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N. 840/11
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
Gustavo Scatolino
Apresentação..................................................................................................................4
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I.. ........................................................................5
Introdução.......................................................................................................................5
Âmbito de Aplicação....................................................................................................... 7
Organização da Lei..........................................................................................................8
1. Cargos Públicos...........................................................................................................9
1.1. Cargos Vitalícios........................................................................................................9
1.2. Cargos Efetivos (“Concursados”)............................................................................ 10
1.3. Cargos em Comissão............................................................................................... 13
2. Acesso aos Cargos Públicos...................................................................................... 18
2.1. Ocupação de Cargo por Pessoa com Deficiência..................................................... 19
3. Concurso Público. ..................................................................................................... 20
4. Estágio Probatório....................................................................................................24
4.1. Licenças e Afastamentos durante o Estágio Probatório. . ........................................ 27
4.2. Desistência do Estágio........................................................................................... 27
4.3. Prazo do Estágio Probatório.................................................................................. 27
5. Estabilidade. ............................................................................................................. 28
5.1. Hipóteses de Perda do Cargo pelo Servidor Estável............................................... 28
6. Acumulação de Cargos..............................................................................................29
6.1. Participação em outros Órgãos e Entidades da Administração...............................32
7. Provimento (Art. 8º)..................................................................................................32
7.1. Nomeação. ..............................................................................................................34
7.2. Reversão (Art. 34).................................................................................................36
7.3. Reintegração (Art. 36)........................................................................................... 37
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LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
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LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
Gustavo Scatolino
Apresentação
A Lei Complementar n. 840/2011 institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da
Administração direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito
Federal.
Trata-se de um conteúdo cobrado em praticamente todos os concursos da esfera distrital.
As questões em prova serão, basicamente, “letra de lei”. Ou seja, vão cobrar expressamente
um artigo de lei ou vão criar um caso prático para que você responda conforme a lei. Assim, a lei-
tura e memorização de todos os artigos da lei é muito importante.
Para aumentar seu interesse pelo estudo da lei, leia como se fosse um servidor querendo sa-
ber dos seus direitos. Se você ler com essa mentalidade, ficará muito mais fácil. Tente trazer para
uma situação prática a aplicação da lei, colocando-se diante de um possível exemplo no qual você
é o protagonista. Imagine, por exemplo, que uma pessoa de sua família ficou doente e você quer
saber se pode ou não pegar licença para cuidar dessa pessoa. Pense que você, como servidor,
quer se candidatar a um cargo eletivo e descubra se teria direito à licença remunerada.
Vamos tratar o conteúdo neste PDF exatamente como se fosse uma aula ministrada presen-
cialmente ou em vídeo, com a mesma didática. Porém, é necessário que você faça a leitura da
letra da lei (lei seca), logo após cada tópico estudado, para que tenha o contato direto com a lei.
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LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
Gustavo Scatolino
Introdução
Olá, aluno(a)!
Vamos agora aprender as disposições da LC n. 840/2011.
Inicialmente, vamos entender seu âmbito de aplicação e depois entramos nas regras sobre
servidores do DF.
Sempre houve muita confusão no DF sobre a aplicação da legislação sobre servidores públi-
cos. Iremos trazer esse breve histórico para que você entenda o porquê do DF ter demorado tanto
para fazer sua lei sobre servidores públicos.
Vamos lá!
Com o advento da Constituição Federal de 1988, foi instituído o Regime Jurídico Único (RJU),
vale dizer, o mesmo regime tanto para os servidores da Administração direta como para os das
suas autarquias e fundações. Com isso, cada ente federativo teve que escolher o regime a ser
estabelecido. Inclusive o DF.
Regime jurídico único não quer dizer Lei n. 8.112/1990. Muitos pensam assim, mas não é. RJU
quer dizer um mesmo regime para disciplinar as regras de todos os servidores.
Mas quais são os regimes que podem disciplinar os servidores?
Temos o regime estatutário, que é o regime da lei. Ou seja, uma lei estabelece os direitos
e obrigações dos servidores. Licenças que podem tirar, benefícios, afastamentos, remuneração,
obrigações, deveres e responsabilidades. Nesse regime, já que a relação está baseada em uma
lei, para alterar a relação tem que alterar a lei.
Como assim?
O regime trabalhista ou celetista, por exemplo, não é uma lei que irá fixar obrigações das
partes (Estado e servidor), mas sim um contrato de trabalho, disciplinado pela Consolidação das
Leis Trabalhistas, a famosa CLT. É um regime contratual em que as partes fazem um contrato (um
acordo) para aderirem às suas regras. Por esse regime, a alteração desse acordo tem que ter o
consentimento de ambos os contratantes.
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Com a obrigação vinda da Constituição Federal de 1988 para que os entes da Federação
adotassem o regime jurídico único, muitos optaram pelo regime estatutário, fazendo uma lei para
disciplinar a relação. Outros fizeram opção pelo regime da CLT.
A União optou pelo regime estatutário, editando, em 1990, a Lei n. 8.112. O Distrito Federal,
por sua vez, editou a Lei n. 197, de 1991, determinando que, no DF, a lei dos servidores da Admi-
nistração direta, autárquica e fundacional seria a Lei n. 8.112, de 1990, aplicável aos servidores
da União, até a aprovação do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Distrito Federal
pela Câmara Legislativa. Vale dizer, a mesma lei que regia os servidores federais foi adotada para
estabelecer os direitos e deveres dos servidores do DF.
Na verdade, o DF não fez uma lei própria para seus servidores. Apenas fez uma lei bem peque-
na dizendo que, no DF, aplicava-se a Lei n. 8.112/1990. O DF ficou com “preguiça” de fazer a sua
própria lei.
Contudo, a Lei n. 8.112/1990 federal sofreu várias modificações que não foram acompanha-
das no DF. Por sua vez, no DF foram feitas diversas alterações que não foram reproduzidas no
estatuto federal.
Assim, havia uma imensa confusão, em especial para os “concurseiros”, pois se fosse con-
curso federal, deveriam estudar a Lei n. 8.112/1990 federal; se fosse concurso no DF, deveriam
estudar a Lei n. 8.112/1990 aplicada ao DF, com as suas inúmeras e confusas alterações. Imagine
só a confusão!
Em 2011, enfim, foi editada a Lei Complementar n. 840/2011, que institui o Regime Jurídico
dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autárquica e Fundacional e dos órgãos do
Distrito Federal.
Trata-se de uma lei que incorpora muitos entendimentos jurisprudenciais já consolidados,
bem como apresenta disposições “inovadoras”, como, por exemplo, trata das relações homoafe-
tivas dentro da Administração Pública e explicita regras a respeito do nepotismo.
Cabe apenas fazer referência que, em 1998, a EC n. 19/1998 extinguiu a obrigação de regime
jurídico único, havendo assim possibilidade de diversos regimes jurídicos no mesmo Ente Fede-
rativo. E, em 2007, o STF julgou a ADI n. 2.135 e, por consequência, ocorreu a volta de obrigação
de RJU.
Confuso, eu sei. Mas aqui vamos nos ater apenas às regras constantes da LC n. 840/2011.
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
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Âmbito de Aplicação
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da administração
direta, autárquica e fundacional e dos órgãos relativamente autônomos do Distrito Federal.
Então, professor, posso concluir que a lei não se aplica aos militares?
Exatamente!
A lei se aplica aos servidores civis do DF, não tendo incidência em relação aos militares, já que
possuem legislação específica. Contudo, não se aplica a todos os servidores civis, na medida em
que pode haver outras categorias que, também, possuam regime diferenciado, como é o caso dos
magistrados e membros do Ministério Público.
A Administração direta do DF é o conjunto de todos os órgãos que fazem parte do Distrito
Federal: governadorias, secretarias, gabinetes, departamentos, divisões e outros órgãos de menor
hierarquia.
A expressão órgãos relativamente autônomos não é utilizada no Direito Administrativo. Trata-
-se de uma expressão não usual. Porém, entendemos que órgãos relativamente autônomos são
aqueles internos às secretarias do DF e até mesmo aqueles internos na estrutura da Administra-
ção Regional, equivalendo aos denominados órgãos superiores (ex.: gabinetes, departamentos,
procuradorias) e órgãos subalternos (ex.: divisões, setores e outros órgãos na estrutura inferior da
organização administrativa do DF).
Por sua vez, as autarquias são pessoas jurídicas de direito público que exercem determinada
atividade do DF, mas de modo descentralizado, como é o caso do Detran e do Procon-DF. Às au-
tarquias também se aplica a LC n. 840/2011.
As fundações governamentais são entidades criadas para a prestação descentralizada de
atividades sociais, como, por exemplo, educação, saúde, cultura, pesquisa etc. Sendo a fundação
criada com personalidade jurídica de direito público, também seguirá a LC n. 840/2011.
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De outro modo, a lei em questão não se aplica aos empregados das empresas estatais (em-
presa pública e sociedade de economia mista – Metrô-DF; CEB; Caesb; BRB; Terracap), pois tal ca-
tegoria de agentes públicos são regidos pelo regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Em resumo
A LC n. 840/2011 não se aplica:
1. aos magistrados e membros do Ministério Público: esses agentes públicos são regidos por lei própria, não
se aplicando a LC n. 840/2011;
2. aos empregados de empresa pública e sociedade de economia mista: apesar de fazerem concurso público,
os empregados das empresas estatais (ex.: BRB, sociedade de economia mista; Caesb, empresa pública) são
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT);
3. aos agentes temporários: os temporários contratados para atender a situação de excepcional interesse
público, nos termos do art. 37, IX, da CF, são regidos por legislação própria;
4. aos militares: os militares do DF são estatutários, porém possuem legislação própria;
5. aos servidores de outros entes Federativos: a LC n. 840/2011 rege os servidores civis do DF. Os servidores
federais são disciplinados pela Lei n. 8.112/1990 e, em relação aos Estados e Municípios, deve ser verificada a
legislação de cada ente.
Organização da Lei
Sempre que vamos estudar uma lei é interessante entender sua estrutura, a fim de ter uma
visão geral da lei e depois estudá-la por partes.
A LC n. 840/2011 está organizada da seguinte forma:
• TÍTULO I – CAPÍTULO ÚNICO – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES;
• TÍTULO II – DOS CARGOS PÚBLICOS E DAS FUNÇÕES DE CONFIANÇA: trata de provimen-
to, remanejamento, acumulação de cargos, vacância;
• TÍTULO III – DAS CARREIRAS E DO REGIME E DA JORNADA DE TRABALHO;
• TÍTULO IV – DOS DIREITOS: trata de férias, licenças, afastamentos, remuneração, tempo
de serviço e tempo de contribuição;
• TÍTULO V – CAPÍTULO ÚNICO – DOS DEVERES;
• TÍTULO VI – DO REGIME DISCIPLINAR: trata de deveres, responsabilidades;
• TÍTULO VII – DOS PROCESSOS DE APURAÇÃO DE INFRAÇÃO DISCIPLINAR: sanções e
processo disciplinar;
• TÍTULO VIII – DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR;
• TÍTULO IX – CAPÍTULO ÚNICO – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS.
