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Reforma Tributária: tentativa de unificar os tributos sobre consumo,

simplificando a tributação.
- Extinção do IPI, PIS, CONFINS, ICMS e ISS- criação de um Imposto
sobre Valor Agregado (IVA) dual (CBS-Federal e IBS- Estadual), com a
supressão da autonomia dos municípios sobre este tipo de tributo, e a
criação de um IS, substituindo o IPI (tributo extrafiscal, para estimular ou
desestimular o consumo de determinado bem ou serviço)
- 1) Problema que o CBS e IBS tem o mesmo fato gerador, mas são
geridos por órgãos distintos e regulados por normas distintas- isso pode
acabar gerando interpretações distintas e conflitos 2) Problema também
que a PEC não diz qual é a competência para julgar controvérsias sobre
estes tributos- pode gerar um aumento do contencioso tributário.
ITR – imposto sobre a propriedade rural
Fato gerador e base econômica = propriedade
O fato gerador é a propriedade, o domínio útil ou a posse do imóvel por
natureza, localizado fora da zona urbana do município em 1º de jan. de
cada ano. (Lei 9.393/96 e Arts. 29 a 31 CTN)
Alíquotas = são progressivas e há análise do grau de utilização da terra
Em relação a progressividade, quanto maior a área do imóvel, maior será
a alíquota e vice-versa (quanto menor, menor a alíquota).
Há relação de proporcionalidade inversa, quem mais produz, menos
paga. Se produzir mais, sua alíquota diminui. Isto depende do tamanho
da sua terra e o quanto você utiliza dela para produzir. Isto porque
preciso buscar desestimular que a terra fique improdutiva.

Art 2º da Lei = imunidade. O que difere a imunidade da isenção é que ela


conforma a forma de competência, ou seja, é uma regra de não
competência constitucional. Já a isenção é opção legislativa do ente que
com sua competência tribut decide se tributa tudo ou tributa só algo
específico. Se amanhã a União quiser mudar, só o Art. 3º, que fala sobre
isenção, pode ser alterado.

Os sujeitos (aspecto subjetivo do fato gerador)


Ativo: União, mas a capacidade ativa pode ser delegada aos municípios,
mas não envolve a competência para a cobrança do descumprimento de
obrigações acessórias e mantém de toda a forma a competência da
Receita Federal sobre questões administrativas envolvendo o tributo. A
delegação não pode ser utilizada para reduzir alíquota ou dar isenção.
Passivo: proprietário (detentor do domínio útil e possuidor com animus
domini)
Lançamento do ITR = por homologação, ou seja, cabe ao contribuinte
dispor
Este se submete ao princípio da legalidade estrita / Art. 153, VI, 4º / CF -
competência da União para instituir impostos. Mas a capacidade
tributária ativa, de cobrar e fiscalizar o tributo, é dos municípios, que fica
com parte do arrecadado / Art. 145, §4º, III / CF
OBS!!! No itr, o município pode optar por exercer capacidade tributária
ativa e ficar com 100% da arrecadação, desde que preencha o requisito.
No itr pode o municipio conceder isenção na base de cálculo? o municpio
nao pode, a cf diz que embora este possa optar por receber, nao pode
conceder, isso é a União. art.153, parag 3º ou 4º

Aspecto espacial: qualquer imóvel fora da zona urbana é rural – Art 32


CTN. Considera-se como zona urbana a zona urbanizada, destinados a
habitação/comércio - para fins tributários
Hoje eu cobro ITR até de zona urbana se comprovadamente estes
utilizarem a terra para produção agrícola etc. / REsp 1.112.646
Cabe ao contribuinte se ele prefere pagar IPTU ou ITR, e comprovar.
STJ e CARF considera terra nua para fins do ITR apenas as terras
utilizáveis, logo áreas de proteção ambiental, áreas alagadas, etc, não
devem ser consideradas na base de cálculo deste tributo, mas é
necessário que esta restrição esteja registrada no RGI - Resp 1.144.982
e S. CARF nº 45
Aspecto quantitativo = base de cálculo / art 30 ctn diz que é o valor
fundiário, que é igual ao valor da terra nua tributária.
Como chegar nesse valor? Art. 10 da Lei 9.393/96 dá 4 passos:
1. Determinar o valor da terra nua (VTN)
2. Determinar área tributável (por ex. áreas alagadas e de reserva
ecológica não são consideradas)
3. Encontrar o VTN tributável
4. Encontrar alíquota segundo o tamanho e grau de utilização

