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HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO AMAPÁ – anotações

AMAPÁ

Sua história é marcada pelas disputas territoriais entre as principais potências do período
colonial.

Sua geografia é caracterizada pela presença da Floresta Amazônica reconhecida pela elevada
biodiversidade e importância ambiental.

Possui 16 municípios.

A população do Amapá é pequena e está concentrada na capital do estado.

Os deslocamentos pelo território ocorrem pelo uso de uma infraestrutura de rodovias e, ainda,
via navegação, por meio dos grandes rios da região.

Os rios também possuem importância econômica para o estado, pela prática da pesca.

Além disso, a economia amapaense está voltada para atividades de extrativismo vegetal e
mineral.

A principal manifestação cultural do Amapá é o MARABAIXO - uma forma de expressão


elaborada pelas comunidades negras do estado do Amapá, manifestada especialmente por
meio da dança e das cantigas denominadas ladrão, espécie de poesia oral musicada a partir
dos toques das caixas, instrumentos de percussão produzidos pelos próprios tocadores.

A principal manifestação cultural do Amapá é o MARABAIXO = origem negra

dança e cantiga = ladrão

poesia oral musicada a partir dos toques das caixas

Relevo, predominante, plano, em especial ao longo do litoral.

No interior do estado, ocorrem formações de planalto, com a presença de morros e serras. As


duas principais serras do Amapá são a Serra Lombarda e a Serra do Tumucumaque.

Serra Lombarda

Serra do Tumucumaque

O clima do Amapá é do tipo Equatorial, caracterizado pela alta pluviosidade e temperatura.

A vegetação predominante é a Tropical, sendo que cerca de 70% do território amapaense são
cobertos pela Floresta Amazônica.

A rede hidrográfica do estado é formada por rios caudalosos que possuem grande importância
econômica para a região, sendo os mais importantes: Jari e Oiapoque.

Rios mais importantes: Jari e Oiapoque


Está dividido em 02 grandes regiões geográficas intermediárias (mesorregiões): Macapá e
Oiapoque/Porto Grande. Cada mesorregião é dividida em outras 02 microrregiões (regiões
geográficas imediatas): Macapá e Laranjal do Jari, e Oiapoque e Porto Grande.

2 grandes mesoregiões:

5 municípios nessa mesorregião


11 municípios nessa mesorregião

Os 16 municípios do estado do Amapá:

Amapá;

Calçoene;

Cutias;

Ferreira Gomes;

Itaubal;

Laranjal do Jari;

Macapá;

Mazagão;

Oiapoque;

Pedra Branca do Amapari;

Porto Grande;

Pracuúba;

Santana;

Serra do Navio;

Tartarugalzinho;

Vitória do Jari.

Demografia do Amapá
O estado do Amapá possui uma população de 861.773 habitantes.

O 2º estado MENOS populoso do Brasil, logo depois de Roraima.

A maior cidade é a capital, Macapá, com cerca de 400 mil habitantes. Além da capital, a outra
única cidade que apresenta mais de 100 mil habitantes é Santana, com cerca de 120 mil. O
restante do estado é formado por cidades pequenas em população.

A economia do Amapá está voltada principalmente para o setor primário, com destaque para o
extrativismo mineral e vegetal. A extração de minérios, com destaque para o manganês e o
ouro, gera muitas divisas para o estado. Além disso, extração de bens vegetais, como a
madeira e a castanha-do-pará, é importante para a economia amapaense.

ECONOMIA = setor primário = mineral e vegetal

Na agricultura, destacam-se cultivos como arroz e mandioca.

AGRICULTURA = arroz e mandioca

No cenário agropecuário, muitos cultivos estão voltados para a subsistência, assim como a
pesca, amplamente praticada pela população do estado.

AGROPECUÁRIA = cultivos de subsistência

Já o setor secundário é praticamente inexistente no Amapá, sendo que o estado possui apenas
pequenas indústrias voltadas para transformação de produtos vegetais e minerais extraídos
localmente.

SETOR SECUNDÁRIO (INDÚSTRIA) = praticamente inexistente

Por sua vez, o setor terciário apresenta grande importância, em razão de contribuir para grande
parte da geração de emprego e renda no estado. O grande volume de pessoas vinculadas ao
serviço público, assim como às atividades de comércio, contempla a geração de divisas nesse
setor. Além disso, atividades de turismo em nível regional também possuem destaque na
economia do estado.

SETOR TERCIÁRIO = serviço público e comércio

Infraestrutura do Amapá PAREI AQUI

Para o deslocamento de pessoas e serviços, encontram-se no Amapá:

● 02 rodovias federais (BR-156 e a BR-210. A BR-156 possui 822,9 km de extensão,


passando por Santa Clara, Camaipi, Porto Grande, Tartarugalzinho, Beiradão, Igarapé e
Água Branca (Amapá). A BR-210 é a segunda rodovia federal no estado, ela também
recebe o nome de Perimetral Norte e é menor em relação a BR-156, tendo um pouco
mais de 471 quilômetros de extensão);

● 04 rodoviais estaduais ( AP-010, AP-020, AP-030 e a AP-070. As duas primeiras (AP-010


e AP-020) ligam a capital do estado a Santana (Amapá), a segunda cidade mais
populosa. A terceira (AP-030) interliga Macapá ao município de Mazagão, passando
pela ponte sobre o Rio Vila Nova e a quarta (AP-070) abrange Curiaú, São Francisco da
Casa Grande, Abacate da Pedreira, Santo Antônio da Pedreira, Inajá, Corre Água, São
Joaquim do Pacuí, Santa Luzia (Amapá), Gurupora e Cutias do Araguary.);
● portos;
● 01 aeroporto internacional (Aeroporto Internacional de Macapá - Alberto Alcolumbre
é um aeroporto internacional no município de Macapá, no Amapá);

● 01 ponte binacional, que liga o Brasil até a Guiana Francesa (Ponte Binacional
Franco-Brasileira atravessa o rio Oiapoque, ligando as cidades de Oiapoque, no Amapá,
Brasil, e Saint-Georges-de-l'Oyapock, na Guiana Francesa, França).

Cultura do Amapá

A cultura do Amapá recebeu fortes influências indígenas e africanas e ainda possui estreita
relação com o estado do Pará.

A culinária típica do estado é constituída por alimentos como açaí, mandioca, camarão e peixe.

Os festejos locais apresentam relação direta com as práticas religiosas, sendo que a maior
parte da população do estado é católica.

O MARABAIXO, manifestação folclórica amapaense com forte influência africana, é a principal


atração artística.

HISTÓRIA DO ESTADO DO AMAPÁ

● Capital: Macapá
● Gentílico: amapaense
● Área Territorial: 142.470,762 km² [2022]
● População estimada: 877.613 pessoas [2021]
● Densidade demográfica: 4,69 hab/km² [2010]
● IDH Índice de desenvolvimento humano: 0,708 [2010]
● Rendimento mensal domiciliar per capita 1.177R$ [2022]
● Total de veículos: 232.691 veículos [2022]

Os primeiros povos que ocuparam a região do atual estado do Amapá foram grupos indígenas
dos troncos aruaque e caribe, entre os quais destacam-se os Guaiampis, Palicures, Tucuju.

Cunani é uma vila pertencente ao município de Calçoene e possui grande importância, tanto
para a pré-história, como para a história, pois a vila chegou mesmo a ser República
Independente por duas vezes.

Características socioculturais desses povos antes da chegada dos europeus:

● Ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. É importante destacar que pintura
rupestre é uma forma de comunicação artística, rústica, mas não pode ser classificada
como algum tipo de escrita;
● Sociedades tribais;
● Propriedade coletiva. Não existia propriedade privada;
● Coivara: faziam queimadas controladas para abrir clareiras e descampados.

Obs: Os índios do Amapá são os únicos do país que têm o privilégio de possuir todas as suas
reservas demarcadas, sem invasões de garimpeiros, madeireiros e agricultores.
Os primeiros contatos com os europeus foram registrados em 1500, com a chegada do
navegador espanhol Vicente Pinzón.

OS ESPANHÓIS foram os primeiro povo europeu a “pisar” no atual território do Amapá

Hoje o Estado do Amapá abriga várias etnias em 49 aldeias: Galibi, Karipuna, Palicur, Tiriyó,
Kaxuyana, Wayana, Apalaí e Waiãpi.

1. Colonização do estado do Amapá

A colonização do território do atual estado do Amapá aconteceu de maneira muito diferente


do que aconteceu no litoral leste brasileiro

As Grandes Navegações (encabeçada pelos Portugueses e espanhóis)

Portugueses e espanhóis partiram para o desbravamento de novos mares, em busca de novas


rotas comerciais e de novas terras

O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o


reino de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas e
por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.

Tratado de Tordesilhas - 7 de junho de 1494


De acordo com o Tratado de Tordesilhas, o território do Amapá pertenceria à Espanha. PAREI
AQUI

O navegador espanhol Vicente Pinzón que, em janeiro de 1500, primeiro aportou no litoral do
nordeste brasileiro. Depois, navegou pelo litoral norte e navegou pela foz do Rio Amazonas, o
qual chamou de Mar Dulce.

Foi o primeiro europeu a navegar pelo litoral do Amapá, pelo rio Oiapoque e seguir rumo às
Guianas e ao Caribe.

Assim, os espanhóis foram os primeiros a chegar ao Brasil! Entretanto, pelo tratado de


Tordesilhas, a maioria do litoral brasileiro, velejado pelos espanhóis, pertencia à Portugal.

O contato dos exploradores europeus com os povos nativos foi caracterizado pela subjugação.
Crentes na sua superioridade civilizacional, os colonizadores promoveram a aculturação e
usaram de violência para efetivar o domínio das novas terras e de suas riquezas, inclusive os
escravizando.

O insucesso da expedição de Francisco Orellana acabou tirando o entusiasmo dos espanhóis


com a região e abrindo espaço para que outras nações realizassem incursões no território.

Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e não ocuparam o território de imediato.

Motivo pelo qual se refere aos 30 anos seguintes (1500 – 1530) a chegada dos portugueses ao
Brasil.

Nesse período de 30 anos, a ocupação se limitou as FEITORIAS no litoral. Que seriam um misto
de forte para defesa do território e armazém.

a) por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de 1500
e 1530?

1. Porque não encontraram metais preciosos em expedições;


2. Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo;
3. Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a colônia
brasileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tordesilhas com
Portugal.
b) por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a partir dos anos
de 1530?

1. Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na América espanhola;


2. Porque o comércio com as Índias entrou em crise;
3. Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica desenvolveram suas frotas
marítimas e passaram a representar uma grande ameaça ao controle português sobre
a colônia.

Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil.

As concessões para exploração ao pau-brasil eram dadas pela Coroa e chamadas de ESTANCO
(onde era necessária numerosa mão de obra).

A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo: troca de


presentes, de artefatos e de animais que não existiam aqui pelo trabalho dos índios.

No início a escravidão indígena será sim utilizada no início da colonização, mas logo será
substituída pela africana, pois a Coroa Portuguesa seguirá ao ordenamento da Igreja em não
escravizar os nativos, considerados “almas puras do paraíso”.

A partir de 1530 = Coroa Portuguesa decidiu povoar e explorar a Colônia brasileira = mas a
Coroa Portuguesa não tinha recursos financeiros para promover essa empreitada

Solução = terceirizar a tarefa da colonização = entregando lotes de terras a fidalgos (nobres


portugueses) = Nasceram assim as CAPITANIAS HEREDITÁRIAS.

Capitanias Hereditárias - Faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha
imaginária do Tratado de Tordesilhas.

Capitanias = entregues para usufruto do donatário = possuía o direito de explorá-la (direito


esse estendido a seus descendentes)

Entretanto, os donatários passaram por grandes dificuldades:

● desenvolver a colônia com poucos recursos financeiros;


● a distância em relação à metrópole (Portugal);
● constantes conflitos com os nativos.

RESULTADO = a maioria das Capitanias não conseguiu vingar = exceções: Capitania de


Pernambuco e a Capitania de São Vicente

Os primeiros colonizadores europeus chegaram à costa amapaense em 1499, visto que a


região do Amapá pertencia à Espanha.

Mão de Obra Escrava

Os africanos de tribos inimigas capturavam negros para serem vendidos nas Feitorias do litoral
africano. Todavia o Mercantilismo influenciou consideravelmente o Tráfico de Escravos

Miscigenação = um traço evidente no nosso país:

● Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos;


● Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio;
● Mameluco: mestiço de branco e índio.
No Amapá, de início, não existiu uma atividade agrícola que desse interesse aos colonizadores
portugueses.

A atividade econômica foi voltada para exploração de produtos da Amazônia, as chamadas


“drogas do sertão”: frutas, raízes, sementes, temperos, urucum, canela, cravo, óleo de copaíba
e de tartaruga.

Como essas atividades eram praticadas, em sua maioria, por índios, a presença de negros para
mão de obra na região não ocorreu em grande quantidade.

Os primeiros negros chegaram no Amapá em 1749. (200 anos depois da chegada ao Amapá)

Fugidos de Belém, fundaram quilombos às margens do Rio Anauerapucu, nas terras tucujus.

OFICIALMENTE, foram trazidos em 1751 a mando de Mendonça Furtado, então governador do


estado do Grão Pará e Maranhão, para trabalhar para colonos portugueses dos Açores em
Macapá.

Com a fundação da Nova Mazagão (em 7 de junho de 1770), chegaram 103 negros para
trabalhar na construção da Fortaleza de São José do Macapá. Muitos destes escravos fugiram
formando quilombos como Maruanum, Igarapé do Lago e Ambé.

Ao longo do século XIX, diante de MOVIMENTOS ABOLICIONISTAS que ocorriam no Brasil,


surgiram várias entidades que se organizaram no Amapá pelo fim da escravidão negra. Foram
elas a Sociedade Ypiranga, a União Redentora e a Liga Redentora dos Cativos do Pará.

2. Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá

Como vimos, até 1530, Portugal e Espanha reinaram absolutos pelos mares.

A tecnologia de navegação que levaram séculos para desenvolver, foi copiada em trinta anos
por ingleses, franceses e holandeses.

Ingleses, franceses e holandeses (novas potências marítimas) não reconheciam o Tratado de


Tordesilhas e passaram a tentar colonizar a costa brasileira.

● Invasões Francesas - tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação da França


Antártica; e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a França Equinocial;
● Invasões Holandesas na região nordeste (Salvador em 1624 e Recife em 1630).

Além disso, ingleses e holandeses passaram a frequentar o norte da costa amazônica.

Ocuparam a região das Guianas.

A partir de 1600, adentraram a bacia amazônica, construindo feitorias e fortificações.

Fizeram o mesmo na região do Cabo Norte e nas ilhas paraenses. Ali comercializavam
mercadorias como tabaco, peixe-boi, madeira, urucum, entre outras especiarias.

União Ibérica (1580 a 1640) - Em 1580 D. Sebastião, rei de Portugal, faleceu sem deixar
herdeiros. Felipe II, Rei da Espanha e parente mais próximo do morto, unificou as Coroas
Portuguesa e Espanhola sob sua batuta.

O controle espanhol sobre Portugal implicava em controle espanhol também sobre as colônias
portuguesas. Por outro lado, os portugueses na colônia brasileira também entendiam que, se a
região do Amapá pertencia à Espanha, necessariamente deveriam controlá-la. Isso incentivou
os portugueses a ocuparem de vez a região do Amapá e combater as ocupações estrangeiras.

PAREI AQUI

ENTRADAS - eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa) que saiam do litoral em direção
ao interior do Brasil.

DESCIDAS - foram expedições dos jesuítas do Pará que tinham criado na Amazônia um sistema
bem estruturado de “aldeias” de aculturação indígena. Buscando índios para estas aldeias, os
jesuítas organizaram diversas expedições fluviais, subindo o Tocantins.

BANDEIRAS - eram expedições organizadas e financiadas por particulares, principalmente


paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente rumo às regiões centro-oeste e sul do Brasil.

Em 1616 - diante da ameaça constante de invasões à Colônia portuguesa na América,


organizaram uma força militar luso-brasileira para expulsar os estrangeiros e tomar posse da
região. Derrotaram os franceses em São Luís e foram para o delta do Rio Amazonas. Ali,
enfrentaram batalhas sangrentas. Novamente vitoriosos, fundaram o Forte Presépio, que deu
origem à cidade de Belém.

Obs: quem controlava os mares e rios, controlava o transporte, essencialmente fluvial, e seu
comércio.

A fundação de Belém do Pará, a vila serviu de ponto de apoio e partida para várias entradas
para exploração da Amazônia nas regiões dos atuais Estados do Pará, Amazonas e Amapá.

Bento Maciel Parente foi responsável pela fundação dos fortes de Mariocai e Santo Antônio de
Gurupá, ao longo do rio Xingu.

O aviso de 4 de novembro de 1621 do Conselho da Regência de Portugal, recomendava


medidas urgentes para povoar e fortificar a região costeira, desde o Brasil até São Tomé da
Guyana e a foz do rio Drago, na Venezuela. Assim:

● Os holandeses foram expulsos e recuaram para as Guianas.


● Os ingleses abandonaram temporariamente a região.
● Os franceses foram para Caiena. A violência do conflito também atingiu populações
indígenas. Milhares de Tupinambás foram massacrados pelos portugueses.

Missões Jesuítas

Outro fator importante na colonização portuguesa foi a chegada dos Jesuítas = sistema bem
estruturado de “aldeias” de aculturação indígena.

Ignácio de Loyola (1491-1556) criou a Companhia de Jesus.

A ordem jesuíta foi muito importante para a reação católica contra as Reformas Protestantes.

Os missionários jesuítas, na região do atual Estado do Amapá, convenceram a Coroa Espanhola


a expedir uma Carta-Régia que libertasse os índios da escravidão imposta por colonos.

Outro exemplo se deu em 1639, quando o jesuíta espanhol Cristobal de Acuña encontrou um
forte e uma missão portuguesa, na região pertencente à Espanha, com vários índios
catequizados.

Criação da Capitania Cabo Norte


Em 1627 o novo Governador do Maranhão, Francisco Coelho de Carvalho, envia o chefe militar
da região, Bento Maciel Parente, à Portugal para relatar sua atuação na colônia. Lá, convence a
Coroa da necessidade de colonizar definitivamente o delta do Rio Amazonas.

Em 1637, a Coroa Portuguesa criou a Capitania Cabo Norte - ela aglutinava os territórios do
atual estado do Amapá até os limites do Rio Parú.

Bento Maciel Parente não conseguiu colonizar a região, por falta de recursos e por estar
envolvido na Insurreição Pernambucana. Assim, a Coroa Portuguesa acabou reanexando à
Capitania do Grão-Pará.

O Tratado de Ultrecht (1713)

No final do século XVII, questionando “onde estaria o testamento de Adão que dividia o
mundo entre espanhóis e portugueses”, os franceses partiram de Caiena (Guiana) realizando
novas expedições na Capitania Cabo Norte.

Para combater as incursões francesas, os portugueses fundaram missões jesuíticas na região.

Além disso, fundaram o Forte de Santo Antônio do Macapá em 1688.

As disputas somente chegam ao fim em 1713, com a assinatura do Primeiro Tratado de


Ultrecht, por meio da intermediação da Coroa Inglesa.

No tratado, os franceses recuaram e aceitaram o Rio Oiapoque como limite entre a Colônia
Portuguesa e a Colônia Francesa (Guiana).

Medidas tomadas pelo Marquês de Pombal

O Período Pombalino corresponde à ocasião em que o Marquês de Pombal foi


primeiro-ministro em Portugal, de 1750 a 1777, durante o reinado de Dom José I.

