Você está na página 1de 99

LEGISLAÇÃO

GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Estatuto dos Servidores da Bahia..........................................................................................................................5
1. Abrangência e Linha do Tempo. . ...........................................................................................................................5
1.1. Concurso Público.. .....................................................................................................................................................6
1.2. Provimento...................................................................................................................................................................7
1.3. Posse..............................................................................................................................................................................11
1.4. Exercício.......................................................................................................................................................................14
1.5. Estágio Probatório................................................................................................................................................16
1.6. Estabilidade. . .............................................................................................................................................................17
1.7. Vacância.......................................................................................................................................................................18
2. Relotação e Remoção. . ............................................................................................................................................19
2.1. Remoção.......................................................................................................................................................................19
2.2. Relotação...................................................................................................................................................................20
3. Direitos e Vantagens...............................................................................................................................................21
3.1. Vencimento e Remuneração.............................................................................................................................21
3.2. Indenizações e Auxílios. . ................................................................................................................................... 24
3.3. Gratificações e Adicionais...............................................................................................................................27
3.4. Férias...........................................................................................................................................................................29
3.5. Licenças.......................................................................................................................................................................31
3.6. Concessões..............................................................................................................................................................33
3.7. Tempo de Serviço..................................................................................................................................................33
3.8. Direito de Petição.................................................................................................................................................35
4. Regime Disciplinar.. .................................................................................................................................................36
4.1. Deveres........................................................................................................................................................................37
4.2. Proibições.................................................................................................................................................................38
4.3. Acumulação de Cargos......................................................................................................................................39
4.4. Responsabilidades...............................................................................................................................................41

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

4.5. Penalidades.............................................................................................................................................................42
5. Processo Administrativo Disciplinar............................................................................................................47
Resumo................................................................................................................................................................................55
Questões de Concursos.. ............................................................................................................................................64
Gabarito............................................................................................................................................................................... 76
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................77

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Apresentação
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos as disposições da Lei Estadual 6.677/1994, norma que esta-
belece o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado da Bahia.
Grande Abraço a todos e boa aula!
Diogo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

ESTATUTO DOS SERVIDORES DA BAHIA


1. Abrangência e Linha do Tempo
A Lei Estadual 6.677, de 1994, é a norma responsável por instituir o regime jurídico dos
servidores públicos civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Es-
taduais. É por meio das disposições da mencionada lei, desta forma, que os servidores esta-
duais estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos, bem como os
requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da norma em questão não se aplicam a todos os agentes pú-
blicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis estaduais, o que implica em dizer que os
empregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo de atua-
ção do estatuto estadual.
Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatutários dos demais
entes federativos, tal como a União e os Municípios. Ainda que estes servidores sejam regidos
por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.

A Lei Estadual 6.677 não é


A Lei Estadual 6.677 é aplicada
aplicada
Aos servidores estatutários da Aos empregados públicos, que são
administração direta estadual regidos pelas disposições da CLT
Aos servidores públicos da União, dos
Aos servidores das autarquias demais Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios
Aos servidores das fundações públicas Aos militares

A linha do tempo do serviço público é uma forma de compreendermos todo o processo de


ingresso, desenvolvimento e saída de um respectivo servidor no serviço público. Por meio de
sua análise, nos permitirá ter uma visão global de todas as etapas e facilitará a compreensão
dos diversos institutos aos quais os servidores estão sujeitos.
Desta forma, a linha do tempo do serviço público compreende, basicamente, as seguintes
fases: a) concurso, b) provimento, c) posse, d) exercício, e) estágio probatório, f) estabilidade
e g) vacância.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

1.1. Concurso Público


O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da
impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso assim o
fosse, seria muito fácil para administradores mal intencionados fraudar as regras previstas e
conceder certos favorecimentos para determinados candidatos, desrespeitando gravemente a
impessoalidade, princípio basilar de toda a atividade administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei Estadual 6.677 se preocupou em estabelecer diversas regras
a serem observadas pela administração pública quando da realização de concurso público.
Tais regras, salienta-se, devem observar as disposições constitucionais sobre a forma de
realização dos concursos públicos, disposições estas de observância obrigatória para toda a
administração pública.
Em seus artigos 13 a 15, a norma assim estabelece:

Art. 13 - O concurso público será de provas ou de provas e títulos, realizando-se mediante autoriza-
ção do Chefe do respectivo Poder, de acordo com o disposto em lei e regulamento.
Parágrafo único. No caso de empate, terão preferência, sucessivamente:
a) o candidato que tiver mais tempo de serviço prestado ao Estado da Bahia;
b) outros que o edital estabelecer, compatíveis com a finalidade do concurso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi
Art. 14 - O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado, dentro deste
prazo, uma única vez, por igual período, a critério da administração.
Parágrafo único. O prazo de validade do concurso, as condições de sua realização, os critérios de
classificação e convocação e o procedimento recursal cabível serão fixados em edital, que será
publicado no Diário Oficial.
Art. 15 - A realização do concurso será centralizada no órgão incumbido da administração central
de pessoal de cada Poder, salvo as exceções legais.

Percebam que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca,
para os servidores regidos pela Lei Estadual, poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até 2 anos, e a sua prorrogação, que pode-
rá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo inicialmente previsto para a validade
do certame.

EXEMPLO
Poderá a administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de validade de 1 ano, esta-
belecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser prorrogado uma única vez, por
igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a administração (trata-se de uma faculdade) prorro-
gar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um novo concurso.
E poderá a administração publicar edital de concurso com o prazo de validade de 2 anos,
improrrogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi que a adminis-
tração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possibilidade de prorrogação.
E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a possibilidade de prorro-
gação por 3 vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a 4 anos, seria válido?
Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desrespeitada a regra de
uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado nulo neste aspecto.
E se tivemos um edital regulamentando um concurso e estabelecendo como prazo de vali-
dade 2 anos, com a possibilidade de prorrogação por 1 ano. Estaria a administração, nesta
situação, respeitando as disposições legais?
Aqui, temos uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo total respeitado.
No entanto, além destas regras, não podemos nos esquecer que a prorrogação, em todos os
casos, deve ser pelo mesmo período inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2
anos, 6 meses + 6 meses.

1.2. Provimento
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os candidatos aprovados.
Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela
respectiva administração.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Desta forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade com-
petente de cada Poder, que deverá observar, conforme as regras estabelecidas no edital, um
limite mínimo de provimentos para as pessoas portadoras de deficiência.
Tal limite, atualmente, é de até 5% das vagas oferecidas no concurso, desde que a fração
obtida deste cálculo seja superior a 0,5 (cinco décimos).
A Lei 6.677/1994 estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo elas
a nomeação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.
Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de provimento, sendo que to-
das as demais são classificadas como forma de provimento derivadas.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, as formas de provimento derivado pre-
vistas no estatuto estadual podem ser classificadas em vertical, horizontal ou por reingresso.
Nesta classificação, a forma de provimento derivado vertical seria aquela em que o servi-
dor, já atuando na administração pública, passa para um cargo de nível mais elevado na carrei-
ra. Trata-se, em nosso ordenamento, da promoção.
O provimento derivado horizontal, por sua vez, ocorre quando o servidor não ascende nem
é rebaixado profissionalmente, mas sim posicionado em um cargo com as mesmas atribui-
ções e responsabilidades do anteriormente ocupado. Das hipóteses da Lei 6.677/1994, ape-
nas a readaptação se enquadra em tal classificação.
Por fim, temos as formas de provimento derivado por reingresso, que são aquelas em que
o servidor retorna para o serviço público após ter sido dele desligado. São classificadas nesta
categoria, dentre as formas de provimento previstas na norma, a reversão, a recondução, e a
reintegração.

Como forma de facilitar a compreensão das formas de provimento previstas na Lei


6.677/1994, veremos cada uma delas por meio dos gráficos a seguir:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo


público, podendo ocorrer de três diferentes maneiras:
a) em caráter permanente, quando se tratar de provimento em cargo de
classe inicial da carreira ou em cargo isolado;
b) em caráter temporário, para cargos de livre nomeação e exoneração;
c) em caráter vitalício, nos casos previstos na Constituição.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de
provimento efetivo ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente,
Nomeação
precisa de aprovação em concurso público anteriormente realizado.
Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre
nomeação e exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de
direção, chefia e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente
escolhidos pela autoridade nomeante, que pode optar por provê-los
com um servidor de carreira ou com uma pessoa até então estranha aos
quadros funcionais do serviço público.

A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no


âmbito da mesma carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no
cargo de classe mais baixa e o provimento no cargo de classe mais alta.
Como resultado, tem-se que ocorre simultaneamente uma vacância e um
provimento, não gerando saldo a ser reposto pela administração.
Vejamos o seguinte exemplo: No âmbito do Poder Judiciário, os cargos são
estruturados em três classes, sendo elas denominadas de A, B e C. Cada
uma destas classes é subdividida em padrões, de forma que o servidor, ao
entrar em exercício, ocupa a classe inicial A e o padrão inicial 1.
Após o período de 1 ano de efeito exercício, o servidor passa para o
padrão subsequente, permanecendo, contudo, na mesma classe.
No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último
Promoção
padrão da classe a que pertence, no entanto, temos a passagem de uma
classe para outra da carreira, oportunidade em que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a
classe B.
De acordo com a norma, a promoção ocorrerá por merecimento ou por
antiguidade.
No entanto, não haverá promoção de servidor que esteja em estágio
probatório ou que não esteja em efetivo exercício em órgão ou entidade
da administração estadual, ou, ainda, quando afastado para exercício
de mandato eletivo. Em caráter de exceção, temos a possibilidade de
promoção, netas situações, por antiguidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

A readaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em sua


capacidade física ou mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso
de aposentadoria.
Como exemplo, podemos citar um acidente no qual o servidor ficou
impossibilitado de digitar. Se anteriormente tal servidor era responsável
pela confecção das intimações e citações no órgão em que atuava, não
há, com a limitação ocorrida, a possibilidade de o servidor continuar
exercendo tais atividades.
Readaptação Mas percebam que o servidor não está impossibilitado para o serviço
público, podendo perfeitamente exercer atividades que não exijam o
esforço repetitivo de digitação.
Nesta situação, a administração coloca o servidor em um cargo
compatível com a limitação sofrida.
De acordo com a norma, é garantida à gestante o desempenho de
atribuições compatíveis com seu estado físico, nos casos em que houver
recomendação clínica, sem prejuízo de seus vencimentos e demais
vantagens do cargo.

Reversão é o retorno do aposentado por invalidez, quando os motivos


determinantes da aposentadoria forem declarados insubsistentes por junta
médica oficial, e desde que este não tenha atingido a idade de 70 anos.
Como não poderia deixar de ser, a reversão será feita para o mesmo cargo
anteriormente ocupado pelo servidor, ou então para o cargo resultante de
Reversão uma possível transformação.
Com a reversão, o servidor volta a receber a remuneração que
anteriormente recebia, com todas as vantagens de caráter pessoal
eventualmente existentes.
Caso não haja vaga, deverá o servidor permanecer em disponibilidade
remunerada.

Recondução é o retorno do servidor estável, sem direito à indenização,


ao cargo anteriormente ocupado, dentro da mesma carreira, em
Recondução decorrência de reintegração do anterior ocupante.
Encontrando-se provido o cargo, o servidor será aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade remunerada.

A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido


ao cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua
transformação, com ressarcimento de todas as vantagens.
Reintegração Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por sentença judicial
transitada em julgado ou por revisão do processo administrativo disciplinar.
Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em
disponibilidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

1.3. Posse
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o nomeado tem o pra-
zo de 30 dias para tomar posse, sendo que o prazo em questão poderá ser prorrogado por
mais 30 dias.
Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público, fato que apenas ocorre
com a posse.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprovados e anterior-
mente nomeados têm o primeiro contato com a administração pública, passando, a partir de
então, à condição de servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público.
Neste sentido, merece destaque os conceitos de cargo e de servidor público apresentados
pela Lei Estadual 6.677, conforme se observa da leitura dos artigos 2º e 3º da norma:

Art. 2º - Servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público.


Art. 3º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor,
com as características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e paga-

mento pelos cofres públicos, para provimento em caráter permanente ou temporário.

Assim, podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em con-
curso público, nomeada (ato de provimento) e que, dentro do prazo legal, tomou posse peran-
te a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efetivo exercício, po-
dem também ser utilizados para provimento em comissão.
O provimento em comissão é utilizado pela administração pública para as funções de dire-
ção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as pessoas designadas poderão ou não
já ser integrantes do serviço público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Ainda de acordo com as disposições iniciais da norma estadual, precisamos conhecer al-
guns conceitos expressos na Lei 6.677, conforme previsão dos artigos 5º e 6º:

Art. 5º - Para os efeitos desta Lei:


I – referência - é a posição estabelecida para o ocupante do cargo dentro da respectiva classe, de
acordo com o critério de antiguidade;
II – classe - é a posição hierarquizada de cargos da mesma denominação dentro da categoria fun-
cional;
III – categoria funcional - é o agrupamento de cargos classificados segundo o grau de conhecimen-
tos ou de habilidades exigidos;
IV – grupo ocupacional - é o conjunto de cargos identificados pela similaridade de área de conheci-
mento ou de atuação, assim como pela natureza dos respectivos trabalhos;
V – carreira - é a linha estabelecida para evolução em cargo de igual nomenclatura e na mesma
categoria funcional, de acordo com o merecimento e antiguidade do servidor;
VI – estrutura de cargos - é o conjunto de cargos ordenados segundo os diversos grupos ocupacio-
nais e categorias funcionais correspondentes;
VII – lotação - é o número de cargos de categoria funcional atribuído a cada unidade da administra-
ção pública direta, das autarquias e das fundações.
Art. 6º - Quadro é o conjunto de cargos de provimento permanente e de provimento temporário, inte-
grantes dos órgãos dos Poderes do Estado, das autarquias e das fundações públicas.

Devemos saber quais são as autoridades que possuem competência para dar posse aos
agentes públicos estaduais.
a) o Governador do Estado e os Presidentes do Tribunal de Justiça e da Assembleia Le-
gislativa tem competência para empossar os dirigentes de órgãos que lhe são diretamente su-
bordinados;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

b) os Secretários de Estado podem empossar os dirigentes superiores das autarquias e fun-


dações vinculadas às respectivas pastas e os servidores dos órgãos que lhes são diretamente
subordinados;
c) os Procuradores Gerais do Estado e da Justiça empossam os servidores que lhes são
diretamente subordinados;
d) os Presidentes dos Tribunais de Contas, por sua vez, podem empossar os respectivos
servidores, na forma determinada em suas respectivas leis orgânicas;
e) os dirigentes superiores das autarquias e fundações empossam os servidores que lhes
são diretamente subordinados;
f) os dirigentes dos serviços de administração ou órgão equivalente, por fim, dão posse aos
demais servidores.
A Lei Estadual apresenta, ainda, regras procedimentais sobre a forma como ocorrerá a
posse dos servidores públicos. Neste sentido é o teor dos artigos 13 e 14 da norma estadual:

Art. 19. § 1º - Quando se tratar de servidor em gozo de licença, ou afastado legalmente, o prazo será
contado a partir do término do impedimento.
§ 2º - Se a posse não se der dentro do prazo, o ato de nomeação será considerado sem efeito.
§ 3º - A posse poderá ocorrer por procuração específica.
§ 4º - O empossado, ao se investir no cargo de provimento permanente ou temporário, apresentará,
obrigatoriamente, declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração de
exercício de outro cargo, emprego ou função pública.
Art. 20 - A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto, física e mentalmente para
o exercício do cargo.

A Lei Estadual 6.677/1994, em seu artigo 8º, relaciona os requisitos que devem obrigatoria-
mente ser exigidos para que possa ocorrer a investidura em cargo público.
Tais requisitos devem ser comprovados no momento da posse, sendo inconstitucional
norma que estabeleça outro momento para a sua exigência, tal como a inscrição ou a data da
realização das provas.

Obs.: Nos termos da lei, são os seguintes os requisitos exigidos na data da posse:
 I – a nacionalidade brasileira ou equiparada;
 II – o gozo dos direitos políticos;
 III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
 IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
 V – a idade mínima de dezoito anos;
 VI – a boa saúde física e mental.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, em virtude das
atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, tal como a comprovação de expe-
riência mínima no ramo de atividade e a aprovação em curso de formação.

1.4. Exercício
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais
da administração pública estadual.
E como forma do servidor conhecer o local da repartição para onde foi nomeado e se or-
ganizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e demais procedimentos, a norma
faculta ao servidor o prazo de 30 dias, contados da posse, para a entrada em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no prazo legal, teremos,
ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma vez que, confor-
me anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular passa a constar
nos assentamentos funcionais da administração, sendo considerado, a partir de então, servi-
dor público.
Com a nomeação isso não ocorre, tratando-se esta, apenas, de uma forma de “chamar” o
candidato nomeado. Por isso mesmo, caso o particular não atenda ao chamado público, o ato
apenas será tornado sem efeito, acarretando, como consequência, a nomeação do candidato
classificado na posição subsequente.
Tais institutos podem ser mais bem visualizados, com os seus respectivos efeitos, por
meio do gráfico a seguir:

Constitui o exercício o efetivo desempenho efetivo desempenho das atribuições do cargo.


Neste sentido, compete à autoridade para onde foi nomeado o servidor todas as instruções
e orientações necessárias para que o servidor preste suas atividades adequadamente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

É durante o exercício do servidor que todas os demais institutos se fazem presentes, de


forma que passa ele a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se a
um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em lei, a
estabilidade.
Vejamos as demais disposições da norma em estudo relacionadas com o exercício do
cargo público:

Art. 22 - O início, a suspensão, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assenta-


mento do servidor.
Parágrafo único. ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos
necessários ao assentamento individual.
Art. 23 - O servidor relotado, removido ou afastado, que deva ter exercício em outra localidade, terá
30 (trinta) dias para entrar em exercício.
Parágrafo único. Na hipótese de encontrar-se o servidor afastado legalmente, aplica-se o disposto
no § 2º do artigo 21.
Art. 24 - O ocupante do cargo de provimento permanente fica sujeito a 30 (trinta) horas semanais de
trabalho, salvo quando a lei estabelecer duração diversa.
Art. 25 - Além do cumprimento do estabelecido no artigo anterior, o ocupante de cargo de provimen-
to temporário poderá ser convocado sempre que houver interesse da administração.
Art. 26 - O servidor somente poderá participar de missão ou estudos no exterior, mediante expressa
autorização do Chefe do Poder a que esteja vinculado.
§ 1º - A ausência não excederá a 2 (dois) anos, prorrogáveis por mais 2 (dois) e, finda a missão ou
estudo, somente decorrido igual período poderá ser permitida nova ausência.
§ 2º - Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença
para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a
hipótese do ressarcimento das despesas correspondentes.
§ 3º - O servidor ocupante de cargo de provimento temporário somente poderá ausentar-se em mis-
são oficial e pelo prazo estritamente necessário ao cumprimento dele.
§ 4º - O servidor ocupante de cargo de provimento temporário será substituído, em suas ausências
ou nos seus impedimentos, por outro, indicado na lei ou no regimento, ou, omissos estes, designado
por ato da autoridade competente, cumprindo ao substituto, quando titular de cargo em comissão,
exercer automaticamente as atribuições do cargo do substituído sem prejuízo do exercício das atri-
buições inerentes ao seu cargo, salvo se os encargos da substituição reclamarem a dispensa do
exercício destes.
§ 5º - A designação para substituir titular de cargo de provimento temporário deverá observar os
mesmos requisitos estabelecidos para o seu provimento e somente poderá recair sobre servidor ou
empregado público em exercício no respectivo órgão ou entidade e que, preferencialmente, desem-
penhe suas funções na unidade administrativa da lotação do substituído.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

1.5. Estágio Probatório


A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em conta
para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da eficiência, sendo
um dos momentos em que a administração pode verificar se o servidor atende às condições
por ela exigidas.
Tais condições, de acordo com a Lei 6.677/1994, são as seguintes:
a) assiduidade;
b) disciplina;
c) capacidade de iniciativa;
d) produtividade;
e) responsabilidade.
Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, ocorrida em 1998, o período para
aquisição da estabilidade passou a ser de 3 anos, norma esta que deve ser observada por toda
a Administração Pública de todos os entes federativos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período necessário para
a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é de que
o período de estágio probatório deve ser de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atualmente,
no âmbito do serviço público estadual.
A Lei 6.677/1994, em conformidade com este entendimento, possui a seguinte previsão no
artigo 27:

Art. 27, Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento permanente ficará
sujeito a estágio probatório por um período de 03 (três) anos, durante o qual sua aptidão e capaci-
dade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores (...)

