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CURSO DE AGRONOMIA

ALGODÃO: IRRIGAÇÃO E PLANTAS


DANINHAS
IRRIGAÇÃO

Em regiões semiáridas, por exemplo, por causa da má distribuição e/ou escassez de chuvas,
a irrigação é uma prática essencial para a obtenção de elevadas produtividades com o
cultivo do algodoeiro;

E também para o plantio de cultivares com características especiais;

Mercado diferenciado como o algodão de fibra longa e extralonga.

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IRRIGAÇÃO
A produtividade média na região semiárida, em cultivo de sequeiro, na safra 2013/2014 foi de 603
kg ha-1, enquanto que em áreas cultivadas com irrigação a média foi de 3.930 kg ha-1 (CONAB,
2014)

Sendo que, nessas áreas, é possível se alcançar produtividades médias de até 6.000 kg ha-1, o
que comprova a importância da irrigação.

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VANTAGENS DO USO DA IRRIGAÇÃO
Aumento da produtividade

Melhoria na qualidade da fibra


Possibilidade de produção de fibras especiais (fibra longa e extralonga)

Maior eficiência no uso de fertilizantes

Ausência de risco de perda de safra em virtude das estiagens e a garantia de produção a cada ano,

facilitando a comercialização do produto, além da geração de empregos e do aumento da renda.

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IRRIGAÇÃO

A cultura do algodoeiro se adapta a praticamente todos os métodos de irrigação, ficando a


escolha do método em razão de características como:

clima

topografia

disponibilidade e

qualidade de água

mão de obra, etc.

Fonte: Revista Cultivar 4


IRRIGAÇÃO
Tipos de sistema de irrigação

Sistema por aspersão convencional

Pivô central

Irrigação por gotejamento

Irrigação por sulcos

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IRRIGAÇÃO
Aspersão convencional
Eficiência entre 70% e 90%;

Sistema semiportátil: linha principal é fixa e


as laterais são móveis;

Menor capital investido porém maior mão de


obra.

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IRRIGAÇÃO
Pivô central
Eficiência entre 80% e 90%;

Economia de mão de obra para a irrigação de


grandes áreas;

Maior custo de aquisição.

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IRRIGAÇÃO
Irrigação por gotejamento
Eficiência acima de 90%;

Menor consumo de água e energia;

Menor molhamento foliar;

Maior custo de aquisição.

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IRRIGAÇÃO
Irrigação por sulcos

Baixa eficiência de 40 a 60%;

Fileiras duplas;

Menor custo de implantação.

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IRRIGAÇÃO
Manejo

Necessidade hídrica - 700 mm;

Maior demanda - florescimento e enchimento de maçãs;

Fonte: Adaptado de Landivar, J. 2005. 10


IRRIGAÇÃO
Manejo

Manejo da irrigação está associado:

--> Reposição da água no solo no momento oportuno e quantidade adequada;

--> Determinação de parâmetros relacionados à planta, solo e clima;

--> Sustentabilidade dos recursos hídricos;

--> Viabilidade e lucratividade das áreas irrigadas.

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IRRIGAÇÃO
Manejo

Parâmetros de disponibilidade de água no solo

--> Capacidade de campo (Cc)


--> Ponto de murcha permanente (PMP)

Os métodos de manejo da irrigação se dividem em dois grupos:

1. Métodos baseados no monitoramento da umidade do solo


2. Métodos baseados nas condições atmosféricas

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IRRIGAÇÃO
Manejo

Métodos baseados no monitoramento da umidade do solo

Método padrão da estufa


Métodos eletrométricos (blocos de gesso)
Sonda de nêutrons
TDR
Delta T
Diviner
Tensiômetros
Fonte: Tecnologia no Campo

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IRRIGAÇÃO
Métodos baseados nas condições atmosféricas

Determinação da evapotranspiração da cultura (ETc)


- Lisímetros

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PLANTAS DANINHAS

Def. Qualquer vegetal que cresce onde não é desejado, prejundicando de forma
direta ou indireta atividades humanas;

PD Comum;
PD Verdadeiras;

Um dos principais problemas que acometem a cultura do Algodão;


- Água;
- Luz;
- CO2;
- Nutrientes;
- Exercem alelopatia.

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PLANTAS DANINHAS

Hospedeiras de Pragas;

Reduções superiores a 90% de produtivade;

Algodão é uma cultura sensível a interferência causada pelas PDs;

Baixa eficiência transpiratória;

Crescimento inicial lento;

Prezuíjos quantitativos e qualitativos;

Maior custo de Produção; 16


Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Duas categorias de plantas daninhas se destacam na cultura de algodão:

1 - apresentam elevada competitividade ou


densidade de infestação

2 - reduzem a qualidade da fibra

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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Capim-colchão ( Digitaria nuda) Picão Preto (Bidens pilosa)

Fonte: agrolink.com.br Fonte: opolzeivrede.ru


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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Capim-carrapicho (Cenchrus Echinatus L. (CCHEC))

Fonte: eoujobs.com.br 19
Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Capim-colchão (Digitaria spp.)

Família Poaceae;

Planta daninha de ciclo anual;

Apreciam solos férteis;

Facilmente disseminadas pelo vento.

Fonte: embrapa

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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Capim-colchão (Digitaria spp.)

