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Diários Oficiais  Diário de Justiça do Estado de São Paulo  31 Mar 2016 


Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte II  Página 2018

Página 2018 da Judicial - 1ª Instância -


Interior - Parte II do Diário de Justiça
do Estado de São Paulo (DJSP) de 31
de Março de 2016
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Publicado por Diário de Justiça do Estado de São Paulo online
há 5 anos

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Ato nº 0001776-16.2010.2.00.0000. RESOLVE: Art. 1.º A consulta aos


dados básicos dos processos judiciais será disponibilizada na rede mundial
de computadores (internet), assegurado o direito de acesso a informações
processuais a toda e qualquer pessoa, independentemente de prévio
cadastramento ou de demonstração de interesse. Parágrafo único. No caso
de processo em sigilo ou segredo de justiça não se aplica o disposto neste
artigo. Art. 2.º Os dados básicos do processo de livre acesso são: I número,
classe e assuntos do processo; II nome das partes e de seus advogados; III
movimentação processual; IV inteiro teor das decisões, sentenças, votos e
acórdãos. Art. 3.º O advogado cadastrado e habilitado nos autos, as partes
cadastradas e o membro do Ministério Público cadastrado terão acesso a
todo o conteúdo do processo eletrônico. § 1º. Os sistemas devem
possibilitar que advogados, procuradores e membros do Ministério
Público cadastrados, mas não vinculados a processo previamente
identificado, acessem automaticamente todos os atos e documentos
processuais armazenados em meio eletrônico, desde que demonstrado
interesse, para fins, apenas, de registro, salvo nos casos de processos em
sigilo ou segredo de justiça. § 2º. Deverá haver mecanismo que registre
cada acesso previsto no parágrafo anterior. Art. 4.º As consultas públicas
dos sistemas de tramitação e acompanhamento processual dos Tribunais e
Conselhos, disponíveis na rede mundial de computadores, devem permitir
a localização e identificação dos dados básicos de processo judicial
segundo os seguintes critérios: I número atual ou anteriores, inclusive em
outro juízo ou instâncias; II nomes das partes; III número de cadastro das
partes no cadastro de contribuintes do Ministério da Fazenda; IV nomes
dos advogados; V registro junto à Ordem dos Advogados do Brasil. § 1º. A
consulta ficaráVISUALIZAR
restrita PDF
às seguintes situações: I - ao inciso I da cabeça
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deste artigo, nos processo criminais, após o trânsito em julgado da decisão
absolutória, da extinção da punibilidade ou do cumprimento da pena;
(Redação dada pela Resolução nº 143, de 30.11.2011) II - aos incisos I, IV e
V da cabeça deste artigo, nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do
Trabalho. § 2º. Os nomes das vítimas não se incluem nos dados básicos
dos
processos criminais. Art. 5.º...... Art. 6º...................... Art. 13. Os órgãos
jurisdicionais de que tratam os incisos I-A a VII do art. 92 da Constituição
deverão observar os termos desta Resolução a partir de 180 (cento e
oitenta) dias da data de sua publicação. Parágrafo único. A pessoa
prejudicada pela disponibilização de informação na rede mundial de
computadores em desconformidade com esta Resolução poderá solicitar a
retificação ao órgão jurisdicional responsável. Art. 14. Está Resolução
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entra em vigor a partir de sua publicação. Ministro CEZAR PELUSO (g.n.)
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Portanto, para os processos trabalhistas, as consultas feitas na rede


