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ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DOS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS DO PARÁ: BELÉM, ANANINDEUA, CASTANHAL, TUCURUÍ, MARABÁ,

ALTAMIRA, SANTARÉM E BREVES


Pará

O estado do Pará está localizado na Região Norte do Brasil, apresenta o segundo maior território do país, sendo menor apenas que o Amazonas.
Conforme dados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o território do Pará concentra 31 etnias indígenas espalhadas em 298 povoações, totalizando
mais de 27 mil índios. Também possui comunidades negras remanescentes de antigos quilombos.

A extensão territorial é de 1.247.950,003 quilômetros quadrados, conforme contagem realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o estado totaliza 7.581.051 habitantes, que estão distribuídos em 143 municípios. Apresenta baixa densidade demográfica, com
aproximadamente 6 hab./km². A população é bem miscigenada, sendo formada por indígenas, negros, europeus, ribeirinhos e asiáticos.
O relevo do Pará apresenta planície amazônica a norte, depressões e pequenos planaltos. O ponto mais elevado é a serra do Acari, com 1906
metros de altitude. A vegetação é caracterizada por mangues no litoral, campos na ilha de Marajó, cerrado ao sul e floresta Amazônica. O Pará altera
regiões de planícies alagáveis como a ilha de Marajó, com a floresta Amazônica, na porção oeste, e campos de pastagens em regiões desmatadas na
porção leste. O clima é equatorial, a temperatura média anual é de 27°C.
A capital do estado é a cidade de Belém, outras cidades importantes são: Ananindeua, Santarém, Marabá, Castanhal, Abaetetuba, Cametá,
Bragança, Itaituba, Marituba.
Os rios de maior importância são: Amazonas, Jari, Pará, Tapajós, Tocantins, Tromberas, Xingu.

Significado da bandeira: a faixa branca representa a linha do Equador e o rio Amazonas. O vermelho significa a força da população paraense. A
estrela azul simboliza o estado do Pará.
A economia paraense tem no extrativismo mineral sua principal atividade econômica (ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro, estanho), o
alumínio e o minério de ferro são os principais produtos de exportação. O extrativismo vegetal se mantém importante, porém, nem sempre de forma
sustentável. Outras atividades são: agricultura, pecuária, o setor de serviços se destaca nas maiores cidades, as indústrias e, de forma lenta, o turismo
vem se destacando.
O garimpo manual de Serra Pelada, que na década de 1980 atraiu aproximadamente 100 mil garimpeiros, esgotou-se. Hoje ele integra o projeto
Ouro Serra Leste, da Companhia Vale do Rio Doce, que retira o minério de jazidas profundas.
O Pará é o maior produtor de pimenta do reino do Brasil e está entre os primeiros na produção de coco da Bahia e banana. São Félix do Xingu é o
município com maior produção de banana do País.
A indústria concentra-se mais na região metropolitana de Belém, encabeçada pelos distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua, e nos
municípios de Marabá e Barcarena.
O Produto Interno Bruto (PIB) do estado é de 58.519 bilhões.
As manifestações culturais são bem diversificadas, no segundo domingo de outubro a cidade de Belém recebe devotos de todo o Brasil na
procissão do Círio de Nazaré, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Cerca de 20 milhões de pessoas participam de uma das maiores festas
católicas do país.
As danças típicas como o carimbó e o lundu representam bem a identidade do povo paraense. O artesanato é marcado por peças inspiradas nas
milenares civilizações indígenas e joias produzidas com matérias primas encontradas na própria natureza.
O Pará eterniza personagens de lendas amazônicas como o Uirapuru e o Boto, por meio de apresentações culturais que ocorrem em diferentes
localidades do estado.
A culinária tem a influência indígena, portuguesa e africana, nela destacam-se os peixes, os molhos apimentados, a maniçoba (espécie de cozido
preparado com carne de porco e o sumo das folhas tenras da mandioca), o pato no tucupi, no qual a ave é servida com molho de mandioca e ervas,
açaí, bacaba, castanha do pará, bacuri, entre outros.

Entre os problemas sociais no Pará, o uso da terra é um dos principais, pois o estado é dominado pelo latifúndio – 1% das propriedades ocupa
mais da metade de sua extensão territorial. Por essa razão, o estado enfrenta graves problemas pela disputa da terra.
O Pará também tem registros de trabalho escravo. Na área de saúde, a malária ainda preocupa por sua alta incidência. A taxa de mortalidade
infantil é de 23 para cada mil nascidos vivos.
Belém – História

A história da cidade de Belém confunde-se com a própria história do Pará através de quatro séculos de formação e desenvolvimento.
Coube a Francisco Caldeira Castelo Branco, antigo Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, um dos heróis da expulsão dos franceses do Maranhão, a
honra de comandar uma expedição de 200 homens com o objetivo de afastar do litoral norte os corsários estrangeiros e iniciar a colonização do
‘Império das Amazonas’.
Em 12 de janeiro de 1616, a cidade de Belém foi fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Lançou os alicerces da cidade no lugar hoje
chamado de Forte do Castelo. Ali edificou um forte de paliçada, em quadrilátero feito de taipa de pilão e guarnecido de cestões. Essa fortificação teve
inicialmente o nome de Presépio, hoje o histórico Forte do Castelo. Em seu interior, foi construída uma capela, sendo consagrada a Nossa Senhora da
Graça. Ao redor do forte começou a formar-se o povoado, que recebeu então a denominação de Feliz Lusitânia, sob a invocação de Nossa Senhora de
Belém.
Nesse período ocorreram guerras, em decorrência do processo de colonização através da escravização das tribos indígenas Tupinambás e Pacajás
e da invasão dos holandeses, ingleses e franceses. Vencidas as lutas com os invasores, a cidade perdera a denominação de Feliz Lusitânia, passando a
ser Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.
Em 1650, as primeiras ruas foram abertas, todas paralelas ao rio. Os caminhos transversais levavam ao interior. Era maior o desenvolvimento para
o lado Norte, onde os colonos levantaram as suas casas de taipa, dando começo à construção do bairro chamado de Cidade Velha. Na parte sul, os
primeiros habitantes foram os religiosos capuchos de Santo Antonio.
Em 1676, chegaram, da ilha dos Açores, 50 famílias de agricultores, no total de 234 pessoas. Nessa época, destaca-se a construção da Fortaleza da
Barra e do Forte de São Pedro Nolasco.
No século dezoito, a cidade começou a avançar para a mata, ganhando distância do litoral. Belém constituía-se não apenas como ponto de defesa,
mas também centro de penetração do interior e de conquista do Amazonas.
A abertura dos rios Amazonas, Tocantins, Tapajós, Madeira e Negro para a navegação dos navios mercantes de todas as nações, no século XIX,
após o período colonial, contribuiu para o desenvolvimento da capital paraense.
No início do século XX, ocorreu grande avanço na cidade de Belém, porém a crise do ciclo da borracha e a I Guerra Mundial influenciaram a queda
desse processo de desenvolvimento.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de município com a denominação de Santa Maria de Belém do Pará, em 12-01-1616, posteriormente tomou de Belém.
Instalado em 12-01-1616.
Em 1750, é criado o distrito de Abaeté e anexado ao município de Belém.
Em 1758, foram criados os distritos de São Francisco Xavier de Barcarena e Igarapé-Miri e anexados ao município de Belém.
Pela Lei Provincial n.º 113, de 16-10-1843, desmembra do município de Belém o distrito de Igarapé-Miri. Elevado à categoria de município.
Pela Lei n.º 118, de 11-09-1844, o distrito de Abaetetuba deixa de pertencer ao município de Belém passando a pertencer ao município de
Igarapé-Miri.
Pela Lei n.º 885, de 16-04-1877, o distrito de Abaeté volta a pertencer ao município de Belém.
Pela Lei Provincial n.º 973, de 23-03-1880, desmembra do município de Belém o distrito de Abaeté. Elevado à categoria de município.
Pelo Decreto-lei n.º 236, de 09-12-1890, desmembra do muni-cípio de Belém o distrito de São Domingos da Boa Vista. Elevado à categoria de
município.
Pela Lei Estadual n.º 494, de 10-05-1897, desmembra do muni-cípio de Belém o distrito de São Francisco de Barcarena. Elevado à categoria de
município
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o municí-pio é constituído do distrito sede.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de I-IX-1920, o município aparece constituídos de 3 distritos: Belém, Castanhal e Santa Isabel
do Pará.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 6, de 04-11-1930, Belém adquiriu os extintos municípios de Acará, Igarapé-Miri, Moju e Conceição do Araguaia,
sendo seus territórios anexados ao município de Belém.
Pelo Decreto Estadual n.º 78, de 27-12-1930, desmembra do município de Belém os distritos de Igarapé-Miri e Moju, para cons-tituir o novo
município de Igarapé-Miri.
Pelo Decreto Estadual n.º 565, de 3-12-1931, desmembra do município de Belém o distrito de Santa Isabel. Elevado à categoria de município.
Pela Lei n.º 579, 08-01-1932, desmembra do município de Be-lém, o distrito de Acará. Elevado à categoria de município.
Pelo Decreto Estadual n.º 600, de 28-01-1932, desmembra do município de Belém o distrito de Castanhal. Elevado à categoria de município. Sob o
mesmo Decreto Belém adquiriu o território do ex-tinto município de Santa Isabel.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o municí-pio é constituído do distrito sede.
Pela Lei Estadual n.º 8, de 31-10-1935, desmembra do municí-pio de Belém o distrito de Conceição do Araguaia. Elevado à cate-goria de
município.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 11 distritos: Belém, Aicaraú, Bar-carena,
Caratateua, Conde, Genipauba, Ilha da Onças, Itupanema, Mosqueiro, Pinheiro Val de Cães.