IPTU – imposto sobre a propriedade territorial urbana


Art. 156, I e §1º, CF ; Arts. 32 a 34 / CTN ; Lei 691 / 84 - lei do rj que
institui o iptu
Incide sobre a propriedade territorial por ascensão física, aquele imóvel
construído. Você paga o IPTU levando em conta a unidade autônoma do
edifício, o que você detem do terreno. - zona urbana
Zona urbana: é necessário que a área tenha pelo menos dois dos
melhoramentos indicados no art. 32, §1º CTN ou que seja uma área
urbanizável (neste caso não é necessário a presença dos
melhoramentos - S. 626 STJ), que conste especificamente em lei, na
forma do art. 32, §2º CTN
OBS!!!!! Se eu atualizo a base de cálculo do iptu c base na correcao
monetaria, por decreto, isso e ilegal ou nao? isso é legal pq o ctn
entende que a atualização da base monetária, que e recompor a base de
compra da moeda, não é considerado majoração do tributo, tem sumula
do supremo nesse sentido. (160)
Base de cálculo (anterioridade nonagesimal) - atualização monetária por
meio de decreto.
Súmula 160 STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante
decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.

OBS!!!! Iptu se submete a todas as limitações constitucionais, com


exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal em relação a
alteração da base de cálculo (art. 150, §1º CF) - a sua alteração já tem
eficácia imediatamente no exercício seguinte a da publicação da lei,
mesmo que se tenha passado período inferior a 90 dias
No dia 1º de janeiro, o Município possui um cadastro de obrigações
acessórias em conjunto aos Cartórios e lança o iptu, ocorrendo o fato
gerador e manda o carnê à casa das pessoas.
Ele se submete aos princípios da legalidade estrita, irretroatividade e
anterioridade - que se divide em exercício (para uma lei tributária valer,
só pode fazer no ano seguinte da publicação da lei) e em nonagesimal
(esperar noventa dias da data de publicação da lei para cobrar o tributo,
então aqueles tributos que você deve proteger o princípio da não
surpresa, submete-se os impostos a essas duas regras. Além de ter que
esperar o ano seguinte, deve-se esperar os noventa dias para não
surpreender os indivíduos com a cobrança de tal valor) - , só não vai se
submeter a anterioridade a sua base de cálculo. O fato gerador ocorre
com uma nova base de cálculo.
OBS!!!!! A alteração da base de cálculo só deve se submeter à
anterioridade do exercício, não há necessidade da nonagesimal. A
alíquota só vai valer daqui a noventa dias mas a base de cálculo muda
logo. Se tiver lei aprovada em 31 de dez em 1 de janeiro já é válida. - o
art. 150 / CF prevê, §1º, inciso 3, b e c.
-> Progressividade = instrumento de capacidade contributiva
IPTU pode ser progressivo em função do valor venal, ou em função do
descumprimento da função social da propriedade urbana.
Lei 10.257/01 - Art. 7º A ideia é que a progressividade no IPTU
desestimulasse a atividades que não atendem as funções da propriedade
social. A progressividade é um instrumento de capacidade contributiva.
Assim, cobra IPTU progressivo para aqueles que têm valor do imovel
alto. A localização e uso do imovel mudam as alíquotas no RJ (se é
residencial, comercial…)

Extrafiscal: pode haver um aumento progressivo no tempo do iptu como


instrumento para forçar o cumprimento da função social da propriedade
art 182, §4, II CF

Fiscal: !!!!! no RJ não há progressividade em razão do valor do imovel.


Até 2016 o STF entendia que a progressividade para fins fiscais somente
poderia ocorrer nos impostos pessoais, a não ser que previsto na CF,
porém este entendimento foi alterado, permitindo a progressividade em
impostos reais

!!!! Antes da emenda, a progressividade do IPTU era apenas extrafiscal,


baseada na função social da propriedade urbana. Atualmente, a
progressividade do referido imposto passou a variar em razão do valor,
da localização e do uso do imóvel. Assim, além da progressividade
extrafiscal, o IPTU adquiriu uma progressividade fiscal. Neste sentido,
ressalta-se a redação da Súmula nº 668 do STF.