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Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
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1. Cargos Públicos
Cargo é um conjunto de atribuições cometidas a um servidor. É um conjunto de funções.
No seu concurso, por exemplo, você ocupará um cargo público. Veja no edital quais são as
atribuições do seu cargo. Essas atribuições são destinadas por meio de uma lei.
Art. 3º, Parágrafo único. Os cargos públicos são criados por lei, com denominação própria e subsídio
ou vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Assim, somente a lei pode criar novos cargos. Cuidado! Decreto do Governador, por estar abai-
xo de uma lei, não pode criar cargo.
Logo, o cargo que você ocupará, assim que for aprovado, nomeado e tomar posse, foi criado
por uma lei. Essa mesma lei estruturou todas as classes do seu cargo (vamos ver mais adiante o
que são classes), bem como definiu as atribuições que desempenhará.
Quem ocupa cargo é denominado pela LC n. 840/2011 de SERVIDOR PÚBLICO:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor público é a pessoa legalmente investida em
cargo público.
O DF, assim como a União, não utiliza mais a expressão funcionário público. Essa expressão
era utilizada por legislação anterior à Lei n. 8.112/1990. Mas, com o advento dessa lei, passou-se
a adotar a expressão SERVIDOR PÚBLICO, inclusive na LC n. 840/2011.
Temos três tipos de cargos públicos, e os veremos conforme o grau de garantia de permanên-
cia nesse cargo: vitalícios (vitaliciedade); efetivos (estabilidade); em comissão (sem garantia de
permanência, como regra).
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a atuação desses agentes, sem que sejam sujeitos a eventuais pressões impostas por determina-
dos grupos de pessoas. A vitaliciedade tem previsão constitucional. A única hipótese de perda é
por meio de processo judicial com decisão transitada em julgado.
Atualmente, são cargos vitalícios os dos magistrados, membros do Ministério Público, mem-
bros dos Tribunais de Contas. Por ser prerrogativa de sede constitucional, em função da qual cabe
ao constituinte aferir a natureza do cargo e da função para atribuí-la, não podem as Constituições
Estaduais e Leis Orgânicas, nem mesmo lei de qualquer esfera, criar outros cargos com a garantia
da vitaliciedade. Consequentemente, apenas emenda à Constituição Federal poderá fazê-lo (Infor-
mativo n. 409/STF).
A LC n. 840/2011 não se aplica aos ocupantes de cargos vitalícios, pois possuem legislação
própria.
São aqueles cujo ocupante possui uma pretensão de definitividade, pois foi aprovado em con-
curso público de provas ou de provas e títulos (art. 37, II, CF) e, por isso, é o único que pode adquirir
estabilidade (CF, art. 41), se for aprovado no estágio probatório.
A estabilidade é o que dá a garantia de permanência no cargo.
A estabilidade somente se adquire após três anos de efetivo exercício (art. 41, CF).
Percurso para adquirir a estabilidade:
A perda do cargo só poderá ocorrer, depois de adquirida a estabilidade, nos seguintes casos
(art. 41, § 1º, CF):
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O art. 169, § 4º, da Constituição prevê outra hipótese de perda do cargo do servidor estável:
quando a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios exceder os limites estabelecidos em lei complementar. A fim de cumprir os limites fi-
xados, durante o prazo fixado na lei complementar referida, a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios adotarão as seguintes providências:
Art. 169, I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções
de confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar
o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá
perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal [grifo nosso].
Portanto, se, mesmo adotadas as medidas mencionadas, não for alcançado o limite fixado
em lei complementar, o servidor estável poderá perder o cargo. Caso isso ocorra, o servidor fará
jus à indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço, sendo vedada a
criação, pelo prazo de quatro anos, de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou asse-
melhadas (art. 169, §§ 4º, 5º e 6º, CF).
Os cargos efetivos podem ser isolados ou de carreira.
Cargos de carreira admitem progressão funcional dos servidores pelas diversas classes.
Os cargos isolados não admitem progressão.
Carreira é o conjunto de classes funcionais em que seus integrantes vão percorrendo os diver-
sos patamares de que se constitui a progressão funcional.
As classes são compostas de cargos que tenham as mesmas atribuições. Os cargos que
compõem as classes são cargos de carreira, diversos dos cargos isolados, que, embora integran-
do o quadro, não ensejam o percurso progressivo do servidor.
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Da Carreira
Art. 1º A carreira Assistência à Educação do Distrito Federal, criada pela Lei nº 83, de 29 de dezembro
de 1989, de suporte técnico-administrativo ou pedagógico, fica reestruturada na forma desta Lei.
§ 1º A carreira de que trata esta Lei é composta pelos seguintes cargos e seus respectivos quantitati-
vos:
I – Analista de gestão Educacional: 1.000 (mil) cargos;
II – Técnico de gestão Educacional: 5.500 (cinco mil e quinhentos) cargos;
III – monitor de gestão Educacional: 2.000 (dois mil) cargos;
IV – Agente de gestão Educacional: 9.000 (nove mil) cargos.
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Note que o servidor ingressa no padrão 1 e vai crescendo na carreira até chegar ao último pa-
drão, que é o de número 11. E, conforme ele cresce na carreira, sua remuneração vai aumentando.
A própria lei estabelece as condições e prazo para ter esse crescimento na carreira.
Quadro é o conjunto de cargos isolados ou de carreira.
Lotação é o número de servidores que devem ter exercício em cada unidade da repartição.
Assim, um servidor da Secretaria de Educação que trabalha em no Centro Educacional n. 03
da Asa Norte é servidor do quadro do Distrito Federal, do órgão Secretaria de Educação e está
lotado no Centro Educacional n. 03 da Asa Norte.
Veremos mais adiante que o servidor pode, em alguns casos, mudar de órgão (ser requisita-
do), bem como mudar sua lotação mediante concurso de remoção.
Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração (CF, arts. 37, II, e 19, V, da LODF)
e não necessitam de concurso público para o provimento. O ocupante, porém, tem um vínculo pre-
cário (pode ser exonerado ad nutum, a juízo da autoridade nomeante) e, obviamente, não adquire
estabilidade. Devem ser ocupados por servidores de carreira (efetivos) nos casos, condições e
percentuais mínimos estabelecidos em lei. É o que diz o art. 37, V, da Constituição:
Assim, conforme a CF,1 a lei fixará o percentual dos cargos em comissão a serem preenchidos
por servidores de carreira. As funções de confiança, entretanto, serão preenchidas, exclusivamen-
te, por servidores de cargo efetivo (concursados). Mas, em ambos os casos, destinam-se apenas
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
1
A LODF estabelece que: art. 19, V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e pelo menos cinquenta por cento dos cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos e condições previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Inciso com a
redação da Emenda à Lei Orgânica n. 50, de 2007).
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Art. 5º, § 1º, I – de direção: aquele cujo desempenho envolva atribuições da administração superior;
II – de chefia: aquele cujo desempenho envolva relação direta e imediata de subordinação;
III – de assessoramento: aquele cujas atribuições sejam para auxiliar:
a) os detentores de mandato eletivo;
b) os ocupantes de cargos vitalícios;
c) os ocupantes de cargos de direção ou de chefia.
Nos termos da LC n. 840/2011, 50% dos cargos em comissão devem ser providos por servidor
público de carreira, nos casos e condições previstos em lei. No mesmo sentido a LODF.
Assim, por exemplo, se na Secretaria de Saúde há 300 cargos em comissão, pelo menos 50%
deles devem ser para servidores da carreira de saúde.
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do STF, que veda a nomeação de parentes de quaisquer autoridades e não apenas dos Chefes do
Poder Executivo. A nosso ver, mesmo a LC n. 840/2011 não contemplando tal previsão, deve ser
aplicado o comando da súmula vinculante, já que, por força do art. 103-A da CF, ela tem caráter
vinculante para toda a Administração Pública, inclusive a do Distrito Federal.
A LC n. 840/2011, quanto aos casos de reciprocidade, trata da vedação ao nepotismo cruza-
do, proibindo que autoridades diferentes façam nomeação de parentes um do outro.
§ 2º, I – de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, incluídos os aposentados, desde que
seja observada:
a) a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo efetivo com o cargo em comissão ou a função
de confiança;
b) a compatibilidade e a complexidade das atribuições do cargo efetivo com o cargo em comissão ou
a função de confiança;
Como primeira ressalva, a lei permite a nomeação de servidores de cargo efetivo (ingresso
mediante concurso) para cargo em comissão ou a designação para função de confiança, incluin-
do a possibilidade de nomeação de servidores já aposentados, pois os inativos podem ocupar
cargos em comissão e acumular com os proventos da aposentadoria (art. 37, § 10, CF). Contudo,
devem ser observados os requisitos previstos nas alíneas a e b (grau de escolaridade e atribui-
ções). Assim, por exemplo, servidora de cargo efetivo casada com Secretário de Estado pode
ter cargo em comissão ou função de confiança na Administração do DF, desde que não seja na
mesma Secretaria.
II – realizada antes do início do vínculo familiar entre o agente público e o nomeado ou designado;
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III – de pessoa já em exercício no mesmo órgão, autarquia ou fundação antes do início do vínculo fa-
miliar com o agente público, para cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo
que o anteriormente ocupado.
Por fim, quando a pessoa já estava em exercício no órgão/entidade quando foi formado o
vínculo familiar.
Exemplo: Manoel ocupa cargo em comissão dentro da Secretaria de Saúde, vindo a contrair casa-
mento com Fabiana, que é nomeada para ser Secretária de Estado da Saúde. Nesse caso, Manoel
poderá ser designado para nova função/cargo em comissão do mesmo nível (igual) ou de nível
mais baixo que o anterior.
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Segundo o STF, estão excluídos da proibição do nepotismo, por se tratarem de cargos po-
líticos, os de Ministro de Estado, Secretário de Estado e Secretário Municipal (RE n. 579.951).
Contudo, também, já decidiu o STF que Conselheiro de Tribunal de Contas é cargo técnico. Assim,
Governador não pode indicar parentes para tal função.
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado para ter exercício, interina-
mente, em outro cargo em comissão, hipótese em que deve (art. 15):
Assim, quem já é ocupante de cargo em comissão pode ser nomeado provisoriamente para
outro cargo em comissão (interino). Por exemplo, o Procurador-Geral do DF tem que se ausentar
por 10 dias. Assim, o Subprocurador-Geral acumulará suas funções mais a função do Procurador-
-Geral.
Cargo em comissão ocupando outro cargo em comissão: acumula atribuições e opta pela
remuneração.
