foi exposto:

a) os atos administrativos;

b) os contratos administrativos;

c) as normas editadas pelo Poder Público;

d) os atos políticos, tal como ocorre com a edição de uma política pública;

e) os atos regidos pelo Direito Privado, tal como ocorre com os contratos

de aluguel celebrados com o Poder Público.

Podemos sintetizar esses quatro importantes conceitos da seguinte forma:

Atos jurídicos Todos os eventos que geram consequências no universo jurídico


Atos administrativos Manifestações de vontade da Administração Pública
Fatos administrativos Realizações materiais e concretas
Atos da administração Todos os atos praticados pela Administração

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3. O Silêncio Administrativo

Como afirmado, os atos administrativos são manifestações de vontade da Ad-

ministração Pública, produzindo uma série de efeitos no universo jurídico. Com o

silêncio da Administração, no entanto, ainda que possamos vir a ter a produção de

efeitos jurídicos, deve-se salientar que tal medida não implica em manifestação de

vontade do Poder Público, não podendo ser classificado como ato administrativo.

O silêncio administrativo, dessa forma, pode representar tanto uma aprovação

quanto uma rejeição, produzindo, em ambos os casos, efeitos jurídicos. Nesse sen-

tido, merece destaque o entendimento de Hely Lopes Meirelles:

A omissão da Administração pode representar aprovação ou rejeição da pretensão do


administrado, tudo dependendo do que dispuser a norma competente.

Caso a norma estabeleça que a omissão da Administração implica em uma apro-

vação, e ocorrer o decurso de tal prazo, a situação é tida como aprovada, sem a

necessidade de motivação por parte da Administração.

Se, por outro lado, o silêncio da administração representar uma rejeição, e

igualmente ocorrer o decurso do seu prazo, temos uma negativa da solicitação,

mas, nesse caso, tal comportamento deve ser motivado pela Administração.

Aprendendo na prática

Caso uma lei estabeleça que a Administração Pública possui o prazo de 5 anos para

anular um ato administrativo e não ocorra, no prazo determinado, a anulação, te-

remos a aprovação do ato administrativo, que não poderá, em momento posterior,

ser anulado. Nesse caso, o silêncio da Administração acarretou a aprovação.

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Tal como no exemplo, o silêncio administrativo acarreta uma série de efeitos

no universo jurídico. No entanto, como o silêncio não decorre da manifestação de

vontade do Poder Público, não pode ser considerado ato administrativo. A doutrina

majoritária, com base nesses entendimentos, identifica o silêncio como fato admi-

nistrativo.

4. Requisitos

Os requisitos do ato administrativo são cinco, sendo eles: competência, fina-

lidade, forma, motivo e objeto.

Importante salientar que nem sempre os cinco requisitos estarão presentes, dan-

do ensejo à classificação dos atos administrativos em vinculados e discricionários.

Os atos vinculados são aqueles em que todos os requisitos já aparecem pre-

viamente definidos em lei, não havendo margem para a liberdade de atuação do

agente público. Os atos discricionários, por sua vez, são aqueles em que ape-

nas os requisitos competência, finalidade e forma estão previamente definidos em

alguma norma, de forma que o agente estatal pode, quando da prática do ato,

escolher o motivo e o objeto que melhor atendam à necessidade do caso concreto.


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Aprendendo na prática

Como exemplo de ato administrativo vinculado, temos a nomeação de um

agente estatal em virtude de aprovação em concurso público. Nessa hipótese, são

elementos do ato de nomeação:

Competência: a autoridade que realizou a nomeação.

Finalidade: aumentar o número de servidores para o exercício da atividade pública.

Forma: escrita, sendo que a nomeação será realizada com a publicação no Diário Oficial.

Motivo: falta de servidores para a realização das atividades administrativas.

Objeto: a própria nomeação do servidor.

Como exemplo de ato administrativo discricionário, temos a nomeação de um

particular para o exercício de um cargo em comissão. Nessa hipótese, a escolha da

pessoa que ocupará o cargo em questão fica livre à autoridade competente, sendo

o ato, dessa forma, composto pelos seguintes requisitos:

Competência: a autoridade que realizou a nomeação.

Finalidade: preencher um quadro de chefia, de direção ou de assessoramento.

Forma: escrita, sendo que a nomeação será realizada com a publicação no Diário Oficial.

Nesse último exemplo, nota-se que a autoridade não precisa demonstrar a razão

pela qual resolveu nomear o servidor (motivo), tampouco o seu objeto. Percebe-se,

dessa forma, que a liberdade de atuação, nos atos discricionários, é bem mais am-

pla que nos atos vinculados.

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4.1. Competência

A competência pode ser conceituada como o poder, definido em lei, para que um

agente público possa realizar determinados atos administrativos.

Como estamos em um Estado Democrático de Direito, todas as atuações do ad-

ministrador público devem estar pautadas no princípio da legalidade. Dessa forma,

aos agentes públicos apenas é permitido fazer aquilo que a lei determine ou autorize.

Aprendendo na prática

Um particular, após aprovação em concurso público, é nomeado, toma posse e pas-

sa a ser considerado servidor público. Com isso, ele passa a contar com uma série

de atribuições, previstas em lei, para o cargo público em que está ocupando.

Durante o desempenho de suas atividades, o servidor público em questão apenas

poderá realizar as atribuições previstas em lei, sob pena de restar caracterizado

excesso ou desvio de poder.

4.1.1. Características

A doutrina identifica uma série de características para o requisito competência,

sendo elas:

a) improrrogabilidade: se o agente público não utiliza sua competência, isso

não faz com que esta seja transferida a outro agente.

b) irrenunciabilidade: os agentes não podem renunciar às competências que

lhes tenham sido conferidas, uma vez que, em decorrência do princípio da indis-

ponibilidade do interesse público, a Administração Pública atua como mera gestora

dos interesses de terceiros, que, no caso, são os interesses da coletividade.

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c) imprescritibilidade: o não exercício da competência não a extingue, ou

seja, se determinado agente não exerce sua competência por um lapso de tempo,

isso não significa que sua competência prescreveu. Como a competência é definida

por lei, apenas outra lei de mesma hierarquia pode extinguir a competência ante-

riormente outorgada.

d) obrigatoriedade: o agente público, quando a situação exigir, deve obri-

gatoriamente utilizar sua competência, sob pena de ser responsabilizado pela sua

omissão.

4.1.2. Delegação e avocação

Uma característica bastante exigida em provas, com relação à competência, é

sobre a possibilidade desta ser avocada ou delegada.

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Nos termos da Lei n. 9.784/1999, que é a norma que estabelece as regras relativas

ao procedimento administrativo, temos que a delegação, como regra, sempre é

possível, apenas não podendo ser realizada nas seguintes hipóteses (art. 13):

a) a edição de atos de caráter normativo;

b) a decisão de recursos administrativos;

c) as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Com a delegação, temos a transferência de parte da competência inicialmente

atribuída a uma autoridade superior. Dessa forma, os atos praticados, quando do

exercício da delegação, serão considerados editados pelo delegado, que assume a

responsabilidade pelas eventuais irregularidades. Trata-se a delegação de um ato

que pode ser revogado, a qualquer tempo, pela autoridade superior.

Aprendendo na prática

Fernando, servidor público, delega parte de suas atribuições para Ulysses, servidor

hierarquicamente subordinado. Para tal, ele publica todas as competências que es-

tão sendo delegadas no meio oficial, bem como o prazo de duração da delegação.

A partir desse momento, todos os atos editados por Ulysses, ainda que resultantes

de delegação, são considerados de sua responsabilidade. Pode Fernando, nessa

hipótese, revogar o ato de delegação a qualquer momento, oportunidade em que a

prática das atribuições volta a ser de sua competência.

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A avocação, em sentido oposto, caracteriza-se pelo exercício, por parte da au-

toridade hierarquicamente superior, de competências inicialmente previstas para

um subordinado. Ao contrário da delegação, a avocação apenas pode ser realizada

em caráter de exceção, sendo a regra, por isso mesmo, a impossibilidade de sua

realização.

Delegação Avocação
Competência passa a ser exercida por um Competência passa a ser exercida por um
agente hierarquicamente inferior. agente hierarquicamente superior.
Ocorre apenas com parte da competência. Ocorre apenas com parte da competência.
Como regra, a delegação sempre é possível, Como regra, a avocação não é possível,
salvo nas hipóteses em que a lei proibir. apenas sendo possível nas hipóteses em
que a lei permitir.

4.1.3. Usurpação de função e função de fato

Tais conceitos são utilizados pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro para

definir duas importantes formas de desvio do requisito competência.

A usurpação de função é a mais grave delas, estando associada à prática de

um ato administrativo, privativo dos agentes públicos, por particular que não reúne

tais características. A usurpação, pela sua extrema gravidade, é considerada crime,

estando tipificada no Código Penal.

Aprendendo na prática
Caso um particular, sem nenhum vínculo com o Poder Público, expeça um ato ad-

ministrativo de apreensão de mercadorias, teremos a usurpação da função pública.

Nesse caso, a conduta deverá, a depender da sua gravidade, ser tipificada como

crime, podendo o particular lesado solicitar o pagamento de uma indenização aos

cofres públicos.
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Já a função de fato é a situação em que diversos atos administrativos são

praticados por sujeitos investidos na condição de agentes públicos, mas com irre-

gularidades na respectiva investidura. Nesse caso, temos que verificar se o admi-

nistrado beneficiado com o ato agiu com boa-fé ou má-fé.

Em caso de boa-fé, todos os atos praticados pelo servidor, em respeito ao prin-

cípio da segurança jurídica, são tidos como válidos em relação a terceiros. Em caso

de má-fé do administrado, temos que todos os atos devem ser anulados.

Aprendendo na prática

Mário, investido no cargo de Auditor-Fiscal, lavrou diversos autos de infração, ge-

rando, como decorrência, uma série de efeitos jurídicos. Posteriormente, a Admi-

nistração verificou que houve falha na documentação exigida no momento da posse

de Mário, acarretando a anulação do respectivo ato.

Nesse caso, temos que analisar se os particulares beneficiados com os atos prati-

cados por Mário estavam agindo de boa-fé ou com má-fé.

Em caso de boa-fé, todos os atos serão considerados válidos. No caso de má-fé, os

atos deverão ser anulados, oportunidade em que todos os efeitos eventualmente

produzidos serão desfeitos.

Não obstante as diferenças apontadas, as bancas organizadoras possuem o hábito

de não relacionar se os particulares agiram com boa ou má-fé. Nesses casos,

devemos entender que estamos diante de uma situação de boa-fé, sendo

que todos os atos do servidor devem ser convalidados em sintonia com o princípio

da segurança jurídica.

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4.2. Finalidade

A finalidade é uma das características que norteia toda a Administração Pública,

sendo, inclusive, uma das hipóteses de utilização do princípio da impessoalidade.

No que se refere aos atos administrativos, podemos identificar duas finalidades:

a) finalidade geral (mediata), que é aquela que norteia toda a Administra-

ção Pública em todas as suas atividades. Tal finalidade pode ser definida como a

obrigação que os entes públicos possuem de garantir o bem-estar da população,

não estando restrita a uma determinada manifestação ou ato, mas sim a todas as

atividades do Poder Público.

b) finalidade específica (imediata), que é aquela que o ato administrativo

deseja alcançar. Tal finalidade está diretamente relacionada com um ato específico

editado pela Administração Pública.

Aprendendo na prática

Vamos utilizar o exemplo da construção de uma ponte para entendermos e diferen-

ciarmos as duas finalidades:

No caso da obra, a finalidade geral, mediata, e que não se relaciona diretamente ao

ato administrativo é a satisfação da população por meio da realização de um bem

comum.

Já a finalidade específica, imediata, e que se relaciona diretamente com o ato admi-

nistrativo praticado é, por exemplo, o descongestionamento do trânsito com mais

uma via de acesso.

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4.3. Forma

A forma está relacionada com o modo de exteriorização do ato administrativo.

Ainda que a imensa maioria dos atos administrativos sejam editados por meio

da forma escrita, é plenamente possível a existência de atos com outros tipos de

forma, tal como ocorre, por exemplo, com as ordens verbais de um superior hie-

rárquico, os gestos e apitos de um guarda rodoviário e até mesmo os sinais de uma

placa de trânsito.

Como mencionado anteriormente, a forma é um dos requisitos que sempre

está vinculado ao ato administrativo. Tal entendimento encontra-se em conso-

nância com a doutrina majoritária.

Salienta-se, no entanto, que parte da doutrina entende que a forma apenas será

vinculada quando for essencial para a validade do ato administrativo. Em sentido

oposto, os atos que possam ser editados de outra forma podem perfeitamente ser

feitos dessa maneira, não havendo que se falar em vício na sua formação.
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Em sintonia com esse entendimento, merece destaque o artigo 22 da Lei n.


9.784/1999, que assim expressa: “Os atos do processo administrativo não de-
pendem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir”.

(VUNESP/TEC ADM (PM-SP)/PM-SP/2017) Quanto à forma do ato administrativo, é


correto afirmar que
a) por regra geral, ele deve ser exteriorizado de forma oral.
b) vigora o princípio da liberdade das formas, como no direito privado.
c) o princípio incidente é o da solenidade das formas, tendo-se a forma escrita
como regra.
d) o vício deve ser considerado insanável, porque afetará sempre o conteúdo do ato.
e) eventual vício será sanável, porque incapaz de afetar o conteúdo do ato.

Letra c.
Como ressaltado, a regra é a de que a forma seja produzida de maneira escrita.
Nada impede, contudo, que o requisito seja utilizado de forma oral (como o apito
de um guarda de trânsito) ou visual (como as placas de sinalização).
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Letra a. Errada. Como regra geral, a forma deve ser escrita, sendo admitida, no

entanto, a exteriorização de tal requisito de outras maneiras.

Letra b. Errada. A forma, no âmbito dos atos administrativos, deve observar os

requisitos legais.

Letra d. Errada. O vício de forma, em determinadas situações, poderá ser objeto

de convalidação.

Letra e. Errada. Em determinadas situações, ou seja, quando a forma for essen-

cial à validade do ato, um eventual vício não poderá ser objeto de convalidação,

mas sim apenas de anulação.

4.4. Motivo

O motivo do ato administrativo é a situação de fato e de direito que autori-

za a sua prática. Trata-se, dessa forma, da causa do ato administrativo que está

sendo editado.

Como mencionado, tal requisito nem sempre está definido em lei, uma vez que,

nos atos discricionários, os requisitos motivo e objeto ficam a cargo do agente pú-

blico competente para a sua prática.

Aprendendo na prática

Digamos que uma lei reguladora dos direitos e obrigações de uma determinada ca-

tegoria de servidores estabeleça que, em caso de improbidade administrativa por

parte de qualquer um dos servidores regidos por tal diploma normativo, a autori-

dade competente deverá aplicar a pena de demissão.


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Nessa hipótese, o agente competente, ao verificar a ocorrência de improbidade ad-

ministrativa, não tem alternativa que não seja a demissão do servidor. Como tal ato

é vinculado, o motivo do mesmo (a causa do ato de demissão, que é a ocorrência

de improbidade administrativa) não deixa margens para nenhum tipo de considera-

ção por parte da autoridade competente, que deve aplicar a penalidade ao agente

ímprobo.

Por outro lado, se estivéssemos diante de um ato discricionário, tal situação dei-

xaria margens para que a autoridade competente analisasse o motivo e o objeto

do ato praticado, adequando-os da maneira que melhor atendesse ao interesse

público.

4.4.1. Teoria dos motivos determinantes

Se a Administração precisa motivar um ato para que ele tenha a presunção de

estar de acordo com a sua causa, nada mais justo do que a vinculação de tal mo-

tivo, alegado pela Administração, como forma de controle, pela sociedade, da

relação existente entre o motivo alegado e o ato praticado.

Assim é a teoria dos motivos determinantes, que afirma que, em caso de mo-

tivação dos atos administrativos, a atuação da Administração Pública ficará vincu-

lada ao motivo exposto.

