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COMPLEMENTAR
N. 22/1994
Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado
do Pará
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LEI COMPLEMENTAR N. 22/1994
Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado do Pará
Sumário
Renato Borelli
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ADIMILSON SALGADO VIEIRA JUNIOR - 00560674295, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado do Pará
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Vale dizer, ainda, que não há hierarquia entre as Leis Ordinárias e as Leis Complementares.
Atividade Policial
Polícias Civis
Estadual
Polícias Judiciárias
Polícia Federal
Federal
Polícia Repressiva (ou
"ostensiva”) – São as
Polícias Militares
Cumpre acrescentar que, nos termos da Lei a Lei n. 12.830/2013 – que trata das atribui-
ções do Delegado de Polícia:
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de
polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
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Ademais, acerca das suas funções institucionais exclusivas, o Art. 5º da referida Lei
dispõe que:
Art. 5º São funções institucionais exclusivas da Polícia Civil, e de polícia judiciária, investigatória
policial, a de caráter criminalístico e criminológico, a cautelar pré-processual, a preventiva da ordem
e dos direitos, o combate eficaz da criminalidade e da violência, além das seguintes:
I – Praticar, com exclusividade, todos os atos necessários à apuração das infrações penais e elabo-
ração do Inquérito Policial;
II – (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar n. 37, de 19/01/2000)
III – Manter estreito e constante intercâmbio de caráter investigatório e judicial entre as repartições
e organizações congêneres;
IV – Promover o recrutamento, seleção, formação, aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional
e cultural do policial civil;
V – Colaborar com a justiça criminal, providenciando o cumprimento dos mandados de prisão expe-
didos pelas autoridades judiciárias, fornecendo as informações necessárias à instrução e julgamen-
to dos processos, e realizando as diligências, fundamentadamente, requisitadas pelo Juiz de Direito
e membros do Ministério Público nos autos do Inquérito Policial;
VI – Organizar e executar o cadastramento da identificação civil e criminal, através dos processos
de impressões papiloscópicas;
VII – Organizar e manter o cadastramento de armas, munições, explosivos e demais produtos con-
trolados, bem como expedir licenças para as respectivas aquisições e portes, a seu critério, median-
te o pagamento das taxas devidas em decorrência do exercício do poder de polícia;
VIII – Manter o serviço de Estatística Policial em adequação com os Institutos de Estatística e Pes-
quisa, de maneira a fornecer informações precisas e atualizadas sobre índices de criminalidade, de
violência e de infrações de trânsito;
IX – Exercer a fiscalização de jogos e diversões públicas, expedindo o competente alvará, a seu cri-
tério, mediante o pagamento das taxas decorrentes do poder de polícia.
De acordo com o Art. 4º da LC N. 22/1994, temos que “são princípios institucionais respon-
sáveis por reger a instituição policial: a Autonomia Administrativa e Funcional, a Hierarquia e a
Disciplina.”
3.1.2. Símbolos
Conforme o Art. 3º da LC, são símbolos oficiais da Polícia Civil do Estado do Pará, todos
capazes de identificar a Instituição:
1. O Hino;
2. A Bandeira;
3. O Brasão; e
4. O Distintivo.
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Por oportuno, ressalta-se que os modelos de tais símbolos serão sempre estabelecidos
por ato do Poder Executivo local.
Para desempenhar eficientemente sua missão institucional, a PC/PA tem a sua estrutura
organizacional básica (Art. 6º) constituída das seguintes unidades:
• Conselho Superior;
• Delegado-Geral de Polícia Civil Gabinete do Delegado-Geral;
• Delegado Adjunto;
• Consultoria Jurídica;
• Assessoria;
• Núcleos de Inteligência Pessoal;
• Diretorias;
• Corregedorias;
• Coordenadorias.
Para além do disposto acima, também estão inseridas nas unidades que compõem a es-
trutura básica da PC/PA as:
• Superintendências Regionais;
• Seccionais Urbanas;
• Divisões Especializadas; e
• Delegacias de Polícia.
Acerca das unidades acima, cumpre registrar que alguns dos cargos a elas relacionados
são de provimento exclusivo por Delegados de Polícia de carreira (ativos), bacharéis em Direito
e estáveis no cargo, tais como os cargos de Assessor de Planejamento Estratégico, Diretor do
Núcleo de Inteligência Policial, Diretor de Polícia Metropolitana, Diretor de Polícia do Interior, Di-
retor de Polícia Especializada, Diretor da Academia de Polícia Civil, Superintendente Regional,
Diretor de Seccional Urbana, Diretor de Divisão Especializada, Coordenador da Região Metro-
politana e Coordenador do Interior.
Lado outro, o cargo de Diretor da Diretoria de Identificação, p. ex., é de provimento de poli-
cial civil (lato sensu), preferencialmente Papiloscopista, com formação de nível superior.
Prosseguindo no nosso estudo, acerca das unidades mencionadas, devemos destacar as
seguintes:
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O Conselho Superior
Atribuições
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l) aprovar nomes de civis, militares e servidores da Instituição para serem agraciados com
a Medalha do Mérito Policial Civil, o Diploma de Amigo da Polícia Civil ou a Medalha Evanovich
de Investigação Policial, bem como de outras condecorações;
m) julgar os recursos hierárquicos resultantes de procedimentos disciplinares da compe-
tência do Delegado Geral;
n) julgar o processo administrativo que trata da promoção por ato de bravura, nos termos
do art. 55 desta Lei;
o) julgar, em grau de recurso, os processos administrativos atinentes à Divisão de Polícia
Administrativa, após a decisão do Delegado-Geral.
Sob outro aspecto, em caráter consultivo, cabe ao Conselho:
a) emitir parecer, depois de exame e avaliação, sobre as propostas ou projetos atinentes à
expansão do quadro de recursos humanos e à aquisição de equipamentos;
b) emitir parecer, depois de exame e avaliação, sobre projetos de instalação, transforma-
ção, fusão e desativação de unidades operacionais;
c) emitir parecer, depois de exame e avaliação, sobre os projetos de criação e extinção de
cargos da Polícia Civil;
d) opinar sobre o projeto de orçamento-programa anual da Polícia Civil; e
e) opinar quanto ao emprego de verbas orçamentárias ou de créditos abertos em favor
da Polícia Civil, bem como sobre os recursos que ela venha a receber, oriundos de quaisquer
fontes de receitas.
Finalmente, o Conselho também terá funções em caráter de assessoramento, oportuni-
dade em que deverá: a) encaminhar ao Chefe do Poder Executivo a lista dos policiais não
aprovados no Estágio Probatório, para as providências pertinentes; b) exercer a fiscalização da
aplicação dos recursos orçamentários e financeiros rubricados à Polícia Civil; e c) propor ao
Chefe do Poder Executivo alterações na legislação pertinente à Polícia Civil.
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Não obstante, há regras de hierarquia, ainda que meramente administrativas, que devem
ser observadas no âmbito das Polícias Civis e que, por tal motivo, merecerem atenção nas pro-
vas de concursos públicos.
É que o Delegado titular de uma delegacia especializada, por exemplo, está submetido
ao Delegado Regional. Além disso, ambos estão administrativamente submetidos ao Dele-
gado-Geral.
Mas por que se afirma que tal relação hierárquica só pode ser observada sob a ótica admi-
nistrativa?
Isso se afirma porque os Delegados de Polícia são dotados de independência funcional,
conforme consta do art. 128, § 6º, da CRFB. A a partir da nossa Carta Magna, a Lei 12.830/2013
também foi delineada nesse mesmo sentido.
Sobre o tema, observa-se que há diversos diplomas legais que conceituam o Delegado de
Polícia como Autoridade Policial.
Porém, a norma mais importante é a disposta no art. 4º do CPP, a qual pode e deve ser
combinada com art. 2º, § 1º da Lei 12.830/13, para uma interpretação mais fidedigna.
Vejamos:
CPP
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
Note que é conferida à autoridade policial a chefia da polícia judiciária, leia-se Polícia Civil.
Isso porque é sabido que a investigação policial é atribuição privativa da Polícia Civil e da Polí-
cia Federal, conforme determina a Constituição Federal, (art. 144, §§1º e 4º, da CRFB).
Tais corporações são dirigidas por Delegados de Polícia de carreira. Logo, só é possível
concluir que o referido artigo faz referência a esse cargo estatal. No mesmo sentido, é o art.
2º, § 1º, da Lei 12.830/13, que dispõe que:
Art. 2º (...)
