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Universidade Federal de Uberlândia

Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal


Disciplina Biologia de Sementes

Relatório Atividades Práticas

Nota 19,0/ 20 pts

Francisca Eduarda dos Santos Silva

Mateus M. Silva

Melissa Ellen Silva Sousa

METODOLOGIA
Os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Ecofisiologia Vegetal do Instituto de
Biologia – INBIO da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), localizada no município de
Uberlândia, MG. As sementes de Leucaena leucocephala, Senna alata e Cassia fistula
utilizadas no presente estudo, foram anteriormente armazenadas em laboratório.
Foram realizados experimentos para determinar quais métodos são mais eficientes
para a superação de dormência presente nas sementes. Desse modo, foram estudados quatro
métodos, sendo eles: T1 – tratamento controle; T2 – imersão em água quente em temperatura
inicial de 80º C durante 15 minutos; T3 – imersão em água quente com temperatura constante
de 100º C por 10 segundos; e T4 – imersão em água quente com temperatura constante de
100º C por 1 minuto.
Após os tratamentos as sementes foram colocadas em caixas gerbox contendo papel
de germinação umedecido com água destilada, para cada tratamento foram realizadas quatro
repetições com 25 sementes, totalizando 100 sementes por tratamento. Posteriormente, foram
realizadas três contagens avaliações apóscom 7 dias, 10 dias e 14 dias, para avaliar a
quantidade de sementes germinadas, sendo considerada como tal aquela que apresentava a
protrusão radicular. Durante as contagens avaliações observou-se também as sementes que
foram embebidas, deterioradas e as sementes que permaneceram dormentes durante todo o
procedimento experimental.
Após o delineamento término do período experimental, foram avaliados os
percentuais de sementes germinadas, deterioradas, embebidas e dormentes. Posteriormente,
foram plotados gráficos através do programa Excel pertencente ao pacote Office 365.
RESULTADOS

Figura 1. Tratamentos para quebra de dormência em sementes de Leucaena leucocephala.


A. Percentual de germinação em sementes (azul), submetidas a quatro diferentes tratamentos
de quebra de dormência: T1 – tratamento controle; T2 – imersão em água quente em
temperatura inicial de 80º C durante 15 minutos; T3 – imersão em água quente com
temperatura constante de 100º C por 10 segundos; e T4 – imersão em água quente com
temperatura constante de 100º C por 1 minuto. B. Percentual de sementes dormentes
(laranja), embebidas (amarelo) e deterioradas (verde), submetidas aos quatros diferentes
métodos para superação de dormência.

Os dados relacionados à porcentagem de germinação de Leucaena leucocephala após


imersão das sementes em água aquecida nas diferentes temperaturas testadas estão
representados graficamente na figura 1A. Como pode ser visto, as sementes têm um
percentual maior de germinação (44%) no segundo tratamento (T2), onde ocorreu imersão
das mesmas em água quente em temperatura inicial de 80º C durante 15 minutos. A eficiência
de germinação éfoi reduzida nos tratamentos 3 e 4 (T3 e T4), onde a temperatura da água
chega a 100º C, sendo 42% e 33% respectivamente e no tratamento controle (T1) onde
apenas 24% das sementes germinaram.
No segundo gráfico (figura 1B) é possível observar a relação entre sementes
dormentes, embebidas e deterioradas. Conforme o observado, as sementes submetidas aos
tratamentos obtiveram um menor percentual de sementes dormentes sendo 1% no T2 e 0%
nos tratamentos de 100°C por 10 s e 100°C por 1 min (T3 e T4), obtendo uma maior
quantidade de sementes embebidas sendo 38% no T2, 48% no T3 e 53% no T4, quando
comparadas com o tratamento controle. No tratamento controle (T1) das 100 sementes
analisadas 43% permaneceram dormentes, 20% embeberam e 14% foram deterioradas.
Figura 2. Tratamentos para quebra de dormência em sementes de Senna alata. A.
Porcentagem de sementes germinadas (azul), expostas a quatros tratamentos distintos para
quebra de dormência: T1 – tratamento controle; T2 – imersão em água quente em
temperatura inicial de 80º C durante 15 minutos; T3 – imersão em água quente com
temperatura constante de 100º C por 10 segundos; e T4 – imersão em água quente com
temperatura constante de 100º C por 1 minuto. B. Porcentagem de sementes dormentes
(laranja) e deterioradas (verde).

Figura 3. Tratamentos para quebra de dormência em sementes de Cassia fistula. A.


Percentual de germinação (azul) para sementes submetidas a quatro tratamentos para quebra
de dormência: T1 – tratamento controle; T2 – imersão em água quente em temperatura
inicial de 80º C durante 15 minutos; T3 – imersão em água quente com temperatura constante
de 100º C por 10 segundos; e T4 – imersão em água quente com temperatura constante de
100º C por 1 minuto. B. Percentual de sementes dormentes (laranja), embebidas (amarela) e
deterioradas (verde), submetidas aos tratamentos para quebra de dormência.
Quando comparamos nossos dados com os das outras espécies analisadas, Senna alata
e Cassia fistula vemos que o tratamento 2 (T2) se mostrou mais eficiente na quebra da
dormência com percentual de germinação de 40% e 14% respectivamente (Figura 2A e
Figura 3A). Com relação às sementes dormentes podemos ver que Senna alata e Cassia
fistula possuem dormência bastante pronunciada onde no tratamento controle (T1) nenhuma
semente germinou ou se quer ficou embebida totalizando 90% de sementes dormentes para a
primeira ao contrário dos tratamentos 2 e 4 (T2 e T4) em que apenas 26% das sementes
permaneceram dormentes (Figura 2B). Já para a segunda espécie, apenas 3% das sementes
germinaram no controle (T1), 60% ficou dormente e 14% embebidas (Figura 3AB). Com
relação ao percentual de sementes embebidas de Cassia fistula, observou-se um número mais
elevado no tratamento 4 (T4) (Figura 3B).
Referente ao número de sementes deterioradas de Senna alata e Cassia fistula, os
dados mostram uma quantidade maior de sementes deterioradas em Senna alata em todos os
tratamentos, mas principalmente no T4 (62%) (Figura 2B). Esse elevado números de
sementes degradadas pode indicar que as mesmas foram coletadas há um certo tempo.
Assim podemos constatar que os tratamentos térmicos são eficientes para quebrar a
dormência das espécies analisadas pois o percentual de germinação nos tratamentos foi maior
que no controle, também podemos observar que cada espécie possui uma temperatura ótima
de quebra de dormência e germinação e que esta ainda precisa ser analisada com mais
detalhes em outros experimentos.

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