Principais ações de Pombal que tiveram impactos na Colônia, especialmente na região do atual
Estado do Amapá:

● Criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão;


● Criou a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral de
Pernambuco e Paraíba;
● Expulsão dos jesuítas do Brasil, tirando-os do controle do sistema educacional e das
missões jesuítas, além de tomar posse de propriedades da Igreja Católica no Brasil;
● Em 1759, decretou o fim das Capitanias Hereditárias e a devolução das mesmas ao
controle da Coroa Portuguesa;
● Implantou o cultivo de algodão no Maranhão.

Preocupado com a estratégia de defesa da região do Amazonas, Pombal negociou o Tratado de


Madri, em 1750, com a Espanha.

Francisco Xavier tratou de trazer colonos para impulsionar as plantações e promover a


extração de riquezas. Centenas de colonos vindos da Ilha dos Açores chegaram a Macapá
dando origem ao povoado nos arredores do forte.

Em 1770, cerca de 360 famílias açorianas fundaram no Amapá a vila de Nova Mazagão.
Rapidamente os colonos açorianos entraram em conflito com os jesuítas, pois pretendiam
utilizar a mão de obra indígena como escrava. Esse foi um dos motivos de o Marquês de
Pombal expulsar os jesuítas do Brasil.

1758 - Macapá é elevada a categoria de Vila, realizando exportação de milho, arroz, melancia,
banana e frangos para Belém.

Pombal promoveu o povoamento do ponto mais ao norte da Colônia. Toda a área ao longo do
curso e da foz do Rio Amazonas foram ocupadas por fortalezas militares.

Em 1764, ordenou a construção da Fortaleza de São José do Macapá, localizado a esquerda do


rio Amazonas, próxima a antiga Província dos Tucujus, atual cidade de Macapá. Levou quase
vinte anos para ser construída e foi inaugurada no dia 19 de março de 1782.

Entretanto, por priorizar a administração do Grão-Pará, Pombal deixou as terras do Cabo Norte
em segundo plano. Se aproveitando disso, os franceses expandiram as terras da Guiana
Francesa ocupando a região entre o Rio Oiapoque e a região de Calçoene, no século XIX.

Tomada de Caiena

Em 1808, a Família Real portuguesa, acompanhada de uma Corte de aproximadamente 1500


pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas napoleônicas, escoltada pela marinha
britânica.

Na Europa, a França de Napoleão Bonaparte havia imposto um Bloqueio Continental à


Inglaterra, de modo que, nenhum país da Europa Continental poderia comercializar com a
Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido exército francês. Como D. João, príncipe
regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência, Napoleão invadiu Lisboa. Isso teve
impactos profundos na colônia.

Consequência:

● Vinda da Família Real portuguesa para o Brasil;


● O fim do Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de Portugal);
● O aumento de tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro; e
● A Tomada de Caiena (como resposta militar à França).

Em 6 de janeiro de 1809, as forças anglo-portuguesas tomaram o Fort Diamant. No dia


seguinte o Fort Dégrad des Cannes. Um dia depois foi a vez de tomar o Fort Trió. Em uma
semana, a ilha de Caiena foi dominada e, em seguida, a Guiana.

Em conferências realizadas entre setembro de 1814 e junho de 1816, após o Congresso de


Viena, as nações europeias determinam a restauração das monarquias e das fronteiras
imperiais à configuração anterior à Revolução Francesa de 1789. Assim, Portugal restaura sua
monarquia e desocupa a Guiana Francesa.

Apesar de a questão ter sido aparentemente resolvida, os franceses continuaram contestando


os limites geográficos estabelecidos, reivindicando áreas entre o rio Oiapoque e o Rio Araguari.
A solução viria somente em 1900, como veremos a seguir.

A “Questão do Amapá”
1895 - descoberta de ouro na região do rio Calçoene, reacendeu o interesse francês.

Os ânimos se exaltaram na região quando o paraense Francisco Xavier da Veiga Cabral, o


Cabralzinho, assassinou o tenente Lunier, comandante de um destacamento francês no
Amapá. Cabralzinho se tornou “herói do Amapá”. A partir de então, ocorreram vários conflitos
entre brasileiros e franceses, levando os governos de Brasil e França a submeterem a questão à
arbitragem do governo Suíço.

Em 1º de dezembro de 1900 - O Laudo Suíço, dado em Berna foi favorável ao Brasil na disputa
pela área. Nesse sentido, merece destaque a atuação do Barão do Rio Branco como defensor
brasileiro.

O interesse nazista pela Amazônia

Entre 1935 e 1937, o biólogo e geógrafo alemão Otto Schulz-Kamphenkel liderou uma
expedição do Belém do Pará, passando pelas margens do Rio Jari, até à fronteira da Guiana
Francesa. Em um relatório de 1940, elaborado para os nazistas, recomendou a tomada das
Guianas como de fundamental importância para as pretensões de Hitler na América do Sul.

A Guerra da Lagosta

Entre 1961 e 1963, ocorreu uma das maiores crises diplomáticas entre Brasil e França. Mais do
que a possibilidade de um conflito armado, recebeu essa nomenclatura jocosa pela imprensa
do período, em função dos eventos cômicos relacionados à questão.

3. Principais Atividades Econômicas do Amapá: Séculos XIX e XX

Durante o século XIX, a economia na região do futuro estado do Amapá foi baseada no ciclo do
ouro e na produção de borracha.

A descoberta de riquezas, no entanto, fez crescer as disputas territoriais que, como vimos,
levou à invasão dos franceses em maio de 1895.

Ciclo do Ouro

Em 1894, os brasileiros Germano e Firmino Ribeiro, naturais de Curuça, no Pará, encontram


ouro no leito do rio Calçoene. Na Guiana Francesa também se encontrou o metal. Essas
descobertas, como você deve se recordar, provocaram a “Questão do Amapá”, solucionada
com arbitragem suíça.

Podemos afirmar que a atual cidade de Calçoene teve origem no movimento de garimpeiros e
faiscadores de ouro. Entre 1893 e 1898 foram extraídas aproximadamente 10 toneladas de
ouro das minas de Calçoene. Em 1901 sua população chegou a 1.600 habitantes.

Ciclo da Borracha

No final do século XIX, a Amazônia começa a viver o ciclo da borracha e o sul do Amapá
também se beneficia da atividade extrativista.

Após o declínio do Ciclo da Borracha, no início do século XX, a região sofreu uma queda na
quantidade de imigrantes, com algumas exceções, como a imigração japonesa que ocorreu na
década de 1930.

Projetos de extração
Na década de 1960, a estratégia do Regime Militar (1964-1985) se baseava em políticas
desenvolvimentistas e nacionalistas. Nesse sentido, como veremos na nossa próxima aula, os
militares criaram bancos de fomento e superintendências de segurança que promoveram um
atrativo populacional, principalmente para exploração de madeira e minérios.

Manganês

Grande reserva de manganês na Serra do Navio em 1945, sua exploração se iniciou em 1957,
com a concessão da atividade à Indústria e Comércio de Minérios S.A. (ICOMI), subsidiária da
norte-americana BethIehem Steel.

Principal riqueza do estado do Amapá

A renda dos royalties do manganês foi usada na construção da Usina de Paredão, objetivando
produzir energia para atrair indústrias. Também foi construída, pela Icomi, uma estrada de
ferro com capacidade para 700 mil toneladas de minério e 200 mil toneladas de outros tipos
de mercadorias, bem como um porto com capacidade para receber navios de até 45 mil
toneladas.

Outras Riquezas Minerais

Ouro dos garimpos dos rios Calçoene, Cassiporé, Igarapé de Leona e Gaivota.

Diamantes e a hematita podem ser encontrados na região de Santa Maria;

Além do caulim e do granito.

Outras Atividades

1970 - o empresário norte americano Daniel Ludwig implantou o Projeto Jari, na divisa com o
Pará e às margens do rio Jari, cujo objetivava explorar madeira, cultivar arroz e produzir
celulose.

Em termos de extrativismo vegetal, são exploradas a castanha-do-pará, o palmito e a madeira.

A produção agrícola limita-se ao cultivo de arroz e mandioca.

Na pecuária predominam as criações de búfalo e o gado bovino.

O setor industrial dedica-se ao processamento das principais riquezas do estado - a extração


mineral, a madeira e também a pesca.

A exploração dos recursos pesqueiros do Estado é caracterizada como artesanal.

A pesca industrial concentra-se basicamente na captura do camarão-rosa.

Obs: o desenvolvimento da atividade pesqueira depende fortemente da iniciativa e do


investimento governamental.

A pecuária se limita à produção para a região norte. O rebanho de bubalinos (búfalos) é maior
que o de bovinos. A área destinada à criação desses rebanhos é maior que a destinada à
agricultura.

A produção de energia elétrica no Amapá supera o seu consumo doméstico.


ESTUDO ALEATÓRIO - QUESTÕES DE PROVA

O Parque Nacional do Cabo Orange (PNCO) é uma unidade de conservação criada pelo
governo federal no dia 15 de julho de 1980 para preservar uma variedade de ecossistemas
localizados na foz do rio Oiapoque e na costa norte do Brasil, no estado do Amapá.

Flona do Amapá - A Floresta Nacional do Amapá abrange uma área de 459.867 ha localizada na
região do Escudo das Guianas, no centro do Estado do Amapá, cobrindo parte de três municípios,
Ferreira Gomes, Pracuúba e Amapá. Esta unidade de conservação foi criada em 1989 para viabilizar a
exploração de madeira de forma sustentável, além de visar a proteção da biodiversidade e a continuidade
de atividades de baixo impacto exercidas por populações tradicionais que já habitavam a área. Entretanto,
o isolamento da unidade contribuiu para que a exploração madeireira ainda não tenha sido iniciada. A
FLONA do Amapá está cercada por outras duas grandes unidades de conservação, fazendo fronteira a
leste com a Floresta Estadual do Amapá e a oeste com o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.
Estas unidades fazem parte do Corredor de Biodiversidade do Amapá, um agrupamento de áreas
protegidas que somam mais de 70% da área total do Estado.