Outra informação importante é que a motivação é obrigatória nos atos vin-

culados e é regra nos atos discricionários. Em outros termos, é como se a Ad-

ministração, ainda que tenha margem de decisão para escolher entre motivar

ou não um ato discricionário, caso o motive, ficasse vinculada ao motivo

apresentado.
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Aprendendo na prática
Os cargos em comissão são considerados de livre nomeação e exoneração, de for-
ma que os seus ocupantes podem ser exonerados sem a necessidade de motivação
para a prática do ato.
Caso, entretanto, a autoridade superior exonere um servidor ocupante de cargo em
comissão motivando o ato com a alegação de contenção de despesas, ficará vincu-
lada ao motivo alegado.
Nessa hipótese, caso a Administração, em um curto espaço de tempo, nomeie
outra pessoa para ocupar o cargo em comissão, haverá dissonância com o motivo
alegado, devendo o ato de exoneração ser considerado nulo.

Jurisprudência para Concursos


Importante julgado do STF (REsp 1.331.224-MG) afirma que a motivação poderá
até mesmo ocorrer em momento posterior à prática do ato administrativo.
O vício consistente na falta de motivação de portaria de remoção ex officio de ser-
vidor público pode ser convalidado, de forma excepcional, mediante a exposição,
em momento posterior, dos motivos idôneos e preexistentes que foram a razão de-
terminante para a prática do ato, ainda que estes tenham sido apresentados ape-
nas nas informações prestadas pela autoridade coatora em mandado de segurança
impetrado pelo servidor removido.

4.4.2. Motivação

Importante distinção deve ser feita entre o motivo e a motivação do ato ad-
ministrativo. O motivo, conforme verificado, é a causa do ato administrativo, o
fundamento para a sua prática, consistindo em requisitos que podem ou não estar
presentes, a depender de estarmos, respectivamente, diante de atos administrati-
vos vinculados ou discricionários.
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A motivação, no entanto, é a exteriorização da forma. Se um determinado

ato administrativo, para ser válido, necessita do requisito motivo, a motivação é a

exteriorização desse motivo.

Aprendendo na prática

O ato de concessão de licença-paternidade a um servidor público tem como motivo

o nascimento do filho do servidor. A motivação deste ato é a transcrição, pela auto-

ridade, dos motivos que levaram-na a conceder a licença-paternidade.

É a autoridade administrativa escrever, por exemplo, que “Tendo em vista o nasci-

mento do filho do servidor X, bem como que a Lei Y assegura o direito à licen-

ça-paternidade em tal situação, defere-se o pedido formulado pelo servidor”.

A Lei n. 9.784/1999 estabelece situações em que a motivação obrigatoriamente

deve ser feita, conforme se verifica da análise do artigo 50. Dessa forma, os atos

administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos funda-

mentos jurídicos, quando:

a) neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

b) imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

c) decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

d) dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

e) decidam recursos administrativos;

f) decorram de reexame de ofício;

g) deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pa-

receres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

h) importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

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Ainda de acordo com a norma, a motivação ser deve ser explícita, clara e

congruente, podendo consistir em declaração de concordância com funda-

mentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que,

nesse caso, serão parte integrante do ato.

E como a motivação consiste na descrição dos motivos que fundamentaram o

ato administrativo, está ela ligada ao elemento forma (e não ao motivo) do ato ad-

ministrativo. Vício na motivação, como consequência, acarretará a anulação do ato

administrativo, uma vez que a forma não está sendo observada.

4.5. Objeto

O objeto pode ser entendido como o conteúdo do ato administrativo, sendo

considerado o efeito imediato que a Administração deseja alcançar. Além desse

efeito, a doutrina identifica que a finalidade é o efeito mediato de todo e qualquer

ato administrativo.

Aprendendo na prática

Se tomarmos como exemplo o ato administrativo de construção de uma escola

pública, o objeto do ato será a própria construção, ao passo que a finalidade será,

dentre outras, a de propiciar que as crianças tenham melhores condições de ensino.


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Nesse exemplo, nota-se que a construção (objeto) é o primeiro efeito a ser alcan-
çado. Com a escola já em funcionamento, verifica-se se o segundo efeito (finalida-
de) também foi alcançado.

Seria inadmissível, em um ordenamento jurídico pautado na legalidade, que o


objeto de um ato administrativo contrariasse a lei, principal fonte do Direito Admi-
nistrativo. Por isso mesmo é que o objeto do ato, para ser válido, deve ser lícito,
possível e praticado por agente capaz.

Dica de Concurso
Podemos utilizar o mnemônico “OI-FM” para diferenciar os efeitos dos atos admi-
nistrativos:
Objeto – Imediato
Finalidade - Mediato

(VUNESP – AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) Assinale a alternativa que con-


tém apenas requisitos do ato administrativo.
a) Forma, finalidade e efeito.
b) Finalidade, competência e motivo.
c) Motivo, competência e perfeição.
d) Efeito, motivo e conteúdo.
e) Perfeição, finalidade e conteúdo.

Letra b.
São os seguintes os elementos dos atos administrativos: competência, finalida-
de, forma, motivo e objeto.
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5. Mérito Administrativo

O mérito administrativo pode ser conceituado como a liberdade que os atos

discricionários recebem da lei para permitir que os agentes competentes escolham,

diante de um caso concreto, a melhor maneira de praticar o ato.

Por isso mesmo, costuma-se afirmar que o mérito administrativo assegura um

juízo de conveniência e oportunidade, que é formado pela possibilidade de escolha

dos requisitos motivo e objeto. Como consequência, pode-se afirmar que o mérito

administrativo só existe nos atos discricionários, pois apenas nestes é que o agente

competente possui liberdade para escolher o motivo e o objeto que melhor aten-

dam ao interesse público.

Considerando que o mérito administrativo é uma prerrogativa eminentemente

interna, uma vez que praticada quando do desempenho da função administrativa,

não cabe ao Poder Judiciário, no exercício de sua função típica de julgar, adentrar

no mérito administrativo.

Caso isso fosse possível, teríamos uma agressão ao princípio da separação dos

Poderes, uma vez que o Judiciário estaria julgando a própria escolha do agente pú-

blico, que, como mencionado, escolhera uma das hipóteses previstas em lei.

Aprendendo na prática

Ao verificar a ocorrência de uma infração disciplinar, o superior hierárquico tem o

dever de punir o responsável pela irregularidade.

No entanto, a norma que rege os servidores de todos os entes federativos é reple-

ta de conceitos jurídicos indeterminados, dificultando sobremaneira uma apuração

objetiva dos fatos.


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Caso a norma preveja uma determinada penalidade para o servidor que “promover
manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição”, fica difícil, para a
Administração, verificar de maneira objetiva se houve ou não a infração disciplinar.
Assim, a lei concede ao agente público a possibilidade de verificar, diante de cada
um dos casos concretos, o motivo e o objeto do ato administrativo praticado, esco-
lhendo a penalidade que melhor se enquadre diante da conduta do servidor.

Na atualidade, cada vez mais a doutrina tenta reduzir o mérito administrativo,


perdendo esse espaço para a estrita legalidade, que é o princípio maior a ser ob-
servado nos Estados Democráticos de Direito.

Jurisprudência para Concursos


Importantes decisões dos nossos Tribunais Superiores vão na linha dessa corrente,
conforme se observa, por exemplo, no REsp 1213843, da lavra do STJ.
Outrossim, a antiga doutrina que vedava ao Judiciário analisar o mérito dos atos
da Administração, que gozava de tanto prestígio, não pode mais ser aceita como
dogma ou axioma jurídico, eis que obstaria, por si só, a apreciação da motivação
daqueles atos, importando, ipso facto, na exclusão apriorística do controle dos
desvios e abusos de poder, o que seria incompatível com o atual estágio de desen-
volvimento da Ciência Jurídica e do seu propósito de estabelecer controles sobre
os atos praticados pela Administração Pública, quer sejam vinculados (controle de
legalidade), quer sejam discricionários (controle de legitimidade).

Observa-se que o STJ não admite que o Poder Judiciário exerça controle de le-
galidade sobre o mérito administrativo, mas sim afirmando que tal questão não
deve ser deixada completamente ao crivo da administração. Ao Poder Judici-
ário é válido apenas apreciar o mérito sob a ótica da compatibilidade da motivação

efetuada pela Administração.


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Não obstante a divergência apresentada, aconselha-se, em provas de concurso,

que sejam adotados os seguintes entendimentos:

• Como regra geral, o Poder Judiciário não pode adentrar no mérito administra-

tivo, que é uma prerrogativa exclusiva da Administração Pública que praticou

o ato.

• A evolução da doutrina e o entendimento dos Tribunais Superiores é no sen-

tido de permitir que o Poder Judiciário examine o mérito dos atos adminis-

trativos, demonstrando que estes estão, aos poucos, perdendo espaço para a

completa legalização.

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6. Atributos do Ato Administrativo

Os atributos dos atos administrativos são as características que estes pos-

suem para conseguir realizar as suas finalidades. Diferentemente dos requi-

sitos, que são condições de validade, os atributos asseguram à Administração uma

série de prerrogativas para o alcance dos objetivos previstos quando da edição dos

atos administrativos.

De acordo com a doutrina majoritária, três são os atributos possíveis para os

atos administrativos, sendo eles a presunção de legitimidade, a autoexecuto-

riedade e a imperatividade. Maria Sylvia Zanella Di Pietro elenca como atributo,

ainda, a tipicidade.

(VUNESP/ANA ADMIN (SAP-SP)/SAP-SP/2011) É um atributo do ato administrativo a

a) atipicidade.

b) presteza.

c) celeridade.

d) autoexecutoriedade.

e) finalidade.

Letra d.

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a autoexecutoriedade trata de atri-

buto dos atos administrativos.

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6.1. Presunção de legitimidade

A presunção de legitimidade é uma das principais garantias que a Administração

dispõe para a prática de seus atos. Por meio desse atributo, todos os atos editados

pela Administração Pública, até que se prove o contrário, são tidos como legítimos

e prontos para produzir todos os efeitos para os quais o ato foi editado.

Essa presunção, no entanto, não é absoluta, sendo admitida prova em contrá-

rio. Por isso mesmo, costuma-se afirmar que se trata de uma presunção relativa,

também conhecida como juris tantum (que admite prova em contrário), e que,

com a edição do ato administrativo, ocorre a inversão do ônus da prova, cabendo

ao particular que se sentir lesado provar à Administração que o ato editado causa

a ele alguma espécie de dano ou prejuízo.

Aprendendo na prática

No exercício de suas atribuições, um agente da vigilância sanitária, alegando ter

encontrado mercadorias vencidas em um mercado, aplica a sanção de interdição

do estabelecimento.

De início, como decorrência da presunção de legitimidade, o ato administrativo em

questão é considerado legítimo, cabendo ao particular que se sentir lesado provar

à administração que a atuação do agente não observou, por exemplo, a proporcio-

nalidade.

Até que isso ocorra, o ato administrativo continua produzindo todos os efeitos para

os quais foi editado.

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Parte da doutrina divide o atributo da presunção de legitimidade em veracidade

e legitimidade. Por meio da presunção de veracidade, todos os fatos alegados

pela Administração, para a prática do ato, presumem-se verdadeiros. De acordo

com a presunção de legitimidade, os atos editados pela Administração são con-

siderados em sintonia com o ordenamento jurídico.

O entendimento majoritário, no entanto, é o de que a presunção de legitimidade

abrange os dois conceitos, sendo esta a forma como o atributo é comumente exi-

gido em provas de concursos.

Dos atributos do ato administrativo, apenas a presunção de legitimidade está

presente em todos os atos. Todos os demais atributos, conforme exposto, podem

ou não estar presentes nos atos administrativos.


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6.2. Autoexecutoriedade

A autoexecutoriedade é um atributo extremamente importante para a eficiência

da Administração Pública. Por meio dele, a Administração pode exigir o cumprimen-

to de determinados atos administrativos, por parte de seus administrados, sem a

necessidade de recorrer ao Poder Judiciário para exigir tal comportamento. Pode,

inclusive, utilizar-se da força, quando tal medida se fizer necessário para que suas

ordens sejam obedecidas.

Também é por meio da autoexecutoriedade que a Administração Pública pode

executar certos atos sem precisar de autorização do Poder Judiciário.

Aprendendo na prática

A Administração recebe uma denúncia de que um restaurante não está observando

as normas sanitárias. A vigilância, por conta disso, faz uma diligência e constata

que a denúncia é procedente, ou seja, realmente o restaurante não respeita as

normas de segurança alimentar.

Diante do caso narrado, se os atos administrativos não tivessem o atributo da au-

toexecutoriedade, seria necessário que a Administração Pública solicitasse a verifi-

cação, por parte do Poder Judiciário, das irregularidades constatadas.

No entanto, até que o Judiciário realizasse todos os procedimentos necessários,

muitas pessoas poderiam ser intoxicadas, o que causaria um sério problema para

toda a coletividade.

Para evitar que isso ocorra é que a Administração dispõe da prerrogativa de

interditar o estabelecimento, fazendo uso, para tal, do atributo da autoexecu-

toriedade.

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Tal como ocorre com a presunção de legitimidade, parte da doutrina adminis-

trativista (dentre os quais se destaca Celso Antônio Bandeira de Mello) divide o

atributo da autoexecutoriedade em duas diferentes acepções, sendo elas a exigi-

bilidade e a executoriedade.

Por meio da executoriedade, a Administração, diante de uma situação de ur-

gência, pode adotar diversas medidas sem a necessidade de fazer uso de uma

decisão do Poder Judiciário. Nas hipóteses em que a executoriedade é passível de

utilização, o que é levado em conta é o interesse de toda a coletividade, motivo

pelo qual o atributo em questão está intimamente relacionado com o poder de polí-

cia, ou seja, com a limitação de um direito individual em prol do bem-estar de toda

a população.

Já a exigibilidade está relacionada com a obrigação que os particulares têm

de cumprir os atos emanados do Poder Público. Trata-se, em última análise, da

possibilidade de a Administração exigir um comportamento de seus administrados.

Enquanto na exigibilidade a Administração possui a prerrogativa de exigir um

determinado comportamento de terceiros, na executoriedade é ela que possui a

prerrogativa de, diretamente, adotar uma medida.

Aprendendo na prática

Caso um particular receba uma intimação com a determinação de realizar a cons-

trução de uma calçada em frente à sua casa, sob pena de multa, teremos a exigi-

bilidade, mas não a executoriedade do ato administrativo.

Por meio da exigibilidade, o Poder Público exige um determinado comportamento

do administrado (no caso, a construção de uma calçada). Caso, no entanto, o par-

ticular não realize a construção, não poderá a Administração forçá-lo a adotar essa

conduta, motivo pelo qual o ato não é executório. Nessa situação, deve o Poder

Público aplicar uma multa pela não efetivação da medida.

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Salienta-se que o atributo da autoexecutoriedade não está presente em todos

os atos administrativos, mas sim apenas naqueles em que seja possível a atuação

direta da Administração.

Exemplo clássico de situação em que a Administração não pode fazer uso de tal

atributo é na aplicação de uma multa administrativa. Uma vez aplicada a sanção, e

não tendo ocorrido o pagamento pelo particular, a Administração poderá, apenas,

ajuizar as medidas de execução cabíveis, não podendo utilizar-se da força para que

o particular pague o valor devido.

6.3. Imperatividade

A imperatividade consiste na possibilidade de a Administração criar, unilateral-

mente, obrigações a terceiros, bem como impor restrições aos administrados inde-

pendente de ter ocorrido a concordância de tais pessoas.

A imperatividade decorre do poder extroverso do Estado, que é a capacidade

que a Administração possui de criar obrigações a si própria e também a terceiros.


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Tal poder, por exemplo, é o contrário do atribuído aos particulares, que possuem

apenas o poder introverso, ou seja, a capacidade de criar obrigações exclusivamen-

te para eles mesmos, e não para terceiros.

A imperatividade é atributo presente na maioria dos atos administrati-

vos. Não encontramos a imperatividade, no entanto, nos atos enunciativos (como

as certidões e os atestados), uma vez que estes apenas declaram uma situação já

existente.