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 2.972, de 31-03-1938, os distritos de Ilha das Onças e Genipauba perderam a categoria de distrito, passando a figurar
como zona do distrito de Belém. Sob o mesmo o decreto, o distrito de Caratateua perdeu a categoria de distrito, passando a pertencer ao distrito de
Pinheiro, município de Belém e Itupanema perdeu a categoria de distrito, passando a figurar no distrito de Barcarena.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 3.131, de 31-10-1938, o município de Belém adquiriu do município de Santa Isabel os distritos de Ana-nindeua,
Benfica e Engenho Araci (ex-Araci), que teve sua denomi-nação alterada pelo mesmo Decreto-lei acima citado.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 4.505, de 30-12-1943, desmem-bra do município de Belém, os distritos de Barcarena e Murucupi (ex-Conde). O
mesmo decreto altera, ainda, o nome do distrito de Conde que passou a denominar-se Murucupi e, também, extinguiu o distrito de Aicaraú, sendo o
seu território anexado ao novo mu-nicípio de Barcarema. Esta mesma lei desmembra os distritos de Ananindeua, Benfica e Engenho Araci, do
município de Belém, para formar o novo município de Ananindeua. Altera, ainda, o nome do distrito de Pinheiro que passou a denominar-se Icoraci.
No quadro fixado, para vigorar no período de 1944-1948, o mu-nicípio é constituído de 4 distrititos: Belém, Icoraci (ex-Pinheiro), Mosqueiro e Val-
de-Cãs.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é cons-tituído de 4 distritos: Belém, Icoraci, Mosqueiro e Val-de-Cães.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pelo Decreto n.º 5706, de 02-05-1983 é criado o distrito de Ou-teiro constituído das Ilhas de Caratateua e Santa Cruz e anexado ao município de
Belém.
Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988 o município é constituído de 5 distritos: Belém, Icoraci, Mosqueiro, Outeiro e Val--de-Cães.
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 8 distritos: Belém, Bengui, Entrocamento, Guamá, Icoraci, Mos-queiro, Outeiro
e Sacramento.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte:
http://www.belem.pa.gov.br.

Ananindeua - História

A cidade é originária de ribeirinhos e começou a ser povoada a partir da antiga Estrada de Ferro de Bragança.
Referências históricas datadas de meados do século XIX permitem identificar traços da fundação do Município de Ananindeua que guardam
relação com o estabelecimento de uma parada e/ou estação da Estrada de Ferro de Bragança no local onde se encontra instalada a sua sede
municipal.
O Município possui 14 ilhas de natureza quase intocada que serve como um verdadeiro centro de reprodução de toda diversidade biológica da
floresta Amazônica. As ilhas de Ananindeua são quase todas habitadas. Em cada um destes povoados é possível encontrar uma igreja, um campo de
futebol, uma pequena escola e muito verde. A estrada do povo ribeirinho é o próprio rio e o seu meio principal de locomoção são as canoas e os “pô-
pô-pôs”, que levam e trazem o produtor, o aluno, o professor e o visitante pelos caminhos de rio.
O nome Ananindeua deve-se a existência de grande quantidade da árvore denominada Anani, que crescia à margem do igarapé que recebeu o
nome de Ananindeua.
A palavra Ananim ou anini é de origem tupi, que significa “lugar de Ananim”, é uma gutiferácea que tem sapupemas em forma de joelho e flores
escarlates muito abundantes. Através desta árvore pode-se produz a resina de cerol que é utilizada para lacrar as fen-das das embarcações.

Formação Administrativa

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, Ananindeua figura no município de Belém.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933 não figura no município de Belém.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o distrito de Ananindeua, figura no município de Santa Isabel.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 3.131, de 31-10-1938, transfere o distrito de Ananindeua, município de Santa Isabel para o de Belém.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o dis-trito Ananindeua figura no município de Belém.
Elevado à categoria de município com a denominação de Ana-nindeua, pelo Decreto-lei Estadual n.º 4.505, de 30-12-1943, des-membrado de
Belém e de João Coelho (ex-Santa Isabel). Sede no antigo distrito de Ananindeua. Constituído de 4 distritos: Ananin-deua, Benfica, Engenho Araci e
Benevides, desmembrado do muni-cípio de João Coelho. Instalado em 01-01-1944.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o mu-nicípio é constituído de 4 distritos: Ananindeua, Benevides, Benfica e Engenho
Araci.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é cons-tituído de 4 distritos: Ananindeua, Benevides, Benfica e Engenho Araci.
Assim permanecendo em divisão territorial data 1-VII-1960. Pela Lei Estadual n.º 2.460, de 29-12-1961, desmembra do mu-
nicípio de Ananindeua, os distritos de Benevides, Benfica e Santa Bárbara (ex-Engenho Araci), para constituir o novo de Benevides.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. Economia

PIB per capita [2017] 13.523,96 R$


Percentual das receitas oriundas de 77,2 %
fontes externas [2015]
Índice de Desenvolvimento Humano 0,718
Municipal (IDHM) [2010]
Total de receitas realizadas [2017] 683.798,14 R$ (×1000)
Total de despesas empenhadas [2017] 622.173,84 R$ (×1000)

Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/ananindeua/historico

Castanhal

História

A origem do município de Castanhal é atribuída a um povoa-mento de colonos e imigrantes nordestinos.


O desenvolvimento do Núcleo de Castanhal começou mesmo a partir do momento em que o Governo decidiu dar início à execução do tão
discutido e até mesmo desacreditado por alguns homens da Província, Projeto de construção da ferrovia que ligaria Belém e Bragança, cuja obra
conforme a região passou a ser chamada de Estrada de Ferro de Bragança.
Em 1885, os trilhos chegaram à localidade de Itaqui às proxi-midades de Apeú, graças ao incansável trabalho desenvolvido por um dos heróis, que
para essa promissora terra se deslocara como parte integrante da imigração nordestina, o coronel Antonio de Souza Leal, a quem o Governo confiara o
comando de tão impor-tante obra.
A chegada dos trilhos, que muitos já não acreditavam mais, deu um impulso espetacular para esse acontecimento. Portanto, 76 anos depois da
Proclamação da Adesão do Pará à Independência do Brasil e cinco meses antes da Proclamação da República, o Núcleo de Castanhal, por força da Lei
nº. 646, de 06-06-1899, passou a ca-tegoria de Vila. Sua instalação solene só deu-se a 15-08-1901, jus-tamente na data comemorativa a Adesão do
Pará à Independência, como também, já no regime Republicano.
A conclusão da Estrada de Ferro de Bragança, que aconteceu a 01-12-1900, constituiu-se num dos fatos mais importantes do Governo do Dr.
Augusto Montenegro, ainda na 1ª. República 1889-1930. Algo, que beneficiaria não só a então Vila de Castanhal, mas grande parte da população
Paraense.
Em 1902, o então Governador Dr. Augusto Montenegro, cer-tamente visando controlar melhor a produção da região, achou que o melhor meio
seria centralizar tudo e para isso, dividiu a área pertencente a Castanhal, em sete colônias: “José de Alencar” que corresponde hoje ao (centro da
cidade), Anita Garibaldi, Ianetama, Iracema, Inhangapi, Antonio Baena e Marapanim. Mas ainda falta-ria mão-de-obra para a produção, então
estabeleceu-se um convê-nio com o governo espanhol, porém os imigrantes oriundos desse país não se adaptaram às condições climáticas e deixaram
a região. Quem acabou por povoar e desenvolver a região foram os imigran-tes nordestinos
Existem duas versões que tentam explicar a origem do nome Castanhal. A primeira delas, diz respeito ao fato que, apesar da área em questão
nunca ter se caracterizado, nem no passado e nem nos dias de hoje, como uma área onde seja frequente a ocorrência de castanheiras, o nome do
município foi dado em homenagem a essa espécie vegetal. A segunda versão remete-se à época da construção da estrada de ferro que ligava Belém a
Bragança, quando uma das suas estações ficou localizada sob a sombra de uma frondosa cas-tanheira e, a partir daí, o local foi batizado como
Castanhal, consti-tuindo-se o núcleo urbano.

Formação Administrativa

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, figura no município de Belém o distrito de Castanhal.
Elevado à categoria de município com a denominação de Casta-nhal, pelo Decreto Estadual n.º 600, de 28-01-1932, desmembrado de Belém. Sede
no antigo distrito de Castanhal. Constituído do dis-trito sede. Instalado em 22-02-1932.
Pelo Decreto Estadual n.º 680, de 27-06-1932, Castanhal adqui-riu do município de Marapamim o distrito de Curuça.
Pelo Decreto Estadual n.º 1.136, de 28-12-1933, é desmembra-do do município de Castanhal o distrito de Curuça. Elevado à cate-goria de
município.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o municí-pio é constituído do distrito sede.
Em divisões territoriais de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o municí-pio aparece constituído de 4 distritos: Castanhal, Anhanga, Apéu e Inhangapi.
Pelo Decreto-lei n.º 4.505, de 30-12-1943, é desmembrado do município de Castanhal os distritos de Anhanga e Inhagapi, eleva-dos à categoria de
município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é cons-tituído de 2 distritos: Castanhal e Apéu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Economia

PIB per capita [2017] 19.242,51 R$


Percentual das receitas oriundas de -
fontes externas [2015]
Índice de Desenvolvimento Humano 0,673
Municipal (IDHM) [2010]
Total de receitas realizadas [2017] 370.230,95 R$ (×1000)
Total de despesas empenhadas [2017] 346.092,11 R$ (×1000)

Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/castanhal/historico

Tucuruí - História

Tucuruí está situado à margem do rio Tocantins, extremo de sua linha navegável, constituindo grande e movimentado entreposto comercial da
região formada pelo Tocantins-Araguaia. De Tucuruí, subindo o rio, a navegação torna-se difícil e mesmo impraticável, devido às grandes cachoeiras
que obstruem o curso do rio, não fosse a perícia, o arrojo e a coragem dos pilotos regionais, que, em barcos-motores, especialmente construídos,
fazem o tráfego até o estado de Goiás.
A povoação de Alcobaça foi fundada em 1781, pelo Governador José de Nápoles Telles de Menezes, com duplo caráter fiscal e militar sobre a
navegação do rio Tocantins, como diz a corografia de Teodoro Braga .
Conforme relata o Tenente-Coronel João Roberto Ayres Carnei-ro, no seu livro ‘Itinerário da viagem de expedição exploradora e colonizadora ao
Tocantins’, em 1894 essa povoação fora completa-mente destruída pelo índio e tornada um deserto.
Em 1870, o Governo provisório do Pará cria a freguesia de São Pedro, no de lugar Pederneiras, do município de Baião, onde então se localizava o
principal núcleo populoso daquele trecho do Tocan-tins.
Em 1875, dá à Freguesia de São Pedro de Pederneiras, do Alto Tocantins, a denominação de São Pedro de Alcobaça, denominação essa que
perdurou até 1943, quando, em 1943, surge a nova e atual denominação de Tucuruí, sendo desconhecida a origem política ou geográfica dessa
palavra.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Alcobaça, pela Lei Pro-vincial n.º 661, de 31-10-1870, subordinado ao município de Baião.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911 o distrito de Alçobaça figura no município de Baião.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pela Lei Estadual n.º 4505, de 30-12-1943, o distrito de Alcoba-ça passou a denominar-se Tucuruí.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943 o distrito de Tucuruí permanece no município de Baião.
Elevado à categoria de município com a denominação de Tu-curuí pela Lei Estadual n.º 62, de 31-12-1947, sendo desmembrado de Baião. Sede no
antigo distrito de Tucuruí. Constituído do distrito sede. Instalado em 25-05-1948

Pela Lei Estadual n.º 158, de 31-12-1948, é criado o distrito de Remansão e anexado ao município de Tucuruí.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é cons-tituído de 2 distritos: Tucuruí e Remansão.
Em divisão territorial datada de 1988 o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.

Economia

PIB per capita [2017] 58.455,08 R$


Percentual das receitas oriundas de -
fontes externas [2015]
Índice de Desenvolvimento Humano 0,666
Municipal (IDHM) [2010]

Total de receitas realizadas [2017] 338.038,63 R$ (×1000)


Total de despesas empenhadas [2017] 335.173,36 R$ (×1000)

Marabá - História

O povoamento da bacia do Itacaiúnas tem na formação do mu-nicípio um papel importante, porque apesar dessa região ter sido explorada pelos
portugueses ainda no século XVI, permaneceu sem ocupação definitiva durante quase 300 anos. Somente a partir de 1892 é que, de fato, o espaço foi
ocupado por colonizadores.
Em 1929, a cidade já se encontra iluminada por uma usina à lenha e em 17 de novembro de 1935 o primeiro avião pousa no aeroporto recém
inaugurado na cidade. Nesse período, a cidade era composta por 450 casas e 1500 habitantes fixos.
Com a abertura da PA-70, em 1969, Marabá é ligada à rodovia Belém-Brasília. E em 1980 a cidade é assolada pela maior enchente da sua história.
Já restaurada, em 1988 dá início aos preparativos para a instalação de indústrias siderúrgicas, para produção de ferro--gusa, negócio que veio trazer
grandes benefícios e expansão para o município.
A denominação Marabá tem origem indígena e significa filho do prisioneiro ou estrangeiro, ou ainda o filho da índia com o bran-co.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de vila com a denominação de Marabá, pela Lei Estadual n.º 1.278, de 27-02-1913, desmembrado de São João do Araguaia.
Constituído do distrito sede. Instalado em 05-04-1913.
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, a vila aparece constituída de 2 distritos: Marabá e Lago Ver-melho.
Pela Lei Estadual n.º 2.116, de 03-11-1922, é extinto o municí-pio de São João do Araguaia, sendo seu território anexado a vila de Marabá. Sob a
mesma Lei, o distrito de São João do Araguaia passou a denominar-se São João da Ponta.
Elevado à condição de cidade e sede do município com a de-nominação de Marabá, pela Lei Estadual n.º 2.207, de 27-10-1923.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o municí-pio é constituído de 2 distritos: Marabá e São João da Ponta (ex-São João do
Araguaia). Não figurando o distrito Lago Vermelho.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 3 distritos: Marabá, Santa Isabel e São João da
Ponta.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 2.972, de 31-03-1938, o município de Marabá adquiriu os extintos distritos de Itupiranga e Jacundá.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 3.131, de 31-10-1938, o distrito de Santa Isabel passou a denominar-se Santa Isabel do Araguaia. Sob o mesmo
decreto acima citado, o distrito de São João da Ponta voltou a denominar-se São João do Araguaia e ainda são criados novamente os distritos de
Itupiranga e Jacundá.
No quadro fixado para, vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos: Marabá, Itupiranga, Jacundá, Santa Isabel do
Araguaia (ex-Santa Isabel) e São João do Araguaia (ex-São João da Ponta).
Pela Lei Estadual n.º 62, de 31-12-1947, é desmembrado do município de Marabá os distritos de Itupiranga e Jacundá, para constituir o novo
município de Itupiranga.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é cons-tituído de 3 distritos: Marabá, Santa Isabel do Araguaia e São João do Araguaia.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 2.460, de 29-12-1961, são desmembrados do município de Marabá os distritos de São João do Araguaia e São Raimundo do
Araguaia (ex-Santa Isabel do Araguaia), para formar o novo município de São João do Araguaia. Sob a mesma lei acima citada, é alterada a
denominação do distrito de Santa Isabel do Ara-guaia, para São Raimundo do Araguaia.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Economia

PIB per capita [2017] 31.650,18 R$


Percentual das receitas oriundas de 70,5 %
fontes externas [2015]
Índice de Desenvolvimento Humano 0,668
Municipal (IDHM) [2010]
Total de receitas realizadas [2017] 836.646,91 R$ (×1000))
Total de despesas empenhadas [2017] 718.801,78 R$ (×1000)
Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/maraba/historico

Altamira

História

O primeiro homem branco a subir no rio Xingu, ultrapassando o trecho encachoeirado da Volta Grande, em meados do século XVII, foi o jesuíta
Roque de Hundefund, que fundou uma missão (aldea-mento de silvícolas para a catequese) no médio Xingu, próximo à foz do igarapé Panelas.
Com a ascensão ao poder em Portugal do Marquês de Pombal, as obras dos jesuítas foram irremediavelmente perdidas. Somente em 1841, o Pe.
Antônio Torquato de Souza, da Paróquia de Souzel, reabre a picada que ligava, por terra, o igarapé Tucuruí, no baixo Xingu, à Missão Imperatriz, mais
acima. Foi aberta uma picada, ligando o baixo ao médio Xingu que o Cel. Francisco Gayoso ten-tou transformar em estrada, já agora apoiado pelo
braço escravo africano. Foi, porém surpreendido pela Lei Áurea que o privou do trabalho escravo.
Em 1880, Agrário Cavalgante retomou os trabalhos do Cel. Gayoso, retificando o traçado da estrada, partindo do local onde se encontra hoje a
Sede do município de Vitória do Xingu e chegando
à foz do igarapé Ambé, ali construindo um Forte que recebeu sua denominação.

Gentílico: abaetetubense

Formação administrativa

Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Altamira, pela lei estadual nº 1234, de 06-11-1911, desmembra-do de Sousel.
Sede na atual vila de Altamira. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1912.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Altamira, pela lei estadual nº 1604, de 27-09-1917.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o municí-pio é constituído do distrito sede.
Pela lei estadual nº 8, de 31-10-1935, Altamira passou a deno-minar-se Xingu. Sob a mesma lei adquiriu o distrito de Porto de Moz do município
de Gurupá.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1936, o município apa-rece constituído de 11 distritos: Altamira, Novo Horizonte, São Felix, Porto de Moz,
Tapará, Vilarinho de Monte, Vieiros, Pombal, Aqui-qui, Sousel e Alto Xingú. Todos os distritos pertencente ao extinto município de Porto de Moz.
Em divisão territorial datada de 1937, o município é constituído de 3 distritos: Altamira, Novo Horizonte e São Felix.
Pelo decreto estadual nº 2805, de 10-12-1937, desmembra os município de Xingu os distritos de Porto de Moz, Vieiros e Vilarinho do Norte. Para
formar novamente o município de Porto de Moz.
Pelo decreto-lei estadual nº 2972, de 31-03-1938, o município de Xingú voltou a denominar-se de Altamira. Sob o mesmo decreto são extintos os
distritos de Tapará e Vieiros, sendo seus territorios anexados ao distrito sede de Porto de Moz.
Pelo decreto-lei estadual nº 3131, de 31-10-1938, o distrito de São Felix é extinto, sendo seu território anexado ao distrito de Novo Horizonte, do
mesmo município de Altamira. Sob a mesma lei o distrito de Alto Xingu é extinto, sendo seu território anexado ao distrito de Sousel do município de
Porto de Moz.
Pelo decreto-lei estadual nº 4505, de 30-12-1943, o distrito de Novo Horizonte passou a denominar-se Gradaús.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é cons-tituído de 2 distritos: Altamira e Gradaús ex-Novo Horizonte.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2460, de 29-12-1961, desmembra do muni-cípio de Altamira o distrito de Gradaús. Para formar o novo municí-pio de São Félix
do Xingu.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Pela lei estadual nº 1139, de 11-05-1965, é criado o distrito de Vitória e anexado ao município de Altamira.
Em divisão territorial de 1-I-1979, o município é constituído de 2 distritos: Altamira e Vitória.
Pela lei estadual nº 5701, de 13-12-1991, desmembra do muni-cípio de Altamira, o distrito de Vitória. Elevado à categoria de muni-cípio com a
denominação Vitória do Xingu.
Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é cons-tituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Economia