Parque nacional montanhas do Tumucumaque

O Tumucumaque é o maior Parque Nacional do Brasil e uma das maiores áreas de floresta
tropical protegidas do mundo, com uma área aproximada de 3, 8 milhões de hectares. Foi
criado em 22 de agosto de 2002 e está localizado numa porção da Floresta Amazônica bem
peculiar, com características únicas e ainda pouco conhecidas, na região conhecida como
Escudo das Guianas, ao noroeste do Amapá.

Ele está situado em parte dos municípios amapaenses de Oiapoque, Calçoene, Pedra Branca do
Amapari, Serra do Navio e Laranjal do Jari; além de uma pequena porção do município de
Almeirim, no Pará.

O principal objetivo desta área é a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância


ecológica e beleza cênica, que possibilitem a realização de pesquisas científicas, o
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em
contato com a natureza e de turismo ecológico, que contribuam com a melhoria da qualidade
de vida das populações situadas em suas imediações.

questões
1 - O Amapá é o estado da federação brasileira que tem a maior parcela do seu território
sob a tutela de áreas protegidas, especialmente sob a tipologia de Unidades de
Conservação.

Sobre as Unidades de Conservação no território amapaense, analise as afirmativas a


seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa.

( ) O Parque Nacional do Cabo Orange possui parte de sua área em águas litorâneas. ( ) A
Floresta Nacional do Amapá constitui uma Unidade de Conservação de proteção integral. (
) O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque inclui áreas situadas no estado do Pará.

As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,

COMENTÁRIO:
Sobre as unidades de conservação do Amapá:

I - Para a preservação de importantes áreas de manguezal.

II - A categoria de uso do espaço definida pela Unidade de Conservação do tipo FLONA ou


floresta nacional permite o uso sustentável dos recursos locais.

III - Ocupa áreas dos dois estados assim como está na área de fronteira com a Guiana
Francesa.

GABARITO DO PROFESSOR: E (v-f-v)

2 -O potencial de exploração mineral amapaense está situado principalmente no ambiente


geotectônico pertencente ao Domínio de Crosta Antiga. II. Os principais depósitos de
manganês do estado estão situados em áreas dos Domínios Geotectônicos da Cobertura
da Plataforma. III. As principais atividades minerárias do estado estão situadas nas áreas
inundáveis, na porção leste do território amapaense quais V ou F?

COMENTÁRIO: Sobre o extrativismo mineral no Amapá:

I - Também conhecida como escudo cristalino a crosta antiga em geral é uma formação
propícia a concentração de recursos minerais exploráveis e de alto rendimento.

II - Encontram-se na Serra do Navio.

III - Em geral a extração mineral em áreas inundadas ocorre apenas em produtos de alta
concentração e valor como petróleo, gás natural, ouro ou outros metais preciosos. Não é o
caso da maior parte da atividade mineradora do Amapá.

GABARITO DO PROFESSOR: A (I, apenas.)

3 - Uma característica marcante da urbanização na Amazônia é a elevada concentração


populacional em poucos centros urbanos, em especial as capitais estaduais. Em 2010, o
aglomerado urbano formado por Macapá e Santana concentrava, aproximadamente, 75%
da população do estado do Amapá.

Este fenômeno é denominado:

Involução Urbana/ Macrocefalia Urbana. / Urbanização Dispersa. /

Metropolização Inversa. / Urbanização Policêntrica.

COMENTÁRIO:

A) Ocorre quando uma zona urbana perde população e atividades econômicas. Não é o
caso da Grande Macapá.

B) Esse termo remete a uma imagem de "cabeça grande" que metaforicamente representa
uma região metropolitana inchada com uma concentração anormal de densidade urbana
criando uma área central desproporcionalmente maior que o restante do estado.

C) Desenvolvimento urbano ocorrendo em vários locais simultaneamente. Não é o


processo que descreve corretamente o estágio urbano de Macapá a arredores.
D) Não há registros significativos deste termo na geografia urbana. O mais próximo que
existe é a desmetropolização que ocorre quando o crescimento de metrópoles reduz seu
ritmo em função do crescimento de cidades médias e metrópoles regionais no interior.

E) Ocorre quando o planejamento urbano de uma região leva em consideração a produção


de várias centralidades de forma a reduzir os impactos urbanos relacionados a ocorrência
de um centro inchado e denso demais. Não é o processo associado a Macapá.

GABARITO DO PROFESSOR: B

4 - Leia o fragmento a seguir.


“Na década de 1990, a taxa de crescimento da população amapaense foi três vezes maior
do que a da região Norte e cinco vezes maior que a taxa nacional. Esse crescimento,
proporcionalmente acentuado em relação ao regional e ao nacional, perdura desde a
década de 1940, o que tornou o espaço geográfico amapaense um dos principais polos
brasileiros de atração de migrantes”.

(Adaptado de FILOCREÃO, Antonio Sérgio Monteiro (org.). Amapá 2000-2013 (Estudos


Estados Brasileiros). São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2015, p. 27).

Sobre os fatores de atração de fluxos migratórios que caracterizaram o Amapá a partir da


década de 1940, analise as seguintes afirmativas:

I. Na década de 1940, a criação da infraestrutura para o funcionamento do governo do


Território Federal do Amapá foi um fator determinante para a atração de fluxos migratórios.
II. Na década de 1950, a atração de fluxos migratórios foi impulsionada pela construção da
infraestrutura para a extração de manganês da Serra de Navio. III. Na década de 1960, a
criação da Zona de Livre Comércio de Macapá e Santana e a pavimentação da BR-156
atraíram grandes fluxos de migrantes para o território amapaense.

COMENTÁRIO:
Sobre os fluxos migratórios para o Amapá julgamos as afirmativas:

I - Situou-se na político do Estado Novo de garantir a ocupação e desenvolvimento dos


territórios federais fronteiriços.

II - Por se tratar de uma atividade realizada por grandes empresas atraiu grandes fluxos
migratórios por necessitar de quantidades intensivas de força de trabalho, tanto para sua
realização quanto para o apoio indireto como as obras de infraestrutura e serviços
relacionados.

III - A Área de Livre Comércio de Macapá foi criada na década de 90.

GABARITO DO PROFESSOR: D (I e II, apenas)

5 - Leia o fragmento a seguir.

“O macrodiagnóstico do Amapá propôs a divisão do estado em três grandes áreas


homogêneas segundo sua natureza: inundável, savanítica e florestal de terra firme, que
correspondem às grandes paisagens naturais da região.

A área homogênea de natureza savanítica é representada pelas formas campestres de


terra firme que se apresentam com tipologias de _____. De modo geral, sua homogeneidade
fisionômica é atribuída às características da vegetação que apresenta um estrato lenhoso
aberto e um estrato herbáceo/arbustivo denso, ambos entrecortados por pequenas _____.
Dentre as características físicas, sobressaem as formas de relevo ondulado e suave
ondulado e a presença de _____”.

(Adaptado de IEPA. Macrodiagnóstico do Estado do Amapá: Primeira Aproximação do ZEE,


3.ed. rev. ampl. Macapá: IEPA, 2008: 72)

Assinale a opção cujos termos completam corretamente as lacunas do fragmento acima.

COMENTÁRIO:

A) Buscamos três áreas de vegetação que correspondam ao macrodiagnóstico, ou seja


grandes áreas. Forma savanítica campestre é uma das apresentações do cerrado, tipo de
vegetação bem comum no Amapá. A seguinte possui extrato lenhoso aberto e portanto,
corresponde a uma vegetação florestal. E por último relevo ondulado e muito comum no
estado são os tabuleiros, que são formações de baixas altitudes e planificadas.

B) A caatinga não possui natureza savanítica sendo mais uma formação florestal adaptada
as condições de baixa umidade.

C) Restingas são formações vegetacionais litorâneas que não são inundáveis, savaníticas
e tampouco florestais.

D) Não há ocorrência de caatinga na região norte.

E) Campo de altitude como o nome sugere ocorrem em áreas elevadas geralmente a partir
dos 1500m de altitude o que inviabiliza tratar esse tipo de vegetação como parte das
vegetações mais importantes do estado.

GABARITO DO PROFESSOR: A (cerrado – matas de galeria – tabuleiros)

6 - “Considerado um ofício tradicional da comunidade do Maruanum, o processo de


fabricação das cerâmicas vai desde a coleta da matéria prima utilizada na confecção das
peças até a sua queima. As técnicas das louceiras do Maruanum são transmitidas de uma
geração a outra. Nesta comunidade, um grupo de mulheres descendentes de um antigo
quilombo desenvolvem a arte centenária da fabricação de louças de barro preservando as
mesmas técnicas utilizadas por suas antepassadas. Entre os meses de agosto e
novembro, antes das águas da chuva encherem os campos de várzea, elas saem em
mutirão para coletar o barro. Todo o processo segue um ritual secular de tradições
indígenas, como a extração da argila permitida pela ‘Mãe do barro’, a guardiã do barreiro”.

Adaptado de IPHAN-AP, Anexo 01: Referências culturais inventariadas, nº 20, 2009

O relato descreve um aspecto importante da cultura popular do artesanato em cerâmica no


Distrito de Muruanum, denominado

A sincretismo religioso, pois sobrepõe os ritos ameríndios e africanos, assimilados pela


cultura cabocla, ao calendário cristão, que rege o período de coleta do barro.
B mestiçagem cultural, pois funde a arte comunitária tradicional e sua racionalidade
ancestral à tecnologia da queima da cerâmica, de origem europeia.
C sincretismo cultural, pois combina tradições culturais africanas e dos povos originários
cujos rituais marcam a coleta da matéria-prima, por exemplo.
D transculturação, pois preserva saberes intergeracionais, fundamentais para a identidade
cultural das mulheres das comunidades do Distrito de Muruanum.
E hibridismo religioso, pois a devoção à Mãe do Barro exemplifica a dimensão matriarcal
própria das matrizes religiosas presentes no Brasil desde o período colonial.
COMENTÁRIO:

A) Não há no texto menção direta de aspectos religiosos.