A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódica e de


acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão.
Quatro meses antes de findo o período do estágio, a avaliação de desempenho do servidor,
obrigatoriamente, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do
desempenho do servidor, que será completada ao término do estágio.
Tendo o servidor sido aprovado no estágio probatório, passa a adquirir a estabilidade, que,
ressalta-se, vale para todo o serviço público, e não apenas para o cargo público que o servidor
eventualmente ocupa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

1.6. Estabilidade
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários.
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a
coação das autoridades superiores, que, não fosse a estabilidade, poderiam condicionar deter-
minados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
Como anteriormente mencionado, a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e
não do cargo em que o servidor encontra-se investigo. Neste sentido, merece destaque o en-
tendimento de José dos Santos Carvalho Filho:

“A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções”.

Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com esta qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço
público, com a possibilidade surreal de termos servidores praticando faltas graves contra a
administração sem a possibilidade de demissão.
Para que isso não ocorra, a Lei 6.677 estabelece, em seu artigo 29, as hipóteses em que o
servidor público estadual estável poderá perder o cargo:

Art. 29 - O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou de processo administrativo disciplinar, desde que lhe seja assegurada ampla defesa.

Além delas, temos duas outras possibilidades extraídas do texto da Constituição Federal,
sendo elas o procedimento de avaliação periódica e a redução de despesas quando os entes
federativos não observarem o limite máximo de gastos com pessoal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

1.7. Vacância
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o cargo
público anteriormente ocupado.
Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade em que o agente estatal rom-
pe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de hipóteses em que ocorre a simples
troca dos cargos ocupados pelo servidor.
Vejamos, tal como feito com as situações de provimento, as hipóteses de vacância previs-
tas no estatuto, que podem ser melhor visualizadas por meio da tabela adiante:

A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público,


mas sim do rompimento do vínculo mantido entre o servidor e a
administração pública. Tal forma de vacância pode ocorrer de maneira
voluntária ou involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-
se de exoneração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos
diante da exoneração involuntária.
De acordo com norma estadual, apenas em duas situações teremos a
exoneração involuntária (de ofício) do servidor público ocupante de cargo
Exoneração
efetivo:
a) Quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
b) Quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no
prazo estabelecido, que é de 30 dias.
Quando se tratar de cargo em comissão (provimento temporário), tendo
em vista que estes são de livre nomeação e exoneração e possuem
a característica da transitoriedade, a exoneração poderá ocorrer, à
qualquer tempo, à pedido do servidor (voluntária) ou de ofício, a juízo da
autoridade competente (involuntária).

Ao contrário da exoneração, que é a saída não punitiva do servidor,


as situações que acarretam a demissão são hipóteses previstas em lei
Demissão
em que o servidor comete alguma infração disciplinar ou não observa
determinadas normas previstas no estatuto funcional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Trata-se da forma de vacância natural, onde o servidor, após atender


as condições previstas na Constituição Federal, rompe o seu vínculo
Aposentadoria
com o Poder Público, passando a receber proventos decorrentes da
inatividade.

Com o falecimento, ocorre a vacância no cargo público, que será, após a


Falecimento publicação no diário oficial, objeto de preenchimento por novo servidor
público.

2. Relotação e Remoção
2.1. Remoção
A remoção pode ser entendida como o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício,
com preenchimento de claro de lotação, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudan-
ça de sede.
Do conceito legal, nota-se que a remoção (que não é uma forma de provimento em cargo
público), pode ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto por iniciativa do Poder Público.
Neste mesmo sentido, poderá a remoção dar-se com ou sem a mudança da sede onde o servi-
dor desempenha suas atribuições.
Na remoção de ofício, é o interesse da administração que é levado em conta, sem margem
de opção para a análise da vontade do servidor.
Na remoção a pedido, em sentido oposto, é a vontade do servidor que é levada em conta,
tratando-se de um ato, via de regra, discricionário do Poder Público. Por isso mesmo, a admi-
nistração deve levar em conta a conveniência e a oportunidade para deferir ou não o pedido
de remoção.
De acordo com a norma, dar-se-á remoção a pedido, para outra localidade, por motivo de
saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente, condicionado à comprovação por
junta médica oficial, hipótese em que, excepcionalmente, será dispensada a exigência de claro
de lotação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Entretanto, deverá o servidor preencher primeiro claro de lotação (vaga da lotação) que vier
a ocorrer.
A remoção não deve ser confundida, no entanto, com as hipóteses em que um dos cônju-
ges ou companheiros é aprovado em concurso público para outro órgão ou entidade.
Nestes casos, como a quebra do vínculo familiar não deu-se em função de uma ação do
Poder Público, mas sim como decorrência da vontade de um dos membros do casal, não há
que se falar em direito à remoção para acompanhar cônjuge, conforme entendimento do STJ
(REsp 616.831):

JURISPRUDÊNCIA
Hipótese em que não há falar em deslocamento do servidor público no interesse da Admi-
nistração, uma vez que se trata de primeiro provimento de cargo e o servidor tinha conhe-
cimento de que seu exercício seria, necessariamente, no Estado do Rio de Janeiro, tendo
em vista a natureza estadual do órgão para o qual foi nomeado. Inexiste, portanto, direito
líquido e certo da recorrente à remoção.

Por fim, ainda no âmbito da remoção para acompanhar cônjuge, o STJ possui entendimen-
to de que não há direito à remoção quando o casal não morava, inicialmente, na mesma locali-
dade. Neste sentido, destaca-se a pedagógica decisão proferida no âmbito do REsp 1.209.391:

JURISPRUDÊNCIA
Servidor público federal lotado no interior do Estado da Paraíba requereu a sua remoção
para a capital do estado ou, alternativamente, a lotação provisória em qualquer outro
órgão da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional para acompanhar
a esposa, servidora pública federal, removida de ofício de Campina Grande para João
Pessoa. Apesar de a esposa do autor ter sido removida de ofício, o apelante não faz jus à
remoção para a sede do TRE/PB, visto que o casal não residia na mesma localidade antes
da remoção da esposa. Portanto, o Estado não se omitiu do seu dever de proteger a uni-
dade familiar, que ocorre quando há o afastamento do convívio familiar direto e diário de
um dos seus integrantes.

2.2. Relotação
A relotação é a movimentação do servidor, com o respectivo cargo, com ou sem mudança
de sede, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder e natureza jurídica, cujos planos de
cargos e vencimentos sejam idênticos, de acordo com o interesse da administração.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

A relotação dar-se-á, exclusivamente, para ajustamento de quadros de pessoal às neces-


sidades dos serviços, inclusive nos casos de organização, extinção ou criação de órgãos ou
entidades.
Caso, no entanto, ocorra a extinção de um órgão ou entidade e os servidores não puderem
ser relotados, deverão os mesmos ser mantidos em disponibilidade.

3. Direitos e Vantagens
Os servidores regidos pela Lei Estadual 6.677/1994 possuem uma série de prerrogativas
para as mais diversas situações que podem ocorrem na sua vida profissional.
Basicamente, são as seguintes as classes de direitos e vantagens que o servidor público
civil estadual poderá ter direito:
a) vencimento e remuneração;
b) indenizações e auxílios pecuniários;
c) gratificações e adicionais;
d) férias;
e) licenças;
f) concessões;
g) direito de petição;

3.1. Vencimento e Remuneração


O vencimento e a remuneração são, sem dúvida alguma, duas das mais importantes van-
tagens concedidas aos servidores.
E como estamos no âmbito da administração pública, em plena consonância com o princí-
pio da legalidade, é a própria Lei 6.677 que estipula as diversas regras referentes ao assunto,
dentre as quais se destaca a que determina que “é proibida a prestação de serviços gratuitos,
salvo nos casos estipulados em lei” (art. 7º).
Devemos guardar a diferenciação existente entre vencimento e remuneração.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Vencimento é um conceito mais restrito, tratando-se da retribuição pecuniária pelo exer-


cício do cargo público.
Remuneração, por outro lato, apresenta um conceito mais amplo, compreendendo os ven-
cimentos e as vantagens pecuniárias permanentes ou temporárias estabelecidas em lei.

De acordo com o artigo 55 da norma em estudo, temos a previsão de que “Nenhum servi-
dor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário mínimo”.
No entanto, a Súmula Vinculante n. 6 do STF criou um exceção à regra geral ao estabelecer
que não viola a Constituição Federal o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mí-
nimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial

JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 6
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo
para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

 Obs.: Os praças militares são os indivíduos recém-incorporados ao serviço militar. Ainda


que não sejam abrangidos pela Lei 6.677, trata-se de importante entendimento do STF
que já foi cobrado diversas vezes em provas de concurso.

Outra importante garantia assegurada às verbas recebidas pelos servidores é a que esta-
belece a impossibilidade de termos, em regra, o arresto, o sequestro e a penhora do venci-
mento, da remuneração e dos proventos recebidos pelos servidores públicos.
Tais institutos, oriundos do Direito Civil, apenas poderão ser utilizados nas hipóteses de
prestação de alimentos, e ainda assim quando decorrerem de decisão judicial. Neste sentido é
o teor do artigo 60 da Lei 6.677/1994:

Art. 60 - O vencimento, a remuneração e os proventos não serão objeto de arresto, sequestro ou


penhora, exceto no caso de verba alimentar resultante de decisão judicial.

Como vimos, as parcelas recebidas pelo servidor, de caráter pecuniário, objetivam conferir
a este uma retribuição pelos serviços prestados ao Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Tal remuneração, entretanto, não poderá exceder aos valores recebidos pelos detentores
de Poder, em plena consonância com a disposição constitucional que estabelece a obrigato-
riedade de observância, por toda a administração pública, do teto remuneratório. Assim, esta-
belece o artigo 54 do estatuto a seguinte regra geral:

Art. 54 - Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior
à soma dos valores fixados como remuneração, em espécie, a qualquer título, para Secretário de Estado.

Inicialmente, deve-se observar que o teto remuneratório estabelecido pela Lei 6.677 não é o
mesmo daquele estabelecido pela Constituição Federal. Da mesma forma, ainda que os tetos
sejam diferentes, o limite da Lei 6.677 não é inconstitucional, haja vista que apresenta uma
regra mais restrita do que a estabelecida pela constituição.
Não são todas as verbas que devem observar o teto remuneratório, que é, como vimos, a
remuneração fixada para o Secretário de Estado.
Assim, a Lei Estadual elenca uma série de verbas que, por possuírem, em maior parte, na-
tureza indenizatória, não estão abrangidas pelo teto remuneratório, sendo elas:
a) a ajuda de custo, as diárias e o transporte;
b) gratificação natalina;
c) adicional por tempo de serviço;
d) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
e) adicional de 1/3 de férias;
f) salário família.
Nestas situações, o valor das verbas elencadas não será computado para fins de verifica-
ção do limite de remuneração.
Vejamos as demais regras relacionadas com a remuneração e com o vencimento dos ser-
vidores estaduais:

Art. 56 - O servidor perderá:


I – a remuneração dos dias em que faltar ao serviço;
II – a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas,
iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos.
Art. 57 - Salvo por imposição legal ou por mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a re-
muneração ou proventos.
Parágrafo único. Mediante autorização escrita do servidor, haverá desconto ou consignação em
folha de pagamento em favor de entidade sindical e associação de servidores a que seja filiado, ou
de terceiros, na forma definida em regulamento.
Art. 58 - As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais, atualiza-
das, não excedentes à terça parte da remuneração ou dos proventos.
Parágrafo único. Independentemente do parcelamento previsto neste artigo, a percepção de quan-
tias indevidas poderá implicar processo disciplinar para apuração de responsabilidade.
Art. 59 - O servidor em débito com o erário, que for demitido ou exonerado, terá o prazo de 30 (trinta)
dias para quitá-lo.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará a sua inscrição em dívida ativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

3.2. Indenizações e Auxílios


Duas são as principais peculiaridades das parcelas de caráter indenizatório:
a) A não incidência de imposto de renda e de contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos, de forma que o total líquido recebido a título de indenização é idêntico ao valor es-
tabelecido em lei ou regulamento.
b) O fato destas verbas não se incorporarem ao vencimento ou ao provento do servi-
dor, sendo que o recebimento é cessado tão logo as causas que ensejaram o recebimento
desapareçam.
Tal característica é um diferencial em relação às verbas remuneratórias, tais como os adi-
cionais e as gratificações, que, nos casos e condições previstos em lei, incorporam-se ao ven-
cimento e ao provento.
Neste sentido é o teor do artigo 61 da Lei Estadual 6.677/1994:

Art. 61 - Além do vencimento, poderão ser concedidas ao servidor as seguintes vantagens:


I – indenizações;
II – auxílios pecuniários;
III – gratificações;
§ 1º - As indenizações e os auxílios não se incorporam ao vencimento ou proventos para qualquer
efeito.
§ 2º - As gratificações e a vantagem pessoal por estabilidade econômica incorporam-se ao venci-
mento ou aos proventos, nos casos e condições indicados em lei.

Três são as indenizações expressamente previstas no estatuto funcional, sendo elas a aju-
da de custo, as diárias e o transporte.

3.2.1. Ajuda de Custo

Trata-se a ajuda de custo de verba de caráter compensatório, cujo objetivo é ressarcir as


despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em
nova sede, com mudança de domicílio, ou que se deslocar a serviço ou por motivo de estudo,
no país ou para o exterior.
Como regra geral, a ajuda de custo não poderá exceder a importância correspondente a 15
vezes o valor do menor vencimento pago pela Administração Pública do Estado.
Em caráter de exceção, temos a hipótese de missão ou estudo no exterior, oportunidade
em que o valor da ajuda de custo será fixado pelo Chefe do respectivo Poder.
Caso o servidor receba a ajuda de custo e não se apresente na nova sede no prazo de 30
dias, deverá devolver a quantia anteriormente recebida.
Estabelece a Lei 6.677 (art. 64, §2º), ainda, que “É assegurado aos dependentes do servidor
que falecer na nova sede, ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados do óbito”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Por fim, vejamos as situações em que, de acordo com a norma legal, não teremos a con-
cessão de ajuda de custo.

Art. 66 - Não será concedida ajuda de custo:


I – ao servidor que se afastar da sede ou a ela retornar, em virtude de mandato eletivo;
II – ao servidor que for afastado para servir em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, de
outros Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III – ao servidor que for removido a pedido;
IV – a um dos cônjuges, sendo ambos servidores estaduais, quando o outro tiver direito à ajuda de
custo pela mesma mudança de sede.

3.2.2. Diárias

As diárias são utilizadas com a finalidade de compensar os gastos do servidor que se au-
sentar da sua sede em caráter transitório ou eventual.

Art. 68 - Ao servidor que se deslocar da sede em caráter eventual ou transitório, no interesse do


serviço, serão concedidas, além de transporte, diárias para atender às despesas de alimentação e
hospedagem.
Parágrafo único. Serão concedidas diárias, em ressarcimento das despesas de alimentação e hos-
pedagem, ao servidor ou colaborador eventual que acompanhar servidor com deficiência em deslo-
camento a serviço, na forma do regulamento.

Nota-se, de imediato, que a principal distinção entre a ajuda de custo e as diárias trata-se
do caráter de eventualidade no exercício da atividade desta última.
Em outras palavras, as situações que dão direito ao recebimento de ajuda de custo são
aquelas em que o servidor passa a ter exercício em outra sede, com caráter de definitividade.
Em sentido oposto, as hipóteses de diárias são aquelas em que o exercício da atribuição
ocorre em outro local que não o da repartição, mas de forma eventual ou transitória. Termina-
da a atividade, o servidor retorna para a sede da repartição pública.
Por isso mesmo é que a lei estadual determina (art. 69) que “não será concedida diária
quando o deslocamento do servidor implicar desligamento de sua sede”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

A Lei 6.677/1994 estipula as seguintes regras para as diárias:

Art. 70 - O total de diárias atribuídas ao servidor não poderá exceder a 180 (cento e oitenta) dias
por ano, salvo em casos especiais expressamente autorizados pelo Chefe do Poder ou dirigente
superior de entidades.
Art. 71 - O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado
a restituí-las integralmente e de uma só vez, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Na hipótese do servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o
seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto neste artigo.

3.2.3. Transporte

A concessão de transporte tem como objetivo ressarcir as despesas que o servidor teve,
no desempenho de suas atividades, com a utilização de meio próprio de locomoção.
Nos termos do estatuto, apenas um artigo faz menção a tal parcela indenizatória (art. 72):

Art. 72 - Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utiliza-
ção de meio próprio de locomoção para execução de serviços externos, na sede ou fora dela, no
interesse da administração, na forma e condições estabelecidas em regulamento.

EXEMPLO
Os Oficiais de Justiça possuem, dentre as suas atribuições, a de realizar diligências externas
com a finalidade de dar cumprimento a mandados judiciais, devendo, para tal, dirigir-se, com
veículo próprio de locomoção, aos diversos Municípios que compõem a sua jurisdição.
Como utilizam meio próprio de locomoção, recebem, como contrapartida, uma parcela de cará-
ter indenizatório destinada a custear as despesas incorridas para a prestação da atividade.

3.2.4. Auxílios Pecuniários

Poderão ser concedidos aos servidores, desde que atendidos os requisitos legais, os se-
guintes auxílios pecuniários:
a) auxílio-moradia;
b) auxílio-transporte;
c) auxílio-alimentação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

O servidor, quando deslocado de ofício de sua sede, em caráter


temporário, no interesse da administração, fará jus a auxílio para
moradia, na forma e condições estabelecidas em regulamento.
O auxílio-moradia é devido a partir da data do exercício na nova
Auxílio-Moradia
sede, em valor nunca inferior a 20% da remuneração do cargo
permanente, até o prazo máximo de 2 anos.
O auxílio-moradia não será concedido, ou será suspenso, quando
o servidor ocupar prédio público.

O auxílio-transporte será devido ao servidor ativo, nos


deslocamentos da residência para o trabalho e vice-versa, na
Auxílio-
forma e condições estabelecidas em regulamento.
Transporte
A participação do servidor não poderá exceder a 6% (seis por
cento) do vencimento básico.

Auxílio- O auxílio-alimentação será devido ao servidor ativo, na forma e


Alimentação condições estabelecidas em regulamento.

3.3. Gratificações e Adicionais


Além do vencimento e das vantagens previstas no estatuto estadual, poderão ser deferidos
aos servidores regidos por tal norma as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
I – pelo exercício de cargo de provimento temporário;
II – natalina;
III – adicional por tempo de serviço;
IV – adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V – adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI – adicional noturno;
VII – outras gratificações ou adicionais previstos em lei.
Para facilitar a compreensão, serão relacionadas as principais características e informa-
ções de cada uma das gratificações e dos adicionais.

O servidor investido em cargo de provimento permanente terá direito a


perceber, pelo exercício do cargo de provimento temporário, gratificação
equivalente a 30% do valor correspondente ao símbolo respectivo.
Gratificação
Poderá o servidor, nesta situação, optar pelo valor integral do símbolo,
pelo Exercício
que, neste caso, será pago como vencimento básico enquanto durar a
de Cargo de
investidura, ou, ainda, optar pelo recebimento da diferença entre este e
Provimento
a retribuição do seu cargo efetivo.
Temporário
Em caso de substituição, o servidor perceberá, a partir do 10º dia
consecutivo, a remuneração do cargo do substituído, que será paga na
proporção dos dias de efetiva substituição.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Trata-se a gratificação natalina do popularmente conhecido “13º salário”.


