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FACULDADE DE DIREITO
ELIZETE JORGE
NAMPULA
2024
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO
ELIZETE JORGE
NAMPULA
2024
LISTA DE ABREVIATURAS
Al. - Alínea
Art.º. – Artigo;
DL – Decreto-Lei;
Pág. – Páginas;
Nº - Número
ii
Índice
LISTA DE ABREVIATURAS.........................................................................................ii
1. Identificação do Tema...............................................................................................2
2. Delimitação do Tema................................................................................................2
3. Problematização........................................................................................................2
4. Possíveis Hipóteses...................................................................................................2
5. Justificativa................................................................................................................3
5.1 Objectivos...........................................................................................................3
5.1.1 Geral............................................................................................................3
5.1.2 Específicos...................................................................................................3
6. Abordagem Metodológica.........................................................................................3
Tipo de Pesquisa........................................................................................................3
7. Fundamentação Teórica.............................................................................................5
iii
7.4.5 Princípio Democrático e Princípio da Lealdade........................................12
8. Cronograma.............................................................................................................14
9. Referências Bibliográficas.......................................................................................15
iv
1. Identificação do Tema
2. Delimitação do Tema
3. Problematização
2
4. Possíveis Hipóteses
5.1 Objectivos
5.1.1 Geral
Analisar a natureza jurídica e implicações legais da medida de polícia prevista na
alínea a) n.º 2 do art.° 7º lei n.º 16/2013 de 12 de agosto
5.1.2 Específicos
Compreender as medidas de policia previstas no artigo 7º lei n.º 16/2013 de 12
de Agosto;
Debater os princípios que norteiam a actuação da Polícia da República de
Moçambique
Discutir os princípios fundamentais do ordenamento jurídico moçambique.
1
REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE, Constituição da República de Moçambique, 2018, artigo 254.
3
6. Abordagem Metodológica
Tipo de Pesquisa
Nesse sentindo, esse estudo envolveu um método indutivo que nos permitirá
perceber a análise da natureza jurídica e implicações legais da medida de polícia
prevista na alínea a) n.º 2 do art.° 7 lei n.º 16/2013 de 12 de agosto, segundo LAKATOS
E MARCONI4, estes defendem que o método indutivo ou a indução é um processo
metal por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente,
constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contidas nas partes
examinadas, sendo assim o nosso objectivo é chegar a conclusões mais amplos
possíveis para poder melhor trazer possíveis respostas credíveis.
Técnica de Interpretação
4
publicado em livros, teses, legislações que abordem sobre o tema. Com a finalidade de
colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi dito e escrito ou afirmado
sobre determinado assunto. A bibliografia pertinente oferece meios para definir,
resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas
novas onde os problemas não foram abordados suficientemente.6
7. Fundamentação Teórica
5
em condições normais poderiam ser desempenhadas pela PRM (nº 2 do art.º 1º do
Decreto nº 85/2014, de 31 de dezembro).9
9
LGUEIRA, S. R, Actividade Policial na Gestação da Violência. Em M. M. Valente, Reuniões e
Manifestações Actuação Policial (p. 158). Coimbra: Almedina, pag 989
10
GOUVEIA, Bacelar, Manual de Direito Constitucional, Vol. II. 3ª edição, Coimbra: Almedina, 2007,
pag 635
11
Jornal Refletindo sobre Moçambique, publicado sábado, setembro 18, 2010, disponível:
http://comunidademocambicana.blogspot.pt/2010/09/manifestacoes-popularessociedade-
civil.html,Consultado em 02 de Fevereiro 2024
6
Interior sob direção do Comando Geral da Polícia da Polícia da República de
Moçambique (CG-PRM) Toda evolução da Polícia visa garantir a segurança e