Da mesma forma, não encontramos o atributo da imperatividade quando o ato

administrativo possui a estrita função de conceder um direito aos particulares (tal

como a licença ou a autorização).

Em ambas as situações, não há a imposição de uma obrigação a terceiros, mo-

tivo pelo qual a utilização da imperatividade não faz o menor sentido.

6.4. Tipicidade

A tipicidade é atributo do ato administrativo que determina que o ato deve

corresponder a uma das figuras definidas previamente pela lei, como aptas

a produzir determinados resultados, sendo corolário, portanto, do princípio da

legalidade.
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Tal princípio é defendido por Maria Silvia Zanella Di Pietro. Segundo a autora,

a Administração deve respeitar uma forma específica, definida em lei, para cada

espécie de ato administrativo.

Dessa forma, o atributo da tipicidade representa uma garantia para o adminis-

trado, pois impede, por exemplo, que a Administração pratique atos dotados de im-

peratividade e executoriedade sem que seja observado o diploma legal respectivo.

Nota-se que a tipicidade está intimamente relacionada com a forma do ato ad-

ministrativo, de maneira que os atos apenas podem ser editados quando possuírem

uma forma anterior prevista em nosso ordenamento.

Duas são as características asseguradas pelo atributo da tipicidade:

a) impedir que a administração produza atos dotados de imperatividade

sem previsão legal;

b) impedir a edição de atos totalmente discricionários.

Aprendendo na prática

De acordo com a tipicidade, a nomeação de um servidor apenas poderá ocorrer se

houver previsão, em lei, da forma como o ato será editado. A mesma característica

deve estar presente quando da edição de uma concessão, de uma exoneração ou

de uma advertência.

Em cada um desses casos, deve-se ter uma forma, anteriormente prevista em lei,

como apta a garantir o controle, pela população, dos atos praticados pelo Poder

Público.

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Ainda que diversos outros autores critiquem a tese da autora, argumentando

que a tipicidade não passa de uma vertente do princípio da legalidade, as bancas,

ocasionalmente, exigem o conhecimento do atributo.

Vejamos cada um dos atributos dos atos administrativos...

O ato administrativo é válido e produz efeitos até a prova em


Presunção de Legitimidade
contrário
A Administração não precisa de autorização do Poder Judiciário
Autoexecutoriedade
para praticar o ato administrativo
Imperatividade A Administração pode se impor a terceiros
Tipicidade O ato deve corresponder a figuras definidas previamente em lei

7. Invalidação e controle judicial dos atos administrativos

O estudo da invalidação e do controle judicial dos atos administrativos refere-se

às diversas formas com que os atos administrativos podem ser retirados do univer-

so jurídico.

7.1. Anulação

A anulação trata-se da forma de desfazimento dos atos administrativos nas si-

tuações em que são verificadas ilegalidades. Como o vício encontrado agride uma

norma e, como consequência, todo o ordenamento jurídico, os efeitos da anulação

são retroativos e com eficácia ex tunc.

Assim, nenhum dos efeitos produzidos pelos atos anulados deve, como regra,

ser mantido em nosso ordenamento. Em caráter de exceção, os terceiros de boa-fé

devem ter os seus direitos adquiridos preservados, sob pena de violação do princí-

pio da segurança jurídica.

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Nesse sentido, merece destaque o teor da Súmula 473 do STF, que assim dispõe:

A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tor-
nam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de con-
veniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.

Aprendendo na prática

Antônio foi nomeado e entrou em exercício, produzindo uma série de atos admi-

nistrativos, dentre os quais uma certidão negativa de débitos para que o particular

possa participar de uma licitação.

Posteriormente, verificou a Administração que houve falha na investidura de Antô-

nio decorrente de ilegalidade, motivo ensejador da anulação do ato administrativo

de posse. Nesse caso, a anulação acarreta a retirada de todos os efeitos jurídicos

produzidos, possuindo eficácia ex tunc.

No entanto, se assim o fosse, o particular beneficiado com a certidão negativa de

débitos não poderia fazer uso da mesma, sendo invalidado, por consequência, sua

participação no procedimento licitatório.

Para que isso não ocorra, e evitando assim que a anulação gere uma grave inse-

gurança jurídica, é assegurada aos terceiros de boa-fé a manutenção dos efeitos

decorrentes da atuação do servidor.

A anulação pode ser realizada tanto pela Administração Pública que pra-

ticou o ato quanto pelo Poder Judiciário, exigindo-se, nesse último caso, a

provocação do referido Poder, em plena consonância com o princípio da inafas-

tabilidade de jurisdição.
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Salienta-se, no entanto, que a atividade administrativa não é exclusividade do

Poder Executivo, de forma que os demais Poderes podem, no exercício de suas fun-

ções atípicas, praticar atos administrativos. Nesses casos, um ato administrativo

editado pelo Poder Legislativo pode perfeitamente ser anulado pelo mencionado

Poder, sem haver a necessidade de provocação do Poder Judiciário.

Dessa forma, quando a própria Administração é quem anula o ato administrati-

vo, está ela fazendo uso do princípio da autotutela, segundo o qual o ato adminis-

trativo pode ser tanto revogado quanto anulado pela própria Administração que o

praticou.

Jurisprudência para Concursos

Nesse sentido, destaca-se o entendimento do STF, conforme se observa do julgado

do RMS 31661-DF, de seguinte teor:

A Administração Pública pode anular seus próprios atos quando estes forem ilegais. No
entanto, se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de interesses indi-
viduais, faz-se necessária a instauração de procedimento administrativo que assegure
o devido processo legal e a ampla defesa. Assim, a prerrogativa de a Administração Pú-
blica controlar seus próprios atos não dispensa a observância do contraditório e ampla
defesa prévios em âmbito administrativo.

Para que a autotutela seja exercida sem nenhum vício, faz-se necessário que

sejam observados o contraditório e a ampla defesa sempre que a anulação

ou a revogação implicar em prejuízo a um direito individual.

Como mencionado anteriormente, o ato administrativo é composto de cinco

requisitos, sendo que o motivo e o objeto formam aquilo que a doutrina denomina

de mérito administrativo, ou seja, a liberdade que os agentes possuem quando da

prática do ato administrativo.

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E considerando que a anulação implica em um juízo de ilegalidade, é correto

afirmar que a anulação do ato administrativo não possui a capacidade de adentrar

no mérito do ato, que, ressalta-se, é exclusividade da Administração que o editou.

As características da anulação podem ser visualizadas por meio do gráfico a

seguir:

7.2. Revogação

A revogação, por outro lado, é o desfazimento de um ato válido, sem vício

algum, mas que, por vontade da Administração Pública que o produziu, deve

ser retirado do universo jurídico.

A revogação, dessa forma, possui um sentido completamente diferente da anu-

lação. Enquanto na anulação temos um ato administrativo com vício de ilegalidade,

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na revogação o ato não apresenta vícios, estando em sintonia com o ordenamento

jurídico e produzindo todos os efeitos para os quais foi editado. No entanto, a Admi-

nistração, por considerar que o ato é inconveniente ou inoportuno, opta por retirar

o ato do ordenamento.

Por isso mesmo, costuma-se afirmar que a revogação incide diretamente sobre

o mérito administrativo, que implica em um juízo de conveniência e oportunidade.

E como a análise do mérito administrativo é privativa da Administração que editou

o ato, apenas esta pode realizar a revogação do ato administrativo, não sendo tal

providência possível ao Poder Judiciário.

Com base nisso, chegamos a importantes conclusões sobre a revogação:

a) a revogação apenas incide sobre os atos discricionários (pois apenas estes

possuem mérito administrativo).

b) o próprio ato de revogação é um ato discricionário (a Administração po-

deria ter deixado o ato em vigor, produzindo todos os seus efeitos, mas optou por

revogá-lo).

c) enquanto a Administração Pública pode tanto anular quanto revogar os

atos administrativos, o Poder Judiciário pode apenas anular os atos produ-

zidos pela Administração, e, ainda assim, desde que provocado.

Salienta-se que os efeitos da revogação não retroagem, sendo prospectivos e

produzindo efeitos ex nunc, ou seja, a partir da própria revogação. Com isso, os

efeitos produzidos até a revogação são mantidos, após a qual o ato deixa de pro-

duzir efeitos perante terceiros.

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Para memorizarmos a diferença entre as eficácias ex tunc e ex nunc, podemos

fazer uso do seguinte esquema:

Ex-Tunc – Tudo retroage (efeitos retroativos)

Ex-Nunc – Nada retroage (efeitos prospectivos)

Entendimento Doutrinário

A doutrina identifica uma série de situações em que os atos administrativos não

podem ser revogados, sendo eles:

a) os atos vinculados, pois a revogação está relacionada com o mérito admi-

nistrativo;

b) os atos já consumados, uma vez que se os efeitos para os quais o ato ad-

ministrativo foi editado já se esgotaram, não há como revogar o que ocorreu no

passado;

c) os atos que já geraram direito adquirido;

d) os atos que integram um procedimento administrativo, pois a cada

nova fase do procedimento o ato anterior deixa de produzir efeitos;

e) os atos denominados como “meros atos administrativos”, que apenas

declaram situações que já existem, como a certidão.

7.3. Convalidação

Durante muito tempo, permaneceu como doutrina majoritária, em nosso orde-

namento, a corrente monista, que afirmava que os atos administrativos ou eram

válidos ou eram nulos. Para essa corrente, não havia a possibilidade de o ato admi-

nistrativo ser sanado, convalidado, voltando a produzir efeitos.


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Nos tempos atuais, a doutrina majoritária apoia-se na corrente dualista, segun-

do a qual os atos administrativos podem ser nulos ou anuláveis. Assim, no caso de

vícios existentes, o ato pode ser anulado ou, em algumas situações, convalidado.

Dos cinco requisitos do ato administrativo, apenas dois deles ensejam a convalida-

ção, sendo eles:

a) a competência, desde que relativa à pessoa e quando não se trate de compe-

tência exclusiva.

b) a forma, desde que esta não seja essencial para a prática do ato.

Nessas situações, dizemos que o ato administrativo possui um defeito sanável, po-

dendo tanto ser convalidado quanto anulado.

Aprendendo na prática

Digamos que um Delegado Fiscal seja competente para a expedição de determina-

dos atos administrativos. Tal competência, no entanto, não é exclusiva, de forma

que é possível a delegação do exercício da mesma a um subordinado seu.

Em um determinado dia, quando o Delegado Fiscal não se encontrava na reparti-

ção, fez-se necessário que um ato de sua competência fosse realizado. O Chefe do

Setor, sabendo que tal competência não era exclusiva e que, caso o ato não fosse

praticado, acarretaria sérios prejuízos aos administrados, não teve dúvidas em pra-

ticar o ato.

Na situação em questão, como trata-se de competência em razão da pessoa (e não

da matéria), pode o Delegado, quando do seu retorno, adotar duas providências:

anular ou convalidar o ato administrativo.


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Caso ele opte pela anulação, mesmo que concorde com o efeito do ato praticado

pelo Chefe do Setor, terá ele que, primeiramente, anular o respectivo ato, para só

então praticar outro de sua iniciativa. No caso da convalidação, o Delegado sim-

plesmente colocaria o seu carimbo e ratificaria o ato anterior, convalidando-o por

completo.

Assim, percebe-se claramente que a convalidação está amparada na eficiência e

na economicidade, evitando-se que os atos tenham que ser anulados e, posterior-

mente, novamente produzidos.

Trata-se a convalidação de um controle de legalidade, podendo incidir tanto

sobre os atos administrativos vinculados quanto sobre os atos discricionários, uma

vez que, em ambos os casos, os requisitos competência e forma sempre estarão

presentes. Nota-se, dessa forma, que apenas a revogação incide sobre o mérito

administrativo, ao passo que a anulação e a convalidação são exemplos de controle

de legalidade.

E justamente por “reformar” o ato administrativo é que a convalidação possui

efeitos ex tunc, retroagindo até a data de formação do ato. Caso não fosse assim

(ou seja, caso a convalidação apenas tivesse efeitos prospectivos, a partir de sua

edição), não faria nenhum sentido para a sua utilização, pois a Administração po-

deria perfeitamente anular o ato e posteriormente editar outro em seu lugar.


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Jurisprudência para Concursos

Merece destaque, sobre a convalidação, a decisão do STJ no REsp 1.348.472-RS,

reafirmando, em um caso prático, a importância do instituto:

Não deve ser reconhecida a nulidade em processo licitatório na hipótese em que, a


despeito de recurso administrativo ter sido julgado por autoridade incompetente, te-
nha havido a posterior homologação de todo o certame pela autoridade competente.
Isso porque o julgamento de recurso por autoridade incompetente não é, por si só,
bastante para acarretar a nulidade do ato e dos demais subsequentes, tendo em vista
o saneamento da irregularidade por meio da homologação do procedimento licitatório
pela autoridade competente. Com efeito, o ato de homologação supõe prévia e deta-
lhada análise de todo o procedimento, atestando a legalidade dos atos praticados, bem
como a conveniência de ser mantida a licitação. Ademais, o vício relativo ao sujeito —
competência — pode ser convalidado pela autoridade superior quando não se tratar de
competência exclusiva.

(VUNESP/GM (PREF SJRP)/PREF SJRP/2014) Com relação à convalidação do ato

administrativo, é correto afirmar que

a) possui efeitos retroativos.

b) depende de homologação do Ministério Público.

c) somente poderá ser aplicada pelo Poder Judiciário.

d) a legislação veda a aplicação pela Administração Pública.

e) não prestigia a segurança jurídica.

Letra a.

Com a convalidação, temos o saneamento do ato com efeitos retroativos.

Letra b. Errada. Não há necessidade de homologação para que a convalidação

possa ser realizada.

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Letra c. Errada. A convalidação trata-se de medida que apenas pode ser aplicada

pela Administração Pública.

Letra d. Errada. A Administração, nas hipóteses legalmente possíveis, pode rea-

lizar a convalidação.

Letra e. Errada. A convalidação observa o princípio da segurança jurídica, uma

vez que os efeitos de terceiros que agiram com boa-fé serão mantidos.

As características dos institutos da anulação, da revogação e da convalida-

ção podem ser mais bem visualizadas por meio da tabela a seguir:

Anulação Revogação Convalidação


Trata-se de controle de Trata-se de controle do Trata-se de controle de legalidade
legalidade sobre atos que mérito administrativos, sobre atos que apresentam vícios
apresentam vícios insaná- a juízo da Administração. sanáveis.
veis ou sanáveis.
Opera retroativamente Opera prospectivamente Opera retroativamente (eficácia ex
(eficácia ex tunc). (eficácia ex nunc). tunc).
Pode ser efetuada tanto Apenas pode ser efetu- Apenas pode ser efetuada pela
pela própria administração ada pela própria Admi- própria Administração.
quanto pelo Poder Judiciá- nistração.
rio, quando provocado.
Incide sobre atos vincu- Incide apenas sobre atos Incide sobre atos vinculados e dis-
lados e discricionários, discricionários cricionários, desde que se esteja
desde que se esteja ana- analisando a legalidade.
lisando a legalidade.
A anulação pode ser um A revogação sempre é A convalidação é um ato discricio-
ato vinculado (quando o um ato discricionário, nário, pois a Administração pode
vício é insanável) ou dis- pois a Administração escolher entre anular ou convali-
cricionário (quando o vício escolhe se deve ou não dar o ato.
é sanável, pois nesse retirá-lo do universo jurí-
caso pode ela optar entre dico.
anular ou convalidar o ato
em questão).

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7.4. Cassação

Trata-se a cassação da extinção do ato administrativo quando o benefi-


ciário deixa de atender aos requisitos com os quais anteriormente se obri-
gara. A cassação é, na imensa maioria das vezes, considerada uma sanção pela
doutrina, devido ao seu caráter de desfazimento com base em um não cumprimen-
to de obrigação pelo particular.

Aprendendo na prática
Uma pessoa física adquire a permissão para montar um quiosque em uma praça
pública, com a condição de não desmatar a plantação existente na praça.
Caso, posteriormente, seja verificado que o particular descumpriu os requisitos
para a manutenção da permissão, esta será cassada pela autoridade que anterior-
mente a concedeu.