Desta forma, a cada mês de efetivo exercício o servidor público estadual
adquire o direito a 1/12 do respectivo adicional, que deverá ser pago,
obrigatoriamente, até o dia 20 de dezembro de cada ano.
Importante constar que a fração igual ou superior a 15 dias será
computada como mês de efetivo exercício, bem como que, em caso de
exoneração do servidor antes da data de pagamento da gratificação, terá
ele direito ao recebimento proporcional, que será calculada com base nos
meses de efetivo exercício.
Vejamos esta regra por meio de um exemplo:
Antônio, após aprovação em concurso público, entrou em exercício
no dia 12 de abril de 2014. No dia 14 de novembro do mesmo ano, por
motivos particulares, solicitou a exoneração do cargo público. Neste caso,
além das demais verbas devidas, terá Antônio direito ao recebimento
proporcional da gratificação natalina. Para tal, devemos levar em conta os
Gratificação
meses de efetivo exercício em que Antônio trabalhou.
Natalina
• O mês de abril é considerado mês integral, uma vez que Antônio
trabalhou 19 dias (de 12/04 a 30/04).
• Os meses de maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro também
são computados como de efetivo exercício.
• O mês de novembro, no entanto, não será computado, uma vez que
Antônio trabalhou apenas 14 dias do período em questão.
Logo, o período que deverá ser levado em consideração, para efeitos de
pagamento da gratificação natalina, é o de 7 meses.
Fica assegurado o adiantamento da gratificação natalina, que será
pago no mês do aniversário do servidor, independente da sua prévia
manifestação, não podendo a importância correspondente exceder à
metade da remuneração por este percebida no mês.
O adiantamento em questão poderá ocorrer no momento das férias do
servidor, desde que, para isso, haja opção expressa do beneficiário, com
antecedência mínima de 30 dias do mês do seu aniversário.
O servidor com mais de 5 anos de efetivo exercício no serviço público terá
direito, por anuênio, contínuo ou não, à percepção de adicional calculado
à razão de 1% sobre o valor do vencimento básico do cargo de que seja
Adicional por ocupante.
Tempo de Serviço Para efeito do adicional, considera-se de efetivo exercício o tempo de
serviço prestado, sob qualquer regime de trabalho, na Administração
Pública direta e indireta da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

A periculosidade está relacionada com atividades que coloquem o


servidor em situações de risco de morte.
A insalubridade está relacionada com condições do ambiente de trabalho,
que, ainda que não causem um risco imediato, vão prejudicando, aos
poucos, a saúde do servidor, tal como a falta de iluminação adequada ou o
contato com substâncias tóxicas.
A penosidade se relaciona com os servidores que estejam em exercício
em zonas de fronteira ou outras localidades com baixa qualidade de vida.
Adicionais de Em todas estas situações, será devido aos servidores um adicional, que
Insalubridade, será pago conforme as disposições estabelecidas em regulamento do
Periculosidade órgão público. Caso o servidor se enquadre em uma das situações que
ou Atividades enseje o pagamento, simultaneamente, do adicional de periculosidade e
Penosas de insalubridade, deverá optar pelo recebimento de um deles.
As servidoras gestantes ou lactantes deverão, obrigatoriamente, ser
afastadas das atividades exercidas em locais penosos, insalubres ou
perigosos durante o período da respectiva gestação ou lactação.
Deve a administração, nestas situações, proporcionar que o trabalho
da servidora seja feito em um ambiente salubre e livre dos riscos de
periculosidade e penosidade.
Importante salientar que o servidor que fizer jus aos adicionais de
insalubridade e periculosidade deverá optar por um deles.
São as populares “horas extras”, cuja remuneração, em caso de exercício, é
acrescida de um adicional de 50% sobre o valor da hora normal de serviço.
Adicional
Frisa-se que somente será permitida a realização de serviço extraordinário
por Serviço
para atender situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite
Extraordinário
máximo de 2 horas diárias, podendo ser elevado este limite nas atividades
que não comportem interrupção, consoante se dispuser em regulamento.
Os servidores que trabalharem no período compreendido entre as
22 horas de um dia até às 05 horas do dia seguinte terão direito ao
Adicional recebimento do adicional noturno, que será calculado sobre o valor da
Noturno hora normal de trabalho.
Estabelece a Lei 6.677 que o percentual do adicional noturno será de 50%
sobre o valor normal da hora trabalhada.

3.4. Férias
O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos servidores públi-
cos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da iniciativa privada.
Decorre o direito de férias, desta forma, de uma previsão constitucional, conforme estabe-
lece o artigo 7º, XVII, da Constituição Federal:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, as férias dos servidores po-
dem ser parceladas em até 3 etapas, desde que requeridas pelo servidor e no interesse da
administração.
Por se tratar de direito social garantido constitucionalmente aos servidores públicos, a
regra é a de que as férias não podem ser interrompidas. Os poucos casos em que é possível
a interrupção são situações de extrema importância para a continuidade do serviço público,
conforme estabelece a Lei Estadual 6.677/1994 em seu artigo 97.

Art. 97 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral e, ainda, por motivo de superior interesse
público, mediante ato fundamentado.

O servidor cujo período de férias tenha sido interrompido terá assegurado o direito a fruir
os dias restantes, logo que seja dispensado da correspondente obrigação.

Vejamos as demais informações relevantes sobre as férias dos servidores públicos do


Estado da Bahia:

Art. 93, § 1º - O servidor terá direito a férias após cada período de 12 (doze) meses de efetivo exer-
cício, na seguinte proporção:
I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver tido mais de 5 (cinco) faltas;
II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi
III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 2º - As férias serão gozadas de acordo com a escala organizada pela unidade administrativa
competente.
§ 4º- As férias serão fruídas dentro dos 12 (doze) meses subsequentes àquele em que foi comple-
tado o período aquisitivo de referência.
Art. 94 - Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um acrés-
cimo de 1/3 (um terço) da remuneração correspondente ao período de gozo.
Art. 96 - O pagamento do acréscimo previsto no art. 94 desta Lei será efetuado no mês anterior ao
início das férias.

3.5. Licenças
Estabelece a Lei Estadual 6.677/1994 uma série de licenças passíveis de utilização pelos
servidores públicos, sendo elas:
a) por motivo de doença em pessoa da família;
b) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
c) para prestar o serviço militar obrigatório;
d) para concorrer a mandato eletivo e exercê-lo;
e) para tratar de interesse particular;
f) para o servidor-atleta participar de competição oficial.
Ressalta-se que a licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma es-
pécie será considerada como prorrogação.
Além disso, a regra geral é a de que o servidor público não pode permanecer em licença por
período superior a 24 meses.
Em caráter de exceção, a norma estabelece que o prazo poderá ser ultrapassado quando
estivemos diante da licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, da licen-
ça para prestar o serviço militar obrigatório e da licença para concorrer a mandato eletivo e
exercê-lo.
Vejamos cada uma das licenças previstas na norma estadual:

Trata-se de licença para aqueles servidores que tiverem que auxiliar


algum de seus familiares nos casos de doença, desde que tal atividade
não seja possível de ser executada concomitantemente com as
Licença por
atividades da repartição.
Motivo de
A licença será concedida da seguinte forma:
Doença em
a) com remuneração integral, até 3 meses;
Pessoa da
b) com 2/3 da remuneração, quando exceder a 3 meses e não
Família
ultrapassar 06 meses;
c) com 1/3 da remuneração, quando exceder a 6 meses e não
ultrapassar 12 meses.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Estabelece a norma que “Poderá ser concedida licença ao servidor para


acompanhar cônjuge ou companheiro, servidor público estadual, que
Licença por
for deslocado para outro ponto do Estado ou do país, para o exterior ou
Motivo de
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo”.
Afastamento
Trata-se de licença de caráter discricionário, ou seja, que pode ou não
do Cônjuge
ser concedida pela administração pública.
Nestas situações, a licença, se concedida, será sem remuneração.

A informação imprescindível sobre tal licença é que, uma vez concedida,


Licença para
terá o servidor, após concluir a obrigação, um prazo de 30 dias para
prestar o
reassumir o exercício do cargo público.
Serviço Militar
A licença para o serviço militar terá todas as suas condições
Obrigatório
estabelecidas em legislação específica.

Caso o servidor público seja eleito para o desempenho de mandato


eletivo, aplicam-se, de acordo com a Constituição Federal e a Lei
Estadual 6.677/1994, as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado
Licença para
do cargo;
Concorrer
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe
a Mandato
facultado optar pela sua remuneração;
Eletivo e
III – investido no mandato de vereador:
Exercê-lo
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu
cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

A critério da administração (não é ato administrativo vinculado, mas


mera discricionariedade), poderá ser concedida licença ao servidor,
desde que este não esteja em estágio probatório, pelo prazo de até
3 anos consecutivos, sem remuneração, para tratar de assuntos
particulares.
Licença para
Uma vez concedida, a licença poderá ser interrompida, a qualquer
Tratar de
tempo, a pedido do servidor ou de ofício, no interesse do Poder Público.
Interesse
Duas outras informações são essenciais com relação à licença para
Particular
tratar de interesse particular, sendo elas:
a) não será concedida nova licença antes de decorridos 2 anos do
término da anterior, salvo para completar o período de 3 anos.
b) não será concedida licença a servidor nomeado, removido ou
relotado, antes de completar 2 anos do correspondente exercício.

Licença para o
Servidor-atleta Será concedida licença ao servidor-atleta selecionado para representar o
participar de Estado ou o País, durante o período da competição oficial, sem prejuízo
competição de remuneração.
oficial

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

3.6. Concessões
Nos termos da Lei 6.677/1994, o servidor público estadual poderá se ausentar do serviço,
sem desconto na sua remuneração, nos seguintes casos:
1) por 1 dia, para doação de sangue;
2) por 2 dias, para alistamento eleitoral;
3) por 8 dias consecutivos, por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, padrasto ou madrasta, filhos, enteados, menor
sob guarda ou tutela e irmãos, desde que comprovados com atestado de óbito.
4) até 15 (quinze) dias, por período de trânsito, compreendido como o tempo gasto pelo ser-
vidor que mudar de sede, contados da data do desligamento.
Além disso, temos os casos dos servidores estudantes.
Quanto a estes, a lei confere a possibilidade de ter horário diferenciado nas situações em
que haja incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição. No entanto, o servidor
terá que compensar o respectivo horário, em acordo com a sua chefia imediata.
Caso o servidor estudante mude de sede em virtude de interesse da administração, será
assegurado, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição
oficial estadual de ensino, em qualquer época, independentemente de vaga.
Tal garantia compreende, inclusive, o cônjuge ou companheiro, bem como os filhos e en-
teados do servidor que vivam na sua companhia e os menores sob sua guarda ou tutela, com
autorização judicial.
Tais previsões constam nos artigos 114 e 115 da norma estadual, de seguinte redação:

Art. 114 - Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a in-
compatibilidade do horário escolar com o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horários na
repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.
Art. 115 - Ao servidor-estudante que mudar de sede em virtude de interesse da administração, é
assegurado, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição oficial
estadual de ensino, em qualquer época, independentemente de vaga, na forma e condições estabe-
lecidas em legislação específica.
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos e ente-
ados do servidor que vivam na sua companhia, assim como aos menores sob sua guarda ou tutela,
com autorização judicial.

3.7. Tempo de Serviço


É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público estadual. Este tempo será con-
tado em dias, que serão convertidos em anos, considerando-se como tal o período de 365 dias.
A Lei 6.677 faz uma distinção entre as situações que são computadas como de efetivo
exercício e aquelas em que o respectivo tempo apenas será contado para efeito de aposenta-
doria e disponibilidade.
No caso de efetivo exercício, estamos diante de hipóteses em que o servidor desempenha
suas atribuições regularmente ou encontra-se afastado mediante alguma concessão legal-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

mente autorizada. Como consequência, há a contribuição para a previdência social e a conti-


nuidade no recebimento da remuneração.
Nas situações em que o tempo de serviço é contado apenas para efeito de aposentadoria
e disponibilidade, não há a contagem de tempo para efeito de efetivo exercício. Contudo, o
respectivo período será considerado para efeito de contribuição previdenciária e posterior apo-
sentadoria ou disponibilidade.

São considerados como de efetivo É contado apenas para efeito de


exercício aposentadoria e disponibilidade
I – férias;
II – exercício de cargo de provimento
temporário ou equivalente, em órgão ou
entidade do próprio Estado, da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;
III – participação em programa de treinamento
regularmente instituído;
IV – desempenho de mandato eletivo federal,
estadual, municipal ou distrital;
I – o tempo de serviço público prestado à
V – prestação do serviço militar obrigatório;
União, aos Estados, aos Municípios e ao
VI – participação em júri e em outros serviços
Distrito Federal;
obrigatórios por lei;
II – a licença para tratamento de saúde
VII – missão ou estudos em outros pontos
de pessoa da família do servidor, até 365
do território nacional ou no exterior, quando
(trezentos e sessenta e cinco) dias;
o afastamento houver sido autorizado pela
III – a licença para concorrer a mandato eletivo;
autoridade competente;
IV – o tempo correspondente ao desempenho
VIII – abono de falta, a critério do chefe
de mandato eletivo federal, estadual, municipal
imediato do servidor, no máximo de 3 (três)
ou distrital, anterior ao ingresso no serviço
dias por mês, desde que não seja ultrapassado
público estadual;
o limite de 12 (doze) por ano;
V – o tempo de serviço relativo a tiro de
IX – prisão do servidor, quando absolvido por
guerra;
decisão judicial passada em julgado;
VI – até 10 (dez) anos do tempo de serviço
X – afastamento preventivo do servidor,
em atividade privada, vinculada à Previdência
quando do processo não resultar punição, ou
Social, desde que um decênio, pelo menos,
esta se limitar à penalidade de advertência;
no serviço público estadual, ressalvada a
XI – licença:
legislação federal regulamentadora da matéria.
a) à gestante, à adotante e licença-paternidade;
b) para tratamento da própria saúde;
c) por motivo de acidente em serviço ou por
doença profissional;
d) prêmio por assiduidade;
e) para o servidor-atleta.
XII – disponibilidade para o exercício de
mandato eletivo em diretoria de entidade
sindical, exceto para efeito de promoção por
merecimento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

3.8. Direito de Petição


Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará obrigado
a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau de hierarquia em
suas estruturas, é de extrema importância que o servidor tenha meios de pleitear os direitos
que lhe são próprios nas situações em que se sentir coagido ou em que houver descaso por
parte dos seus superiores. Tais situações são atendidas por meio do direito de petição.
Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo que entenderem
de direito.
Neste sentido, devemos fazer uso do artigo 169 da Lei 6.677, que estabelece o prazo pres-
cricional para o direito de petição do servidor público estadual:

Art. 169 - O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
cassação de aposentadoria ou de disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes da relação funcional.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da
ciência, pelo servidor, quando não for publicado.

Para entendermos como funciona a sistemática dos pedidos, reconsideração e recursos,


vamos a um esquema que nos ajudará a visualizar todo o processo:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Os artigos 170 a 174 da norma estadual relacionam características do direito de petição e


conferem uma maior celeridade ao procedimento.

Art. 170 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem a prescrição, reco-
meçando a correr, pelo restante, no dia em que cessar a causa da suspensão.
Art. 171 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
Art. 172 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento na
repartição do servidor, ressalvado o disposto na Lei n. 8.906, de 4 de julho de 1994.
Art. 173 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo, salvo quando o servi-
dor provar evento imprevisto, alheio à sua vontade, que o impediu de exercer o direito de petição.
Art. 174 - A administração deverá rever seus atos a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

4. Regime Disciplinar
A origem do regime disciplinar está intimamente ligada a alguns conceitos elementares
do Direito Administrativo, mais precisamente os relacionado com os poderes hierárquico e
disciplinar.
De acordo com a doutrina, é por meio do poder disciplinar que a administração púbica
pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que estejam ligados a ela por
algum vínculo específico.
Dessa forma, existe poder disciplinar quando a administração pública aplica a penalida-
de de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado. Do mesmo
modo, temos uma manifestação do poder disciplinar quando um órgão público, verificando
que um licitante não cumpriu com as obrigações estipuladas em um contrato administrativo,
aplica a sanção de suspensão.
Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No entanto, em apenas um
desses casos a pessoa punida estava subordinada à administração.
E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante poder: o hie-
rárquico. Por meio dele, a administração possui as prerrogativas de delegar, avocar, fiscalizar
e aplicar sanções.

Obs.: Assim, chegamos a uma importante constatação:


 a) Quando a administração pune internamente os seus servidores pelas infrações
por eles cometidas, estamos diante do poder disciplinar exclusivamente interno. Esse
poder, justamente por ser apenas interno, deriva do poder hierárquico.
 b) Quando a administração pune o particular que mantém algum tipo de vínculo espe-
cífico com o Poder Público (como uma empresa privada que tenha celebrado um con-
trato administrativo) também estamos diante do poder disciplinar, só que agora, ao
contrário do exemplo anterior, o mesmo aplica-se a terceiros e, por isso mesmo, não
deriva do poder hierárquico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Tudo isso nos permite afirmar que o regime disciplinar da administração pública é decor-
rência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
Nos termos da Lei Estadual 6.677, o regime disciplinar dos servidores está construído em
cinco capítulos: deveres, proibições, acumulação, responsabilidades e penalidades.

4.1. Deveres
De acordo com o estatuto, temos uma série de deveres para os servidores públicos regidos
pela norma.
Salienta-se que a lista de deveres apresentada não é taxativa, mas sim meramente exempli-
ficativa, de forma que o servidor não pode alegar que deixou de cumprir com alguma obrigação
por ela não estar prevista expressamente no texto da norma que rege a sua categoria funcional.

 Obs.: De acordo com o artigo 175 da Lei 6.677/1994, são os seguintes os deveres do servi-
dor público:
 I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
 II – ser leal às instituições a que servir;
 III – observar as normas legais e regulamentares;
 IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
 V – atender com presteza:
 a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas
por sigilo;
 b) aos requerimentos de certidão para defesa de direito ou esclarecimento de situações
de interesse pessoal;
 c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública e do Estado.
 VI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência
em razão do cargo;
 VII – zelar pela economia de material e pela conservação do patrimônio público;
 VIII – guardar sigilo sobre assuntos de natureza confidencial a que esteja obrigado em
razão do cargo;
 IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
 X – ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive comparecendo à repartição em horário
extraordinário, quando convocado;
 XI – tratar com urbanidade as pessoas;
 XII – representar contra ilegalidade ou abuso de poder.

Importante mencionar que a representação contra ilegalidade ou abuso de poder, que é


um dos deveres dos servidores, será encaminhada pela via hierárquica e obrigatoriamente
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao re-
presentado o direito de defesa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

4.2. Proibições
Assim como os deveres, os servidores públicos estaduais devem observância a uma série
de proibições, condutas estas que, quando praticadas, ensejam, após regular processo admi-
nistrativo, a aplicação de penalidades administrativas.
Vejamos, desta forma, quais são as vedações (ou proibições) a que os agentes públicos
estaduais estão sujeitos:

 Obs.: I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do


chefe imediato;
 II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto da repartição;
 III – recusar fé a documento público;
 IV – opor resistência injustificada à tramitação de processo ou exceção do serviço;
 V – promover manifestação de apoio ou desapreço, no recinto da repartição;
 VI – referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos
atos do poder público, mediante manifestação escrita ou oral, podendo, porém, criticar
ato do poder público, do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em
trabalho assinado;
 VII – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desem-
penho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou da de seu subordinado;
 VIII – constranger outro servidor no sentido de filiação a associação profissional ou
sindical, ou a partido político;
 IX – manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo
grau civil;
 X – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dig-
nidade da função pública;
 XI – transacionar com o Estado, quando participar de gerência ou administração de
empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio;
 XII – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo
quando se tratar de percepção de remuneração, benefícios previdenciários ou assis-
tenciais de parentes até segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
 XIII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão
de suas atribuições;
 XIV – aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro,
sem licença da autoridade competente;
 XV – praticar usura sobre qualquer de suas formas;
 XVI – proceder de forma desidiosa;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

 XVII – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades


particulares;
 XVIII – cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto
em situações de emergência e transitórias;
 XIX – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com as atribuições do
cargo ou função e com o horário de trabalho.