PIB per capita [2017] 22.439,90 R$


Percentual das receitas oriundas de fon- -
tes externas [2015]
Índice de Desenvolvimento Humano 0,665
Municipal (IDHM) [2010]
Total de receitas realizadas [2017] - R$ (×1000)
Total de despesas empenhadas [2017] - R$ (×1000)

Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/altamira/historico
Santarém
As expedições militares dos conquistadores portugueses no século XVII trouxeram missões religiosas e colonizadores para a Amazônia. Em 1758, a
aldeia de Tapajós foi elevada à categoria de vila com a denominação de Santarém, mesmo nome de uma cidade lusitana.
A insatisfação gerada pela adesão do Pará à independência eclodiu, em 1835, o movimento revolucionário popular chamado Cabanagem. O nome
desse movimento refere-se à origem humilde da maioria dos revolucionários, habitantes de barracas ou cabanas.
Enquanto os cabanos tomavam Belém em 1835, em Santarém o juiz da recém-criada Comarca providenciava medidas cautelares. Os cabanos
conseguiram fortificar-se em um lugar chamado de Ecuipiranga, às margens do rio Amazonas. Ecuipiranga foi resgatada pelas tropas legais em 1837.
Restabelecida a legalidade em Santarém, foi eleita a nova Câ-mara Municipal. Em 1848, Vila Santarém foi elevada à categoria de cidade.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de vila com a denominação de Santarém, em 1754 ou em 1756, em virtude da Carta Régia de 06-06-1755. Instalado em 1829.
Em 1753 ou em 06-03-1758, é criado o distrito de Alter do Chão.
Elevado à categoria de cidade e sede do município com a de-nominação de Santarém pela Lei Provincial n.º 145, de 24-10-1848.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o muni-cípio aparece constituído de 4 distritos: Santarém, Boim, Alter do Chão e Curuaí.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1938, o municí-pio é constituído do distrito sede.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído de 5 distritos: Santarém, Alter do Chão, Boim, Curuaí e
Taperá.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 2.972, de 31-03-1938, os distritos de Taperá e Curuaí perderam a categoria de distrito, sendo seus ter-ritórios
anexados ao distrito de sede Santarém.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 3131, de 31-10-1938, foram cria-dos os distritos de Curuaí e Aveiro anexados ao município de San-tarém.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o mu-nicípio é constituído de 5 distritos: Santarém, Alter do Chão, Boim, Curuaí e Aveiro.

Pela Lei Estadual n.º 62, de 31-12-1947, é criado o distrito de Belterra (ex-povoado) e anexado ao município de Santarém.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é cons-tituído de 6 distritos: Santarém, Alter do Chão, Aveiro, Boim, Curuaí e Belterra.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 2.460, de 29-12-1961, é criado o distrito de Arapixuna e anexado ao município de Santarém. Sob a mesma lei desmembra do
município de Santarém o distrito de Aveiro. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 6 distritos: Santarém, Alter do Chão, Arapixuna, Bel-terra, Boim e Curuaí.
Pela Lei Estadual n.º 3.227, de 31-12-1964, é criado o distrito de Mujuí dos Campos e anexado ao município de Santarém.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é consti-tuído de 7 distritos: Santarém, Alter do Chão, Arapixuna, Belterra, Boim, Curuaí e
Mujuí dos Campos.
Pela Lei Estadual n.º 5.928, de 29-12-1995, é desmembrado do município de Santarém o distrito de Belterra. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 5 distritos: Santarém, Alter do Chão, Boim, Curaí e Mujui dos Campos.
Em divisão territorial datada de 2013, o município é constituído de 4 distritos: Santarém, Alter do Chão, Boim, Curai.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2015.

Economia

PIB per capita [2017] 16.318,44 R$


Percentual das receitas oriundas de fon- 83,1 %
tes externas [2015]
Índice de Desenvolvimento Humano 0,691
Municipal (IDHM) [2010]
Total de receitas realizadas [2017] 581.235,34 R$ (×1000)
Total de despesas empenhadas [2017] 573.368,16 R$ (×1000)

Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/santarem/historico

Breves

História

Breves era o nome de uma família portuguesa, residente na Missão dos Bocas em princípios do século XVIII. Os irmãos Ma-noel e Ângelo e a
mulher deste Inês de Souza, estabeleceram-se na sesmaria concedida ao primeiro pelo Capitão-general João de Abreu Castelo Branco, em 19 de
novembro de 1738, e confirmada pelo rei de Portugal em 30 de março de 1740. No lugar onde hoje está edificada a cidade, Manoel Breves Fernandes,
com o irmão e a cunhada, fundou o pequeno engenho e fez plantações de roças. Outros parentes se lhes foram juntar, e a propriedade tornou-se
conhecida como lugar dos Breves. Até 1854 ainda se tinha notícia de que um remanescente da família, Saturnina Teresa, empenha-va-se pela posse
das terras, o que não conseguiu. Daí para diante são desconhecidos os nomes e o destino que tiveram os demais descendentes dos Breves.
Por Portaria de 20 de outubro de 1738, o Capitão-general José de Nápoles Tello de Menezes, atendendo a requerimento da família Breves,
concedeu à propriedade predicamento de lugar, passando a denominar-se Lugar de Santana dos Breves. Com essa categoria, foi-se desenvolvendo
durante o período colonial, até a Proclamação da Independência, quando passou a fazer parte do Município de Melgaço e depois do de Portel. Em 30
de novembro de 1850, pela lei provincial nº 172, foi elevada à freguesia, e, em 25 de outubro do ano seguinte, pela Resolução nº 200, foi elevada à
categoria de vila e consequentemente, sede do município. O mesmo ato extingui a Vila de Melgaço e incorporou seu território ao Município de
Breves. A lei estadual nº 1.122, de 10 de novembro de 1909, concedeu foros de cidade à sede do município.

Gentílico: brevense

Formação Administrativa

Freguesia criada com denominação Nossa Senhora de Santana dos Breves pela resolução provincial nº 172, de 30-11-1850.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Nossa Se-nhora de Santana dos Breves, pela lei provincial nº 200, de 25-10-1851. Sede no
freguesia de Santana dos Breves.
Pela lei provincial nº 29-08-1856, desmembra da vila de Santa-na dos Breves o município de Breves o distrito de Melgaço. Elevado à categoria de
vila.
Pela lei estadual nº 989, de 31-10-1906, transfere a sede do município de Santana dos Breves para Antônio Lemos.
Pela lei municipal de 06-05-1909, são criados os distritos de Breves, Furo do Gil, Rio Macacos, Rio Mututí, Rio Jacaré, Rio Tajapu-ru, Rio Terra e Rio
Mapuã.
Elevado à categoria de cidade com a denominação de Breves, pela lei estadual nº 1122, de 10-11-1909.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o municí-pio e constituído de 9 distritos: Antônio Lemos (Sede), Breves, Rio Macacos, Rio
Mapuã, Rio Mutití, Rio Jacaré, Rio Tajapuru e Rio Ter-ra.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o muni-cípio é constituído de 2 distrtitos:Antônio Lemos (sede) e Breves.
Em divisão territoriais datada de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 9 distritos: Breves, Antônio Le-mos, Aramá, Jacaré,
Ituquara, Macacos, Mapuá, Melegaço e Mutuí.
Pelo decreto-lei estadual nº 2972, de 31-03-1938, os distritos de Mututi e Aramá, figuram como simples zona do distrito de Itu-quara. Jacaré,
Macacos e Mapuá, figuram como simples zona do distrito de Antônio Lemos. Sob o mesmo decreto transfere o Distri-to de Melgaço do Município de
Breves para o de Portel.
No quadro fixado para no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Breves, Antônio Lemos e Ituquara.
Pela lei estadual nº 158, de 31-12-1948, o Distrito de Ituquara passou a denominar-se Curumu. Sob o mesmo decreto acima ci-tado é criado o
distrito de São Miguel dos Macacos ex-povoados desmembrado de Curumu ex-Ituquara. e anexado ao município de Breves.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é cons-tituído de 4 distritos: Breves, Antônio Lemos, Curumu ex-Ituquara e São Miguel dos
Macacos.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Economia

PIB per capita [2017] 7.440,60 R$


Percentual das receitas oriundas de -
fontes externas [2015]
Índice de Desenvolvimento Humano 0,503
Municipal (IDHM) [2010]
Total de receitas realizadas [2017] - R$ (×1000)
Total de despesas empenhadas [2017] - R$ (×1000)

Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/breves/historico
ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DOS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS DO PARÁ: BELÉM, ANANINDEUA, CASTANHAL, TUCURUÍ,
MARABÁ, ALTAMIRA, SANTARÉM E BREVES.
BELÉM
1-História
FOI durante o período conhecido como “União Ibérica” (1580-1640), no qual ocorrera a unificação das monarquias ibéricas
sob a direção da Coroa espanhola, que os luso-brasileiros fundaram a cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, em 12 de janeiro
de 1616. Após a expulsão dos franceses de São Luís, o comandante português Alexandre de Moura determinara que fosse realizada
uma expedição militar para ocupar as terras do rio Amazonas, chefiada por Francisco Caldeira Castelo Branco.
Iniciada em 25 de dezembro de 1615, penetrando no rio Pará (braço do rio Amazonas), Castelo Branco e seus companheiros
adentraram a baia de Guajará e desembarcaram em uma ponta de terra da margem direita da baía, construíram um forte de madeira
chamado de Presépio, portanto, fundado em 12 de janeiro de 1616 a cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará.
Já no final do século XIX e início do XX o período de apogeu da borracha produziu em Belém, um processo de transformação,
adotando as feições urbanas de suas pretensas congêneres às margens do Tamisa e Sena.
A capital paraense passou a ser, na época do Boom gomífero, o porto por onde saía a maior parte da produção amazônica
da borracha para ser exportada para o exterior tanto que, em 1906, o Pará exportou 5.259.000 libras do produto dos quais 15.000.000
de libras exportadas por toda a região. Essas condições fizeram de Belém o maior centro cosmopolita da região: os personagens que
circulavam na cidade, revestidas de fachadas Art Noveau trajavam-se segundo o melhor figurino do Deandy e bely-anti e, durante o
período da guerra, cumprimentavam-se quando se cruzavam tocando as abas das cartolas, e saldando-se com um leve, porém,
enfático, Vive La France!
Belém, portanto, tornou-se sobre certos aspectos uma capital agitada, bem mais europeia que brasileira, dominando o
francesismo especialmente no aspecto intelectual, reflexo da dependência europeia na Amazônia durante o período gomífero. De um
lado, a dependência financeira e comercial da Inglaterra e, uma relação cultural intensa pela França.
2-Demografia:
População em 2010: Censo IBGE: 1.393.399
População estimada em 2020: 1.446.042 hab
Homens 701.185 e Mulheres: 798.456 População entre 60-69 anos de idade - 2020: 114.591
Taxa de fecundidade: 1,43 – 2019* dados preliminares.
3-Economia:
PIB – 2017: R$ 30.238.484
Receita Pública – 2019: R$ 3.610.973.499
Saldo da Balança Comercial 2019: R$ - 78.527.429
Salário médio mensal - 2018: 3,7 salários:
A economia de Belém é bastante diversificada. Suas atividades se baseiam nas atividades de comércio, prestação de serviços,
turismo e atividade industrial – com destaque para indústrias alimentícias, navais, metalúrgicas, químicas, entre outras.
A cidade de Belém é bastante dinâmica e integrada
ao país.
A cidade conta com os portos próximos da Europa e dos Estados Unidos, que movimentam muitas mercadorias exportadas,
além de ferrovias e hidrovias que passam pela capital.
Outra fonte rentável da economia belenense é o turismo, que anualmente atrai muitos turistas do país. Destaca-se na cidade
as diversas possibilidades de cultura e lazer, relacionado ao turismo religioso – com destaque para procissão do círio de Nazaré-,
cultural, gastronômico e o turismo fluvial – já que a cidade tem várias ilhas em seu entorno.
Antes da pandemia o emprego formal na capital paraense apresentava saldos positivos, em 2019 com 1.002 pessoas
admitidas no mercado de trabalho, de acordo com estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos do Pará (Dieese Pará), que mantém uma parceria com a Prefeitura de Belém para realizar serviços de pesquisa ao
município.
O supervisor técnico do Dieese, economista Roberto Sena, avalia que mesmo diante da situação em que o País se encontra,
com baixa empregabilidade, Belém fecha o ano com crescimento de empregos. “No segundo semestre foi muito forte essa ocupação,
principalmente no setor de serviço e no do comércio, que geraram muitos empregos. Isso fez com que Belém apresentasse
crescimento e voltasse para o ranking do top dos dez municípios que mais geraram empregos no estado”, disse.
Os dados do Dieese apontam a movimentação do emprego formal por setores econômicos de atividades de janeiro a
novembro de 2019. Ainda na análise de Sena, o que contribuiu para este saldo positivo foi mais dinheiro injetado na economia e mais
investimento. “No segundo semestre tivemos um grau de recurso muito forte com a liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço), do 13º salário, PIS (Programa de Integração Social), festividade do Círio de Nazaré, e isso foi elevando o grau de renda na
economia fortemente.
4- Social:
IDHM 2010: 0,746
Educação: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos: 96,1%
Mercado de Trabalho; População ocupada [2018]: 29,5% Saúde: Mortalidade Infantil [2017]: 13,55 óbitos por mil nascidos vivos.

