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Universidade Paulista- Campus Brasília

Curso: Psicologia
DISCIPLINA: Educação Ambiental
DOCENTE: Marcelo Alcântara
AVALIAÇÃO OFICIAL (NP2) – 2º Bimestre
Turma: PS1B30- (A/B)

Discentes: Amélia Luana da Silva Rodrigues (C48DCE-3), Escarlete


Santos Mangueira ( C671JJ-2), Flávia Mychelle Moreira Borges
(C65BAA-6), Gabriela de Oliveira Vasconcelos (C63053-5), Jéssica
Nathacha Silva de Souza (C666AG-9) ,Rebeca Lima Magalhães
(C60336-8), Sara Pinheiro de Castro (C6265A-0) .

As implicações negativas sócio-ambientais da produção do tabaco.

Brasília- DF
2015.1
Amélia Luana da Silva Rodrigues (C48DCE-3), Escarlete Santos
Mangueira ( C671JJ-2), Flávia Mychelle Moreira Borges (C65BAA-6),
Gabriela de Oliveira Vasconcelos (C63053-5), Jéssica Nathacha Silva
de Souza( C666AG-9),Rebeca Lima Magalhães (C60336-8), Sara
Pinheiro de Castro (C6265A-0) .

As implicações negativas sócio-ambientais da produção do tabaco.

Trabalho apresentado à disciplina de


Educação Ambiental, sob a
orientação do Professor Marcelo,
para obtenção de 20% da nota
equivalente a NP2. Para isso,
apresentaremos um breve relatório
sobre o malefício do cigarro ao meio
ambiente na sua produção e como
isso se converte à sociedade
naturalmente.

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SUMÁRIO

I- Introdução ________________________________________________ 4
II-Desenvolvimento ___________________________________________ 5
III- Conclusão ________________________________________________ 7
IV-Referência bibliográfica _____________________________________ 9

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I-
INTRODUÇÃO

O cigarro quando é debatido na sociedade só vem em pensamento a doença direta


proporcionada pelo consumo do cigarro, ou pelo fumo passivo. Mas objetiva-se por
meio deste trabalho trazer uma nova abordagem de saúde. A saúde sócio-ecológica
ocasionada na produção do cigarro, nos processos de plantação e secagem para
produção do cigarro.
A pesquisa objetiva perspectivamente mostrar os processos de produção do cigarro,
quais seus principais atores degradantes, o que afeta, como e por que danifica e quais
possíveis soluções baseado nas diretrizes do capítulo 12 da Agenda 21, da Eco 92.
Diante mão, precisa ser destacado que a Educação Ambiental averiguará as influências
no meio ecológico/ambiental causada por determinadas atividades antrópicas, e também
os danos proporcionados a população habitante daquela região (visão em primeira
instância da educação ambiental).
É necessário ter em consciência que todas as práticas humanas que terão relação com
recursos ecológicos, hoje tem normas a serem cumpridas, de acordo com a Agenda 21.
Porém existem práticas locais, conhecidas como Agenda 21 Local. É por meio desta
abertura de proposta que se almejará soluções práticas para o conflito de desmatamento,
queimadas, contaminações, erosão do solo e disseminação de doenças
infectocontagiosas.
A região sul do Brasil é a maior produtora desta cultura, o que gerou em 2012 segundo
dados do SINDITABACO 1,34% das exportações brasileira. O que contribuiu para
manter o país há vinte anos no ranking dos maiores lidere de exportação matéria-prima.
É interessante contextualizar que o Brasil hoje é o segundo maior exportador de tabaco
do mundo, atrás somente da China, logo esta cultura contém uma importância
econômica abrangente. Sendo a arrecadação anual de impostos 75% do valor do maço
de cigarros.