É importante também saber que, embora o cargo em comissão não tenha garantia de perma-
nência no cargo, essa regra pode ser relativizada no caso de servidora grávida, que não pode, sem
justa causa, ser exonerada de ofício, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto, salvo mediante indenização paga na forma do regulamento:
Art. 53. A servidora gestante que ocupe cargo em comissão sem vínculo com o serviço público não
pode, sem justa causa, ser exonerada de ofício, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após
o parto, salvo mediante indenização paga na forma do regulamento.
Parágrafo único. Deve ser tornado sem efeito o ato de exoneração, quando constatado que a servidora
estava gestante e não foi indenizada.
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Somente pode ocupar função de confiança (FC) quem já é concursado. E o termo correto é
DESIGNAÇÃO para a FC. Já o cargo em comissão é para qualquer pessoa, concursado ou não,
desde que observe o percentual de 50% para os servidores da carreira. E para o cargo em comis-
são a pessoa é NOMEADA.
2
A CF, art. 12, define a condição de brasileiro nato.
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Essa lista de cargos a serem ocupados por brasileiros natos não cairá em sua prova de LC n.
840/2011, mas é sempre bom saber.
Note que a lei fixou a idade mínima de dezoito anos para ocupação de cargo público. Assim,
mesmo que emancipado, aos 16 anos, o indivíduo não poderia ocupar cargo público.
Note também que a LC n. 840/2011 estabeleceu aptidão física e mental. Assim, antes de
tomar posse, o candidato deverá passar por uma sequência de exames que demonstrem a sua
aptidão física e mental.
Conforme a LC n. 840/2011, os requisitos para investidura em cargo público devem ser com-
provados por ocasião da posse. Os requisitos são no ato da posse, e não na nomeação ou convo-
cação para curso de formação.
Exemplo: 10,8 vagas para pessoas com deficiência = serão oferecidas 10 vagas; 10,4 vagas =
serão oferecidas 10 vagas.
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para a posse. Não podem concorrer nas vagas destinadas aos portadores de necessidades espe-
ciais a pessoa com deficiência apta para trabalhar normalmente e a inapta para qualquer trabalho
(art. 12, § 3º, LC n. 840/2011). Se a pessoa está apta para o trabalho em condições normais ou
inapta para qualquer tipo de trabalho não tem direito e não se justifica que dispute as vagas reser-
vadas para os portadores de necessidades especiais.
A lei estabelece também que, por meio de lei, podem ser estabelecidos outros requisitos espe-
cíficos para a investidura em cargos públicos, como é, por exemplo, o caso do exame psicotécnico.
Tem que haver previsão em lei. Não pode ser apenas em edital do concurso. Nesse sentido, a ju-
risprudência dos Tribunais Superiores tem entendido ser ilegal a exigência apenas no edital, sem
que a lei que regulamenta a carreira tenha feito a previsão (Súmula n. 686 STF: “Só por lei se pode
sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”).
Quanto à idade, o limite para a inscrição em concurso público só se legitima, em face do
art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo
a ser preenchido. “Não será admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, ins-
crição em concurso para cargo público” (Súmula n. 14). Isso porque só por lei se pode fazer tal
exigência, em atenção ao princípio da legalidade (CF, art. 5º, II).
3. Concurso Público
Antes de falarmos das regras sobre concursos que estão na LC n. 840/2011, vamos ver o que
a Constituição Federal diz sobre o tema:
De acordo com os incisos II e III do art. 37 da CF:
Nos termos do art. 37, II, da CF, a nomeação para cargos efetivos (isolados ou de carreira)
deve ser necessariamente precedida de concurso público de provas ou de provas e títulos. Também se
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exige concurso para ocupação de emprego público, inclusive em empresa pública e sociedade de
economia mista.
O prazo de validade do concurso público (v. CF, art. 37, III) é de até dois anos, prorrogável uma
vez por igual período.
Por sua vez, a LODF e a LC n. 840/2011, art. 13, como não poderia ser diferente, reproduziram
LC n. 840/2011
Art. 11, § 2º O concurso público é de provas ou de provas e títulos, conforme dispuser a lei do respec-
tivo plano de carreira.
Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma única vez,
por igual período, na forma do edital.
Porém, a LC n. 840/2011 estabeleceu que as normas gerais sobre concurso público são as
fixadas em lei específica. Assim, a LC n. 840/2011 não detalhou as regras sobre realização de
concurso público, deixando para uma lei específica fazer isso. Para tanto, foi editada a Lei n.
4.949/2012. Transcreveremos, ao final deste capítulo, os principais artigos dessa lei.
Só é preciso ler a Lei n. 4.949/2012 quando for exigida expressamente no edital.
O candidato aprovado em concurso público, no prazo de cinco dias contados da publicação
do ato de nomeação, pode solicitar seu reposicionamento para o final da lista de classificação
(art. 13, § 2º). É o chamado pedido de “final de fila”. Ele serve para aquele candidato que já foi
nomeado, mas não deseja tomar posse naquele momento, ser reposicionado para o final da lista
de aprovados. Isso não garante que haverá mais outra nomeação. Vale ressaltar que o pedido de
“final de fila” não garante ao “reposicionado” o direito à nomeação.
Como a lei diz que o aprovado pode solicitar seu reposicionamento para o final da lista de
classificação, a nova colocação será ao final da lista de todos os aprovados, pois classificados
são aqueles que alcançaram a pontuação mínima exigida para a aprovação. A sua nova posição
não será no final da lista de aprovados dentro das vagas, mas, como dito, ao final de todos os
nomes da lista de aprovados.
Art. 13, § 2º O candidato aprovado em concurso público, no prazo de cinco dias contados da publica-
ção do ato de nomeação, pode solicitar seu reposicionamento para o final da lista de classificação.
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Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público
de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira.
Dessa maneira, a CF dá espaço para a abertura de novo certame mesmo com o concurso ain-
da válido (desde que não seja ainda o primeiro período do prazo de validade). Ressalva, apenas,
que o anterior aprovado tem direito à precedência na nomeação.
Conforme prevê a LC n. 840/2011, no período de validade do concurso público, o candidato
aprovado deve ser nomeado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo na
carreira (art. 13).
Art. 13. O concurso público tem validade de até dois anos, a qual pode ser prorrogada uma única vez,
por igual período, na forma do edital.
§ 1º No período de validade do concurso público, o candidato aprovado deve ser nomeado com priori-
dade sobre novos concursados para assumir cargo na carreira.
Como a lei diz que o aprovado no concurso anterior deve ser nomeado com prioridade em
relação aos novos aprovados, entendemos que são todos aqueles que foram aprovados dentro
ou fora das vagas no concurso pretérito que devem ser nomeados com precedência. Desse modo,
como dispõem a lei e a CF, não há impedimento para realização de novo certame, porém todos os
aprovados no processo seletivo anterior devem ser nomeados antes dos novos candidatos.
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4. Estágio Probatório
Pois bem! Feito o concurso e sendo aprovado, o candidato é nomeado, toma posse, entra em
exercício e inicia o seu estágio probatório para, ao final de três anos de efetivo exercício, adquirir
a estabilidade.
Uma das condições para se adquirir a estabilidade é a aprovação no estágio probatório.
O estágio probatório é o período de tempo durante o qual será avaliada a capacidade do ser-
vidor para o exercício do cargo.
Os requisitos que devem ser aferidos durante o estágio probatório não estão previstos na
CF. Trata-se de assunto de nível infralegal. Ou seja, cada ente da Federação deve estabelecer as
condições.
Durante o estágio probatório, são avaliadas a aptidão, a capacidade e a eficiência do servidor
para o desempenho do cargo, com a observância dos fatores (art. 28):
I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – disciplina;
IV – capacidade de iniciativa;
V – produtividade;
VI – responsabilidade.
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Art. 28, § 1º, I – até o trigésimo mês do estágio probatório, a avaliação é feita semestralmente, com
pontuação por notas numéricas de zero a dez;
II – as avaliações de que trata o inciso I são feitas pela chefia imediata do servidor, em ficha previamen-
te preparada e da qual conste, pelo menos, o seguinte:
a) as principais atribuições, tarefas e rotinas a serem desempenhadas pelo servidor, no semestre de
avaliação;
b) os elementos e os fatores previstos neste artigo;
c) o ciente do servidor avaliado.
§ 2º Em todas as avaliações, é assegurado ao avaliado:
I – o amplo acesso aos critérios de avaliação;
II – o conhecimento dos motivos das notas que lhe foram atribuídas;
III – o contraditório e a ampla defesa, nos termos desta Lei Complementar.
§ 3º As avaliações devem ser monitoradas pela comissão de que trata o art. 29 [grifo nosso].
A avaliação especial, prevista na Constituição Federal como condição para aquisição da esta-
bilidade, deve ser feita por comissão, quatro meses antes de terminar o estágio probatório. A LC
n. 840/2011 estabelece como deve ser a comissão (art. 29):
§ 1º A comissão de que trata este artigo é composta por três servidores estáveis do mesmo cargo ou
de cargo de escolaridade superior da mesma carreira do avaliado.
§ 2º Não sendo possível a aplicação do disposto no § 1º, a composição da comissão deve ser definida,
conforme o caso:
I – pelo Presidente da Câmara Legislativa;
II – pelo Presidente do Tribunal de Contas;
III – pelo Secretário de Estado a que o avaliado esteja subordinado, incluídos os servidores de autarquia,
fundação e demais órgãos vinculados.
§ 3º Para proceder à avaliação especial, a comissão deve observar os seguintes procedimentos:
I – adotar, como subsídios para sua decisão, as avaliações feitas na forma do art. 28, incluídos eventu-
ais pedidos de reconsideração, recursos e decisões sobre eles proferidas;
II – ouvir, separadamente, o avaliador e, em seguida, o avaliado;
III – realizar, a pedido ou de ofício, as diligências que eventualmente emergirem das oitivas de que trata
o inciso II;
IV – aprovar ou reprovar o servidor no estágio probatório, por decisão fundamentada.
§ 4º Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de reconsideração ou recurso, a serem
processados na forma da LC n. 840/2011 (art. 170) [grifo nosso].
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Art. 30, I – julgar, em única e última instância, qualquer recurso interposto na forma do art. 29;
II – homologar o resultado da avaliação especial feita pela comissão e, como consequência, efetivar o
servidor no cargo, quando ele for aprovado no estágio probatório.
Assim:
O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado. Neste caso, ele sai do cargo
que estava, ou, se estável, é reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.3
Pode sim, nas condições que a lei prevê. Inclusive, pode no primeiro dia de trabalho (de exer-
cício) já ser nomeado para um cargo em comissão.
Veja:
Portanto, em estágio probatório no órgão ou entidade que está lotado, o servidor pode exercer
qualquer FC ou CC; mas a cessão é apenas para cargo de natureza especial – CNE ou equivalente.
3
Jurisprudência: STF – Súmula n. 22: “O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo”.