A cassação, assim com a anulação e a revogação, são formas de desfazimen-


to volitivo do ato administrativo, uma vez que, para a sua aplicação, torna-se
necessária a edição de um novo ato desfazendo o ato administrativo anterior. Se
tomarmos o exemplo anteriormente mencionado, nota-se que o desfazimento da
permissão apenas se efetiva com a edição de um novo ato declarando que o parti-
cular não cumpriu as obrigações anteriormente acordadas.

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7.5. Caducidade

Temos a caducidade quando uma legislação posterior à edição do ato

administrativo deixa aquele ato em desconformidade com o ordenamento

jurídico. Trata-se, assim, de uma legislação superveniente que deixa o ato sem a

possibilidade de produzir novos efeitos.

Aprendendo na prática

A administração municipal concede uma permissão para que o particular utilize

uma praça pública. Posteriormente, o município edita uma lei proibindo a realização

de concessões e permissões aos particulares. Nessa situação, estamos diante da

caducidade do ato administrativo que concedeu a permissão, uma vez que legisla-

ção posterior o deixou em desconformidade com o ordenamento jurídico.

7.6. Contraposição

Teremos a contraposição quando um ato posterior extingue o ato ante-

rior, ainda que não faça menção direta nesse sentido. Na contraposição, os

efeitos do ato posterior são diametralmente opostos aos efeitos do ato anterior.

Aprendendo na prática

O exemplo utilizado pela doutrina é a exoneração de servidor, ato que se contra-

põe ao ato anteriormente praticado de nomeação. Assim, ainda que a exoneração

não declare que o ato de nomeação estará extinto, trata-se tal efeito de uma con-

sequência lógica.

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7.7. Extinção natural

A extinção natural é a ordem natural do ato administrativo. Após o seu

nascimento, ele cumpre os seus efeitos e, por não ser mais utilizável, exaure-se.

Aprendendo na prática

O ato administrativo de concessão de licença-paternidade a um servidor público

extingue-se naturalmente com o gozo, pelo servidor, da referida licença.

7.8. Extinção objetiva

A extinção objetiva ocorre com o desaparecimento do objeto do ato ad-

ministrativo, tal como o fechamento de um estabelecimento que tinha sido in-

terditado pela vigilância sanitária. Como o estabelecimento deixou de funcionar, o

próprio ato de interdição deixou de fazer sentido.

7.9. Extinção subjetiva

Aqui, temos uma extinção semelhante à anterior, com a diferença de que quem

desaparece é o próprio sujeito que se beneficiou do ato. Uma nomeação para um

cargo público, por exemplo, deixa de existir quando a pessoa nomeada vem a óbito.

Formas de extinção Conceito Exemplo


Extinção natural Ocorre quando o ato administrativo Gozo de licença paternidade
cumpre todos os seus efeitos
Extinção objetiva Ocorre com o desaparecimento do Fechamento de um estabele-
objeto do ato cimento interditado
Extinção subjetiva Ocorre com o desaparecimento do Falecimento de um servidor
sujeito que se beneficiou com o ato nomeado

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8. Espécies de atos Administrativos

O estudo das espécies dos atos administrativos implica, basicamente, no conheci-

mento da cada uma das espécies e dos principais atos que compõem cada uma delas.

Dessa forma, são espécies de atos administrativos apontados pela doutrina:

a) punitivos;

b) enunciativos;

c) ordinatórios;

d) normativos;

e) negociais.

8.1. Punitivos

Atos administrativos punitivos são aqueles que contêm uma sanção aos

que descumprirem normas legais ou administrativas. Conforme seus desti-

natários, os atos punitivos podem ser classificados como de atuação externa ou de

atuação interna.

Os atos de atuação interna são as penalidades previstas no regulamento de

cada categoria de servidores, tais como a demissão, a advertência e a suspensão.

Já os atos de atuação externa são aqueles direcionados para pessoas que não in-

tegram a estrutura interna da Administração, tendo como principais exemplos a

interdição de um estabelecimento e a multa por descumprimento de deter-

minada norma.

Nota-se, dessa forma, que o fundamento para a existência de atos punitivos

pode ser tanto o exercício do poder disciplinar (quando os destinatários forem ser-

vidores ou terceiros ligados à Administração por um vínculo específico) quanto o

exercício do poder de polícia, oportunidade em que os destinatários serão terceiros

sem vínculo direto com o Poder Público.


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8.2. Enunciativos

Segundo Hely Lopes Meirelles, “os atos administrativos enunciativos são

todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar

um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao

seu enunciado”.

São atos que não contêm uma manifestação de vontade por parte da Ad-

ministração, limitando-se apenas em atestar uma situação preexistente.

Como principais exemplos de atos administrativos enunciativos temos as certi-

dões, os atestados e os pareceres.

a) certidões: cópias ou fotocópias de atos ou fatos constantes de processos,

livros ou documento que se encontrem nas repartições públicas.


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b) atestados: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma

situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competente. O que diferencia

o atestado da certidão é que o primeiro atesta uma situação que, embora existente,

não consta em livros ou papéis da Administração.

c) pareceres: manifestação de órgãos técnicos da Administração, tais como os

laudos periciais dos órgãos encarregados da regulação de uma determinada ativi-

dade econômica.

8.3. Ordinatórios

Atos ordinatórios nada mais são do que manifestações internas da Admi-

nistração quando da utilização do seu poder hierárquico.

É por meio dos atos ordinatórios que a Administração disciplina o comportamen-

to dos seus servidores. Por isso mesmo, tal espécie de ato não pode ser utilizada

para regular o comportamento de particulares sem vínculo com a Adminis-

tração.

Como principais exemplos de atos administrativos ordinatórios, temos as ins-

truções internas, as circulares, os avisos, as portarias, os memorandos e os ofícios.

8.4. Normativos

Os atos normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos,

servindo para regulamentar e detalhar as disposições da lei.

Tais atos não possuem destinatários certos, motivo pelo qual se assemelham, em

muitos aspectos, às leis. A diferença entre as duas espécies normativas é que as leis

possuem a característica de inovar no ordenamento jurídico, ao passo que os atos

normativos apenas podem ser editados dentro dos limites legalmente previstos.
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Salienta-se, porém, que com a edição da Emenda Constitucional n. 32, ocor-

rida em 2001, passamos a contar, em nosso ordenamento jurídico, com a figura

dos decretos autônomos, que podem, nas estritas hipóteses previstas no texto

da Constituição Federal, inovar no ordenamento jurídico, assim como ocorre com

as leis.

De acordo com o artigo 84, VI, da CF/88, são as seguintes as hipóteses em que os

decretos autônomos podem ser utilizados:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não im-

plicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

Como exemplo de atos administrativos normativos, temos as seguintes espé-

cies:

a) decreto regulamentar: expedido pelos Chefes do Poder Executivo, que

fazem uso de tal ato para regulamentar e detalhar como determinada lei deve ser

observada e cumprida pelos seus administrados.

b) instruções normativas: se assemelham aos decretos, com a diferenciação

de que têm como titulares os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Mu-

nicipais.

c) regimentos: decorrem do poder hierárquico e regulam o funcionamento in-

terno de órgãos colegiados, tais como Tribunais e as Casas do Legislativo.

d) resoluções: são atos inferiores aos decretos, versando sobre matérias de

interesse interno dos respectivos órgãos.

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Em todos os casos, os atos normativos não podem, como regra, ser impugna-

dos diretamente pelos administrados, uma vez que não se destinam a pro-

dução de efeitos concretos.

Tais atos, no entanto, podem ser atacados por meio de ação direta de incons-

titucionalidade, devendo, para isso, ser a ação proposta por um dos legitimados

e ter o ato normativo inovado, em algum aspecto, no ordenamento jurídico.

Dessa forma, os atos normativos são considerados atos administrativos apenas

em sentido formal, uma vez que, materialmente, se assemelham, em diversos as-

pectos, às leis.

8.5. Negociais

Os atos administrativos negociais são aqueles em que a vontade da Admi-

nistração Pública coincide com o interesse do administrado, podendo resul-

tar em atos discricionários ou vinculados e precários ou definitivos.

Como anteriormente afirmado, os atos administrativos são considerados mani-

festações de vontade da Administração Pública, que, agindo unilateralmente, im-

põe aos particulares a sua vontade. Nos atos negociais, contudo, a vontade do

administrado também deve ser respeitada, sob pena de ocasionar a anulação do

ato administrativo.

Frisa-se que os atos negociais não se tratam de uma relativização da uni-

lateralidade, uma vez que tal característica faria com que estes se assemelhas-

sem aos contratos administrativos, de caráter bilateral. O que está sendo afirmado

é que, ainda que estejamos diante de uma manifestação de vontade unilateral, a

vontade do particular também devem ser levada em conta quando da edi-

ção dos atos negociais.


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Duas espécies de atos administrativos negociais merecem destaque, sendo elas

a licença e a autorização.

A licença pode ser definida como o ato administrativo vinculado e definiti-

vo, cuja função é conferir direitos ao particular que preencheu todos os requisitos

legais.

Dessa forma, se o particular atendeu a todos os requisitos impostos pela lei, a

Administração deve, obrigatoriamente, conceder a licença. Por isso mesmo, cos-

tuma-se falar que a licença trata-se de um direito subjetivo do particular, desde,

claro, que todos os requisitos sejam atendidos.

Aprendendo na prática

Como principais exemplos, temos a licença para construir e a licença para dirigir.

Em ambas as situações, caso o particular reúna os requisitos previstos em lei, deve

o Poder Público conceder a licença (ato vinculado). Da mesma forma, não pode a

Administração, posteriormente à concessão da licença, revogar o ato administrati-

vo, uma vez que tal condição já se incorporou ao patrimônio do administrado (ato

definitivo).

A autorização trata-se de ato administrativo unilateral, discricionário e

precário por meio do qual a Administração Pública possibilita ao particular o exer-

cício de determinada atividade ou serviço ou a utilização de determinados bens.

Por possuir caráter precário e discricionário, possibilita que a Administração o

reveja sempre que necessário.

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Aprendendo na prática

Um exemplo clássico é a autorização para porte de arma. Mesmo que o particular

satisfaça todos os requisitos, ainda assim a Administração não possui a obrigação

de conceder a autorização (ato discricionário).

Uma vez tendo sido a autorização concedida, pode a Administração, pautada no

interesse de toda a coletividade, revogá-la a qualquer momento (ato precário).

Fazem parte dos atos negociais, ainda, a concessão e a permissão, institutos

intimamente relacionados com os serviços públicos. Além disso, são considerados

atos negociais, ainda que pouco exigidos em provas, a homologação, o visto, a

admissão e a aprovação.

9. Classificação dos Atos Administrativos

Inúmeras são as classificações dos atos administrativos, sendo que todas elas

tomam por base um critério que favoreça o entendimento de alguma particularida-

de do ato administrativo praticado.

Assim, ainda que não haja unanimidade, por parte dos autores administrativis-

tas, acerca das classificações existentes para os atos administrativos, iremos estu-

dar aquelas que são consideradas mais relevantes para o entendimento da matéria

e, principalmente, mais exigidas pelas bancas organizadoras.

9.1. Perfeição, validade e eficácia

Os atos administrativos podem ser visualizados por meio de três diferentes es-

feras, sendo elas a perfeição, a validade e a eficácia.

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Por meio da perfeição, verifica-se se o ato completou todo o processo de for-

mação e se todas as etapas de elaboração foram observadas. Em caso afirmativo,

teremos um ato perfeito. Caso, no entanto, falte algum elemento ou alguma das

etapas de formação ainda não tenha sido observada, o ato será considerado im-

perfeito.

Através da validade, temos um confronto do ato administrativo com o orde-

namento jurídico vigente. Caso o ato não contenha nenhum tipo de vício, será

considerado válido. Em sentido oposto, caso algum vício tenha sido encontrado no

ato administrativo, poderemos ter um ato nulo (quando os vícios forem impossíveis

de convalidação) ou então um ato anulável (quando os vícios forem possíveis de

convalidação).

Por fim, temos a questão da eficácia, que se refere à possibilidade de o ato

administrativo produzir efeitos jurídicos perante terceiros. Caso o ato não dependa

de nenhuma condição para a produção de efeitos, será considerado eficaz. Caso

dependa de alguma condição para poder produzir efeitos, será considerado um ato

administrativo pendente e ineficaz.

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Celso Antônio Bandeira de Mello apresenta as possíveis combinações entre os

elementos da perfeição, da validade e da eficácia dos atos administrativos:

a) ato perfeito, válido e eficaz: trata-se de ato que completou o seu ciclo de

formação, que se encontra de acordo com o ordenamento jurídico e que está pro-

duzindo os efeitos para os quais foi editado.

b) ato perfeito, válido e ineficaz: trata-se do ato que completou o seu ciclo

de formação e que se encontra de acordo com o ordenamento jurídico, mas que

ainda não está produzindo os efeitos para os quais foi editado.

c) ato perfeito, inválido e eficaz: trata-se do ato que completou o seu ciclo

de formação e que está produzindo os efeitos para os quais foi editado. No entanto,

o ordenamento jurídico não foi respeitado quando da edição do ato administrativo,

dando ensejo à sua anulação ou convalidação.

d) ato perfeito, inválido e ineficaz: trata-se do ato que completou o seu ciclo

de formação, mas que não observou o ordenamento jurídico e que não está produ-

zindo os efeitos para os quais foi editado.

9.2. Atos vinculados e atos discricionários

A distinção entre atos administrativos vinculados e discricionários refere-se ao

grau de liberdade que o agente público tem para praticar os atos.

Dos cinco requisitos do ato administrativo, três sempre estarão presentes, sen-

do eles a competência, a finalidade e a forma. Os restantes (motivo e objeto)

formam o denominado mérito administrativo, conferindo uma maior liberdade ao

agente público para analisar o caso concreto.

Nos atos vinculados, todos os requisitos já estarão previamente definidos em

lei, de forma que a margem de liberdade do agente público é praticamente nula.


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Nos atos discricionários, o motivo e o objeto são deixados à escolha do agente

estatal, que deve optar, diante do caso concreto, por uma das hipóteses previstas

em lei. Com isso, a margem de liberdade funcional é ampliada, devendo, contudo,

ser exercida dentro dos limites da lei.

Atoa Vinculados Atos Discricionários


Pouca margem de escolha para a realização Significativa margem de escolha para a realização
do ato. do ato.
Requisitos competência, finalidade e forma Requisitos competência, finalidade e forma são
são sempre vinculados. sempre vinculados.
Requisitos motivo e objeto são vinculados. Requisitos motivo e objeto são discricionários.

9.3. Atos de império, atos de gestão e atos de expediente

Os atos de império são aqueles em que a Administração pratica com algum

grau de superioridade em relação aos administrados. Nesses atos, não é levada em

conta a vontade do particular, que, caso não concorde com o ato, deve procurar os

meios legais cabíveis para impedir ou desfazer a sua prática.

Aprendendo na prática

São exemplos de atos de império a desapropriação, as multas e as diversas inter-

dições às atividades privadas. Em todas essas hipóteses, o que é levado em conta,

para a prática do ato, é o bem-estar da coletividade, e não a vontade do particular.

Se tomarmos como exemplo a desapropriação de um terreno particular com a fi-

nalidade de construir um hospital público, verifica-se que o procedimento possui

como finalidade garantir melhores condições de saúde à população. Caso o particu-

lar se sinta lesado, deve buscar, judicialmente, uma forma de reparar os prejuízos

eventualmente sofridos.

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Os atos de gestão são aqueles em que a Administração, quando da sua prá-

tica, se encontra em grau de igualdade com o particular, sem usar de sua supre-

macia. Tais atos possuem dentre as suas características o fato de estarem regidos,

em sua maioria, pelo direito privado, com algumas derrogações de direito público.

Aprendendo na prática

Quando a Administração Pública abre uma conta-corrente e a movimenta com a

assinatura de cheques, está ela regida pelas normas de direito privado.

Caso não fosse dessa forma, poderia o Poder Público, alegando a necessidade de

destinar recursos para a realização de políticas públicas, deixar de honrar com a

obrigação, o que colocaria em risco a livre concorrência e geraria uma grande inse-

gurança por parte das instituições financeiras.