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação
criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo
a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais
Ainda, faz-se necessário citar um dos trechos da Lei Orgânica da PC/PA, que estabelece:
Art. 1º A Polícia Civil, Instituição permanente, auxiliar da justiça criminal e necessária à defesa do
povo e do Estado, dirigida por Delegado de Polícia de carreira da ativa, estável no cargo, tem como
incumbência as funções de polícia judiciária e a exclusividade da apuração de infrações penais, ex-
ceto as militares, e organiza-se de acordo com as normas gerais constantes desta Lei.
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Outro destaque importante é o de que o Delegado-Geral de Polícia Civil, nos termos da Lei
Orgânica, tem todas as mesmas honras, remuneração e prerrogativas conferidas aos Secre-
tários Executivos de Estado. Inclusive, em casos de cometimento de crimes comuns e nos de
responsabilidade, o Delegado-Geral, deve ser processado e julgado pelo Tribunal de Justiça do
Estado e, nos de responsabilidade conexos com os do Governador, pela Assembleia Legislati-
va, nos termos do artigo 338 da Constituição do Estado do Pará.
Por fim, importa destacar que o Gabinete é o órgão de assessoramento superior direta-
mente subordinado ao Delegado Geral, constituído de Chefia de Gabinete, Seção de Protocolo
e Seção de Arquivo.
Atribuições do Delegado-Geral
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Cumpre ressaltar que as atribuições de “lotar servidores, conceder férias, licenças e afas-
tamentos de quaisquer espécies, bem como remover servidores quando houver ônus para a
Administração Pública”, podem ser delegadas, a critério do Delegado-Geral. No entanto, tra-
ta-se de uma exceção à regra, o caso de remoção de servidores, quando gerar ônus para a
Administração Pública.
Delegado-Geral Adjunto
Consultoria Jurídica
Diretorias
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A Corregedoria Geral da Polícia Civil, é o órgão de controle disciplinar interno. Ela também
é dirigida por Delegado de Polícia de carreira da ativa, estável no cargo, e está diretamente vin-
culada ao Conselho Superior da Polícia Civil.
São atribuições da Corregedoria Geral:
• Promover o controle interno da Polícia Civil e a apuração de transgressões disciplinares
e penais atribuídas aos seus servidores, no exercício do cargo ou fora dele, produzindo
provas e impondo sanções nos limites de suas atribuições;
• Velar pela fiel observância da disciplina e probidade funcionais;
• Exercer correição, em caráter permanente ou extraordinário, sobre os procedimentos de
polícia judiciária instaurados pelos órgãos policiais;
• Avocar, com razões fundamentadas, em caráter excepcional, inquéritos policiais para
redistribuição;
• Acompanhar e orientar os policiais civis no exercício de suas atividades de polícia judi-
ciária;
• Articular-se com o Poder Judiciário e o Ministério Público, visando à eficiência dos ser-
viços de polícia judiciária;
• Realizar inspeções nos órgãos policiais, remetendo relatório reservado ao Conselho Su-
perior da Polícia;
• Emitir recomendações, no âmbito de suas atribuições, aos servidores da Instituição;
• Efetuar análises e controle estatístico das infrações administrativas e penais praticadas
por servidores da Instituição;
• Proceder ao cancelamento de notas criminais determinadas pelo juízo competente;
• Adotar providências para sanar omissões, prevenir e corrigir ilegalidade ou abuso de
poder;
• Expedir pareceres normativos sobre procedimentos e atuação policial;
• Centralizar procedimentos administrativos e penais da Instituição;
• Adotar, de forma articulada e em conjunto com a Academia de Polícia Civil e a Divisão
de Atendimento ao Servidor, medidas socioeducativas, visando à reinserção do servidor
no contexto de sua atividade funcional;
• Instaurar e julgar apuração administrativa interna; e
• Determinar o afastamento de policial acusado de infração disciplinar ou penal, bem
como a retirada da identidade funcional e/ou da arma de fogo, excepcionalmente.
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Seccionais Urbanas
As Seccionais Urbanas de Polícia Civil, dirigidas por Delegados de Polícia de carreira da ati-
va, estável no cargo, são órgãos subordinados à Diretoria de Polícia Metropolitana, na Região
Metropolitana de Belém, e às Superintendências Regionais, no interior do Estado.
Superintendências Regionais
Divisões Especializadas
Delegacias de Polícia
As Delegacias de Polícia Civil são dirigidas por Delegados de Polícia e são órgãos subor-
dinados às Seccionais Urbanas das respectivas circunscrições, na Região Metropolitana de
Belém, e às Superintendências Regionais, no interior do Estado.
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16
14
12
10
8 Série 3
6 Série 2
4 Série 1
2
0
Delegado de Delegado 2a. Delegado 1a. Delegado de
Polícia Substituto Classe Classe Polícia Classe
Especial
Perceba que houve uma progressão “dentro da própria carreira de Delegado”, vale lembrar
que essa progressão não é apenas nominal, mas há também reflexos financeiros considerá-
veis a partir de cada progressão.
Note então, que o cargo de Delegado Substituto constitui a classe inicial, enquanto o Dele-
gado de Classe Especial é o último da carreira.
II – Cargos Públicos isolados (Também chamados de Classe única); são aqueles que não
permitem uma progressão dentro da carreira. Ao ser aprovado em determinado cargo, é ne que
o servidor aposentar-se-á. Ex. Agente de Inteligência da ABIN.
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Falamos que a Polícia Civil é dirigida pelo Delegado de Polícia, e que essa “direção” é con-
textualizada por uma evolução história.
Nesse sentido, explicamos que antigamente, a figura do Delegado não tinha tanto reconhe-
cimento, e que a evolução do monopólio legítimo da força passou por várias etapas, só para se
ter uma noção, antigamente, a figura do Delegado era nomeado pelo Imperador.
Destacamos que a nomenclatura do Delegado, tem origem dada pela Lei n. 261/1841, que
foi responsável por alterar inúmeros dispositivos do CPP de 1832. Essa alteração inseriu a
figura do Chefe de Polícia a função do Delegado além da função de SUBDelegado, in verbis:
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Art. 1º Haverá no Município da Corte, e em cada Província um Chefe de Polícia, com os Delegados
e Subdelegados necessários, os quais, sobre proposta, serão nomeados pelo Imperador, ou pelos
Presidentes. Todas as autoridades Policiais são subordinadas ao Chefe de Polícia.
Art. 2º Os Chefes de Polícia serão escolhidos d’entre os Desembargadores, e Juízes de Direito: os
Delegados e Subdelegados d’entre quaisquer Juízes e Cidadãos: serão todos amovíveis, e obrigados
a aceitar.
Art. 3º Os Chefes de Polícia, além do ordenado que lhes competir como Desembargadores ou Juí-
zes de Direito, poderão ter uma gratificação proporcional ao trabalho, ainda quando não acumulem
o exercício de um outro cargo.
Claro que é nítida a evolução a partir do CPP de 1832 até hoje. O Código atual reformulou
toda a investigação policial além de conferir aos Delegados de Polícia, a chefia imediata dos
IPs e consequentemente, das investigações.
É nesse processo de amadurecimento e relevância que, atualmente, o Delegado de Polícia
representa a classe mais elevada da Polícia Civil, sendo responsável pela organização e admi-
nistrativa do órgão e pela chefia da investigação criminal.
Nesse ínterim e, considerando toda esta evolução, chegamos à 12.830/2006 que dispõe
sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, falamos bastante sobre ela
na aula passada.
Convém destacar que o cargo, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais exercidas pelo Delegado de Polícia são de natureza jurídica e policial, essenciais e ex-
clusivas de Estado.
O cargo de delegado é um dos poucos que acumulam a necessidade de o seu titular ser, ao
mesmo tempo, administrador, policial e operador do Direito.
Com a CRFB, certamente, a carreira passou por uma grande alteração de ordem pragmáti-
ca ao deixar de ser considerada ou vinculada, do ponto de vista cultural e legalista, à um regime
totalitário. A consequência implicou, evidentemente, na qualificação dos profissionais da área.
Isso significa que a função do delegado de polícia não é restrita a coleta de informações.
Claro que o IP é o primeiro instrumento de justiça social e é essencial para a ação penal é
implícito que as qualidades das investigações criminais sejam diretamente ligadas à atuação
do Delegado no IP. Assim, uma investigação “mal instruída”, por exemplo, além de implicar em
diversas nulidades, contribuir diretamente para a falta de elementos que subsidiam à denúncia
ensejando na irresponsabilidade do autor do fato.