Fato gerador
Na análise de ocorrência de fato gerador, ignoro a licitude em relação ao
imovel, não importa se a construção esta regularizada ou não, o governo
já cobra o iptu. Art. 118 /CTN. - casos de condomínios irregulares.
Agravo Interno REsp 1.601.370
Quando o CTN fala em posse, é no sentido da qualidade de animus
domini (intenção agir como dono). / REsp 1.327.539
A restrição administrativa que ausenta o contribuinte de pagar o iptu é a
que fulmina o uso/gozo/fruição da propriedade. Para poder abater, do
valor do imposto, deve debater à luz de isenção ou de alguma lei que
preveja a possibilidade de exclusão destas parcelas de áreas não
utilizadas, mudando a base de cálculo. / Agravo Interno REsp 1.723.597

Aspecto espacial do fato gerador: A base de cálculo do IPTU não é


somente sobre a terra urbana nua, mas também suas acessões físicas,
como por exemplo um prédio. Art. 32, §1º, §2º / CTN; tenho que conjugar
esses itens de melhoramento (ex. calçamento, sistema de esgoto) para
poder (ao menos dois), para de fato, considerar a área como zona
urbana e cobrar o iptu.
Aspecto temporal do fato gerador: 1º de jan. de cada ano (pode ser
alterado por legislação municipal)
Se alterou a base de cálculo e alíquota do ano anterior, só posso cobrar
o imposto com a nova base de cálculo, mas isto não vale para alíquota. A
alíquota também responde ao princípio da anterioridade e
irretroatividade.
Ainda que receba o carnê do iptu só em fevereiro, março, o aspecto
temporal, definido em lei, é o primeiro dia do exercício que corresponde
ao imposto. Se não, tenho retroação, o que é vedado pela CF.

Aspecto quantitativo: Aplico a mesma regra de responsabilidade igual do


itr, Art 130 / CTN -> matéria de responsabilidade tributária. Os
adquirentes devem tirar os débitos na escritura. Havendo débitos, é
chamado a responder e a jurisprudência bota o adquirente como solidário
do alienante.
Em contrato de locação, é comum delegar ao locatário a obrigação de
pagar o iptu (art. 22 da 8.245 - lei do inquilinato). E pode ser que depois o
proprietário se veja obrigado a pagar o débito se este locatário não o fizer
- mas em matéria de sujeição passiva, isto pouco importa para os entes
competentes. Ou seja, se não sou um locador cuidadoso que não verifico
se meu locatário está pagando regularmente, não posso depois não
pagar a fazenda pública, já que sou parte legítima para responder por
estes débitos.

Sujeitos / Art. 34 / CTN


Súmula 399 - cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo.
Mas na lei do rj, diz em seu art. 62, que são também contribuintes os
posseiros, ocupantes, comodatários…
Ou seja, no município do rj tem uma ampliação destes sujeitos. A regra
prática é executar o proprietário, quem está na certidão do rgi. !!!!

Súmula 668 STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha


estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas
progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento
da função social da propriedade urbana. !!!!!
- Em contratos de locação a Fazenda pode cobrar o tributo do locador,
mesmo com previsão contratual entre locador e locatário. Se o locatário
não pagar, pra fazenda não importa o locador é o responsável. Já em
promessas de compra e venda ambos respondem solidariamente. ( Resp
1813250)
-Imunidades (art. 150, VI CF)
Diferença pro itr: Não há o abatimento na base de cálculo do IPTU das
áreas do imóvel que possuam alguma restrição administrativa, como
ocorre no itr (ex: ambiental, servidão, etc) ou física - somente poderá
haver este abatimento se uma lei instituir uma isenção específica ou se
houver um impedimento total de utilizar a propriedade - Agint no AgResp
1.723.597
Semelhança com itr: responsabilidade solidária do adquirente e alienante
por débitos tributários - Resp 1.048.138) - se a certidão de débitos
tributários estiver negativa, o adquirente do imóvel não pode ser
responsabilizado pelos créditos tributários (Resp 1.073.702)

