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INTRODUÇÃO À PESQUISA

Acadêmicos¹
Claudiane dos Santos Cunha
Eduarda Silva Araújo
Elen Caroline Marques de Alencar
Rutilene da Silva Sousa
Tutor Externo²
Ozinaldo Sardinha Vieira

1. INTRODUÇÃO

Adentrando nos conceitos de introdução a pesquisa nos materiais disponíveis no portal do


aluno, nos deparamos com algumas ideias que podem nos direcionar ao longo da formação
acadêmica.
Nesse aspecto, pode-se afirmar que “é o ato da pesquisa que torna o homem ser aberto e lhe
possibilita interpretar a realidade atuando sobre ela.” (MULLER et al, 2013, p.13)
Por isso, os autores afirmam que:

Quando falamos em pesquisa, de súbito nos vem à mente a noção comum de pesquisa como
algo que está ligado e é intrínseco à questão das ciências experimentais. De súbito, nossa
mente fica recheada de imagens de cientistas, vestidos de branco em sofisticados
laboratórios e realizando toda sorte de experimentos. Essa visão de “pesquisa”, como algo
restrito a cientistas e especialistas de laboratórios, é própria de uma visão construída dentro
da modernidade. Nesta visão, entende-se que o ato de pesquisar está exclusivamente ligado
às ciências experimentais e aos técnicos, porque somente essas ciências poderiam nos dar
uma explicação eficiente e coerente do mundo (MULLER et al, 2013, p.13)

Dessa forma, entende-se nessas leituras, que a prática da pesquisa estaria relacionada a um
cunho mais experimental, mas também estaria relacionada a todos os saberes científicos, inclusive
na educação, o que justifica a relevância da pesquisa no contexto do professor, nos remetendo a
ideia de que o professor também pode ser um cientista. (MULLER et al, 2013, p.14).
Para exemplificar melhor, faremos o exemplo de um tema bem atual, que é sobre o Bullyng,
para exemplificar como se dá o processo de pesquisa e como as citações são aplicadas no texto de
acordo com as exigências do presente trabalho.

1.1 Exemplo de Trabalho de Pesquisa

RESUMO
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Bullying é uma prática que, por definição universal, caracteriza-se por um conjunto de atitudes
agressivas, intencionais e de forma repetida que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um
ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. O presente trabalho
acadêmico teve por objetivo suscitar informações sobre as práticas do bullying nas escolas e suas
consequências no processo educacional das vitimas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de
revisão bibliográfica sistemática, através das bases de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library
Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), a partir do
cruzamento das palavras-chave: bullying e escola. As pesquisas indicam que o fenômeno do
bullying pode influenciar de forma negativa o aprendizado dos alunos que sofrem esse tipo de
abuso em sala de aula.

Palavras-chave: Bullying, Escola, Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

A palavra bullying é derivada do verbo inglês, bully, significa touro, mas também recebe a
tradução de valentão e tirano. Suas principais características são comportamentos danosos
praticados contra uma mesma vítima. Não existem motivos evidentes, acontecem com a intenção de
insultar, constranger, discriminar e excluir a vítima de seu grupo.
Em nossas pesquisas, observamos que o bullying tem sido motivo de preocupação para os
pais, já que é difícil de detectar quando o filho está sendo vitimado, muitas vezes ele sofre sozinho
por medo ou vergonha de falar sobre o assunto.
Assim, a grande disseminação de casos que ainda vitima crianças e jovens por todo mundo
nos fez escolher o tema: Bullying na escola e faz-nos levantar um questionamento sobre o tema e
como poderia ser evitado.
Isso porque o bullying se caracteriza como um tipo de violência, física e/ou psicológica. Os
danos psicológicos são mais prejudiciais do que os causados por empurrões ou murros, pois, apesar
de não marcarem o corpo fisicamente, podem deixar marcas na alma humana que, se não tratadas
eficazmente, refletirá suas consequências por toda vida.
Por esse motivo, os profissionais da educação devem ter um olhar mais atento a essa prática
cruel e intimidadora. Cabe ao professor levantar rodas de discussões sobre o tema, a fim de
conscientizar os alunos sobre os perigos causados pelo bullying.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O bullying é um problema mundial, que se faz presente em todas as escolas, independente


da classe social. Pessoas que não se enquadram em nenhum grupo ou nos protótipos de beleza são
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isoladas e reconhecidas como estranhas, criando desprezo nos outros alunos. Os praticantes
caracterizam-se por serem imaturos. Muitos deles sofrem violência ou falta de afeto da família. A
única intenção dos praticantes é satisfazer-se com o sofrimento alheio.

Pereira (2002, p. 18) diz que “é a intencionalidade de fazer mal e a persistência de uma
prática a que a vítima é sujeita o que diferencia o bullying de outras situações ou
comportamentos agressivos”.

Nesse mesmo sentido, temos outra definição pertinente que serve como base para nossa
compreensão:

Bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem


sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro (s), causando dor,
angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam
profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e
infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais
e materiais, são algumas das manifestações do “comportamento bullying” (FANTE,
2005. p. 28 e 29).