Os atos de expediente são os atos de rotina interna da Administração, pra-

ticados por servidores subalternos e sendo necessários para o regular andamento

dos processos administrativos. Devido ao seu caráter eminentemente interno, tais

atos não apresentam manifestação de vontade, apenas declarando uma situação

já existente. Parte da doutrina, por isso mesmo, costuma afirmar que os atos de

expediente apenas possuem a aparência de atos administrativos, uma vez que não

geram efeitos no universo jurídico.

Aprendendo na prática

Temos como exemplo de atos de expediente a numeração de processos ou o

carimbo efetuado pelo agente público. Nessas situações, estamos diante de

medidas eminentemente internas, que não afetarão as relações jurídicas cons-

tituídas perante terceiros.

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9.4. Atos simples, atos compostos e atos complexos

Nessa classificação, o que é levado em conta é a quantidade de manifestações

de vontades necessárias para a formação do ato administrativo.

O ato simples é aquele que depende, para a sua realização, da manifestação

de vontade de apenas um órgão. Não podemos confundir, no entanto, a manifesta-

ção de vontade com a quantidade de pessoas envolvidas com o ato.

Dessa forma, o ato simples pode ser realizado tanto com a manifestação de

vontade de apenas uma pessoa (ato simples singular) quanto pela manifestação

de mais de uma pessoa, como ocorre, por exemplo, nas decisões que são tomadas

no plenário dos tribunais (ato simples colegiado).

O ato composto é aquele que, tal como ocorre com o ato simples, também

necessita de apenas uma manifestação de vontade para a sua formação. Nos atos

compostos, porém, é necessário outro ato com a finalidade de colocá-lo em funcio-

namento.

Dessa forma, temos, nos atos compostos, dois atos: um que é a própria ma-

nifestação de vontade, exteriorizada por um único órgão; e outro que apresenta

caráter instrumental, servindo apenas para colocar o primeiro em prática.


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Ressalta-se que esse segundo ato, instrumental, pode se dar de maneira prévia

ou posterior ao ato principal, recebendo, conforme o momento de sua realização, a

denominação de aprovação, ratificação, visto ou homologação.

Aprendendo na prática

Podemos citar como exemplos de atos compostos as nomeações para diversos car-

gos previstos na Constituição Federal, tal como ocorre com os Ministros do STF e

com o Procurador-Geral da República.

Nessas hipóteses, a nomeação apenas poderá ser feita após a aprovação prévia,

por parte da maioria absoluta do Senado Federal, do nome indicado pelo Presidente

da República.

Assim, ainda que estejamos diante de mais de um Poder para a realização do ato

administrativo, a manifestação de vontade é uma só, motivo pelo qual o ato é con-

siderado composto.

Os atos complexos são aqueles que necessitam, para a sua formação, da ma-

nifestação de vontade de dois ou mais órgãos administrativos.

Assim, enquanto nos atos compostos é necessário apenas um órgão para que

seja manifestada a vontade da Administração (sendo o segundo meramente instru-

mental, com a finalidade de colocá-lo em prática), nos atos complexos necessita-se

de dois ou mais órgãos para que a Administração manifeste a sua vontade.

Dessa forma, a manifestação de apenas um órgão é insuficiente para que o ato

administrativo passe a produzir efeitos jurídicos, sendo necessária, a cada etapa, a

manifestação de outro órgão.

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Aprendendo na prática

Exemplo típico de ato administrativo complexo é a aposentadoria do servidor pú-

blico. Uma vez tendo o agente reunido todas as condições para se aposentar, pro-

tocola ele, junto à repartição onde desempenha suas atividades, o pedido de apo-

sentadoria.

Tendo sido deferido o pedido, o servidor passa a receber proventos decorrentes da

aposentadoria. O ato, contudo, ainda não se encontra completo, característica que

apenas ocorrerá com a análise, por parte do Tribunal de Contas, acerca do atendi-

mento de todos os requisitos legais.

Apenas uma manifestação de vontade, ainda que decorrente da decisão de


Atos simples
um órgão simples ou colegiado.
Apenas uma manifestação de vontade, necessitando da edição de dois atos
Atos compostos
(um principal e outro instrumental).
Atos complexos Duas ou mais manifestações de vontade.

9.5. Atos gerais e atos individuais

Os atos gerais, também conhecidos como atos normativos, se caracterizam

por não ter destinatários certos, sendo que o seu conteúdo se aplica a todas as

pessoas que se enquadrem na situação neles prevista.

Tais atos possuem como características o fato de serem sempre discricionários

e, por isso mesmo, revogáveis a qualquer tempo pelo Poder Público. Além disso,

tais atos se assemelham, em muitos aspectos, às leis, com a ressalva de que não

podem inovar no ordenamento jurídico.

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Aprendendo na prática

Pode-se citar como exemplo de ato geral o decreto que regulamenta o IPTU de um

determinado município. Nessa hipótese, o ato deve observar a lei, não podendo

instituir, para os contribuintes, obrigações que não estejam previstas em lei.

Da mesma forma, o ato em questão é aplicável a todas as pessoas que se encon-

trem na condição de contribuintes, não possuindo, por isso mesmo, destinatários

determinados.

Os atos individuais são aqueles que possuem destinatários determinados e

certos, produzindo efeitos concretos e se subordinando aos atos gerais.

Aprendendo na prática

Pode-se citar como exemplo de ato individual a nomeação de candidatos para um

cargo público. Ao contrário dos atos gerais, os atos individuais podem ser discri-

cionários ou vinculados, somente podendo ser revogados se não tiverem gerado

direito adquirido para o seu destinatário.

As características dos atos gerais e individuais podem ser mais bem visualizadas

por meio da tabela a seguir:

Atos Gerais Atos Individuais


Destinatários incertos Destinatários certos
Efeitos abstratos, tal como as leis Efeitos concretos
Ato discricionário Ato discricionário ou vinculado
Regulamentam as leis Subordinam-se aos atos gerais
Como exemplo, temos as instruções nor- Como exemplo, temos as nomeações
mativas, os decretos e os regulamentos para cargos públicos

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RESUMO

• Diversos são os conceitos de atos administrativos, sendo que as bancas cos-

tumam utilizar o utilizado por Hely Lopes Meirelles, através do qual os atos

são entendidos como “toda manifestação unilateral de vontade da Ad-

ministração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim ime-

diato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar

direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”;

• Ainda que a Administração Pública seja quem mais pratique atos administra-

tivos, devemos ter em mente que todos os demais poderes também o

fazem, ainda que de maneira atípica. Assim, os atos administrativos não

são uma exclusividade do Poder Executivo;

• Cinco são os requisitos dos atos administrativos: competência, finalidade,

forma, motivo e objeto;

• Dos requisitos presentes, apenas a competência, a finalidade e a forma

sempre estão presentes em todo e qualquer ato administrativo;

• O motivo e o objeto, dessa forma, caracterizam o chamado mérito ad-

ministrativo, que é a valoração da conveniência e da oportunidade que a lei

deixa a cargo dos agentes competentes;

• O mérito administrativo também é responsável pela diferenciação en-

tre atos vinculados e atos discricionários;

• São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a au-

toexecutoriedade, a imperatividade e a tipicidade;

• A presunção de legitimidade é uma característica através do qual os atos

administrativos são considerados legais até a prova em contrário.

Costuma-se dizer, por isso mesmo, que a presunção é juris tantum, ou seja,

presunção relativa, que pode ser contestada pelo particular;


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• A presunção de legitimidade é o único atributo presente em todos os

atos administrativos;

• Parte da doutrina divide o atributo em questão em presunção de veraci-

dade e presunção de legitimidade. De acordo com a veracidade, o ato

deve obediência aos fatos alegados pelo Poder Público. De acordo com

a legitimidade, os atos devem obediência ao ordenamento jurídico

como um todo.

• Pela autoexecutoriedade, a Administração pode exigir o cumpri-

mento de determinados atos administrativos por parte de seus

administrados, sem a necessidade de precisar recorrer ao Poder

Judiciário. Através desse atributo, em alguns casos, pode ela inclusive

utilizar-se da força;

• A imperatividade é o atributo no qual a Administração impõe a sua von-

tade a terceiros, que não possuem outra opção que não seja cumprir o ato.

• A imperatividade decorre do poder de império da Administração, tam-

bém conhecido como poder extroverso, decorrência do princípio da su-

premacia do interesse público;

• Os requisitos são elementos para que os atos administrativos possam

existir, ao passo que os atributos são prerrogativas que os atos dis-

põem para atingir seus objetivos;

• Sobre as formas de desfazimento do ato administrativo, temos três clássicas

maneiras: anulação, revogação e convalidação;

• A anulação pode ser feita pela própria Administração, baseada no seu

poder de autotutela, ou pelo Judiciário, desde que provocado;


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• A Anulação sempre é um controle de legalidade, jamais entrando no

mérito administrativo;

• A anulação possui efeitos retrospectivos, sendo que seus efeitos re-

troagem até a data da prática do ato. Por isso mesmo, costuma-se dizer

que seus efeitos são ex tunc;

• No entanto, mesmo em caso de anulação, os efeitos produzidos pelos

atos, para terceiros de boa-fé, devem prevalecer;

• A revogação, por sua vez, é a possibilidade da Administração que pro-

duziu o ato (e apenas ela) retirar o mesmo do mundo jurídico por ra-

zões de conveniência e oportunidade;

• A revogação adentra no mérito administrativo, possuindo efeitos pros-

pectivos, também chamados pela doutrina de ex nunc;

• A revogação pode incidir apenas sobre atos discricionários, sendo

um controle de mérito. Já a anulação pode incidir sobre atos vinculados

ou discricionários, desde, claro, que seja para analisar a ilegalidade dos

mesmos;

• A convalidação decorre da teoria dualista, através da qual os atos

poderiam ser sanados quando o vício decorresse dos requisitos com-

petência (em razão da pessoa) e da forma (quando esta não for in-

dispensável).

• A convalidação sempre é uma faculdade da Administração, que, em

tese, poderia anular os atos administrativos;

• Com a convalidação, porém, a Administração ganha em eficiência e

economicidade, sem precisar praticar um novo ato, apenas sanando os efei-

tos do anterior;
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• A anulação, a revogação e a convalidação podem ser mais bem visualiza-

das por meio da tabela a seguir:

Anulação Revogação Convalidação


Trata-se de controle de legalidade Trata-se de controle do Trata-se de controle de lega-
sobre atos que apresentam vícios mérito administrativos, a lidade sobre atos que apre-
insanáveis ou sanáveis juízo da administração sentam vícios sanáveis
Opera retroativamente (eficácia ex Opera prospectivamente Opera retroativamente (eficá-
tunc) (eficácia ex nunc) cia ex tunc)
Pode ser efetuada tanto pela pró-
Apenas pode ser efetuada Apenas pode ser efetuada
pria Administração quanto pelo Poder
pela própria Administração pela própria Administração
Judiciário, quando provocado
Incide sobre atos vinculados
Incide sobre atos vinculados e discri-
Incide apenas sobre atos e discricionários, desde que
cionários, desde que se esteja anali-
discricionários se esteja analisando a lega-
sando a legalidade
lidade
A anulação pode ser um ato vincu-
A revogação sempre é um
lado (quando o vício é insanável) ou A convalidação é um ato dis-
ato discricionário, pois a
discricionário (quando o vício é saná- cricionário, pois a Adminis-
Administração escolhe se
vel, pois nesse caso pode ela optar tração pode escolher entre
deve ou não retirá-lo do
entre anular ou convalidar o ato em anular ou convalidar o ato
universo jurídico
questão)

• Cinco são as espécies de atos administrativos: punitivos, enunciativos,

ordinatórios, normativos e negociais;

• Os atos punitivos são aqueles que implicam sanções, que podem ser

de caráter interno ou externo. São exemplos desses atos a advertência, a

suspensão e a demissão (internamente) e a multa e a interdição de estabele-

cimentos (externamente);

• Atos enunciativos são aqueles que declaram uma situação já existen-

te, sendo que muitos autores consideram os mesmos como atos ad-

ministrativos impróprios, uma vez que neles não ocorre uma manifestação

de vontade da Administração;

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• Os atos ordinatórios decorrem do poder hierárquico da Administração

e conferem as prerrogativas de determinar como as diversas ativida-

des devem ser praticadas, tendo como exemplos as circulares, portarias e

as ordens de serviço.

• Os atos normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abs-

tratos, servindo para regulamentar e detalhar os comandos da lei. Pos-

suem como principais exemplos os decretos regulamentares (editados pelos

Chefes do Executivo), os regimentos (como o dos Tribunais) e as resoluções;

• Nos atos negociais, o particular possui uma vontade, que depende do

interesse da Administração. Assim, são exemplos desses atos a licença

(quando a administração não tem outra escolha que não seja conceder a

mesma, desde que o particular cumpra todos os requisitos) e a autorização

(quando a Administração, mesmo tendo o particular cumprido todos os requi-

sitos, pode escolher entre conceder ou não a mesma).

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/REMOÇÃO/2016) O ato administrativo diferencia-se

dos demais atos jurídicos

a) pela finalidade pública.

b) pela unilateralidade.

c) pelo fim imediato de adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir di-

reitos.

d) pela bilateralidade.

2. (VUNESP/AFR-SP/SEFAZ-SP/CONSULTORIA E CONTENCIOSO/2002) Segundo li-

ção do professor Celso Antônio Bandeira de Mello o pressuposto de fato autoriza ou

exige a prática do ato administrativo é

a) a forma

b) o conteúdo

c) o sujeito

d) a finalidade

e) o motivo

3. (VUNESP/ANAP MPE-SP/MPE SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2010) A competência

para o ato administrativo

a) se presume.

b) pode, via de regra, ser delegada por lei.

c) pode ser objeto de renúncia.

d) é o mesmo que capacidade.

e) não é de exercício obrigatório.

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4. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/PROVIMENTO/2008) São elementos do ato admi-

nistrativo:

a) publicidade, legalidade, finalidade, autoridade e eficiência.

b) discricionariedade, efetividade, motivação, veracidade e formalidade.

c) competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

d) eficácia, executoriedade, definitividade, moralidade e autenticidade.

5. (VUNESP/ASS CT (FUNDACENTRO)/FUNDACENTRO/2014) Os elementos do ato

administrativo são:

a) competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

b) imperatividade, discricionariedade e definitividade.

c) finalidade, intenção, motivação e conteúdo.

d) autoexecutoriedade, objeto e finalidade.

e) forma, conteúdo, arbitrariedade e motivação.

6. (VUNESP/ANALISTA ADMIN (SAP-SP)/SAP-SP/2011) São requisitos do ato ad-

ministrativo:

a) competência, finalidade e autoexecutoriedade.

b) finalidade, competência e forma.

c) forma, motivo e imperatividade.

d) objeto, forma e imperatividade.

e) legitimidade, autoexecutoriedade e imperatividade.

7. (VUNESP/EXEC PUB (SAP-SP)/SAP-SP/2014) São todos elementos do ato admi-

nistrativo:

a) autoexecutoriedade, imperatividade e coercibilidade.

b) presunção de legitimidade, presunção de veracidade e finalidade.


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c) motivação, validade e eficácia.

d) legalidade, eficiência, publicidade e moralidade.

e) competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

8. (VUNESP/AET (DETRAN-SP)/DETRAN-SP/2013) João, agente público putativo,

pratica ato administrativo que afeta terceiros. Considerando a doutrina prevalente

do direito administrativo, é correto afirmar que esse ato é

a) absolutamente nulo.

b) totalmente inválido.

c) válido, mas precisa ser ratificado.

d) ineficaz.

e) inexistente.

9. (VUNESP/AGP (SPPREV)/SPPREV/2009) São elementos ou requisitos do ato ad-

ministrativo:

a) eficácia e imperatividade.

b) finalidade e exigibilidade.

c) objeto e autoexecutoriedade.

d) forma e efetividade.

e) competência e motivo.

