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___________________________________________REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

2021

APRESENTAÇÃO

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___________________________________________REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

Prezado Leitor

Os resumos simplificados do REGISTRANDO COM GENTIL objetivam


abordar de maneira simples, didática e direta os principais assuntos
exigidos nos Concursos de Cartório do país!

Após anos de levantamento dos temas mais cobrados nas provas


preambulares de Cartório, selecionamos os pontos mais importantes para o
seu estudo – disciplina por disciplina.

O material apresentado para leitura não esgotará o edital da sua


próxima prova, mas seguramente trará o que será cobrado.

Desejamos uma ótima leitura!!

Equipe Registrando com Gentil

SUMÁRIO

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1 – Princípios..................................................................................................................06

1.1 – Princípio da Legalidade...............................................................................06

1.2 – Princípio da Continuidade...........................................................................06

1.3 – Princípio da Publicidade..............................................................................06

1.4 – Princípio da Segurança Jurídica...................................................................07

1.5 – Princípio da Autenticidade..........................................................................07

1.6 – Princípio da Independência.........................................................................08

1.7 – Princípio da Imparcialidade.........................................................................08

1.8 – Princípio da Instância ou Rogação...............................................................09

1.9 – Princípio da Territorialidade.......................................................................09

1.10 – Princípio da Veracidade ou Fé Pública Registral........................................09

1.11 – Princípio da Conservação..........................................................................10

2 – Livros.........................................................................................................................11

3 – Atos típicos...............................................................................................................13

3.1 – Nascimento.................................................................................................13

3.1.1 – Base Legal.....................................................................................13

3.1.2 – Características..............................................................................13

3.2 – Casamento..................................................................................................16

3.2.1 – Base Legal.....................................................................................16

3.2.2 – Características..............................................................................17

3.3 – Óbito...........................................................................................................20

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3.3.1 – Base Legal.....................................................................................20

3.3.2 – Características..............................................................................21

3.4 – Demais atos do RCPN – Livro E....................................................................22

3.4.1 – Base Legal.....................................................................................22

3.4.2 – Características..............................................................................23

3.5 – Retificação, Restauração, Suprimento ou Cancelamento...........................24

3.5.1 – Base Legal.....................................................................................24

3.5.2 – Características..............................................................................24

3.6 – Ofícios da Cidadania....................................................................................25

3.6.1 – Base Legal.....................................................................................25

3.6.2 – Características..............................................................................25

1 – PRINCÍPIOS

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1.1 – Princípio da Legalidade (art. 236 da CF; Lei 6015/1973; Lei 8935/1994)

O Oficial pratica os atos em conformidade com a lei, aplicando-a no âmbito da


qualificação registral.

Todos os documentos e declarações apresentados ao Registrador Civil estão


sujeitos à verificação da legalidade.

Após o protocolo, há o prévio exame da legalidade, constatando a aptidão para


o ingresso ou não do ato ou título nos livros de registro.

1.2 – Princípio da Continuidade (Lei 6015/1973)

Trata-se da coerência e compatibilidade dos atos inscritos. O registro deve


manter uma sequência lógica, legal, coerente e compatível dos atos inscritos. Assim, por
exemplo, não se deve averbar um divórcio de casal em que conste averbação de divórcio
anterior; tampouco anotar segundas núpcias se não há averbação de divórcio das
primeiras núpcias.

Esse princípio é mitigado no RCPN, pois a ordem das anotações e averbações não
precisa acompanhar de modo rígido a cronologia dos acontecimentos.

Os assentos do RCPN devem conter a realidade fática, podendo sua cronologia


estrita ser minorada.

Note-se que não é a data da averbação, anotação ou registro que define a


anterioridade do ato, mas sim a data do seu acontecimento.

1.3 – Princípio da Publicidade (art. 16 e seguintes da Lei 6015/1973; art. 1º da


Lei 8935/1994):

Os atos de registros são públicos e, em regra, acessíveis a todos.

O aspecto de ser um ato público consiste na oponibilidade contra todos e na


presunção de conhecimento geral.

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Ele pode sofrer limitações em função de disposições legais e constitucionais,


como a questão da intimidade e da vida privada (por isso proibição de constar nas
certidões do registro civil a alteração do sexo; o fato de que a criança foi adotada; a
origem da filiação; as causas de perda do poder familiar, entre outra.

Em geral, a publicidade do RCPN é feita de forma indireta, ou seja, por meio de


Certidões. Por essa razão, sempre que houver qualquer alteração posterior ao ato cuja
certidão é pedida, o Oficial deve mencioná-la, obrigatoriamente., mesmo que não tenha
sido especificada no pedido.