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O CNE é uma espécie de cargo em comissão, porque é um cargo de livre nomeação e exoneração,
mas são cargos em comissão de “alto nível”, vou usar essa expressão para você entender. Por
exemplo, o Subsecretário de Saúde é um CNE. Abaixo dele, têm vários outros cargos em comis-
são.
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5. Estabilidade
Estabilidade é o direito que adquire o servidor titular de cargo de provimento efetivo, após
três anos de efetivo exercício, de não perder o cargo, salvo nas hipóteses restritas previstas em
lei (no caso, nos arts. 41, § 1º, e 169, § 4º, da CF).
Da Estabilidade
Art. 32. O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo regularmente aprovado no estágio proba-
tório adquire estabilidade no serviço público ao completar três anos de efetivo exercício.
Art. 33. O servidor estável só perde o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Federal.
O prazo da estabilidade era de dois anos, até a EC n. 19/1998, que deu ao art. 41 da CF nova
redação. Assim, a partir da EC n. 19/1998, o prazo para estabilidade passou a ser de três anos.
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(a lei exigida já existe: é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 101/2000), que revogou a LC n.
96/1999). Caso os limites (50% da receita corrente líquida para a União e 60% para os demais
entes, na forma do art. 19, I, II e III, da LRF) sejam desrespeitados, serão adotadas as medidas
previstas no art. 169, § 3º, sucessivamente: a) redução da despesa com cargos em comissão
e funções de confiança; b) exoneração dos servidores não estáveis. Se essas providências não
resolverem a extrapolação dos limites, poderão ser exonerados até mesmo servidores estáveis,
nos termos do art. 169, § 4º, fazendo jus o exonerado à indenização. É um caso que, embora raro,
não é impossível de acontecer.
O § 2º do art. 41 da CF prevê que, invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem – sem direito a indenização –, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
6. Acumulação de Cargos
CF/1988
Art. 37, XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compati-
bilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
CAPÍTULO IV
DA ACUMULAÇÃO
Art. 46. É proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibili-
dade de horários, para:
I – dois cargos de professor;
II – um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III – dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
A LC n. 840/2011 dispõe que se presume como cargo de natureza técnica ou científica qual-
quer cargo público para o qual se exija educação superior ou educação profissional, ministrada na
forma e nas condições previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
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Art. 46, § 2º, I – a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socieda-
des de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder
público;
Assim, uma pessoa não pode ocupar função no Banco do Brasil e na Secretaria de Saúde do
DF; não pode ocupar função no Detran-DF e no STJ; não pode ocupar função na Funpresp e no
BRB. Todas essas situações são ilegais.
II – aos proventos de aposentadoria pagos por regime próprio de previdência social do Distrito Federal,
da União, de Estado ou Município, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável.
Exemplo: o art. 37, § 10, da CF admite acumulação de aposentadoria com recebimento de remu-
neração/subsídio nos casos de cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração. Também é possível acumular mais de uma aposentadoria pelo
regime próprio dos servidores públicos, desde que sejam cargos acumuláveis em atividade.
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Art. 48, § 6º, I – reconhecida a boa-fé, exonerar o servidor do cargo vinculado ao órgão, autarquia ou
fundação onde o processo foi instaurado;
II – provada a má-fé, aplicar a sanção de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou dis-
ponibilidade em relação aos cargos ou empregos em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os
órgãos ou entidades de vinculação devem ser comunicados.
Conforme prevê a lei, constatada a má-fé, o servidor perde todos os cargos ou empregos em
regime de acumulação ilegal.
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Resumindo:
Não escolhe
INSTAURA
NOTIFICAÇÃO OPÇÃO PROCESSO
DISCIPLINAR
• Condenação
10 dias • Perder ambos os cargos
Exemplo: servidor pode ser indicado para participar de Conselho Fiscal ou de Administração da
Terracap.
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Inicialmente, é importante destacar que é vedado editar atos de nomeação, posse ou exercício
com efeito retroativo (art. 9). Assim, não pode um servidor tomar posse, por exemplo, em 30 de ja-
neiro e constar que ele teria tomado posse em 1 de janeiro, pois essa data retroativa (data fictícia
de posse) implicaria várias consequências financeiras e funcionais para o servidor. Sendo, assim,
proibido por lei. Esse art. 9 é um dos que mais tem caído nas provas até hoje.
A LC n. 840/2011 determina que a nomeação para cargo efetivo deve observar a ordem de
classificação e o prazo de validade do concurso público e que o candidato aprovado no número
de vagas previstas no edital do concurso tem direito à nomeação no cargo para o qual concorreu.
Trata-se de acolhimento de jurisprudência pacificada dos Tribunais Superiores (em especial STF
e STJ), que vêm reconhecendo direito subjetivo à nomeação quando ocorre aprovação dentro do
número de vagas oferecido no edital.
Provimento derivado é aquele que decorre de um anterior vínculo da pessoa com a Adminis-
tração, isto é, o cargo é provido em virtude de a pessoa já ser titular de um cargo.
Investidura é a efetiva atribuição de um cargo (conjunto de atribuições e responsabilidades)
a uma pessoa. Apesar de a LC n. 840/2011 não falar expressamente quando ocorre a investidura,
entendemos que ela se aperfeiçoa com a posse. Assim, a partir da posse, a pessoa está investi-
da na função, recebendo todos os deveres, responsabilidades, direitos e eventuais prerrogativas.
Desse modo, também é com a posse que ele deve se afastar de anteriores cargos inacumuláveis.
Nos termos da LC n. 840/2011, são formas de provimento:
Exemplo: na LC n. 840/2011, não há readaptação como forma de provimento, igual ocorre na Lei
n. 8.112/1990. Na LC n. 840/2011, a readaptação é um benefício da seguridade social do servidor.
Veremos com mais detalhes sobre readaptação no capítulo sobre seguridade social do servidor.
Art. 10.
I – Governador, no Poder Executivo;
II – Presidente da Câmara Legislativa;
III – Presidente do Tribunal de Contas.
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Assim, no Poder Executivo, será o Governador que faz um decreto, por exemplo, nomeando
aprovados. Mas ele pode delegar essa atribuição para outras autoridades.
Na Câmara Legislativa, será atribuição do Presidente da Casa.
No Tribunal de Contas, será do Presidente do Tribunal.
Vamos agora ver cada uma das formas de provimento!
É uma das partes mais importantes da Lei.
7.1. Nomeação
A nomeação é o ato que designa alguém para ocupar determinado cargo público. A nomea-
ção será feita em caráter efetivo e, igualmente, os cargos em comissão são providos mediante
nomeação, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.
Logo após a nomeação, vem a posse.
Nomeação é a designação do servidor para a ocupação do cargo. A posse é o recebimento
das atribuições, deveres e responsabilidades do cargo para o qual foi nomeado. A posse ocorre
com a assinatura do respectivo termo, do qual devem constar as atribuições, os direitos e os de-
veres inerentes ao cargo ocupado (art. 17).
A posse deve ocorrer no prazo de trinta dias, contados da publicação do ato de nomeação
(§ 1º do art. 17). Esse prazo pode ser prorrogado para ter início após o término das licenças ou
dos afastamentos seguintes:
Exemplo: se o nomeado não tomar posse no prazo legal, ficará sem efeito o ato de nomeação.
Art. 18, I – os comprovantes de satisfação dos requisitos previstos no art. 7º e nas normas específicas
para a investidura no cargo;
II – declaração:
a) de bens e valores que constituem seu patrimônio;
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b) sobre acumulação ou não de cargo ou emprego público, bem como de proventos da aposentadoria
de regime próprio de previdência social;
c) sobre a existência ou não de impedimento para o exercício de cargo público.
I – a descrição do bem, com sua localização, especificações gerais, data e valor da aquisição, nome do
vendedor e valor das benfeitorias, se houver;
II – as dívidas e o ônus real sobre os bens, com suas especificações gerais, valor e prazo para quitação,
bem como o nome do credor;
III – a fonte de renda dos últimos doze meses, com a especificação do valor auferido no período.
Professor, posso passar uma procuração para alguém tomar posse no meu lugar? E se eu
não puder tomar posse?
Pode sim!
A posse poderá dar-se mediante procuração específica. Porém, não é possível o exercício
mediante procuração. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da
função de confiança (art. 17, § 3º).
É de cinco dias úteis o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercí-
cio, contados da data da posse. O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o
ato de sua designação para função de confiança se não entrar em exercício no prazo legal. O que
ocorre na prática, normalmente, é a posse e o exercício no mesmo dia.
Exemplo: servidor foi nomeado e não tomou posse – torna sem efeito o ato de nomeação.
Servidor tomou posse e não entrou em exercício – exoneração.
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I – se ocupar cargo inacumulável, sem comprovar a exoneração ou a vacância de que trata o art. 54;
II – se ocupar cargo acumulável, sem comprovar a compatibilidade de horários;
III – se receber proventos de aposentadoria inacumuláveis com a remuneração ou subsídio do cargo
efetivo, sem comprovar a opção por uma das formas de pagamento.
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Excedente é quando o servidor exerce função sem o cargo. Ou seja, ele trabalha, ganha remu-
neração, mas não tem um cargo ainda.
Na reversão voluntária, não há possibilidade de o servidor ficar como excedente, pois há a
necessidade de existência de cargo vago. Se ocorrer reversão por motivo de constatação pela via
judicial ou administrativa de que a aposentadoria não deveria ter sido concedida (ilegalidade) ou
quando junta médica verifica que não existem mais os motivos que levaram à aposentadoria por
invalidez, o servidor pode ficar como excedente.
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Resumindo os prazos:
Ato Prazo
Nomeação → posse 30 dias
Posse → exercício 5 dias úteis
15 dias úteis para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da data em que
Reversão
tomou ciência da reversão.
5 dias úteis para o servidor retornar ao exercício do cargo, contados da data em que
Reintegração
tomou ciência do ato de reintegração.
Recondução Até o dia seguinte ao da ciência do ato de recondução.
30 dias para o servidor retornar ao exercício, contados da data em que tomou ciência
Aproveitamento
do aproveitamento.
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Formas de Exoneração
A exoneração pode ser a pedido, quando o servidor deseja sair do serviço público e desocupar
o cargo de que é titular; ou ex officio, constituindo-se pela iniciativa da Administração em dispen-
sar o servidor. Esta última (ex officio) possui três espécies:
• não aprovação no estágio probatório, no caso de servidor efetivo;
• servidor que toma posse, mas não entra em exercício no prazo legal;
• do cargo em comissão a critério da autoridade competente.
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Exemplo: deslocamento de servidor para unidade onde não há servidores interessados ou deslo-
car servidor para instalação de novo hospital no DF.
• a pedido do servidor: que preencha as condições fixadas no edital do concurso aberto para
essa finalidade.
A remoção a pedido do servidor deve ser precedida de divulgação de edital, que fixará as re-
gras para participação do servidor. O sindicato respectivo tem de ser ouvido em todas as etapas
do concurso de remoção.