10. (VUNESP – GM/(PREF-SJRP)/PREF-SJRP/2014) Considerando a forma um re-

quisito do ato administrativo, é correto afirmar que

a) não deverá estar prevista em lei.

b) jamais poderá ser oral.

c) é sinônimo de competência.

d) poderá não ser escrita.

e) é a finalidade do ato.
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11. (VUNESP/INSP PC-CE/PC-CE/2015) Pode-se apontar como um dos requisitos,


dentre outros, dos atos administrativos,
a) a vinculação.
b) a discricionariedade.
c) o motivo.
d) a faculdade.
e) o caráter normativo.

12. (VUNESP/AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) Com relação aos requisitos


do ato administrativo, pode-se afirmar que _______________ é o poder que a lei
outorga ao agente público para o desempenho de suas funções e _______________
trata-se da circunstância de fato e de direito que autoriza ou impõe ao agente pú-
blico a prática do ato administrativo.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, o enunciado.
a) finalidade … objeto
b) competência … objeto
c) motivo … forma
d) competência … motivo
e) motivo … finalidade

13. (VUNESP/AJ (TJ-PA)/TJ-PA/FISCAL DE ARRECADAÇÃO/2014) Um ato adminis-


trativo produzido com defeito quanto ao sujeito que o emana, quanto à ofensa aos
requisitos de existência e validade e quanto ao desvio de procedimento apresenta
vícios de
a) competência, de forma e de finalidade.
b) forma, de conteúdo e de finalidade.
c) motivo, de conteúdo e de competência.
d) conteúdo, de forma e de competência.
e) forma, de motivo e de finalidade.
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14. (VUNESP/AG ADM (IPREF)/IPREF GUARULHOS/”B”/2016) Considerando os ele-

mentos que compõem o conceito de ato administrativo, é correto afirmar que ele

a) não produz efeitos jurídicos imediatos.

b) contém declaração de vontade do Estado ou do particular.

c) não está submetido à estrita observância da lei.

d) sujeita-se a um regime misto de direito público e privado.

e) sujeita-se a controle pelo Poder Judiciário.

15. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/PROVIMENTO/2016) Assinale a alternativa corre-

ta sobre o ato administrativo.

a) Competência, forma, finalidade, motivo e imperatividade são requisitos de vali-

dade do ato administrativo.

b) Presunção de legitimidade, autoexecutoriedade, motivo e objeto são atributos

do ato administrativo.

c) Competência, forma, finalidade, motivo e objeto são requisitos de validade do

ato administrativo.

d) Competência, forma, finalidade, motivo e objeto são atributos do ato adminis-

trativo.

16. (VUNESP/TEC ADM (PM-SP)/PM-SP/2010) São requisitos do ato administrativo:

a) concorrência, instrumentalidade, extensão, motivo e sujeito.

b) competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

c) competência, instrumentalidade, extensão, motivo e sujeito.

d) concorrência, finalidade, forma, motivo e sujeito.

e) competência, finalidade, extensão, modelo e objeto.


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17. (VUNESP/TEC ADM (PM-SP)/PM-SP/2015) A situação de direito ou de fato, que

determina ou autoriza a realização do ato administrativo, é chamada de

a) motivo.

b) objeto.

c) forma.

d) competência.

e) procedimento.

18. (VUNESP/TEC ADM (PM-SP)/PM-SP/2013) “Representa as circunstâncias de

fato e o fundamento jurídico que provocam e precedem a edição de um ato admi-

nistrativo”.

Essa assertiva corresponde ao requisito do ato administrativo denominado

a) finalidade.

b) motivo.

c) forma.

d) objeto.

e) competência.

19. (VUNESP/AFR-SP/SEFAZ-SP/AUDITORIA FISCAL/2002) A apreensão de mer-

cadorias revela um atributo do ato administrativo. Indique-o dentre as alternativas

abaixo.

a) Autoexecutoriedade.

b) Presunção de legitimidade.

c) Imperatividade.

d) Perfeição.

e) Eficácia.

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20. (VUNESP/DP-MS/DPE-MS/2008) São atributos do ato administrativo:

a) imperatividade e vinculação.

b) discricionariedade e imperatividade.

c) imperatividade e executoriedade.

d) executoriedade e motivação.

21. (VUNESP/ANA (PRODEST)/PRODEST/ADMINISTRATIVA/2014) São todos atri-

butos do ato administrativo:

a) presunção de legitimidade e veracidade; autoexecutoriedade; atipicidade e le-

galidade.

b) autoexecutoriedade; liberalidade; atipicidade e legalidade.

c) finalidade; competência; forma e motivação.

d) legalidade; impessoalidade; publicidade e eficiência.

e) presunção de legitimidade e veracidade; autoexecutoriedade; tipicidade e im-

peratividade.

22. (VUNESP/GM (PREF SJRP)/PREF SJRP/2014) Poderá ser citado como um dos

atributos que, dentre outros, revestem o ato administrativo de um Guarda Munici-

pal:

a) a efetividade.

b) a judicialidade.

c) a presunção de legitimidade.

d) a razoabilidade.

e) a municipalidade.

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23. (VUNESP - AUXJ (TJ PA)/TJ PA/”SEM ÁREA”/2014) O ato administrativo pratica-

do pelo Auxiliar de Justiça, em regra, será tido sempre como verdadeiro e conforme

o Direito. Assinale a qualidade do ato que se refere ao enunciado.

a) Obrigatoriedade.

b) Exigibilidade.

c) Presunção de legitimidade.

d) Presunção de imperatividade.

e) Presunção de autoexecutoriedade.

24. (VUNESP/AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) São, entre outros, atributos

do ato administrativo:

a) exigibilidade e motivação.

b) irrevogabilidade e imprescritibilidade.

c) imperatividade e exigibilidade.

d) objetividade e supremacia do interesse público.

e) continuidade e indisponibilidade.

25. (VUNESP/PROC JUR (M CRUZES)/PREF MOGI CRUZES/2016) Considere a se-

guinte situação hipotética.

A Municipalidade de Mogi das Cruzes se depara com uma situação urgente, em que

um imóvel se encontra em situação precária após a ocorrência de fortes chuvas,

ameaçando ruir, sendo necessária a demolição a fim de evitar prejuízo maior para

o interesse público. O Município pode realizar a demolição nesse caso, sem neces-

sidade de intervenção judicial, pois o ato administrativo, em tais circunstâncias, é

dotado do atributo da

a) presunção de veracidade.

b) tipicidade.
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c) imperatividade.

d) autoexecutoriedade.

e) presunção de legitimidade.

26. (VUNESP/ANA ADMIN (SAP-SP)/SAP-SP/2011) Um ato administrativo discricio-

nário é um ato

a) arbitrário, de competência do chefe do Poder Executivo.

b) ilegal ou imoral.

c) que pode ser praticado na conveniência e oportunidade da Administração Pública.

d) vinculado.

e) que não pode ser revogado pela Administração pública.

27. (VUNESP/ANA LEG (CMSJC)/CM SJC/ADVOGADO - DIREITO PÚBLICO/2014)

Assinale a alternativa que contempla um exemplo de ato administrativo da espécie

de atos enunciativos.

a) Autorização.

b) Licença.

c) Aprovação.

d) Permissão.

e) Parecer.

28. (VUNESP/INSP PC-CE/PC-CE/2015) As instruções, as circulares, as portarias,

as ordens de serviço são exemplos de atos administrativos

a) ordinatórios.

b) compostos.

c) normativos.

d) negociais.

e) enunciativos.
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29. (VUNESP/ASSIS LEG (CAIEIRAS)/CM CAIEIRAS/2015) São pressupostos es-

senciais à prática do ato administrativo discricionário:

a) conveniência e oportunidade.

b) competência e autorização judicial.

c) interesse público e hierarquia.

d) liberdade administrativa e vinculação ao texto legal.

e) fonte legislativa e subordinação.

30. (VUNESP/AG ADM (IPREF)/IPREF GUARULHOS/”B”/2016) Os atos administra-

tivos praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares,

para a conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a administração

de seus serviços, nos quais não há diferença entre a posição da Administração e a

do particular, sendo aplicável a ambos o direito comum, são classificados como atos

a) de império.

b) de gestão.

c) administrativos puros.

d) complexos.

e) compostos.

31. (VUNESP/PROC JUR (ANDRADINA)/PREF ANDRADINA/2017) Formas de que se

revestem os atos, gerais ou individuais, emanados de autoridades outras que não

o Chefe do Executivo, denominam-se

a) resolução e portaria.

b) portaria e decreto.

c) circular e parecer.

d) alvará e circular.

e) decreto e resolução.
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32. (VUNESP/ANA (CRBIO 01)/CRBIO 01/ADVOGADO/2017) Resolução do Conse-

lho Federal de Biologia, subscrita por seu presidente, e que estabelece requisitos

mínimos para o biólogo atuar em pesquisas, projetos, perícias e outras atividades,

é ato administrativo

a) complexo, porque resulta da conjugação de vontade de órgãos diferentes.

b) composto, porque espelha a vontade dos Conselhos Regionais ratificada pela

autoridade competente.

c) concreto, porque regula a atuação dos Conselhos Regionais.

d) ordinatório, porque disciplina a conduta dos seus agentes.

e) normativo, porque expedido por alta autoridade para regulamentar competên-

cia exclusiva.

33. (VUNESP - ANAP MPE-SP/MPE-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2010) Analise a Sú-

mula n.º 473 do STF a seguir e assinale a alternativa que contém os vocábulos que

completam correta e respectivamente as suas lacunas.

A Administração pode_______ seus próprios atos, quando eivados de _______

que os tornam _______, porque deles não se originam ______; ou revogá-los, por

motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os ________ , e ressalvada,

em todos os casos, a apreciação judicial.

a) anular ... vícios ... ilegais ... direitos ... direitos adquiridos

b) revogar ... defeitos … inválidos ... efeitos ... atos jurídicos

c) revogar ... máculas ... defeituosos ... competências ... servidores públicos

d) anular ... defeitos ... imprestáveis ... decisões ... atos administrativos

e) invalidar ... defeitos ... viciados ... direitos ... direitos alheios

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34. (VUNESP/ADV (TJ-SP)/TJ-SP/2013) A anulação do ato administrativo

a) opera efeitos ex nunc.

b) somente poderá ser declarada pelo Poder Judiciário.

c) impede que o ato seja novamente editado.

d) poderá ser ordenada pela Administração Pública.

e) pressupõe o descumprimento de obrigação fixada no ato.

35. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/Remoção/2011) A anulação dos atos administra-

tivos pela própria administração pública representa a forma normal de invalidação

de atividade ilegítima do poder público. Em que se funda essa faculdade?

a) Em razão de conveniência e oportunidade.

b) No poder de autotutela do Estado.

c) No poder arbitrário da administração.

d) No poder de fiscalização hierárquica.

36. (VUNESP - ASS CT (FUNDACENTRO)/FUNDACENTRO/2014) A propósito da re-

vogação e da anulação dos atos administrativos, é correto afirmar que

a) a Administração pode revogar seus atos, mas a anulação somente o Poder Ju-

diciário pode fazê-lo.

b) tanto a Administração quanto o Poder Judiciário podem revogar e anular os atos

administrativos.

c) o Poder Judiciário tem a competência para revogar os atos administrativos.

d) a Administração pode revogar e anular seus próprios atos.

e) a Administração pode anular seus próprios atos, mas não pode fazê-lo o Poder

Judiciário.
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37. (VUNESP/ANA ADMIN (SAP-SP)/SAP-SP/2011) A revogação de um ato admi-

nistrativo poderá ser ordenada

a) pela Administração Pública.

b) pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.

c) somente pelo Poder Judiciário.

d) pelo Poder Judiciário, após análise do Tribunal.

e) pelo Poder Judiciário, após ouvir o Ministério Público.

38. (VUNESP/AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) O ato administrativo

a) poderá ser revogado pelo Poder Judiciário no exercício da função jurisdicional.

b) somente poderá ser anulado pelo Poder Judiciário.

c) poderá ser revogado em razão de oportunidade e conveniência.

d) será anulado em razão de oportunidade e conveniência.

e) somente poderá ser anulado pela Administração.

39. (VUNESP/AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) O ato administrativo que

afronta o princípio da legalidade administrativa

a) deverá ser anulado.

b) deverá ser revogado.

c) não poderá ser anulado.

d) deverá ser ratificado.

e) deverá ser convalidado.

40. (VUNESP/AJ (TJ-PA)/TJ-PA/DIREITO/2014) A supressão de um ato administra-

tivo legítimo e eficaz realizada pela Administração – e somente por ela – por não

mais lhe convir sua existência é denominada

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a) caducidade.

b) cassação.

c) convalidação.

d) revogação.

e) anulação.

41. (VUNESP/TEC LEG (CM POÁ)/CM POÁ-SP)/2016) Considere a seguinte situação

hipotética. Um servidor requer suas férias para determinado mês, sendo o pleito

indeferido pelo chefe, sob a alegação de que há falta de pessoal na repartição. To-

davia, o interessado prova que, ao contrário, há excesso, com servidores ociosos.

O ato de indeferimento estará viciado

a) na finalidade, porque a função administrativa é atender ao bem comum, aos

reclamos da comunidade em geral.

b) na imperatividade, pois os atos administrativos são cogentes, obrigando a todos

quantos se encontrem em seu círculo de incidência.

c) na autoexecutoriedade, pois o ato, tão logo praticado, pode ser executado e seu

objeto imediatamente alcançado.

d) no motivo, pela aplicação da teoria dos motivos determinantes, porque deve

haver compatibilidade entre o motivo expresso no ato e a realidade fática.

e) no mérito em que se realiza a avaliação de conduta, ponderando os aspectos

relativos à conveniência e à oportunidade da prática do ato.

42. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/PROVIMENTO/2012) O ato administrativo, ainda

que discricionário, quando tiver sua prática motivada, fica vinculado aos motivos

expostos, para todos os efeitos jurídicos. Se tais motivos são falsos ou inexistentes,

o ato praticado é nulo.

Assinale a alternativa correta.


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a) Trata-se da teoria dos motivos determinantes.

b) O ato administrativo discricionário não pode ser motivado.

c) Os motivos dos atos administrativos decorrem da lei.

d) Trata-se do princípio da legalidade.

43. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/REMOÇÃO/2008) O ato pelo qual é suprido o vício

existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi pratica-

do, é o de

a) reparação.

b) convalidação.

c) revisão hierárquica.

d) retificação.

44. (VUNESP/TEC LEG (CM POÁ)/CM POÁ-SP/2016) Considere a seguinte situação

hipotética. Agente público emite ato de autorização para extrair areia de rio, pre-

enchidos os requisitos legais, quando as condições fáticas não violavam o interesse

público. Porém, posteriormente, verifica-se que a atividade consentida está a criar

malefícios ao meio ambiente. Nesse caso, o agente público deve

a) pleitear ao Judiciário a anulação do ato.

b) anular o ato administrativamente.

c) pleitear ao Judiciário a revogação do ato.

d) assinalar prazo para manifestação do terceiro interessado.

e) revogar o ato.

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GABARITO

1. A 23. C

2. E 24. C

3. B 25. D

4. C 26. C

5. A 27. E

6. B 28. A

7. E 29. A

8. C 30. B

9. E 31. A

10. D 32. E

11. C 33. A

12. D 34. D

13. A 35. B

14. E 36. D

15. C 37. A

16. B 38. C

17. A 39. A

18. B 40. D

19. A 41. D

20. C 42. A

21. E 43. B

22. C 44. E

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/REMOÇÃO/2016) O ato administrativo diferencia-se

dos demais atos jurídicos

a) pela finalidade pública.

b) pela unilateralidade.

c) pelo fim imediato de adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir di-

reitos.

d) pela bilateralidade.

Letra a.

O ato administrativo é uma espécie do gênero ato jurídico, possuindo, no entanto,

certas peculiaridades.

Assim, tanto os atos administrativos quanto os atos jurídicos são manifestações

unilaterais de vontade e possuem o fim imediato de adquirir, resguardar, transferir,

modificar ou extinguir direitos.

De igual forma, ambos os atos não são caracterizados pela bilateralidade.