tranquilidades públicas e dar respostas aos desafios do crescimento populacional e
aumento da criminalidade nas cidades, como consequência do elevado índice de
desemprego e forte movimento migratório das zonas rurais para as cidades, devido aos
confrontos da guerra civil de 16 anos entre as Forças.12
Armadas de Moçambique (FADM) e a Resistência Nacional Moçambicana
(RENAMO) que terminou em 1992 com assinatura do Acordo de Paz em Roma.13
Após a guerra civil, o país enceta parcerias internacionais na área da formação
técnicopolicial, destacando-se Portugal (e em especial a PSP e o ISCPSI), Rússia,
China, EUA, etc. Na altura, o país não possuía uma instituição de formação superior de
Oficiais de Polícia. A ascensão à patente de oficial da polícia era por via de carreira
profissional, pese embora persista ainda o regime misto, isto é, a promoção por
antiguidade e por formação académica. Em 1999 foi aprovado o Decreto/nº24/99, de 18
de maio, que cria a Academia de Ciências Policiais (ACIPOL), instituição de ensino
superior de oficiais que leciona o grau de licenciatura e mestrado não integrado em
ciências policiais, que após graduação os formandos ostentam a patente de Subinspetor
da Polícia equiparado a Subcomissário na PSP. No quadro de formação policial, a PRM
tem dois centros, Escola Prática de Polícia de Matalane e a Escola de Sargentos de
Michafutene. A de Matalane é para novos ingressos com nível básico; após a graduação,
os formandos ostentam o posto de guarda da Polícia. Na escola de Sargentos que forma
os Agentes policiais com experiência de trabalho, é lecionado um curso médio. Após o
términus com sucesso ostentam o posto de Sargento da Polícia. Trata-se de uma
pirâmide de formação bem hierarquizada para dar resposta à cadeia de direção e de
comando da PRM14.
7.2.1 Da segurança ao conceito da ordem pública
O conceito de ordem pública não está definido em nenhuma parte da CRM,
aliado a isso, têm sofrido constantes evoluções ao longo do tempo à medida que a
democracia se tem expandido à escala mundial.15
12
SOUSA, Baptista, a evolução da PRM em Moçambique, 5ª Edição, Lisboa, 2011, pag 321
13
SILVA, Medeiros, a actuação da Polícia da República de Moçambique em Manutenção de Ordem
Pública e Reunião e Manifestação, Lisboa, 2018, pag,348
14
Miranda, M. M. (s.d.). A sociedade, violência e política de segurança: da tolerância à construção do ato
violento. Obtido de http://www.machadosobrinho.com.br/revista_online/publicacao/artigos/Artigo01R
EM3.pdf. Consultado em 02.fevereiro 2024
15
Idem;
7
A ordem pública engloba o espaço temporal em que as circunstâncias de ordem
estão a decorrer, verifica-se um ambiente saudável, a tolerância, a normalidade da vida
quotidiana. Cabendo ao Estado garantir a segurança e ordem interna, funções atribuídas
à Polícia no âmbito das suas competências 16.
16
CLEMENTE, P. J. Polícia em Moçambique: Da Dimensão Política Contemporânea da Segurança
Pública: Tese de Doutoramento em Ciências Sociais e Especialidade de Ciências Políticas . Lisboa,
2000, pag 534
17
LGUEIRA, S. R, Actividade Policial na Gestação da Violência. Em M. M. Valente, Reuniões e
Manifestações Actuação Policial Coimbra: Almedina, 2012, pag, 158.
8
e execução de operações policiais no quadro da ordem pública. Por fim, referimos os
Postos policiais40 e os Setores policiais.
18
OLIVEIRA, José Ferreira, Manutenção da Ordem Pública em Portugal, 1.ª Edição, Publicações do
Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, 2000
19
Idem, pag. 298
20
Valente, Manuel Monteiro Guedes, Teoria Geral do Direito policial Volume I, Almedina, Coimbra,
2005, pag 562
21
Idem
9
liberdades e garantias, uma vez que, como já vimos, encontram-se também vinculados a
estes22. “
A expressa tipicidade legal das medidas de polícia significa que as entidades com
poderes de polícia estão proibidas, sem consentimento legal, de conformar e concretizar
os direitos liberdades e garantias, especificando limites implícitos a esses direitos, sem
consentimento da lei, mesmo executando directamente a Constituição”. Também o facto
de a Constituição prever expressamente o cumprimento do princípio da
proporcionalidade, nos indicia que houve uma preocupação de o texto constitucional
reconhecer a necessidade de impor limites próprios ao exercício de poderes de polícia,
que se podem manifestar sob a forma de coacção directa. Finalizando, importa frisar
ainda que, “ a genérica competência da polícia para proteger os direitos dos cidadãos
constitui também uma norma atributiva de um direito subjectivo público”.