Em casos excepcionais, essa publicidade pode ser direta, pelo acesso ou consulta
aos próprios livros ou arquivos do acervo público.

No registro civil das pessoas naturais os efeitos da publicidade são declarativos,


já que o nascimento, o casamento e o óbito independem do registro para que produzam
efeitos, mas é o meio adequado para sua prova.

1.4 – Princípio da Segurança Jurídica (art.1º da Lei 6015/1973; artigo 1º da Lei


8953/1994):

Pode-se considerar o princípio a razão de existência dos registros públicos. É a


certeza quanto ao ato e sua eficácia.

Os registros geram certeza jurídica e autenticidade, sobre seu conteúdo e sua


publicidade.

1.5 – Princípio da Autenticidade (art.1º da Lei 6015/1973; artigo 1º da Lei


8953/1994):

Confere a certeza do conteúdo dos registros e dos dados fornecidos pelo Oficial.

O Registrador deve fornecer informações que foram confirmadas na sua autoria


e legalidade.

Com o registro, temos a presunção de autenticidade, verdade e validade de seu


conteúdo.

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1.6 – Princípio da Independência (art. 28 da Lei 8935/1994):

Significa que o Oficial goza de independência funcional e jurídica, mesmo porque


é profissional do Direito.

Possui liberdade decisória, a qual será pautada pela legalidade, ou seja, está
condicionado ao cumprimento da ordem jurídica no desempenho de suas funções.

O Oficial realiza a qualificação registral de maneira independente, fundamentada


em seu conhecimento jurídico e na prudência, o que diferencia sua atividade da
atividade burocrática.

Esse princípio também diz respeito à administração e organização da Serventia,


desde que siga os regramentos legais e normativos.

A percepção integral dos emolumentos é um direito do Registrador que garante


a sua independência.

Ressalta-se que a possibilidade da via administrativa, sem necessidade de


intervenção judicial, em vários procedimentos do Registro Civil (alteração de nome e
sexo; reconhecimento socioafetivo de maternidade e paternidade; alteração de nome
após a maioridade) reforça e prestigia o princípio da independência do Oficial.

1.7 – Princípio da Imparcialidade (art. 15 da lei 6015/1973; art. 25 e seguintes


da Lei 8935/1994):

Ao praticar seus atos funcionais, o Oficial não pode atender seus interesses
pessoais, tampouco defender os interesses de uma das partes. Deverá atuar com
imparcialidade em relação a todos os entes envolvidos.

Desse princípio decorrem os impedimentos e as obrigações funcionais, como o


sigilo, o segredo profissional, e também as reponsabilidades administrativa, civil e
criminal.

1.8 – Princípio da Instância ou Rogação (art. 13 da Lei 6015/1973):

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Os atos registrários devem ser solicitados, em regra, não deve o Oficial agir de
ofício.

Ele deve ser provocado pela parte interessada, exceto quando sua atuação de
ofício estiver prevista no regramento legal ou normativo, como por exemplo nas
retificações quando a constatação do erro não exigir qualquer indagação, e as
anotações, que também serão feitas de ofício.

1.9 – Princípio da Territorialidade (Arts. 50, 46, 67, 77, 32, 89, 92 e 94 da Lei
6.015/1973):

O Oficial de RCPN somente tem atribuição para a prática de seus atos na


circunscrição territorial para a qual recebeu a delegação.

O respeito a esse princípio é indispensável e de extrema importância para a


concreção da publicidade e da segurança jurídica, possibilitando a cognoscibilidade dos
atos registrários.

1.10 – Princípio da Veracidade ou Fé Pública Registral (Art. 252 da Lei


6.015/1973.):

Pressupõe-se que tudo que consta no ato registral é formal e materialmente


verdadeiro.

Reveste os atos registrários de confiança e eficácia, com presunção de verdade,


além da legalidade, autenticidade e estabilidade.

Para desconstituir um ato de registro, ou imputá-lo não verdadeiro, será preciso


prova em contrário.

A presunção dessa veracidade, assim, é relativa.

1.11 – Princípio da Conservação (Art. 26 da Lei 6.015/1973; Art. 30 da Lei


8.935/1994; Recomendação CNJ 09/2013; Provimento CNJ 50/2015; Provimento
CNJ 74/2018):

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Consiste na manutenção permanente de livros, papéis e arquivos, estabelecendo


um acervo público e perpétuo. Excetuam-se os documentos, que por disposição legal ou
normativa, possam ser dispensados da conservação.

Sendo perpétuo, deve ser mantido indefinidamente, ainda que cancelado ou


anulado.