Fonte: agro.bayer.com.br
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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Corda-de-viola (Ipomoea sp.)

Família Convolvulaceae;

Planta daninha de ciclo anual;

Adaptação em qualquer tipo de solo;

Disseminação por sementes (possui grande

quantidade de reserva).

Fonte: agrolink.com.br

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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Picão Preto (Bidens pilosa)

Família Asteraceae;

Planta anual;

Não precisa necessariamente de luz para germinação;

Reprodução exclusiva por sementes.

Fonte: opolzeivrede.ru

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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Picão Preto(Bidens pilosa)

Fonte: agro.bayer.com.br 24
Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos
.
Capim-carrapicho (Cenchrus Echinatus L)

Família Poaceae;

Planta anual;

Indiferente à luz;

Disseminação de sementes - animais e até

mesmo por ação do homem.

Fonte: eoujobs.com.br

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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Guanxuma (Sida cordifolia L.)

Família Malvaceae;

Subarbustiva perene;

Resistente às condições adversas de clima e solo;

Propaga-se por meio de sementes.

Fonte: agrolink.com.br

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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Trapoeraba (Commelia benghalensis L.)

Família Commelinaceae;

Planta anual;

Prefere solos ricos em nutrientes e rega constante

sem encharcamento;

Reprodução por sementes (aéreas e as subterrâneas).


Fonte: agrolink.com.br

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Principais plantas daninhas para a cultura de algodão e seus danos

Buva(Conyza bonariensis)

Família Asteraceae;

Planta anual;

Encontrada com muita frequência nas regiões

Sul, Sudeste e Centro-Oeste;

Dispersão de sementes pelo vento.


Fonte: hrac-br.org

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PERÍODO DE INTERFERÊNCIA DAS P.D NO ALGODOEIRO

Durante o ciclo do algodoeiro existem três períodos de interferência:

PAI - Período anterior a interferência;


PTPI - Período total de prevenção a interferência;
PCPI - Período crítico de prevenção a interferência.

Inicio do ciclo, após o plantio, a convivência não


acarreta em interferência;
PAI PCPI
Período da matocompetição;

PTPI Período entre a emergência até


fechamento das entrelinhas; 29
PERÍODO DE INTERFERÊNCIA DAS P.D NO ALGODOEIRO

Em média, o período de matocompetição ocorre entre os 15 e 70 dias após a emergência;

Esse período varia principalmente em função do sistema de produção;

Fonte: https://edcentaurus.com.br 30
PERÍODOS DE INTERFERÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO
ALGODOEIRO (SALGADO, T.P, et al.)

O PAI foi de oito dias após a emergência da cultura (DAE), o PTPI foi de 66 DAE e o PCPI
foi dos 8 aos 66 DAE. 31
Períodos de interferência das plantas daninhas em algodoeiro de fibra colorida
‘BRS Safira’1 (Gleibson Dionízio Cardoso, et al).

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Manejo de daninhas

Métodos de controle

Preventivo;
Cultural;
Mecânico;
Químico.

Fonte:Sensix.com.br
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Manejo de daninhas
Métodos de controle

Preventivo
Cultural
Mecânico
Fonte:STHIL Fonte:Revista cultivar

Químico

Fonte:Campina verde.com
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Fonte:Embrapa
Manejo de daninhas
Resistências de daninhas

Subdosagem e superdosagem;
Alevada capacidade de propagação;
Até 80% de redução de produtividade;
Ex:Caruru gigante.

Fonte:globorural.globo.com

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Manejo de daninhas
Práticas preventivas a resistência

Rotação de culturas;

Uso de controle preventivo sempre que possível;

Rotação de herbicidas com diferente mecanismos de ação;

Monitoramento e eliminação de plantas daninhas suspeitas de resistência.

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Manejo de daninhas
Classificação dos herbicidas
Seletividade
Epoca de aplicação
Translocação
Mecanismos de ação. SELETIVIDADE:SELETIVOS E NÃO SELETIVOS;
ÉPOCA DE APLICAÇÃO:PPI,PRÉ,PÓS;
TRANSLOCAÇÃO: CONTATO OU SISTEMICA;
AÇÃO:INIBIDORES DE ACCASE,FSII,PROTOX;
CAROTENO,ALS,FSI,AUXINA,EPSP.

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Manejo de daninhas

Mecanismos de ação dos herbicidas


Herbicidas inibidores de ALS


Ex:Chlorimuron.

Herbicidas inibidores de EPSPS


Ex:Glifosato.

Fonte:Nortox.com.br

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Manejo de daninhas
Épocas de aplicação

Dessecação pré-semeadura;

Pré-plantio incorporado;

Pré-emergência;

Pós-emergência.

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Manejo de daninhas

Dessecação pré-plantio

Sistema de plantio direto;

Manejo de palhada;

2-3 semanas antes do plantio

Ex: Glifosato,Carfetrazone-etihyl,Flumioxazin.
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Manejo de daninhas

Pré-plantio incorporado e Pré-emergência


Controle de daninhas desde o inicio;

Herbicidas com efeitos residuais;

Desvantagem: Inviável para plantio direto.


Ex: Diuron,Alachlor,Trifluralin

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Manejo de daninhas
Pós-emergência

Complementação

Herbicidas seletivos

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