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HORMONAS VEGETAIS

• Todos os seres vivos apresentam uma série de respostas aos


estímulos exteriores
• Algumas dessas respostas manifestam-se na forma de
movimento:
• As plantas, apesar de não serem capazes de locomoção,
também produzem movimentos
• Esses movimentos podem não ser tão rápidos ou evidentes
como os dos animais
• Todos os órgãos das plantas podem apresentar
movimentos
Movimento dos girassóis,
seguindo o sol

Crescimento das plantas

Abertura/Fecho de flores e folhas


• Os movimentos das plantas, bem como o desenvolvimento
dos seus órgãos, são afetados por inúmeros estímulos do
meio exterior:
•Temperatura
•Gravidade
•Fotoperíodo
•Toque mecânico
• A luz atua como estimulo do crescimento e do movimento
• A planta, em resposta ao estimulo, movimenta-se no sentido da luz
• Os movimentos que as plantas desenvolvem, e que resultam
em crescimento, em resposta a estes estímulos, na sua
direção ou em direção oposta

Denominam-se Tropismos
• Os movimentos que não envolvam crescimento da planta
em resposta a um estímulo

Denominam-se Nastias
• Os tropismos podem ser:
• Positivos – em direção ao estímulo
• Negativos – em direção oposta ao estímulo
• O tropismo também pode ser:
• Termotropismo
• Quimiotropismo
• Hidrotropismo
• Gravitropismo
• Fototropismo
• Tigmotropismo
Gravitropismo Tigmotropismo

Resposta da planta em relação


à gravidade
Nota: por norma, as raízes
apresentam gravitropismo positivo Resposta da planta a um
(crescem no sentido na força da estimulo mecânico
gravidade) e os caules apresentam
gravitropismo negativo (crescem no
sentido oposto ao da gravidade)
• As nastias são dos movimentos mais fascinantes do reino
vegetal, e também podem ser classificadas de acordo com
a natureza do estímulo que as provoca:
• Fotonastia
• Tigmonastia
• Termonastia
• Quimionastia
• Hidronastia
Fotonastia Tigmonastia

Noite Dia

Resposta da planta em relação Resposta da planta em relação ao


à luz toque
• Desde cedo que os investigadores se interrogam qual o
processo que leva as plantas a reagir aos estímulos, uma
vez que não apresentam sistema nervoso

• Entre esses investigadores encontra-se Charles Darwin e


Francis Darwin, os quais desenvolveram uma série de
experiencias com vista a descobrir de onde partia a
mensagem que leva a planta a responder.
• O que estes dois investigadores descobriram foi que
algures no ápice do coleóptilo se desenvolvia uma
mensagem que era passada para as regiões inferiores da
planta.
• Esta mensagem levava a planta a curvar

• Em 1926, Frits Went deu seguimento às experiencias de


Darwin.
• Frits sabia que havia uma substância a ser produzida no
ápice do coleóptilo, só não sabia qual era.
• Então cortou o ápice e colocou-o em cima de um bloco de
agar, de forma a que este absorve-se a substância.
• Seguidamente, colocou 4 coleóptilo em condições de
obscuridade, onde:
• Obtiveram-se os seguintes resultados:
• Went concluíu que as plantas curvam
graças a uma substância produzida no
ápice do coleóptilo.
• Quando o bloco é colocado de forma centrada, não ocorre
curvatura
• Quando de forma descentrada, verifica-se uma curvatura
para o lado oposto ao do bloco, tal como se a planta se
inclinasse em direção a uma fonte luminosa
• Esta curvatura seria explicada por um alongamento das
células do coleóptilo do lado onde o bloco foi colocado.

• Este crescimento dever-se-ia à presença de uma substância


química que Went denominou auxina.
• As auxinas sintetizadas sobre
o estímulo da luz, deslocam-se
pelo caule abaixo e para o
lado oposto ao que está
exposto à luz

• Isto leva a que as células do lado oposto ao da luz


alonguem, o que resulta numa curvatura da planta em
direção à fonte luminosa
• Hoje em dia, sabe-se que o principal fator interno de
regulação das reações de desenvolvimento e crescimento
nas plantas são substâncias químicas denominadas:

Hormonas Vegetais
ou

Fitohormonas
• As fitohormonas são sintetizadas em pequenas quantidades
em determinados locais e transportadas para outros, por
exemplo através do floema
• Possuem funções várias funções como:
• Estimulação
Crescimento
• Inibição
• Manutenção
Tecidos
• Reparação
• Depois da descoberta das auxinas, muitas outras
fitohormonas foram descobertas, pelo que existem
atualmente cinco grandes grupos de fitohormonas:
• Auxinas
• Giberelinas
• Citoquininas
• Etileno
• Ácido abscísico
• São das fitohormonas mais bem estudadas e importantes
pois intervêm no crescimento da planta.
• Conhecem-se três auxinas naturais, sendo a mais ativa o
Ácido indolacético (IAA)
• Produzida nos ápices dos caules, sementes (embrião),
folhas jovens, flores, frutos e grãos de pólen.
• O efeito das auxinas depende, entre outros fatores, do
local onde são produzidas, da espécie da planta e da
sua concentração.
• Esta atividade permite verificar
que a mesma concentração de
auxinas tem diferentes efeitos
no crescimento dos órgãos.
• A concentração necessária
para promover o crescimento
da raiz é muito menor que a
necessária para o
desenvolvimento do caule.
• Uma elevada concentração de
auxinas promove o crescimento
do caule e inibe o crescimento
das raízes.
• As auxinas ajudam o fototropismo positivo do caule e o negativo
na raiz

• Se uma planta for colocada na horizontal, os lados voltados


para baixo recebem maior quantidade de auxinas.
• No caule as auxinas levam a que essas células se alonguem, logo o
caule curva para cima
• Já na raiz, as auxinas inibem o crescimento, assim as células inferiores
alongam menos, logo a raíz curva para baixo
• O crescimento das plantas faz-se a partir de células com
grande capacidade de divisão e diferenciação, formando
um tecido denominado de meristema
• Estes podem ser classificados de acordo com a sua posição
no corpo da planta
• Apicais – nas pontas do caule e raíz

• Laterais – gomos dos ramos laterais


• Nas plantas que apresentam dominância apical, o crescimento
ocorre quase exclusivamente a partir dos meristemas apicais
• Isto porque as auxinas
produzidas nos meristemas
apicais inibem o
desenvolvimento dos
meristemas laterais
• Se por alguma razão se
eliminar o meristema
apical, os meristemas
laterais desenvolvem-se
originando ramos.
• As auxinas são ainda responsáveis por:
• Evitar a abscisão e queda das folhas e frutas.
• Evitando a desintegração das células da base do pecíolo.

• Estimular a formação dos frutos


• As auxinas produzidas nas sementes levam ao desenvolvimento
das paredes do útero, logo levando à formação de frutos.

• Propagação vegetativa
• A aplicação de auxinas em estacas caulinares leva à formação
de raízes.
• Conhecem-se cerca de 80 giberelinas naturais
• São responsáveis pelo alongamento dos caules
• Árvores, arbustos e algumas ervas

• Ação mais lenta que as auxinas


• Intervenientes também na germinação de sementes e
no processo de floração e maturação dos frutos
• Atuam muitas vezes em conjunto com a IAA (auxina – ácido
indolacético)
• Estimula a divisão celular em tecidos meristemáticos
• Em certas situação tem ação contrária à das auxinas,
estimulando o desenvolvimento de gomos laterais ou
inibindo a ramificação das raízes
• Retardam o envelhecimento de células vegetais,
impedindo a abscisão das folhas.
• Tal como muitas outras fitohormonas, a ação do etileno era já
conhecido antes de se descobrir a hormona.
• Desde muito cedo que se verificou que as bananas
amadureciam muito mais depressa quando armazenadas junto a
laranjas
• Em 1934, comprovou-se que as plantas produzem etileno, em
gás que provoca a maturação dos frutos, bem como a abscisão
das folhas.
• O etileno é também essencial na proteção de plantas feridas ou
infetadas, pois acelera o envelhecimento das partes afetadas,
garantindo assim a sobrevivência das plantas.
• O ácido abscísico ou ABA inibe a ação das hormonas
de crescimento, a germinação de sementes e
desenvolvimento de gomos.
• Promove o fecho dos estomas, protegendo a planta em
situação de seca
• Estimula a abscisão de folhas, ramos e frutos.
• As hormonas raramente atuam sozinhas
• É a produção coordenada das diversas hormonas que
permite à planta sobreviver às mudanças das estações do
ano, bem como às condições climatéricas extremas, e
continuar o seu desenvolvimento
• O principal fator interno de regulação das reações de
desenvolvimento e crescimento nas plantas são as
hormonas. Essa regulação intrínseca, no entanto, está
dependente de fatores externos, como a luz ou a
temperatura. Estes fatores extrínsecos influenciam a
atividade hormonal, dando então, origem a respostas por
parte da planta.

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