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SANTARÉM

O MUNICÍPIO
História
As expedições militares dos conquistadores portugueses no século XVII trouxeram
missões religiosas e colonizadores para a Amazônia. Em 1758, a aldeia de Tapajós
foi elevada à categoria de vila com a denominação de Santarém, mesmo nome de
uma cidade lusitana.
A insatisfação gerada pela adesão do Pará à independência eclodiu, em 1835, o
movimento revolucionário popular chamado Cabanagem. O nome desse movimento
refere-se à origem humilde da maioria dos revolucionários, habitantes de barracas
ou cabanas.
Enquanto os cabanos tomavam Belém em 1835, em Santarém o juiz da recém-
criada Comarca providenciava medidas cautelares. Os cabanos conseguiram
fortificar-se em um lugar chamado de Ecuipiranga, às margens do rio Amazonas.
Ecuipiranga foi resgatada pelas tropas legais em 1837.
Restabelecida a legalidade em Santarém, foi eleita a nova Câmara Municipal. Em
1848, Vila Santarém foi elevada à categoria de cidade.

A história de Santarém remonta a um grande processo de imigrações que deixou


diversas heranças culturais que, unidas, formam a identidade do município e do
povo santareno.
A cidade foi fundada no dia 22 de junho de 1661 pelo padre português João Felipe
Bettendorf durante missões jesuítas na região. Nesta data ainda não havia o
formato de cidade nem o nome que conhecemos hoje, mas o dia em que o padre
instalou a missão na aldeia dos Tapajós foi o que deu início a formação do
município em que vivemos.
No dia 14 de março de 1758, o local foi elevado à categoria de vila pelo governador
da Província Grão Pará, capitão-geral Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
recebendo o nome de Santarém. Em viagem ao Rio Tapajós, ele instalou as vilas de
Alter do Chão, onde era a aldeia dos Boraris; Boim, onde era aldeia dos
Tupinambás; Vila Franca, onde era aldeia dos Arapiuns e Cumarús; e Pinhel, onde
era Aldeia dos Matapuz.
Vários eventos políticos ocorreram desde então. Construção de fortalezas;
movimentos rebeldes contra a dominação portuguesa, como foi o caso da
Cabanagem em Santarém, de 1833 a 1840; imigrações em busca de novos
horizontes durante o Ciclo Econômico da Borracha, etc.
E em 24 de outubro de 1848, Santarém finalmente foi elevada à categoria de cidade
pelo presidente da Província, Jerônimo Francisco Coelho. Uma cidade que reúne
até hoje os descendentes indígenas, portugueses, estadunidenses e nordestinos,
que com muito trabalho promovem o crescimento da nossa sociedade.
A Cidade
Santarém é o principal centro urbano financeiro, comercial e cultural do oeste do
estado do Pará. A cidade é uma das mais antigas da região amazônica e se
constituiu como uma das mais importantes também.
Cidade do interior com características de cidade grande, é a sede da Região
Metropolitana de Santarém, o segundo maior aglomerado urbano do Pará. E seus
números comprovam essa grandeza.
Em 2019, sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 304.589 habitantes, sendo então o 3° município paraense
mais populoso, o 8° mais populoso da Região Norte e o 91º mais populoso
município do Brasil. Ocupa uma área de 22 887,080 km², sendo que 97 km² estão
em perímetro urbano.
Por causa das águas cristalinas do Rio Tapajós, conta com mais de 100 quilômetros
de praias que mais se parecem com o mar. É o caso de Alter do Chão, conhecida
como “Caribe Brasileiro” e escolhida pelo jornal inglês The Guardian como uma das
praias mais bonitas do Brasil e a praia de água doce mais bonita do mundo, palco
de uma das maiores manifestações folclóricas da região, o Çairé, que atrai turistas
do mundo todo. Segundo dados de 2017, ostenta um Produto Interno Bruto (PIB) de
R$ 4,8 bilhões, sendo o 6° município com maior PIB do estado.