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II-

DESENVOLVIMENTO

O tabaco possui alguns passos para a produção até a transformação em cigarro pelas
grandes indústrias. São eles: Plantio, Colheita, Secagem, Cura e por fim produção
industrial.
O primeiro passo já levanta uma grande questão ambiental, o desmatamento em grande
escala para a iniciação do plantio. Nesse processo, após a retirada da cobertura vegetal,
inicia-se o processo de erosão e desertificação do solo, processos quais são acometidos
principalmente pelo solo nu. A Erosão é a dispersão de partículas do solo através do
vento e da chuva, já a desertificação é o empobrecimento ou infertilidade do solo, que
sem a proteção das copas vegetais o solo tem contato direto com o sol e chuvas intensas.
Com o solo vulnerável há a aplicação de agrotóxicos e fertilizantes. Para eliminar
possíveis pragas naquela região de semeadura e aumentar a carga nutricional do solo.
Atualmente, e principalmente na produção da cultura de tabaco usa-se uma quantidade
abusiva de fertilizantes para aumentar a produção e pelo fato da própria natureza da
planta exigir uma alta carga de alguns compostos nutricionais, por exemplo nitrogênio,
fósforo e potássio.
Outro efeito do desmatamento é a disseminação de doenças infectocontagiosas, como
por exemplo, dengue, malária, leishmaniose e doença de Chagas ao favorecer a
dispersão dos mosquitos ou abertura para poças para concentração de larvas dessas e de
outras tantas doenças.O que acarreta em um problema de saúde pública.
A População contaminada por essas doenças vive com as dificuldades dos serviços
públicos de saúde brasileira.
No processo de colheita, há possibilidades de contaminação dos trabalhadores rurais,
pelo excesso de produtos químicos adicionado no plantio e no contato direto com a
planta. A folha do tabaco é hidrossolúvel, por isso, ela em contato com a pele do
fumicultor suado ou se a folha estiver molhada, é liberado um produto tóxico da própria
planta que acarreta em um problema conhecido como doença da folha verde.
Na secagem as folhas ficam penduradas numa estufa onde deve haver o controle da
umidade. Neste encaminhamento, as folhas devem está em um espaço quente, porém,
não pode ser seco para não modificar aspectos aromáticos e físicos.
A Cura da folha do tabaco é a parte mais importante do processo para a comercialização
pois é neste que dá-se o aroma e a cor no processo final e retirar o alto teor de amoníaco
ainda presente na planta, porém suas implicações ambientais são altas porque a secagem
é por meio da queima de madeira, o que acarreta em mais desmatamento, e em alto
índice de poluição atmosférica. Nesse processo de secagem ainda desencadeia mais um

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fator de desmatamento, para a construção ou reconstrução da estrutura onde
desenvolverá esta fase.
Mais desmatamento é provocado para a produção do papel para o tabaco em
manufatura.

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III-

CONCLUSÃO

Os principais problemas ecológicos da produção do tabaco são os desmatamentos, as


diversas contaminações, erosão e desertificação do solo, queimadas e disseminação de
doenças infectocontagiosas.
É necessário verificar as contaminações de modo geral, a contaminação do solo, rio e
lençóis freáticos por usos de agrotóxico e fertilizantes, contaminação de alimentos que
são produzidos perto das áreas de cultura de tabaco, contaminação de animais que
alimentam-se das gramas contaminadas e bebem das águas contaminadas do rio, a
contaminação cutânea pelo “veneno” da própria folha do tabaco e cutânea e respiratória
decorrente dos agrotóxicos e pesticidas.
Os desmatamentos além de desertificação e erosão ocasiona em aumento das doenças
infectocontagiosas, pode causar extinção de fauna e flora, recordando o fato da
diminuição da humidade da área onde é retirada a porção verde.
Com isso, abordaremos propostas/possibilidades de intervenção para a melhoria dos
problemas vigentes decorrente da produção da cultura do tabaco.
Para a problemática nutricional do solo pode resolver-se com dois atos interligados ou
não entre si. A rotatividade de culturas na área plantada, e o cultivo do tabaco orgânico,
ou seja, sem uso de agrotóxico (o que eleva o valor do produto, aumentando a
lucratividade do produtor/fumicultor).
Com essas práticas não haverá a contaminação alimentícia, dos trabalhadores, dos
animais, dos rios, lagos, lençóis freáticos, etc.
Política de investigação na margem das plantações para verificar se há o descarte
incorreto nas fazendas e multa-los financeiramente e obrigando-os a perder parte de sua
área territorial para reflorestamento de árvores nativas. Variando de acordo com o dano
ambiental.
Nas plantações, para evitar o contágio com a doença da folha verde os proprietários da
terra deve obrigar os funcionários a usar a E.P.I.(Equipamento de Proteção Individual),
como condição de trabalho, se não a utilização, primeiro a advertência, depois a
demissão.
No processo de secagem alguns galpões utilizam da energia elétrica para mover os
umidificadores e ventiladores para o controle da umidade e da temperatura do ambiente.
O ideal é um galpão de madeira entreaberto para que ventile entre as brechas durante o
dia, mas que proteja do frio a noite. Na cura, as empresas poderiam conveniar
moradores nas pequenas cidades rurais para fomentar os processos dessa fase,
desenvolvendo empregos e diminuindo as queimadas que são realizadas nessa fase.
Seria substituído na forma de estufas, armários antigos ou ainda frigorífico, porém
sendo totalmente fechado, para armazenar as folhas do tabaco sem perder a umidade e

