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DO DIREITO

                                               10. Como acima demonstrado os serviços da rede social


“facebook” administrado pela ré não se prestam para suas necessidades, tornando-se,
assim, impróprio para uso,  em uma situação kafquiana, onde o sistema se mostra
inacessível e não pode ser corrigido pelos caminhos virtuais disponibilizados.

                                               11. Não existe um suporte telefônico (“helpdesk”) ou interface


humana para orientar o autor, o que somente torna o problema praticamente insolúvel.

                                               12. Violado está o artigo 20, “caput” e seu parágrafo segundo do
Código Consumerista,  uma vez que demonstrado está, não só que o serviço prestado pela ré
se tornou impróprio para seu consumo ,  bem como há afronta ao art.7º do
mesmo  “Codex”, uma vez que por princípio constitucional e de consumo o autor não pode
ficar vinculado a um serviço virtual e de grande alcance que não pode acessar.

DA NOTIFICAÇÃO ENVIADA

E DA CONSTITUIÇÃO EM MORA

                                               13.  Como já mencionado em 10 de outubro de 2020 o autor


notificou a perda de acesso do site, onde iniciou o procedimento de abertura do site ,
não havendo resposta da da ré para a solicitação do autor .

                                               14. Em 10 de outubro de 2020, o autor não recebeu a resposta da


ré, onde a mesma pretendia se furtar de suas obrigações, sob a inconsistente argumentação
de que não era responsável pelo gerenciamento de conteúdo (o que não é o caso) e apenas
indicou “links” que o demandante deveria se utilizar. Estranhamente omitiu que deveria
providenciar o acesso da conta na forma do CDC e nada impedia que tal solicitação fosse
enviada às sociedades estadunidenses.

                                               15. O Marco Civil da Internet (Lei Federal 12.965/2014)  em seu


artigo 11, estabelece que em havendo coleta de dados no Brasil, o que de fato ocorre, aplicam-
se as leis brasileiras a qualquer tipo de provedor. Tudo a referendar e corroborar os
dispositivos de defesa do consumidor já invocados.

                                               16. Vale dizer: a ré não entendeu o pedido de reativação da conta ,


mesmo porque a notificação foi enfática ao mencionar que todos os recursos virtuais para a
ativação do mesmo já tinham sido utilizados.

                                               17. Infelizmente a situação perdura até o presente momento,


consoante a prova documental em anexo e que demonstra a impossibilidade de acesso ao
sistema do “Facebook”.

                                               10. Como acima demonstrado os serviços da rede social


“facebook” administrado pela ré não se prestam para suas necessidades, tornando-se,
assim, impróprio para uso,  em uma situação kafquiana, onde o sistema se mostra
inacessível e não pode ser corrigido pelos caminhos virtuais disponibilizados.

                                               11. Não existe um suporte telefônico (“helpdesk”) ou interface


humana para orientar o autor, o que somente torna o problema praticamente insolúvel.

                                               12. Violado está o artigo 20, “caput” e seu parágrafo segundo do
Código Consumerista,  uma vez que demonstrado está não só que o serviço prestado pela ré se
tornou impróprio para seu consumo ,  bem como há afronta ao art.7º do
mesmo  “Codex”, uma vez que por princípio constitucional e de consumo o autor não pode
ficar vinculado a um serviço virtual e de grande alcance que não pode acessar.

                                               13.  Como já mencionado em 10 de outubro de 2020 o autor não


conseguiu notificar a ré pelos acessos permitidos por ela para o acesso da conta
mencionada, além de outras que eventualmente existam em seu nome  no “FACEBOOK
BRASIL”,  bem  como vedando a utilização de sua imagem para qualquer fim.

                                               15. O Marco Civil da Internet (Lei Federal 12.965/2014)  em seu


artigo 11, estabelece que em havendo coleta de dados no Brasil, o que de fato ocorre, aplicam-
se as leis brasileiras a qualquer tipo de provedor. Tudo a referendar e corroborar os
dispositivos de defesa do consumidor já invocados.

