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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E


TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO TOCANTINS
CAMPUS AVANÇADO LAGOA DA CONFUSÃO

FRUTICULTURA
BOTÂNICA E ECOFISIOLOGIA DE PLANTAS FRUTÍFERAS
Prof. Me. Cibelle Christine Brito Ferreira
GRUPOS DE PLANTAS
Plantas Criptógamas Plantas Fanerógamas

O nome tem origem no grego, sendo O nome também tem origem grega,
que cripto significa escondido e gamae sendo que fanero significa visível e gamae
corresponde a gameta. corresponde a gametas.
As plantas fanerógamas têm seus
A principal característica destas
sistemas produtores de gametas bem
plantas é o fato de possuírem sistema visíveis. Também são conhecidas como
de produção de gametas pouco visível. plantas espermatófitas, por produzem
sementes.
Exemplos: samambaias, e musgos. Exemplos: mangueiras, laranjeira,
limoeiro, macieira e coqueiro.
Subgrupos de Criptógamas:
Subgrupos de Fanerógamas:
► Briófitas: vegetais que não têm vasos
especializados para a condução da seiva. ► Gimnospermas: são os vegetais que
São plantas de tamanho pequeno. não produzem frutos, embora possuam
sementes.
► Pteridófitas: vegetais que possuem
► Angiospermas: as sementes destas
vasos para o transporte da seiva. São plantas ficam alocadas dentro de frutos.
plantas de tamanho grande. São também Estes frutos são originários do
chamadas de plantas vasculares. desenvolvimento do ovário das flores.
ANGIOSPERMAS
❑ A palavra angiosperma
vem do grego angeios, que
significa 'bolsa', e sperma,
'semente’.
❑ Representam o grupo
mais variado em número
de espécies entre os
componentes do reino
Plantae ou Metaphyta.
❑ As angiospermas
produzem raiz, caule,
folha, flor, semente e
fruto.
ESTRUTURA DE PLANTAS
FRUTÍFERAS
❑ A estrutura de uma planta
frutífera é composta pelo
sistema radicular e pela
parte aérea.
❑ Na parte aérea nos
encontramos o tronco,
ramos, gemas, folhas, flores
e frutas.
❑ No sistema radicular, as
raízes e pêlos absorventes
que garantem a sustentação
e a nutrição mineral das
plantas.
PARTE AÉREA
❑ O tronco e os ramos formam o
esqueleto que sustenta as folhas, órgãos
de frutificação, gemas e frutas.
❑ Em plantas frutíferas lenhosas, as
gemas se constituem no órgão vegetativo
por excelência, pois delas depende todo
o crescimento e o desenvolvimento das
frutas.
❑ De acordo com a sua posição na
planta, as gemas podem ser classificadas
em terminais, axilares, secundárias
(segurança) e basais.
❑ Pela estrutura das gemas podem ser
classificadas em vegetativas, floríferas
e mistas.
❑ O processo de formação das gemas
inicia com a brotação e, de forma
evolutiva durante o período vegetativo,
parte delas permanecem vegetativas,
enquanto as demais se diferenciam em
gemas floríferas.
CAULE
❑ O caule promove interligação entre raiz e folha,
levando a seiva bruta da raiz para as folhas, através de
um conjunto de vasos condutores, chamado de xilema,
e levando a seiva elaborada das folhas até o restante da
planta, por um conjunto de vasos condutores, chamado
de floema.
❑ Durante a descida, o floema fornece alimento aos
demais órgãos.
❑ Os troncos das árvores variam em tamanho, forma,
textura e cor.
FOLHA
❑ Nas folhas, ocorre a fotossíntese, que é um processo
de produção de glicose e oxigênio. Este processo tem
como um de seus componentes a luz do sol. A luz é
formada por feixes de diferentes comprimentos de
onda. Cada comprimento é de uma cor. Essas são as
cores primárias.
❑ Os comprimentos de onda que são absorvidos pelas
folhas variam de acordo com as espécies. Em geral o
comprimento de onda de cor verde não é absorvido
pelas folhas, sendo assim refletido, dando a coloração
verde às folhas.
❑ A glicose produzida compõe a seiva elaborada
conhecida como alimento da planta. A seiva elaborada é
transportada, das folhas para toda a planta, pelo
floema.
FOLHA
❑ Nas folhas ocorre a transpiração e a perda de água para
o meio ambiente na forma de vapor.
❑ É possível observar névoas em grandes florestas ao
amanhecer. Esta névoa nada mais é que a evaporação da
umidade da floresta. Uma parte desta umidade é
produzida através desta transpiração que ocorre em cada
folha.
FLOR
❑ A flor é uma folha modificada do vegetal, de
crescimento limitado, contendo as estruturas
reprodutivas da planta Gineceu (parte feminina),
Androceu (parte masculina).
❑ A pétala funciona como atrativo.
❑ Cada espécie evoluiu suas flores em tamanho, forma e
cor, para se adaptar aos seus determinados
polinizadores.
❑ Com a flor, as Angiospermas adquiriram a capacidade
de se reproduzirem a partir do cruzamento entre dois
indivíduos.
❑ A grande maioria das flores das Angiospermas é
hermafrodita, facilitando a autofecundação.
FLOR

Para impedir a autofecundação, as flores


possuem adaptações que impedem o processo, e
facilitam a fecundação cruzada (entre flores de
indivíduos diferentes), tais como:

❑ Hercogamia = alturas diferentes da antera


(androceu) e o estigma (gineceu).
❑ Protandria = o androceu amadurece antes do
gineceu.
❑ Protoginia = gineceu amadurece antes do
androceu.
FLOR
FRUTO
❑ Ocorrendo a fecundação,
o óvulo origina a semente,
e o ovário, o fruto.
❑ O fruto protege as
sementes e prepara o solo,
facilitando a germinação.
❑ Os frutos podem ser
verdadeiros (quando se
formarem a partir do
ovário, como o abacate);
ou falsos (quando se
formam de outras partes
da planta como o caju,
maçã, figo, abacaxi e
framboesa).
SEMENTES
❑ A semente é uma estrutura de propagação da planta;
❑ É a unidade reprodutiva que dá início a uma nova geração
da espécie;
❑ Estrutura que contém o embrião e protege-o contra a
dessecação, danos mecânicos e ataques de organismos
diversos.
SISTEMA RADICULAR DAS
FRUTÍFERAS
❑ Os tipos mais comuns de raízes, encontrados em
plantas frutíferas, são: pivotante, fasciculada e
fibrosa.
❑ As plantas propagadas por sementes apresentam
raízes pivotantes.
❑ As raízes das plantas propagadas por via vegetativa
mostram-se fasciculadas e superficiais.
FUNÇÕES DO SISTEMA RADICULAR
► Fixação da planta no solo;
► Absorção de água e nutrientes
► Acumulação de substâncias de reserva;
► Respiração e crescimento em comprimento, diâmetro
e ramificação.

Fique sabendo....
❑ A distribuição do sistema radicular da planta depende
da espécie, tipo de solo, umidade, nutrição, porta-
enxerto, densidade de plantio, entre outros fatores.
❑ Normalmente o sistema radicular ativo se localiza
numa profundidade de até 40cm.
FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO
❑ Segundo as espécies, as gemas floríferas
podem ser formadas antes da brotação, durante
a brotação ou posterior a abertura das gemas
vegetativas;
❑ Algumas práticas culturais, tais como o
anelamento de ramos e o uso de reguladores
vegetais (etileno), estimulam a indução floral;
❑ A presença de frutas em quantidades elevadas
concorrem com a indução floral, principalmente
pela relação que existe com a síntese e
translocação de giberelinas das sementes dos
frutas e nos ápices de crescimento;
FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO
❑ A formação da fruta se dá por fecundação do
óvulo ou por processos de partenocarpia.
❑ Para que haja fecundação é necessário que ocorra
formação de pólen, polinização, germinação do
pólen, crescimento do tubo polínico e fecundação;
❑ As plantas frutíferas, salvo no caso de serem auto-
férteis, necessitam de polinização cruzada como
forma de garantir uma boa produção do pomar.
❑ A presença de insetos polinizadores ajuda a
diminuir os riscos na produção. Assim, o uso de
abelhas, no período de floração, é uma prática
bastante recomendada.
DESENVOLVIMENTO DA FRUTA
❑ O processo de formação das frutas inicia com a floração,
fecundação e vingamento, e termina com a maturação;
❑ Durante o processo de desenvolvimento das frutas de sementes ou
com caroço, a fruta passa pelas seguintes fases:
a) Multiplicação celular - esta fase apresenta intensa divisão
celular, fazendo com que a fruta atinja praticamente o número
total de células;
b) Elongação celular - as células acumulam água e nutrientes,
provocando aumento no volume e tamanho da fruta. No caso de
frutas de caroço, durante esta fase pode ocorrer uma paralisação
do crescimento da fruta para dar lugar ao desenvolvimento do
caroço, sendo que a duração é variável para as cultivares precoces
ou tardias;
c) Maturação - nesta fase, ocorrem uma série de transformações
bioquímicas, tais como a diminuição da acidez, aumento dos teores
de açúcares, alterações na cor e aroma, entre outras. O aumento
do tamanho ocorre fundamentalmente devido ao acúmulo de água.
QUEDAS FISIOLÓGICAS DAS FRUTAS
Ao longo de todo o processo de desenvolvimento das frutas,
ocorrem uma série de fenômenos fisiológicos, que provocam a queda
dos mesmos. Também podem ocorrer, em qualquer momento, as quedas
acidentais que são provocadas por ventos, chuvas de granizo, doenças,
pragas, entre outras.
❑ Queda das frutas no vingamento - neste momento ocorrem a queda
de flores e frutas mal fecundadas. Pode acontecer uma queda de até
95% da floração total, sem prejuízos para a colheita. Esta situação
pode ser agravada quando ocorrer, simultaneamente, geadas, chuvas
em excesso ou falta de polinização;
❑ Queda no inchamento das frutas (“June drop”) - neste período
ocorre uma competição entre as frutas, normalmente no final do
período de multiplicação celular e início do engrossamento da fruta.
Neste período podem cair de 10 a 30% das frutas presentes na planta.
Esta situação pode ser agravada por problemas nutricionais e
climáticos;
❑ Queda pré-colheita - forma-se uma camada de abscisão entre a fruta
e o pedúnculo, o que facilita a queda das frutas. Este processo é mais
comum em algumas espécies frutíferas, como a macieira e a pereira.
Alguns fenômenos climáticos podem agravar ainda mais a situação, tais
como períodos de seca, ventos, pragas e doenças.
PRINCIPAIS FATORES ENVOLVIDOS
NA PRODUÇÃO DE FRUTAS
PRINCIPAIS FATORES ENVOLVIDOS
NA PRODUÇÃO DE FRUTAS
FATORES CLIMÁTICOS QUE
INFLUENCIAM A FRUTICULTURA
FATORES CLIMÁTICOS QUE
INFLUENCIAM A FRUTICULTURA
FATORES CLIMÁTICOS QUE
INFLUENCIAM A FRUTICULTURA
FATORES DO AMBIENTE QUE
INFLUENCIAM A FRUTICULTURA

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