B) Não há no texto referência a aspectos da cultura europeia.

C) A mistura de aspectos culturais afro brasileiros com indígenas é a marca registrada do


processo citado no texto onde é destacada a referência ao quilombo assim como a
reverência as tradições indígenas.

D) Transculturação ocorre quando as pessoas adotam aspectos de outras referências


culturais que não as suas originais.

E) A religião não é aspecto decisivo destacado no texto.

GABARITO DO PROFESSOR: C

10

GEOGRAFIA DO ESTADO DO AMAPÁ

Amapá é uma das 27 Unidades da Federação do Brasil

Um dos 7 estados integrantes da Região Norte.

Constituição Estadual - promulgada em 20 de dezembro de 1990, a Lei Magna do


Estado consolida o que o dispositivo constitucional (na Constituição Federal/1988)
determinou, alçando o estado da condição de Território Federal para torná-lo uma das 27
Unidades da Federação autônomas

ATENÇÃO: o Amapá, e qualquer Unidade da Federação, não possui SOBERANIA, pois


quem possui soberania é apenas o Estado brasileiro.

Com a Constituição Federal de 1988, houve a última reformatação SIGNIFICATIVA no


mapa político brasileiro: Amapá, Roraima e Fernando de Noronha deixam de ser
territórios, ou seja, porções do território brasileiro pertencentes diretamente à União (eram
assim por questões estratégicas) e ganham as suas autonomias político-administrativas.
Noronha virou um município de Pernambuco e, Amapá e Roraima viraram Unidades da
Federação autônomas. No mesmo movimento, o Distrito Federal vira uma Unidade da
Federação e o estado de Tocantins também é criado.

O símbolo do Estado do Amapá é a sua bandeira.


O verde representa as matas;

O amarelo, as riquezas minerais;

O azul, o céu;

O branco, a paz.

O preto simboliza o respeito aos homens que morreram lutando pelo Estado.

A figura geométrica centralizada no lado esquerdo, representa a Fortaleza de São José


de Macapá.

Em tupi-guarani Amapá significa “o lugar das chuvas”.

O hino do Estado, denominado Canção do Amapá, fora adotado pelo Decreto n. 008, de
23 de abril de 1984, oficializando a letra do poema homônimo de Joaquim Gomes Diniz,
com música e arranjos de autoria do maestro Oscar Santos.

Hino do Amapá
Eia! Povo destemido
Deste rincão brasileiro
Seja sempre o teu grito partido
De leal coração altaneiro

Salve o rico torrão do Amapá


Solo fértil de imensos tesouros
Os teus filhos alegres confiam
Num futuro repleto de louros

Se o momento chegar algum dia


De morrer pelo nosso Brasil
Hei de ver deste povo à porfia
Pelejar neste céu cor de anil

Se o momento chegar algum dia


De morrer pelo nosso Brasil
Hei de ver deste povo à porfia
Pelejar neste céu cor de anil

Eia! Povo herói, varonil


Descendente da raça guerreira
Ergue forte, leal, sobranceira
A grandeza do nosso Brasil
Salve o rico torrão do Amapá
Solo fértil de imensos tesouros
Os teus filhos alegres confiam
Num futuro repleto de louros

Se o momento chegar algum dia


De morrer pelo nosso Brasil
Hão de ver deste povo à porfia
Pelejar neste céu cor de anil

Se o momento chegar algum dia


De morrer pelo nosso Brasil
Hei de ver deste povo à porfia
Pelejar neste céu cor de anil

Com 142.828 km² de área total. Com essa área, está na 18ª colocação entre os estado
brasileiros.

O Estado possui, nas suas fronteiras ao sul, o Estado do Pará de um lado (oeste) e o Rio
Amazonas de outro (leste). Ao norte, possui uma pequena fronteira com o Suriname, 730
km de fronteiras com a Guiana Francesa e o Oceano Atlântico.

Em cima da capital, Macapá, passa a linha do Equador. Assim, mais da metade do


estado se encontra no hemisfério norte como podemos ver no mapa abaixo.
Parte 1 – Geografia

Clima

O clima do Amapá é fortemente influenciado pela mEa – Massa Equatorial Atlântica –,


de característica quente e úmida

No verão, adicionado à atuação da mEa, ocorre a entrada da mEc – Massa Equatorial


Continental –, de mesma característica, intensificando os eventos pluviométricos e de
forte calor.

O clima no Estado é integralmente do tipo Equatorial, ou seja, quente e úmido, com


médias de temperatura anual na casa dos 27°C, onde a média anual das mínimas é
de 23°C e das máximas na casa dos 32°C.

As temperaturas máximas são observadas, principalmente, nos meses de novembro,


dezembro e janeiro, podendo chegar à casa dos 38 graus.

3 pontos de extrema importância referentes ao clima:

1. Clima quente e úmido: ao longo do ano, o calor é constante e a umidade também. Há


uma relativa queda nas temperaturas máximas e uma contundente queda na quantidade
de precipitação nos meses de agosto e setembro.

2. Baixa amplitude térmica diária, mensal e anual: essa amplitude térmica diária é
sempre muito baixa, ficando na casa dos 8 graus. Aliás, esse é um fenômeno típico de
localidades na zona equatorial. Podemos observar que as médias diárias de temperatura
estão sempre entre mínimas de 23, 24 graus e máximas de 32.

3. Estação chuvosa prolongada e seca mais curta: mesmo convencionando-se dizer que o
clima no Amapá é dividido em seis meses de chuva e seis meses de seca, o que se
percebe é que este período considerado como de seca é típico dos meses de agosto,
setembro, outubro e novembro e, em alguns anos, são períodos com ocorrência de
estiagem, ou seja, mais de 30 dias sem chuva

O extremo norte do Estado do Amapá junto à região Noroeste do Estado do Amazonas


(na área chamada “Cabeça do Cachorro”) são consideradas as duas áreas mais chuvosas
de todo o Brasil. Em Calçoene, no norte do estado, segundo o IBGE, ocorre uma
precipitação média anual de 4.165 mm
Vegetação

A flora do Amapá possui uma alta biodiversidade que se encontra bastante preservada e
protegida do desmatamento e das mais variadas ações antrópicas, à medida que o Estado
possui mais de 70% de seu território dentro de Unidades de Conservação instaladas pelo
poder público em suas esferas. Também colabora com tal cenário o distanciamento
geográfico do Estado em associação a uma baixa pressão populacional.

3 tipologias principais de domínios de vegetação:

1. Matas inundáveis: são as chamadas MATAS DE IGAPÓ, ou os IGARAPÉS, que em


nosso mapa são denominadas como CAMPO (em azul) e incluem o MANGUEZAL

Nessas áreas, as árvores atingem até 20 metros de altura, mas a maioria possui entre 4 e
5 metros, principalmente nas matas de várzeas.

Suas plantas de menor porte são hidrófilas (adaptadas a regiões alagadas), tendo como
espécies comuns a vitória-régia, as orquídeas, as bromélias etc. e árvores como a
palmeira.

Nas matas inundadas, em ambientes de presença marinha (nas partes litorâneas) e em


foz de rios que desaguam no mar, ocorre a formação dos MANGUES.

São constituídos por vegetação adaptada à inundação ao longo do ano, porém com água
salinizada.

Solos halófitos - adaptados a grande quantidade de sal.

Plantas pneumatófitas - com raízes suspensas.

2. Matas de terra firme: são os domínios preponderantes em área, com cerca de 85% de
todo o Estado, ocupam, inclusive, toda a sua parte oeste (em VERDE e denominado
FLORESTA na legenda).
No caso do Amapá, a maioria dessas áreas interiores se encontra protegida por
Unidades de Conservação, com destaque para uma das maiores reservas florestais do
mundo, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.

3. Domínios savânicos:

Correspondem a cerca de 9% do Estado, o cerrado no Amapá se encontra em sua


porção interior, de norte a sul, entre as formações florestais e os campos e mangues. Vale
destacar que o bioma Cerrado não tem relação com a Amazônia, sendo, no caso do
Amapá, uma mancha descontínua originária de mudanças climáticas que se processaram
ao longo das eras geológicas.

PARQUE NACIONAL MONTANHAS DE TUMUCUMAQUE

Com quase 3,9 milhões de hectares, o parque foi criado em agosto de 2002.

É uma das maiores áreas tropicais protegidas do mundo.

Ele cobre uma porção significativa de uma região de extrema importância ecológica, o
Escudo das Guianas, caracterizado por elevadíssimos valores de riqueza biológica e taxa
de endemismo.

Está situado na Região Noroeste do Estado

uma das áreas de menor densidade demográfica da Amazônia

Benefícios gerados pelo Parque:

● A preservação da qualidade da água dos rios do Amapá, uma vez que as


nascentes dos mais importantes rios do Estado estão parcial ou integramente
localizadas na Unidade de Conservação – Oiapoque, Jari, Araguari e Amapari;
● Devido à sua extensão, contribui para a estabilidade climática da região;
● Proteção contra o processo de erosão e a perda do solo;
● Contribui com a manutenção de populações viáveis de fauna e flora; e
● Preservação do patrimônio cultural material e imaterial.

Relevo
Unidades de Relevo do Amapá

Possui 4 unidades de relevo (geomorfológicas) bem-marcadas:

1. Colinas do Amapá

São as áreas florestadas e ocupam a maior área espacial do Estado.

Apresenta-se sobre um Embasamento Cristalino - morros baixos amplos e suaves e


alguns registros de inselbergs (formações rochosas mais destacadas, porém isoladas).
Apresenta a maior altitude registrada no Estado no Parque Nacional Montanhas de
Tumucumaque (701 m) e as maiores altitudes médias no estado.