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ar quente. Deve usar uma fonte de calor como uma lâmpada incandescente por exemplo,
mantendo a uma temperatura e a uma umidade pré-determinada durante os quatro dias
iniciais. O sistema deve funcionar por quatro semanas.
Há outros métodos de cura individuais que sendo cooperativado a indústrias de
tabacaria venderia um bom produto com menor agressão ambiental, empregando uma
quantidade maior de pessoas, ou seja, desenvolvendo economicamente toda uma
comunidade, uma sociedade e por sua vez um país. Desenvolvendo também a
autoestima populacional e melhorando e sua alimentação, já que houve a melhoria
financeira.
Com as cooperativas adquirindo o nome das grandes empresas nacionais e
internacionais de tabacaria, o governo automaticamente investiria em saneamento
básico, estrada, ferrovia ou hidrovia (as duas últimas são as melhores opções, mas é
resolvido mediante as possibilidades ambientais) para o transporte da produção, postos
de saúde entre outros aspectos de desenvolvimentos necessários.
Voltando ao último parágrafo introdutório do trabalho, o fator econômico não pode ser
motivo de concordância inquestionável com a legalização da venda indiscriminada do
cigarro, pois as implicações que haverá no indivíduo em relação a saúde biopsíquica
acarretará em mais danos para planejamentos da Educação Ambiental como método de
produção de plantas de ordem medicinal, elaboração laboratorial e seus cuidados para
produção dos fármacos, produção de embalagens, forma de descarte das embalagens e
dos medicamentos vencidos, quais os E.P.I’s adequados, ajustes de área onde pode
haver o fumo, a relação deste com a poluição ambiental e estresse, entre outros aspectos
para que não gere malefício ao meio ambiente e as pessoas que nele vive e dele
depende.
Essa abordagem final revela o aspecto cíclico dos processos, onde uma ação dependerá
da outra e como cada uma gera determinadas consequências. Como a abordagem
socioambiental implica em diversas sequências/ordem, a importância e a necessidade do
questionamento amplo e diário para apreensão e compreensão das ações e seus efeitos
seja ele no campo individual, seja no campo coletivo.

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IV-

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

- Dias, Genebaldo; Educação Ambiental: Princípios e Práticas; 9ª Ed. Gaia; 2010;


Capítulos 1,4,11 e 6 Páginas 75-100, 223-242, 521-534, 301-305.

- http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/nos/olho_vivo/porque_fumamos/prejuizos.htm
- http://ambiente.hsw.uol.com.br/tabagismo-danos-ecossistema.htm
- http://salveaterra.com.br/danos_cigarro.htm
- http://www.afubra.com.br/index.php/conteudo/show/id/56
- http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/06/producao-de-fumo-pode-
causar-riscos-saude-do-agricultor.html
- http://boletimagrario.blogspot.com.br/2012/11/plantar-tabaco.html
- http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/agenda21.pdf ; Capítulo 12
- http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/05/globo-rural-aborda-
producao-de-tabaco-no-brasil.html
- http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo13.php
- http://www.brasil.gov.br/saude/2012/10/fumantes-tem-apoio-do-sus-para-combater-o-
vicio
- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5658.htm
- Boeira, Sérgio Luís; Industria de tabaco está acima da lei?.
- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm; Capítulo IV
- http://sinditabaco.com.br/sinditabaco-news-julhoagostosetembro-2013/

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