Daí porque, não estamos restritos à coleta de informações, Drs, pois, é exatamente neste
contexto que se insere a necessidade de sermos reconhecidos como integrantes de carreiras
jurídicas. Com efeito, a definição de atividade jurídica é estabelecida pelo art. 59, da Resolução
n. 75, do Conselho Nacional de Justiça, in verbis:
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Resolução n. 75 CNJ
Art. 59. Considera-se atividade jurídica, para os efeitos do art. 58, § 1º, alínea “i”:
I – Aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito;
II – O efetivo exercício de advocacia, inclusive voluntária, mediante a participação anual mínima em
5 (cinco) atos privativos de advogado (Lei n. 8.906, 4 de julho de 1994, art. 1º) em causas ou ques-
tões distintas;
III – O exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utili-
zação preponderante de conhecimento jurídico;
IV – O exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas es-
peciais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo por 16 (dezesseis) horas
mensais e durante 1 (um) ano; V – o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na com-
posição de litígios.
§ 1º É vedada, para efeito de comprovação de atividade jurídica, a contagem do estágio acadêmico
ou qualquer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacharel em Direito.
§ 2º A comprovação do tempo de atividade jurídica relativamente a cargos, empregos ou funções
não privativos de bacharel em Direito será realizada mediante certidão circunstanciada, expedida
pelo órgão competente, indicando as respectivas atribuições e a prática reiterada de atos que exijam
a utilização preponderante de conhecimento jurídico, cabendo à Comissão de Concurso, em decisão
fundamentada, analisar a validade do documento.
Isso significa que, a partir desta resolução, pode-se considerar como “Carreira Jurídica”:
Os delegados de Polícia, todos bacharéis em direito, no exercício de suas atribuições cons-
titucionais, auxiliam o Poder Judiciário, formalizando o fato criminoso e interpretando o Direito
no caso concreto2.
Em reforço, vale dizer que o STF já reconheceu a natureza da atividade jurídica da atividade
exercida pelo Delegado de Polícia.
ADI 3.460
2
ZANOTTI, Bruno Taufner. SANTOS, Cleopas Isaias. Delegado de Polícia em Ação. 4ª edição. Salvador: Editora JusPodivm,
2016, p. 108.
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Nesse sentido, para concluir, cumpre-nos esclarecer que, o trabalho desenvolvido pelos
Delegados de Polícia é considerado como atividade pertencentes à área do Direito, não por
uma construção doutrinária ou ficção legislativa, mas com fundamentos em sua natureza e
essência da atividade.
Isso significa que, obrigatoriamente, o Cargo de Delegado é torna-se privativo de Bacharel
em Direito.
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de
polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
§ 1º. Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação
criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo
a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.
§ 2º. Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informa-
ções, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.
(...)
§ 6º. O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
Art. 2º (...)
§ 4º. O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avo-
cado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de
interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento
da corporação que prejudique a eficácia da investigação.
§ 5º. A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.
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Contudo, veja que se trata de ato vinculado, obrigatoriamente escrito (despacho fundamen-
tado) e, desde que seja comprovado interesse público ou inobservância dos procedimentos
internos de regulamento da corporação e que prejudique a eficácia da investigação.
Finalmente, não é demais reforçar que a remoção do Delegado de Polícia dar-se-á SOMEN-
TE por ato devidamente fundamentado.
Como já falamos, aos Delegados, em geral, cumpre a chefia das atividades de polícia judi-
ciária do Estado e de apuração de infrações penais, exceto as militares e de atividades meio
de interesse policial civil e de segurança pública. Na PC/PA o Delegado de Polícia de Carreira,
deve ser Bacharel em Direito que, investido por Lei, tem a seu cargo e direção o mando das
atividades de Polícia Judiciária, administrativa e de segurança do Estado
Além disso, também são atribuições inerentes ao Delegado de Polícia:
• Dirigir, coordenar, supervisionar e fiscalizar as atividades administrativas e operacionais
do órgão ou unidade policial sob sua direção;
• Cumprir e fazer cumprir, no âmbito de sua competência, as funções institucionais da
Polícia Civil;
• Planejar, dirigir e coordenar, com base na estatística policial, as operações policiais no
combate efetivo à criminalidade, na área de sua competência;
• Exercer poderes discricionários afetos à Polícia Civil que objetive proteger os direitos
inerentes à pessoa humana e resguardar a segurança pública;
• Praticar todos os atos da polícia, na esfera de sua competência, visando a diminuição da
criminalidade e da violência;
• Zelar pelo cumprimento dos princípios e funções institucionais da Polícia Civil;
• Zelar pelos direitos e garantias constitucionais fundamentais;
• Instaurar e presidir inquéritos policiais e outros procedimentos administrativos no âmbi-
to de sua competência, cabendo-lhe, privativamente, o indiciamento decorrente do livre
convencimento jurídico penal, fundamentado no relatório conclusivo no Inquérito Poli-
cial;
• Promover diligências, requisitar informações, determinar exames periciais, remoções
e documentos necessários à instrução do inquérito policial ou outros procedimentos
decorrentes das funções institucionais da Polícia Civil;
• Manter o sigilo necessário à elucidação do fato e às investigações a seu cargo.
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gatórios ou coativos para prevenir ou reprimir infrações penais, bem como das funções carto-
rárias, sob a direção da Autoridade Policial.
Os papiloscopistas compõem o quadro técnico da Polícia Civil do Pará, incumbido dos pro-
cedimentos técnicos de apoio à atividade-fim da Polícia Civil, no âmbito de suas atribuições.
Cabe ao papiloscopista:
• Colher as impressões digitais, no vivo e no morto, para fins de identificação civil e criminal;
• Proceder a perícias papiloscópicas e necropapiloscópicas, com elaboração do respecti-
vo laudo técnico;
• Proceder a perícias iconográficas e retrato falado, com elaboração do respectivo laudo
técnico;
• Planejar e desenvolver pesquisa na busca de aperfeiçoamento e especialização na área;
• Proceder ao levantamento e fragmento papilares, em locais de ocorrência delituosa,
com a elaboração do respectivo laudo papiloscópico.
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Art. 37. I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros na forma da lei.
Isso significa que brasileiros, nato ou naturalizados, têm possibilidade de acessar aos car-
gos públicos, basta que cumpram os requisitos estabelecidos na lei. Por outro lado, os estran-
geiros, embora também possam ter acessão à cargos e funções públicas brasileiras, devem se
submeter à lei específica, “na forma da lei” significa que estamos diante de uma norma consti-
tucional de eficácia limitada, ou seja, a aplicação depende de regulamentação de lei específica.
Abrimos um parêntese para lembrá-los que são cargos privativos de brasileiro nato (Art.
12,§3º, CRFB):
DICA:
MP3.COM.
Ministro do STF;
P3: Presidente da República (1) e Vice; Presidente da Câmara
dos Deputados (2), Presidente Senado Federal (3);
Carreira Diplomática;
Oficial das Forças Armadas;
Ministro de Estado da Defesa.
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Constituição da República
Art. 37. (...)
II – A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
Art. 46. O ingresso na Polícia Civil do Estado far-se-á mediante concurso público de provas ou de
provas e títulos, realizado pela Polícia Civil em conjunto com a Secretaria Executiva de Estado de
Administração (SEAD), em que se apure dos candidatos qualificações e aptidões específicas para o
desempenho das atribuições do cargo a que concorre. (NR)
§ 1º §1º Nas provas ou provas e títulos da primeira etapa do concurso público, bem como nas disci-
plinas ministradas pela Academia de Polícia Civil/IESP na segunda etapa, para o cargo de Delegado
de Polícia, a nota mínima para aprovação será sete.
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Observação
Isso quer dizer que são proibidas contratações para a PC/PA com base exclusivamente em
análise de títulos ou currículos.
É que a exigência do título em concursos públicos SOMENTE SE JUSTIFICA para cargos ou
empregos cujas atribuições DEPENDAM DE ESPECIAL CONHECIMENTO TÉCNICO OU CIENTÍ-
FICO, a exemplo os cargos privativos de médico, engenheiro, perito criminal em determinada
especialização etc.
Noutras palavras, significa dizer que NADA JUSTIFICA a exigência de títulos em cargos de
atribuições genéricas cujo desempenho não se relacione a qualquer área específica de for-
mação, tampouco demande maiores habilidades ou aprofundamentos técnicos, científicos ou
acadêmicos3.
Assim sendo, só resta considerar que, a depender do caso, a exigência pura e simples e um
dado título, só pode configurar requisito de habilitação para o exercício do cargo, isso sim, é
cabível em qualquer concurso – desde que previsto em lei – mesmo que só de provas.