Como peculiaridade, e considerando que os atos administrativos estão relacionados

com as atividades da Administração Pública, tais atos possuem, sempre, a finali-

dade pública.

2. (VUNESP/AFR-SP/SEFAZ-SP/CONSULTORIA E CONTENCIOSO/2002) Segundo li-

ção do professor Celso Antônio Bandeira de Mello o pressuposto de fato autoriza ou

exige a prática do ato administrativo é

a) a forma

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b) o conteúdo

c) o sujeito

d) a finalidade

e) o motivo

Letra e.

O motivo do ato administrativo é a situação de fato e de direito que autoriza a

sua prática. Trata-se, dessa forma, da causa do ato administrativo que está sendo

editado.

3. (VUNESP/ANAP MPE-SP/MPE-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2010) A competência

para o ato administrativo

a) se presume.

b) pode, via de regra, ser delegada por lei.

c) pode ser objeto de renúncia.

d) é o mesmo que capacidade.

e) não é de exercício obrigatório.

Letra b.

A competência para a edição de atos administrativos encontra, sempre, previsão

legal, não podendo ser objeto de renúncia e não se confundindo com a capacidade

(conceito ligado ao Direito Civil).

Em determinadas situações, o exercício da competência poderá ser objeto de dele-

gação para outros agentes públicos de igual ou inferior hierarquia.

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4. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/PROVIMENTO/2008) São elementos do ato admi-

nistrativo:

a) publicidade, legalidade, finalidade, autoridade e eficiência.

b) discricionariedade, efetividade, motivação, veracidade e formalidade.

c) competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

d) eficácia, executoriedade, definitividade, moralidade e autenticidade.

Letra c.

Cinco são os elementos ou requisitos dos atos administrativos: competência, fi-

nalidade, forma, motivo e objeto.

5. (VUNESP/ASS CT (FUNDACENTRO)/FUNDACENTRO/2014) Os elementos do ato

administrativo são:

a) competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

b) imperatividade, discricionariedade e definitividade.

c) finalidade, intenção, motivação e conteúdo.

d) autoexecutoriedade, objeto e finalidade.

e) forma, conteúdo, arbitrariedade e motivação.

Letra a.

De acordo com a ampla doutrina majoritária, cinco são os elementos ou requisitos

dos atos administrativos: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

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6. (VUNESP/ANALISTA ADMIN (SAP-SP)/SAP-SP/2011) São requisitos do ato ad-

ministrativo:

a) competência, finalidade e autoexecutoriedade.

b) finalidade, competência e forma.

c) forma, motivo e imperatividade.

d) objeto, forma e imperatividade.

e) legitimidade, autoexecutoriedade e imperatividade.

Letra b.

Dentre as alternativas apresentadas, a única que apresenta apenas requisitos dos

atos administrativos é a Letra B (finalidade, competência e forma).

7. (VUNESP/EXEC PUB (SAP-SP)/SAP-SP/2014) São todos elementos do ato admi-

nistrativo:

a) autoexecutoriedade, imperatividade e coercibilidade.

b) presunção de legitimidade, presunção de veracidade e finalidade.

c) motivação, validade e eficácia.

d) legalidade, eficiência, publicidade e moralidade.

e) competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

Letra e.

De acordo com a ampla doutrina majoritária, cinco são os elementos dos atos ad-

ministrativos: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

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8. (VUNESP/AET (DETRAN-SP)/DETRAN-SP/2013) João, agente público putativo,

pratica ato administrativo que afeta terceiros. Considerando a doutrina prevalente

do direito administrativo, é correto afirmar que esse ato é

a) absolutamente nulo.

b) totalmente inválido.

c) válido, mas precisa ser ratificado.

d) ineficaz.

e) inexistente.

Letra c.

Os agentes putativos são aqueles que praticam atos administrativos acreditando

que a sua investidura ocorreu de forma lícita e legal. Contudo, verifica-se, em mo-

mento posterior, que algum dos requisitos necessários para a investidura em cargo

público (como, por exemplo, o nível de escolaridade) não foram observados.

Nessa situação, os atos praticados por tais agentes são considerados válidos, uma

vez que, ao editar tais atos, os agentes acreditavam que estavam exercendo suas

atribuições de forma correta.

Para que possam permanecer no ordenamento jurídico, os atos produzidos devem

ser convalidados (retificados).

9. (VUNESP/AGP (SPPREV)/SPPREV/2009) São elementos ou requisitos do ato ad-

ministrativo:

a) eficácia e imperatividade.

b) finalidade e exigibilidade.

c) objeto e autoexecutoriedade.

d) forma e efetividade.
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e) competência e motivo.

Letra e.

Cinco são os elementos dos atos administrativos: competência, finalidade, for-

ma, motivo e objeto.

10. (VUNESP – GM/(PREF-SJRP)/PREF-SJRP/2014) Considerando a forma um re-

quisito do ato administrativo, é correto afirmar que

a) não deverá estar prevista em lei.

b) jamais poderá ser oral.

c) é sinônimo de competência.

d) poderá não ser escrita.

e) é a finalidade do ato.

Letra d.

A forma é a exteriorização do ato administrativo, devendo, assim como ocorre

com os demais requisitos, estar prevista em lei. Ao contrário do que afirmado pela

questão, a forma não se confunde com a competência e com a finalidade do ato.

Ainda que a imensa maioria dos atos administrativos seja praticado de forma es-

crita, o requisito poderá constar, por exemplo, de forma oral (como o apito de um

guarda de trânsito) ou por meio de sinais (as placas de trânsito).

11. (VUNESP/INSP PC-CE/PC-CE/2015) Pode-se apontar como um dos requisitos,

dentre outros, dos atos administrativos,

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a) a vinculação.
b) a discricionariedade.
c) o motivo.
d) a faculdade.
e) o caráter normativo.

Letra c.
Cinco são os elementos dos atos administrativos: competência, finalidade, for-
ma, motivo e objeto.
Dentre as alternativas, apenas a Letra C apresenta um requisito ou elemento do
ato administrativo.

12. (VUNESP/AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) Com relação aos requisitos


do ato administrativo, pode-se afirmar que _______________ é o poder que a lei
outorga ao agente público para o desempenho de suas funções e _______________
trata-se da circunstância de fato e de direito que autoriza ou impõe ao agente pú-
blico a prática do ato administrativo.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, o enunciado.
a) finalidade … objeto
b) competência … objeto
c) motivo … forma
d) competência … motivo
e) motivo … finalidade

Letra d.
A competência é o poder que a lei outorga ao agente público para o desempenho
de suas funções. O motivo, por sua vez, trata-se da circunstância de fato e de di-
reito que autoriza ou impõe ao agente público a prática do ato administrativo.
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13. (VUNESP/AJ (TJ-PA)/TJ-PA/FISCAL DE ARRECADAÇÃO/2014) Um ato adminis-

trativo produzido com defeito quanto ao sujeito que o emana, quanto à ofensa aos

requisitos de existência e validade e quanto ao desvio de procedimento apresenta

vícios de

a) competência, de forma e de finalidade.

b) forma, de conteúdo e de finalidade.

c) motivo, de conteúdo e de competência.

d) conteúdo, de forma e de competência.

e) forma, de motivo e de finalidade.

Letra a.

Na situação apresentada, o ato administrativo apresenta três diferentes vícios:

Quanto ao sujeito que o emana (vício na competência);

Quanto à ofensa aos requisitos de existência e validade (um dos requisitos

de validade e existência dos atos é a forma);

Quanto ao desvio de procedimento (se o ato é praticado com outro objetivo que

não a satisfação dos interesses da coletividade, fere ele o requisito da finalidade).

14. (VUNESP/AG ADM (IPREF)/IPREF GUARULHOS/”B”/2016) Considerando os ele-

mentos que compõem o conceito de ato administrativo, é correto afirmar que ele

a) não produz efeitos jurídicos imediatos.

b) contém declaração de vontade do Estado ou do particular.

c) não está submetido à estrita observância da lei.

d) sujeita-se a um regime misto de direito público e privado.

e) sujeita-se a controle pelo Poder Judiciário.

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Letra e.

Todos os atos administrativos estão sujeitos ao controle por parte do Poder Judici-

ário, controle esse que alcança os aspectos de legalidade do ato produzido.

Letra a. Errada. Os atos administrativos, como regra geral, possuem efeitos jurí-

dicos imediatos, ou seja, desde o momento em que são colocados no ordenamento

jurídico.

Letra b. Errada. A vontade do particular não é levada em conta na edição dos

atos, que são considerados expressão de vontade do Poder Público.

Letra c. Errada. Os atos devem observar todos os requisitos e formalidades pre-

vistos em lei.

Letra d. Errada. O regime jurídico dos atos administrativos é o de Direito Público.

15. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/PROVIMENTO/2016) Assinale a alternativa corre-

ta sobre o ato administrativo.

a) Competência, forma, finalidade, motivo e imperatividade são requisitos de vali-

dade do ato administrativo.

b) Presunção de legitimidade, autoexecutoriedade, motivo e objeto são atributos

do ato administrativo.

c) Competência, forma, finalidade, motivo e objeto são requisitos de validade do

ato administrativo.

d) Competência, forma, finalidade, motivo e objeto são atributos do ato adminis-

trativo.

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Letra c.

Vejamos novamente quais são os requisitos ou elementos dos atos administrativos:

competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

A imperatividade, a presunção de legitimidade e a autoexecutoriedade são atribu-

tos dos atos, e não requisitos.

16. (VUNESP/TEC ADM (PM-SP)/PM-SP/2010) São requisitos do ato administrativo:

a) concorrência, instrumentalidade, extensão, motivo e sujeito.

b) competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

c) competência, instrumentalidade, extensão, motivo e sujeito.

d) concorrência, finalidade, forma, motivo e sujeito.

e) competência, finalidade, extensão, modelo e objeto.

Letra b.

Muitas questões da VUNESP exigem o conhecimento dos elementos ou requisitos

dos atos administrativos. Para a resolução de todas elas, temos que memorizar

que os requisitos são os seguintes: competência, finalidade, forma, motivo e

objeto.

17. (VUNESP/TEC ADM (PM-SP)/PM-SP/2015) A situação de direito ou de fato, que

determina ou autoriza a realização do ato administrativo, é chamada de

a) motivo.

b) objeto.
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c) forma.

d) competência.

e) procedimento.

Letra a.

O motivo do ato administrativo é a situação de fato e de direito que autoriza a

sua prática. Trata-se, dessa forma, da causa do ato administrativo que está sendo

editado.

18. (VUNESP/TEC ADM (PM-SP)/PM-SP/2013) “Representa as circunstâncias de

fato e o fundamento jurídico que provocam e precedem a edição de um ato admi-

nistrativo”.

a) finalidade.

b) motivo.

c) forma.

d) objeto.

e) competência.

Letra b.

Como analisado anteriormente, o motivo do ato administrativo é a situação de

fato e de direito que autoriza a sua prática. O motivo, dessa forma, precede a

edição do ato administrativo.

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19. (VUNESP/AFR-SP/SEFAZ-SP/AUDITORIA FISCAL/2002) A apreensão de mer-

cadorias revela um atributo do ato administrativo. Indique-o dentre as alternativas

abaixo.

a) Autoexecutoriedade.

b) Presunção de legitimidade.

c) Imperatividade.

d) Perfeição.

e) Eficácia.

Letra a.

Por meio do atributo da autoexecutoriedade, a Administração pode exigir o

cumprimento de determinados atos administrativos, por parte de seus administra-

dos, sem a necessidade de recorrer ao Poder Judiciário para exigir tal comporta-

mento. Pode, inclusive, utilizar-se da força, quando tal medida se fizer necessário

para que suas ordens sejam obedecidas.

Na situação narrada, a apreensão de mercadorias possui a finalidade de evitar um

dano à coletividade. Caso a medida dependesse de autorização do Poder Judiciário,

correríamos o risco de termos, antes da decisão daquele Poder, um grave dano aos

particulares.

20. (VUNESP/DP-MS/DPE-MS/2008) São atributos do ato administrativo:

a) imperatividade e vinculação.

b) discricionariedade e imperatividade.

c) imperatividade e executoriedade.

d) executoriedade e motivação.

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Letra c.

De acordo com a doutrina majoritária, três são os atributos possíveis para os atos

administrativos, sendo eles a presunção de legitimidade, a autoexecutorieda-

de e a imperatividade. Parte da doutrina elenca, ainda, como atributo dos atos

administrativos a tipicidade.

21. (VUNESP/ANA (PRODEST)/PRODEST/ADMINISTRATIVA/2014) São todos atri-

butos do ato administrativo:

a) presunção de legitimidade e veracidade; autoexecutoriedade; atipicidade e le-

galidade.

b) autoexecutoriedade; liberalidade; atipicidade e legalidade.

c) finalidade; competência; forma e motivação.

d) legalidade; impessoalidade; publicidade e eficiência.

e) presunção de legitimidade e veracidade; autoexecutoriedade; tipicidade e im-

peratividade.

Letra e.

De acordo com a doutrina majoritária, três são os atributos possíveis para os atos

administrativos, sendo eles a presunção de legitimidade, a autoexecutorieda-

de e a imperatividade. Parte da doutrina elenca, ainda, como atributo dos atos

administrativos a tipicidade.

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22. (VUNESP/GM (PREF SJRP)/PREF SJRP/2014) Poderá ser citado como um dos
atributos que, dentre outros, revestem o ato administrativo de um Guarda Municipal:
a) a efetividade.
b) a judicialidade.
c) a presunção de legitimidade.
d) a razoabilidade.
e) a municipalidade.

Letra c.

A presunção de legitimidade é uma das principais garantias que a Administração

dispõe para a prática de seus atos. Por meio desse atributo, todos os atos editados

pela Administração Pública, até que se prove o contrário, são tidos como legítimos

e prontos para produzir todos os efeitos para os quais o ato foi editado.

23. (VUNESP - AUXJ (TJ PA)/TJ PA/”SEM ÁREA”/2014) O ato administrativo pratica-
do pelo Auxiliar de Justiça, em regra, será tido sempre como verdadeiro e conforme
o Direito. Assinale a qualidade do ato que se refere ao enunciado.
a) Obrigatoriedade.
b) Exigibilidade.
c) Presunção de legitimidade.
d) Presunção de imperatividade.
e) Presunção de autoexecutoriedade.

Letra c.
Por meio do atributo da presunção de legitimidade, todos os atos editados pela
Administração Pública e seus agentes, até que se prove o contrário, são tidos como

legítimos e prontos para produzir todos os efeitos para os quais o ato foi editado.
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24. (VUNESP/AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) São, entre outros, atributos


do ato administrativo:
a) exigibilidade e motivação.
b) irrevogabilidade e imprescritibilidade.
c) imperatividade e exigibilidade.
d) objetividade e supremacia do interesse público.
e) continuidade e indisponibilidade.

Letra c.
Parte da doutrina administrativista divide o atributo da autoexecutoriedade em
duas diferentes acepções, sendo elas a exigibilidade e a executoriedade.
Por meio da executoriedade, a Administração, diante de uma situação de urgên-
cia, pode adotar diversas medidas sem a necessidade de fazer uso de uma decisão
do Poder Judiciário. Já a exigibilidade está relacionada com a obrigação que os
particulares têm de cumprir os atos emanados do Poder Público.
A imperatividade consiste na possibilidade de a Administração criar, unilateral-
mente, obrigações a terceiros, bem como impor restrições aos administrados inde-
pendente de ter ocorrido a concordância de tais pessoas.

25. (VUNESP/PROC JUR (M CRUZES)/PREF MOGI CRUZES/2016) Considere a se-


guinte situação hipotética.
A Municipalidade de Mogi das Cruzes se depara com uma situação urgente, em que
um imóvel se encontra em situação precária após a ocorrência de fortes chuvas,
ameaçando ruir, sendo necessária a demolição a fim de evitar prejuízo maior para
o interesse público. O Município pode realizar a demolição nesse caso, sem neces-
sidade de intervenção judicial, pois o ato administrativo, em tais circunstâncias, é
dotado do atributo da

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a) presunção de veracidade.
b) tipicidade.
c) imperatividade.
d) autoexecutoriedade.
e) presunção de legitimidade.