Acesso
O transporte aéreo é realizado através de voos diários por aeronaves de diferentes
dimensões. Aeronaves a jato de grande porte levam aproximadamente uma hora de
viagem até as cidades de Belém e Manaus, se estendendo, a partir das mesmas,
para outras regiões do país (nordeste, centro-oeste, sul, sudeste) e exterior.
Por via terrestre o acesso até a Capital do Estado é possível através da BR-163
(Rodovia Federal Santarém-Cuiabá), ligando Santarém ao município de Rurópolis,
com 229 km de estrada, cruzando a partir daí a BR-230 (Rodovia Transamazônica),
percorrendo 90 km até o município de Placas, passando por diversos municípios
(Uruará, Medicilândia, Brasil Novo, Altamira, Belo Monte, Anapu, Pacajá, Novo
Repartimento) até chegar em Tucuruí via BR-422, em seguida percorre os
municípios de Breu Branco, Goianésia, Tailândia, Moju, Abaetetuba, Barcarena,
Ananindeua, para finalmente alcançar a BR-316, e a cidade de Belém, através de
linhas regulares de ônibus.
A modalidade hidroviária é o mais importante meio de locomoção de passageiros e
transporte de cargas devido à existência dos vários rios que formam a rede
hidrográfica (Amazonas, Tapajós, Arapiuns, Curuá-Una, Moju e Mojuí) e
desempenha importante papel na economia local. Embarcações de médio porte
fazem a navegação fluvial para as cidades de Belém (Pará), Manaus e Macapá. As
embarcações de grande porte fazem a navegação de longo curso. De Santarém
para a capital do Estado, via fluvial, são 880 quilômetros de distância e para Manaus
são 756 quilômetros.
Praias
Praia do Maracanã
Distante cerca de 6 km por via terrestre, a Praia do Maracanã (02º25′ 08.7″ S,
054º45′ 39.0″ W) é a praia mais próxima do centro da cidade de Santarém, sendo
que a via principal de acesso terrestre a esta é a rodovia Fernando Guilhon, estrada
totalmente pavimentada e sinalizada. O acesso à praia ainda é possível por via
fluvial, através do Rio Tapajós. Para atender seus visitantes, a praia do Maracanã
dispõe de vários empreendimentos (barracas) de bar e restaurantes, os quais são
famosos pelo preparo de pratos saborosos onde o produto principal é o peixe.
O horário de funcionamento dos estabelecimentos de bar e restaurante: 10:00 às
16:00 h (Seg. a dom.)
Praia da Salvação
Próxima ao aeroporto Maestro Wilson Fonseca, o acesso à praia se dá tanto por via
terrestre quanto por via fluvial. Contudo, por via terrestre é necessário solicitar
autorização dos proprietários das terras que margeiam a praia. O acesso por via
fluvial se dá por meio do Rio Tapajós.
Praia Maria José
O acesso se dá por via terrestre e via fluvial. Situa-se entre as praias do Juá e
Arariá, não dispondo de infraestrutura para receber visitantes.
Praia do Arariá
Situada a noroeste da cidade, nas proximidades do aeroporto, a praia de Arariá é
acessível somente por via fluvial. É formada pelo rio Tapajós e não dispõe de
infraestrutura para receber visitantes.
Praia do Pajuçara
O acesso a esta se dá por via terrestre e fluvial. Por via terrestre e feita através da
Rodovia Fernando Guilhon, passando por propriedades particulares, não havendo
impedimentos para tal. Já por via fluvial o acesso se dá através do Rio Tapajós.Há
ônibus diariamente para o local, o qual percorre a Av. Rui Barbosa no centro da
cidade de Santarém.
Praia de Carapanari
Localiza-se entre as praias de Pajuçara e Jutuba. Seu acesso pode ser feito através
de via fluvial e terrestre. Por via Fluvial através do Rio Tapajós e terrestre através da
Rodovia Fernando Guilhon e também pela Rodovia Everaldo Martins.
