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INTRODUÇÃO

Não há um assunto que toque tão de perto todos nós como o estgma
social. Todos nós, já fomos ou somos alunos, todos têm uma história para
contar, a sua a de um amigo, de um desconhecido da sua escola.

O interesse pela temática da perpetuação de estigmas na escola, na sala


de aula e na vida social, das pesquisas educacionais vêm apontando o
crescimento da intolerância do desrespeito ao outro e às diferenças,
(AQUINO, 1996).

A definição da palavra estigma no dicionário apresenta-se como “Cicatriz,


sinal” (FERREIRA, 2004). Tendo em vista o nosso interesse em empreender
no desdobramento desse termo com fins educacionais e da
Covid,apoiamo-nos no uso da palavra estigma utilizada por Erving (1988).

Para este autor, “o estigama social é um elemento imputado ao outro por


pré-concepção das características que esse outro deixa transparecer, mas
que nem smpre são reais”.

Ao infatizarem-se rótulos negativos ao aluno, ou um outro actor social,


este recebe uma marca que o desqualifica. Esta marca, que aqui
denominamos estigma realça os aspectos negativos da personalidade
alheia.

O estigma no contexto escolar

O estigma em meio escolar envolve todos os alunos, professores e


auxiliares, mas também os pais, a família e toda a comunidade.

Devido às consequências e efeitos negativos deste comportamento para o


desenvolvimento e para a saúde mental, é de extrema importância que as
escolas não neguem que o problema existe.

A escola, que é um local de aprendizagem e de bem-estar, é um meio


privilegiado de criação e estabelecimento de relações sociais e deve ser
um dos principais mobilizadores do combate ao estima a fim de as
crianças e os jovens se poderem sentir bem e de poderem realizar as suas
aprendizagens, (GOFFMAN, 1988).

Nesta nova etapa da vida, dos professores e alunos é necessário que nos
preparemos, a fim de darmos as respostas necessárias aos rótulos e
apelidos, como por exemplo você é Corana, Covid ou ainda o seu pai a sua
mãe têm Corona Vírus.

Professor como reforço do estigma

A forma de correcção que o professor utiliza pode demonstrar e


reforçar o estigma (ZEFERINO, 2007).

Por exemplo, Oi, Corona pouco barulho.


Características do estigma social

O estigma, segundo Sullivan (2000), é um comportamento anti- social mas


não é um comportamento criminoso e apesar de ser considerado um
subgrupo do comportameto agressivo. Podemos verificar que o estima é
caracterizado pelos seguintes critérios:

 A intencionalidade do comportamento. O comportamento tem um


objectivo que é provocar mal-estar e ganhar controlo sobre outra
pessoa.
 O comportamento é conduzido repetidamente e ao longo do
tempo. Este comportamento não ocorre ocasional ou isoladamente,
mas passa a ser crónico e regular.

Causas do estigma

Podemos assumir que as causas do estigma são muito diversas, mas para
as referenciarmos vamos agrupá-las em factores individuais, familiares,
escolares, e sociais:

Individuais

Familiares

Escolares

Assim, no que diz respeito aos factores individuais, aquele que é mais bem
documentado é temperamento. O temperamento, segundo do
Sudermann et al. (1996), refere-se a tendências básicas para desenvolver
certos estilos de personalidade e comportamentos interpessoais e Olweus
(1991, 1993, 1994) afirma que o temperamento «impulsivo» contribui
para uma persnalidade rótulo.

Quanto aos factores familíares, a falta de atenção e afecto para com a


criança ou jovem, juntamente com uma modelalção de comportamento
agressivo em casa, e fraca supervisão, providenciam a oportunidade
perfeita para que comportamentos agressivos e de estigma ocorram
(Olweus, 1993).

Relativamente aos factores escolares, o contexto social e a


supervisão na escola parecem ter um papel importante na frequência e
severidade dos problemas de estigma. Os problemas de estigma podem
ser grandemente reduzidos por supervisão, intervenção e clima adequado
na escola (Sudermann, Jaffe e shieck, 1996.