Essas partes das chamadas Colinas do Amapá fazem parte da macrorregião de relevo
nacional denominada como PLANALTO DAS GUIANAS, já em sua feição a leste (mais
rebaixada).
2. Tabuleiro Costeiro

Esta unidade de relevo se desenvolveu sob Rochas Sedimentares.

O relevo se apresenta plano, suavemente ondulado e ondulado dissecado pela rede de


drenagem dendrítica e pelos processos climáticos com alto índice pluviométrico.

O compartimento é recoberto por LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO, concrecionário,


sobre vegetação de cerrado arbóreo/arbustivo.

Em termos de conservação, é o mais desprotegido, considerando que não há nenhuma


grande Unidade de Conservação nessa unidade.

3. Tabuleiro Rebaixado

O relevo deste compartimento está sustentado por rochas sedimentares da formação


Alter do Chão, formadas por quartzo arenito e arenito. A Unidade de Conservação
Reserva Extrativista do Rio Cajari integra o compartimento cuja UC desenvolve a
extração de castanha do Brasil, que é beneficiada por cooperativas comunitárias
dentro da Resex.

4. Planície Costeira

Corresponde às áreas baixas e planas situadas ao longo da costa do Estado, no


extremo leste, referindo-se à unidade mais recente geologicamente (sedimentar e não
cristalina), foi desenvolvida a partir de processos geológicos, geomorfológicos e climáticos,
o que resultou na acumulação de sedimentos distintos ao longo da costa.

Na porção sul, apresenta sedimentos inconsolidados de origem fluviomarinha;

Na porção central há a presença de uma unidade com depósitos fluviolacustre e


fluviomarinho;

Na porção norte, há a presença de depósitos aluvionares.

A classe de solo predominante são os Gleissolos, com presença também de


Plintossolos e Neossolos, sobre essas classes encontram-se os Campos de Várzea, a
Floresta de Várzea e o manguezal.

Embora a unidade seja de difícil acesso devido aos longos períodos de inundação natural
do sistema, apenas com a presença de comunidades ribeirinhas, ela vem sofrendo
impactos da pecuária bubalina e abertura de canais na rede hídrica, ações que
intensificam os processos erosivos dos solos. Incêndios são eventos constantes no
período de verão, devastam áreas imensas e matam um grande montante de fauna e flora
na unidade.

O compartimento apresenta a inserção de unidades de conservação: Reserva Biológica


do Lago Piratuba, Parque Nacional do Cabo Orange e duas unidades em ilhas, Estação
Ecológica Maracá-Jipioca e Reserva Biológica do Parazinho.

Basicamente 02 tipos de formações geológicas de base:

1º - os Escudos Cristalinos (mais antigos), assim como nas Colinas do Amapá, onde há
a presença dos blocos rochosos e a aptidão para a formação de jazidas de minerais;

2º - as rochas sedimentares e terrenos em sedimentação nas áreas de planícies mais


ao litoral, onde há potencial para a exploração de combustíveis fósseis e não tanto para
jazidas minerais.
Hidrografia

O Amapá possui terras em 02 macro bacias nacionais: a do Rio Amazonas e a do Atlântico


Norte/Nordeste.

1. Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas

Com 40% de seu território na Bacia do Rio Amazonas, a parte sul do território do Amapá
possui como principal rio o Rio Amazonas, que deságua na parte sul do Estado do Amapá,
margeando Macapá.

O rio Amazonas é responsável por 1/5 do do volume total de água doce que deságua em
oceanos em todo o mundo

Os principais rios dessa bacia são: além do Amazonas, o Rio Jari.

2. Bacia Atlântico Norte-Nordeste

Os principais rios dessa bacia são: Rio Oiapoque, Araguari, Amapá Grande e Calçoene
ocupando a maior parte do estado.

Parte 2 – População

A Questão Indígena no Amapá

O Amapá é o primeiro estado brasileiro a ter todas as terras indígenas demarcadas.

Nas duas grandes reservas, que representam 8,6% de todo o território estadual, vivem as
etnias Galibi, Karipuna, Palikur, Waiapi e Galibi Marworno.

Não vivem isoladas, recebem todo tipo de apoio governamental.

Escola bilíngue - as crianças aprendem primeiro sua língua original, que é a condição mais
importante para manter viva a tradição indígena com seus mitos, lendas, arte e costumes.

Indígenas Galibi - indígenas que viviam no litoral da Guiana Francesa (são originários de
lá). Hoje, no Amapá, eles são encontrados em apenas três aldeias. A língua original,
Karib, foi substituída pelo patoá, francês crioulo da Guiana e português, que é falado pela
maioria dos homens adultos.

Os Galibi e Palikur escolhem o chefe da aldeia por eleição direta.

Vivem da agricultura – cujo principal produto é a mandioca brava –, caça, pesca e


comercializam o excedente. Possuem, também, uma pequena indústria de construção
naval que produz barcos pequenos para toda a região.

A principal característica dos Galibi é o instinto guerreiro. No século XVII, eles lutaram
muito contra os indígenas Palikur e os franceses. No século XVIII, com a chegada dos
jesuítas, formaram o maior grupo das missões. Quando os padres foram expulsos, eles se
dispersaram.

Os indígenas Karipuna se consideram católicos, mas não renunciam às festas religiosas


tradicionais.

Os Palikur estão localizados no Estado do Amapá e na Guiana Francesa. Os únicos que


mantiveram sua língua original. Atualmente são, em sua maioria, crentes.

Os Waiapi, para fugir da catequização dos jesuítas, no século XVII, abandonaram sua área
de origem, o Baixo Xingu – no estado do Pará –, e ocuparam o ponto mais extremo do
Brasil, entre os rios Oiapoque, Jari e Amapari.
O artesanato é uma das fontes de renda dos povos indígenas do Amapá:

● Os Karipuna, fabricam colares de contas ou ossos;


● Os Waiapi usam desenhos mitológicos para explicar suas origens.

População – Dados Gerais e Cidades

O Amapá é um dos estados menos populosos do Brasil.

Com 829.494 habitantes em 2018, segundo o IBGE, o Amapá encontra-se acima apenas
de Roraima (576.000 hab. aprox.).

Concentração populacional - está entre os 6 com menor concentração populacional do


país.

Somente a frente de TO, AC, MT, AM e RR - com uma densidade populacional em torno
de 5,8 hab. por km².

O estado possui áreas ECÚMENAS - áreas florestadas e inundadas que não favorecem o
povoamento.

Entre os anos de 1991 e 2010 - vem crescendo acima dos índices observados na região
norte, assim como no Brasil - desde que se tornou unidade federativa.

Taxas entre Censos do Crescimento Populacional Comparado

• 1990–2000 – Brasil: 15,43%; Reg. Norte: 25,7%; Amapá: 77,28%;

• 2000–2010 – Brasil: 12,48%; Reg. Norte: 23,04%; Amapá: 40,35%.

Maiores Cidades do Amapá

16 municípios

População urbana - quase 90%. Um dos maiores contingentes de população urbana do


Brasil.

05 cidades concentram a população do estado:

1º. Macapá: 485.000 hab. / 58,5% da pop. total;

2º. Santana: 121.000 hab. / 14,6% da pop. total;

3º. Laranjal do Jari: 50.000 hab. / 6% da pop. total;

4º. Oiapoque: 31.000 hab. / 3,7% da pop. total;

5º. Mazagão: 26.000 hab. / 3,1% da pop. total.

Parte 3 – Uso do Solo e Atividades Econômicas

Possui uma das menores economias do Brasil - com 0,3% do PIB nacional,

O Estado tem a terceira menor produção de valor dentre as Unidades da Federação, atrás
apenas do Acre e de Roraima.

Setores econômicos - a agropecuária corresponde a cerca de 2% do PIB, a indústria


(com destaque para a indústria extrativista) é responsável por 9% e o restante, ou seja, o
setor de serviços em geral fica com em torno de 87%.

Urbanização
Macapá e Santana, que juntas abarcavam em torno de 75% da população estadual.

Desde a década de 1960 - acentuada aceleração no seu crescimento demográfico.


Causas:

● Instalação da ICOMI – Indústria e Comércio S/A


● Implantação do Projeto Jari
● Criação e implantação da Zona de Livre Comércio nos municípios de Macapá e
Santana.

Enclaves - estruturas artificiais instaladas que são motrizes de desenvolvimento tanto


econômico como populacional.

Continuo crescimento da população - crescimento vegetativo (saldo entre nascimento e


óbitos) + contingente migratório recebido.

Fragilidade da política agrícola

Redução da produção - tem tornado o estado do Amapá cada vez mais dependente da
importação de produtos alimentícios de outros estados.

Crescente urbanização - impacto ambiental

Taxas de saneamento básico do Estado são baixas e o esgoto a céu aberto promove
vetores de doenças e contaminação do solo e do ar.

O Estado é o pior do país em relação ao saneamento básico.

O Amapá também aparece na última colocação em relação ao fornecimento de água


tratada.

1 a cada 3 pessoas conta com distribuição de água (34%) no Estado.

A alocação do lixo por parte da população nas duas maiores cidades do Estado – Macapá
e Santana – ainda é feita, em grande parte, a céu aberto.

Mineração e Indústria Extrativista

A história da mineração nas terras do Amapá teve início ainda no século XVI.

Pequenos garimpos de ouro nas regiões do Maracá, Mazagão e Calçoene nos séculos
XVII e XVIII, com a presença, inclusive, de holandeses, ingleses e franceses.

No período de 1890 a 1893, entraram em atividade os garimpos de ouro do Lourenço –


Limão, Reginá, Colly e Firmino.

Em 1934 - presença de manganês na região do Araguari ( geólogo Josalfredo Borges, em


relatório ao Departamento de Produção Mineral)

Década de 1940 - teve início a garimpagem nos igarapés Willians, Jornal, Terezinha e
Samaracá.