Com a remoção, ocorre a alteração da lotação do servidor e, consequentemente, do local do
exercício, dependendo de disponibilidade de vagas no local em que o servidor será lotado.
Na permuta também ocorre alteração da lotação. Determinado servidor sai de uma unidade
(lotação) e passa a estar lotado em outra localidade, ao mesmo tempo em que o servidor desta
localidade é encaminhado para a unidade do outro/primeiro servidor. Não depende de vagas aber-
tas.
Já a remoção dependerá de vagas disponíveis para ocupação. Assim, será publicado o edital
dispondo sobre os critérios de participação e onde se encontram as vagas disponíveis. Ressaltan-
do que a remoção é para servidores que já estão em exercício. Normalmente, ela é feita antes da
posse de novos concursados.
Exemplo: a Secretaria de Saúde vai chamar mais 100 aprovados no concurso, assim, há 100 vagas
disponíveis para ocupação. Os servidores já em exercício vão participar do concurso de remoção
para ocupar (escolher) as vagas abertas mudando de local de trabalho (continuam no mesmo
órgão e cargo) e os novos servidores ocupam as localidades deixadas por aqueles que foram
removidos. Também é possível haver remoções periódicas dentro do órgão.
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Exemplo: criação de nova Secretaria, podendo cargos de Secretaria já existentes serem redistri-
buídos para o novo órgão. Se o cargo estiver ocupado, o servidor vai junto com ele, alterando sua
lotação e local de exercício.
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LC n. 840/2011
CAPÍTULO III
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 44. O ocupante de cargo ou função de direção ou chefia tem substituto indicado no regimento
interno ou, no caso de omissão, previamente designado pela autoridade competente.
§ 1º O substituto deve assumir automaticamente o exercício do cargo ou função de direção ou chefia:
I – em licenças, afastamentos, férias e demais ausências ou impedimentos legais ou regulamentares
do titular;
II – em caso de vacância do cargo.
§ 2º O substituto faz jus aos vencimentos ou subsídio pelo exercício do cargo de direção ou chefia,
pagos na proporção dos dias de efetiva substituição.
Art. 45. O disposto no art. 44 aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível
de assessoria.
É o valor que retribui o trabalho efetivo do servidor durante os trinta dias mensais. Tem
valor fixado na lei que criou ou reestruturou os cargos e tem valor igual para todos os servi-
“Vencimento
dores que ocuparem os mesmos cargos.
básico”
Segundo a LC n. 840/2011, o vencimento básico é fixado por padrão na tabela de remune-
ração da carreira.
É o vencimento do cargo efetivo, acrescido (+) das vantagens pecuniárias permanen-
tes estabelecidas em lei e outras vantagens (art. 68). Segundo a LC n. 840/2011, art. 68,
a remuneração é constituída de parcelas e compreende:
I – os VENCIMENTOS, que se compõem:
a) do vencimento básico;
b) das vantagens permanentes relativas ao cargo;
II – as vantagens relativas às peculiaridades de trabalho;
Remuneração III – as vantagens pessoais;
IV – as vantagens de natureza periódica ou eventual;
V – as vantagens de caráter indenizatório.
Portanto, nos termos da LC n. 840/2011, a remuneração é composta de: Vencimentos
(vencimento básico + vantagens permanentes) + Outras vantagens (peculiaridades de tra-
balho; pessoais; natureza periódica ou eventual; caráter indenizatório).
Assim, remuneração é: vencimento básico + vantagens permanentes + vantagens (não
permanentes).
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O servidor pode ter alguns descontos em sua “folha” (contracheque), mas somente nas situa-
ções autorizadas em lei. Vamos ver!
Se o servidor vier a faltar ou não cumprir seu horário integral, não sendo feita a compensação
até o final do QUARTO mês subsequente ao da ocorrência, o servidor perde (art. 115):
I – a remuneração ou subsídio dos dias em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;
II – a parcela da remuneração ou subsídio diário, proporcional aos atrasos, ausências injustificadas e
saídas antecipadas.
Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto pode incidir sobre a remu-
neração ou subsídio (art. 116). Assim, havendo imposição legal (ex.: incidência de imposto de
renda) ou em razão de ordem judicial (ex.: prestação alimentícia), poderá haver desconto na folha
do servidor.
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jurídica do subsídio ou remuneração. Ou seja, se o seu pagamento cai na conta do banco, conti-
nua sendo verba alimentar com todas as restrições legais de penhora para outros fins.
A quitação da folha de pagamento (pagamento do servidor) é feita até o quinto dia útil do mês
subsequente (art. 118). No caso de erro desfavorável ao servidor no processamento da folha
de pagamento, a quitação do débito deve ser feita no prazo de até setenta e duas horas, após o
quinto dia útil.
As reposições e indenizações ao erário devem ser comunicadas ao servidor para pagamento
no prazo de até dez dias, podendo, a seu pedido, ser descontadas da remuneração ou subsídio
(art. 119).
Reposição ocorre quando o servidor recebe quantia indevidamente.
Exemplo: agente do Detran provoca colisão de viatura; ou atropela particular e este ingressa judi-
cialmente cobrando os danos daí decorrentes.
4
Arresto (medida judicial que apreende conjunto de bens); sequestro (medida judicial que apreende bem determinado); penhora
(ato judicial que submete determinado(s) bem(ns) à constrição judicial para a garantia da execução da sentença proferida).
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Art. 119, § 1º, I – em parcela única, se de valor igual ou inferior à décima parte da remuneração ou
subsídio;
II – em parcelas mensais iguais à décima parte do subsídio ou remuneração, devendo o resíduo cons-
tituir-se como última parcela.
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Segundo a LC n. 840/2011, não havendo quitação do débito deve ser descontado de qualquer
valor que o devedor tenha ou venha a ter como crédito junto ao Distrito Federal, inclusive remune-
ração ou subsídio de qualquer cargo público, função de confiança, proventos de aposentadoria ou
pensão. A não quitação do débito no prazo previsto implica sua inscrição na dívida ativa. Assim,
não teve a Administração Pública como descontar nenhum valor do servidor, inscreve em dívida
ativa e a Procuradoria do DF irá fazer a cobrança via judicial.
I – pago aos beneficiários da pensão e, na falta destes, aos sucessores judicialmente habilitados;
II – cobrado na forma da lei civil, se negativo.
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Assim, estabeleceu-se como teto geral para todos os Poderes da União, Estados, Municípios
e DF, o subsídio mensal dos Ministros do STF.
No que concerne aos tetos específicos (ou subtetos), foi fixado para os Municípios o subsídio
do Prefeito e, para Estados e DF, foram previstos três subtetos:
• Executivo Estadual/Distrital: Governador;
• Judiciário, Ministério Público, Defensoria e Procuradorias Estaduais/Distritais: subsídio do
Desembargador, que corresponde a 90,25% do subsídio do Ministro do STF;
• Legislativo Estadual/Distrital: Deputados Estaduais/Distritais.
Art. 19, X – para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República Federativa do Brasil, fica
estabelecido que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos,
dos membros de qualquer dos Poderes e dos demais agentes políticos do Distrito Federal, bem como
os proventos de aposentadorias e pensões, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se apli-
cando o disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados Distritais;
Destaque-se apenas que no teto não se incluem parcelas indenizatórias (§ 11), por exemplo,
férias indenizada, indenização de transporte ou qualquer outra verba dessa natureza.
Nesse sentido, a LC n. 840/2011 estabeleceu que a remuneração ou o subsídio dos ocupan-
tes de cargos e funções públicos da administração direta, autárquica e fundacional, incluídos os
cargos preenchidos por mandato eletivo, e os proventos, as pensões ou outra espécie remunera-
tória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Excluindo-se do valor do teto de remuneração o déci-
mo terceiro salário, o adiantamento de férias, o adicional de férias, o auxílio-natalidade, o auxílio
pré-escolar e as vantagens de caráter indenizatório.
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Dispõe a Lei Distrital que o valor do teto de remuneração ou subsídio deve ser publicado no
Diário Oficial do Distrito Federal pelo Poder Executivo sempre que se alterar o subsídio dos Desem-
bargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
LC n. 840/2011
Art. 70. A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos e funções públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, incluídos os cargos preenchidos por mandato eletivo, e os proventos,
as pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não podem exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O valor do teto de remuneração ou subsídio deve ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal
pelo Poder Executivo sempre que se alterar o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios.
§ 2º Excluem-se do valor do teto de remuneração o décimo terceiro salário, o adiantamento de férias,
o adicional de férias, o auxílio-natalidade, o auxílio pré-escolar e as vantagens de caráter indenizatório.
É importante conhecer os horários especiais, porque isso pode gerar um valor maior no res-
pectivo horário trabalhado, como por exemplo, o horário noturno.
• Serviço noturno (art. 59):
− período: 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte;
− hora é de 52 minutos e 30 segundos;5
• Serviços extraordinários (art. 60):
5
STJ – O servidor público federal, mesmo aquele que labora em regime de plantão, faz jus ao adicional noturno quando pres-
tar serviço entre 22 horas e 5 horas da manhã do dia seguinte, nos termos do art. 75 da Lei n. 8.112/1990, que não esta-
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Obs.:
1) Para o servidor com deficiência ou que tenha cônjuge, filho ou dependente com defici-
ência, o horário especial consiste na redução de até 50 por cento da jornada de trabalho,
não sendo exigida a compensação de horário.
Nos demais casos, é exigida do servidor a compensação de horário na unidade adminis-
trativa, de modo a cumprir integralmente o regime semanal de trabalho.
2) O servidor estudante tem de comprovar, mensalmente, a frequência escolar.
Servidor que é pessoa com necessidade especial tem direito a horário especial, se assim com-
provada a necessidade, porém sem redução da remuneração. Confira a decisão do TJDF.
belece qualquer restrição (REsp n. 1.292.335 – RO, 2011/0267651-4, Relator: Ministro Castro Meira, julgamento: 9/4/2013,
Segunda Turma).
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2. Não configura a mens legis que o servidor portador de necessidades especiais tenha a
sua remuneração reduzida ante a concessão de horário especial, pois, se assim quisesse,
seria expressa nesse ponto.
3. Apelação provida (Acórdão n. 719.773, 20110110763693 – APC, Relator: Gilberto Pereira
de Oliveira, Revisor: Leila Arlanch, Primeira Turma Cível, julgamento: 26/9/2013, publicado no
DJE: 9/10/2013, p. 135).
Ausência ao serviço (art. 62): sem prejuízo da remuneração ou subsídio, o servidor pode au-
sentar-se do serviço, mediante comunicação prévia à chefia imediata:
a) doar sangue;
Um dia: b) realizar, uma vez por ano, exames médicos preventivos ou periódicos volta-
dos ao controle de câncer de próstata, de mama ou do colo de útero.
Dois dias: para se alistar como eleitor ou requerer transferência do domicílio eleitoral.
a) casamento;
Oito dias consecutivos,
b) falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, pai, mãe,
incluído o dia da ocorrência:
padrasto, madrasta, filho, irmão, enteado ou menor sob guarda ou tutela.
1. Em caso de falta ao serviço, atraso, ausência ou saída antecipada, desde
que devidamente justificados, é facultado à chefia imediata, atendendo a
requerimento do interessado, autorizar a compensação de horário a ser reali-
zada até o final do QUARTO mês subsequente ao da ocorrência.
Observações: 2. O atraso, a ausência justificada ou a saída antecipada são computados por
minutos, a serem convertidos em hora, dentro de cada mês. Sendo despreza-
dos os resíduos inferiores a sessenta minutos.
3. Toda compensação de horário deve ser registrada pela chefia imediata junto
ao setor de pessoal da repartição.
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I – não retorno ao exercício, nos prazos fixados em lei, em caso de reversão, reintegração, recondução
ou aproveitamento;
II – não apresentação imediata para exercício no órgão, autarquia ou fundação, em caso de remoção
ou redistribuição;
III – interstício (período) entre:
a) o afastamento do órgão, autarquia ou fundação de origem e o exercício no órgão ou entidade para o
qual o servidor foi cedido ou colocado à disposição;
b) o término da cessão ou da disposição de que trata a alínea a e o reinício do exercício no órgão, autar-
quia ou fundação de origem.
14. Vantagens
As vantagens são parcelas que serão somadas ao vencimento para compor a remuneração
do servidor. Nas situações que a lei prevê, as vantagens também podem ser somadas ao subsídio.
Assim, por exemplo, o servidor recebe o vencimento básico de valor X mais vantagem (ou
várias vantagens) que vão compor, ao final, a sua remuneração.
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3. Vantagens PESSOAIS:
adicional por tempo de serviço;
adicional de qualificação;
vantagens pessoais nominalmente identificáveis.
4. Vantagens PERIÓDICAS:
adicional de férias;
décimo terceiro salário.
5. Vantagens EVENTUAIS:
auxílio-natalidade;
auxílio-funeral;
gratificação por encargo de curso ou concurso.
6. Vantagens de caráter INDENIZATÓRIO:
diária e passagem para viagem;
transporte;
alimentação;
creche ou escola;
fardamento;
conversão de férias ou de parte delas em pecúnia (abono pecuniário);
abono de permanência;
créditos decorrentes de demissão, exoneração e aposentadoria relativos a férias ou adicional de férias ou con-
versão de licença-servidor em pecúnia.
DICA!
Lembre-se: 4PEI.
Sendo: Permanentes do cargo, Peculiaridades do trabalho, Pes-
soais, Periódicas, Eventuais e Indenizatórias.
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Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua concessão, são estabele-
cidos em lei ou regulamento. Não podendo o valor ser:
• incorporado à remuneração ou ao subsídio (INDENIZAÇÃO NUNCA INCORPORA);
• computado na base de cálculo para fins de incidência de imposto de renda ou de contri-
buição para a previdência social, ressalvadas as disposições em contrário na legislação
federal;
• computado para cálculo de qualquer outra vantagem pecuniária.
São vantagens permanentes relativas ao cargo, criadas por lei. Compreendem as gratifica-
ções e os adicionais vinculados aos cargos de carreira ou ao seu exercício.
Essa vantagem não será geral para todos os cargos no DF. Cada cargo deve ter uma lei es-
tipulando quais as vantagens permanentes de modo específico. Porém todos os servidores que
ocupam aquele cargo terão direito à vantagem.
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O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade tem de optar por
um deles (art. 79, § 1º).
Exemplo: servidor que trabalha em laboratório; instalador ou reparador de rede elétrica em obras
subterrâneas. São atividades insalubres e periculosas.
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Vantagens Pessoais
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Vantagens Periódicas
Essas são periódicas porque o servidor só recebe em determinadas épocas do ano: férias
e 13º.
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Vantagens Eventuais
Essas são eventuais porque dependem de algum evento (extraordinário) ocorrer para serem
recebidas.
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Natimorto ocorre quando o feto morre durante o parto e antes de se desligar do cordão umbi-
lical. Nesse caso, a servidora terá direito ao auxílio-natalidade. Se, após o desligamento do cordão
umbilical, ocorre a morte da criança, há, ainda, direito ao afastamento de oito dias em razão de
óbito do filho. Se a interrupção da vida ocorre antes do parto, haverá aborto, tendo a mãe direito
de 30 dias de repouso.
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Como dissemos antes, servem para recompor algum gasto que o servidor teve para exercer a
sua função pública.
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O servidor que realiza despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execu-
Finalidade ção de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, faz jus à indenização de
transporte, na forma do regulamento.
Destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo, inclusive
Finalidade interestadual, no início e no fim da jornada de trabalho, relacionadas com o deslocamento
da residência para o trabalho e vice-versa.
Forma de
Em pecúnia ou em vale-transporte.
pagamento
I – quando o órgão, autarquia ou fundação proporcionar, por meios próprios ou por meio de
terceiros contratados, o transporte do servidor para o trabalho e vice-versa;
II – durante as férias, licenças, afastamentos ou ausências ao serviço;
III – quando a despesa mensal com transporte coletivo for igual ou inferior ao valor resul-
tante da aplicação do percentual de que trata o art. 108 (total da despesa com o auxílio-
Não é devido -transporte, subtraído 6% sobre a remuneração/subsídio do servidor);
IV – cumulativamente com outro benefício ou vantagem de natureza igual ou semelhante ou
com vantagem pessoal originária de qualquer forma de indenização ou auxílio pago sob o
mesmo título ou idêntico fundamento percepção do auxílio referente ao deslocamento:
a) da repartição pública para outro local de trabalho ou vice-versa;
b) do trabalho para instituição de ensino onde esteja regulamente matriculado ou vice-versa.
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Quando fizer 70 anos, deverá ser aposentado compulsoriamente, voltando a ter o desconto da
Observação
contribuição previdenciária sobre seus proventos.
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Resumindo:
Vantagens PERMANENTES
Decorre de vantagem do cargo em si que ocupa.
relativas ao CARGO
- Gratificação de FC ou CC.
Vantagens relativas à PECULIA- - Adicional de insalubridade e periculosidade.
RIDADES DO TRABALHO - Adicional por serviço extraordinário.
- Adicional noturno.
- Tempo de serviço.
Vantagens PESSOAIS - Adicional de Qualificação.
- VPNI.
- Adicional de férias.
Vantagens PERIÓDICAS
- 13º.
- Auxílio-natalidade.
Vantagens EVENTUAIS -Auxílio-funeral.
- GECC.
- Diária e passagem.
- Transporte.
- Alimentação.
Vantagens - Creche ou escola.
INDENIZATÓRIAS - Fardamento.
- Conversão de férias em pecúnia.
- Abono de permanência.
- Créditos de demissão, exoneração, aposentadoria ou relativo a férias.
15. Licenças
Veremos agora eventuais licenças que o servidor pode tirar, algumas são com outras sem
remuneração. São muitas as licenças e as suas regras:
6
Texto original: V – prêmio por assiduidade;
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VIII – paternidade;
IX – maternidade;
X – médica ou odontológica.
Como são muitas, veremos de forma sistematizada. Coloquei em formato de tabela para que
possa facilitar seus estudos.
Ao estudar, você deve ter atenção em relação a cada licença quando será contato, ou não,
como tempo de serviço ou contribuição, pois há o costume de perguntarem isso em prova. A re-
gra é que o período em que o servidor esteja licenciado ou afastado sem remuneração não será
contado como tempo de serviço.
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Pode no EP? Apenas por 180 dias, que é o período com remuneração.
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Art. 142. Os períodos de licença-servidor adquiridos e não gozados são convertidos em pecúnia em
caso de falecimento do servidor ou quando este for aposentado compulsoriamente ou por invali-
dez.
Conforme o art. 141, o número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não pode
ser superior a um terço da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão, autarquia ou
fundação.
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Pode prorrogar? A licença pode ser prorrogada por igual período, uma única vez.
I – não possua débito com o erário relacionado com sua situação funcional;
Requisitos
II – não se encontre respondendo a processo disciplinar.
1. A licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou a
critério da Administração.
Observações
2. O servidor não pode exercer cargo ou emprego público inacumulável durante
a licença.
A lei diz que a referida licença poderá ser prorrogada por igual período, uma única vez. Con-
forme está na lei, cabe apenas uma prorrogação. Porém, entendemos que não há impedimento
para a concessão de nova licença após o retorno do servidor. O que a lei veda é a prorrogação da
mesma licença por várias vezes.
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16. Afastamentos
Assim como as licenças, temos vários afastamentos que o servidor pode usufruir.
O ponto em comum das licenças e afastamentos está em que o servidor ficará sem exercer
as funções do seu cargo durante determinado período, bem como porque ambos podem ser com
ou sem remuneração. Mas a diferença é que a licença ocorre por tempo determinado e o afasta-
mento, geralmente, eu disse geralmente, é por tempo indeterminado. Mas fique tranquilo(a), isso
não será perguntado em prova, é apenas para entender porque esses períodos são tratados em
assuntos diferentes na lei. O que perguntam em prova é especificamente característica de cada
licença e afastamento.
Então vamos aprender os afastamentos da Lei n. 840/2011.
AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE E EXERCÍCIO EM OUTRO CARGO (art. 152)
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AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE E EXERCÍCIO EM OUTRO CARGO (art. 152)
I – emprego ou cargo em comissão ou função de confiança, cuja remuneração ou subsídio
seja superior a:
a) um décimo do subsídio de Secretário de Estado no caso do Distrito Federal;
b) um quinto do subsídio de Secretário de Estado nos demais casos;
II – cargos integrantes da Governadoria ou Vice-Governadoria do Distrito Federal ou da
Casa Civil e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
Funções que
III – cargo em comissão ou função de confiança em gabinete de Deputado Federal ou
cabem a cessão
Senador da República integrante da bancada do Distrito Federal;
IV – cargo em comissão ou função de confiança de Secretário Municipal nos Municípios
que constituem a Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e
Entorno (RIDE);
V – cargo em comissão ou função de confiança, nas áreas correlatas da União, de servido-
res das áreas de saúde, educação ou segurança pública.
No caso de cessão de servidor do Poder Executivo para órgão do Poder Legislativo aplica-
-se o seguinte:
I – no caso da Câmara Legislativa, podem ser cedidos até cinco servidores por Gabinete
Observação
Parlamentar;
II – no caso do Congresso Nacional, podem ser cedidos até dois servidores por gabinete
de Deputado Federal ou Senador da República eleito pelo Distrito Federal.
I – Governador, no Poder Executivo;
Quem autoriza a
II – Presidente da Câmara Legislativa;
cessão?
III – Presidente do Tribunal de Contas.
1. Em caráter excepcional, pode ser autorizada cessão e requisição fora das hipóteses pre-
vistas na LC n. 840/2011.