Neste sentido, já manifestou o STF, in verbis:
As provas de títulos em concursos públicos para provimento de cargos efetivos no sei da
administração pública brasileira, qualquer que seja o Poder de que se trate ou o nível federativo
de que se cuide, não podem ostentar natureza eliminatória, prestando-se apenas para classifi-
car os candidatos, sem jamais justificar sua eliminação do certame. (MS 31.176/DF)
Logo, o que se pode concluir é que, rigorosamente, só há um concurso de provas e títulos
quando existe uma fase de atribuição de pontos a cada título apresentado pelo candidato que
se enquadre entre os previstos em uma lista, sempre conforme prévia e detalhada especifica-
ção do edital, por exemplo, 15 pontos para mestrado, 20 para doutorado, 12 para certificado de
proficiência em certa língua4.
Como vimos acima, inscrito no concurso, o candidato será submetido às provas que são
divididas em fases, como por exemplo: de provas e títulos, psicológica, aptidão física etc.
3
ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. Resumo de Direito Administrativo Descomplicado. 10ª. Edição. São Paulo: Edi-
tora Forense LTDA, 2017, p.115.
4
Op., cit.
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Razão pela qual, não é demais reforçar que aprovação em concurso público envolve, obri-
gatoriamente, que os candidatos interessados no ingresso sejam submetidos e aprovados em
todas as fases do certame.
No caso da PC/PA, os concursos públicos são realizados em 02 (duas) etapas, ambas eli-
minatórias e classificatórias. A primeira é composta pela subfase de:
• Provas escritas de conhecimentos gerais;
• Prova de capacitação física;
• Exames médicos;
• Exame psicológico, para aferição do perfil profissiográfico adequado ao exercício das
atividades inerentes ao cargo a que concorrer; e
• Investigação criminal e social, para aferição da conduta social irrepreensível e da idonei-
dade moral compatível com a função policial.
Observação I
5
Op., cit., p.114.
6
Op., cit.
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Isso significa que regras com restrições, por exemplo, de idade, tatuagem e etc., devem
observar as limitações constitucionais. Inclusive, acerca dos dois exemplos, o STF já se mani-
festou. Vejamos:
Editais em concursos públicos não podem estabelecer restrições a pessoas com tatua-
gem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores constitucionais.
Observação II
Em relação ao teste de aptidão física, vale destacar que, de acordo com as atribuições
do cargo, os exames de aptidão física poderão ser realizados e em caráter eliminatório.
Caso ocorra essa necessidade (certamente ocorrerá) as definições serão esclarecidas
no próprio edital de concurso público. Necessário é, ainda, trazer à baila posição firmada
pelo Supremo Tribunal Federal, concernente as provas físicas em concursos públicos.
Destacamos duas delas:
Info 706: Segunda chamada em provas físicas: RE 630.733/DF
Concernente as provas físicas em concursos públicos, segundo a qual os candidatos não
têm direito de que lhes seja marcada prova de segunda chamada nos testes de aptidão
física, motivada por circunstâncias pessoais, de caráter fisiológico ou por força maior –
salvo disposição expressa em sentido contrário no respectivo edital. STF. Plenário. RE
630733/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/5/2013 (repercussão geral)
Embora esta seja a decisão que prevalece no âmbito da suprema corte em relação a reapli-
cação do TAF, vale acrescentar que, há um julgado, relativamente recente, também do STF em
que a Corte reconheceu a remarcação do teste para candidatas gestantes à época do exame.
Isso significa que a remarcação é válida:
• Independentemente da previsão expressa em edital do concurso público; e
• A CRFB protege a maternidade, a família e o planejamento familiar, de forma que a con-
dição de gestante goza de proteção constitucional reforçada.
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• Em razão deste amparo constitucional específico, a gravidez não pode causar prejuízo
às candidatas, sob pena de malferir os princípios da isonomia e da razoabilidade.
• Não seria proporcional nem razoável exigir que a candidata colocasse a vida de seu
bebê em risco, de forma irresponsável, ao se submeter a teste físico mediante a prática
de esforço incompatível com a fase gestacional.
• O não reconhecimento desse direito da mulher compromete a autoestima social e a
estigmatiza.
• As mulheres têm dificuldade em se inserir no mercado de trabalho e enfrente obstáculos
para alcançar postos profissionais de maior prestígio e remuneração. Por consequência,
acirra-se a desigualdade econômica, que por si só é motivo de exclusão social.
• O STF entendeu que a situação da candidata grávida merece tratamento diferente do
caso de candidatos doentes ou que não compareceram ao teste por motivo de força
maior. Assim, justifica-se fazer um distinguishing em relação ao que foi decidido no RE
630733/DF.
Noutro giro, são os argumentos7 que subsidiam a negativa de segunda chamada do TAF:
• o princípio da isonomia estaria violado se a Administração Pública beneficiasse determi-
nado indivíduo em detrimento de outro nas mesmas condições;
• o princípio da isonomia não possibilita que o candidato tenha direito de realizar prova
de segunda chamada em concurso público por conta de situações individuais e pesso-
ais, especialmente porque o edital estabelece tratamento isonômico a todos os outros
candidatos;
• além disso, a análise da presente questão não se limita ao exame do princípio da isono-
mia, devendo ser considerados outros princípios envolvidos;
• o concurso público é um processo de seleção que deve ser realizado com transparência,
impessoalidade, igualdade e com o menor custo para os cofres públicos. Dessa manei-
ra, não é razoável a movimentação de toda a máquina estatal para privilegiar determi-
nados candidatos que se encontrem impossibilitados de realizar alguma das etapas do
certame por motivos exclusivamente individuais;
• ao se permitir a remarcação do teste de aptidão física nessas circunstâncias, está se
possibilitando que o término do concurso seja adiado inúmeras vezes, sem limites, con-
siderando que, naquele determinado dia marcado, algum candidato poderia ter proble-
mas de ordem individual, o que causaria tumulto e dispêndio desnecessário para a Ad-
ministração;
• assim, não é razoável que a Administração fique à mercê de situações adversas para
colocar fim ao certame, de modo a deixar os concursos em aberto por prazo indetermi-
nado.
7
Fonte: www.dizerodireito.com.br Acesso em 27.03.2019
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O prazo de validade do concurso corresponde ao período que a administração tem para no-
mear ou contratar os aprovados para o cargo ou emprego público a que o certame se destinava
e é contado da sua homologação, ou seja, do ato administrativo de controle, mediante o qual
a autoridade competente declara a legalidade do procedimento em concurso e sua regular
conclusão8.
Vale destacar que, em regra, os estados seguem o prazo federal, aplicando a validade de
02 (dois) anos.
Frise-se que é obrigatório a fixação deste período em todo edital de concurso.
Merece destaque que, já é pacífico no STF que os candidatos aprovados dentro do número
de vagas previsto no edital têm direito subjetivo a nomeação.
O candidato aprovado dentro do número de vagas tem direito subjetivo à nomeação, mas
quem escolhe o momento de nomear é a Administração Pública. Assim, o candidato não
pode exigir que seja imediatamente nomeado. O direito de o candidato exigir a nomeação
só surge quando o prazo do concurso está expirando ou já expirou sem que ele tenha sido
nomeado. (RE 598.099 – MS)
Por outro lado, atente-se para o fato de que, em regra, o candidato nomeado fora do núme-
ro de vagas não tem direito à nomeação. No entanto, como toda regra tem sua exceção, o STF
listou 03 (três) hipóteses nas quais existe direito subjetivo à nomeação:
• Quando a aprovação do candidato ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital;
• Quando houver preterição o na nomeação por não observância da ordem de classifica-
ção; (Súmula n. 15)
• Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do cer-
tame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por
parte da administração.
8
ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. Resumo de Direito Administrativo Descomplicado.
10ª. Edição. São Paulo: Editora Forense LTDA, 2017, p.119,
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3. Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do cer-
tame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por
parte da administração. (RE 837311– PI)
Noutras palavras, pode-se dizer que, na dicção da nossa Corte Constitucional, o surgimen-
to de novas vagas ou abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de
validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária
e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso
do poder pública capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado duran-
te o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato.
Em reforço, é importante destacar que, antes mesmo das decisões jurisprudenciais que, ao
longo dos anos, foram se desenhando nesse sentido, a Suprema Corte já havia consagrado a
existência de direito subjetivo à nomeação, independente do número certo de vagas no edital,
para casos de ser preterida a ordem da classificação. É o inteiro teor da Súmula 15:
Súmula n. 15: Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito
à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.
Significa dizer que, em qualquer caso, o direito adquirido à nomeação surgirá para o candi-
dato mais bem classificado se a administração nomear antes dele outro candidato que tenha
obtido colocação inferior no certame.
Para finalizarmos este tópico, sem prejuízo do que foi ministrado até agora, só se pode
falar em preterição quando a administração pública efetua nomeações sem observar a ordem
de classificação por decisão dela própria. Ademais, não há que se falar em preterição quando
esta cumpre determinação judicial, nomeando candidatos menos bem colocado.