4.3. Acumulação de Cargos


Nos termos da constituição federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remunera-
da de dois ou mais cargos públicos.
E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e funções da administração direta ou
indireta de todos os entes federados.
Assim, ainda que o texto da Lei 6.677 seja direcionado apenas aos servidores públicos do
Estado da Bahia, por força da norma constitucional, a vedação à acumulação é uma regra mais
ampla e que não se restringe ao ente federativo regulado pelo presente estatuto.
As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam ainda condicionadas à compa-
tibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
• Dois cargos de professor;
• Um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.
• Permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisitos legais;
• Permissão para os juízes e membros do Ministério Público exercerem o magistério;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Regulamentando o tema, a lei em análise se preocupou em apresentar a definição do que


vem a ser “cargo de professor” e “cargo técnico ou científico”.

Art. 178 - Entende-se para efeito do artigo anterior:


I – Cargo de professor - aquele que tem como atribuição principal e permanente atividades estrita-
mente docentes, compreendendo a preparação e ministração de aulas, a orientação, supervisão e
administração escolares em qualquer grau de ensino;
II – Cargo Técnico ou Científico:
a) de provimento efetivo: aquele para cujo exercício seja exigida habilitação de nível superior ou
profissionalizante de nível médio;
b) de provimento em comissão: aquele com atribuições de direção, coordenação ou assessoramen-
to.

Ressalta-se que quando o servidor público acumular licitamente dois cargos públicos e in-
vestir-se em cargo de provimento temporário, deverá afastar-se de ambos os cargos efetivos,
exercendo, como regra, apenas as atribuições do cargo em comissão.
Caso, no entanto, haja compatibilidade de horários para o exercício simultâneo de um car-
go efetivo com o cargo temporário, poderá ocorrer a acumulação, conforme previsão do artigo
179 da norma em estudo:

Art. 179 - O servidor em regime de acumulação, quando investido em cargo de provimento temporá-
rio, ficará afastado de um dos cargos efetivos, se houver compatibilidade de horários.
Parágrafo único. Havendo incompatibilidade de horários, o afastamento ocorrerá em ambos os car-
gos efetivos, podendo o servidor optar apenas pela percepção da remuneração de um dos cargos
permanentes, mais uma gratificação nos termos do artigo 78.

Importante destacar que, com a edição da Emenda Constitucional n. 102/2019, o §3º do


artigo 42 da Constituição Federal passou a constar com a seguinte redação:

Art. 42, § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no
art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar.

Com isso, abriu-se a possibilidade dos militares do Distrito Federal, dos Estados e, caso
sejam instituídos, dos Territórios, acumularem cargos públicos.

DICA
Para fins de prova, devemos memorizar que, atualmente, o mi-
litar do Distrito Federal e dos Estados poderá acumular:
a) um cargo de professor com outro militar;
b) um cargo militar com outro técnico ou científico;
c) um cargo militar com outro da saúde com profissão regula-
mentada;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

4.4. Responsabilidades
De acordo com as disposições da Lei 6.677, três são as esferas de responsabilidade a que
os servidores públicos estaduais estão submetidos, sendo elas: civil, administrativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade
civil todas as ações ou omissões do servidor público que, agindo em nome da administração,
cause algum dano ao particular ou ao próprio Poder Público.
Neste caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a teoria da impu-
tação (por meio do qual todas as ações do servidor, no desempenho de suas atividades, são
atribuídas ao órgão ou à entidade no qual ele desempenha suas atribuições), caberá ao Poder
Público, inicialmente, responder pelos danos causados.
Tendo a administração indenizado o particular, verifica ela se a atuação do agente públi-
co ocorreu com dolo ou culpa. Em caso positivo, pode ajuizar uma ação regressiva contra
o servidor.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nes-
sa qualidade, conforme previsão do artigo 183.

Art. 183 - A responsabilidade penal abrange crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa
qualidade.

A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissivo ou comissivo pra-
ticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função.
As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfeitamente
cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servidor.

EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar o servidor público que utiliza materiais da repartição em ativi-
dades particulares e que, para evitar que o fato chegue ao conhecimento de terceiros, faz uso
da extorsão e da chantagem.
Neste caso, além de ser responsabilizado administrativamente pelo ato de improbidade admi-
nistrativa e civilmente caso tenha lesado o erário, responderá o servidor, da mesma forma, na
esfera penal, pois praticou o crime de extorsão em conexão com as demais práticas ilícitas.

A regra da acumulação de esferas, no entanto, apresenta duas exceções, que são as situ-
ações em que a absolvição na esfera penal acarreta a absolvição na esfera administrativa.
Para que isso ocorra, não basta a simples absolvição penal, mas sim que esta expressa-
mente negue a existência do fato ou de sua autoria.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

No primeiro caso, prova-se que o fato imputado ao servidor não ocorreu. No segundo, ain-
da que o fato tenha ocorrido, a autoria da infração comprovadamente não é do servidor.

As três esferas de responsabilização podem ser mais bem visualizadas por meio do gráfi-
co a seguir:

4.5. Penalidades
De acordo com as normas da lei estadual, são as seguintes as penalidades passíveis de
aplicação aos servidores públicos:
a) advertência;
b) suspensão;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

c) demissão;
d) cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma nova modalidade de
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
No que se refere às sanções de advertência e suspensão, temos que estas, depois de de-
corrido certo lapso de tempo, terão seus registros cancelados dos assentamentos funcionais
do servidor que houver sofrido a penalidade, sem que tal providência gere qualquer espécie de
direito retroativo. Neste sentido, estabelece o artigo 191 da norma estadual:

Art. 191 - As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de 2 (dois) e 4 (quatro) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não hou-
ver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não produzirá efeitos retroativos.

EXEMPLO
Caso um servidor tenha sido penalizado com suspensão, deverá este, durante o período da
sanção, deixar de exercer suas atribuições, oportunidade em que não terá direito, igualmente,
à remuneração do período.
Decorrido o prazo de 4 anos, caso o servidor não tenha incorrido em uma nova infração disci-
plinar, os registros da penalidade de suspensão serão cancelados dos registros do servidor.
Neste caso, não poderá ele requerer o recebimento da remuneração que deixou de ganhar quando
da aplicação da penalidade, uma vez que o cancelamento desta não gera direitos retroativos.

Quanto à demissão, não existe a possibilidade desta ser excluída dos assentamentos fun-
cionais dos servidores. Trata-se a demissão de um ato vinculado, de forma que, quando da
sua ocorrência, não terá a administração a discricionariedade de optar pela aplicação de outra
penalidade, conforme se observa de importante entendimento do STJ (MS 12217):

JURISPRUDÊNCIA
A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do investi-
gado se amolda nas hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe
de discricionariedade para aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado.

De acordo com a norma, a penalidade de advertência será aplicada, por escrito, nos casos
de violação de proibição e de inobservância de dever funcional previstos em lei, regulamento
ou norma interna, que não justifiquem imposição de penalidade mais grave.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

A suspensão, por sua vez, será aplicada em caso de reincidência em faltas punidas com ad-
vertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a demissão.
Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente, se recusar
a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

DICA
A suspensão jamais poderá exceder o prazo de 90 dias.

Com relação à demissão, que é a mais grave das penalidades, a sua aplicação ocorrerá nas
seguintes situações:
a) crime contra a administração pública;
b) abandono de cargo;
c) inassiduidade habitual;
d) improbidade administrativa;
e) incontinência pública e conduta escandalosa;
f) insubordinação grave no serviço;
g) ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou
de outrem;
h) aplicação irregular de dinheiro público;
i) revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
j) lesão ao Erário e dilapidação do patrimônio público;
k) acumulação ilegal de cargos, funções ou empregos públicos;
l) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade
da função pública;
m) transacionar com o Estado, quando participar de gerência ou administração de empresa
privada, de sociedade civil, ou exercer comércio;
n) atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se
tratar de percepção de remuneração, benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
o) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
p) aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem licença
da autoridade competente;
q) praticar usura sobre qualquer de suas formas;
r) proceder de forma desidiosa;
s) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Nesta linha de raciocínio, a aplicação da penalidade de demissão poderá acarretar a im-


possibilidade de o agente demitido retornar ao serviço público pelo prazo de 5 anos.
Em outras situações, certas condutas ensejadoras de demissão acarretam a indisponibili-
dade dos bens e o ressarcimento ao erário.
Indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário: Nestas hipóteses, o objetivo do le-
gislador foi o de assegurar que o patrimônio do agente causador do dano não seja dilapidado,
possibilitando assim o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário.
Nos termos da Lei 6.677, três são as situações que ensejam, cumulativamente, a indispo-
nibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário:
a) improbidade administrativa;
b) aplicação irregular de dinheiros públicos;
c) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
Proibição de retornar ao serviço público estadual pelo prazo de 5 anos:
a) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade
da função pública;
b) atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se
tratar de percepção de remuneração, benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
Merece destaque, ainda com relação à penalidade de demissão, os conceitos de inassidui-
dade habitual e abandono de cargo.
Neste sentido, caracteriza-se a inassiduidade habitual quando o servidor falta ao serviço,
sem justificativa, por 60 dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses, que são con-
tados da data da ocorrência da primeira falta.
Estará configurado abandono de cargo quando o servidor deixar, intencionalmente, o cargo
e não retornar no prazo consecutivo de 30 dias.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

4.5.1. Prescrição

Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver conheci-
mento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um lapso de tempo
a partir da data em que o fato se tornou conhecido.
E isso em plena consonância com o princípio da segurança jurídica, uma vez que não é
admitida, em nosso ordenamento, a possibilidade de haver punições imprescritíveis.
Em outras palavras, isso implica em afirmar que, mesmo que um servidor tenha cometido
uma infração e esta seja do conhecimento da administração, caso a repartição competente
não tome as medidas legais (aplicação da penalidade) dentro de um determinado período, não
mais poderá o fazer, uma vez que a ação disciplinar estará prescrita.
Os prazos prescricionais diferem a depender da penalidade cabível. Neste sentido, o artigo 203
da Lei 6.677 estabelece o prazo de prescrição para cada uma das penas passíveis de aplicação:

Art. 203 - A ação disciplinar prescreverá:


I – em 5 (cinco) anos, quanto às inflações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade;
II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr na data em que o fato se tornou conhecido.
§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capitula-
das também como crime.
§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração do processo disciplinar interrompe a prescrição até
a decisão final proferida por autoridade competente.

4.5.2. Autoridades Competentes para Aplicação das Penalidades

A depender da penalidade que está sendo aplicada, teremos diferentes autoridades com-
petentes para a sua aplicação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Nota-se, da relação apresentada pela Lei 6.677, que as autoridades estão escalonadas de
acordo com a gravidade da penalidade que está sendo aplicada:

Governador do Estado, pelos


Presidentes dos Órgãos do Poder
Demissão ou cassação da Legislativo e dos Tribunais Estaduais,
aposentadoria ou disponibilidade pelo Procurador Geral da Justiça e
pelo dirigente superior de autarquia ou
fundação
Autoridades administrativas de
hierarquia imediatamente inferior
Suspensão superior a 30 dias
àquelas competentes para aplicação de
demissão ou cassação de aposentadoria
Chefe da repartição e outras
Advertência e suspensão até 30 dias autoridades na forma dos respectivos
regimentos ou regulamentos
Destituição de cargo temporário Autoridade que houver feito a nomeação

5. Processo Administrativo Disciplinar


Além das normas materiais, a Lei 6.677/1994 estabelece uma série de procedimentos que
devem ser seguidos para a aplicação das penalidades nela estabelecidas.
O processo administrativo disciplinar, dessa forma, pode ser conceituado, de acordo com
a definição de Ladisael Bernardo e Sérgio Viana, da seguinte forma:

Um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do Es-
tado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existência de infrações
de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria da
prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal pertinente.

No mesmo sentido, a Lei 6.677 estabelece, em seu artigo 203, que “O processo disciplinar
destina-se a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas
funções ou relacionada com as atribuições do seu cargo”.
Importante frisar que a autoridade competente, tendo conhecimento de alguma irregulari-
dade cometida no âmbito do serviço público, tem o dever de promover a sua imediata apura-
ção, mediante sindicância ou processo disciplinar.
Trata-se a apuração das irregularidades, dessa forma, de uma medida vinculada do Po-
der Público, podendo desenvolver-se por meio de sindicância ou de processo administrativo
disciplinar.
Dessa forma, ainda que estejamos estudando o PAD, temos que conhecer as disposições
acerca da sindicância, que pode ser entendida como uma investigação preliminar e mais cé-
lere com o objetivo de averiguar a ocorrência dos fatos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

A sindicância pode ser dividida em duas modalidades, sendo elas a preparatória e a punitiva.
Teremos a sindicância preparatória quando a estrita finalidade da sua instauração for a de
servir como base para o processo administrativo disciplinar.
A sindicância punitiva, por sua vez, ocorre quando o procedimento, por si só, enseja a apli-
cação de alguma das penalidades previstas em lei.
Nota-se, assim, que o fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que
será aplicada.

EXEMPLO
A sindicância representa o início das investigações. Por meio dela, a autoridade administrativa
cumpre uma série de diligências com o objetivo de coletar provas que comprovem se realmen-
te houve uma infração funcional disciplinar.
Caso a sindicância, por si só, verificar que houve uma infração punível com a penalidade de
advertência ou de suspensão até 30 dias, será ela classificada como punitiva, uma vez que não
haverá necessidade de instauração de procedimento administrativo disciplinar.
Caso, em sentido oposto, a sindicância constate que houve o cometimento de uma penalidade
mais grave que a de suspensão por 30 dias, deverá ser instaurado o PAD, classificando-se a
sindicância como preparatória.

Como resultado da sindicância, poderemos ter o arquivamento do processo, a aplicação


das penalidades de advertência ou de suspensão até 30 dias ou, no caso de constatação de
infração com maior gravidade, a instauração de processo administrativo disciplinar.

Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspen-
são por mais de 30 (trinta) dias, de demissão ou de cassação de aposentadoria ou disponibi-
lidade, será obrigatória a instauração de processo administrativo disciplinar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Assim, o PAD será desenvolvido nas seguintes fases:


I – instauração, com publicação da portaria;
II – citação, defesa inicial, instrução, defesa final e relatório;
III – julgamento.

 Obs.: O processo administrativo disciplinar deverá ser iniciado no prazo de 5 dias, contados
da data de sua instauração e concluído em prazo não excedente a 60 dias, admitida a
prorrogação por igual prazo, em face de circunstâncias excepcionais.

1º - Instauração, com a publicação portaria, que será composta por 3 servidores estáveis,
de hierarquia igual, equivalente ou superior à do acusado, designados pela autoridade compe-
tente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
Tendo em vista que a constituição da comissão de apuração do PAD é feita por meio de
portaria, o STJ tem entendimento de que, no ato de publicação desta, não há a necessidade
expressa da descrição detalhada dos fatos, conforme verifica-se do julgado do MS 16.815:

JURISPRUDÊNCIA
Na linha da jurisprudência desta Corte, a portaria inaugural do processo disciplinar está
livre de descrever detalhes sobre os fatos da causa, tendo em vista que somente ao longo
das investigações é que os atos ilícitos, a exata tipificação e os seus verdadeiros respon-
sáveis serão revelados (...).

2º - Inquérito administrativo, compreendendo as fases de instrução, defesa e de relatório.


Estando a comissão do PAD constituída, iniciam-se os trabalhos de instrução. É nesta fase
que a comissão realiza todas as acareações, depoimentos, investigações e diligências.
Sendo necessário, ela nomeará peritos especializados em assuntos de maior comple-
xidade. Após a inquirição de todas as testemunhas, promoverá a comissão o interrogatório
do acusado.
Feito isso, a comissão chega ao indiciamento, que nada mais é do que a acusação ao ser-
vidor do cometimento de determinada infração.
É apenas neste momento, após realizar todas as possíveis diligências e coletar todas
as provas necessárias, que a comissão chega à verificação da infração que eventualmente
foi cometida.
Vejamos, de acordo com o estatuto em questão, as regras procedimentais que devem ser
observadas no curso da instrução.

Art. 220 - A instrução será contraditória, assegurando-se ao acusado ampla defesa, com os meios
e recursos a ela inerentes.
Art. 221 - Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar como peça informativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi
Art. 222 - A comissão promoverá o interrogatório do acusado, a tomada de depoimentos, acarea-
ções e a produção de outras provas, inclusive a pericial, se necessária.
§ 1º - No caso de mais de um acusado, cada um será ouvido separadamente, podendo ser promovi-
da acareação, sempre que divergirem em suas declarações.
§ 2º - A designação dos peritos recairá em servidores com capacidade técnica especializada, e, na
falta deles, em pessoas estranhas ao serviço público estadual, assegurada ao acusado a faculdade
de formular quesitos.
§ 3º - O presidente da comissão poderá indeferir pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
Art. 223 - A defesa do acusado será promovida por advogado por ele constituído ou por defensor
público ou dativo.
§ 1º - Caso o defensor do acusado, regularmente intimado, não compareça sem motivo justificado,
o presidente da comissão designará defensor, ainda que somente para o ato.
§ 2º - A designação de defensor público e a nomeação de defensor dativo far-se-á decorrido o prazo
para a defesa, se for o caso.
§ 3º - Nenhum ato da instrução poderá ser praticado sem a prévia intimação do acusado e de seu
defensor.
Art. 224 - Em qualquer fase do processo poderá ser juntado documento aos autos, antes do relató-
rio.
Art. 225 - As testemunhas serão intimadas através de ato expedido pelo presidente da comissão,
devendo a segunda via, com o ciente deles, ser anexada aos autos.
§ 1º - Se a testemunha for servidor, a intimação poderá ser feita mediante requisição ao chefe da
repartição onde serve, com indicação do dia e hora marcados para a audiência.
§ 2º - Se as testemunhas arroladas pela defesa não forem encontradas e o acusado, intimado para
tanto, não fizer a substituição dentro do prazo de 3 (três) dias úteis, prosseguir-se-á nos demais
termos do processo.
Art. 226 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha
trazê-lo por escrito.
§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente. Ver tópico
§ 2º - Antes de depor, a testemunha será qualificada, não sendo compromissada em caso de ami-
zade íntima ou inimizade capital ou parentesco com o acusado ou denunciante, em linha reta ou
colateral até o terceiro grau.
Art. 227 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à auto-
ridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe, pelo
menos, um médico psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de insanidade mental será processado em autos apartados e apensos
ao processo principal, ficando este sobrestado até a apresentação do laudo, sem prejuízo da reali-
zação de diligências imprescindíveis.
Art. 228 - O acusado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o local onde
será encontrado.
Art. 229 - Compete à comissão tomar conhecimento de novas imputações que surgirem, durante o
curso do processo, contra o acusado, caso em que este poderá produzir novas provas objetivando
sua defesa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi
Art. 230 - Ultimada a instrução, intimar-se-á o acusado, através de seu defensor, para apresentar
defesa final no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo.
Parágrafo único. Havendo dois ou mais acusados, o prazo será comum de 20 (vinte) dias, correndo
na repartição.
Art. 231 - Considerar-se-á revel o acusado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo
legal.
Art. 232 - Apresentada a defesa final, a comissão elaborará relatório minucioso, no qual resumirá as
peças principais dos autos e mencionará as provas em que se basear para formar a sua convicção
e será conclusivo quanto à inocência ou responsabilidade do servidor, indicando o dispositivo legal
transgredido, bem como as circunstâncias mencionadas no artigo 188.
§ 1º - A comissão apreciará separadamente, as irregularidades que forem imputadas a cada acusa-
do.
§ 2º - A comissão deverá sugerir providências para evitar reprodução de fatos semelhantes aos que
originaram o processo e quaisquer outras que lhe pareçam de interesse público.
Art. 233 - O processo disciplinar, com o relatório da comissão e após o pronunciamento da Procura-
doria Geral do Estado ou do órgão jurídico competente, será remetido à autoridade que determinou
a instrução, para julgamento.

Obs.: É causa de nulidade do processo disciplinar:


 I – incompetência da autoridade que o instaurou;
 II – suspeição e impedimento dos membros da comissão;
 III – a falta dos seguintes termos ou atos:
 a) citação, intimação ou notificação, na forma desta lei;
 b) prazos para a defesa;
 c) recusa injustificada de promover a realização de perícias ou quaisquer outras dili-
gências imprescindíveis a apuração da verdade;
 IV – inobservância de formalidade essencial a termos ou atos processuais.
 No entanto, nenhuma nulidade será declarada se não resultar prejuízo para a defesa,
por irregularidade que não comprometa a apuração da verdade e em favor de quem lhe
tenha dado causa.