Letra d.
Por meio da autoexecutoriedade, a Administração pode exigir o cumprimento de
determinados atos administrativos, por parte de seus administrados, sem a neces-
sidade de recorrer ao Poder Judiciário para exigir tal comportamento.
Na situação apresentada, a Administração Pública deve realizar a demolição do
imóvel sem a necessidade de prévia autorização do Poder Judiciário, uma vez que
o que está em risco é o bem-estar coletivo.
O fundamento para a demolição, como ressaltado, é a autoexecutoridade dos atos
administrativos.

26. (VUNESP/ANA ADMIN (SAP-SP)/SAP-SP/2011) Um ato administrativo discricio-


nário é um ato
a) arbitrário, de competência do chefe do Poder Executivo.
b) ilegal ou imoral.
c) que pode ser praticado na conveniência e oportunidade da Administração Pública.
d) vinculado.
e) que não pode ser revogado pela Administração pública.

Letra c.
A distinção entre atos administrativos vinculados e discricionários refere-se ao grau

de liberdade que o agente público tem para praticar os atos.


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Nos atos vinculados, todos os requisitos já estarão previamente definidos em lei,

de forma que a margem de liberdade do agente público é praticamente nula.

Nos atos discricionários, o motivo e o objeto são deixados à escolha do agente

estatal, que deve optar, com base na conveniência e na oportunidade, por uma das

hipóteses previstas em lei.

27. (VUNESP/ANA LEG (CMSJC)/CM SJC/ADVOGADO - DIREITO PÚBLICO/2014)

Assinale a alternativa que contempla um exemplo de ato administrativo da espécie

de atos enunciativos.

a) Autorização.

b) Licença.

c) Aprovação.

d) Permissão.

e) Parecer.

Letra e.

Segundo Hely Lopes Meirelles, “os atos administrativos enunciativos são to-

dos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um

fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu

enunciado”.

Como exemplos de atos enunciativos, temos as certidões, os atestados e os pare-

ceres.

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28. (VUNESP/INSP PC-CE/PC-CE/2015) As instruções, as circulares, as portarias,

as ordens de serviço são exemplos de atos administrativos

a) ordinatórios.

b) compostos.

c) normativos.

d) negociais.

e) enunciativos.

Letra a.

Atos ordinatórios nada mais são do que manifestações internas da Adminis-

tração quando da utilização do seu poder hierárquico.

Como principais exemplos de atos administrativos ordinatórios, temos as instru-

ções internas, as circulares, os avisos, as portarias, os memorandos, as ordens de

serviço e os ofícios.

29. (VUNESP/ASSIS LEG (CAIEIRAS)/CM CAIEIRAS/2015) São pressupostos es-

senciais à prática do ato administrativo discricionário:

a) conveniência e oportunidade.

b) competência e autorização judicial.

c) interesse público e hierarquia.

d) liberdade administrativa e vinculação ao texto legal.

e) fonte legislativa e subordinação.

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Letra a.

O mérito administrativo pode ser conceituado como a liberdade que os atos dis-

cricionários recebem da lei para permitir que os agentes competentes escolham,

diante de um caso concreto, a melhor maneira de praticar o ato.

O mérito administrativo assegura um juízo de conveniência e oportunidade, que

é formado pela possibilidade de escolha dos requisitos motivo e objeto.

30. (VUNESP/AG ADM (IPREF)/IPREF GUARULHOS/”B”/2016) Os atos administra-

tivos praticados pela Administração em situação de igualdade com os particulares,

para a conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a administra-

ção de seus serviços, nos quais não há diferença entre a posição da Administração

e a do particular, sendo aplicável a ambos o direito comum, são classificados como

atos

a) de império.

b) de gestão.

c) administrativos puros.

d) complexos.

e) compostos.

Letra b.

Os atos de gestão são aqueles em que a Administração, quando da sua prática,

encontra-se em grau de igualdade com o particular, sem usar de sua supremacia.

Tais atos possuem dentre as suas características o fato de estarem regidos, em sua

maioria, pelo direito privado, com algumas derrogações de direito público.


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31. (VUNESP/PROC JUR (ANDRADINA)/PREF ANDRADINA/2017) Formas de que se

revestem os atos, gerais ou individuais, emanados de autoridades outras que não

o Chefe do Executivo, denominam-se

a) resolução e portaria.

b) portaria e decreto.

c) circular e parecer.

d) alvará e circular.

e) decreto e resolução.

Letra a.

Podemos resolver a questão por eliminação.

Os decretos podem ser entendidos como atos de caráter geral ou individual, sendo

editados pelos Chefes do Poder Executivo (com isso, eliminamos as alternati-

vas B e E).

As circulares são atos internos e que alcançam apenas os agentes de uma determi-

nada repartição pública (com isso, eliminamos as alternativas C e D).

Tanto as resoluções quanto as portarias são atos gerais, ou seja, não pos-

suem destinatários certos, sendo que o seu conteúdo se aplica a todas as pessoas

que se enquadrem na situação neles prevista.

32. (VUNESP/ANA (CRBIO 01)/CRBIO 01/ADVOGADO/2017) Resolução do Conse-

lho Federal de Biologia, subscrita por seu presidente, e que estabelece requisitos

mínimos para o biólogo atuar em pesquisas, projetos, perícias e outras atividades,

é ato administrativo

a) complexo, porque resulta da conjugação de vontade de órgãos diferentes.

b) composto, porque espelha a vontade dos Conselhos Regionais ratificada pela

autoridade competente.
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c) concreto, porque regula a atuação dos Conselhos Regionais.

d) ordinatório, porque disciplina a conduta dos seus agentes.

e) normativo, porque expedido por alta autoridade para regulamentar competên-

cia exclusiva.

Letra e.

Os atos normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos,

servindo para regulamentar e detalhar as disposições da lei.

Tais atos não possuem destinatários certos, motivo pelo qual se assemelham, em

muitos aspectos, às leis. A diferença entre as duas espécies normativas é que as leis

possuem a característica de inovar no ordenamento jurídico, ao passo que os atos

normativos apenas podem ser editados dentro dos limites legalmente previstos.

A resolução mencionada pela questão insere-se no conceito de ato normativo, uma

vez que tem o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos e de observância obri-

gatória por toda uma categoria.

Não se trata de um ato ordinatório, uma vez que não se limita a estabelecer instru-

ções internas. Também não é ato composto ou complexo, uma vez que apenas uma

manifestação de vontade é suficiente para que o ato seja formado.

33. (VUNESP - ANAP MPE-SP/MPE-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2010) Analise a Sú-

mula n.º 473 do STF a seguir e assinale a alternativa que contém os vocábulos que

completam correta e respectivamente as suas lacunas.

A Administração pode_______ seus próprios atos, quando eivados de _______

que os tornam _______, porque deles não se originam ______; ou revogá-los, por

motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os ________ , e ressalvada,

em todos os casos, a apreciação judicial.

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a) anular ... vícios ... ilegais ... direitos ... direitos adquiridos

b) revogar ... defeitos … inválidos ... efeitos ... atos jurídicos

c) revogar ... máculas ... defeituosos ... competências ... servidores públicos

d) anular ... defeitos ... imprestáveis ... decisões ... atos administrativos

e) invalidar ... defeitos ... viciados ... direitos ... direitos alheios

Letra a.

Para responder à questão, façamos uso da literalidade da Súmula 473 do STF, de

seguinte redação:

A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.

34. (VUNESP/ADV (TJ-SP)/TJ-SP/2013) A anulação do ato administrativo

a) opera efeitos ex nunc.

b) somente poderá ser declarada pelo Poder Judiciário.

c) impede que o ato seja novamente editado.

d) poderá ser ordenada pela Administração Pública.

e) pressupõe o descumprimento de obrigação fixada no ato.

Letra d.

Pode a Administração Pública, com base na autotutela, anular os atos por ela an-

teriormente editados.

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Letra a. Errada. A anulação possui efeitos ex tunc, e não ex nunc.

Letra b. Errada. Trata-se de forma de desfazimento dos atos administrativos que

pode ser utilizada, também, pela Administração Pública.

Letra c. Errada. A anulação não impede que o ato seja novamente editado.

Letra e. Errada. O motivo da anulação não é o descumprimento do ato, mas sim

uma eventual ilegalidade.

35. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/REMOÇÃO/2011) A anulação dos atos adminis-

trativos pela própria administração pública representa a forma normal de invalida-

ção de atividade ilegítima do poder público. Em que se funda essa faculdade?

a) Em razão de conveniência e oportunidade.

b) No poder de autotutela do Estado.

c) No poder arbitrário da administração.

d) No poder de fiscalização hierárquica.

Letra b.

Sempre que a Administração Pública anula ou revoga os atos por ela anteriormente

editados, estamos diante do exercício do princípio da autotutela.

36. (VUNESP - ASS CT (FUNDACENTRO)/FUNDACENTRO/2014) A propósito da re-

vogação e da anulação dos atos administrativos, é correto afirmar que

a) a Administração pode revogar seus atos, mas a anulação somente o Poder Ju-

diciário pode fazê-lo.

b) tanto a Administração quanto o Poder Judiciário podem revogar e anular os atos

administrativos.
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c) o Poder Judiciário tem a competência para revogar os atos administrativos.

d) a Administração pode revogar e anular seus próprios atos.

e) a Administração pode anular seus próprios atos, mas não pode fazê-lo o Poder

Judiciário.

Letra d.

A Administração Pública pode tanto anular quanto revogar os atos administrativos

por ela editados, conforme previsão da Súmula 473 do STF, que assim dispõe:

A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tor-
nam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de con-
veniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.

Com relação ao Poder Judiciário, poderá ele anular os atos administrativos, desde

que provocado. Em sentido diverso, não poderá o Judiciário revogar os atos, uma

vez que tal medida é privativa da Administração Pública.

37. (VUNESP/ANA ADMIN (SAP-SP)/SAP-SP/2011) A revogação de um ato admi-

nistrativo poderá ser ordenada

a) pela Administração Pública.

b) pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.

c) somente pelo Poder Judiciário.

d) pelo Poder Judiciário, após análise do Tribunal.

e) pelo Poder Judiciário, após ouvir o Ministério Público.

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Letra a.

A revogação dos atos administrativos trata-se de medida que apenas poderá ser

feita pela Administração Pública que editou o ato. Isso ocorre na medida em que a

revogação trata-se de uma decisão de mérito, e não de legalidade.

38. (VUNESP/AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) O ato administrativo

a) poderá ser revogado pelo Poder Judiciário no exercício da função jurisdicional.

b) somente poderá ser anulado pelo Poder Judiciário.

c) poderá ser revogado em razão de oportunidade e conveniência.

d) será anulado em razão de oportunidade e conveniência.

e) somente poderá ser anulado pela Administração.

Letra c.

A revogação, que deve ser feita pela Administração Pública, trata-se de um julga-

mento de conveniência e oportunidade.

Letra a. Errada. O Poder Judiciário não pode revogar atos administrativos, mas

sim apenas anulá-los.

Letra b. Errada. A anulação pode ser realizada pelo Poder Judiciário e pela Admi-

nistração Pública.

Letra d. Errada. A anulação tem como fundamento a ilegalidade do ato, e não a

conveniência e a oportunidade.

Letra e. Errada. Como afirmado, a anulação pode ser realizada tanto pelo Poder

Judiciário quanto pela Administração Pública.

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39. (VUNESP/AUXJ (TJ-PA)/TJ-PA/”SEM ÁREA”/2014) O ato administrativo que


afronta o princípio da legalidade administrativa
a) deverá ser anulado.
b) deverá ser revogado.
c) não poderá ser anulado.
d) deverá ser ratificado.
e) deverá ser convalidado.

Letra a.
Se houve afronta à legalidade, o ato deve, obrigatoriamente, ser anulado, medida
que poderá ser adotada pela Administração Pública ou, quando provocado, pelo
Poder Judiciário.

40. (VUNESP/AJ (TJ-PA)/TJ-PA/DIREITO/2014) A supressão de um ato administra-


tivo legítimo e eficaz realizada pela Administração – e somente por ela – por não
mais lhe convir sua existência é denominada
a) caducidade.
b) cassação.
c) convalidação.
d) revogação.
e) anulação.

Letra d.
A revogação, por outro lado, é o desfazimento de um ato válido, sem vício al-
gum, mas que, por vontade da Administração Pública que o produziu, deve

ser retirado do universo jurídico.

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41. (VUNESP/TEC LEG (CM POÁ)/CM POÁ-SP)/2016) Considere a seguinte situação

hipotética. Um servidor requer suas férias para determinado mês, sendo o pleito

indeferido pelo chefe, sob a alegação de que há falta de pessoal na repartição. To-

davia, o interessado prova que, ao contrário, há excesso, com servidores ociosos.

O ato de indeferimento estará viciado

a) na finalidade, porque a função administrativa é atender ao bem comum, aos

reclamos da comunidade em geral.

b) na imperatividade, pois os atos administrativos são cogentes, obrigando a todos

quantos se encontrem em seu círculo de incidência.

c) na autoexecutoriedade, pois o ato, tão logo praticado, pode ser executado e seu

objeto imediatamente alcançado.

d) no motivo, pela aplicação da teoria dos motivos determinantes, porque deve

haver compatibilidade entre o motivo expresso no ato e a realidade fática.

e) no mérito em que se realiza a avaliação de conduta, ponderando os aspectos

relativos à conveniência e à oportunidade da prática do ato.

Letra d.

A teoria dos motivos determinantes afirma que, em caso de motivação dos

atos administrativos, a atuação da Administração Pública ficará vinculada ao mo-

tivo exposto.

Na situação apresentada, o motivo alegado para a não concessão das férias é inve-

rídico. Logo, o ato, de acordo com a teoria dos motivos determinantes, deverá ser

considerado nulo.

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42. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/PROVIMENTO/2012) O ato administrativo, ainda

que discricionário, quando tiver sua prática motivada, fica vinculado aos motivos

expostos, para todos os efeitos jurídicos. Se tais motivos são falsos ou inexistentes,

o ato praticado é nulo.

Assinale a alternativa correta.

a) Trata-se da teoria dos motivos determinantes.

b) O ato administrativo discricionário não pode ser motivado.

c) Os motivos dos atos administrativos decorrem da lei.

d) Trata-se do princípio da legalidade.

Letra a.

A teoria dos motivos determinantes afirma que, em caso de motivação dos atos

administrativos, a atuação da Administração Pública ficará vinculada ao motivo

exposto. Tal teoria é aplicada para todos os atos, sejam eles vinculados ou discri-

cionários.

43. (VUNESP/NER (TJ-SP)/TJ-SP/REMOÇÃO/2008) O ato pelo qual é suprido o vício

existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi pratica-

do, é o de

a) reparação.

b) convalidação.

c) revisão hierárquica.

d) retificação.
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Letra b.

Trata-se a convalidação de um controle de legalidade, podendo incidir tanto

sobre os atos administrativos vinculados quanto sobre os atos discricionários, uma

vez que, em ambos os casos, os requisitos competência e forma sempre estarão

presentes.

E justamente por “reformar” o ato administrativo é que a convalidação possui

efeitos ex-tunc, retroagindo até a data de formação do ato.

44. (VUNESP/TEC LEG (CM POÁ)/CM POÁ-SP/2016) Considere a seguinte situação

hipotética. Agente público emite ato de autorização para extrair areia de rio, pre-

enchidos os requisitos legais, quando as condições fáticas não violavam o interesse

público. Porém, posteriormente, verifica-se que a atividade consentida está a criar

malefícios ao meio ambiente. Nesse caso, o agente público deve

a) pleitear ao Judiciário a anulação do ato.

b) anular o ato administrativamente.

c) pleitear ao Judiciário a revogação do ato.

d) assinalar prazo para manifestação do terceiro interessado.

e) revogar o ato.

Letra e.

Na situação apresentada, estamos diante de um ato legal e que está produzindo os

efeitos para os quais foi editado. Contudo, em momento posterior, a Administração

Pública verificou que o ato se tornou inconveniente e inoportuno, devendo, por isso

mesmo, ser revogado.


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