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5.3. A Posse
A posse é um ato administrativo realizado mediante a assinatura de um termo em que
o servidor se compromete a cumprir fielmente os deveres e o desempenho das funções do
cargo para o qual foi nomeado. É a partir dessa assinatura que o servidor está investido no
cargo policial.
Noutras palavras, pode-se dizer que a posse é o ato que completa a investidura em cargo
público, veja (Lei n. 5.810/94):
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O estágio probatório dura três anos, o término do estágio probatório importa no reconheci-
mento da estabilidade de ofício. Neste período de estágio probatório, não poderá haver cessão
do servidor para outro Poder ou órgão da Administração Pública.
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6.3. Estabilidade
Após o encerramento do estágio probatório o policial civil, se aprovado, adquire estabili-
dade no serviço público. A Estabilidade é o instituto que dá status de servidor público defini-
tivo. Obviamente, essa definitividade é mitigada, já falaremos sobre isso.
A CRFB teve seu dispositivo, que trata sobre o tema, inserido em 2008 por redação da
LC n. 131/2008. Portanto, é dizer que após a emenda, em qualquer que seja o concurso, 04
(quatro) requisitos básicos constitucionais para efetivação da estabilidade precisam estar
satisfeitos. São eles:
I – Concurso público;
II – Nomeação para o cargo público efetivo;
III – 03 três anos de efetivo exercício;
IV – Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Se, no curso do estágio probatório, for apurada, em processo regular, a inaptidão do fun-
cionário para o exercício do cargo, será ele exonerado.
Não é demais esclarecer que:
Se uma pessoa, na vigência da constituição de 1988, ingressou nos quadros na polícia
civil, sem ter realizado concurso, por exemplo, nunca adquirirá estabilidade, ainda que tenha
sido oficialmente nomeada – o ato de nomeação é NULO –, permaneça efetivamente exercen-
do o cargo por 15 ou 30 anos e até mesmo que tenha sido aprovada em avaliação especial de
desempenho!
Então, fique esperto, porque tais dispositivos, são excelentes para serem explorados em
provas. Quanto a mitigação da estabilidade, é valido observar que o servidor estável perderá
o cargo em algumas hipóteses, por isso se fala em mitigação:
Servidor estável somente perderá o cargo em uma destas hipóteses:
1. Sentença judicial transitada em julgado;
2. Processo Administrativo Disciplinar;
3. Mediante procedimento na avaliação periódica de desempenho, na forma de lei com-
plementar, assegurada ampla defesa;
4. Excesso de despesa com pessoas, nos termos do art. 169§4º da Constituição Federal.
Óbvio que há a possibilidade de o servidor pedir exoneração, contudo, não podemos con-
fundir, já que, nesse caso, não se trata de perda e sim de desligamento voluntário.
Assim, o que se pode concluir é que o servidor estável somente é afastado do serviço pú-
blico, com consequente perda do cargo, em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou de resultado do processo administrativo disciplinar, no qual lhe tenha sido assegurada
ampla defesa.
Finalmente, anote-se que em NENHUMA HIPÓTESE o exercício de cargo em comissão
gera direito a estabilidade. Em tempo, vale destacar que há quem defenda, na doutrina de di-
reito administrativo, posicionamento diverso, embora seja, doutrina minoritária.
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6.4. Promoção
A Promoção é uma das formas de provimento do cargo público, sendo regulamentada por
Decreto Governamental, respeitando os critérios alternados de antiguidade e merecimento e
o interstício de dois anos.
Além disso, só poderá ser promovido por merecimento o candidato que estiver no exercí-
cio efetivo do cargo ou função de natureza estritamente policial civil. Por outro lado, não pode
ser promovido:
O policial civil enquanto estiver respondendo a processo administrativo disciplinar, inquérito policial
ou processo penal, bem como tenha sido punido penal ou disciplinarmente nos doze meses anterio-
res à data de instauração do processo de promoção.
6.5. Remoção
Nos termos da Lei Orgânica da PC/PA, o policial pode ser removido: ex officio, a pedido,
conveniência disciplinar, quando for promovido.
Sendo assim, ocorrerá a remoção:
• ex-officio, no interesse do serviço policial, desde que dentro da mesma circunscrição
correspondente à sua classe;
• A pedido, desde que dentro da mesma circunscrição correspondente à sua classe;
• Por conveniência disciplinar, devidamente fundamentada, desde que dentro da mesma
circunscrição correspondente à sua classe; e
• Para município de circunscrição imediatamente superior, quando for promovido de
classe.
Quando a remoção gerar ajuda de custo, o servidor somente poderá ser removido para
outro órgão policial após 12 (doze) meses de efetivo exercício na lotação atual. Além disso, é
importante ressaltar que, nos casos de remoção motivada por conveniência disciplinar ou a
pedido, não haverá direito ao pagamento da ajuda de custo.
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Além disso, como veremos mais à frente, a Lei Orgânica da PC/PA estipula como garantia
o fato de, quando, no curso de investigação houver indícios de infração penal atribuída a poli-
cial civil, a autoridade policial remeterá, imediatamente, cópia do procedimento ao Corregedor
Geral de Polícia.
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− A diária;
− Ajuda de custo para despesa de transporte e mudança;
− A representação de magistério, para os professores efetivos da Academia de Polícia
Civil, conforme a carreira de Professor de Ensino Policial;
− O Seguro de acidente de trabalho;
− O adicional de curso de extensão na área policial ou pós-graduação na área jurídica,
com importância para o aprimoramento da atividade policial civil.
7.1. Responsabilidades
Entenda que, pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal
e administrativamente.
Importante destacar que responsabilidade do policial civil do Pará obedece ao disposto na
Lei que rege os funcionários públicos civis do Estado, acrescentando-se que as comunicações
civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo umas e outras independentes entre
si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.
DICA
Note que as responsabilidades não são excludentes! Significa
que as sanções civis, penais e disciplinares poderão acumu-
lar-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem as-
sim as instâncias civil, penal e administrativa. MAS ATENÇÃO:
A absolvição criminal somente afasta a responsabilidade civil
ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do
acusado a respectiva autoria.
Dessa forma, significa que o policial civil responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular das suas atribuições, também pelas informações incorretas que prestar, por
culpa ou dolo.
• Responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em
prejuízo à Fazenda Estadual ou a terceiros. Ressalte-se que a responsabilidade civil
não acarreta prejuízo da promoção de ação judicial para cobrança do valor integral de-
vido, a critério da Administração.
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Além disso, vale destacar que se tratando de dano causado a terceiro responderá o fun-
cionário perante a Fazenda Estadual em ação regressiva proposta após transitar em julgado a
decisão que a houver condenado a indenizar o terceiro. Ademais, o STF fixou a Tese da dupla
garantia, nesse sentido, é certo dizer que a vítima somente poderá ajuizar a ação de indeniza-
ção contra o Estado; se este for condenado, poderá acionar o servidor que causou o dano em
caso de dolo ou culpa; o ofendido não poderá propor a demanda diretamente contra o agente
público, veja:
A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados
por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito pri-
vado prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
(Informativo 947 – STF) STF. Plenário. RE 1027633/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado
em 14/8/2019 (repercussão geral)
7.2. Deveres
São deveres do funcionário policial, além daqueles inerentes aos demais funcionários pú-
blicos civis:
• Ser leal e fiel aos superiores interesses do Estado e da Instituição Policial Civil, dedi-
cando-se inteiramente ao serviço policial, respeitando as Leis, Autoridades, Instituições
constituídas e ao Povo;
• Obedecer às ordens legais de superiores hierárquicos e promover a sua fiel execução;
• Desempenhar as funções específicas com zelo, presteza, eficiência e probidade;
• Zelar pela valorização da função policial e pelo respeito aos direitos do cidadão e da
dignidade da pessoa humana;
• Proceder na vida pública e particular de modo a dignificar a função policial;
• Adotar providências cabíveis em face das irregularidades de que tenha conhecimento
no serviço ou em razão dele;
• Guardar sigilo sobre assuntos da administração a que tenha acesso ou conhecimento,
em razão do cargo ou da função;
• Observar os princípios institucionais da Polícia Civil;
• Agir com serenidade, prudência, urbanidade e energia na execução das atividades poli-
ciais civis;
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• Zelar pela economia e conservação dos bens do Estado, sobretudo daqueles cuja guar-
da ou utilização lhe foi confiada;
• Cultivar o aprimoramento técnico-profissional;
• O policial civil, mesmo de folga, ao flagrar ou tomar conhecimento de qualquer ilícito
penal, deverá tomar todas medidas legais cabíveis;
• Zelar pelos direitos e garantias fundamentais constitucionais;
• Proteger vidas e bens;
• Não permitir que sentimentos ou animosidades pessoais possam influir em suas deci-
sões;
• Ser inflexível, porém, justo, no tratamento com os delinquentes.