Nesse contexto, também se enquadram os acervos eletrônicos de documentos.,


que também devem ser conservados, atendidos os requisitos adequados de segurança
da informação, preservação dos arquivos e acesso ao conteúdo.

2 – LIVROS

LIVRO A - (art. 33, inciso I da Lei 6015/1973): Registros de Nascimentos.

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LIVRO B - (art. 33, inciso II da Lei 6015/1973): Registros de Casamentos. Em


algumas normativas estaduais esse livro também poderá conter as conversões de união
estável em casamento.

LIVRO B-AUXILIAR - (art. 33, inciso III da Lei 6015/1973): Registro de Casamento
Religioso para Efeitos Civis. Em algumas normativas estaduais esse livro também poderá
conter as conversões de união estável em casamento.

LIVRO C - (art. 33, inciso IV da Lei 6015/1973): Registro de Óbitos. Em algumas


normativas estaduais, esse livro poderá conter o registro da morte presumida sem
decretação de ausência, feito mediante mandado em pedido de justificação (art. 7 do
Código Civil).

LIVRO C-AUXILIAR - (art. 33, inciso V da Lei 6015/1973): Registro de Natimorto.

LIVRO D - (art. 33, inciso VI da Lei 6015/1973): Registro de Proclamas (editais de


casamento).

LIVRO E - (art. 33, parágrafo único da Lei 6015/1973): Inscrição dos demais atos
do Registro Civil, a saber:

- emancipações voluntárias ou judiciais;

- interdições;

- sentenças declaratórias de ausência;

- sentenças declaratórias de morte presumida, dependendo das normativas


estaduais;

- opções de nacionalidade;

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- traslados de assentos de nascimento. casamento e óbito de brasileiros, lavrados


no exterior;

- sentenças de separação, divórcio e reestabelecimento da sociedade conjugal


proferidas em Estados diferentes daqueles em que registrado o casamento,
dependendo das normativas estaduais;

- uniões estáveis.

O Livro E somente existe nas Sedes de cada Comarca.

LIVRO PROTOCOLO - (art. 106 e seguintes da Lei 6015/1973): Apontação dos atos
que não foram ou não possam ser cumpridos no momento do requerimento,
necessitando de autuação ou cumprimento posterior.

3 – ATOS TÍPICOS

3.1 – Nascimento

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3.1.1 – Base legal

Artigos 29, 30, 46, 50 e seguintes da Lei 6.015/1973.

Art. 2º, 9º, 1596 e seguintes do Código Civil brasileiro.

Provimento CNJ 13/2010

Provimento CNJ 16/2012

Provimento CNJ 28/2013

Provimento CNJ 38/2014

Provimento CNJ 52/2016

Provimento CNJ 73/2018

Provimento CNJ 82/2019

Provimento CNJ n° 122/;2021

3.1.2 – Características:

É um fato natural da vida humana que traz consequências jurídicas. Surge assim,
a necessidade do seu registro e consequente publicidade.

A partir deste acontecimento estabelecem-se as relações de parentesco; o


conceito de família; adquire-se a personalidade jurídica e determina-se a nacionalidade.

O registro de nascimento produz efeitos declaratórios, a aquisição da


personalidade, da nacionalidade, o fato de ser filho, neto, independem dele.

Conceitualmente, nascimento com vida é a expulsão ou extração completa do


feto do corpo da mãe, o qual, depois da separação, apresente respiração ou outro sinal
de vida. O fato de ter havido nascimento com vida ou não é verificado pelo que consta
na Declaração de Nascido Vivo ou por testemunhas. Não cabe ao Registrador essa
verificação.

O registro de nascimento é gratuito e obrigatório a todos. Esse assentamento


possui caráter perpétuo.

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As averbações e anotações feitas nesse assento principal traduzem o dinamismo


da vida do indivíduo, o que o torna fonte atualizada do estado da pessoa natural. Ele é
o suporte físico e jurídico para os demais atos da vida civil.

O registro de nascimento deve ser feito no Cartório do local onde ocorrido o


parto ou no lugar de residência dos pais.

Pode ocorrer o registro nas unidades interligadas, que são extensões da


Serventias Extrajudiciais localizadas dentro de hospitais e maternidades.

O prazo para registro é de 15 dias. Se um dos genitores não puder comparecer


ao ato, esse prazo é majorado em 45 dias, totalizando o prazo de 60 dias. Se o local
estiver mais de 30km de distância do cartório, o prazo será de 3 meses. Após o prazo de
15 dias, a competência para o registro é exclusivamente do registrador civil de
residência do registrando.

Se uma criança falecer com menos de 1 (ano) de idade sem registro de


nascimento, a competência será do registrador civil com competência para a lavratura
do óbito.

