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Objetivo Frei Gaspar

Estudo do lixo eletrônico na cidade de São Bernardo do Campo

Gold Style

São Bernardo do Campo

2022
Gold Style

Estudo do lixo eletrônico na cidade de São Bernardo do Campo

Orientador:

Prof. Luiz

São Bernardo do Campo

2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4

Lixo Eletrônico e seu surgimento 4

Obsolescência programada e fatores agravantes 4

CAPÍTULO 2 5

O lixo eletrônico em São Bernardo do Campo 5

Os impactos no meio ambiente e economia 6

Proposta de intervenção 7

CONCLUSÃO 8

REFERÊNCIAS 9
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INTRODUÇÃO

Lixo Eletrônico e seu surgimento

Lixo eletrônico é um termo desenvolvido para se referir a um novo tipo de material


descartável, poluente, também conhecido como lixo eletrônico ou REEE (Resíduos de
Equipamentos Elétricos e Eletrônicos) ou WEEE em inglês, este termo refere-se a produtos
eletrônicos que são descartados por não serem mais úteis. Esse conceito surgiu entre 1920 e
1930, tendo como contexto histórico a Grande Depressão que abalou o mundo na mesma época.
Com uma crise tão grande atingindo os diversos continentes, começou a ser incentivado um
consumo de igual tamanho pela população para recuperação do mercado. O consumismo
intensificou-se assim como a obsolescência programada passou a ser mais e mais aplicada.

Obsolescência programada e fatores agravantes

Obsolescência programada é uma técnica dos fabricantes para forçar a compra de


determinados produtos ao definir uma vida útil a determinado produto. Fazendo-o quebrar
prematuramente, ocorre um maior consumo de determinado produto. Muito usado em indústrias
de eletrodomésticos atualmente, tem relação direta com a produção do lixo eletrônico: Quanto
menos dura um produto, mais descartado ele é e consequentemente maior a quantidade de
poluição gerada. Também é relacionado a um aumento no consumo de produtos eletrônicos em
países de terceiro mundo, onde melhoram a qualidade de vida e encontram descarte mais
inadequado. Atualmente, um recorde de 53 milhões de toneladas métricas (Mt) foram
produzidas apenas em 2019, de acordo com o Global E-Waste monitor das Nações Unidas.
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CAPÍTULO 2

O lixo eletrônico em São Bernardo do Campo

Estima-se que no Brasil cada habitante produz de 9 a 10 kg de lixo eletrônico


anualmente. A maior parte dos brasileiros (87%) já ouviram falar sobre, mas apenas alguns tem
total consciência do assunto: 51% não acreditam que lâmpadas comuns são lixo eletrônico; 34%
acreditam que lanternas não se encaixam na categoria e 37% desconsideram balanças como
lixo, de acordo com a pesquisa divulgada pela Green Eletron, conduzida pela Radar Pesquisas.
No quesito lixo eletrônico, é a África que mais sofre. Segundo dados da United Nations
Environment Programme (Unep), órgão das Nações Unidas voltado para o meio ambiente, até
90% do lixo eletrônico do mundo são despejados de qualquer jeito, sobretudo nesse continente,
sem obedecer a nenhum critério ou respeito pelo homem ou pela natureza.

Repórteres da Deutsche Welle (DW) emissora internacional da Alemanha, publicaram uma


reportagem no site da instituição em 2012 (veja aqui) descrevendo o horror que é trabalhar num
lixão de produtos eletrônicos em Gana, que naquela época tinha em seu território 170 mil
toneladas de lixo eletrônico. O ar é insuportável, contam, e muitos catadores que ganham a vida
vendendo aqueles produtos acabam adoecendo.

Enquanto continuarem a desconsiderar produtos como lâmpadas e lanternas, muito do descarte


incorreto continuará acontecendo, porém o cenário no país é positivo: Foram abertos muito
mais pontos de coleta de 2019 pra cá, tendo um aumento de 70 pontos entre 2010 e 2018 para
3,4 mil de 2019 a 2022. A coleta teve um aumento de 75 vezes em 3 anos, batendo recorde de
1,2 mil toneladas em 2021. Tendo uma crescente no descarte correto, o investimento adequado
do estado em avisos e anúncios seria muito bem-vindo.
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Os impactos no meio ambiente e economia

Quanto aos impactos gerados, eles são vários: Contendo substâncias químicas como
mercúrio, cádmio, arsênio, cobre, chumbo e alumínio, o acesso delas ao solo de aterros ou de
ambientes naturais torna a vida mais difícil. Contaminam a água, plantas e animais, causando
assoreamento, mortes e danos significativos aos ecossistemas assim como à vida humana.
Apesar de não ser uma consequência ambiental propriamente dita, este problema está
diretamente relacionado ao lixo eletrônico pois a poluição causada por ele pode causar danos à
saúde da população que vive no entorno dos aterros sanitários ou que vivem da separação dos
resíduos destinados aos mesmos.