Além disso, a Lei Orgânica da PC/PA determina que o Policial Civil que participar de greve,
reunião ou movimento de cunho reivindicatório da categoria policial não poderá usar arma. A
respeito do tema, não é demais lembrá-lo que o STF no informativo 800, definiu a inviabilidade
da greve do sistema de segurança pública brasileiro. Nesse sentido, é o inteiro dispor:
“O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos poli-
ciais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança
pública.”
ARE 654432/GO, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, jul-
gamento em 5.4.2017. (ARE-654432).
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São 5 (cinco) as penalidades disciplinares que podem ser aplicadas ao policial transgres-
sor, são elas:
1. Repreensão;
2. Suspensão;
3. Demissão;
4. Cassação de Aposentadoria;
5. Cassação da Disponibilidade.
Repreensão
Suspensão
Destaque-se que a pena de suspensão não pode exceder de 90 (noventa) dias e, havendo
conveniência para o serviço, a penalidade pode ser convertida em multa de 50% (cinquenta
por cento) no dia do vencimento ou remuneração, ficando o policial obrigado a permanecer
em serviço.
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Demissão
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O PAD no âmbito da PC/PA é por uma comissão composta por 03 (três) policiais civis
estáveis no cargo, designados pela autoridade competente, e presidida por um Delegado de
Polícia, sendo o seu presidente de classe igual ou superior ao do acusado.
Em casos em que o acusado for Delegado de Polícia, os integrantes da comissão proces-
sante deverão ser, obrigatoriamente, da mesma categoria.
Importante alertar que sempre que o ilícito praticado pelo policial civil ensejar, em tese, a
imposição de penalidade de suspensão por mais de trinta dias e de demissão, será obrigatória
a instauração direta de processo administrativo disciplinar.
São instituídas quatro Comissões Permanentes de Processo Administrativo Disciplinar
(CPPAD), as quais serão coordenadas pelo Corregedor-Geral da Polícia Civil.
7.6.2. Prazo
O prazo para conclusão da apuração administrativa interna não pode exceder a trinta dias,
prorrogável por igual período a critério da autoridade que houver determinado sua instauração.
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RESUMO
Espécies de Leis no Direito brasileiro:
• LO;
• LC.
Lei Complementar
• Espécie normativa de matérias com rol taxativo na CRFB.
• Exige quórum de maioria absoluta para aprovação.
• O processo legislativo difere do processo para Leis Ordinárias em 03 (três) momentos.
1. Diferença material: possui matérias de rol taxativo na CRFB, ou seja, a Constituição vai
dizer: “Lei Complementar definirá…” ou ainda “Lei Complementar estabelecerá...”.
2. Diferença formal: Exige maioria absoluta (art. 69, CRFB).
3. Diferença no regime de tramitação: Só possui regime de tramitação tradicional, ou seja,
só vai à plenário e nunca as comissões para parecer sobre o PL.
Lei Ordinária
• Espécie normativa cujo rol é subsidiário as outras espécies, ou seja, a Constituição, nos
casos em que deseja, estabelece instrumento normativo específico – daqueles elenca-
dos no art. 59, CRFB – para tratar de determinado assunto.
Quando não o fizer, a matéria será automaticamente disciplinada por Lei Ordinária.
• Quórum é de maioria simples (Art. 47, CRFB).
• O processo legislativo difere do processo para Leis Complementares em 03 (três) mo-
mentos.
1. Diferença material: possui matérias de rol taxativo na CRFB, ou seja, a Constituição vai
dizer: “Lei Complementar definirá....” ou ainda “Lei Complementar estabelecerá...”.
2. Diferença formal: Exige maioria simples (art. 47, CRFB).
3. Diferença no regime de tramitação: Comporta o regime de tramitação tradicional (plená-
rio) e regime de tramitação conclusivo (em que o PL passa por comissões).
Estrutura Organizacional Básica da PC/PA:
• Conselho Superior;
• Delegado-Geral de Polícia Civil Gabinete do Delegado-Geral;
• Delegado Adjunto;
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• Consultoria Jurídica;
• Assessoria;
• Núcleos de Inteligência Pessoal;
• Diretorias;
• Corregedorias;
• Coordenadorias;
• Superintendências Regionais;
• Seccionais Urbanas;
• Divisões Especializadas; e
• Delegacias de Polícia.
Além dessas, também estão inseridas nas unidades que compõem a estrutura básica
da PC/PA as:
• Superintendências Regionais;
• Seccionais Urbanas;
• Divisões Especializadas; e
• Delegacias de Polícia.
Resolução n. 75 do CNJ
Art. 59. Considera-se atividade jurídica, para os efeitos do art. 58, § 1º, alínea “i”:
I – Aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito; II – O efetivo exercício de advocacia,
inclusive voluntária, mediante a participação anual mínima em 5 (cinco) atos privativos de advogado
(Lei n. 8.906, 4 de julho de 1994, art. 1º) em causas ou questões distintas; III – O exercício de car-
gos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de
conhecimento jurídico; IV – O exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados
especiais, varas especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo por 16 (de-
zesseis) horas mensais e durante 1 (um) ano; V – o exercício da atividade de mediação ou de arbi-
tragem na composição de litígios. § 1º É vedada, para efeito de comprovação de atividade jurídica, a
contagem do estágio acadêmico ou qualquer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacha-
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rel em Direito. § 2º A comprovação do tempo de atividade jurídica relativamente a cargos, empregos
ou funções não privativos de bacharel em Direito será realizada mediante certidão circunstanciada,
expedida pelo órgão competente, indicando as respectivas atribuições e a prática reiterada de atos
que exijam a utilização preponderante de conhecimento jurídico, cabendo à Comissão de Concurso,
em decisão fundamentada, analisar a validade do documento.
ADI n. 3.460
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Concurso Público
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• Posse e exercício:
− Em até 30 dias.
• Estágio probatório:
− 3 anos.
• Hipóteses de perda do cargo:
− Sentença judicial transitada em julgado;
− Processo Administrativo Disciplinar;
− Mediante procedimento na avaliação periódica de desempenho, na forma de lei com-
plementar, assegurada ampla defesa;
− Excesso de despesa com pessoas, nos termos do art. 169§4º da Constituição Fede-
ral.
• Deveres:
− Ser leal e fiel aos superiores interesses do Estado e da Instituição Policial Civil, dedi-
cando-se inteiramente ao serviço policial, respeitando as Leis, Autoridades, Institui-
ções constituídas e ao Povo;
− Obedecer às ordens legais de superiores hierárquicos e promover a sua fiel execução;
− Desempenhar as funções específicas com zelo, presteza, eficiência e probidade;
− Zelar pela valorização da função policial e pelo respeito aos direitos do cidadão e da
dignidade da pessoa humana;
− Proceder na vida pública e particular de modo a dignificar a função policial;
− Adotar providências cabíveis em face das irregularidades de que tenha conhecimento
no serviço ou em razão dele;
− Guardar sigilo sobre assuntos da administração a que tenha acesso ou conhecimen-
to, em razão do cargo ou da função;
− Observar os princípios institucionais da Polícia Civil;
− Agir com serenidade, prudência, urbanidade e energia na execução das atividades
policiais civis;
− Zelar pela economia e conservação dos bens do Estado, sobretudo daqueles cuja
guarda ou utilização lhe foi confiada;
− Cultivar o aprimoramento técnico-profissional;
− O policial civil, mesmo de folga, ao flagrar ou tomar conhecimento de qualquer ilícito
penal, deverá tomar todas medidas legais cabíveis;
− Zelar pelos direitos e garantias fundamentais constitucionais;
− Proteger vidas e bens;
− Não permitir que sentimentos ou animosidades pessoais possam influir em suas de-
cisões;
− Ser inflexível, porém, justo, no tratamento com os delinquentes.
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1. Repreensão;
2. Suspensão;
3. Demissão;
4. Cassação de Aposentadoria;
5. Cassação da Disponibilidade.
• Processo disciplinar:
− Prazo: a conclusão não pode exceder a trinta dias;
− Resultado: arquivamento, aplicação de penalidade de repreensão ou suspensão até
sessenta dias; instauração de processo administrativo disciplinar.
Considerações Finais
Queridos(as) alunos(as),
Com isso, encerramos o estudo sobre a Legislação Especial da PC/PA.
Espero que tenham gostado do material produzido, bem assim que o aproveitem ao longo
de toda a sua preparação.