3º - Julgamento: Apresentada a defesa final, a comissão elaborará relatório minucioso, no


qual resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se basear para
formar a sua convicção e será conclusivo quanto à inocência ou responsabilidade do servidor.
O processo disciplinar, com o relatório da comissão e após o pronunciamento da Procura-
doria Geral do Estado ou do órgão jurídico competente, será remetido à autoridade que deter-
minou a instrução, para julgamento.
No prazo de 60 dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora profe-
rirá a sua decisão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi
Art. 235 - No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade jul-
gadora proferirá a sua decisão.
§ 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este
será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. Ver tópico
§ 2º - Havendo mais de um acusado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade
competente para a imposição de pena mais grave.
Art. 236 - A autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la,
ou isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 237 - Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total
ou parcial do processo, devendo outro ser instaurado.
Parágrafo único. A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o artigo 203, § 2º,
será responsabilizada na forma do Capítulo V, do Título IV, desta lei.
Art. 238 - Extinta a punibilidade, a autoridade julgadora determinará o registro dos fatos nos assen-
tamentos individuais do servidor.
Art. 239 - Quando a infração estiver capitulada como crime, os autos suplementares do processo
disciplinar serão remetidos ao Ministério Público.
Art. 240 - O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou
aposentado voluntariamente, após a sua conclusão e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o artigo 46, o ato será convertido em demissão,
se for ocaso.
Art. 241 - Apresentado o relatório, a comissão processante ficará automaticamente dissolvida, po-
dendo ser convocada para prestação de esclarecimento ou realização de diligência, se assim achar
conveniente a autoridade julgadora.

Outros entendimentos importantes acerca do PAD:


• Caso entenda ser necessário, a autoridade instauradora do processo poderá solicitar o
afastamento preventivo do servidor, cujo prazo será de 60 dias, prorrogados por mais
60 em caso de necessidade. Considerando que o afastamento é medida cautelar, o
servidor continua recebendo sua remuneração normalmente durante o período de afas-
tamento;
• Extinta a punibilidade, a autoridade julgadora determinará o registro dos fatos nos as-
sentamentos individuais do servidor.
• Quando a infração estiver capitulada como crime, os autos suplementares do processo
disciplinar serão remetidos ao Ministério Público.
• O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou
aposentado voluntariamente, após a sua conclusão e o cumprimento da penalidade,
acaso aplicada.

Como vimos, temos três importantes institutos com prazos previstos diretamente na Lei
6.677/1994. Vamos esquematizar os mesmos para não confundirmos na hora da prova:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Um último ponto que merece destaque refere-se à revisão do processo. Assim, o processo
disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação
da penalidade aplicada.
No caso da revisão, as mesmas regras concernentes ao PAD serão obedecidas, com for-
mação de comissão, coleta de provas e conclusão quanto à inocência ou não do servidor.
Uma vez que o PAD inicial já está julgado, a simples alegação de injustiça, por parte dos
interessados, não é motivo suficiente para instaurar um procedimento de revisão. Para que isso
ocorra, é necessário que fatos novos tenham surgido, fatos estes que, se fossem do conheci-
mento da comissão, à época do julgamento do PAD, implicariam em outro resultado.
E justamente para impedir que qualquer motivo gere a possibilidade de revisar, a Lei 6.677
afirma que o pedido será dirigido ao Secretário de Estado ou autoridade equivalente, que, se
autorizar a revisão do processo, encaminhará o mesmo ao dirigente do órgão ou entidade onde
o processo originalmente tramitou.
O prazo para a conclusão da revisão é de 60 dias, prazo este que poderá ser prorrogado
por igual período.
Concluído o relatório, a Comissão encaminhará o mesmo à autoridade competente para
julgar, que terá o prazo de 60 dias para tal.
Agora, a informação mais importante no que se refere à revisão: A impossibilidade da re-
formatio in pejus, que é estabelecida no parágrafo único do artigo 250:

Art. 250, Parágrafo único: Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade.

Trata-se de característica bastante importante, uma vez que apenas a revisão (e não os
recursos) é que gozam da prerrogativa de não serem reformados para pior.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

EXEMPLO
Paulo foi sancionado com a pena de advertência, pela autoridade administrativa, sob o funda-
mento de ter cometido a pessoa estranha à repartição o desempenho de atribuições que era
de sua responsabilidade.
Inconformado, Paulo apresentou recurso no prazo da lei. Uma vez apreciados, a autoridade
responsável verificou que Paulo, na verdade, cometeu as suas atribuições a outro servidor, e
não a um terceiro alheio ao serviço público.
Nesta situação, a penalidade de Paulo será agravada, passando de advertência para suspen-
são.
Caso, no entanto, Paulo conseguir provar, por intermédio de fatos novos não conhecidos no
momento da aplicação da penalidade, que o motivo de ter cometido a outro servidor as atri-
buições de seu cargo estava relacionado com uma situação de urgência, poderá ele solicitar a
revisão do processo.
E desta revisão não poderá a autoridade agravar a penalidade do servidor.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

RESUMO
A Lei Estadual 6.677, de 1994, é a norma responsável por instituir o regime jurídico dos
servidores públicos civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Es-
taduais. É por meio das disposições da mencionada lei, desta forma, que os servidores esta-
duais estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos, bem como os
requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da norma em questão não se aplicam a todos os agentes pú-
blicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis estaduais, o que implica em dizer que os
empregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo de atua-
ção do estatuto estadual.
Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatutários dos demais
entes federativos, tal como a União e os Municípios. Ainda que estes servidores sejam regidos
por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.

A Lei Estadual 6.677/1994 não é


A Lei Estadual 6.677/1994 é aplicada
aplicada
Aos servidores estatutários da Aos empregados públicos, que são
administração direta estadual regidos pelas disposições da CLT
Aos servidores públicos da União, dos
Aos servidores das autarquias demais Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios
Aos servidores das fundações públicas Aos militares

O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da


impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
O concurso público será de provas ou de provas e títulos, realizando-se mediante autoriza-
ção do Chefe do respectivo Poder, de acordo com o disposto em lei e regulamento.
No caso de empate, terão preferência, sucessivamente:
a) o candidato que tiver mais tempo de serviço prestado ao Estado da Bahia;
b) outros que o edital estabelecer, compatíveis com a finalidade do concurso.
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os candidatos aprovados.
Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela
respectiva administração.
A Lei 6.677/1994 estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo elas
a nomeação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.
Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de provimento, sendo que to-
das as demais são classificadas como forma de provimento derivadas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo


ocorrer de três diferentes maneiras:
a) em caráter permanente, quando se tratar de provimento em cargo de classe inicial da
carreira ou em cargo isolado;
b) em caráter temporário, para cargos de livre nomeação e exoneração;
c) em caráter vitalício, nos casos previstos na Constituição.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso públi-
co anteriormente realizado.
Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e
exoneração, tal característica nem sempre está presente.
A readaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em sua capacidade física ou
mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso de aposentadoria.
Reversão é o retorno do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da
aposentadoria forem declarados insubsistentes por junta médica oficial, e desde que este não
tenha atingido a idade de 70 anos.
Recondução é o retorno do servidor estável, sem direito à indenização, ao cargo anterior-
mente ocupado, dentro da mesma carreira, em decorrência de reintegração do anterior ocu-
pante. Encontrando-se provido o cargo, o servidor será aproveitado em outro cargo ou posto
em disponibilidade remunerada.
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo anterior-
mente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas as
vantagens. Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por sentença judicial transitada em
julgado ou por revisão do processo administrativo disciplinar. Na hipótese de o cargo ter sido
extinto, o servidor ficará em disponibilidade.
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o nomeado tem o pra-
zo de 30 dias para tomar posse, sendo que o prazo em questão poderá ser prorrogado por
mais 30 dias.
Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público, fato que apenas ocorre
com a posse.
Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público, fato que apenas ocorre
com a posse.
Devemos saber quais são as autoridades que possuem competência para dar posse aos
agentes públicos estaduais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

a) o Governador do Estado e os Presidentes do Tribunal de Justiça e da Assembleia Le-


gislativa tem competência para empossar os dirigentes de órgãos que lhe são diretamente su-
bordinados;
b) os Secretários de Estado podem empossar os dirigentes superiores das autarquias e fun-
dações vinculadas às respectivas pastas e os servidores dos órgãos que lhes são diretamente
subordinados;
c) os Procuradores Gerais do Estado e da Justiça empossam os servidores que lhes são
diretamente subordinados;
d) os Presidentes dos Tribunais de Contas, por sua vez, podem empossar os respectivos
servidores, na forma determinada em suas respectivas leis orgânicas;
e) os dirigentes superiores das autarquias e fundações empossam os servidores que lhes
são diretamente subordinados;
f) os dirigentes dos serviços de administração ou órgão equivalente, por fim, dão posse aos
demais servidores.
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais
da administração pública estadual.
E como forma do servidor conhecer o local da repartição para onde foi nomeado e se or-
ganizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e demais procedimentos, a norma
faculta ao servidor o prazo de 30 dias, contados da posse, para a entrada em exercício.
Tais institutos podem ser mais bem visualizados, com os seus respectivos efeitos, por
meio do gráfico a seguir:

A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do rom-
pimento do vínculo mantido entre o servidor e a administração pública. Tal forma de vacância
pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-se de exoneração
de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante da exoneração involuntária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

De acordo com norma estadual, apenas em duas situações teremos a exoneração involun-
tária (de ofício) do servidor público ocupante de cargo efetivo:
a) Quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
b) Quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido,
que é de 30 dias.
Quando se tratar de cargo em comissão (provimento temporário), tendo em vista que estes
são de livre nomeação e exoneração e possuem a característica da transitoriedade, a exone-
ração poderá ocorrer, à qualquer tempo, à pedido do servidor (voluntária) ou de ofício, a juízo
da autoridade competente (involuntária).
A remoção pode ser entendida como o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício,
com preenchimento de claro de lotação, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudan-
ça de sede.
Do conceito legal, nota-se que a remoção (que não é uma forma de provimento em cargo
público), pode ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto por iniciativa do Poder Público.
Neste mesmo sentido, poderá a remoção dar-se com ou sem a mudança da sede onde o servi-
dor desempenha suas atribuições.
A relotação é a movimentação do servidor, com o respectivo cargo, com ou sem mudança
de sede, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder e natureza jurídica, cujos planos de
cargos e vencimentos sejam idênticos, de acordo com o interesse da administração.
A relotação dar-se-á, exclusivamente, para ajustamento de quadros de pessoal às neces-
sidades dos serviços, inclusive nos casos de organização, extinção ou criação de órgãos ou
entidades. Caso, no entanto, ocorra a extinção de um órgão ou entidade e os servidores não
puderem ser relotados, deverão os mesmos ser mantidos em disponibilidade.

Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância su-


perior à soma dos valores fixados como remuneração, em espécie, a qualquer título, para Se-
cretário de Estado.
Trata-se a ajuda de custo de verba de caráter compensatório, cujo objetivo é ressarcir as
despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em
nova sede, com mudança de domicílio, ou que se deslocar a serviço ou por motivo de estudo,
no país ou para o exterior.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Como regra geral, a ajuda de custo não poderá exceder a importância correspondente a 15
vezes o valor do menor vencimento pago pela Administração Pública do Estado.
Em caráter de exceção, temos a hipótese de missão ou estudo no exterior, oportunidade
em que o valor da ajuda de custo será fixado pelo Chefe do respectivo Poder.
Caso o servidor receba a ajuda de custo e não se apresente na nova sede no prazo de 30
dias, deverá devolver a quantia anteriormente recebida.
As diárias são utilizadas com a finalidade de compensar os gastos do servidor que se au-
sentar da sua sede em caráter transitório ou eventual.
Trata-se a gratificação natalina do popularmente conhecido “13º salário”. Desta forma, a
cada mês de efetivo exercício o servidor público estadual adquire o direito a 1/12 do respectivo
adicional, que deverá ser pago, obrigatoriamente, até o dia 20 de dezembro de cada ano.
Importante constar que a fração igual ou superior a 15 dias será computada como mês de
efetivo exercício, bem como que, em caso de exoneração do servidor antes da data de paga-
mento da gratificação, terá ele direito ao recebimento proporcional, que será calculada com
base nos meses de efetivo exercício.
As servidoras gestantes ou lactantes deverão, obrigatoriamente, ser afastadas das ativi-
dades exercidas em locais penosos, insalubres ou perigosos durante o período da respectiva
gestação ou lactação. Deve a administração, nestas situações, proporcionar que o trabalho da
servidora seja feito em um ambiente salubre e livre dos riscos de periculosidade e penosidade.
Importante salientar que o servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e pericu-
losidade deverá optar por um deles.
Os servidores que trabalharem no período compreendido entre as 22 horas de um dia até
às 5 horas do dia seguinte terão direito ao recebimento do adicional noturno, que será calcu-
lado sobre o valor da hora normal de trabalho. Estabelece a norma estadual que o percentual
do adicional noturno será de 50% sobre o valor normal da hora trabalhada.
Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, as férias dos servidores po-
dem ser parceladas em até 3 etapas, desde que requeridas pelo servidor e no interesse da
administração.
Por se tratar de direito social garantido constitucionalmente aos servidores públicos, a re-
gra é a de que as férias não podem ser interrompidas. O servidor cujo período de férias tenha
sido interrompido terá assegurado o direito a fruir os dias restantes, logo que seja dispensado
da correspondente obrigação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

O servidor público estadual poderá se ausentar do serviço, sem desconto na sua remune-
ração, nos seguintes casos:
1) por 1 dia, para doação de sangue;
2) por 2 dias, para alistamento eleitoral;
3) por 8 dias consecutivos, por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, padrasto ou madrasta, filhos, enteados, me-
nor sob guarda ou tutela e irmãos, desde que comprovados com atestado de óbito.
4) até 15 (quinze) dias, por período de trânsito, compreendido como o tempo gasto pelo
servidor que mudar de sede, contados da data do desligamento.
Nos termos da Constituição Federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remunera-
da de dois ou mais cargos públicos.
As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam ainda condicionadas à compa-
tibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
• Dois cargos de professor;
• Um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.
• Permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisitos legais;
• Permissão para os juízes e membros do Ministério Público exercerem o magistério;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

O servidor em regime de acumulação, quando investido em cargo de provimento temporá-


rio, ficará afastado de um dos cargos efetivos, se houver compatibilidade de horários. Havendo
incompatibilidade de horários, o afastamento ocorrerá em ambos os cargos efetivos, podendo
o servidor optar apenas pela percepção da remuneração de um dos cargos permanentes.
De acordo com as normas da lei estadual, são as seguintes as penalidades passíveis de
aplicação aos servidores públicos:
a) advertência;
b) suspensão;
c) demissão;
d) cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de 2 e 4 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar.
A penalidade de advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de proibição
e de inobservância de dever funcional previstos em lei, regulamento ou norma interna, que não
justifiquem imposição de penalidade mais grave.
A suspensão, por sua vez, será aplicada em caso de reincidência em faltas punidas com ad-
vertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a demissão.
Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente, se recusar
a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

A suspensão jamais poderá exceder o prazo de 90 dias.


Caracteriza-se a inassiduidade habitual quando o servidor falta ao serviço, sem justificati-
va, por 60 dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses, que são contados da data
da ocorrência da primeira falta.
Estará configurado abandono de cargo quando o servidor deixar, intencionalmente, o cargo
e não retornar no prazo consecutivo de 30 dias.

A depender da penalidade que está sendo aplicada, teremos diferentes autoridades com-
petentes para a sua aplicação.

Demissão ou Governador do Estado, pelos Presidentes dos Órgãos


cassação da do Poder Legislativo e dos Tribunais Estaduais, pelo
aposentadoria ou Procurador Geral da Justiça e pelo dirigente superior de
disponibilidade autarquia ou fundação
Autoridades administrativas de hierarquia
Suspensão superior a
imediatamente inferior àquelas competentes para
30 dias
aplicação de demissão ou cassação de aposentadoria
Advertência e
Chefe da repartição e outras autoridades na forma dos
suspensão até
respectivos regimentos ou regulamentos
30 dias
Destituição de cargo
Autoridade que houver feito a nomeação
temporário

A sindicância pode ser dividida em duas modalidades, sendo elas a preparatória e a punitiva.
Teremos a sindicância preparatória quando a estrita finalidade da sua instauração for a de
servir como base para o processo administrativo disciplinar. A sindicância punitiva, por sua
vez, ocorre quando o procedimento, por si só, enseja a aplicação de alguma das penalidades
previstas em lei. Nota-se, assim, que o fato que distingue as duas modalidades é um só: a pu-
nição que será aplicada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Como resultado da sindicância, poderemos ter o arquivamento do processo, a aplicação


das penalidades de advertência ou de suspensão até 30 dias ou, no caso de constatação de
infração com maior gravidade, a instauração de processo administrativo disciplinar.
Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspen-
são por mais de 30 (trinta) dias, de demissão ou de cassação de aposentadoria ou disponibi-
lidade, será obrigatória a instauração de processo administrativo disciplinar.

 Obs.: O processo administrativo disciplinar deverá ser iniciado no prazo de 5 dias, contados
da data de sua instauração e concluído em prazo não excedente a 60 dias, admitida a
prorrogação por igual prazo, em face de circunstâncias excepcionais.

Caso entenda ser necessário, a autoridade instauradora do processo poderá solicitar o


afastamento preventivo do servidor, cujo prazo será de 60 dias, prorrogados por mais 60 em
caso de necessidade. Considerando que o afastamento é medida cautelar, o servidor continua
recebendo sua remuneração normalmente durante o período de afastamento;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (CEBRASPE/CESPE/CONC/TJ BA/2019) De acordo com o Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis do Estado da Bahia, caso um servidor se aposente por invalidez, mas, posterior-
mente, os motivos determinantes da aposentadoria sejam declarados insubsistentes por junta
médica oficial, deverá haver
a) a reintegração do servidor.
b) a readaptação do servidor.
c) o aproveitamento do servidor em outro cargo.
d) a reversão do servidor.
e) a recondução do servidor.

002. (CEBRASPE/CESPE/JL/TJ BA/2019) Jonas, servidor público civil do estado da Bahia,


intermediou junto à repartição pública onde presta serviço, de forma a agilizar o trâmite do
processo em que sua tia Rosa é pessoa diretamente interessada.
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto no Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado da Bahia, Jonas cometeu infração disciplinar cuja penalidade prevista é a
a) advertência.
b) repreensão.
c) suspensão por até 15 dias.
d) suspensão por 90 dias.
e) demissão.

003. (VUNESP/DELEG/PC BA/2018) Servidores da Secretaria da Fazenda pretendem a as-


censão do cargo de Técnico, posteriormente reestruturado para Analista Tributário, para o car-
go de Agente Fiscal, sob o argumento de que ambos os cargos pertencem à mesma carreira.
Tal pretensão é
a) constitucional, porque constitui mera transposição de servidor concursado de um cargo
para outro dentro da mesma pessoa jurídica de direito público.
b) inconstitucional, porque tal alteração é de competência privativa do chefe do poder executi-
vo e somente pode ocorrer por remoção ou permuta.
c) constitucional, porque os dois cargos possuem natureza e complexidade semelhantes, e os
servidores já foram previamente aprovados em concurso público.
d) inconstitucional, por constituir modalidade de provimento derivado, que propicia ao servidor
a investidura, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em
cargo que não integra a carreira na qual foi anteriormente investido.
e) constitucional, porque a Constituição Federal somente prevê a necessidade de concurso
público para ingresso na administração pública e não para transposição, transformação ou
ascensão funcional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

004. (INSTITUTO AOCP/AU/UEFS/ADMINISTRAÇÃO/2018) Assinale a alternativa correta


conforme a Lei n. 6.677/94 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia).
a) Dentre outros, é um requisito, para ingresso no serviço público, não possuir inscrição do
nome em órgãos de proteção ao crédito.
b) Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso
público, sendo-lhes reservadas até 20% das vagas.
c) A designação para funções de direção, chefia e assessoramento, superior e intermediário,
recairá, exclusivamente, em servidor ocupante de cargo de provimento permanente.
d) O servidor somente poderá participar de missão ou estudos no exterior, mediante expressa
autorização do Chefe do Poder a que esteja vinculado.
e) Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento permanente ficará
sujeito a estágio probatório por um período de 6 (seis) meses.

