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ESTELIONATO (Art.

171, CP)
RECEPTAÇÃO (Art. 180, CP)
ESCUSAS (Art 181 – 183, CP)

DISCIPLINA: DIREITO PENAL III


Profª Arkeley Souza
Aula: 13 ABRIL 2021
“Obter para si ou para outrem, vantagem ILÍCITA, em prejuízo
ALHEIO, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.
PENA – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos e multa.

“Normalmente, é a pessoa que e enganada. Pode-se, porém,


enganar alguém vindo o prejuízo atingir terceiro; não é
necessário que a vítima do dano patrimonial seja a mesma do
erro, tanto que a lei se refere genericamente a prejuízo alheio
(RT 656/324)”
Estelionato – Art. 171, CP

• “Comete estelionato o motorista de táxi que, em terminal de


passageiros, após captar a confiança de adventícios, sob o
ardil de realizar corrida vantajosa cobra, a final, preço bem
superior ao tabelado, esmo que, para tanto, tenha contado
com o auxílio de parceiro ou arrastão” (TACrim – RJD)

• “Responde por estelionato quem, apresentando falsa lista,


pleiteia donativos para inexistente “campanha da
fraternidade”, com isso conseguindo obter para si ilícita
vantagem em prejuízo alheio” (JTACrim)
• Objetividade jurídica
• Sujeito ativo
• Sujeito passivo
• Objeto material
• Modalidade de crime
• Consumação
• Tentativa
Estelionato e Furto Mediante Fraude

• “No crime de ESTELIONATO a fraude ANTECEDE o


apossamento da coisa e é causa para ludibriar sua entrega
pela vítima, no FURTO QUALIFICADO pela FRAUDE o artifício
malicioso é empregado para iludir a vigilância ou a atenção.

• Ocorre FURTO MEDIANTE FRAUDE e não ESTELIONATO nas


hipóteses de subtração de veículo posto à venda mediante
solicitação ardil de teste experimental ou mediante artifício
que leva a vítima a descer do carro” (STJ-RT)
Estelionato e Apropriação Indébita

“Distingue-se o ESTELIONATO da Apropriação Indébita porque, nesta, o


DOLO do agente é posterior ao apossamento da coisa, ao passo que
naquele é anterior à sua entrega” (TACrim-RT)

FRAUDE PARA RECEBIMENTO DE INDENIZAÇÃO OU VALOR DO SEGURO


(Art. 171, § 2º, CP)

“Agente que faz comunicação falsa de furto do seu veículo, com o objetivo
de fraudar a companhia seguradora, recebendo este o valor do seguro,
induzindo-a, deste modo, em erro” (TACrim-RJD)

“ Y faz falsa comunicação de furto de veículo à empresa seguradora, a


qual, através de seu sistema de segurança, investiga o pedido do acusado
e descobre o ardil por ele engendrado, quando ainda estava em
andamento o golpe pretendido” (TACrim – RJD)
Estelionato contra idoso

• Art. 171, § 4, CP (Lei. N. 13.228/2015)


(Pena aplicada em dobro)
• Lei n, 10.741/2003 – Art. 1º

“Paciente que teve a prisão preventiva decretada pela prática,


em tese, do crime de ESTELIONATO MAJORADO, praticado
contra idoso, em concurso de pessoas – conhecido como conto
do bilhete premiado contra vítima de 72 anos de idade.
Decreto bem fundamentado (art. 93, IX, da CF) em requisito
constante do art. 312 do CPP, a garantia da ordem pública (STJ-
2018)
Art. 180 - Receptação

• Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito


próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou
influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte.
PENA – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa

. Sujeito ativo
. Sujeito passivo
. Objeto material
 Receptação própria – crime material. Admite tentativa. Ex.: pessoa contratada
para conduzir veículo furtado é flagrada antes de começar a dirigi-lo.

 Consumação:
“adquirir” e “receber” – crime instantâneo
“oculta” “conduzir” “transportar” – crime permanente

CRIME DOLOSO – (Exceção: Hipótese do § 3º - Art. 180, CP)

É pressuposto de sua ocorrência a existência de um crime anterior, ainda que


não seja objeto de IP ou processo crime, findo ou em andamento.

“Em sede de crime de RECEPTAÇÃO, o fato do automóvel estar com as placas


adulteradas e a circunstância de ser utilizado em prática de roubo, torna
evidente que o agente tinha conhecimento de sua origem ilícita, sendo de
rigor a sua condenação”. (TACrim-RJD)
Receptação Simples RECEPTAÇÃO simples
DOLOSA PRÓPRIA DOLOSA IMPRÓPRIA

“Ocorre receptação DOLOSA “Configura-se o crime de


na conduta do agente que, RECEPTAÇÃO DOLOSA, na
em PROVEITO PRÓPRIO, mediação tendente a influir
adquire um veículo de que outrem, de boa-fé,
pessoa não identificada e adquira, receba ou oculte
que não é a real proprietária, coisa proveniente de crime.
pagando a importância em É indiferente a
dinheiro, pois mesmo caracterização do delito a
conhecendo a origem ILÍCITA superveniência ou não de
da ‘res’ agiu com vontade qualquer desses resultados,
livre e consciente de adquiri- bastando a prática de
la” (TACrim –RJD) simples atos de
intermediação, desde que
idôneos”. (JTACrim)
Receptação culposa – Art. 108, § 3º, CP

• “Age no mínimo com culpa quem, de desconhecido, recebe veículo


sem placa e sem documentação, passando a usá-lo com chapa fria,
após entregar, em contrapartida, um seu automóvel e receber de volta
em dinheiro, sem sequer consultar o órgão administrativo competente
para averiguar a procedência lícita do bem que lhe foi entregue”
(JTACrim)

• “ A aquisição de objeto de pessoa que não é comerciante e por preço


bem abaixo do real, sem exigir notas fiscais, tipifica o crime de
receptação”. (TJMT)

• “Age culposamente quem, sem as necessárias cautelas, adquire


objetos de certo valor de pessoa estranha por preço ínfimo,
preocupando-se em fazer negócio vantajoso” (JTACrim)
Receptação privilegiada (Art. 180, § 5º, CP)

A) Possibilidade de perdão judicial (Receptação Culposa);


Criminoso primário + circunstâncias do fato)

B) Substituição da pena de reclusão pela de detenção;


Diminuir de 1 a 2/3 pena ou
Aplicar somente a multa (Receptação Dolosa) ;
Criminoso primário + pequeno valor a coisa
Receptação Favorecimento Real (Art. 349, CP)

Agente atua com o animus Animus do agente?


de lucro
Prestar auxílio ao criminoso

Crime contra o Patrimônio Tornar seguro o proveito do


crime

Crime contra a
Administração da Justiça.

Aspectos controvertidos sobre a receptação


Aspectos controvertidos sobre a receptação
IMUNIDADES PENAIS

• Arts. 181 a 183, CP


• Conceito
• Aplicação
• Classificação
a) Imunidades penais absolutas

b) Imunidades penais relativas

Exceções às imunidades penais

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