Índios não integrados não tem registro obrigatório no RCPN, eles são registrados
na FUNAI. Ao realizar um registro de indígena, o Oficial deverá comunicar a FUNAI.

Não existe multa para o registro de nascimento tardio.

Após a prática do ato, devem ser feitas as comunicações exigidas, especialmente


a inclusão do ato na Central do Registro Civil (CRC).

A naturalidade da criança poderá ser a do local do parto ou da residência da mãe.


Também se entende que possa ser o da residência do pai, por força da isonomia. A opção
será feita pelo declarante na ocasião do registro.

O nome é indicado pelo declarante do nascimento. O prenome é de livre escolha,


podendo ser simples ou composto. Não devem ser registrados os prenomes que
exponham criança ao ridículo, devendo o Oficial recusar tais nomes.

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Podem ser incluídos os sobrenomes, ou apelidos de família, do pai, da mãe ou


de ambos. A normativa paulista permite a intercalação dos sobrenomes da mãe e do
pai.

Permite-se a alteração do nome, no prazo de um ano após atingida a maioridade,


desde que não prejudique os apelidos de família. Na normativa paulista, essa alteração
independe de justo motivo, de parecer do Ministério Público e de decisão do Juiz
Corregedor Permanente, feita administrativamente.

Após o decurso do prazo de um ano depois de atingida a maioridade, a alteração


do nome se dará somente por exceção e motivadamente, mediante decisão judicial. A
normativa paulista permite também a alteração mediante procedimento administrativo
perante o Oficial de Registro Civil.

Nos casos de alteração por exposição de seus portadores ao ridículo,


substituições ou acréscimos de apelidos públicos notórios e alterações em razão de
proteção à testemunha será imprescindível decisão judicial.

Em regra, o registro é feito com base na Declaração de Nascido Vivo (DNV), e em


casos excepcionais, quando o parto ocorre sem assistência médica, e sem
preenchimento da DNV, o Oficial deve preenchê-la, com as cautelas exigidas. Na
normativa paulista o número da DNV deve constar em campo próprio do registro de
nascimento.

Da DNV constam os seguintes elementos do registro: o dia, mês, ano, local e hora
do nascimento; o sexo e o fato de o registrando ser gêmeo.

A filiação é estabelecida de acordo com a lei civil e deve ter ingresso no registro
de nascimento, para que possa ser provada.

A maternidade, em regra, é estabelecida na DNV, eis que decorre de um fato


natural. Disso decorre a máxima: “mãe é quem gera”. Exceção rara a isso é a gestação
por substituição.

A paternidade pode ser estabelecida no ato de registro. Essa é a forma mais usual
de fazê-lo. Ela pode ser declarada pelo pai, no próprio ato de registro. Pode também

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advir da presunção legal, e pelo reconhecimento judicial ou espontâneo ocorrido


posteriormente.

Nas certidões de nascimento não pode haver qualquer indicação sobre a origem
da filiação, ressalvadas as autorizações judiciais.

O declarante deve portar a DNV e ser um dos legitimados legais. Sua


identificação é imprescindível, por meio de documentos ou outra forma prevista em lei.
Sua capacidade também será auferida no momento da declaração.

Nos casos de adoção do menor de idade, o registro primitivo é cancelado, e


realizado novo registro, tendo como base o mandado judicial que ultima o processo de
adoção.

O registro de nascimento comporta diversas averbações, tais como


reconhecimento de filho biológico ou socioafetivo, negatória de paternidade,
retificações, alterações de prenome e gênero, alteração de nome imotivada no prazo de
um ano após maioridade, tutela, termos de guarda, suspensão e perda do poder
familiar, perda e retomada da nacionalidade brasileira, adoção unilateral, alteração de
patronímico familiar, dentre outras.

As anotações também são feitas no livro, tais como casamento, emancipação,


óbito, interdição, etc.

3.2 – Casamento

3.2.1 – Base legal

Art. 29, 44 e seguintes, art. 67 e seguintes, da Lei 6.015/1973.

Art. 9º, 1511 e seguintes do Código Civil brasileiro.

Provimento CNJ 53/2016

Provimento CNJ 73/2018

Provimento CNJ 82/2019

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3.2.2 – Características:

Casamento é instituto jurídico formal e solene, um contrato especial de direito


de família, onde, atendidas as formalidades legais, duas pessoas manifestam, perante a
autoridade competente, sua vontade de estabelecer vínculo conjugal.O casamento
pode ser civil, religioso com efeitos civis ou resultar da conversão de união estável em
casamento.

Aplicam-se aos casamentos homoafetivos, no que couber, as regras do


casamento heteroafetivo.