005. (INSTITUTO AOCP/AU/UEFS/ADMINISTRAÇÃO/2018) É uma forma de provimento em


cargo público, segundo a Lei n. 6.677/94 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado
da Bahia), a
a) reversão.
b) homologação.
c) concessão.
d) exoneração.
e) permissão.

006. (INSTITUTO AOCP/TU/UEFS/ADMINISTRATIVA/2018) Acerca do Estatuto Dos Servi-


dores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais,
com fulcro na Lei Estadual n. 6.677/1994, assinale a alternativa correta.
a) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor,
com a característica essencial de criação mediante decreto do Chefe do Poder Executivo.
b) Em razão dos princípios da eficiência e economicidade, é permitida a prestação de serviços
gratuitos, desde que autorizada pelo respectivo Secretário Estadual competente.
c) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de sem a percepção de remuneração.
d) O concurso público terá validade de 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado, dentro desse
prazo, uma única vez, por mais 2 (dois) anos, a critério da Administração.
e) O servidor que não entrar em exercício, dentro do prazo legal, será exonerado de ofício.

007. (VUNESP/DELEG/PC BA/2018) De acordo com o Estatuto do Servidor Público Civil do


Estado da Bahia, a movimentação do servidor, com o respectivo cargo, com ou sem mudança
de sede, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder e natureza jurídica, cujos planos de car-
gos e vencimentos sejam idênticos, de acordo com o interesse da administração, caracteriza a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

a) remoção.
b) recondução.
c) reintegração.
d) relotação.
e) reversão.

008. (CEBRASPE/CESPE/AUD EST/TCM-BA/CONTROLE EXTERNO/2018) À luz da Lei Es-


tadual n.º 6.677/1994 (Estatuto dos servidores públicos civis do estado da Bahia), a ajuda de
custo, as diárias e o transporte recebidos pelo servidor público
a) incorporam-se ao vencimento ou aos proventos do servidor, em qualquer caso.
b) incorporam-se ao vencimento ou aos proventos, nos casos indicados em lei.
c) serão cumulados para efeito de acréscimos futuros, sob o mesmo título.
d) constituem modalidades legais de indenizações.
e) constituem modalidades legais de gratificações.

009. (CEBRASPE/CESPE/AUD EST/TCM-BA/INFRAESTRUTURA/2018) Assinale a opção


correta a respeito das férias dos servidores públicos civis do estado da Bahia, conforme a Lei
Estadual n.º 6.677/1994.
a) O pagamento do acréscimo de um terço da remuneração correspondente ao período de
gozo será efetuado no mês anterior ao do início das férias.
b) O servidor poderá acumular, no caso de necessidade do serviço, até o máximo de três perí-
odos de férias, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
c) O servidor terá direito a férias após cada período de doze meses de efetivo exercício, na
proporção de trinta dias corridos caso tenha até sete faltas.
d) As férias poderão ser parceladas em, no máximo, duas etapas, desde que assim requeira o
servidor e haja interesse da administração pública.
e) As férias não poderão ser interrompidas caso o servidor seja convocado para júri, serviço
militar ou serviço eleitoral.

010. (INSTITUTO AOCP/TU/UEFS/ADMINISTRATIVA/2018) Assinale a alternativa correta


no tocante às licenças previstas no Estatuto Dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia,
das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais (Lei Estadual n. 6.677/1994).
a) A licença concedida dentro de 90 (noventa) dias do término de outra da mesma espécie será
considerada como prorrogação.
b) O servidor terá direito à licença-prêmio de 03 (três) meses em cada período de 10 (dez) anos
de exercício efetivo e ininterrupto, sem prejuízo da remuneração.
c) Eleito, o servidor ficará afastado do exercício do cargo a partir da diplomação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

d) A licença concedida ao servidor-atleta selecionado para representar o Estado ou o País, du-


rante o período da competição oficial, é sem remuneração.
e) A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor licença para tratar de interes-
se particular, pelo prazo de 03 (três) anos consecutivos, sem remuneração, prorrogável uma
única vez, por igual período.

011. (INSTITUTO AOCP/TU/UEFS/ADMINISTRATIVA/2018) Segundo o Estatuto Dos Servi-


dores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais, o
servidor, por motivos de casamento, poderá ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por
a) 02 (dois) dias consecutivos.
b) 03 (três) dias consecutivos.
c) 05 (cinco) dias consecutivos.
d) 07 (sete) dias consecutivos.
e) 08 (oito) dias consecutivos.

012. (VUNESP/ESCR/PC BA/2018) De acordo com a Lei Estadual n. 6.677/94, no que diz res-
peito à acumulação de cargos, assinale a alternativa correta.
a) A proibição de acumular cargos e funções é vedada ao funcionário público e permitida aos
empregados das sociedades de economia mista da União.
b) A compatibilidade de horários consiste na conciliação entre horários de trabalho correspon-
dentes a mais de um vínculo funcional, sem considerar os intervalos indispensáveis à locomo-
ção, às refeições e ao repouso.
c) A denominação atribuída ao cargo é suficiente para caracterizá-lo como técnico ou científico.
d) A simples qualificação pessoal do servidor, desde que não diretamente relacionada à na-
tureza do cargo, função ou emprego efetivamente exercido, será considerada para fins de
acumulação.
e) O servidor em regime de acumulação, quando investido em cargo de provimento temporário,
ficará afastado de um dos cargos efetivos, se houver compatibilidade de horários.

013. (VUNESP/INV/PC BA/2018) Ivan é investigador de polícia e, precisando fazer uma in-
vestigação “in loco”, retirou da delegacia onde trabalha um Inquérito Policial sem a devida anu-
ência do Delegado Titular de Polícia, conduta que vem demonstrando reiteradamente. Nesse
caso, conforme a Lei Estadual n. 6.677/94, Ivan
a) poderá ser demitido a bem do serviço público.
b) poderá ser advertido verbalmente por inobservância do seu dever funcional previsto em lei.
c) poderá ser suspenso por até 90 (noventa.) dias, por violação a uma das proibições previs-
tas em lei.
d) não poderá sofrer punição porque ele agiu de boa fé e no estrito cumprimento do seu dever
funcional.
e) não poderá sofrer penalidades porque sua atitude não tipifica uma infração disciplinar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

014. (CONSULTEC/ASS PROC/PGE BA/2010) Com a aprovação em concurso público, após


os trâmites legais, a posse deverá verificar-se até
a) durante o prazo de validade do concurso.
b) sessenta dias a partir da data de divulgação do resultado.
c) quarenta e cinco dias após a publicação do ato de nomeação.
d) tão logo esteja o aprovado disponível para assumir as funções.
e) trinta dias, contados da data da publicação do ato de nomeação.

015. (CONSULTEC/ASS PROC/PGE BA/2010) Quando, na hipótese do servidor aposentado


por invalidez, os motivos determinantes da aposentadoria forem declarados insubsistentes
por junta médica oficial, quanto a esse servidor, ocorrerá
a) reversão.
b) demissão.
c) destituição.
d) reintegração.
e) aproveitamento.

016. (CONSULTEC/ASS PROC/PGE BA/2010) A concessão dada ao servidor pelo prazo de


15 dias decorre de
a) casamento.
b) alistamento militar.
c) período de trânsito, compreendido como tempo gasto para retorno, quando em férias
no exterior.
d) período de trânsito, compreendido como tempo gasto para mudar de sede, contado da data
do desligamento.
e) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, padrasto ou madrasta, filhos menor, enteados,
desde que comprovado por atestado de óbito.

017. (CONSULTEC/ASS PROC/PGE BA/2010) De acordo com o Estatuto do Servidor Público


do Estado, dentre outros, são deveres do servidor:
a) Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em
razão do cargo e ser leal às instituições a que servir.
b) Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em
razão do cargo e recusar fé a documento público.
c) ser leal às instituições a que servir e promover manifestação de apoio ou desapreço no re-
cinto da repartição.
d) Tratar com urbanidade as pessoas e não se manifestar contra a ilegalidade ou abuso de
poder por não ser sua atribuição.
e) Manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau e
adotar conduta compatível ao serviço.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

018. (FGV/ANA TEC/MPE BA/ENGENHARIA FLORESTAL/2017) Joana, ocupante estável do


cargo efetivo de Analista Técnico do Ministério Público da Bahia, acaba de adotar um bebê de
cinco meses de idade.
De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, Joana tem direito
à licença:
a) maternidade, porque o princípio da isonomia impede a distinção entre filho biológico e ado-
tivo, pelo período de noventa dias a contar da data em que a criança chegar ao novo lar;
b) maternidade, porque o intérprete da lei não pode distinguir filho biológico do adotivo, pelo
período de trinta dias a contar da data em que transitar em julgado a sentença de adoção;
c) maternidade, porque, pelo princípio da igualdade, a lei não pode distinguir filho biológico do
adotivo, pelo período de até cento e oitenta dias, a contar da data do nascimento da criança;
d) à adotante, para ajustamento do menor, pelo período de trinta dias a contar da data em que
transitar em julgado a sentença de adoção;
e) à adotante, para ajustamento do menor, pelo período de cento e oitenta dias a contar da data
em que este chegar ao novo lar.

019. (IBFC/ANA RC/JUCEB/2015) Assinale a alternativa correta sobre o que constitui a posi-
ção hierarquizada de cargos da mesma denominação dentro da categoria funcional no âmbito
do Estatuto do Servidor Público Civil do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Pú-
blicas Estaduais (Lei estadual n. 6.677 de 26 de setembro de 1994).
a) Referência.
b) Grupo ocupacional.
c) Classe.
d) Carreira.
e) Lotação.

020. (IBFC/ANA RC/JUCEB/2015) Assinale a alternativa correta sobre o que o Estatuto do


Servidor Público Civil do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais
(Lei estadual n. 6.677 de 26 de setembro de 1994) considera ser promoção dentre as formas
de provimento de cargo público.
a) Retomo do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da aposentadoria
forem declarados insubsistentes por junta médica oficial.
b) Elevação do servidor ocupante de cargo de provimento permanente, dentro da categoria
funcional a que pertence, pelos critérios de merecimento e antiguidade.
c) Aquisição de estabilidade do servidor habilitado em concurso público e empossado em car-
go de provimento permanente ao completar 03 (três) anos de efetivo exercício.
d) Submissão ao período de 03 (três) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo.
e) Aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo públi-
co, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de termo pela autoridade
competente e pelo servidor.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

021. (IBFC/TEC RC/JUCEB/2015) Assinale a alternativa correta sobre o que constitui a po-
sição estabelecida para o ocupante do cargo dentro da respectiva classe, de acordo com o
critério de antiguidade no âmbito do Estatuto do Servidor Público Civil do Estado da Bahia,
das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais (Lei estadual n. 6.677 de 26 de setem-
bro de 1994).
a) Referência.
b) Categoria funcional.
c) Grupo ocupacional.
d) Carreira.
e) Lotação.

022. (IBFC/TEC RC/JUCEB/2015) Assinale a alternativa correta sobre o que o Estatuto do


Servidor Público Civil do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais
(Lei estadual n. 6.677 de 26 de setembro de 1994) considera ser reversão dentre as formas de
provimento de cargo público.
a) Elevação do servidor ocupante de cargo de provimento permanente, dentro da categoria
funcional a que pertence, pelos critérios de merecimento e antiguidade.
b) Aquisição de estabilidade do servidor habilitado em concurso público e empossado em car-
go de provimento permanente ao completar 03 (três) anos de efetivo exercício.
c) Submissão ao período de 03 (três) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão ob-
jeto de avaliação para o desempenho do cargo.
d) Aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo públi-
co, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de termo pela autoridade
competente e pelo servidor.
e) Retomo do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da aposentadoria
forem declarados insubsistentes por junta médica oficial.

023. (FGV/AJ/TJ BA/APOIO ESPECIALIZADO/ADMINISTRAÇÃO/2015) José, servidor es-


tadual ocupante de cargo efetivo, fazia questão de, livre e conscientemente, inobservar freios
inibitórios mínimos e, em seu setor de trabalho, agia com incontinência pública e conduta es-
candalosa, além de praticar insubordinação grave no serviço. Consoante dispõe o Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, José está sujeito à pena disciplinar de:
a) advertência;
b) censura e multa;
c) suspensão até noventa dias;
d) demissão;
e) exoneração.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

024. (FGV/AJ/TJ BA/APOIO ESPECIALIZADO/ADMINISTRAÇÃO/2015) De acordo com o


Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia (Lei n. 6.677/94), é dever do servidor:
a) cumprir as ordens superiores, inclusive as manifestamente ilegais, caso em que ficará isen-
to de responsabilidade;
b) atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeridas, vedada
qualquer alegação de sigilo;
c) zelar pela economia de material e pela conservação do patrimônio público;
d) opor resistência injustificada à tramitação de processo ou exceção do serviço;
e) ser assíduo e pontual ao serviço, vedado comparecer à repartição em horário extraordinário,
mesmo se convocado.

025. (FGV/TJ BA/ADMINISTRATIVA/2015) Antônio, servidor público efetivo estadual, sofreu


um acidente automobilístico que lhe causou limitações em sua capacidade física, conforme
comprovado por junta médica oficial. De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis
do Estado da Bahia, o cometimento ao servidor Antônio de novas atribuições, compatíveis com
a citada limitação, garantida a remuneração do cargo de que é titular, é a:
a) reversão;
b) recondução;
c) aproveitamento;
d) reintegração;
e) readaptação.

026. (FGV/AJ/TJ BA/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) Carmem, servidora


pública estadual ocupante de cargo efetivo, foi aposentada por invalidez por doença psiquiá-
trica. Meses depois, Carmem se recuperou da enfermidade e, desejando regressar ao serviço
público, ajuizou ação ordinária em face do Estado da Bahia. Durante a instrução probatória,
por meio de perícia judicial que ratificou a nova conclusão de junta médica oficial, restou com-
provado que Carmem se curou completamente da doença e está apta a voltar ao trabalho. De
acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, no caso em tela:
a) não é cabível o retorno de Carmem ao serviço público, porque a aposentadoria por invalidez
é ato irrevogável;
b) não é cabível o retorno de Carmem ao serviço público por determinação judicial, mas so-
mente por vontade do próprio poder público estadual;
c) é cabível o retorno de Carmem ao serviço público, por meio da reintegração;
d) é cabível o retorno de Carmem ao serviço público, por meio da reversão;
e) é cabível o retorno de Carmem ao serviço público, por meio da readaptação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

027. (FGV/TJ BA/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) João, servidor público


civil estadual ocupante de cargo efetivo, com o objetivo de colaborar com sua irmã Maria,
igualmente servidora pública estadual, que sofreu um acidente e estava impossibilitada de se
locomover, atuou como seu procurador junto a determinada repartição pública estadual, para
tratar de assunto relativo à percepção de remuneração e benefícios assistenciais em favor
dela. Pelos fatos narrados, de acordo com a Lei Estadual n. 6.677/94 da Bahia, em matéria de
sanção disciplinar, João:
a) não praticou falta funcional, mas está sujeito a ser advertido;
b) praticou falta funcional e está sujeito à pena de multa;
c) praticou falta funcional e está sujeito à pena de suspensão;
d) praticou falta funcional e está sujeito à pena de demissão;
e) não praticou falta funcional, porque existe autorização legal expressa para tal hipótese.

028. (IBFC/AG PEN/SEAP BA/2014) Assinale a alternativa correta quanto à Lei Estadual da
Bahia n. 6.677/1994, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da
Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais.
a) Cargo público é conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, com
as características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e paga-
mento pelos cofres públicos, para provimento em caráter apenas permanente.
b) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor,
com as características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e pa-
gamento pelos cofres públicos, para provimento em caráter apenas temporário.
c) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidade cometidas a um servidor, inde-
pendentemente das características essenciais de criação por lei, denominação própria, desde
que não dependam de número certo e pagamento pelos cofres públicos, para provimento em
caráter apenas permanente.
d) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor,
com as características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e pa-
gamento pelos cofres públicos, para provimento em caráter permanente ou temporário.
e) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades vedadas a um servidor, inde-
pendentemente das características essenciais de criação por lei, denominação própria, desde
que não dependam de número certo e pagamento pelos cofres públicos, para provimento em
caráter apenas permanente.

029. (IBFC/AG PEN/SEAP BA/2014) Nos termos da Lei Estadual da Bahia n. 6.667/1994 (Es-
tatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações
Públicas Estaduais), assinale a alternativa correta sobre o que é a posição hierarquizada de
cargos da mesma denominação dentro da categoria funcional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

a) Carreira.
b) Lotação.
c) Classe.
d) Referência.
e) Cargo de confiança.

030. (IBFC/AG PEN/SEAP BA/2014) Nos termos da Lei Estadual da Bahia n. 6.667/1994 (Es-
tatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações
Públicas Estaduais), assinale a alternativa correta sobre o que é a posição estabelecida para
ocupante do cargo dentro da respectiva classe, de acordo com o critério de antiguidade.
a) Carreira.
b) Referência.
c) Estrutura de cargos.
d) Discriminação injusta.
e) Cargo de confiança;

031. (INSTITUTO AOCP/ATA/MPE BA/2014) De acordo com o Estatuto dos Servidores Públi-
cos Civis do Estado da Bahia, são requisitos básicos para ingresso no serviço público, EXCETO
a) idade mínima de vinte e um anos.
b) nacionalidade brasileira ou equiparada.
c) gozo dos direitos políticos.
d) quitação com as obrigações militares e eleitorais.
e) nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo.

032. (FGV/TNM/ALBA/ADMINISTRATIVA/2014) Conforme dispõe a Lei n. 6.677/94, o servi-


dor nomeado para o cargo de provimento permanente ficará sujeito a estágio probatório, perí-
odo no qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para desempenho do cargo.
Durante o referido período, deve ser observado o seguinte fator:
a) vida pregressa.
b) comportamento social.
c) capacidade de iniciativa.
d) desempenho de atividade física.
e) aprovações em posteriores certames públicos.

033. (FGV/TNM/ALBA/ADMINISTRATIVA/2014) De acordo com a Lei n. 6.677/1994, assi-


nale a opção que indica o momento em que o servidor poderá se aposentar voluntariamente.
a) Aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
proporcionais a este tempo.
b) Aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e aos 25
(vinte e cinco), se professora, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

c) Aos 70 (setenta) anos de idade, se homem, e aos 65 (sessenta e cinco), se mulher, com pro-
ventos proporcionais ao tempo de serviço.
d) Aos 70 (setenta) anos de idade, se homem, e aos 65 (sessenta e cinco), se mulher, com
proventos integrais.
e) Aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
integrais.

034. (FGV/AUD/ALBA/AUDITORIA/2014) Dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos da Bahia


que, sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar‐se do serviço
I – por 1 (um) dia, para doação de sangue.
II – por 1 (um) dia, para alistamento eleitoral.
III – por 8 (oito) dias consecutivos, por motivo de casamento.
Está(ão) correto(s):
a) somente I e II.
b) somente I e III.
c) somente II e III.
d) somente II.
e) somente I.

035. (FCC/ANA PROC/PGE BA/CALCULISTA/2013) Nos termos da Lei Estadual no 6.677/94,


NÃO constitui dever do servidor
a) representar contra ilegalidade ou abuso de poder.
b) cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
c) atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalva-
das as protegidas por sigilo.
d) levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em
razão do cargo, exceto quando considerar que as mesmas são de pouca relevância.
e) ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive comparecendo à repartição em horário extraor-
dinário, quando convocado.

036. (FGV/AP/TCE-BA/2014) Acerca do regime disciplinar do servidor público civil do estado


da Bahia, previsto na Lei Estadual n. 6.677/94, assinale a afirmativa incorreta.
a) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
b) A natureza e a gravidade das penas que forem impostas ao servidor não deverão constar
dos assentamentos individuais.
c) Na aplicação das penalidades, serão consideradas, dentre outras, as circunstâncias agra-
vantes ou atenuantes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

d) A penalidade de advertência terá seu registro cancelado, após o decurso de 2 (dois) anos de
efetivo exercício, se o servidor não praticar, nesse período, nova infração disciplinar.
e) A aposentadoria ou a disponibilidade do inativo será cassada se ele houver praticado, na
atividade, falta punível com a demissão.