                                               16. Vale dizer: a ré fingiu não entender o pedido de reativação da


conta , mesmo porque a notificação foi enfática ao mencionar que todos os recursos virtuais
para cancelamento já tinham sido utilizados.

                                               17. Infelizmente a situação perdura até o presente momento,


consoante a prova documental em anexo e que demonstra a impossibilidade de acesso ao
sistema do “Facebook”.

DO CONTRANGIMENTO

                                               18. Ao impossibilitar o cancelamento das contas a ré impõe um


constrangimento ao autor que continua com seus dados expostos a terceiros, pois, se assim
não o fosse, não receberia as mensagens oriundas da rede social “Facebook”,  sem que possa
apagá-las ou alterá-las.

                                               19. Também, até hoje, o autor é cobrado pela falta de respostas,
quando lhe são enviadas mensagens, “posts” (postagens com ou sem imagem), etc.

                                               20 . À vista disso e mantido o constrangimento imposto pelo não


acesso ao sistema, enquanto terceiros podem acessar as contas do autor,  encontra-se
caracterizado o dano moral indenizável, cujo valor postulado é de XXXXXXXXXXX

DA ANTENCIPAÇÃO DE TUTELA;

                                               21. Considerando que o autor encontra-se com a imagem exposta,


sem que tenha qualquer controle sobre os acessos ou edição, e ante a notificação enviada e
respondida  sem a devida solução, postula em antecipação de tutela seja deferido a ativação
da conta para o acesso a seus comentários .

                                               22. Insiste o autor que sua imagem e perfil continuam  exposto na
rede social “facebook” sem qualquer controle e para terceiros essas contas permanecem
abertas,  violando o direito de imagem do autor (art. 5º , V da Carta Magna), daí  a
verossimilhança das alegações aqui aduzidas e comprovadas documentalmente, motivo pelo
qual a concessão de liminar se faz necessária.

                                               23. Tanto para feitos de antecipação de tutela como no mérito


requer seja fixada multa de R$ XXXXXX diários, ou outro valor que V. EXa. houver por bem
arbitrar  pelo caso de não cumprimento no prazo a ser fixado, da decisão que vier a ser
proferida neste feito.

DO PEDIDO:

                                               “EX POSITIS”,  requer se digne V. Exa.:

                                               a)  conceder a antecipação de tutela buscada em caráter liminar;

                                               b) ato contínuo seja determinada a citação da ré, na pessoa de seu


representante legal, para comparecer `a audiência que for designada e nela oferecer a defesa
que tiver sob pena de confissão e aplicação dos efeitos da revelia e

                                               c) afinal seja a presente demanda julgada procedente a fim de que


sejam canceladas as contas acima mencionadas bem como todas as demais contas porventura
existentes que tenham o autor como usuário, sob pena de fixação de multa diária de R$
100,00  ou ainda determinar outras providências na forma do art. 461 do CPC,  que garanta a
efetividade da medida postulada;

                                               d) condenar a ré ao pagamento do dano moral fixados em R$


2.000,00, tudo acrescido de juros e correção monetária como de estilo.

                                               Protesta pela juntada da prova documental em anexo e do


depoimento do representante legal da ré, o que fica desde logo requerido.

                                               Em razão do sistema de serviço virtual da rede social Facebook ser


extremamente complexo e demandar conhecimento técnico especializado, requer a
concessão do benefício de inversão da prova previsto no CDC.

                                               Estima à causa o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) para efeitos de
alçada.

‘                                              Nestes termos,

                                               P. Deferimento.

                                               S. Paulo,  outubro de 2015.

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Sobre o autor

Maurício Sérgio Christino

Advogado. Pós-graduado em Direito Empresarial pela Escola Paulista de Direito, LLM em


Direito Empresarial pela Escola Paulista de Direito. Pós-graduado em Direito Previdenciário
pela Faculdade Legale, Relator da 2ª. Turma Disciplinar do Tribunal de ética e Disciplina da
OAB/SP. .

Informações sobre o texto

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