O casamento da pessoa com deficiência intelectual ou mental não é mais nulo,


em razão do Estatuto da Pessoa com Deficiência ou Lei Brasileira da Inclusão.

No casamento civil observa-se a existência de três atos: habilitação, celebração


e registro.

A celebração do casamento é sempre gratuita, mas sua habilitação, o registro e


a primeira certidão somente serão gratuitos aos pobres. Para os demais, serão cobrados
os emolumentos correspondentes.

No procedimento de habilitação serão verificados a legalidade, a validade, a


capacidade para o casamento, a ausência de impedimentos, as causas suspensivas, o
regime de bens pretendido e a situação do nome dos nubentes.

Os impedimentos, violadores da ordem pública, causam a nulidade do


casamento. São impedidos de casar: os ascendentes com os descendentes (parentesco
natural ou civil), os afins em linha reta, o adotante com quem foi cônjuge do adotado e
o adotado com quem o foi do adotante, os irmãos (unilaterais ou bilaterais) e demais
colaterais até terceiro grau inclusive, o adotado com o filho do adotante, as pessoas
casadas e o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de
homicídio contra seu consorte.

Já as causas suspensivas, por violarem interesses predominantemente privados,


ocasionam sanções patrimoniais aos nubentes, quais sejam a ineficácia da escolha do
regime de bens com a imposição do regime da separação de bens. O casamento
permanece válido.

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Quanto ao regime de bens, poderá ser o legal ou convencional. O regime legal é


o imposto pela lei (Exemplo: separação obrigatória de bens para os maiores de 70 anos),
ou o regime supletivo (regime da comunhão parcial de bens) quando não há
obrigatoriedade de outro regime e não foi feito pacto antenupcial.

O regime convencional é aquele escolhido por meio do pacto antenupcial, feito


por Escritura Pública e apresentado ao Oficial do RCPN.

A escolha do regime de bens é feita no momento da habilitação e pode ser


alterada até o momento da celebração. Após a celebração a alteração só poderá ser
feita mediante autorização judicial com pedido motivado de ambos os cônjuges. Essa
alteração, autorizada judicialmente, será averbada no registro de casamento.

Em relação ao nome dos nubentes, qualquer deles, querendo, poderá acrescer


ao seu o sobrenome do outro, vedada a supressão total do sobrenome de solteiro. Na
normativa de São Paulo, é permitida, em qualquer ordem, a intercalação dos
sobrenomes.

A habilitação de casamento é feita perante o registrador civil das pessoas


naturais da circunscrição de residência de um dos nubentes, e se eles residirem em
circunscrições diferentes, os editais devem ser publicados em ambas as circunscrições.

É preciso apresentar os documentos necessários, tais como documento de


identidade, certidão de nascimento, certidão do casamento anterior com a respectiva
averbação do divórcio, certidão de óbito do cônjuge falecido, pacto antenupcial, etc.

Na normativa paulista, a certidão de nascimento ou casamento anterior do


nubente pode ser apresentada no original em meio físico ou eletrônico, desde que
expedida há menos de 90 dias da data do requerimento da habilitação.

Os menores de 18 e maiores de 16 anos necessitam de autorização dos pais ou


responsáveis para casar. No caso de falta, será necessário o suprimento judicial.
Lembrando que não é mais possível o casamento do menor de 16 anos ante a nova
redação do artigo 1.520 do Código Civil

Em relação aos estrangeiros, poderão fazer a prova da idade, estado civil e


filiação por documento de identidade válido ou atestado consular ou certidão de

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nascimento traduzida e registrada por Oficial de Registro de Títulos e Documentos, e


prova de estado civil e filiação por declaração de testemunhas ou atestado consular. Na
normativa paulista, para a prova da idade, estado civil ou filiação, a certidão de
nascimento precisa ser legalizada por autoridade consular brasileira ou apostilada por
autoridade estrangeira, seguida de tradução por tradutor juramentado e registro no
RTD.

Também será preciso a declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou


não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar.

Com relação ao uso de procuração para o pedido de habilitação, a procuração


pode ser conferida por instrumento particular, sendo exigida a procuração pública
apenas para a assinatura do termo de registro de casamento. No entanto, é preciso
ressaltar, que caso se trate de pedido de conversão de união estável em casamento, por
ser dispensada a celebração, a procuração para habilitação também deverá ser pública.

Estando em ordem a documentação apresentada, será extraído o edital de


casamento e afixado por 15 dias na Serventia, além de ser publicado na imprensa local.

Após o prazo é expedido o certificado de habilitação e o casal estará apto a


celebrar o casamento.

A dispensa de proclamas poderá ser autorizada pelo Juiz em caso de urgência.

A celebração, em regra, será feita na sede da Serventia, mas pode ser em


diligência. Também poderá ser conferido efeito civil à celebração religiosa. Se for o caso
de conversão da união estável em casamento, não haverá celebração, o próprio
requerimento será considerado como a manifestação de vontade dos contraentes.

A cerimônia será pública e deverá ocorrer em local a portas abertas, diante de


duas testemunhas. Serão quatro testemunhas se um dos contraentes não puder assinar
e se a cerimônia for em edifício particular.

A autoridade competente é o juiz de paz, com competência constitucional para


tanto, sendo que sua investidura se dá por normativa estadual.

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Os contraentes podem se fazer representar na celebração por procuração por


instrumento público, com poderes especiais para o ato, indicação do nome completo do
outro nubente e regime de bens que será adotado.

Há duas situações especiais para a celebração do casamento: o casamento


urgente em caso de moléstia grave e o casamento nuncupativo.

No primeiro caso, a celebração é antecipada e realizada sem prévia habilitação,


exigindo-se a presença de duas testemunhas que saibam ler e escrever, podendo ser
realizada no local em que se encontra o nubente com a moléstia grave (a urgência é
aferida caso a caso, diante da probabilidade que o nubente faleça antes da celebração);
há a presença da autoridade celebrante. Já o segundo caso, não há a presença da
autoridade celebrante, em razão do iminente risco de vida de um dos nubentes e da
impossibilidade da presença da autoridade celebrante; exige-se a presença de seis
testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na
colateral, até segundo grau, que depois declararão o ocorrido perante a autoridade
judicial.

O termo do registro será feito obedecendo-se os requisitos legais e normativos,


e depois assinado pelo Juiz de Paz, nubentes, testemunhas e Oficial de Registro.

No caso de conversão de união estável em casamento, o termo só contará com


a assinatura do Oficial.

Em se tratando de casamento religioso com efeitos civis, os nubentes deverão


apresentar o termo religioso no prazo de 90 dias contados da celebração religiosa, para
que o Oficial lavre o registro.

O registro de casamento comporta diversas averbações, tais como retificações,


alterações de prenome e gênero, separação, divórcio, nulidade, anulação, alteração de
regime de bens, restabelecimento da sociedade conjugal, supressão do sobrenome do
ex-cônjuge após a viuvez, dentre outras.

As anotações também são feitas no livro, tais como novo casamento, óbito, etc.

3.3 – Óbito

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3.3.1 – Base legal

Artigos 29, 30, 53, 77 e seguintes da Lei 6015/1973

Artigo 9º do Código Civil Brasileiro

Provimento CNJ 63/2017

3.3.2 – Características:

A existência da pessoa natural termina com a morte, a qual consiste em um


importante marco que, formalmente, indica o fim da personalidade jurídica.

Permeando esse conceito, observamos que várias consequências derivam do


evento óbito, como a extinção do poder familiar, fim da sociedade conjugal, entre
outros.

E esse evento só tem efeitos jurídicos e sua publicidade formal com a lavratura
do respectivo registro, que é o meio hábil de se provar esse fato jurídico.

O registro de óbito e a primeira certidão respectiva são gratuitos a todos.

Em regra, o registro do óbito é feito com base na DO (declaração de óbito),


preenchida pela autoridade médica.

Em casos excepcionais, quando não houver assistência médica, nem emissão da


DO, o fato será declarado ao registrador por duas pessoas qualificadas, e esse deverá
providenciar a emissão da DO.

A competência para a lavratura do óbito é do Registrador do município do local


em que ocorreu o falecimento ou o do local da residência do falecido.

O declarante é um dos legitimados da lei, em ordem sucessiva. A ordem é


estabelecida para que a declaração seja feita por pessoa próxima ao falecido.

Algumas normativas estaduais dispõem que a ordem dos legitimados não precisa
ser observada, se for apresentada a DO.

Em regra, o óbito deverá ser lavrado antes do sepultamento, e até o prazo


regular de 24 horas, ou até 15 dias. Após esse prazo, o registro é considerado tardio

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(observa-se, ainda, o prazo excepcional de 3 meses, se o local estiver a mais de 30 km


da sede do cartório).

Se após esse prazo não for realizado o registro, embora não haja requisitos
previstos em lei, algumas normativas estaduais exigem autorização do Juiz para que o
registro seja lavrado.

Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 (um) ano, o


oficial verificará se houve registro de nascimento, que, em caso de falta, será
previamente feito.

O registro de óbito comporta diversas averbações, tais como retificações,


alteração do local do sepultamento, transferência de restos mortais, reconhecimento
de filiação em relação ao falecido, cadáver destinado a estudos e pesquisa, dentre
outras.