037. (FGV/AP/TCE-BA/2014) Segundo a Lei n. 6.677/94, a pena de demissão será aplicada


nos casos de
I – reincidência em faltas punidas com advertência.
II – inassiduidade habitual.
III – incontinência pública e conduta escandalosa.
Assinale:
a) se somente no caso I.
b) se somente no caso II.
c) se somente nos casos I e II.
d) se somente nos casos II e III.
e) se em todos os casos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 75 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

GABARITO
1. d 37. d
2. e
3. d
4. d
5. a
6. e
7. d
8. d
9. a
10. e
11. e
12. e
13. c
14. e
15. a
16. d
17. a
18. e
19. c
20. b
21. a
22. e
23. d
24. c
25. e
26. d
27. e
28. d
29. c
30. b
31. a
32. c
33. a
34. b
35. d
36. b

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 76 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE/CESPE/CONC/TJ BA/2019) De acordo com o Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis do Estado da Bahia, caso um servidor se aposente por invalidez, mas, posterior-
mente, os motivos determinantes da aposentadoria sejam declarados insubsistentes por junta
médica oficial, deverá haver
a) a reintegração do servidor.
b) a readaptação do servidor.
c) o aproveitamento do servidor em outro cargo.
d) a reversão do servidor.
e) a recondução do servidor.

Na situação apresentada, teremos a reversão do servidor público estadual, conforme previsão


da legislação de regência.

Art. 34 - Reversão é o retorno do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da


aposentadoria forem declarados insubsistentes por junta médica oficial.
Letra d.

002. (CEBRASPE/CESPE/JL/TJ BA/2019) Jonas, servidor público civil do estado da Bahia,


intermediou junto à repartição pública onde presta serviço, de forma a agilizar o trâmite do
processo em que sua tia Rosa é pessoa diretamente interessada.
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto no Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado da Bahia, Jonas cometeu infração disciplinar cuja penalidade prevista é a
a) advertência.
b) repreensão.
c) suspensão por até 15 dias.
d) suspensão por 90 dias.
e) demissão.

Na situação elencada, a penalidade que deve ser aplicada é a de demissão.

Art. 192 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:


XII – transgressão das proibições previstas nos incisos X a XVII do artigo 176.
Art. 176 - Ao servidor é proibido:
X – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública;
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 77 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

003. (VUNESP/DELEG/PC BA/2018) Servidores da Secretaria da Fazenda pretendem a as-


censão do cargo de Técnico, posteriormente reestruturado para Analista Tributário, para o car-
go de Agente Fiscal, sob o argumento de que ambos os cargos pertencem à mesma carreira.
Tal pretensão é
a) constitucional, porque constitui mera transposição de servidor concursado de um cargo
para outro dentro da mesma pessoa jurídica de direito público.
b) inconstitucional, porque tal alteração é de competência privativa do chefe do poder executi-
vo e somente pode ocorrer por remoção ou permuta.
c) constitucional, porque os dois cargos possuem natureza e complexidade semelhantes, e os
servidores já foram previamente aprovados em concurso público.
d) inconstitucional, por constituir modalidade de provimento derivado, que propicia ao servidor
a investidura, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em
cargo que não integra a carreira na qual foi anteriormente investido.
e) constitucional, porque a Constituição Federal somente prevê a necessidade de concurso
público para ingresso na administração pública e não para transposição, transformação ou
ascensão funcional.

A ascensão era uma forma de provimento que constava em diversos estatutos funcionais. Atu-
almente, o STF considera tal espécie de provimento inconstitucional, uma vez que viola a regra
da obrigatoriedade da realização e concurso público.
Letra d.

004. (INSTITUTO AOCP/AU/UEFS/ADMINISTRAÇÃO/2018) Assinale a alternativa correta


conforme a Lei n. 6.677/94 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia).
a) Dentre outros, é um requisito, para ingresso no serviço público, não possuir inscrição do
nome em órgãos de proteção ao crédito.
b) Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso
público, sendo-lhes reservadas até 20% das vagas.
c) A designação para funções de direção, chefia e assessoramento, superior e intermediário,
recairá, exclusivamente, em servidor ocupante de cargo de provimento permanente.
d) O servidor somente poderá participar de missão ou estudos no exterior, mediante expressa
autorização do Chefe do Poder a que esteja vinculado.
e) Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento permanente ficará
sujeito a estágio probatório por um período de 6 (seis) meses.

a) Errada. A previsão elencada não é um dos requisitos para ingresso em cargo público.
b) Errada. O que a norma estabelece é que

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 78 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi
Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência que apresentam,
sendo-lhes reservadas até 5% (cinco por cento) das vagas oferecidas no concurso, desde que a fra-
ção obtida deste cálculo seja superior a 0,5 (cinco décimos).

c) Errada. As designações mencionadas recairão, preferencialmente (e não obrigatoriamente)


em servidor ocupante de cargo de provimento permanente.

Art. 11, Parágrafo único - A designação para funções de direção, chefia e assessoramento superior e
intermediário, recairá, preferencialmente, em servidor ocupante de cargo de provimento permanen-
te, observados os requisitos estabelecidos em lei e em regulamento.

d) Certa. A alternativa exige o conhecimento das disposições do artigo 26 da legislação estadual.

Art. 26 - O servidor somente poderá participar de missão ou estudos no exterior, mediante expressa
autorização do Chefe do Poder a que esteja vinculado.

e) Errada. O estágio probatório possui a duração de 36 meses, sendo esta uma regra estabele-
cida na Constituição Federal e de observância obrigatória por todos os entes federativos.
Letra d.

005. (INSTITUTO AOCP/AU/UEFS/ADMINISTRAÇÃO/2018) É uma forma de provimento em


cargo público, segundo a Lei n. 6.677/94 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado
da Bahia), a
a) reversão.
b) homologação.
c) concessão.
d) exoneração.
e) permissão.

Apenas a reversão, dentre as opções elencadas, trata-se de uma forma de provimento prevista
no estatuto dos servidores.

Art. 10 - São formas de provimento de cargo público:


I – nomeação;
II – reversão;
III – aproveitamento;
IV – reintegração;
V – recondução.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 79 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

006. (INSTITUTO AOCP/TU/UEFS/ADMINISTRATIVA/2018) Acerca do Estatuto Dos Servi-


dores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais,
com fulcro na Lei Estadual n. 6.677/1994, assinale a alternativa correta.
a) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor,
com a característica essencial de criação mediante decreto do Chefe do Poder Executivo.
b) Em razão dos princípios da eficiência e economicidade, é permitida a prestação de serviços
gratuitos, desde que autorizada pelo respectivo Secretário Estadual competente.
c) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilida-
de sem a percepção de remuneração.
d) O concurso público terá validade de 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado, dentro desse
prazo, uma única vez, por mais 2 (dois) anos, a critério da Administração.
e) O servidor que não entrar em exercício, dentro do prazo legal, será exonerado de ofício.

a) Errada. O artigo 3º estabelece que

Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, com as


características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e pagamento pelos
cofres públicos, para provimento em caráter permanente ou temporário.

b) Errada. De acordo com o artigo 7º, temos a previsão de que “É proibida a prestação de servi-
ço gratuito, salvo nos casos previstos em lei”.
c) Errada. Diferente do que informado, o artigo 37 determina que “Extinto o cargo ou declarada
sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade remunerada”.
d) Errada. O estatuto estabelece, em seu artigo 14, que “O concurso público terá validade de
até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado, dentro deste prazo, uma única vez, por igual período,
a critério da administração”.
e) Certa. Trata-se de previsão do artigo 21, §3º, que determina que “O servidor que não entrar
em exercício, dentro do prazo legal, será exonerado de ofício”.
Letra e.

007. (VUNESP/DELEG/PC BA/2018) De acordo com o Estatuto do Servidor Público Civil do


Estado da Bahia, a movimentação do servidor, com o respectivo cargo, com ou sem mudança
de sede, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder e natureza jurídica, cujos planos de car-
gos e vencimentos sejam idênticos, de acordo com o interesse da administração, caracteriza a
a) remoção.
b) recondução.
c) reintegração.
d) relotação.
e) reversão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 80 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

O conceito apresentado pela questão é o de relotação, em conformidade com o artigo 49 da


norma estadual.

Art. 49 - Relotação é a movimentação do servidor, com o respectivo cargo, com ou sem mudança
de sede, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder e natureza jurídica, cujos planos de cargos
e vencimentos sejam idênticos, de acordo com o interesse da administração.
Letra d.

008. (CEBRASPE/CESPE/AUD EST/TCM-BA/CONTROLE EXTERNO/2018) À luz da Lei Es-


tadual n.º 6.677/1994 (Estatuto dos servidores públicos civis do estado da Bahia), a ajuda de
custo, as diárias e o transporte recebidos pelo servidor público
a) incorporam-se ao vencimento ou aos proventos do servidor, em qualquer caso.
b) incorporam-se ao vencimento ou aos proventos, nos casos indicados em lei.
c) serão cumulados para efeito de acréscimos futuros, sob o mesmo título.
d) constituem modalidades legais de indenizações.
e) constituem modalidades legais de gratificações.

Nos termos legais, as indenizações e os auxílios não se incorporam ao vencimento ou pro-


ventos para qualquer efeito. Além disso, precisamos saber que, de acordo com o estatuto da
Bahia, a ajuda de custo, as diárias e o transporte recebidos pelo servidor público constituem
modalidades legais de indenizações.

Art. 63 - Constituem indenizações ao servidor:


I – ajuda de custo;
II – diárias;
III – transporte.
Letra d.

009. (CEBRASPE/CESPE/AUD EST/TCM-BA/INFRAESTRUTURA/2018) Assinale a opção


correta a respeito das férias dos servidores públicos civis do estado da Bahia, conforme a Lei
Estadual n.º 6.677/1994.
a) O pagamento do acréscimo de um terço da remuneração correspondente ao período de
gozo será efetuado no mês anterior ao do início das férias.
b) O servidor poderá acumular, no caso de necessidade do serviço, até o máximo de três perí-
odos de férias, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
c) O servidor terá direito a férias após cada período de doze meses de efetivo exercício, na
proporção de trinta dias corridos caso tenha até sete faltas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 81 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

d) As férias poderão ser parceladas em, no máximo, duas etapas, desde que assim requeira o
servidor e haja interesse da administração pública.
e) As férias não poderão ser interrompidas caso o servidor seja convocado para júri, serviço
militar ou serviço eleitoral.

a) Certa. Trata-se de um importante direito assegurado aos servidores públicos estaduais.

Art. 94 - Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um acrés-
cimo de 1/3 (um terço) da remuneração correspondente ao período de gozo.
Art. 96 - O pagamento do acréscimo previsto no artigo 94 e, quando for o caso, do abono previsto no
artigo anterior, serão efetuados no mês anterior ao início das férias.

b) Errada. Em caso de necessidade de serviço, as férias poderão ser acumuladas até o máximo
de 2 períodos.
c) Errada. Neste caso, o servidor terá direito a 24 dias de férias.

Art. 93, § 1º - O servidor terá direito a férias após cada período de 12 (doze) meses de efetivo exer-
cício, na seguinte proporção:
I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver tido mais de 5 (cinco) faltas;
II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;

d) Errada. As férias poderão ser parceladas em até 3 etapas, desde que requeridas pelo servi-
dor e no interesse da Administração Pública.
e) Errada. Nas situações elencadas, as férias, em caráter de exceção, poderão ser interrompidas.

Art. 97 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral e, ainda, por motivo de superior interesse
público, mediante ato fundamentado.
Letra a.

010. (INSTITUTO AOCP/TU/UEFS/ADMINISTRATIVA/2018) Assinale a alternativa correta


no tocante às licenças previstas no Estatuto Dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia,
das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais (Lei Estadual n. 6.677/1994).
a) A licença concedida dentro de 90 (noventa) dias do término de outra da mesma espécie será
considerada como prorrogação.
b) O servidor terá direito à licença-prêmio de 03 (três) meses em cada período de 10 (dez) anos
de exercício efetivo e ininterrupto, sem prejuízo da remuneração.
c) Eleito, o servidor ficará afastado do exercício do cargo a partir da diplomação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 82 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

d) A licença concedida ao servidor-atleta selecionado para representar o Estado ou o País, du-


rante o período da competição oficial, é sem remuneração.
e) A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor licença para tratar de interes-
se particular, pelo prazo de 03 (três) anos consecutivos, sem remuneração, prorrogável uma
única vez, por igual período.

a) Errada. O que a norma estabelece é que “A licença concedida dentro de 60 dias do término de
outra da mesma espécie será considerada como prorrogação”.
b) Errada. O artigo 107 estabelece que “O servidor terá direito à licença-prêmio de 3 (três) me-
ses em cada período de 5 (cinco) anos de exercício efetivo e ininterrupto, sem prejuízo da re-
muneração”.
c) Errada. Neste caso, o servidor ficará afastado a partir da posse, e não da diplomação.

Art. 105 - Eleito, o servidor ficará afastado do exercício do cargo a partir da posse.

d) Errada. Estabelece o artigo 112 que “Será concedida licença ao servidor-atleta selecionado
para representar o Estado ou o País, durante o período da competição oficial, sem prejuízo de
remuneração”.
e) Certa. A questão está de acordo com as disposições do artigo 111 do Estatuto dos Servidores.

Art. 111 - A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor licença para tratar de inte-
resse particular, pelo prazo de 3 (três) anos consecutivos, sem remuneração, prorrogável uma única
vez, por igual período.
Letra e.

011. (INSTITUTO AOCP/TU/UEFS/ADMINISTRATIVA/2018) Segundo o Estatuto Dos Servi-


dores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais, o
servidor, por motivos de casamento, poderá ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por
a) 02 (dois) dias consecutivos.
b) 03 (três) dias consecutivos.
c) 05 (cinco) dias consecutivos.
d) 07 (sete) dias consecutivos.
e) 08 (oito) dias consecutivos.

Para responder a questão, façamos uso das disposições do artigo 113 da norma estadual, de
seguinte redação:

Art. 113 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:


III – por 8 (oito) dias consecutivos, por motivo de:
a) casamento;
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 83 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

012. (VUNESP/ESCR/PC BA/2018) De acordo com a Lei Estadual n. 6.677/94, no que diz res-
peito à acumulação de cargos, assinale a alternativa correta.
a) A proibição de acumular cargos e funções é vedada ao funcionário público e permitida aos
empregados das sociedades de economia mista da União.
b) A compatibilidade de horários consiste na conciliação entre horários de trabalho correspon-
dentes a mais de um vínculo funcional, sem considerar os intervalos indispensáveis à locomo-
ção, às refeições e ao repouso.
c) A denominação atribuída ao cargo é suficiente para caracterizá-lo como técnico ou científico.
d) A simples qualificação pessoal do servidor, desde que não diretamente relacionada à na-
tureza do cargo, função ou emprego efetivamente exercido, será considerada para fins de
acumulação.
e) O servidor em regime de acumulação, quando investido em cargo de provimento temporário,
ficará afastado de um dos cargos efetivos, se houver compatibilidade de horários.

a) Errada. A proibição da acumulação alcança cargos, empregos e funções públicas.


b) Errada. O §2º do artigo 177 estabelece que “A compatibilidade de horários consiste na con-
ciliação entre horários de trabalhos correspondentes a mais de um vínculo funcional e definidos
ao servidor em razão das necessidades de serviço, considerados os intervalos indispensáveis à
locomoção, às refeições e ao repouso”.
c) Errada. A denominação atribuída ao cargo é insuficiente para caracterizá-lo como técnico ou
científico, conforme previsão do §1º do artigo 178.
d) Errada. O §2º do artigo 178 estabelece que “A simples qualificação pessoal do servidor,
desde que não diretamente relacionada à natureza do cargo, função ou emprego efetivamente
exercido, não será considerada para fins de acumulação”.
e) Certa. A questão está de acordo com as disposições do artigo 179 da norma estadual, de
seguinte redação:

Art. 179 - O servidor em regime de acumulação, quando investido em cargo de provimento temporá-
rio, ficará afastado de um dos cargos efetivos, se houver compatibilidade de horários.
Letra e.

013. (VUNESP/INV/PC BA/2018) Ivan é investigador de polícia e, precisando fazer uma in-
vestigação “in loco”, retirou da delegacia onde trabalha um Inquérito Policial sem a devida anu-
ência do Delegado Titular de Polícia, conduta que vem demonstrando reiteradamente. Nesse
caso, conforme a Lei Estadual n. 6.677/94, Ivan
a) poderá ser demitido a bem do serviço público.
b) poderá ser advertido verbalmente por inobservância do seu dever funcional previsto em lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 84 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

c) poderá ser suspenso por até 90 (noventa.) dias, por violação a uma das proibições previs-
tas em lei.
d) não poderá sofrer punição porque ele agiu de boa fé e no estrito cumprimento do seu dever
funcional.
e) não poderá sofrer penalidades porque sua atitude não tipifica uma infração disciplinar.

No caso, estamos diante de uma infração que não é tipificada com a penalidade de advertên-
cia ou de demissão. Logo, a penalidade a ser aplicada é a de suspensão, que, por sua vez, não
poderá exceder a 90 dias.

Art. 190 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência em faltas punidas com advertência
e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a demissão, não podendo
exceder de 90 (noventa) dias.
Letra c.

014. (CONSULTEC/ASS PROC/PGE BA/2010) Com a aprovação em concurso público, após


os trâmites legais, a posse deverá verificar-se até
a) durante o prazo de validade do concurso.
b) sessenta dias a partir da data de divulgação do resultado.
c) quarenta e cinco dias após a publicação do ato de nomeação.
d) tão logo esteja o aprovado disponível para assumir as funções.
e) trinta dias, contados da data da publicação do ato de nomeação.

A posse deverá ser realizada no prazo de 30 dias, contados do ato de nomeação. Em caso de
necessidade, o prazo poderá ser prorrogado por igual período.

Art. 19 - A posse deverá verificar-se até 30 (trinta) dias, contados da data da publicação do ato de
nomeação no órgão oficial, podendo ser prorrogada por mais 30 (trinta) dias, a requerimento do
interessado, no prazo original.
Letra e.

015. (CONSULTEC/ASS PROC/PGE BA/2010) Quando, na hipótese do servidor aposentado


por invalidez, os motivos determinantes da aposentadoria forem declarados insubsistentes
por junta médica oficial, quanto a esse servidor, ocorrerá
a) reversão.
b) demissão.
c) destituição.
d) reintegração.
e) aproveitamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 85 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Na situação narrada, estaremos diante do instituto da reversão, conforme previsão do artigo 34:

Art. 34 - Reversão é o retorno do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da


aposentadoria forem declarados insubsistentes por junta médica oficial.
Letra a.

016. (CONSULTEC/ASS PROC/PGE BA/2010) A concessão dada ao servidor pelo prazo de


15 dias decorre de
a) casamento.
b) alistamento militar.
c) período de trânsito, compreendido como tempo gasto para retorno, quando em férias
no exterior.
d) período de trânsito, compreendido como tempo gasto para mudar de sede, contado da data
do desligamento.
e) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, padrasto ou madrasta, filhos menor, enteados,
desde que comprovado por atestado de óbito.

O prazo de 15 dias, a título de concessão, corresponde ao período de trânsito, compreendido


como o tempo gasto para mudar de sede, contado da data do desligamento.

Art. 113 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:


IV – até 15 (quinze) dias, por período de trânsito, compreendido como o tempo gasto pelo servidor
que mudar de sede, contados da data do desligamento.
Letra d.

017. (CONSULTEC/ASS PROC/PGE BA/2010) De acordo com o Estatuto do Servidor Público


do Estado, dentre outros, são deveres do servidor:
a) Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em
razão do cargo e ser leal às instituições a que servir.
b) Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em
razão do cargo e recusar fé a documento público.
c) ser leal às instituições a que servir e promover manifestação de apoio ou desapreço no re-
cinto da repartição.
d) Tratar com urbanidade as pessoas e não se manifestar contra a ilegalidade ou abuso de
poder por não ser sua atribuição.
e) Manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau e
adotar conduta compatível ao serviço.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 86 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Na letra A, estamos diante de dois deveres estabelecidos para os servidores do Estado da Bahia.