Em 1943 - o manganês da Serra do Navio foi descoberto. Quatro anos depois, a ICOMI
venceu a concorrência para exercer a extração e comercialização do minério

Em 1970 - iniciou-se a extração de caulim do Jari.

Em 1972 - foi instalada a usina de pelotização do minério de manganês.

Em 1987 - começou a funcionar a Companhia Ferro-Ligas do Amapá.

Em 2003 - foi encerrado o contrato da ICOMI.


Na década de 1980 - as empresas Novo Astro e Yoshidome passaram a explorar o ouro
na região do Calçoene.

No período de 1980 até 1990 - a ICOMI extraiu, se beneficiou e comercializou a cromita


do Vila Nova.

Em 2005 - a Mineração Sólida S/A instalou-se na região de Tracajatuba, em


Tartarugalzinho, operou por apenas um ano e passou o controle acionário à ZAMAPA
MINERAÇÂO S/A.

Ainda em 2005 - a MPBA deu início à exploração de ouro em Pedra Branca. Essa mina
está em funcionamento até os dias atuais, agora gerenciada pela empresa Beadell Brasil
Ltda.

Em 2006 - a MMX, de Eike Batista, se instalou em Pedra Branca do Amapari para a


extração de ferro. Em 2008, o projeto foi vendido para o grupo Anglo American que, em
seguida, repassou ao grupo Zamim Amapá Mineração Ltda.

Em 2010 - entram em operação duas novas minas na região do Amparai para a


exploração de minério de ferro e cromita, a Unamgen Mineração e Metalurgia S/A e a
Mineração Vila Nova, respectivamente.

9 Distritos Mineiros - diagnóstico do Setor Mineral do Estado do Amapá publicado no ano


de 2010 pelo Governo do Estado aponta a existência de 9 Distritos Mineiros com elevado
potencial de minerais não metálicos e metálicos, os quais estão associados a terrenos
“greenstone belts”.

O que se extrai do solo do Amapá?

Ouro, ferro, cromo, manganês, caulim, água mineral, areia, seixo, brita e argila.

Há potencial para outros minérios: nióbio, tântalo e titânio.

A exportação de minério é responsável por 65% da pauta de exportação do Estado. Em


grande parte para a China que é o maior parceiro comercial do Amapá e tem papel
fundamental na geração de emprego e renda

Cadastro Estadual de Recursos Minerais – CERM

Para o melhor acompanhamento da produção de minério no Estado, o Governo do Estado


do Amapá através da AGÊNCIA AMAPÁ implementou o Cadastro Estadual de Recursos
Minerais – CERM –, conforme estabelecem as leis vigentes: Lei n. 1.613, de 30/12/2011,
alterada pelas Leis n. 1.762, de 11 de julho de 2013, e n. 2.247, de 21 de novembro de
2017

Agropecuária

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ESTUDO A PARTIR DE QUESTÕES DE PROVAS PESQUISAR SOBRE

V - Como um território juridicamente delimitado, é resultado do processo de


desmembramento do Estado do Pará.
V - Com a Constituição de 1988, que pôs fim a República com Territórios, é transformado
em Estado.

V - Sua criação tinha como objetivo, proteger a fronteira setentrional do Brasil no cenário
da Segunda Guerra Mundial.

V - I. Criado no dia 13 de setembro de 1943, através do Decreto-lei n° 5.812, assinado pelo


Presidente Getúlio Vargas.

V - II. O militar Janary Gentil Nunes, primeiro governador, permaneceu no governo por
quase doze anos, o que o permitiu dar continuidade ao seu projeto.

V - III. Com a descoberta do manganês, este foi desmembrado do Estado do Pará e


transformado em Território Nacional, sob o controle do governo federal.

PESQUISAR SOBRE ok

Localizado na parte Centro-Oeste do Estado do Amapá, com altitude de 75,95m, o


Município de Pedra Branca do Amapari, possui uma fisiografia que contempla:

V - II. os vários rios, igarapés e cachoeiras sendo o rio Amapari o mais importante.

V - III. a contribuição integral da bacia hidrográfica do rio Araguari e a presença do domínio


da floresta densa de terra firme.

V - IV. a vocação mineral, destaque para o ferro e ouro, além da presença de terraços
aluviais no rio Amaparí.

PESQUISAR SOBRE ok + ou -

A maior parte das cidades do Amapá enfrentou problemas no fornecimento de energia, que
afetou o abastecimento de água, a compra e armazenamento de alimentos, serviços de
telefonia e internet, entre outros. Quase 90% da população (cerca de 765 mil pessoas) foi
afetada. (G1.globo.com https://bitlybr.com/gSvA7. 18.11.2020. Adaptado) A respeito do
“apagão” do Amapá, é correto afirmar que

v - atingiu três transformadores na subestação de Macapá, o que gerou 22 dias de rodízio


no fornecimento de energia no Estado e protestos populares.

Cerca de 90% da população do Amapá, espalhada por 13 municípios, estava vivendo o início de
um dos maiores apagões da história do país, que se arrastou ao longo dos 22 dias seguintes,
dos quais os quatro primeiros em escuridão total e o restante sob regime de rodízio.
PESQUISAR SOBRE ok

Antes da criação do Território Federal do Amapá, houve tentativas de criação de uma


província separada do Grão Pará, com sede administrativa em Macapá, tal como a
proposta de

V - criação da Província de Oiapókya, pelo deputado Cândido Mendes, porém rejeitada pela
Assembleia Geral do Império do Brasil.
PESQUISAR SOBRE

A questão refere-se à História do Amapá.

Conforme a Constituição Federal de 1967, durante o período do regime militar, o governo


do território do Amapá deveria ser constituído por

V - um governador nomeado pelo Presidente da República, depois de aprovado pelo


Senado.

PESQUISAR SOBRE

As relações entre Amapá e Guiana Francesa foram permeadas por tensões que, no século
XX, ocorreram quando

V - A França foi ocupada pelos nazistas e os Estados Unidos construíram uma Base aérea
no Amapá, durante a II Guerra Mundial.

PESQUISAR SOBRE

A questão refere-se à Geografia do Amapá.

Considere o gráfico abaixo.

Os produtos agrícolas X e Y são, respectivamente:

V - mandioca e soja.

PESQUISAR SOBRE

A questão refere-se à Geografia do Amapá.

O conjunto de características físicas da porção oeste do Amapá é:

V - formação geológica antiga de escudos cristalinos em planaltos erodidos que abrigam


inúmeras nascentes de rios; é área menos chuvosa do estado.
https://www2.unifap.br/radio/13-de-setembro-conheca-a-historia-do-aniversario-da-criacao-
do-territorio-do-amapa/

13 de Setembro: Conheça a história do aniversário da criação do território do Amapá

A constituição do ex-território considerou fatores estratégicos e de desenvolvimento


econômico, em plena Segunda Guerra Mundial.

Foi um território federal durante muito tempo foi pertencente do Estado do Pará

Na época em que o Amapá pertencia ao Pará, o mundo todo estava em plena Segunda Guerra
Mundial e, por mais que do Brasil não estivesse efetivamente na guerra, o país sofria diversas
intervenções por fazer parte das potências do grupo de países aliados que eram liderados pelos
Estados Unidos, Inglaterra e China.

O Brasil, naquela época, vivia o modelo de Estado Novo de Getúlio Vargas e assim o país
passou a ser usado pelos americanos como base estratégica naval e terrestre, na qual havia
uma estratégia de ocupação para todo o litoral do Brasil, em especial a região Norte do país,
para servir como bases de apoio aos americanos.

Foi desmembrado e elevado à categoria de Território Federal, e a sua criação fora


exclusivamente visando fatores estratégicos, econômicos, políticos e principalmente militar.

A criação do Território no dia 13 de Setembro de 1943, foi uma estratégia de administração,


ocupação litorânea e territorial do Amapá, através do Decreto-lei nº 5.812 realizado pelo então
presidente Getúlio Vargas, na qual visava à lógica da Segunda Guerra. O território passou a
possuir 03 municípios: Macapá, Mazagão e Amapá, e este último foi decretado capital.

Três meses depois da criação, no dia 17 de novembro de 1943, Janary Gentil Nunes é nomeado
governador do território. Porém, ao chegar em terras amapaenses em 1944, o governador
acaba por intitular o município de Macapá como capital do território. Janary Nunes, então
escolhido por Vargas para governar o recém-criado Território, alegou que o município do
Amapá possuía dificuldades de comunicação por via fluvial, e por sua vez Vargas transferiu o
status de capital para Macapá.

Com a descoberta de ricas jazidas de manganês na Serra do Navio, em 1945 a instalação da


mineradora ICOMI no território, acabou por revolucionar a economia local e gerar um
crescimento ao estado recém formado.

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/amapa.htm#:~:text=No%20s%C3%A9culo%20XX%2C%20
em%201943,instaurado%20o%20estado%20do%20Amap%C3%A1.

Amapá

"No século XX, em 1943, foi criado o território federal do Amapá, com administração conjunta
do governo federal e do estado do Pará. Com a Constituição de 1988, esse território deixou de
existir, passando ao status de unidade federativa. Com isso, no dia 1º de janeiro de 1991, foi
instaurado o estado do Amapá."
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_Branca_do_Amapari

Pedra Branca do Amapari

Pedra Branca do Amapari é um município brasileiro no estado do Amapá. A população da


cidade em 2010 foi de 10.773, um crescimento de 168,72% em relação ao ano 2000, e a área é
de 9495 km², o que resulta numa densidade demográfica de 0,50 hab/km².

História

O município de Pedra Branca do Amapari foi criado em 1 de maio de 1992 e tem suas origens
de sua ocupação urbana vinculadas à exploração de ouro pelos saramaka, uma etnia
afroamericana da Guiana Francesa.

Mais recentemente, seu desenvolvimento esteve ligado à história de garimpagem no rio Cupixi
e à ferrovia Santana/Serra. Outros aspectos ligados ao crescimento desse município situam-se
na expansão de suas fronteiras agropecuárias e na própria ampliação da exploração mineral.
Nesse aspecto, destaca-se o papel da Perimetral Norte, eixo de dinamização do município.