Observações
2. O servidor tem garantidos todos os direitos referentes ao exercício do cargo efetivo
durante o período em que estiver cedido.
I – exoneração do cargo para o qual o servidor foi cedido, salvo se houver nova nomeação
Término da
na mesma data;
cessão
II – revogação pela autoridade cedente (órgão que “emprestou” o servidor).
Terminada a cessão, o servidor tem de apresentar-se ao órgão, autarquia ou fundação
Observação de origem até o dia seguinte ao da exoneração ou da revogação, independentemente de
comunicação entre o cessionário e o cedente.
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AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE E EXERCÍCIO EM OUTRO CARGO (art. 152)
É do órgão ou entidade cessionária (quem recebeu o servidor), salvo nos casos de a
cessão para exercício de cargo, em que o ônus passa para o órgão, autarquia ou fundação
cedente:
I – previsto no art. 152,* II a V, e § 1º; (veja os casos do § 1º a seguir)
II – cargos integrantes da Governadoria ou Vice-Governadoria do Distrito Federal ou da
Casa Civil e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
III – cargo em comissão ou função de confiança em gabinete de Deputado Federal ou
Senador da República integrante da bancada do Distrito Federal;
IV – cargo em comissão ou função de confiança de Secretário Municipal nos Municípios
Ônus da cessão
que constituem a Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e
Entorno (RIDE);
V – cargo em comissão ou função de confiança, nas áreas correlatas da União, de servido-
res das áreas de saúde, educação ou segurança pública.
§ 1º
II – em comissão da Administração direta, autárquica ou fundacional de qualquer dos
Poderes do Distrito Federal.
*Cessão de até dois servidores por gabinete de Deputado Federal ou Senador da República
eleito pelo Distrito Federal.
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AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE E EXERCÍCIO EM OUTRO CARGO (art. 152)
1. Na cessão com ônus para o cessionário (quem recebeu), são ressarcidos ao órgão
cedente os valores da remuneração ou subsídio, acrescidos dos encargos sociais e das
provisões para férias, adicional de férias, décimo terceiro salário.
2. O órgão ou entidade cedente (“emprestou”) tem de apresentar ao cessionário, men-
salmente, a fatura com os valores discriminados por parcelas remuneratórias, encargos
sociais e provisões.
3. Havendo atrasos superiores a sessenta dias no ressarcimento, a cessão tem de ser
revogada, devendo o servidor reapresentar-se ao seu órgão, autarquia ou fundação de
origem.
4. É autorizada a compensação de valores, quando o Distrito Federal for cedente e cessio-
nário de servidores.
5. O servidor, quando no exercício de cargo em comissão ou função de confiança, fica afas-
tado das atribuições do seu cargo de provimento efetivo. Essa regra se aplica ao servidor
Observações
que acumular licitamente dois cargos efetivos. A remuneração do segundo cargo efetivo
depende da contraprestação de serviço e da compatibilidade de horário com o cargo em
comissão ou função de confiança. Ex.: servidor tem dois cargos de médico e recebe cargo
em comissão de diretor de hospital.
6. A contraprestação de serviço e a compatibilidade de horário com o cargo em comissão
ou função de confiança devem ser declaradas pelas autoridades máximas dos órgãos ou
entidades envolvidos.
7. Independentemente da contraprestação do serviço, se a soma das horas de trabalho
dos cargos em regime de acumulação não superar quarenta e quatro horas semanais,
o servidor que acumulava licitamente dois cargos tem direito à remuneração ou subsídio
dos dois cargos efetivos, salvo no caso da opção de que trata o art. 77, § 2º (quando o ser-
vidor efetivo optar pelo valor integral do cargo em comissão, hipótese em que não pode
perceber o subsídio ou a remuneração do cargo efetivo).
Pode no EP? Somente se o cargo for de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico.
Tempo de
Conta para todos os efeitos, porque será com remuneração.
serviço
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AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE E EXERCÍCIO EM OUTRO ÓRGÃO (art. 157)
Fato Servidor estável passa a ter exercício de atribuições específicas em outro órgão.
I – interesse do serviço; (mesmo Poder e prazo determinado)
II – deficiência de pessoal em órgão, autarquia ou fundação sem quadro próprio de
servidores de carreira; (mesmo Poder e prazo determinado)
III – requisição da Presidência da República;
Casos que autorizam IV – requisição do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral do Dis-
o afastamento trito Federal.
V – requisição da Câmara Legislativa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Terri-
tórios ou do Poder Judiciário localizado no Distrito Federal;
Observação! Nas duas primeiras hipóteses, o afastamento do cargo efetivo restringe-
-se ao âmbito do mesmo Poder e só pode ser para fim determinado e a prazo certo.
Quando o remanejamento de pessoal se destina a:
I – lotar pessoal de órgão ou unidade orgânica reestruturado ou com excesso de pes-
O que a lei define
soal;
como interesse do
II – promover o ajustamento de pessoal às necessidades dos serviços para garantir o
serviço?
desempenho das atividades do órgão cessionário;
III – viabilizar a execução de projetos ou ações com fim determinado e prazo certo.
Pode no EP? Somente se o cargo for de natureza especial ou de equivalente nível hierárquico.
Tempo
Conta para todos os efeitos, porque será com remuneração.
de serviço
O afastamento seguinte é o caso de servidor que foi eleito para cargo eletivo/político. Então,
se ele quer disputar as eleições, ele pode tirar LICENÇA para atividade política e, se eleito, ao assu-
mir o mandato eletivo e não pode cumular com o seu cargo efetivo, deverá pegar AFASTAMENTO
para mandato eletivo.
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TEMPO DE SERVIÇO
É vedado proceder:
I – ao arredondamento de dias faltantes para complementar período, ressalvados os
casos previstos na LC n. 840/2011;
II – a qualquer forma de contagem de tempo de serviço fictício;
III – à contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente (ao
mesmo tempo):
Regras na a) em diferentes cargos do serviço público; (tempo de serviço deve ser em cada cargo)
contagem b) em cargo do serviço público e em emprego na Administração indireta ou na iniciativa
privada; (tempo de serviço em cada cargo/emprego)
IV – à contagem do tempo de serviço já computado:
a) em órgão ou entidade em que o servidor acumule cargo público; (só se computa uma
vez o tempo)
b) para concessão de aposentadoria em qualquer regime de previdência social pelo qual o
servidor receba proventos.
I – a falta injustificada ao serviço e a não compensada;
II – o período em que o servidor estiver:
a) licenciado ou afastado sem remuneração;
Não é b) cumprindo sanção disciplinar de suspensão;
computado como III – o período decorrido entre:
tempo de serviço a) a exoneração e o exercício em outro cargo de provimento efetivo;
b) a concessão de aposentadoria voluntária e a reversão;
c) a data de publicação do ato de reversão, reintegração, recondução ou aproveitamento e
o retorno ao exercício do cargo.
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TEMPO DE SERVIÇO
I – as férias;
II – as ausências previstas no art. 62;
I – por um dia para:
a) doar sangue;
b) realizar, uma vez por ano, exames médicos preventivos ou periódicos voltados ao con-
trole de câncer de próstata, de mama ou do colo de útero;
As situações II – por até dois dias, para se alistar como eleitor ou requerer transferência do domicílio
descritas na eleitoral;
tabela são III – por oito dias consecutivos, incluído o dia da ocorrência, em razão de:
a) casamento;
como o
b) falecimento do cônjuge, companheiro, parceiro homoafetivo, pai, mãe, padrasto,
servidor
madrasta, filho, irmão, enteado ou menor sob guarda ou tutela.
estivesse
III – a licença:
em atividade
a) maternidade ou paternidade;
para fins de
b) médica ou odontológica;
contagem de
c) servidor;
tempo de
d) para o serviço militar obrigatório;
serviço,
IV – o abono de ponto (cinco dias de ausência no ano);
pois são
V – o afastamento para:
consideradas a) exercício em outro órgão ou entidade, inclusive em cargo em comissão ou função de
como efetivo confiança, de qualquer dos Poderes do Distrito Federal, União, Estado ou Município;
exercício b) estudo ou missão no exterior, com remuneração;
c) participação em competição desportiva;
d) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de
pós-graduação stricto sensu;
VI – o afastamento em virtude de auxílio-doença previsto na legislação previdenciária;
VII – o período entre a demissão e a data de publicação do ato de reintegração;
VIII – a participação em tribunal do júri ou outros serviços obrigatórios por lei.
A licença para o desempenho de mandato classista ou o afastamento para exercer man-
Observação dato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal são considerados como efetivo exercí-
cio.
Quando o servidor tem seu cargo extinto ou declarado desnecessário, se tiver estabilidade
ficará em disponibilidade, que consiste na inatividade remunerada com proventos proporcionais
ao tempo de serviço. Conta-se para efeito de disponibilidade:
• o tempo de serviço prestado a Município, Estado ou União, inclusive o prestado ao Tribunal
de Justiça, Ministério Público ou Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios;
• o tempo de serviço em atividade privada, vinculada ao regime geral de previdência social,
inclusive o prestado à empresa pública ou à sociedade de economia mista de qualquer ente
da federação;
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LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
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É assegurado ao servidor o direito de petição junto aos órgãos públicos em que exerce suas
atribuições ou junto àqueles em que tenha interesse funcional.
O direito de petição compreende a apresentação de requerimento, pedido de reconsideração,
recurso ou qualquer outra manifestação necessária à defesa de direito ou interesse legítimo ou
à ampla defesa e ao contraditório do próprio servidor ou de pessoa da sua família. Por exemplo,
servidor teve férias indeferidas pode recorrer da decisão; servidor quer usufruir de algum direito
que a lei prevê pode peticionar junto à repartição (solicitar entrando com uma petição).
Para o exercício do direito de petição, é assegurada:
• vista do processo ou do documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído;
• cópia de documento ou de peça processual, observadas as normas daqueles classificados
com grau de sigilo.
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LEI COMPLEMENTAR N. 840/11
Lei Complementar n. 840/2011 – Parte I
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O recurso é dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou profe-
rido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de trinta dias, conta-
dos da publicação ou da ciência pelo interessado da decisão impugnada.
O requerimento, o pedido de reconsideração ou o recurso deve ser despachado no prazo de
cinco dias e decidido dentro de 30 dias, contados da data de seu protocolo.
Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão
retroagem à data do ato impugnado.
Para o exercício do direito de petição, o pedido deve ser feito no prazo, sob pena de prescrição.
O DIREITO DE REQUERER PRESCREVE
– Quanto aos atos de demissão, de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou de
5 anos destituição do cargo em comissão.
– Quanto ao interesse patrimonial ou créditos resultantes das relações de trabalho.
120 dias Nos demais casos, salvo disposição legal em contrário.
1. O prazo de prescrição é contado da data:
I – da publicação do ato impugnado;
II – da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado;
Observações
III – do trânsito em julgado da decisão judicial.
2. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.
3. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração Pública.