O registro de natimorto é feito no Livro C - auxiliar e assemelha-se ao assento de


óbito. Ele é feito quando há nascimento sem vida, e quando a gestação tiver duração
superior ou igual a 20 semanas ou o feto tiver peso igual ou superior a 500 g e/ou
estatura igual ou superior a 25 cm. Algumas normativas estaduais permitem aos pais a
faculdade de atribuir nome ao natimorto.

Algumas normativas estaduais prescrevem que a morte presumida, sem


decretação de ausência, após justificação, será registrada no Livro C.

A Lei 9104/1995 reconheceu a morte, para todos os efeitos legais, das pessoas
que foram detidas por agentes públicos e despareceram em razão da participação, ou
de acusação de participação, em atividades políticas no período de 2 de setembro de
1961 a 5 de outubro de 1988, ensejando o registro do óbito no Livro C do Oficial
Registrador do domicílio do requerente.

3.4 – Demais atos do RCPN – Livro E

3.4.1 – Base legal

Art. 29, , 33, parágrafo único, 89 e seguintes da Lei 6.015/1973.

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Art. 5º e 9º, 22 e seguintes, 1767 e seguintes do Código Civil brasileiro.

Provimento CNJ 37/2014

3.4.2 – Características:

O registro feito nesse livro tem a finalidade de dar publicidade aos demais atos
de competência do Registro Civil, mas que não são alvo do registro específico nos livros
anteriores. O registro é feito no domicilio das partes.

Emancipação (ato de registro): cessação da incapacidade por concessão


voluntária dos pais ou por sentença do juiz. A concessão da emancipação pelos pais ao
menor de 16 ou 17 anos se fará por instrumento público (Escritura de Emancipação) que
será apresentado ao Registrador Civil para registro. Se concedida por sentença judicial,
o registro se fará mediante apresentação do mandado judicial. A emancipação é
anotada no registro de nascimento do emancipado. Observa-se, portanto, que não há
registro da emancipação legal, prevista no artigo 5°, parágrafo único, inciso II, III, IV e V,
do Código Civil.

Interdição: Declarada a interdição por sentença, ela é registrada no Livro E do


domicílio do interditado. Com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, esse instituto foi
atualizado, pautado na dignidade da pessoa humana, e hoje se divide em curatela e
tomada de decisão apoiada, devendo constar seus limites. Serão averbados no registro
de Interdição: sentenças que puserem termo à interdição, substituição de curadores,
alterações do limite da curatela, cessação ou mudança da internação. A interdição será
anotada no nascimento e no casamento. A normativa paulista determina que as
sentenças que estabelecem tomada de decisão apoiada sejam registradas no Livro E.

Tomada de Decisão Apoiada: Algumas normativas estaduais (ex. item 1, l, e


subitem 115.2 cap. XVII das NSCGJ-SP Tomo II) determinam o registro da sentença que
decretar a tomada de decisão apoiada. O item 115.2 das normas paulistas determina a
aplicação do mesmo procedimento aplicado à interdição.

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Ausência: a sentença declaratória de ausência deve ser registrada no Livro “E”.


Nesse registro será averbada a abertura da sucessão provisória e também podem ser
averbadas a cessação da ausência, a substituição do curador e a abertura da sucessão
definitiva. Deve ser anotada no registro de nascimento e de casamento.

Tutela: instituto que consiste na colocação da criança ou adolescente em família


substituta, nos casos de falecimento dos pais, de decretação de sua ausência ou terem
decaído do poder familiar. Não há previsão expressa do registro da tutela, assim a
depender das normativas estaduais pode ser feito seu registro no Livro E ou sua
averbação no Livro de Nascimentos.

União estável: o registro da união estável é facultativo, mas tem papel


fundamental para dar publicidade a essa situação familiar, facilitando sua prova e dando
segurança jurídica aos conviventes. Deve estar instrumentalizada em escritura pública
ou título judicial. Serão averbadas no registro da união estável: a alteração de regime de
bens, a extinção da união estável. Se a união já estiver registrada, sua extinção será
averbada; se apresentada para registro extinção de união estável sem prévio registro da
união estável, será feito registro da extinção da união estável; se a sentença fizer
menção ao período em que foi mantida deverá ser feito o registro da união estável e,
na sequência, a averbação da sua extinção.

Opção de nacionalidade: o mandado emitido pela Justiça Federal, contendo a


opção feita pela nacionalidade brasileira, é registrado no domicílio do optante ou de
seus pais. A opção de nacionalidade é anotada no traslado do registro de nascimento no
Livro E.