Há alguns estabelecimentos na praia com serviços de bar e restaurante, dentre
estas destaca-se o restaurante “Casa do Saulo” que tem como especialidades
pratos feitos à base de peixe.
Praia do Jutuba
O acesso a esta se dá via fluvial também pelo rio Tapajós. Na praia não há qualquer
tipo de infraestrutura turística.
Praia de Ponta de Pedras
Distante aproximadamente 23 km da sede do município, o acesso a esta se dá por
via terrestre e fluvial. Por via terrestre o acesso ocorre através da Rodovia Estadual
Everaldo Martins (pavimentada), e por outra estrada não pavimentada, com uma
extensão de 12 km. Já por via fluvial, o acesso se dá através do Rio Tapajós. Tanto
por via terrestre quanto por via fluvial ainda não há um transporte regular.
A praia de Ponta de Pedras apresenta grande beleza cênica, destacando suas
formações rochosas (beach rock) e a presença de vegetação próxima às margens.
Além da beleza natural do lugar, o visitante ainda poderá desfrutar da gastronomia
local, no qual tem-se como oferece aos seus visitantes uma pousada e barracas
para a venda de alimentos e bebidas.
Ponta do Cururu
Localizada na margem direita do rio Tapajós, às proximidades da vila de Alter do
Chão, a Ponta do Cucurunã o dispondo de infraestrutura turística. O acesso a este é
somente por via fluvial através do Rio Tapajós, saindo da Vila de Alter do Chão ou
da cidade de Santarém.
Praias de Alter do Chão
Na vila de Alter do Chão podemos encontrar belas praias fluviais de areias brancas,
as quais são banhadas pelas águas do rio Tapajós, dando destaque para a praia
“Ilha do Amor” e “Praia do Cajueiro”. A beleza dessas praias se associa ao lendário
Lago Verde ou Lago dos Muiraquitãs. No ano de 2009 e 2012 a praia de Alter do
Chão foi eleita pelo Jornal Britânico “The Gardian” com uma das melhores praias
fluviais do Brasil.
O acesso as praias de Alter do Chão se dá tanto por via terrestre quanto por via
fluvial. Saindo da sede municipal, o acesso por via terreste ocorre pela PA-457 (via
pavimentada) há uma distância de 30 km (40 minutos de carro particular e 1hora no
ônibus de linha). Por via fluvial, através do rio Tapajós, com duração média de 3
horas de viagem.
Praias do Arapiuns
A região do Arapiuns está localizada à margem esquerda do rio Tapajós e é
formada pelo rio que recebe o mesmo nome. O acesso é feito exclusivamente por
via fluvial.
No período do verão amazônico surgem nas margens do Arapiuns inúmeras praias,
dentre as quais podem ser citadas a Ponta do Icuxi, Ponta Grande dentre outras, de
areias brancas e finas, formando na maioria das vezes pequenas dunas, com águas
cristalinas, verde-azuladas.
Na “região” do Arapiuns existem várias comunidades. Além das belíssimas praias,
outro ponto turístico importante e caracterizado como o mais famoso de toda a bacia
do Arapiuns é a Cachoeira do Aruã, que é dividida em duas quedas d’água,
separadas por uma pequena ilha coberta de vegetação. No local, além do delicioso
banho de rio, pode ser praticada a canoagem, o lazer náutico e contemplativo,
caminhada ecológica e inúmeras outras atividades. São necessárias
aproximadamente 10 horas para se chegar até a cachoeira.
A região do Arapiuns não dispõe de uma infraestrutura mínima para a atividade
turística como hotéis, pousadas, restaurantes e, nem mesmo, barraquinhas de
praia, capaz de dar algum suporte a essa atividade. Existem somente dois postos
de saúde e um único posto telefônico.

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