Segurança: 40,60 homicídios por cem mil habitantes: dados preliminares, DATASUS.
ANANINDEUA
1-História:
Ananindeua vem do tupi e ganhou esse nome por conta da grande quantidade de árvore chamada Anani, que produz a
resina de cerol utilizada para lacrar as fendas das embarcações. De grande porte, a planta tem propriedades medicinais, serve para
calafetar embarcações, ensebar cordas e é utilizada até mesmo na fabricação de tochas.
Já o sufixo deua tem diversas significações de origem popular: uma diz que vem de abundância e outra que quer dizer “dar”,
por exemplo “Deu Ananin”. A terceira versão, mais aceita entre os moradores, conta que ao invés de ser utilizado um ‘D’ na grafia da
palavra era para ter sido utilizado um ‘T’, ficando ‘teua’ ao invés de ‘deua’.
As terras onde está situado o município de Ananindeua são provenientes do antigo território da circunscrição belenense,
ficando mesmo bastante vizinhas da capital do estado. A localização de Ananindeua é das mais convenientes e importantes, pois, além
da vantajosa proximidade de Belém, a atração de argumentos populacionais, bem como as acessíveis possibilidade de trabalho e a
ocorrência de vias fáceis de transportes são fatores relevantes para a posição que ocupa.
O primeiro registro de ocupação de Ananindeua data de 1790, através de um engenho de cana de açúcar de propriedade do
Conde Antônio Koma de Melo, às margens do rio Guamá (atual Colônia Agrícola do Abacatal).
Na década de 1850, ribeirinhos estabeleceram-se nas margens do rio Maguari-Açu, fugindo do confronto da Cabanagem
(próximo ao Distrito Industrial de Ananindeua).
Na mesma década chegam os primeiros proprietários de terra, que começaram a se estabelecer em diversos pontos do
município, tais como: Maguary, área do Distrito Industrial, Mocajutuba, Tropiqueira, São Sebastião (Quinta da Carmita).
A partir de 1890, tem-se o povoamento das ilhas de Sassunema (1894), Ilha do Roldão (atual ilha de Santa Rosa) (1895), Ilha
do Mutum (1896).
Em 1883, antes da inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro de Bragança (EFB), iniciou-se a instalação de uma
espécie de oficina do trens, que depois houve a necessidade de se construir uma vila de casas para os operários da manutenção
(localizada na área próxima a sede da Prefeitura) a Vila operária deu origem ao povoado de Ananindeua.
A sua evolução remonta quando surgiu alí uma parada da extinta Estrada de Ferro de Bragança com o citado nome e teve
continuidade, depois de constituída em freguesia e mais tarde em distrito de Belém.
Elevado à categoria de município com a denominação de Ananindeua, pelo decreto-lei estadual nº 4505, de 30-12-1943,
cuja a instalação ocorreu em 3 de janeiro de 1944. desmembrado de Belém, e João Coelho (ex-Santa Isabel).
2-Demografia:
População em 2010: 471.980
População em 2020: 510.834 hab.
Homens: 253.904 e mulheres: 281.643
População entre 60-69 anos de idade:34.856 -2020 Taxa de fecundidade: 1,50 -2019
3-Economia: PIB – 2017:R$ 6.979.135.
Receita Pública – 2019: R$ 776.153.339
Saldo da Balança Comercial 2019: R$ 101.904.399
Salário médio mensal - 2018: 1, 9 salário mínimos;
O Distrito: O Distrito Industrial de Ananindeua/PA, sendo este criado no ano de 1979 a partir do II Plano de Desenvolvimento
Amazônico (II PDA) e teve por objetivo proporcionar o crescimento econômico do município pela introdução de um setor dinâmico.
Passado trinta anos de sua criação esse empreendimento encontrou-se muito longe daquilo que podia representar em termos de
elemento impulsionador da economia local. Observamos, contudo, que o município ao longo de trinta anos cresceu economicamente
não em função do empreendimento em foco e sim a custa da diversificação da sua base produtiva, a qual não teve relação com o
respectivo Distrito Industrial.
No ano de 2005 existiam 89 empresas no Distrito, sendo que destas, 40 empresas estavam trabalhando ativamente,
enquanto que 39 estavam inativas, sem benfeitoria ou em comercialização e 10 em construção, (SEDIC - 2005). Muitas empresas já
entraram e saíram do Distrito, ao longo dos anos de sua existência. Por falta de infraestrutura básica, que deveria ser construída pelo
poder público, essas empresas faliram ou mudaram-se para outros empreendimentos fora do Estado.
4- Social:
IDHM 2010: 0,718
Educação: taxa de escolarização de 6 a 14 anos – 2020: 96,7% Mercado de Trabalho; População ocupada [2018]:13,1% Saúde:
Mortalidade Infantil [2017]:13,98
Segurança: 43,91 homicídios por cem mil habitantes.
CASTANHAL
1-HISTÓRIA
O desenvolvimento do Núcleo de Castanhal começou mesmo a partir do momento em que o Governo decidiu dar início ao
Projeto de construção da ferrovia que ligaria Belém e Bragança, cuja obra conforme a região passou a ser chamada de Estrada de Ferro
de Bragança.
Em 1885, os trilhos chegaram à localidade de ITAQUI às proximidades de APEÚ, com o coronel ANTONIO DE SOUZA LEAL, a
quem o Governo confiara o comando de tão importante obra, a epidemia da febre amarela que se propagava por toda a região, esta
última, principalmente, fez com que o Governo suspendesse por tempo indeterminado a referida obra.
A chegada dos trilhos, que muitos já não acreditavam mais, deu um impulso espetacular para esse acontecimento, o Núcleo
de Castanhal, por força da Lei nº. 646, de 06-06-1899, passou a categoria de Vila. Sua instalação solene só deu-se a 15-08-1901,
justamente na data comemorativa a Adesão do Pará à Independência.
A incorporação do então território de Castanhal, ao município de Belém, através da lei nº. 957, de 01-11-1905. A conclusão
da Estrada de Ferro de Bragança, que aconteceu a 01-12-1900, constituiu-se num dos fatos mais importantes do Governo do Dr.
AUGUSTO MONTENEGRO, ainda na 1ª. República.
A Estação Ferroviária, cujo lançamento da pedra fundamental ocorreu em 02 de maio de 1904, sendo inaugurada em 15 de
agosto de 1909. Depois, através do Decreto nº. 1.276, criou o Grupo Escolar da Vila, a sua inauguração deu-se a 12-10-1904.
Já na década de 30 , pouco depois de um ano que Getúlio Vargas assumia o Poder ainda como Chefe do Governo Provisório,
em novembro de 1930, Castanhal ganhava a sua autonomia municipal, através do Dec. lei nº. 600, de 28-01-1932, assinado pelo Major
Interventor JOAQUIM DE MAGALHAES CARDOSO B ARATA e pelo 1º Ten. ISMAELlNO DE CASTRO. Esse mesmo Decreto revogava o de
nº. 565, de 30-12-1931, pelo qual havia sido criado o Município de Santa Izabel e criava o de Castanhal. Pois na época a Vila de
Castanhal já reunia maiores condições quanto ao desenvolvimento econômico. Esse ato de MAGALHÃES BARATA fez com que o povo
castanhalense saísse às ruas ainda pequenas e agrestes, para festejar com muita alegria e justiça.
Hoje Castanhal está entre as cinco principais cidades do Estado e embora esteja localizada na Mesorregião Metropolitana de
Belém, figura como uma espécie de metrópole da região Nordeste do Pará.
A cidade modelo tem privilegiada posição geográfica no mapa do Pará, sendo cortada pela rodovia federal BR-316 – a
principal via de ligação entre a capital paraense e as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, item indispensável para o
escoamento da produção. Além disso, está há um pouco mais de 60 quilômetros de distância do porto, aeroporto e da Alça Viária, na
região metropolitana de Belém.
2- Demografia:
População em 2010: 173.149
População em 2020: 192.571
Homens: 98.670 e mulheres: 104.581
População entre 60-69 anos de idade – 2020: 11.073
Taxa de fecundidade: 1,77 - 2019
3-Economia:
PIB – 2017: R$ 3.757.159
Receita Pública – 2018: R$ 420.618.002, sem dados de 2019.
Saldo da Balança Comercial 2019: R$ 121.393.316
Cabeças de boi: 35.360 - 2018
Salário médio mensal - 2018: 1,9 salários mínimos.
Castanhal é um município bastante desenvolvido economicamente, com destaque para o crescimento nas áreas do
comércio e indústria. De acordo com o IBGE, Castanhal possui 2.800 estabelecimentos comerciais e um número total de pessoal
ocupado de 33.546, dentre os quais 30.414 são assalariados.
. Entre 2010 e 2016, o PIB municipal dobrou, superando a marca de R$ 3,6 bilhões de reais. O setor de serviços é responsável
por cerca de metade da economia do município (56%), onde o comércio é a principal atividade econômica desenvolvida, incluindo o
abastecimento de cidades adjacentes. Existe também a participação da administração pública (21%), do setor industrial (17%) e da
agropecuária (5%). Por conta de suas propensões técnico-econômicas, Castanhal tem acordos de cooperação mútua com cidades-
irmãs, dentre elas Kochi (Japão), Cotia (Brasil), Fresno (Estados Unidos), Kitami (Japão), Surabaia (Indonésia) e Kuching (Malásia).
Com solo, clima e temperatura favoráveis ao desenvolvimento, em Castanhal encontram-se sistemas de cultivos
agropecuários formados por lavouras, pastagens, florestas e sistemas agroflorestais. As principais culturas produzidas em 2016 foram
cacau, dendê (12.000 ton), coco-dabaía, banana, laranja, limão, mamão, maracujá, pimenta-do-reino, urucum (FAPESPA, 2017), além
de outras culturas como: abacate, açaí, acerola, caju, cupuaçu, goiaba, graviola, pupunha, tangerina, bergamota, mexerica, criação de
bovinos, aves, equinos, caprinos e suínos. O setor conta com maquinário e equipamentos como tratores, semeadeiras, plantadeiras e
adubadeira
4-Social:
IDHM 2010: 0,673
Educação: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos: 95,4% Mercado de Trabalho; População ocupada [2018]:17,9% Saúde:
Mortalidade Infantil [2017]: 10,64. Segurança: 56,77 homicídios por cem mil habitantes
TUCURUÍ
1- História
Tucuruí é um município brasileiro do estado do Pará. Localiza-se na microrregião de Tucuruí e na Mesorregião do Sudeste
Paraense. O município é famoso por abrigar a maior usina hidrelétrica totalmente brasileira e a quarta do mundo: a Usina Hidrelétrica
Tucuruí, construída e operada desde 22 de novembro de 1984 pela Eletronorte.
O nome Tucuruí é de origem Tupi. Língua essa das várias tribos indígenas que habitavam a região. Para alguns autores o
vocábulo viria de Tucura – gafanhoto e Y – rio; assim, Tucura + y seria rios do gafanhotos. Fundamentado em Luiz Caldas Tuibiriça no
“Dicionário de Topônimos Brasileiros de Origem Tupi” o verbete Tucurí viria de Tycu – roy – líquido frio, gelado”.
A história de Tucuruí antes da formação do município é marcada pela história, dos grupos indígenas que viveram e lutaram
nas margens dos rios que atravessam a região. As constantes migrações indígenas tornam essa história difícil de ser relatada. Somando
os relatos dos missionários, bandeirantes e militares que viajaram pelo Tocantins nos séculos XVII e XVIII, são citadas 13 etnias
indígenas, algumas das quais se extinguiram desde aquela época. Quando da formação do município (antes da barragem), três etnias
estavam presentes na região. Assurini, Parakanã (que falam uma língua ligada ao Macro Tupi) e Gaviões (que falam uma língua ligada ao
Macro Jê). Nos primeiros séculos de colonização, muitas expedições e exploradores desceram o rio Tocantins na tentativa de explorá-
lo/conhece-lo. Algumas das mais conhecidas: Expedições francesas exploram o Tocantins, em 1610 chegam até a cachoeira do Itaboca;
Frei Cristóvão de Lisboa, da ordem dos Capuchinhos, desce o rio Tocantins em 1625 (...).
A realidade de Tucuruí depende de dois momentos históricos. O primeiro foi a implantação da Estrada de Ferro do Tocantins
que visava superar as corredeiras e cachoeiras do rio e a segunda foi a construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Desses projetos
decorreram inúmeros condicionamentos que influenciaram até os hábitos dos moradores de Tucuruí.
Elevado à categoria de município com a denominação de Tucuruí, pela lei estadual nº 62, de 31-12-1947 (período de
comemorações de aniversário da cidade) desmembrado de Baião.
2-Demografia:
População em 2010: 97.128
População em 2020: 115.144 hab.
Homens: 56.786 e mulheres: 58.358
População entre 60-69 anos de idade – 2020: 5.625
Taxa de fecundidade: 1,63 -2019
3-Economia:
PIB – 2017: R$ 6.460.221
Receita Pública – 2018: R$ 348.802.933, sem dados de 2019.
Saldo da Balança Comercial 2019: R$ - 84.084
Salário médio mensal - 2018: 2, 6 salários mínimos.
O Setor Terciário é majoritário no Município, compreendendo as atividades comerciais de venda no varejo e atacado e de
prestação de serviço. O Comércio apresenta um comércio bem diversificado e distribuído, com estabelecimentos de gêneros
alimentícios, postos de combustíveis, oficinas mecânica, agências bancárias, farmácias, perfumarias, casa lotérica, grandes e pequenos
magazines, butiques, sapatarias, revendedores de veículos, lanchonetes, livrarias e papelarias, distribuidoras de bebidas, salões de
beleza, lojas de autopeças, eletrodomésticos, etc. Os Serviços De um universo de 100% de estabelecimentos comerciais, 39,9% são
estabelecimentos de serviços, isto representa o universo de 871 prestadores de serviços segundo o Departamento de Tributos da
Prefeitura de Tucuruí (2012).
O Setor Secundário: Em conseqüência da UHE, o setor industrial cresceu aceleradamente no município, onde pode-se
destacar as seguintes indústrias: Indústria de Transformação: A energia gerada pela Usina Hidroelétrica de Tucuruí beneficia parte da
região Norte e algumas cidades do Nordeste. É importante ressaltar que a maior parte desta energia é destinada para grandes projetos
minério-metalúrgicos, tais como: Albrás/Alunorte e o Grande Projeto Carajás, etc. Existe, além da UHE, acima descrita, a DOW
CORNING Metais, instalada no vizinho município de Breu Branco, gera cerca de muitos empregos diretos, que beneficiam diretamente
o município de Tucuruí, graças à facilidade de acesso entre as cidades. Indústria Primitiva Manufatureira ou Artesanal: Compreendem
trabalhos de artesanatos como os artigos de cerâmicas, artigos indígenas, cestas, balaios, jarras, esteiras, móveis e outros. Atualmente
a produção artesanal de Tucuruí esta em vias de valorização e reconhecimento com a criação da Associação dos Artistas Plásticos e
Artesãos de Tucuruí.
Setor Primário: A economia do município em épocas passadas era baseada unicamente na castanha-do-pará, pesca e
madeira. Hoje está voltada para a exportação de madeiras, indústria de leite, agricultura, pesca, pecuária, extração de argila, areia,
couro, etc. O Extrativismo Vegetal Compreende trabalhos de extração de madeiras de lei, que são exportadas para diversos pontos do
mundo, como Europa, América do Norte, Ásia e África, as espécies mais comercializadas: angelim vermelho, angelim pedra, jaguará
vermelho, maçaranduba, estopeiro, cumarú, jatobá, curupixá, cedrarana, muiracatiara, bacuri, copaíba, andiroba, faveira, amarelão,
ipê, roxinho, tatajuba, entre outras. O Extrativismo Animal: Com a formação do lago artificial da UHE, a atividade pesqueira obteve
100% de crescimento. São retiradas do lago de 120 a 150 toneladas de peixe por mês, principalmente o tucunaré, a pescadas, o
mapará, o jacundá, entre outros.
4- Social:
IDHM-2010: 0,666
Educação: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos: 94.9%
Mercado de Trabalho; População ocupada [2018]: 11,14%
SAÚDE: Mortalidade Infantil [2017]: 14,61
Segurança: 33,43 homicídios por cem mil habitantes.
MARABÁ