Grande abraço e até logo!
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FUNCAB/PC-PA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2016) Conforme a Lei Complementar
n. 22 de 1994, do Estado do Pará, são atribuições dos delegados de polícia da polícia civil do
Estado do Pará:
a) Conduzir veículos automotores e outros meios de transporte, desde que habilitado.
b) Manter o controle do inventário dos bens patrimoniais da Unidade Policial, promovendo
cargo e baixa dos mesmos.
c) Participar na formação de inquérito policiais e procedimentos administrativos, sob a presi-
dência do Diretor Geral de Polícia Judiciária.
d) Planejar, dirigir e coordenar, com base na estatística policial, as operações policiais no com-
bate efetivo à criminalidade, na área de sua competência.
e) Operar equipamento de comunicações.
a) Certa. Nos termos do art. 34 da LC N. 22/1994, são princípios institucionais: São princípios
institucionais responsáveis por reger a instituição policial: a Autonomia Administrativa e Fun-
cional, a Hierarquia e a Disciplina.
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Nos moldes do art. 81, IX, da LC N. 22/1994, a demissão é aplicável ao policial civil no caso
revelação ou divulgação de segredo adquirido em razão do cargo ou quebra do sigilo de peças
do inquérito policial ou procedimentos administrativos.
Letra e.
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São funções institucionais exclusivas da Polícia Civil, e de polícia judiciária, investigatória po-
licial, a de caráter criminalístico e criminológico, a cautelar pré-processual, a preventiva da
ordem e dos direitos, o combate eficaz da criminalidade e da violência, além das seguintes:
I – praticar, com exclusividade, todos os atos necessários à apuração das infrações penais e elabo-
ração do Inquérito Policial.
III – manter entreito e constante intercâmbio de caráter investigatório e judicial entre as repartições
e organizações congêneres;
IV – promover o recrutamento, seleção, formação, aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional
e cultural do policial civil;
V – colaborar com a justiça criminal, providenciando o cumprimento dos mandados de prisão expe-
didos pelas autoridades judiciárias, fornecendo as informações necessárias à instrução e julgamen-
to dos processos, e realizando as diligências, fundamentadamente, requisitadas pelo Juiz de Direito
e membros do Ministério Público nos autos do Inquérito Policial;
VI – organizar e executar o cadastramento da identificação civil e criminal, através dos processos
de impressões papiloscópicas;
VII – organizar e manter o cadastramento de armas, munições, explosivos e demais produtos con-
trolados, bem como expedir licenças para as respectivas aquisições e portes, a seu critério, median-
te o pagamento das taxas devidas em decorrência do exercício do poder de polícia;
VIII – manter o serviço de Estatística Policial em adequação com os Institutos de Estatística e Pes-
quisa, de maneira a fornecer informações precisas e atualizadas sobre índices de criminalidade, de
violência e de infrações de trânsito;
IX – exercer a fiscalização de jogos e diversões públicas, expedindo o competente alvará, a seu cri-
tério, mediante o pagamento das taxas decorrentes do poder de polícia.
Letra a.
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a) Errada. De fato, as polícias civis são dirigidas por delegados de carreira e sua função é a
de polícia judiciária (função típica de, no entanto, em relação a apuração de infrações penais,
incube à Polícia Civil as apurações, com exceção, às militares. Portanto, a expressão “sem ex-
ceção” tornou a alternativa errada.
b) Errada. É possível a acumulação remunerada de policial com o cargo de professor. Lem-
bre-se que, os incisos XVI e XVII do art. 37 da CRFB estabelecem a regra de vedação a acu-
mulação remunerada de cargos, funções e empregos públicos. Nesse sentido, as hipóteses
expressamente previstas no próprio texto constitucional – e desde que haja compatibilidade
de horários – são lícitas a acumulação, são elas: a) a de dois cargos de professor; b) a de um
cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos
de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
c) Errada. Nos termos do art. 37, VI, da CRFB – é garantido ao servidor público civil o direito à
livre associação sindical. Peguinha muito recorrente em provas de concurso, uma vez que o
examinador tenta fazer confusão com o que dispõe o art. 142 da CF, em que se veda aos MI-
LITARES a sindicalização. A propósito, vale dizer que são constituídos sob hierarquia militare,
nos moldes do do texto Constitucional: as Forças Armadas – exército, marinha e aeronáutica
–, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
Errado. Errado. Errado.
São privativos de brasileiro nato, a teor do art. 12, § 3º, da CRFB. Para decorar, segue o mne-
mônico MP3.COM:
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• Ministro do STF;
• P3: Presidente da República (1) e Vice, Presidente da Câmara dos Deputados (2), Presi-
dente do Senado Federal (3);
• Carreira Diplomática;
• Oficial das Forças Armadas;
• Ministro de Estado da Defesa.
Letra d.
Nos moldes da Constituição Federal, as polícias civis, de fato, são dirigidas por Delegados
de Polícia.
Ocorre que, algumas Constituições Estaduais, acrescentam a este dispositivo, a necessidade
de que o Delegado deva ser: servidor público integrante da classe final da carreira de delegado.
No entanto, em 2016 o STF firmou o seguinte entendimento:
Chefe da Polícia Civil tem que ser um Delegado de carreira, mas não se pode limitar aos
que integram a última classe é inconstitucional dispositivo de CE que exija que o Supe-
rintendente da Polícia Civil seja um Delegado de Polícia integrante da classe final da car-
reira. STF. Plenário. ADI 3077/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 16/11/2016.
Errado.
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a) Errada. As Sociedades de Economia Mista são entidades que podem ser constituídas como
pessoas jurídicas de Direito Público ou de Direito Privado. Neste caso, não é função da PF a
apuração de infrações contra pessoas de direito privado, com exceção dos crimes conexos.
Art. 144, parágrafo 1º, inciso I, da CRFB.
b) Errada. Não cumpre à PRF tampouco à PFF a atribuição de atuar como força auxiliar à Po-
lícia Federal. Note que o examinador fez um trocadilho das atribuições dispostas no Art. 144,
parágrafo 2º e 3º, CRFB.
c) Errada. A execução de atividades de defesa civil não é a função de polícia judiciária.
d) Certa. É o que dispõe o art. 144, parágrafo 5º e 6º da CRFB.
e) Errada. Cuidado!! O art. 144 não enumera as GM com o dever de preservar a ordem pública,
por isso, não se pode-se dizer que as mesmas possuem função de polícia ostensiva, embora
muitos Municípios a GM seja utilizada para esta finalidade, caracterizando, sem dúvidas, des-
vio de finalidade.
Letra d.
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utiliza tal classificação. Portanto, de acordo com as disposições constitucionais vigentes, não
há essa terminologia o que torna a alternativa errada. Fique atento ao enunciado sempre!
Letra d.
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GABARITO
1. d
2. c
3. e
4. d
5. a
6. E, E, E
7. d
8. E
9. d
10. d
11. a
12. b
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Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado do Pará
Renato Borelli
ANEXO
Legislação Destacada
CAPÍTULO VII
DOS DIREITOS, VENCIMENTOS, GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS
SEÇÃO I
DOS DIREITOS
Art. 61 – São direitos dos policiais civis, além dos atribuídos aos servidores públicos no
artigo 39 e §§ 1º e 2º da Constituição Federal e artigo 30 e 31 da Constituição Estadual, os
seguintes:
I – vencimentos compatíveis com a importância e complexidade da atividade policial,
cujo exercício, reconhecimente perigoso, penoso e insalubre é necessário à defesa do Estado
e do povo;
II – translado ou remoção quando falecido, ferido ou acidentado em serviço com garantia
de assistência médica necessária e condigna custeadas pela instituição policial;
III – custeio de sepultamento, quando morto em serviço;
IV – uso das designações hierárquicas;
V – garantia de uso do título, em toda a sua plenitude com vantagens, prerrogativas e deve-
res a ele inerentes, quando se tratar de Autoridade Policial;
VI – matrícula, em estabelecimento público de ensino, na cidade ou região administrativa
em que esteja lotado ou residindo, para seus dependentes, em qualquer fase do ano letivo,
independente de vaga;
VII – afastamento do serviço até oito dias consecutivos por motivo de casamento, nasci-
mento dos filhos ou falecimento do cônjuge, ascendente ou descendente;
VIII – licenças, segundo dispuser a lei;
IX – promoção por ‘’ato de bravura’’ ou mesmo ‘’post mortem’’, independente de vaga;
X – ter ingresso e trânsito livre, em razão do serviço policial, em qualquer recinto público ou
privado, respeitada a garantia constitucional de inviolabilidade de domicílio;
XI – medalhas do “Mérito Policial Civil” e “Evanovich de Investigação Policial” e outras hon-
rarias, conforme dispuser a regulamentação; (NR)
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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XII – o exercício do cargo de Professor, nos termos do art. 37, inciso XVI, alínea “b”, da
Constituição Federal, desde que haja compatibilidade de horário. XIII – gratificação de locali-
dade especial; e (NR)
XIV – elogio.