Também relacionado com a prática de um ato dentro do prazo previsto, temos a decadência.
Se não exercer o ato dentro do prazo, ocorre a decadência do direito (decai).
Quanto à decadência, a lei disciplina que a Administração Pública deve rever seus atos, a qual-
quer tempo, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, assegurado o contraditório e a ampla
defesa. O direito da Administração Pública de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para o servidor decai em cinco anos, contados da data em que foram pratica-
dos, salvo em caso de comprovada má-fé.
Assim, se a Administração Pública não anular um ato que beneficiou o servidor em até 5 anos,
ela perde o direito de fazer isso e o servidor continuará recebendo o benefício.
Exemplo: servidor fez um curso de pós-graduação para ter direito a um adicional de qualificação.
Mas a pós que ele fez não é de uma área que daria direito ao adicional. Mas o servidor não se aten-
tou a isso e, de boa-fé, apresentou o certificado de conclusão à Administração Pública. Também
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de boa-fé, a Administração Pública não percebe e concede em janeiro de 2000, o adicional ao ser-
vidor. Assim, se a Administração Pública não anular o ato até janeiro de 2005, decai o direito de
fazer a anulação.
Em razão dessa súmula, tem se entendido que o TCU não tem prazo para o registro de apo-
sentadoria, reforma e pensão. Essa é a leitura feita dessa súmula vinculante do STF. Contudo, ao que
parece, em relação a atos referentes a servidores do Distrito Federal, o TCDF está submetido ao
prazo de cinco anos, a partir do encaminhamento do processo ao Tribunal, para o seu registro.
Veremos agora o regime disciplinar, que é todo o conjunto de deveres e obrigações que tem o
servidor do DF, e quais são as punições que poderá receber em razão de descumprimento de um
dever.
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Inicialmente, a Lei n. 840/2011, em seu art. 180, descreve quais são os deveres do servidor:
Em que esferas um servidor que descumpre seus deveres pode vir a responder?
O servidor responde CIVIL, PENAL e ADMINISTRATIVAMENTE pelo exercício irregular de suas
atribuições.
RESPONSABILIDADES (art. 181)
Relativa a danos de natureza patrimonial ou
moral. Decorre de ato, omissivo ou comissivo A indenização de prejuízo dolosamente
(ação); doloso ou culposo. causado ao erário somente pode ser
Ex.: servidor com o carro da Administração liquidada na forma prevista no art. 1191
Civil
Pública atropela sua ex-namorada. Tem que e seguintes na falta de outros bens que
reparar todos os danos morais e patrimoniais assegurem a execução do débito pela via
causados. Veremos adiante que o servidor res- judicial.
ponderá em ação regressiva.
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Art. 186, § 2º
I – de eventual ação civil ou penal;
II – do ressarcimento ao erário dos valores correspondentes aos danos e aos prejuízos causados à
Administração Pública;
III – da devolução ao erário do bem ou do valor público desviado, nas mesmas condições em que se en-
contravam quando da ocorrência do fato, com a consequente indenização proporcional à depreciação.
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“marque nas alternativas abaixo aquela que é considerada leve”; ou “marque nas alternativas abai-
xo aquela que é considerada média do grupo II”. E, assim, misturando infrações de todas as cate-
gorias e grupos! Por isso, o candidato deve memorizar (decorar mesmo) todas as infrações e em
qual grupo e categoria ela se enquadra.
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Note que, conforme a lei, transferir dados de conteúdo pornográfico ou erótico (XIV) e dar a
famosa “carteirada” (inciso XV) são infrações leves.
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Grupo I Grupo II
Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa é considerada infra-
ção leve.
Cometer a pessoa estranha à repartição (que não é servidor do órgão), fora dos casos previs-
tos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado
é considerada infração média do grupo I.
Exercer atividade privada incompatível com o exercício do cargo público ou da função de
confiança é infração média do grupo II.
Exemplo: auditor da Secretaria de Fazenda que presta consultoria tributária para empresas do DF.
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Temos aqui uma espécie de dosimetria, uma espécie de caminho e situações que devem ser
levados em consideração antes de ser aplicada a sanção adequada.
Exemplo 1: um servidor agente penitenciário que recebe dinheiro para deixar presos fugirem.
O fato é de gravidade extrema; imagine que os presos que fugiram cometam crimes pela cidade
(veja os danos decorrentes); o servidor ainda convenceu outros servidores a participarem dessa
infração (circunstância agravante). Assim, deve ser aplicada sanção mais gravosa.
Exemplo 2: um policial civil surrou um criminoso que acabou de prender porque este criminoso
mantinha crianças presas em cativeiro em situação degradante por meses. Certamente, o policial
não podia dar uma surra no criminoso, mas veja o ânimo do servidor; imagine ainda que é um ser-
vidor que tem muitos anos de serviço e só tem elogios em sua folha funcional (bons anteceden-
tes). Assim, pode ser aplicada uma sanção que não seja tão gravosa.
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Média do G1 e reincidência
na LEVE
Prazo: até 30 dias
Suspensão
Média do G2 e reincidência
na MÉDIA do G!
Prazo: até 90 dias
Cassação de
Falta unível com demissão
aposentadoria ou
em atividade
de disponibilidade
Destituição
do cargo em Infração média ou grave
comissão
8
G1 quer dizer Grupo 1 e G2, Grupo 2.
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É a sanção por infração disciplinar leve, por meio da qual se reprova por escrito a conduta do
Advertên-
servidor.
cia
No lugar da advertência, pode ser aplicada, motivadamente, a suspensão até trinta dias, se
(art. 199)
as circunstâncias assim o justificarem.
É a sanção por infração disciplinar média.
a) até trinta dias, no caso de infração disciplinar média do grupo I;
b) até noventa dias, no caso de infração disciplinar média do grupo II;
c) até trinta dias, quando o servidor incorrer em reincidência por infração discipli-
Prazos:
nar leve;
d) noventa dias, quando o servidor incorrer em reincidência por infração disciplina
média do grupo I.
Suspensão 1. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão pode ser
(art. 200) convertida em multa, observado o seguinte:
I – a multa é de cinquenta por cento do valor diário da remuneração ou subsídio,
por dia de suspensão;
II – o servidor fica obrigado a cumprir integralmente a jornada de trabalho a que
Observações
está submetido.
2. É aplicada multa ao servidor inativo que houver praticado na atividade infração
disciplinar punível com suspensão.
3. A multa corresponde ao valor diário dos proventos de aposentadoria por dia de
suspensão cabível.
A LC n. 840/2011 não tem sanção de MULTA como sanção autônoma como ocorre em outros
estatutos funcionais. Ou seja, o servidor não pode ser multado diretamente por uma infração que
cometeu. O que há na LC n. 840/2011 é a possibilidade de se aplicar a SUSPENSÃO e CONVER-
TÊ-LA em uma multa.
É a sanção pelas infrações disciplinares graves, pela qual se impõe ao servidor efetivo a
perda do cargo público por ele ocupado, podendo ser cominada com o impedimento de nova
investidura em cargo público.
A demissão também será aplicada nos seguintes casos:
I – infração disciplinar grave, quando cometida por servidor efetivo no exercício de cargo em
Demissão
comissão ou função de confiança do Poder Executivo ou Legislativo do Distrito Federal; se o
(art. 202)
servidor já tiver sido exonerado quando da aplicação da sanção, a exoneração é convertida
em demissão;
II – reincidência em infração disciplinar média do grupo II.
Observação! Converte-se em demissão a vacância em decorrência de posse em outro cargo ina-
cumulável ocorrida antes da aplicação da sanção de demissão.
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É a sanção por infração disciplinar que houver sido cometida pelo servidor em atividade, pela
qual se impõe a perda do direito à aposentadoria, podendo ser cominada com o impedimento
Cassação de
de nova investidura em cargo público.
aposentadoria
Decorre de infração disciplinar punível com demissão.
(art. 203)
Na cassação de aposentadoria, o ex-servidor continua sem trabalhar, mas sem receber
mais nada.
É a sanção por infração disciplinar que houver sido cometida em atividade, pela qual se
impõe a perda do cargo público ocupado e dos direitos decorrentes da disponibilidade,
podendo ser cominada com o impedimento de nova investidura em cargo público.
Cassação de
Decorre de infração disciplinar punível com demissão e quando o servidor está em disponibi-
disponibilidade
lidade, mas não retorna ao exercício (mediante aproveitamento) em trinta dias, contados da
(art. 204)
data em que tomou ciência do aproveitamento.
O servidor estava em disponibilidade (sem trabalhar porque o cargo foi extinto, por exemplo)
e, aplicada a sanção, continua sem trabalhar e sem receber mais nada.
É a sanção por infração disciplinar média ou grave, pela qual se impõe ao servidor sem vínculo
efetivo com o Distrito Federal a perda do cargo em comissão por ele ocupado, podendo ser
Destituição de
cominada com o impedimento de nova investidura em outro cargo efetivo ou em comissão.
cargo em
Se o servidor já tiver sido exonerado quando da aplicação da sanção, a exoneração é conver-
comissão
tida em destituição do cargo em comissão.
(art. 205)
Assim, ocupante de cargo em comissão não é demitido. Ele terá a sanção de destituição de
cargo em comissão. É como se fosse uma “demissão”.
1. A demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou a destituição de cargo em
comissão, motivada por infração disciplinar grave do grupo II, implicam a incompatibilização
para nova investidura em cargo público do Distrito Federal pelo prazo de dez anos, sem preju-
ízo de ação cível ou penal e das demais medidas administrativas.
2. A punibilidade é extinta pela: (servidor NÃO SERÁ PUNIDO)
I – morte do servidor;
II – prescrição.
3. Não é punido o servidor que, ao tempo da infração disciplinar, era inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento,
devido a:
I – insanidade mental, devidamente comprovada por laudo de junta médica oficial;
Observações
II – embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.
A punibilidade não se exclui pela embriaguez, voluntária ou culposa, por álcool, entorpecente
ou substância de efeitos análogos.
4. Fica isento de sanção disciplinar o servidor cuja conduta funcional, classificada como erro
de procedimento, seja caracterizada, cumulativamente, pela:
I – ausência de dolo;
II – eventualidade do erro;
III – ofensa ínfima (insignificante) aos bens jurídicos tutelados;
IV – prejuízo moral irrelevante;
V – reparação de eventual prejuízo material antes de se instaurar sindicância ou processo
disciplinar.
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Gustavo Scatolino
Obs.: Todos os prazos nos processos administrativos disciplinares no Distrito Federal, ainda
que regidos por leis especiais, ficam suspensos no período de 20 de dezembro a 20 de
janeiro, inclusive.
Gustavo Scatolino
Atualmente é procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito
Administrativo e Processo Administrativo. Ex-assessor de ministro do STJ. Aprovado em vários concursos
públicos, dentre eles, analista judiciário do STJ, exercendo essa função durante cinco anos, e procurador
do Estado do Espírito Santo.
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