Por fim, quanto aos factores sociais, as atitudes para com as vítimas
e os agressores, as normas sociais que permitem ou tolerem este tipo de
comportamentos, influenciam a sua ocorrência e o grau de severidade.

Características dos rótuladores/agressores

De acordo com a definição de Boulton e Smith (1994), o rótulo, ou


agressor, é aquele que frequentemente implica com os outros, aplicando
apelidos ou que lhes bate, ou o que lhes faz outras coisas desagradáveis
sem uma boa razão.

Embora existem rótulospassivos os rótulos típicos são descritos como


sendo muito agressivos (Olweus, 1993, 1994) e fisicamente fortes.
Os rótuladores tendem a pertencer a familías que são caracterizadas
como tendo pouco carinho, ou afecto com problemas em partilhar os seus
sentimentos e normalmente classificam-se como sentido que existe uma
maior distância emocional entre os membros da família (DeHaan, 1997).

Os pais dos agressores usam mais «deitar abaixo» e criticar do que


elogiar, encorajar, e negligenciam em ensinar os seus filhos que a agressão
não é aceitável, pouca monitorização sobre onde os filhos estão ao longo
do dia. Por vezes têm estilos de disciplina muito punitiva e rígida, com os
castigos físicos a serem muito comuns ( Olweus, 1993).

Consequências para as vítimas de estigma

- Perturbações emocionais, Isolamento e depressão

- As vítimas têm maior dificuldade de fazer amigos e têm menos amigos


porque sofrem de rejeição dos mesmos.

- São mais deprimidas do que outros alunos.

- Exibirem sentimentos de infelicidade e de tristeza,possuem uma baixa


auto-estima.

- Acham a escola desagrável e chegam mesmo a recusar a ida para escola.

- A sua performance a académica sofre quando têm medo de ir à escola,


por vezes evitam certas áreas da escola e empenham-se em actividades
ilegais, tal como trazer uma arma para escola para se protectegerem.

- As vítimas são introvertidas e não confiam nas suas habilidades físicas e


força. Verifica-se que têm falta de compentências sociais, demonstrando
comportamentos menos assertivos e de submissão.
Técnicas de prevenção do estimga social?

O estigma é um fenómeno muito complexo e contribuem para este


problema diferentes factores ou processos individual, familiar, colegas,
escola e comunidade.

É possível reduzir eficazmente o estigma nas escolas.Para uma


política anti-estigma com êxito são necessários três pré-requisitos:

1. Identificação:Reconhecimento que o problema possa existir.


2. Clareza- clíma onde o estigma possa ser discutido.
3. Domínio- pais/encarregados de educação, educadores/professores
e alunos estejam envolvidos na política anti-estima.
4. Manter a ordem, o controle, e a disciplina na sala de aula.
5. Implentar um modelo de diálogo nas turmas.

A política de não tolerância da violência deve estar implícita a ser


tão consensual quanto possívl no regulamento da escola com o
envolvimento e a colaboração de toda a comunidade educativa.

É assim necessário consciencializar professores, funcionários,


alunos e familiares relativamente aos problemas, comfirmar e caracterizar
os abusos e as intimidações, determinar as sua magnitude e as suas
implicações, que permitam a elaboração de projectos de intervenção,
adequados às realidades diferentes e qu idealmente devem estar
integrados no Projecto Educativo da Escola.
Conclusão

Mediante o exposto, acreditamos que a escola é um dos espaços sociais


importantes para erradicação de rótulos e estigmas. Nela os profissionais
da educação devem trabalhar em prol do respeito ao outro e às diferenças
sociais, utilizando-se de recursos didáticos tais como:

- Projectos educacionais.

- Jogos

- Dinâmicas

- Projeção de filmes voltados à importância de cada um e de todos.

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