Assim, qualquer cidadão possui, pelo menos, uma pretensão a que a polícia
intervenha para protecção dos seus bens jurídicos. Por outro lado, sublinha-se que a
importância dos direitos fundamentais manifesta-se também no facto de haver direitos e
liberdades intocáveis, em regra, pelas medidas de polícia: todos aqueles que mais perto
se encontram no princípio da dignidade humana: a liberdade de correspondência, a
liberdade religiosa, a intimidade.23
22
VALENTE, Manuel Monteiro Guedes, Teoria Geral do Direito policial Volume I, Almedina, Coimbra,
2005, pag 563
23
Clemente, P. J. Polícia em Moçambique: Da Dimensão Política Contemporânea da Segurança
Pública: Tese de Doutoramento em Ciências Sociais e Especialidade de Ciências Políticas . Lisboa,
2000, pag 534
24
VALENTE, Manuel Monteiro Guedes, Teoria Geral do Direito policial Volume I, Almedina, Coimbra,
2005, pag 564
10
Deixando de lado as diversas posições doutrinárias da existência ou não de uma
cláusula geral, a Constituição vem ainda explicitar que as medidas de polícia são as
previstas na lei (artigo 253º da CRM)25. Pode ser configurado como uma norma de
atribuições não como uma norma de competências. “Neste sentido, devemos considerar
que as medidas de polícia, por constituírem intervenções na esfera dos direitos
fundamentais, não podem ancorar-se em normas de atribuições”, mas sim constituírem-
se competências de actuação típicas. Será este, segundo o autor atrás referido, o
verdadeiro sentido do princípio da legalidade do poder de polícia. Importa ainda fazer
referência ao princípio da reserva de lei parlamentar, que implica a proibição de outras
fontes normativas. “Consequência de tal princípio é a proibição de regulamentos
independentes para instituir e regular medidas de actuação policial”. “No que toca às
medidas de polícia, a Constituição estabelece, por força do artigo 253.º 26, uma
legalidade qualificada e, por isso, rejeita uma intervenção administrativa mais ampla do
que a mera execução da lei.27
11
gravosas quando medidas mais brandas forem suficientes. Importa pois actuar apenas de
forma imprescindível para assegurar o interesse público em causa, sacrificando no
mínimo os direitos do cidadão.30
30
VALENTE, Manuel Monteiro Guedes, Teoria Geral do Direito policial Volume I, Almedina, Coimbra,
2005, pag 568
31
OLIVEIRA, José Ferreira, Manutenção da Ordem Pública em Portugal, 1.ª Edição, Publicações do
Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, 2000, pag 541
12
materiais de justiça, será permitido à administração “a obtenção de uma solução justa
relativamente aos problemas concretos que lhe cabe decidir”.32
32
SILVA, Medeiros, a actuação da Polícia da República de Moçambique em Manutenção de Ordem
Pública e Reunião e Manifestação, Lisboa, 2018, pag,355
33
VALENTE, Manuel Monteiro Guedes, Teoria Geral do Direito policial Volume I, Almedina, Coimbra,
2005, pag 568
13
8. Cronograma
1. Escolha do tema.
2. Revisão Bibliográfica.
3. Definição de Instrumentos
de recolha de dados.
4. Recolha de Dados.
5. Processamento de Dados.
6. Análise de Dados.
7. Redacção do 1º dado.
8. Correcção do supervisor
9. Redacção final
34
Elaborado pelo autor do projecto.
14
9. Referências Bibliográficas
Legislação:
Manuais:
16