IPVA – imposto sobre a propriedade veicular automotiva


-Competência de instituição é dos Estados e DF (art. 155, III e §6º CF) -
Lançamento é feito de ofício, comunicando o contribuinte deste
lançamento por meio da imprensa, com as datas de pagamento -Lei
Estadual 2.877/97 RJ - institui o IPVA no RJ
-A fixação ou alteração da base de cálculo não se submete ao princípio
da noventena (art. 150, §1º CF) -O IPVA, ao contrário dos outros
impostos já vistos, não possui norma geral federal que o regula (não está
presente no CTN)
- Isso não significa que esse tributo não pode ser instituído, haja vista
que o art. 24, I e §§2º e 3º (em especial o §3º) CF determina que os
Estados terão competência legislativa plena em caso de ausência de
norma geral, para atender suas peculiaridades - o art. 34, §3º ADCT
também autoriza que os Estados e o DF possam editar as leis
necessárias à aplicação do sistema tributário nacional previsto na CF
-Materialidade do fato gerador (aspecto nuclear) - é necessário a
propriedade de um veículo automotor - veículo que é dotado de força
motriz própria, não precisa de algo externo a ele para se movimentar -
com relação aos veículos não-terrestres, como barcos e aviões, o STF
entende que não se aplica o IPVA sobre estes veículos, tendo em vista
que o IPVA surgiu como sucessor da Taxa Rodoviária Única
↳Com relação a propriedade, o STF entende que o fato gerador do IPVA
incide mesmo quando o contribuinte não tem a propriedade plena sobre
o veículo. Se o contribuinte fica totalmente restrito de sua propriedade
sobre o veículo, como por exemplo por conta de um furto, roubo ou
acidente, não incidirá o IPVA, podendo haver a restituição do tributo caso
este já tenha sido pago
-Aspecto temporal do fato gerador - o fato gerador, na maioria dos
Estados, é considerado ocorrido no 1º de janeiro de cada ano - há outras
situações específicas prevista nas respectivas leis estaduais - no caso de
transferência, é no 1º dia subsequente ao de registro da transferência no
órgão competente -Aspecto espacial do fato gerador - o IPVA é pago no
local onde o contribuinte resida, com o veículo devendo ser registrado
neste local (arts. 120 e 123 CTB) - art. 123, II CTN: “Será obrigatória a
expedição de novo Certificado de Registro de Veíc
Base de cálculo - é o valor venal (valor de mercado) do veículo, se
utilizando de uma planta genérica de valores, como a tabela FIPE,
similarmente ao IPTU - nos veículos usados, se utiliza de diversos
elementos, como por meio de publicações especializadas
OBS!!!! Entes imunes que possuem veículos automotores são imunes ao
pagamento de IPVA - o veículo deve estar associado a atividade
essencial prestada pelo ente imune, STF entende que o veículo não
pode ser apreendido (ou qualquer outro ato coercitivo) pelo não
pagamento do IPVA, pois a legislação prevê as formas como se deve dar
esta cobrança, não podendo ser utilizados métodos não previstos em lei

IOF – imposto sobre operações financeiras


iof - envolvendo alteração de aliquota em dia anterior ao contrato de
financiamento. pagar c aliquota nova ou nao. discute o contrato de
financiamento, fiz contrato mas o din nao foi liberado.
O fato gerador so acontece com a tradição do bem, então se o din não foi
liberado, então paga com a alíquota nova.

- não se aplica o princípio da anterioridade (inclusive nonagesimal),


princípio da legalidade estrita (qualquer modificação no imposto, como
instituição sobre novo fato gerador, majoração, alteração dos sujeitos
passivo e ativo, precisa ser feita por lei, em regra - no IOF isso não
ocorre, somente com relação a alteração de alíquotas, não sendo
necessário lei para isso, podendo ser feito via decreto. Qualquer
alteração na alíquota pode ser aplicado de imediato.
IOF – Crédito: incide sobre operações de crédito realizadas por
instituição financeira, empresa de factoring (empresas que compram
créditos de outras). ex: caderneta poupança não é tributada por IOF, por
não envolver promessa de prestação futura (S. 664 STF)
- somente ocorre o fato gerador na data em que o crédito é efetivamente
entregue
IOF – Câmbio: é a compra de moeda estrangeira
- STJ entende que o IOF-Câmbio incide tanto na venda quanto na
compra de moeda estrangeira (AgInt no Resp 1.216.406)
-o fato gerador ocorre no território brasileiro - se o dinheiro ingressar no
Brasil, é necessário o pagamento do IOF. Alíquota máxima de 25%
art. 63, II CTN (aspecto material do fato gerador)