Art. 175 - São deveres do servidor:


II – ser leal às instituições a que servir;
VI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão
do cargo;
Letra a.

018. (FGV/ANA TEC/MPE BA/ENGENHARIA FLORESTAL/2017) Joana, ocupante estável do


cargo efetivo de Analista Técnico do Ministério Público da Bahia, acaba de adotar um bebê de
cinco meses de idade.
De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, Joana tem direito
à licença:
a) maternidade, porque o princípio da isonomia impede a distinção entre filho biológico e ado-
tivo, pelo período de noventa dias a contar da data em que a criança chegar ao novo lar;
b) maternidade, porque o intérprete da lei não pode distinguir filho biológico do adotivo, pelo
período de trinta dias a contar da data em que transitar em julgado a sentença de adoção;
c) maternidade, porque, pelo princípio da igualdade, a lei não pode distinguir filho biológico do
adotivo, pelo período de até cento e oitenta dias, a contar da data do nascimento da criança;
d) à adotante, para ajustamento do menor, pelo período de trinta dias a contar da data em que
transitar em julgado a sentença de adoção;
e) à adotante, para ajustamento do menor, pelo período de cento e oitenta dias a contar da data
em que este chegar ao novo lar.

Na situação, Joana tem direito à licença à adotante. Como o bebê adotado possui menos de 1
ano, o prazo da licença será de 180 dias.

Art. 157 - À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança de até 01 (um) ano de idade,
serão concedidos 180 (cento e oitenta) dias de licença, para ajustamento do menor, a contar da data
em que este chegar ao novo lar.
Letra e.

019. (IBFC/ANA RC/JUCEB/2015) Assinale a alternativa correta sobre o que constitui a posi-
ção hierarquizada de cargos da mesma denominação dentro da categoria funcional no âmbito
do Estatuto do Servidor Público Civil do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Pú-
blicas Estaduais (Lei estadual n. 6.677 de 26 de setembro de 1994).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 87 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

a) Referência.
b) Grupo ocupacional.
c) Classe.
d) Carreira.
e) Lotação.

O conceito apresentado é o de classe, conforme disposição da Lei Estadual 6.677:

Art. 5º - Para os efeitos desta Lei:


II – classe - é a posição hierarquizada de cargos da mesma denominação dentro da categoria fun-
cional;
Letra c.

020. (IBFC/ANA RC/JUCEB/2015) Assinale a alternativa correta sobre o que o Estatuto do


Servidor Público Civil do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais
(Lei estadual n. 6.677 de 26 de setembro de 1994) considera ser promoção dentre as formas
de provimento de cargo público.
a) Retomo do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da aposentadoria
forem declarados insubsistentes por junta médica oficial.
b) Elevação do servidor ocupante de cargo de provimento permanente, dentro da categoria
funcional a que pertence, pelos critérios de merecimento e antiguidade.
c) Aquisição de estabilidade do servidor habilitado em concurso público e empossado em car-
go de provimento permanente ao completar 03 (três) anos de efetivo exercício.
d) Submissão ao período de 03 (três) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo.
e) Aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo públi-
co, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de termo pela autoridade
competente e pelo servidor.

A definição de promoção é encontrada no artigo 30 da norma em questão, que apresenta a


seguinte redação:

Art. 30 - Promoção é a elevação do servidor ocupante de cargo de provimento permanente, dentro


da categoria funcional a que pertence, pelos critérios de merecimento e antiguidade.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 88 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

021. (IBFC/TEC RC/JUCEB/2015) Assinale a alternativa correta sobre o que constitui a po-
sição estabelecida para o ocupante do cargo dentro da respectiva classe, de acordo com o
critério de antiguidade no âmbito do Estatuto do Servidor Público Civil do Estado da Bahia,
das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais (Lei estadual n. 6.677 de 26 de setem-
bro de 1994).
a) Referência.
b) Categoria funcional.
c) Grupo ocupacional.
d) Carreira.
e) Lotação.

A definição apresentada é a de referência, nos termos da Lei Estadual 6.677, de 1994:

Art. 5º - Para os efeitos desta Lei:


I – referência - é a posição estabelecida para o ocupante do cargo dentro da respectiva classe, de
acordo com o critério de antiguidade;
Letra a.

022. (IBFC/TEC RC/JUCEB/2015) Assinale a alternativa correta sobre o que o Estatuto do


Servidor Público Civil do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais
(Lei estadual n. 6.677 de 26 de setembro de 1994) considera ser reversão dentre as formas de
provimento de cargo público.
a) Elevação do servidor ocupante de cargo de provimento permanente, dentro da categoria
funcional a que pertence, pelos critérios de merecimento e antiguidade.
b) Aquisição de estabilidade do servidor habilitado em concurso público e empossado em car-
go de provimento permanente ao completar 03 (três) anos de efetivo exercício.
c) Submissão ao período de 03 (três) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão ob-
jeto de avaliação para o desempenho do cargo.
d) Aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo públi-
co, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de termo pela autoridade
competente e pelo servidor.
e) Retomo do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da aposentadoria
forem declarados insubsistentes por junta médica oficial.

De acordo com a norma em estudo, a reversão pode ser conceituada, nos termos do artigo 34,
da seguinte forma:

Art. 34 - Reversão é o retorno do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da


aposentadoria forem declarados insubsistentes por junta médica oficial.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 89 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

023. (FGV/AJ/TJ BA/APOIO ESPECIALIZADO/ADMINISTRAÇÃO/2015) José, servidor es-


tadual ocupante de cargo efetivo, fazia questão de, livre e conscientemente, inobservar freios
inibitórios mínimos e, em seu setor de trabalho, agia com incontinência pública e conduta es-
candalosa, além de praticar insubordinação grave no serviço. Consoante dispõe o Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, José está sujeito à pena disciplinar de:
a) advertência;
b) censura e multa;
c) suspensão até noventa dias;
d) demissão;
e) exoneração.

Na medida em que José agia com incontinência pública e conduta escandalosa no âmbito da
repartição, a penalidade que deve ser aplicada é a de demissão.

Art. 192 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:


V – incontinência pública e conduta escandalosa;
Letra d.

024. (FGV/AJ/TJ BA/APOIO ESPECIALIZADO/ADMINISTRAÇÃO/2015) De acordo com o


Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia (Lei n. 6.677/94), é dever do servidor:
a) cumprir as ordens superiores, inclusive as manifestamente ilegais, caso em que ficará isen-
to de responsabilidade;
b) atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeridas, vedada
qualquer alegação de sigilo;
c) zelar pela economia de material e pela conservação do patrimônio público;
d) opor resistência injustificada à tramitação de processo ou exceção do serviço;
e) ser assíduo e pontual ao serviço, vedado comparecer à repartição em horário extraordinário,
mesmo se convocado.

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra C trata-se de um dever dos servidores


públicos estaduais.

Art. 175 - São deveres do servidor:


VII – zelar pela economia de material e pela conservação do patrimônio público;
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 90 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

025. (FGV/TJ BA/ADMINISTRATIVA/2015) Antônio, servidor público efetivo estadual, sofreu


um acidente automobilístico que lhe causou limitações em sua capacidade física, conforme
comprovado por junta médica oficial. De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis
do Estado da Bahia, o cometimento ao servidor Antônio de novas atribuições, compatíveis com
a citada limitação, garantida a remuneração do cargo de que é titular, é a:
a) reversão;
b) recondução;
c) aproveitamento;
d) reintegração;
e) readaptação.

O conceito apresentado é o de readaptação, de forma que Antônio passará a desempenhar, em


virtude da limitação ocorrida, novas atribuições.

Art. 43 - Readaptação é o cometimento ao servidor de novas atribuições, compatíveis com a limi-


tação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, comprovada por junta médica oficial,
garantida a remuneração do cargo de que é titular.
Letra e.

026. (FGV/AJ/TJ BA/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) Carmem, servidora


pública estadual ocupante de cargo efetivo, foi aposentada por invalidez por doença psiquiá-
trica. Meses depois, Carmem se recuperou da enfermidade e, desejando regressar ao serviço
público, ajuizou ação ordinária em face do Estado da Bahia. Durante a instrução probatória,
por meio de perícia judicial que ratificou a nova conclusão de junta médica oficial, restou com-
provado que Carmem se curou completamente da doença e está apta a voltar ao trabalho. De
acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, no caso em tela:
a) não é cabível o retorno de Carmem ao serviço público, porque a aposentadoria por invalidez
é ato irrevogável;
b) não é cabível o retorno de Carmem ao serviço público por determinação judicial, mas so-
mente por vontade do próprio poder público estadual;
c) é cabível o retorno de Carmem ao serviço público, por meio da reintegração;
d) é cabível o retorno de Carmem ao serviço público, por meio da reversão;
e) é cabível o retorno de Carmem ao serviço público, por meio da readaptação.

No caso de Carmem, os motivos alegados para a aposentadoria por invalidez foram declara-
dos insubsistentes, haja vista que a servidora comprovou que não tinha mais a doença. Logo,
poderá ela reverter para o cargo anteriormente ocupado ou resultante de transformação.

Art. 34 - Reversão é o retorno do aposentado por invalidez, quando os motivos determinantes da


aposentadoria forem declarados insubsistentes por junta médica oficial.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 91 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

027. (FGV/TJ BA/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2015) João, servidor público


civil estadual ocupante de cargo efetivo, com o objetivo de colaborar com sua irmã Maria,
igualmente servidora pública estadual, que sofreu um acidente e estava impossibilitada de se
locomover, atuou como seu procurador junto a determinada repartição pública estadual, para
tratar de assunto relativo à percepção de remuneração e benefícios assistenciais em favor
dela. Pelos fatos narrados, de acordo com a Lei Estadual n. 6.677/94 da Bahia, em matéria de
sanção disciplinar, João:
a) não praticou falta funcional, mas está sujeito a ser advertido;
b) praticou falta funcional e está sujeito à pena de multa;
c) praticou falta funcional e está sujeito à pena de suspensão;
d) praticou falta funcional e está sujeito à pena de demissão;
e) não praticou falta funcional, porque existe autorização legal expressa para tal hipótese.

Na situação narrada, a conduta implica em exceção à uma das vedações estipuladas aos ser-
vidores públicos estaduais.

Art. 176 - Ao servidor é proibido:


XII – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar
de percepção de remuneração, benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até segundo
grau e de cônjuge ou companheiro;
Letra e.

028. (IBFC/AG PEN/SEAP BA/2014) Assinale a alternativa correta quanto à Lei Estadual da
Bahia n. 6.677/1994, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da
Bahia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais.
a) Cargo público é conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, com
as características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e paga-
mento pelos cofres públicos, para provimento em caráter apenas permanente.
b) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor,
com as características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e pa-
gamento pelos cofres públicos, para provimento em caráter apenas temporário.
c) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidade cometidas a um servidor, inde-
pendentemente das características essenciais de criação por lei, denominação própria, desde
que não dependam de número certo e pagamento pelos cofres públicos, para provimento em
caráter apenas permanente.
d) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor,
com as características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e pa-
gamento pelos cofres públicos, para provimento em caráter permanente ou temporário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 92 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

e) Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades vedadas a um servidor, inde-


pendentemente das características essenciais de criação por lei, denominação própria, desde
que não dependam de número certo e pagamento pelos cofres públicos, para provimento em
caráter apenas permanente.

A questão exige o conhecimento da definição de cargo público, que é encontrada no artigo 3º


da norma estadual:

Art. 3º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor,


com as características essenciais de criação por lei, denominação própria, número certo e paga-
mento pelos cofres públicos, para provimento em caráter permanente ou temporário.
Letra d.

029. (IBFC/AG PEN/SEAP BA/2014) Nos termos da Lei Estadual da Bahia n. 6.667/1994 (Es-
tatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações
Públicas Estaduais), assinale a alternativa correta sobre o que é a posição hierarquizada de
cargos da mesma denominação dentro da categoria funcional.
a) Carreira.
b) Lotação.
c) Classe.
d) Referência.
e) Cargo de confiança.

O conceito exigido é o de classe, nos termos da Lei Estadual 6.677, de seguinte redação:

Art. 5º - Para os efeitos desta Lei:


II – classe - é a posição hierarquizada de cargos da mesma denominação dentro da categoria fun-
cional;
Letra c.

030. (IBFC/AG PEN/SEAP BA/2014) Nos termos da Lei Estadual da Bahia n. 6.667/1994 (Es-
tatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado da Bahia, das Autarquias e das Fundações
Públicas Estaduais), assinale a alternativa correta sobre o que é a posição estabelecida para
ocupante do cargo dentro da respectiva classe, de acordo com o critério de antiguidade.
a) Carreira.
b) Referência.
c) Estrutura de cargos.
d) Discriminação injusta.
e) Cargo de confiança;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 93 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

O conceito apresentado é o de referência, nos termos da Lei Estadual 6.677/1994:

Art. 5º - Para os efeitos desta Lei:


I – referência - é a posição estabelecida para o ocupante do cargo dentro da respectiva classe, de
acordo com o critério de antiguidade;
Letra b.

031. (INSTITUTO AOCP/ATA/MPE BA/2014) De acordo com o Estatuto dos Servidores Públi-
cos Civis do Estado da Bahia, são requisitos básicos para ingresso no serviço público, EXCETO
a) idade mínima de vinte e um anos.
b) nacionalidade brasileira ou equiparada.
c) gozo dos direitos políticos.
d) quitação com as obrigações militares e eleitorais.
e) nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo.

Os requisitos para ingresso nos cargos públicos estaduais estão previstos no artigo 8º da Lei
Estadual 6.677. Dentre as alternativas apresentadas, apenas a idade mínima de 21 anos não
se trata de uma condição exigida.

Art. 8º - São requisitos básicos para ingresso no serviço público:


I – a nacionalidade brasileira ou equiparada; (Letra B)
II – o gozo dos direitos políticos; (Letra C)
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais; (Letra D)
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; (Letra E)
V – a idade mínima de dezoito anos; (Erro da Letra A)
VI – a boa saúde física e mental.
Letra a.

032. (FGV/TNM/ALBA/ADMINISTRATIVA/2014) Conforme dispõe a Lei n. 6.677/94, o servi-


dor nomeado para o cargo de provimento permanente ficará sujeito a estágio probatório, perí-
odo no qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para desempenho do cargo.
Durante o referido período, deve ser observado o seguinte fator:
a) vida pregressa.
b) comportamento social.
c) capacidade de iniciativa.
d) desempenho de atividade física.
e) aprovações em posteriores certames públicos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 94 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra C elenca um fator que será levado em con-
ta para fins de aprovação ou não no estágio probatório.

Art. 27 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento permanente ficará
sujeito a estágio probatório por um período de 03 (três) anos, durante o qual sua aptidão e capacida-
de serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
Letra c.

033. (FGV/TNM/ALBA/ADMINISTRATIVA/2014) De acordo com a Lei n. 6.677/1994, assi-


nale a opção que indica o momento em que o servidor poderá se aposentar voluntariamente.
a) Aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
proporcionais a este tempo.
b) Aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e aos 25
(vinte e cinco), se professora, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
c) Aos 70 (setenta) anos de idade, se homem, e aos 65 (sessenta e cinco), se mulher, com pro-
ventos proporcionais ao tempo de serviço.
d) Aos 70 (setenta) anos de idade, se homem, e aos 65 (sessenta e cinco), se mulher, com
proventos integrais.
e) Aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
integrais.

Vejamos, de acordo com a Lei Estadual 6.677, as regras que devem ser observadas com rela-
ção à aposentadoria voluntária.

Art. 127 - O servidor poderá ser aposentado voluntariamente:


I – aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher, com proventos
integrais;
II – aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor e aos 25 (vinte
e cinco), se professora, com proventos integrais;
III – aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
proporcionais a este tempo;
IV – aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta), se mulher, com pro-
ventos proporcionais ao tempo de serviço.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 95 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

034. (FGV/AUD/ALBA/AUDITORIA/2014) Dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos da Bahia


que, sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar‐se do serviço
I – por 1 (um) dia, para doação de sangue.
II – por 1 (um) dia, para alistamento eleitoral.
III – por 8 (oito) dias consecutivos, por motivo de casamento.
Está(ão) correto(s):
a) somente I e II.
b) somente I e III.
c) somente II e III.
d) somente II.
e) somente I.

A questão exige o conhecimento das concessões que podem ser usufruídas pelos servidores
estaduais. Desta forma, devemos fazer uso das disposições do artigo 113 da Lei 6.677, de
seguinte redação:

Art. 113 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:


I – por 1 (um) dia, para doação de sangue; (Item I)
II – por 2 (dois) dias, para alistamento eleitoral; (Erro do Item II)
III – por 8 (oito) dias consecutivos, por motivo de:
a) casamento; (Item III)
b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, padrasto ou madrasta, filhos, enteados, menor sob
guarda ou tutela e irmãos, desde que comprovados com atestado de óbito.
IV – até 15 (quinze) dias, por período de trânsito, compreendido como o tempo gasto pelo servidor
que mudar de sede, contados da data do desligamento.
Letra b.

035. (FCC/ANA PROC/PGE BA/CALCULISTA/2013) Nos termos da Lei Estadual no 6.677/94,


NÃO constitui dever do servidor
a) representar contra ilegalidade ou abuso de poder.
b) cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
c) atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalva-
das as protegidas por sigilo.
d) levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em
razão do cargo, exceto quando considerar que as mesmas são de pouca relevância.
e) ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive comparecendo à repartição em horário extraor-
dinário, quando convocado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 96 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra D não trata-se de um dever dos servidores
estaduais. Ao contrário do que informado, o agente deve levar ao conhecimento da autoridade
superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo, ainda que considere que
estas sejam de pouca relevância.

Art. 175 - São deveres do servidor:


VI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão
do cargo;
Letra d.

036. (FGV/AP/TCE-BA/2014) Acerca do regime disciplinar do servidor público civil do estado


da Bahia, previsto na Lei Estadual n. 6.677/94, assinale a afirmativa incorreta.
a) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
b) A natureza e a gravidade das penas que forem impostas ao servidor não deverão constar
dos assentamentos individuais.
c) Na aplicação das penalidades, serão consideradas, dentre outras, as circunstâncias agra-
vantes ou atenuantes.
d) A penalidade de advertência terá seu registro cancelado, após o decurso de 2 (dois) anos de
efetivo exercício, se o servidor não praticar, nesse período, nova infração disciplinar.
e) A aposentadoria ou a disponibilidade do inativo será cassada se ele houver praticado, na
atividade, falta punível com a demissão.

a) Certa. A esferas civil, administrativa e penal são os três âmbitos de responsabilização dos
servidores.
b) Errada. A gravidade e a natureza das infrações cometidas serão consideradas, e, conse-
quentemente, registradas nos assentamentos individuais dos servidores.
c) Certa. As circunstâncias agravantes ou atenuantes devem ser levadas em conta no momen-
to de aplicação da penalidade.
d) Certa. Após o decurso de 2 anos, a penalidade de advertência terá o seu registro cancelado.
Para isso, o servidor não deve ter cometido, no período, nova infração disciplinar.
e) Certa. Caso o aposentado ou o inativo tenham praticado, quando em atividade, falta punível
com demissão, deverão eles ser sancionados com a pena de cassação de aposentadoria ou
de disponibilidade.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 97 de 99
LEGISLAÇÃO GERAL
Estatuto dos Servidores da Bahia
Diogo Surdi

037. (FGV/AP/TCE-BA/2014) Segundo a Lei n. 6.677/94, a pena de demissão será aplicada


nos casos de
I – reincidência em faltas punidas com advertência.
II – inassiduidade habitual.
III – incontinência pública e conduta escandalosa.
Assinale:
a) se somente no caso I.
b) se somente no caso II.
c) se somente nos casos I e II.
d) se somente nos casos II e III.
e) se em todos os casos.

Em caso de reincidência das faltas punidas com advertência, a penalidade que deve ser aplica-
da é a suspensão, e não a demissão. Por isso o erro do Item I.
Nos demais itens, ambas as situações são ensejadoras da penalidade de demissão.

Art. 192 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:


III – inassiduidade habitual; (Item II)
V – incontinência pública e conduta escandalosa; (Item III)
Letra d.

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 98 de 99
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EDVALDO JESUS SANTOS - 53929470500, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar