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com a intenção de causar sofrimento psicológico na outra pessoa, ou que é percebido como
tendo essa intenção”
A freqüente utilização de coerção em sala de aula deve ser revista. Skinner (1972, 1990) alerta
sobre o perigo de seu uso na educação, tendo em vista que a coerção leva ao contracontrole
por parte do aluno, onde o “não aprender” parece se constituir numa forma de defesa contra
as “agressões coercitivas” utilizadas pelo professor. Atualmente, essa abordagem vem sendo
amplamente estudada por analistas do comportamento
Nesse contesto, o controle aversivo pode desencadear tentativas de buscar aliviar ou escapar
desses estímulos que causam sofrimento (Skinner, 1990; Sidman, 1995; Oliveira, 1998). O
aluno pode começar a se atrasar para as aulas, ficar indiferente às explicações, conversar com
colegas, realizar outras atividades no período de aula, abandonar a escola
Pode ser visto nessa Figura que o professor utiliza com mais freqüência coerção com alunos
CFE do que com alunos SFE e estimula positivamente mais os comportamentos dos alunos SFE
do que alunos CFE.
esultando na formação de sujeitos passivos, quietos e que temem o ambiente que lhes é
hostil.
articiparam como sujeitos (Ss) dez crianças e três professores r .As idades das crianças na
época da coleta variavam de oito a doze anos.
De acordo com Grusec e Lytton (1988), práticas coercitivas, como a punição, condicionam a
inibição daqueles comportamentos infantis reprimidos pelos pais. As sanções punitivas
tendem a eliciar sentimentos negativos nas crianças, inibindo a produção dos
comportamentos, devido à ansiedade gerada por ela mesma ou por sua ameaça
Crianças cujas mães utilizam práticas disciplinares coercitivas tendem a usar métodos
coercitivos na resolução de conflito com seus pares, sendo, por conseguinte, menos aceitas
por eles (Hart, Ladd & Burleson, 1990)
Pais que foram expostos a altos níveis de disciplina coercitiva na infância podem desenvolver
uma filosofia de prática educativa que favorece a severidade e a disciplina física, justificando
sua maneira de criar ou educar a criança
Crianças expostas a pais abusivos ou severos correm risco em seu desenvolvimento, pois tais
comportamentos por parte dos pais podem desencadear conflitos com a lei, psicopatia,
fracasso acadêmico, dificuldades com colegas e abuso de substâncias
A coerção como prática disciplinar tem sido descrita na literatura como prejudicial ao
desenvolvimento de crianças e adolescentes (Patterson, Derbayshe & Ramsey, 1989; Webster-
Stratton, 1991; Alvarenga & Piccinini, 2001;