+IOF – Seguro: ( art. 63, III CTN e Art. 18 D.6306)


- o fato gerador ocorre com a emissão da apólice ou recebimento do
prêmio
- (base de cálculo) - é o montante do prêmio pago. Alíquota máxima de
25%

+ IOF - Títulos e Valores Mobiliários: é tributado a existência de uma


operação envolvendo estes (art. 63, IV CTN art. 25 D. 6306)
- O fato gerador do IOF é a aquisição, cessão, resgate, repactuação ou
pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários” - não é a
mera emissão do valor ou título mobiliário que é tributada, mas sim a
operação envolvendo este (art. 25 D. 6306). Base de cálculo feita a partir
do valor da operação. Alíquota máxima de 25%

+IOF – Ouro: -Art. 153, §5º CF


- Repartição da receita deste imposto: 30% para o Estado ou DF de origem e
70% para o município de origem
- Fato gerador é a primeira aquisição do ouro. É monofásica- mesmo que haja
outras operações, não haverá novamente a incidência do IOF. Este IOF
também tem incidência exclusiva, não incidindo nenhum outro tributo quando
há a presença do fato gerador do IOF-Ouro. Base de cálculo: preço de
aquisição do ouro.

- ITCMD - sobre a transmissão de patrimônio


-Arts. 35 (parte), 38, 39, 41 e 42 CTN
!! OBS: Pretensão de um determinado estado de cobrar itcmd -> Supremo
em 2021 entendeu que não pode cobrar itcmd em transferências que o
imposto patrimonial afeta o fato gerador

- competência Estados e DF
- !! RE 851.108 - STF julga inconstitucional a incidência de ITCMD sobre
doações e herança no exterior.
- !! Na doação o fato gerador ocorre quando há a transferência do bem (Se for
bem móvel se dá com a tradição ou celebração do negócio jurídico. Se for bem
imóvel há a transferência com o registro do título aquisitivo no RGI)
- Na transferência causa mortis o fato gerador ocorre assim que o autor da
herança morre, já que é quando é considerada aberta a sucessão (se aplica a
legislação tributária vigente na época da morte do autor da herança e o cálculo
da alíquota do imposto se dá com base no valor dos bens na data da morte - S.
112 STF e art. 3º, §1º L 7174.
- Bem imóvel (seja por doação ou causa mortis) o fato gerador irá ocorrer no
Estado ou DF da situação (local) do bem, ainda que a sucessão tenha ocorrido
em outro local ↳Bem móvel ou direitos o fato gerador irá ocorrer no Estado ou
DF no local competente para processar o inventário (na transmissão causa
mortis - art. 48 CPC - inventário se processa no local de domicílio do autor da
herança, se não tiver domicílio certo é o foro das situações dos imóveis,
podendo ser escolhido o foro caso haja mais de um imóvel - etc) ou no
domicílio do doador (na transmissão por doação).
-Isenção - art. 8º L. 7174 - cada Estado estabelece as situações específicas
↳Hipóteses de não incidência - art. 7º Lei 7174/15 RJ - no recebimento de
capital estipulado de seguro de vida não há incidência do ITCMD, por não ser
considerado herança pelo CC -
Com a CF este tributo único (ITP) foi dividido em dois: ITCMD (competência
dos Estados - incide quando há a transmissão de bens imóveis, móveis e
direitos) e ITBI (competência dos Municípios - incide quando há a transmissão
onerosa por ato inter vivos de bens imóveis) -Estado do RJ: Lei 7174/15 - lei
que institui no RJ o ITCMD -Aspecto material do fato gerador - transferência
patrimonial por doação (art. 538 CC e art. 4º da Lei 7174 RJ - equipara alguns
casos a doação - ex: excesso recebido em quinhão de herança, entende-se
que o outro herdeiro efetuou uma doação, sendo necessário recolher ITCMD) e
causa mortis (regulado pelo art. 1784 CC) - objeto: bens imóveis, bens móveis
corpóreos ou incorpóreos com valor econômico, e direitos
!!! Bem imóvel (seja por doação ou causa mortis) o fato gerador irá ocorrer no
Estado ou DF da situação (local) do bem, ainda que a sucessão tenha ocorrido
em outro local
Bem móvel ou direitos o fato gerador irá ocorrer no Estado ou DF no local
competente para processar o inventário (na transmissão causa mortis - art. 48
CPC - inventário se processa no local de domicílio do autor da herança, se não
tiver domicílio certo é o foro das situações dos imóveis, podendo ser escolhido
o foro caso haja mais de um imóvel - etc) ou no domicílio do doador (na
transmissão por doação)
Com relação a bens móveis, cada Lei estadual irá estabelecer a base de
cálculo, por não ser previsto no CTN -O ITCMD é imposto sujeito a lançamento
por declaração - o próprio contribuinte declara o valor devido ao fisco -O STF
entende que é possível estabelecer uma progressividade com relação ao
ITCMD - RE 562045 -O Senado estabelece as alíquotas mínimas e máximas
do ICTMD