Traslados de assentos de nascimento, casamento e óbito de brasileiro em país


estrangeiro: após a legalização consular ou apostilamento, e sua tradução, quando
necessária, o documento estrangeiro está apto para ser trasladado. Podem haver
averbações para incluir ou corrigir dados.

3.5 – Retificação, Restauração, Suprimento ou Cancelamento

3.5.1 – Base legal

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Artigos 109 e 110 da Lei 6015/1973

3.5.2 – Características:

A restauração, normalmente, é necessária em caso de perda, extravio ou


deterioração dos atos, livros e documentos. É a reconstituição desse registro.

O cancelamento é realizado por meio de averbação, acarretando a supressão de


efeitos dos direitos indicados no registro.

O suprimento decorre de alguma omissão no registro, que gera a necessidade de


haver um complemento. É processado judicialmente, e averbado no registro o mandado
judicial.

Retificação é a correção de dados do registro, podendo ser judicial ou


administrativa. Se judicial, adentra o cerne registral por meio de mandado. Se
administrativa, decorre de erro de fácil constatação, comprovado por documentos, e
fica a critério da independência jurídica do oficial a sua qualificação, não dependendo
de manifestação do Ministério Público e de decisão judicial.

3.6 – Ofícios Da Cidadania

3.6.1 – Base legal

Art. 29, §3°, da Lei 6015/1973

Provimento CNJ 66/2016

3.6.2 – Características:

Os Registradores Civis estão habilitados a firmar convênios com os órgãos


públicos ou outras entidades, de forma que os novos serviços devam ser formalizados,
necessariamente, com a homologação do Conselho Nacional de Justiça ou dos Tribunais
de Justiça dos Estados.

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A presença do registro civil em todo território brasileiro e a celebração desses


convênios com os entes públicos permitem o atendimento do usuário, representam a
redução da burocracia e a desjudicialização. Como exemplo: convênio firmado com a
Receita Federal do Brasil que permite, nos cartórios de Registro Civil, a inscrição do CPF,
a alteração de dados cadastrais, a emissão de segunda via de comprovante de inscrição,
emissão de comprovante de situação cadastral e recuperação do número de inscrição
da pessoa física.

Importante dizer que o STF, no julgamento da ADI n° 5855/DF, por maioria de


votos, julgou pela constitucionalidade parcial da Lei 13.484/2017 que incluiu o § 3° ao
artigo 29 da Lei n° 6.015/1973. Veja a Ementa da Decisão:

EMENTA: CONSTITUCIONAL. PROCESSO LEGISLATIVO. ORGANIZAÇÃO DOS


SERVIÇOS AUXILIARES DO PODER JUDICIÁRIO. MP 776. CONVERSÃO NA LEI
13.484/2017. ART. 29, §§ 3º E 4º, DA LEI DE REGISTROS PÚBLICOS. PROVIMENTO
66/2018 DA CORREGEDORIA NACIONAL DE JUSTIÇA. AUTORIZAÇÃO PARA CELEBRAÇÃO
DE CONVÊNIOS POR ENTIDADES DE CLASSE DOS OFICIAIS DO REGISTRO CIVIL DAS
PESSOAS NATURAIS. CONTROLE PRÉVIO PELAS CORREGEDORIAS DOS TRIBUNAIS DE
JUSTIÇA. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL.

1. O acréscimo dos parágrafos 3º e 4º ao art. 29 da Lei de Registros Públicos, por


emenda à MP 776, não se qualifica como contrabando legislativo, na medida em que há
correlação temática com o objeto da proposição original.

2. É válida a atribuição aos Ofícios de Registro Civil das Pessoas Naturais de


prestação de outros serviços remunerados, conexos aos seus serviços típicos,
mediante convênio devidamente homologado pelo Poder Judiciário local, em
credenciamento ou em matrícula com órgãos públicos e entidades interessadas,
podendo o referido convênio ser firmado pela entidade de classe dos
Registradores Civis das Pessoas Naturais de mesma abrangência territorial do
órgão da entidade interessada. 3. O exercício de serviços remunerados pelos
Ofícios de Registro Civil das Pessoas Naturais, mediante celebração de convênios,
depende de prévia homologação pelo Poder Judiciário, conforme o art. 96, II,
alínea “b”, e art. 236, § 1º, da CF.

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4. Medida cautelar parcialmente confirmada e Ação Direta julgada parcialmente


procedente para conferir interpretação conforme ao § 3º do art. 29, declarar
nulidade parcial com redução de texto da expressão “independe de
homologação”, constante do § 4º do referido art. 29 da Lei 6.015/1973, na
redação dada pela Lei 13.484/2017, e declarar a constitucionalidade do
Provimento 66/2018 da Corregedoria Nacional do Conselho Nacional de Justiça

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