1-História:
O povoamento da bacia do Itacaiúnas tem na formação do município um papel importante, porque apesar dessa
região ter sido explorada pelos portugueses ainda no século XVI, permaneceu sem ocupação definitiva durante quase 300 anos.
Somente a partir de 1892 é que, de fato, o espaço foi ocupado por colonizadores.
A denominação Marabá tem origem indígena e significa filho do prisioneiro ou estrangeiro, ou ainda o filho da índia com o
branco.
Criado em 27 de fevereiro de 1913 por reivindicação da comunidade marabaense, o município só foi instalado
formalmente em 05 de abril do mesmo ano, data que passou a ser comemorada como seu aniversário e só recebeu o título de cidade
em 27 de outubro de 1923, através da lei 2207.
Em 1929, a cidade já se encontra iluminada por uma usina à lenha e em 17 de novembro de 1935 o primeiro avião
pousa no aeroporto recém inaugurado na cidade. Nesse período, a cidade era composta por 450 casas e 1500 habitantes fixos.
Com a abertura da PA-70, em 1969, Marabá é ligada
à rodovia Belém-Brasília. E em 1980 a cidade é assolada pela maior enchente da sua história. Já restaurada, em 1988 dá início aos
preparativos para a instalação de indústrias siderúrgicas, para produção de ferro-gusa, negócio que veio trazer grandes benefícios e
expansão para o município.
2-Demografia:
População em 2010: 233.669
População em 2020: 266.932 hab.
Homens: 144.139 e Mulheres: 139.403
População entre 60-69 anos de idade – 2020: 12.505
Taxa de fecundidade: 1,86 – 2019;
3-Economia:
PIB – 2017: R$ 8.596.000
Receita Pública – 2019: R$ 1.070.751.895.
Saldo da Balança Comercial 2019: R$ 1.555.661.808.
Cabeças de boi: 1.033.749 2018.
Salário médio mensal - 2018: 2,7 salários mínimos.
O município de Marabá vivenciou vários ciclos econômicos. Até o início da década de 80 a economia era baseada no
extrativismo vegetal, porém, a crise da borracha levou o município a um novo ciclo, desta vez, o ciclo da Castanha-do-Pará, que liderou
por anos a economia municipal. Com o despontamento da Serra Pelada e por situar-se na maior província mineral do mundo, Marabá
também viveu o ciclo dos garimpos, que teve como destaque maior, a extração do ouro.
Hoje, Marabá é o centro econômico e administrativo de uma vasta região da “fronteira agrícola amazônica”. Além, de
contar com mais de 200 indústrias, sendo a siderurgia (ferro-gusa) a mais importante. Em segundo lugar está a indústria madeireira e a
fabricação de telhas e tijolos. Outras vertentes trabalhadas são os produtos extrativos da pesca, seguidos da lavoura e pecuária, este
último, com destaque para a qualidade do rebanho, sendo um dos mais expressivos rebanhos bovinos do Estado, resultado advindo do
uso de tecnologia de ponta na seleção e fertilização.
O setor de comércio e serviços também tem sua parcela de contribuição. Marabá conta com aproximadamente 5 mil
estabelecimentos divididos entre comércio formado por micros, pequenas, médias e grandes empresas e serviços Hospitalares,
Financeiros, Educacionais, de Construção Civil e de Serviços Públicos.
A economia da cidade também conta com a produção de manganês e com a Agroindústria. Em Marabá, a Agroindústria
trabalha com processamento de polpas, farinha de mandioca, beneficiamento de arroz, leite e palmito.
4-Social:
IDHM-2010: 0,668
Educação: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos: 94,7%
Mercado de Trabalho; População ocupada [2018]: 18,1%
Saúde: Mortalidade Infantil [2017]:18,68.
Segurança: 50,47homicídios por cem mil habitantes.
ALTAMIRA
1-História
Teve origem na missões dos Jesuítas, na primeira metade do séc. XVIII, quando ainda integrava o gigantesco município de
Souzel. Através da excursão do Jesuíta Roque de Hunderfund deu-se o primeiro registro histórico de colonização praticada nesse
território, onde foi fundada às margens do Igarapé dos Panelas, uma missão catequética destinada aos índios que habitavam toda a
região.
Com auxílio da mão-de-obra indígena, os freis italianos Capuchinhos conseguiram abrir um pequeno atalho o baixo ao
médio Xingu. O projeto foi acelerado com a adequação do trabalho escravo africano na selva amazônica. Em 1880, época em que
houve imigração proveniente de várias partes do mundo, começou o povoamento da região entre os igarapés Ambé e Panelas, que
posteriormente fomentaria a criação do Município de Altamira, em 6 de Novembro de 1911, atualmente comemorado o aniversário da
cidade.
Ao longo dos anos, a intensificação do comércio e o progresso econômico traçou o perfil de uma cidade ativa, que
passou a ter agências bancárias, hospitais, aeroporto, correios, além de crescimento demográfico e comercial. Altamira vivenciou a
vinda de dois Presidentes da República. O primeiro foi Emílio Garrastazu Médice, que em 1970 deu início a construção da Rodovia
Transamazônica. O grande ponto de referência geográfica da cidade, é a rodovia Transamazônica (BR-230), que corta o seu território
pelos dois extremos e liga-o ao resto do Brasil. Aberta em 1970, no governo do Presidente Médice, a rodovia proporcionou um grande
fluxo migratório para a região.
A cidade é o maior município brasileiro é e tem 159.533,328 km². É cidade pólo e dá suporte aos municípios de Uruará,
Brasil Novo, Medicilândia, Vitória do Xingu e Senador José Porfírio em setores diversos como saúde, educação, agricultura e comércio.
O território altamirense é dividido em dois distritos: Princesa do Xingu, distante de Altamira 25Km, e Castelo de Sonhos, a 1100Km de
Altamira, na divisa com Mato Grosso.
2-Demografia:
População em 2010: 99.075
População em 2020: 115.969
Homens: 57.781 e mulheres: 58.188
População entre 60-69 anos de idade – 2020: 6.484
Taxa de fecundidade: 2,21 -2019
3-Economia:
PIB – 2017: R$ 2.500.591
Receita Pública – 2019: R$ 353.400.291.
Saldo da Balança Comercial 2019: R$ 731.441
Salário médio mensal - 2018: 2, 4 salários mínimos.
Agricultura: Esta região definida pelo Governo do Estado do Pará, denominada Região de Integração Xingu, apresenta um
alto potencial para o desenvolvimento da produção agrícola e pecuária, tanto pela presença de importantes manchas de terras roxas
quanto por sua trajetória histórica de absorção de mão-de-obra agrícola. Tradicionalmente a região de Altamira se caracteriza pela
produção de culturas nacionais destinadas ao mercado internacional como ocorreu na década de 70 com a pimenta do reino e na
década de 80 com o cacau. No cenário intra-regional as culturas temporárias como arroz, milho, feijão e mandioca assumiram
importância na revitalização dos fluxos de comercialização intra-regional, possibilitando uma melhora no abastecimento, mesmo que
precária, das áreas urbanas locais e regionais. Entre 1985 e 1996 a área ocupada por pastagem subiu quase 300% em 10 anos. Esse
dado faz da pecuária a principal atividade econômica desenvolvida na região, sendo responsável por mais de 50% do uso produtivo das
terras, considerando-se inclusive o uso associado à lavoura.
O maior destaque das lavouras são as de ciclo perene, como cacau, café, banana e pimenta. Em boa medida, as
lavouras permanentes permitem alguma proteção ao solo no período das chuvas intensas. A região é a grande produtora de cacau e
café do Estado do Pará, sendo que os municípios da Região são responsáveis por cerca de 70% e 75%, respectivamente, da produção
estadual.
Atividade Pecuária: A região da Transamazônica figurou como a região detentora do segundo maior rebanho bovino
do Estado do Pará até meados de 80. A pecuária é a atividade de maior geração de excedentes na Região. Seu crescimento ocorreu
fundamentalmente na medida em que as culturas temporárias e perenes esgotavam seus ciclos produtivos e eram abandonadas nos
lotes. Na Transamazônica, esta expansão da pecuária esteve relacionada
à expansão fundiária, pela intensificação da concentração de terras e conseqüente intensificação do desmatamento.
O Extrativismo Vegetal: A região de Altamira é marcada pela ocupação econômica centrada no extrativismo vegetal, onde a
coleta de castanha do Pará e extração do látex da seringueira (hevæ brasiliense) determinou durante diversas décadas sua dinâmica
econômica.
4- Social:
IDHM-2010: 0,665
Educação: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos: 93,1%
Mercado de Trabalho; População ocupada [2018]: 17,7%
Saúde: Mortalidade Infantil [2017]: 14,07
Segurança: 103,84 homicídios por cem mil habitantes. Altamira, no Pará, é o município brasileiro que
registrou as maiores áreas de desmatamento da Amazônia
Legal nos últimos sete anos. A situação se mantém igual, com o município ostentando as maiores áreas de derrubada de florestas
tropicais no país. Os dados fazem parte de estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada detectada
entre os anos de 2013 e 2018 na cidade paraense foi de 1,9 mil quilômetros quadrados, ou seja, 5,43% de todo o desmatamento que
ocorreu na Amazônia no período. Como comparação, a área desmatada em Altamira é superior ao tamanho da cidade de São Paulo.
Atualmente altamira passo por grande transformações com as obras da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, tivemos aspectos positivos
e negativos advindos desse grande empreendimento.
SANTARÉM
1- História
A localização de Santarém em um rico território, no encontro do rio Tapajós com o rio Amazonas, em área de solo fértil, de
floresta consolidada, com abundante biodiversidade e beleza cênica, boa conexão com outras aglomerações, explica os registros
arqueológicos, que datam ocupações anteriores a 7 mil anos, por civilizações portadoras de dinâmicas urbanas, cultura própria,
organização social e formação de redes. Apesar de oficialmente a cidade possuir 359 anos, (22 de junho de 1661) desde sua fundação
como vila portuguesa, Santarém pertence a um grupo de assentamentos humanos com profundas raízes pré-cabralinas, desde o século
X. Em 1754/56 os jesuítas foram expulsos do local e a região foi elevada à Vila de Santarém.
Em 1753/58, é criado o distrito de Alter do Chão. Elevado à categoria de cidade e sede do município com a
denominação de Santarém pela lei provincial de 24-10-1848.
O mito de que a região era despovoada e dispunha de recursos infinitos (Loureiro, 2002) justificou o direcionamento
de migrantes para a região (nordestinos refugiados da grande seca de 1915; assentados rurais da região Sul na década de 1970;
trabalhadores para as obras dos projetos federais.
Santarém reafirmou sua importância regional a partir do acúmulo de novas funções e destacou-se como polo regional
segundo a lógica urbano-industrial. A consolidação da cidade no período colonial e o seu fortalecimento no decorrer do século XX, sob
a hegemonia capitalista.
A cidade se distinguiu do amálgama circundante, como a manifestação da fase urbano-industrial capitalista, à medida
que conjuntos habitacionais e instalações portuárias, aeroportuárias e rodoviárias foram implantados a partir dos anos de 1970.
Santarém foi o resultado do amálgama de assentamentos gerados por matrizes indígena, portuguesa e quilombola.
Seus bairros mais afastados tiveram origem a partir de comunidades vernáculas. O novo arranjo regional repete esse mesmo processo,
por meio da combinação entre infraestrutura logística, mudança do uso da terra e da ressignificação das pequenas cidades de Belterra
e de Mojuí dos Campos (emancipado recentemente) e das vilas existentes como “bairros distantes” da cidade.
Gomes, T. V., & Cardoso, A. C. D. (2019). Santarém: o ponto de partida para o (ou de retorno) urbano utopia. urbe. Revista
Brasileira de Gestão Urbana
2-Demografia:
População em 2010: 294.580
População em 2020: 306.480 pessoas
Homens: 150.590 e mulheres: 155.890
População entre 60- 69 anos de idade -2020: 17.369
Taxa de fecundidade: 2,41 2019
3-Economia:
PIB – 2017: R$ 4.835.188
Receita Pública – 2019: R$ 697.296.568.
Saldo da Balança Comercial 2019: R$ 120.697.313.
Salário médio mensal - 2018: 2,2 salários
O primeiro “ciclo” econômico de Santarém foi o das “drogas do sertão”.
(...) A partir de 1734, a lavoura cacaueira passou a ser o principal produto de exportação, iniciando o segundo ciclo
econômico, o “Ciclo” do Cacau. Data desta época o desenvolvimento da plantação do arroz, que também fora encontrado em estado
nativo e transformado em cultura, o cultivo do café, do milho, do feijão, da mandioca, algodão e tabaco.
O terceiro “ciclo” econômico, o Ciclo da Borracha, impulsionado pela descoberta da vulcanização, em 1839, pelo
químico Nelson Goodyear, transformando o produto em um bem de grande valor industrial para o setor automobilístico. A supremacia
deste produto se estendeu até a primeira década do século XX, quando aconteceu o declínio das exportações devido à entrada da
borracha asiática nos mercados Americano e Europeu. (...)
Para os mercados interno e regional de fabricação de sacarias para embalagens de produtos diversos, inaugurando o quarto
ciclo econômico, o Ciclo da Juta. As receitas do município foram incrementadas com a instalação de fábricas, pequenas indústrias e
estabelecimentos comerciais. O livro “Santarém: Uma Síntese Histórica” registra: “A exportação de juta cresceu a partir de
1942,150.000kg anuais, em 1944, para o equivalente a 820.000kg, a maior quantidade exportada de Santarém”.
Nos anos 40 o aumento das exportações de madeira foi significativo, tanto que num espaço de dez anos correspondeu a 50%
das exportações do Município. Destacam-se nesta década a extração de sementes oleaginosas – o cumarú e castanha-do-pará. Nas
décadas de 50 e 60 a extração de pau-rosa possibilitou a instalação de três usinas beneficiadoras em Santarém. (...)
Na década de 70 tivemos o quinto ciclo econômico, o Ciclo da Pimenta do Reino, desenvolvida pelos colonos
japoneses. O Estado do Pará chegou a ser o maior produtor nacional neste período, marcado também pelo sexto ciclo econômico, o
Ciclo dos Investimentos patrocinados pelo Governo Federal que viabilizaram a construção de estradas (BR-163/Santarém Cuiabá e BR-
230/Transamazônica), etc., bem como implantou os projetos de assentamentos humanos, que promoveram o crescimento das
atividades econômicas e o incremento da infra-estrutura urbana, das comunicações e do transporte. (...)
O extrativismo mineral correspondeu ao sétimo ciclo econômico, o Ciclo do Ouro, que ocorreu nos anos 80 e trouxe
mudanças sócio-econômicas bastante significativas. Desenvolvida no Vale do Tapajós as atividades auríferas demandavam, de forma
acentuada, bens de consumo e serviços do mercado santareno, que passou a canalizar a
maior parte dos recursos financeiros da Região. Foi um período de crescimento acelerado da população na zona urbana, das atividades
agropecuárias, comerciais, industriais e de serviços.
4- Social:
IDHM-2010: 0,691
Educação: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos: 97,3%
Mercado de Trabalho; População ocupada [2018]: 15,7%
Saúde: Mortalidade Infantil [2017]: 18,15
Segurança: 20,03 homicídios por cem mil habitantes