Onde está localizada a Serra do Tumucumaque.

Área indígena dos Waiãpi – totalmente demarcada, essa área indígena vem sendo objeto de
grande atenção por organismos nacionais e estrangeiros que são ligados à proteção dos
indígenas

http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/industra1_ap.pdf

A INDÚSTRIA DO ESTADO DO AMAPÁ

Estrutura

A indústria do Amapá tem pouca representatividade nacional

A maior parte, 48%, se refere ao setor de papel e celulose, seguido pelo de extração de
minerais metálicos, 22%.

Quase todas as unidades industriais do Estado do Amapá têm sede no próprio Estado, à
exceção de duas uma com sede no Estado do Pará, e outra, no Estado de São Paulo.

O Estado do Amapá se caracteriza por uma estrutura industrial incipiente, pouco diversificada,
composta por atividades de menor valor agregado ligadas à produção de bens de consumo
não-duráveis (abate de reses, pescado, bebidas, móveis) e intermediários (madeira, papel e
celulose, cerâmica, estruturas metálicas para edifícios).

https://perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/estado/ap

Amapá
Possui PIB industrial de R$ 2,1 bilhões, equivalente a 0,1% da indústria nacional. Emprega
9.565 trabalhadores na indústria. É o 3ºmenor PIB do Brasil, com R$ 17,2 bilhões. Com 878 mil
habitantes, é o 2º estado menos populoso do País.

PRINCIPAIS SETORES DO ESTADO

PORTE DAS INDÚSTRIAS

ou seja, quem mais contrata são as grandes empresas, apesar de serem minoria

A indústria é responsável por 87,6% das exportações efetuadas pelo estado

Os produtos manufaturados representam 8,9% do total das exportações.

ou seja, a indústria é a principal responsável pelas exportações, mas não beneficia, em sua
maioria, o que exporta

O setor mais importante para as exportações industriais do estado é a Metalurgia

responsável por 51,53% do total exportado em 2022.


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/macapa.htm#:~:text=A%20cidade%20%C3%A9
%20a%20maior,maior%20parte%20dos%20habitantes%20amapaenses.

Macapá

A cidade de Macapá, capital do Amapá, está situada na Região Norte do território do Brasil. É a
única capital estadual brasileira que é cortada pela Linha do Equador.

A geografia do território macapaense é homogênea, sendo caracterizada pelo relevo plano,


clima equatorial e vegetação amazônica.

A cidade é o principal centro econômico e político do Amapá.

É a maior cidade em população do estado

A economia municipal gira em torno das atividades primárias (matérias primas - são os bens e
produtos extraídos diretamente da natureza) e terciárias (serviços como educação, saúde,
comércio e turismo).

O funcionalismo público, o comércio e os serviços são os principais empregadores do


município.

Em termos de infraestrutura, Macapá não possui ligação por via terrestre com o restante do
território nacional, sendo os modais mais utilizados o aeroviário e o hidroviário.

A cultura macapaense é muito representativa das tradições amazônicas. A principal


manifestação cultural de Macapá, assim como do estado do Amapá, é o marabaixo.

Demografia de Macapá

A população da cidade de Macapá é de cerca de 400 mil habitantes.

A cidade é a maior em volume populacional do estado do Amapá, sendo ainda um dos


maiores centros urbanos da Região Norte do Brasil. A cidade polariza as principais atividades
administrativas e econômicas do Amapá, junto com a Região Metropolitana de Macapá, porção
que concentra a maior parte dos habitantes amapaenses.

A população local é extremamente miscigenada.

A maior parte dos imigrantes da região é proveniente do Pará e de estados nordestinos, como
Maranhão e Piauí. A principal religião praticada é o cristianismo, com destaque para o
catolicismo e o protestantismo.

Tem apresentado taxas constantes de crescimento

Economia de Macapá

No que toca às atividades primárias, a cidade possui uma zona rural caracterizada por
pequenas plantações agrícolas de subsistência, além de criações de bovinos, suínos e
também de galináceos. A exploração do açaí é uma atividade comum nas áreas ribeirinhas do
município.

Destacam-se os setores da administração pública, comércio, logística e serviços.


Obs: A cidade possui um grande potencial turístico, mas ainda pouco explorado em nível
nacional.

No setor terciário, está a maior parte da população ocupada do município.

O setor secundário, formado pelas indústrias, é praticamente inexistente na cidade.

Infraestrutura de Macapá

Apresenta a infraestrutura urbana mais desenvolvida do estado do Amapá, sendo o principal


polo de atividades urbanas do estado.

As ligações rodoviárias de Macapá estão restritas às cidades da região.

O Aeroporto Internacional de Macapá é o principal equipamento de transporte da cidade.

A estrutura urbana de Macapá apresenta algumas limitações, especialmente no acesso da


população à energia, água e esgoto.

Possui uma baixa cobertura dessas estruturas:

● O saneamento básico é muito precário;


● A ocorrência de quedas de energia é comum na cidade;
● Quanto aos serviços públicos, o município possui os principais equipamentos de saúde,
educação e comunicação do Amapá.

A cidade de Macapá está dividida em 5 zonas administrativas, que são formadas por um
conjunto de 33 bairros.

Bandeira de Macapá

Cultura de Macapá

Representativa das práticas culturais nortistas do Brasil.

Com influências dos povos portugueses e indígenas, assim como o papel dos imigrantes, na
composição cultural da cidade.

A influência religiosa também é notória, como em festejos do Círio de Nazaré.


A principal manifestação cultural de Macapá é o marabaixo, dança folclórica marcada pela
batida de tambores e pelas vestimentas coloridas dos dançantes.

Na música, os ritmos caribenhos e latinos são marcantes.

Na culinária, são empregados alimentos como peixes, camarões, castanhas e frutas


amazônicas.

O artesanato também utiliza elementos das florestas, como raízes e folhas secas.

Como equipamentos culturais principais, a cidade conta com o Museu Sacaca, o Centro
Cultural Franco Amapaense e o Teatro das Bacabeiras.

Importantes pontos turísticos, como a Fortaleza de São José de Macapá e o Marco Zero do
Equador.

O Estádio Olímpico Milton de Souza Corrêa, chamado popularmente de “Zerão”, já que é


cortado pela Linha do Equador.

O futebol é o esporte mais popular da cidade.

https://journals.openedition.org/confins/45757

Reflexões sobre a gestão ambiental das Unidades de Conservação no estado do Amapá

O estabelecimento de áreas legalmente protegidas é o principal instrumento de gestão


socioambiental aplicado no estado do Amapá.

Existem várias tipologias de áreas: Terras Indígenas (TI), Territórios Remanescentes de


Comunidades Quilombolas (TRCQ), Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais
(RL) e Unidades de Conservação (UC).

http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFPA_686ed6d5c84a246d9ed11f097d315d31

Sistema estadual de meio ambiente do Amapá: desafios da gestão compartilhada entre os


órgãos estaduais de meio ambiente

https://abrh.s3.sa-east-1.amazonaws.com/Sumarios/110/ec19014f3c02f309a98d1487331e841
8_8cf5c304f97826315a3a7265ec3cec69.pdf

CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS EM ÁREAS DE RESSACA DE MACAPÁ E SANTANA: Modelagem


de dispersão de esgoto doméstico na bacia do Igarapé da Fortaleza (2009)

– Uma das principais causas da poluição das águas é a matéria orgânica presente no esgoto,
uma vez que a solução “mais simples” adotada pelos órgãos responsáveis pelo saneamento
básico é o lançamento nos corpos d’água, quase sempre sem tratamento adequado,
comprometendo a qualidade da água não somente no local onde o esgoto é despejado, mas
em toda sua bacia hidrográfica. No Amapá, em média 88% dos domicílios apresentam
esgotamento sanitário inadequado; sendo que na maioria dos 16 municípios o percentual é
superior a esta média. Em Macapá, a ocupação desordenada e acelerada das áreas de ressaca,
tem produzido crescente e rápida degradação do ecossistema dessas áreas. Para avaliar a
dispersão do esgoto doméstico lançado em um corpo d’água, foi estudado o igarapé da
Fortaleza que possui uma extensão de 15,6 km, é o principal tributário da micro-bacia que
divide os municípios de Macapá e Santana. O estudo aplicou a modelagem computacional ao
problema, utilizando o sistema de modelagem SisBaHiA® – Sistema Base de Hidrodinâmica
Ambiental. Os resultados mostram além de uma tendência da deteriorização da qualidade da
água em termos de concentração de coliformes fecais ao longo do igarapé da Fortaleza, uma
correlação entre a dispersão de poluentes e a precipitação.

http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal10/Teoriaymetodo/Conceptuales/32.p
df

A FORMAÇÃO TERRITORIAL E GESTÃO AMBIENTAL NO ESTADO DO AMAPÁ

Um dos problemas na gestão dos recursos naturais no Estado do Amapá é a ausência de


políticas públicas voltadas para a habitação. Isso tem como conseqüência não somente os
problemas sociais e a ocupação desordenada na área urbana, com a utilização inadequada de
áreas de ressacas16, mas também pressões sobre as áreas legalmente protegidas no entorno
dos núcleos urbanos. (podemos citar a Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú e a Reserva
Biológica da Fazendinha), provocando a apropriação inadequada do meio ambiente. Em
conseqüência destes processos de ocupação e do crescimento populacional no Estado, é visível
o aumento da utilização inadequada dos recursos naturais nestes espaços.

https://mpap.mp.br/noticias/gerais/meio-ambiente-apos-dez-anos-prefeituras-continuam-a-jo
gar-lixo-em-area-impropria-e-gestores-podem-sem-responsabilizados-por-improbidade-admini
strativa

Meio ambiente: Após dez anos, prefeituras continuam a jogar lixo em área imprópria e
gestores podem sem responsabilizados por improbidade administrativa (2018)

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