mundial de computadores poderá ser feita tão somente com base em três
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critérios de informação (número atual ou anteriores do processo, inclusive
em outro juízo ou instâncias, nomes dos advogados e registro junto à
Ordem dos Advogados do Brasil), ou seja, no âmbito da Justiça do
Trabalho as pesquisas de processos com nome das partes, CPF ou CNPJ
não está habilitada, e isso se dá exatamente para evitar prejuízos aos
envolvidos, como no presente caso.Assim, não se mostra razoável que um
sítio como é o caso do “escavador.com”, o qual disponibiliza informações
restringidas pelos sítios oficiais dos Tribunais vinculados a Justiça do
Trabalho deste país, as disponibilizem de forma arbitrária e que esses links
constem dos resultados de buscas realizadas no sítio da requerida
Google.Destarte, confrontando os direitos, tenho que nesse caso deve
prevalecer o da dignidade da pessoa humana, o resguardo à intimidade e à
vida privada da parte autora, o que se dará com o bloqueio do acesso à
pesquisa no sítio eletrônico da ré de todas as indicações do nome da parte
autora no site “escavador.com”Caso a ordem não seja cumprida no prazo
de 15 dias, imponho ao requerido multa diária no valor de R$ 100,00,
limitada a R$ 10.000,00.O argumento sobre a inviabilidade de
cumprimento da obrigação almejada pela ausência das indicações das
URLs mostra-se frágil se considerado o gigantismo da ré, bem como a
principal função de sua página, qual seja, ferramenta de busca. Destaquese
que o autor, parte que possui maior interesse na solução do problema,
diligenciou naquilo que estava ao seu alcance, pois juntou aos autos cópias
da página indicada como violadora de sua intimidade profissional (fls.
20/37 e 57/58), documentos que indicam, mesmo que parcialmente, a
URL almejada, de acordo com as orientações da própria requerida (fls.
79).Assim, os documentos já juntados pelo autor indicam o endereço
eletrônico (URL) e caso constem parcialmente, o conjunto de informações
como nome do sítio (escavador), imagens e endereço eletrônico, permitem
à requerida diligenciar na identificação da página questionada para sua
exclusão das buscas. Oportuno transcrever trecho de v. acórdão relatado
pelo Ministro Herman Benjamin, quando da apreciação do Recurso
Especial Nº 1.117.633 - RO (2009/0026654-2), verbis:”A internet é o
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espaço por excelência da liberdade, o que não significa dizer que seja um
universo sem lei e sem responsabilidade pelos abusos que lá venham a
ocorrer. No mundo real, como no virtual, o valor da dignidade da pessoa
humana é um só, pois nem o meio em que os agressores transitam nem as
ferramentas tecnológicas que utilizam conseguem transmudar ou
enfraquecer a natureza de sobre princípio irrenunciável, intransferível e
imprescritível que lhe confere o Direito brasileiro. Quem viabiliza
tecnicamente, quem se beneficia economicamente e, ativamente, estimula
a criação de comunidades e páginas de relacionamento na internet é tão
responsável pelo controle de eventuais abusos e pela garantia dos direitos
da personalidade de internautas e terceiros como os próprios internautas
que geram e disseminam informações ofensivas aos valores mais
comezinhos da vida em comunidade, seja ela real ou virtual. Essa co-
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responsabilidade - parte do compromisso social da empresa com a
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sociedade, sob o manto da excelência dos serviços que presta e da
merecida admiração que conta em todo mundo - é aceita pelo Google,
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tanto que atuou, de forma decisiva, no sentido de excluir páginas e
identificar os gângsteres virtuais. Tais medidas, por óbvio, não bastam, já
que reprimir certas páginas ofensivas já criadas, mas nada fazer para
impedir o surgimento e multiplicação de outras tantas, com conteúdo igual
ou assemelhado, é, em tese, estimular um jogo de Tom e Jerry, que em
nada remedia, mas só prolonga, a situação de exposição, de angústia e de
impotência das vítimas das ofensas”.Conforme decidido pelo Ministro Luis
Felipe Salomão, no REsp nº 1.175.675 RS:CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
MENSAGENS OFENSIVAS À HONRA DO AUTOR VEICULADAS EM
REDE SOCIAL NA INTERNET (ORKUT). MEDIDA LIMINAR QUE
DETERMINA AO ADMINISTRADOR DA REDE SOCIAL (GOOGLE) A
RETIRADA DAS MENSAGENS OFENSIVAS. FORNECIMENTO POR
PARTE DO OFENDIDO DAS URLS DAS PÁGINAS NAS QUAIS FORAM
VEICULADAS AS OFENSAS. DESNECESSIDADE. RESPONSABILIDADE
TÉCNICA EXCLUSIVA DE QUEM SE BENEFICIA DA AMPLA
LIBERDADE DE ACESSO DE SEUS USUÁRIOS. 1. O provedor de internet
- administrador de redes sociais - ainda em sede de liminar, deve retirar
informações difamantes a terceiros manifestadas por seus usuários,
independentemente da indicação precisa, pelo ofendido, das páginas que
foram veiculadas as ofensas (URL”s). 2. Recurso especial não provido. No
mesmo sentido:”Ainda que não exija os dados pessoais dos seus usuários,
o provedor de conteúdo que registra o número de protocolo (IP) na
Internet dos computadores utilizados para o cadastramento de cada conta
mantém um meio razoavelmente eficiente de rastreamento dos seus
usuários, medida de segurança que corresponde à diligência média
esperada dessa modalidade de provedor de serviço de Internet (REsp
1.186.616/MG, rel. Mina. Nancy Andrighi, j. em 23-8-2011).”Portanto,
concluo que constam dos autos informações suficientes a individualizar a
página a ser inibida do resultado de pesquisa vinculado ao nome do autor
(escavador).Sabe-se que os sites de hospedagem de páginas na internet em
geral não solicitam informações pessoais de seus usuários, como CPF ou
RG para a utilização de seus serviços. Devem, contudo, manter registros
dos endereçosVISUALIZAR
IP daqueles
PDF
que criam páginas
 2018
e disponibilizam conteúdo
/ 2931 IR PRÓXIMA PÁGINA 

virtual por seu intermédio.A alegação de que não tem condições técnicas
para o cumprimento da obrigação não foi documentalmente demonstrada
e não é convincente. Na condição de fornecedora de serviços e por dele se
beneficiar, a requerida tem a obrigação de satisfazer o comando judicial de
forma eficaz e diligente.No mais, não há como acolher o pedido genérico
do autor para desindexação de seus dados do site de

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Andamento do Processo n. 0001776-16.2010.2.00.0000 - 31/03/2016 do TJSP

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