BREVES
1-História
Pertencente à Mesorregião do Marajó. Localiza-se no sudoeste na Ilha de Marajó. Os primeiros habitantes da região foram
os índios da tribo dos Bocas. Neste local, que anteriormente pertencia aos índios da tribo dos Nheengaíbas,
Em 19 de novembro de 1738, o capitão geral do Pará, João de Abreu Castelo Branco, concedeu aos irmãos portugueses
Manuel Fernandes Breves e Ângelo Fernandes Breves uma sesmaria, localizada às proximidades do rio Parauaú. Com a instalação de
um engenho, o lugar passou a ser chamado de “Engenho dos Breves”.
Em 30 de dezembro de 1850, a lei provisória nº. 172, deu-lhe o predicamento de freguesia com a invocação de Nossa Srª.
Santana de Breves, sendo no ano seguinte, elevado a categoria de Vila, através da resolução nº. 200, de 25 de outubro de 1851,
datando daí também a criação do município de Breves.
Após a instalação da família dos Breves, outros parentes deslocaram-se para a região, contribuindo assim, para seu
desenvolvimento. Chegando à Proclamação da República, com certo desenvolvimento, passando a fazer parte dos municípios de
Melgaço e Portel, sucessivamente.
No dia 02 de novembro de 1882, através da lei provisória, a Vila de Sant´Anna dos Breves, foi elevada a categoria de
Cidade. A lei Estadual 10 de novembro de 1909, concedeu definitivamente foro de cidade à sede do município.
2-Demografia:
População em 2010: 92.860
População em 2020: 99.080
Homens: 53.395 e mulheres: 50.102
População entre 60-69 anos de idade – 2020: 4.542
Taxa de fecundidade: 3,05
3-Economia:
PIB – 2017:R$ 743.286
PIB per capita – 2017: R$ 7. 440,60
Receita Pública – 2018: R$ 218.251.347, sem dados de 2019.
Saldo da Balança Comercial 2019: R$ 607.447
Salário médio mensal - 2018: 2,4 salários.
A economia é Baseada no extrativismo, destacando-se açaí, palmito, carvão e madeira (esta última em franca decadência
pelas novas políticas ambientais adotadas pelo estado). Na agricultura, destaca-se arroz, milho, mandioca, laranja, banana e limão. Na
pecuária, destaca-se gado, búfalo e suínos.
4- Social:
IDHM-2010: 0,503
Educação: Taxa de escolarização de 6 a 14 anos: 90,2%
Mercado de Trabalho: População ocupada [2018]: 7,7%
Saúde: Mortalidade Infantil [2017]:15,79
Segurança: 28,24 homicídios por cem mil habitantes

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