§ 1º O policial civil, tem direito à identidade policial e porte livre de arma. (NR)
§ 2º Elogio, para efeito desta Lei, é a menção, pessoal ou coletiva, por ato meritório que tra-
duza dedicação no cumprimento do dever funcional ou pela execução de serviços relevantes
para a coletividade que mereçam ser enaltecidos. (NR)
§ 3º O elogio será formalizado por portaria do Delegado Geral, que constará dos assenta-
mentos funcionais.
(NR)
§ 4º Fica instituída, na Polícia Civil do Estado do Pará a Gratificação por Plantão, destinada
a gratificar policiais que exercem suas atividades na área operacional.
§ 5º Regime de Plantão, para efeito do disposto no parágrafo anterior, é o cumprido por
policial civil fora do seu horário normal de trabalho, em unidades policiais cujo plantão seja
indispensável, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.
Art. 62 – O policial civil poderá afastar-se do exercício do cargo, sem prejuízo de seus ven-
cimentos e demais vantagens, nos seguintes casos:
I – para concorrer a cargo eletivo;
II – para participar de curso, congresso ou seminário, no País ou no exterior com prévia
autorização da autoridade competente.
Art. 63 – Os Delegados de Polícia Civil gozam de autonomia e independência no exercício
das funções de seu cargo.
Art. 64 – Os Delegados de Polícia gozam do mesmo tratamento distinguido às demais
carreiras jurídicas do Estado.
Art. 64-A. Aos Delegados de Polícia será exigido o uso de traje forense, e para os demais
integrantes da carreira policial, o traje será definido mediante decisão do Conselho Superior da
Polícia Civil. (NR)
SEÇÃO II
DOS VENCIMENTOS DOS POLICIAIS CIVIS
Art. 65 – O vencimento básico do delegado de Polícia Civil será fixado com diferença não
superior a 5% (cinco por cento) de uma classe para outra de carreira, correspondendo a de
maior nível ao vencimento do Procurador do Estado de último nível, ressalvadas as vantagens
de caráter individual e as relativas à natureza e ao local de trabalho.
Art. 67 – O vencimento básico do policial civil, com nível de escolaridade de segundo grau,
será fixado com diferença não superior a 5% (cinco por cento) de uma classe para outra de
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carreira, correspondendo o de maior nível a 65% (sessenta e cinco por cento), do vencimento
básico do Delegado de Polícia Civil, classe inicial, ressalvadas as vantagens de caráter indivi-
dual e as relativas à natureza e ao local de trabalho.
Art. 68 – O vencimento básico do policial civil, com nível de escolaridade de primeiro grau,
será fixado com diferença não superior a 5% (cinco por cento) de uma classe para outra de
carreira, correspondendo a de maior nível a 50% (cinquenta por cento) do vencimento básico
do Delegado de Polícia Civil, classe inicial, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as
relativas à natureza e ao local de trabalho.
SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 69. O policial civil terá as seguintes gratificações, com respectivos percentuais: (NR)
I – Gratificação de Risco de Vida – entre 70% (setenta por cento) e 100% (cem por cento);
II – Gratificação de Dedicação Exclusiva – 70% (setenta por cento); (NR)
III – Gratificação de Tempo Integral – 70% (setenta por cento); (NR)
IV – Gratificação de Polícia Judiciária – entre 70% (setenta por cento) e 100% (cem
por cento).”
V – Gratificação de Desempenho – de 20 a 100 % (de vinte a cem por cento). (NR)
§ 1º O policial que exerce suas funções em unidades operacionais, especificamente na
atividade-fim, quando for removido para exercer suas funções na atividade-meio ou quando
for cedido ou colocado à disposição de outro órgão público ou Poder, terá os percentuais
das Gratificações de Polícia Judiciária e Risco de Vida reduzidos, nos termos estipulados no
regulamento da matéria. (NR)
§ 2º Os percentuais fixados neste artigo incidirão sobre o vencimento básico do respectivo
cargo. (NR)
§ 3º Decreto governamental estabelecerá os percentuais de cada gratificação. (NR)
SEÇÃO IV
DAS VANTAGENS
Art. 70 – O policial civil além das gratificações policiais, terá as seguintes vantagens:
I – diária;
II – ajuda de custo para despesa de transporte e mudança;
III – representação de magistério, para os professores efetivos da Academia de Polícia
Civil, conforme a carreira de Professor de Ensino Policial;
IV – seguro de acidente de trabalho;
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CAPÍTULO IV
DA APURAÇÃO ADMINISTRATIVA INTERNA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 89. O policial Civil que tiver conhecimento de irregularidade praticada por servidor da
Instituição será obrigado a comunicar o fato, imediatamente, à Corregedoria Geral da Polícia
Civil. (NR)
Art. 90 – Da apuração administrativa interna poderá resultar:
I – Arquivamento;
II – aplicação de penalidade de repreensão ou suspensão até sessenta dias;
III – instauração de processo administrativo disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para conclusão da apuração administrativa interna não excederá
a trinta dias, prorrogável por igual período a critério da autoridade que houver determinado sua
instauração.
Art. 91. Sempre que o ilícito praticado pelo policial civil ensejar, em tese, a imposição de
penalidade de suspensão por mais de trinta dias e de demissão, será obrigatória a instauração
direta de processo administrativo disciplinar.
SEÇÃO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 92. O Corregedor Geral da Polícia Civil, mediante indícios de que o servidor acusado da
prática de infração disciplinar ou penal tenha influenciado ou tentado influenciar nos rumos da
investigação do processo administrativo disciplinar ou do inquérito policial, poderá determinar
o afastamento do acusado ou indiciado do exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta dias,
podendo haver uma prorrogação por igual período e sem prejuízo da remuneração. (NR)
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SEÇÃO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR
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TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 105 – Os cargos de nível médio da Polícia Civil, serão considerados para todos os
efeitos legais, cargos técnicos especializados. Art. 106. Os cargos de Perito Policial (GEP-PC
711), Agente de Remoção (GEP-PC 710), Motorista Policial (GEP-PC 707) e Auxiliar Técnico de
Polícia Civil (GEP-PC-709) serão extintos à medida que vagarem, ficando-lhes garantidos todos
os direitos, vantagens e prerrogativas previstos em lei. (NR)
Art. 107. Dentro dos parâmetros traçados pela presente Lei, a estrutura organizacional da
Polícia Civil, bem como todos os cargos comissionados e funções gratificadas, encontram-se
definidos no Anexo II da presente Lei. (NR)
Art. 108 – Ficam extintos todos os cargos comissionados de Direção e Assessoramen-
to Superior (DAS), e as Funções Gratificadas (FG) da Polícia Civil, que não estejam contidas
nesta Lei.
Art. 109. O Delegado Geral, no prazo de cento e vinte dias da publicação desta Lei, ouvido
o Conselho Superior da Polícia Civil, encaminhará ao Chefe do Poder Executivo o Regimento
Interno da Polícia Civil, o Regimento do Conselho Superior e o Regimento Interno da Academia
de Polícia Civil, que serão aprovados por decreto. (NR)
Art. 109-A. A Polícia Civil terá uma junta médica, a qual ficará incumbida de realizar inspe-
ções psico-médicas dos seus servidores, relativamente a ingresso na carreira, bem como das
demais atribuições dispostas em regulamento. (NR)
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Art. 110 – É assegurado ao policial civil o direito a licença para desempenho de mandato
classista, de associação de policiais civis de âmbito estadual, legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos dois (2) anos.
§ 1º – Somente poderão ser licenciados até dois policiais por entidades em cargo de dire-
ção ou representação.
§ 2º – A licença terá a duração igual a do mandato, podendo ser prorrogada por igual perí-
odo, no caso de reeleição por uma única vez.
§ 3º O período de licença de que trata este artigo será contado para todos os efeitos legais
exceto para promoção por merecimento.
Art. 111. Integra o conteúdo da presente Lei a relação de classificação dos Municípios por
circunscrição, constantes do Anexo I. (NR)
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Juiz federal e especialista em Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica. Juiz federal do TRF-
1. Foi juiz federal do TRF-5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público e assessor de
desembargador federal (TRF-1) e ministro (STJ). Atuou no Carf/Ministério da Fazenda (antigo Conselho
de Contribuintes) como conselheiro. É formado em Direito e Economia, com especialização em Direito
Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.
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