Dessa forma, podemos dizer que o Bullying não está relacionado à raiva. Não é um
conflito a ser resolvido, tem a ver com desprezo – um forte sentimento de desgostar de alguém
considerado como sem valor, inferior ou não merecedor de respeito. Este desprezo vem
acompanhado por três aparentes vantagens psicológicas que permitem que se machuque os
outros sem sentir empatia, compaixão ou vergonha: um sentimento de poder, de que se tem o
direito de ferir ou controlar outros; uma intolerância à diferença; e uma liberdade de excluir,
barrar, isolar e segregar outros. (CALOROSO, 2004)

2.1 Formas da prática de Bullying

O bullying pode acontecer de forma direta, quando a vítima é agredida por meio de ameaças,
ofensas verbais e agressões físicas. Ou de forma indireta, na ausência da vítima, de forma
psicológica, através da indiferença, do isolamento, da exclusão, da difamação. Na maioria das vezes
as vítimas sofrem caladas por vergonha de se exporem ou por medo de represálias de seus
agressores.
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Compete à escola oferecer a segurança e a proteção necessária ao aluno, assim como


também incentivar a capacitação dos educadores para que estejam preparados a encontrar meios de
combater a violência na escola.
Para Fante (2005, p. 4), “o bullying não é apenas um problema dos pais e professores, mas
de toda a sociedade, e todos devem buscar informações e formas de auxiliar os indivíduos
envolvidos neste fenômeno”.
Estudos comprovam que os meninos são os maiores praticantes do bullying direto, porém a
cada dia o número de meninas que agridem fisicamente vem aumentando. Diante desse problema, a
família deve se mostrar presente, acompanhando o desenvolvimento do aluno, transmitindo-lhe
segurança e dialogando, para que se quebre qualquer receio em falar sobre o assunto.
Percebemos claramente hoje em dia que os pais, ou não tem tempo para educar seus filhos, por isso
tornam-se altamente permissivos e omissos, jogando sua responsabilidade de educar para a escola,
ou são tão rigorosos que não permitem aos filhos abertura ao diálogo, tornando-os afastados,
agressivos e problemáticos.
Segundo Fante (2005, p. 6) “Famílias desestruturadas, com relações afetivas de baixa
qualidade, em que a violência doméstica é real ou em que a criança representa o papel de bode
expiatório para todas as dificuldades e mazelas, são as fontes mais comuns de autores ou alvos de
Bullying”.
Mesmo que todos já tenham conhecimento sobre problema em questão e saibam suas
consequências, o bullying continua sendo praticado como uma brincadeira, uma forma de se
relacionar com os amigos.
Os primeiros sinais de que algo não vai bem vem na aprendizagem escolar, o aluno mostra
baixo desempenho, alguns desistem por não suportarem tanta pressão. A superação dos traumas
causados pelo bullying dependerá do relacionamento consigo mesmo e com a sociedade,
principalmente com sua família.
O incentivo a laços de amizades e o debate sobre o assunto devem ser adotados como meios
de prevenção ao bullying, além de mostrar o exemplo, evitando atos ou palavras agressivas contra
os alunos.
Essas medidas preventivas, se bem aplicadas e envolvendo toda comunidade escolar,
contribuirão positivamente contra o bullying.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
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Para a elaboração deste trabalho redigiu-se uma pesquisa bibliográfica realizada nos livros
das disciplinas: Introdução à Pesquisa, de onde extraímos citações e vários conceitos relevantes
inerentes ao tema abordado. Além disso, buscamos referenciar vários temas através de pesquisa em
revistas, nos sites especializados em artigos científicos, bem como em livros que abordam tal
temática. Seguida de posterior leitura destas literaturas para a avaliação de sua relevância no
trabalho, além da sua ligação com o tema em questão. Essa leitura foi acompanhada de análise
crítica para pautar a discussão sobre o custo de produção.
As pesquisas foram pautadas no método exploratório, que se utiliza de dados teóricos para
alcançar os objetivos. Geralmente, a pesquisa exploratória envolve levantamento bibliográfico e, se
necessário, entrevistas com pessoas sobre o problema pesquisado, num estudo de caso.
Ademais, adota-se ainda, no decorrer do trabalho uma ampla abordagem, visto que o tema
trabalhado compreende várias áreas do conhecimento.

FIGURA 1: CAPA DO LIVRO DIDÁTICO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA

FONTE: Müller (2013)


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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pudemos ver ao longo das ideias explanadas no presente trabalho, que o fenômeno bullying
é uma realidade dentro da escola. Porém, muitos ainda o enxergam como “brincadeiras de criança”.
Contudo, ele não deve ser tratado dessa forma, pois esse fenômeno gera consequências que
interferem diretamente na aprendizagem, identidade e vida dos alunos. Estes geralmente ficam
desmotivados, perdem a concentração nos estudos e se preocupam mais com as possíveis
humilhações que podem vir a sofrer do que propriamente com os conteúdos escolares e seus
próprios interesses.
A autoestima é deteriorada, sendo que a literatura nos aponta para casos em que o aluno
perde até mesmo a vontade de viver e chega a cometer suicídio, ainda que não tenhamos verificado
tal ocorrência em nossa pesquisa.
A vontade de vingança contra aqueles que inferiorizaram a vítima do bullying pode conduzi-
lo à reprodução da violência, criando-se, assim, um círculo vicioso.
Portanto, existe a urgência da elaboração de um projeto pedagógico que tenha como objetivo
principal a superação da desigualdade e exclusão social, respeitando os direitos de cidadania dos
alunos, além de suscitar a conscientização dos professores com relação ao fenômeno bullying.
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REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação –


Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

CALOROSO, Bárbara. O bullying; O intimidado, e o observador. Edição atualizada, United


Stated NY, 2004.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São
Paulo: Ed. Pearson, 2006.

FANTE, Cléo. Fenômeno Bullying. São Paulo: Versus, 2005.

FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo:
Atlas, v. 5, 2011.

MULLER, Antônio José (Org). et al. Metodologia Científica. Indaial: Uniasselvi, 2013. Disponível
em:< https://uniasselvi01.sharepoint.com/sites/LeoWeb>. Acesso em: 20 de Mai. 2022.

PEREIRA, Beatriz Oliveira. Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas
agressivas entre crianças. Edição: Fundação Caluste Gulbenkian, 2002.

PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed.


Intersaberes, 2016.

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