ITBI - Imposto sobre transmissão de bens imóveis


-Regulado no arts. 36, 37, 38 e 42 do CTN
- Competência é dos municípios.
- incide sobre transmissão onerosa inter vivos de bens imóveis, a qualquer tipo.
- A transmissão pode ser do imóvel em si, ou transmissão de direito real sobre
o imóvel (ex: usufruto), ou cessão onerosa de direitos de aquisição do imóvel
ex: cessão onerosa de direitos sucessórios leva a incidência do ITBI. Exceto os
de garantia (ex: hipoteca).
- O ITBI não pode ser cobrado por decorrência da celebração da promessa de
compra e venda, pois a transmissão do bem imóvel somente se dá com o
registro do título aquisitivo no RGI (art. 1245, §1º CC), não tendo isto ocorrido
com a simples celebração da promessa - promessa de compra e venda é um
contrato preliminar e não leva a transmissão da propriedade, mesmo que o
valor integral estabelecido tenha sido pago - entendimento pacífico do STF.
porém se o promitente comprador ceder este direito de aquisição para outro, há
a incidência do ITBI, por estar havendo a cessão de um direito real -
entendimento será firmado pelo Tema RR 1124 STF
- Jurisprudência entende que não há incidência do ITBI na usucapião, por ser
uma aquisição de propriedade originária, não havendo transmissão do bem -
RE 103434.
- Considera-se ocorrido o fato gerador do ITBI após o registro do título
translativo no RGI, momento em que há a efetiva transmissão da propriedade -
art. 1245 CC
OBS. 656 STF: “É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas
para o ITBI com base no valor venal do imóvel.”
-Imunidade do ITBI - art. 156, §2º, I CF. - realização de capital social, ex:
integralização do capital social por meio de bens imóveis (transmissão do
imóvel para a PJ). Exceção: a PJ tiver como atividade principal a exploração
econômica destes imóveis, não pode ser utilizado para fraudar o pagamento do
ITBI, como por exemplo criar uma PJ não operacional somente para transmitir
bens para ela para não pagar o tributo entendimento jurisprudencial.
RE 796376 - STF entendeu que deverá incidir o ITBI sobre o valor do imóvel
que ultrapassar o valor do capital social da PJ que o bem serviu para
integralizar - a imunidade somente alcança o valor equivalente ao capital social
ou ao valor das quotas que o sócio que integralizou recebe
Havendo transmissão onerosa de direito real (ex: usufruto), a legislação
municipal entende que a base de cálculo não é todo o valor do imóvel,
sendo estabelecido um percentual sobre este valor - art. 15 Lei 1364
↳Arrematação judicial - STJ entende que o valor de mercado do imóvel é
o valor de aquisição, não necessariamente o valor avaliado pelo OJA -
assim, no ITBI a base de cálculo é o valor de aquisição
-Alíquota: Não há um limite máximo ou mínimo estabelecido - cada
município estabelece sua própria
Progressividade - S. 656 STF: “É inconstitucional a lei que estabelece
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens
imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.”

-Imunidade do ITBI - art. 156, §2º, I CF


Hipóteses: realização de capital social (ex: integralização do capital
social por meio de bens imóveis, caso não se tenha dinheiro - neste
caso, a transmissão do imóvel para a PJ não levará a incidência do ITBI)
ou fusão, aquisição, incorporação de PJ, sobre a transmissão de bens ou
direitos
Exceção: a PJ tiver como atividade principal a exploração econômica
destes imóveis - não pode ser utilizado para fraudar o pagamento do
ITBI, como por exemplo criar uma PJ não operacional somente para
transmitir bens para ela para não pagar o tributo - entendimento
jurisprudencial

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