Outro impacto ainda envolvendo a saúde é especificamente a saúde infantil. Podem causar
alterações na função pulmonar, efeitos respiratórios, danos ao DNA, prejuízos à função da
tireoide e aumento do risco de algumas doenças crônicas tardias, como câncer e doenças
cardiovasculares.

As percas equivalentes em ouro, prata, cobre e platina em 2019 significou uma perda de US$57
bilhões de acordo com a ONU, material que poderia ter sido reutilizado na economia de recursos
naturais gastos, diminuindo a exploração de jazidas e minérios. A mineração urbana, como
chamam o ato de coletar recursos do material eletrônico descartado no meio urbano, é um ato
de preservação e economia cujo deveria ser mais praticado não só no Brasil como no mundo.
Já a remanufatura utiliza peças de vários equipamentos para montar um outro que funcione
perfeitamente. Em alguns casos, o reuso é imediato após uma manutenção simples. A logística
reversa é outro caminho para o lixo eletrônico. Neste caso, as empresas fabricantes recebem o
produto de volta e se responsabilizam em fazer o manejo correto.
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Proposta de intervenção

Com todos os problemas apresentados, é também necessário pensar numa solução


efetiva para a redução e possível erradicação desse problema em São Bernardo, a cidade
escolhida como centro deste projeto. Desde a coleta efetiva ao incentivo e conscientização,
todos os fatores citados e já feitos podem apresentar resultado visível quando intensificados:
inicialmente, o primeiro movimento tem de ser do governo. Investimentos em propagandas e
projetos que levam o conhecimento ao brasileiro, permitindo-o perceber as consequências
daquilo que consome; com postos acessíveis e um espaço dedicado ao lixo eletrônico nos
caminhões de coleta, o último fator restante é a aplicação de leis que ajudam na regulamentação
dos aterros. Ainda que seja impossível rastrear aqueles que o descartam incorretamente,
depósitos de lixo com material eletrônico poluente deveriam ser multados por tê-los em sua
posse, desencorajando que o descarte seja feito de maneira imoral.
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CONCLUSÃO

Desde o início do consumismo, os danos de extração e descarte vêm sendo visíveis em


diferentes áreas da produção industrial. Podemos notar que não só o lixo eletrônico encontra
problemas com reciclagem e poluição, mesmo que medidas óbvias de reciclagem e mediação
sejam propostas todos os dias. Com os danos nítidos no meio ambiente e vantagens na
reutilização desse recurso, pode-se dizer que não só a população brasileira como a mundial
encontrariam benefícios na mineração urbana, na preservação ambiental, no controle do que
consomem e deixam de consumir. Porém, infelizmente, esse é mais um dos problemas que não
veremos solução recente.
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REFERÊNCIAS

https://ciclovivo.com.br/planeta/desenvolvimento/residuos-eletronicos-aumenta-5-anos/

https://www.ecycle.com.br/lixo-
eletronico/#:~:text=Lixo%20eletr%C3%B4nico%20e%20obsolesc%C3%AAncia%20progra
mada,-
A%20obsolesc%C3%AAncia%20programada&text=Esse%20conceito%20surgiu%20entre%
201929,economia%20dos%20pa%C3%ADses%20naquele%20per%C3%ADodo.

https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/que-e-lixo-eletronico

https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2022/05/lixo-eletronico-o-que-e-e-
por-que-e-importante-recicla-lo

https://brasil61.com/n/coleta-de-lixo-eletronico-cresce-75-vezes-no-brasil-em-tres-anos-e-
chega-a-1-2-mil-toneladas-em-2021-bras226837

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-10/brasil-e-o-quinto-maior-produtor-de-
lixo-eletronico

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