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1.1. Simples
• Quanto aos sujeitos ativo e passivo, trata-se de crime bicomum, podendo ser
praticado por ou contra qualquer pessoa;
• Se o sujeito ativo for servidor público que se vale das prerrogativas do cargo
para efetuar a subtração, estará caracterizado o crime de peculato furto (art.
312, § 1º);
• Quanto ao resultado naturalístico, é crime material, pois exige que haja a
efetiva subtração da coisa alheia móvel;
• Quanto ao elemento subjetivo, o crime é punido somente a título de dolo;
• Quanto ao momento da consumação, o crime se consuma quando o agente
passa a ter poder sobre a coisa, ainda que seja por um curto espaço de
tempo e sem a posse mansa e pacífica (teoria da amotio) – STF;
• Quanto à Justiça Competente, o furto será processado perante a Justiça
Estadual. Entretanto, quando praticado contra o patrimônio público da União,
será processado perante a Justiça Federal;
• O agente deve ter o ânimo de se apoderar do bem alheio - animus ren sibi
habendi - pois, se essa intenção não for comprovada, haverá o furto de uso,
que não é crime, desde que a devolução da coisa subtraída seja rápida e em
seu estado original;
• A coisa subtraída não pode ser de propriedade do infrator, pois, se for, estará
caracterizado o crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345);
• O furto famélico, o qual a vítima pratica o crime para saciar a fome, é
reconhecido como causa excludente de ilicitude (art. 24);
• A mera subtração de folha de cheque em branco não caracteriza furto, visto
o seu valor insignificante – STJ;
• A coisa de ninguém (nunca teve dono) e a coisa abandonada (dispensada por
alguém) não podem ser objeto material do crime de furto;
• A existência de sistema de vigilância e monitoramento não caracteriza crime
impossível, pois há possibilidade de consumação do furto:
Súmula 567/STJ - Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou
por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não
torna impossível a configuração do crime de furto.
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1.2. Majorante
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
1.5. Qualificadoras
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• O abuso de confiança é a única qualificadora incompatível com o privilégio,
tendo em vista ser de ordem subjetiva;
QUALIFICADORAS DO FURTO
- Semovente domesticável de produção Reclusão de 2 a 5 anos
- Destruição ou rompimento do obstáculo
- Abuso de confiança, fraude, escalada, destreza
Reclusão de 2 a 8 anos
- Chave falsa
- Concurso de 2 ou mais pessoas
- Veículo automotor com transposição de fronteira Reclusão de 3 a 8 anos
- Emprego de explosivo ou artefato análogo
Reclusão de 4 a 10 anos
- Subtração de substância explosiva ou acessório
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Art. 156 - Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa.
• É crime próprio tanto para o sujeito ativo quanto para o sujeito passivo, visto que
exige a qualidade especial dos referidos (sócio, condômino ou coerdeiro);
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota
a que tem direito o agente.
3. ROUBO
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
detenção da coisa para si ou para terceiro.
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• A causa de aumento de pena desse dispositivo é aplicada ao roubo próprio
e ao roubo impróprio;
• O termo “arma” deve ser interpretado como qualquer instrumento que possa
ser utilizado como tal e o seu uso deve se dar de maneira efetiva ou, ao
menos, o porte ostensivo;
• O uso de arma de brinquedo/simulacro não gera aplicação da majorante do
emprego de arma;
• É necessário perícia para apurar a potencialidade lesiva da arma, mas, se não
for possível, as demais provas podem ser utilizadas para comprovar o fato -
STJ;
• Se o roubo for praticado por associação criminosa, os agentes responderão
pelo roubo majorado pelo concurso de pessoas e pela associação criminosa,
em concurso material - STJ;
• O inimputável é contabilizado com os demais agentes para incidir o concurso
de pessoas;
• No roubo em que a vítima presta serviço de transporte de valores, para que
incida a majorante, o criminoso deve saber que a vítima está nessa situação;
• Se o veículo automotor não ultrapassar a fronteira, o agente responderá pelo
crime de roubo simples;
VARIAÇÕES DO LATROCÍNIO
Subtração Consumada + Morte Tentada = Latrocínio Tentado
Subtração Consumada + Morte Consumada = Latrocínio Consumado
Subtração Tentada + Morte Tentada = Latrocínio Tentado
Subtração Tentada + Morte Consumada = Latrocínio Consumado
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Súmula 603/STF - A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz
singular e não do tribunal do júri.
QUALIFICADORAS DO FURTO
- Semovente domesticável de produção Reclusão de 2 a 5 anos
- Destruição ou rompimento do obstáculo
- Abuso de confiança, fraude, escalada, destreza
Reclusão de 2 a 8 anos
- Chave falsa
- Concurso de 2 ou mais pessoas
- Veículo automotor com transposição de fronteira Reclusão de 3 a 8 anos
- Emprego de explosivo ou artefato análogo
Reclusão de 4 a 10 anos
- Subtração de substância explosiva ou acessório
4. EXTORSÃO
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que
se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
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Vantagem moral, sem valor econômico Constrangimento ilegal
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• Todas as modalidades são consideradas crime hediondo, conforme a lei 8.072/90;
• Quanto ao bem jurídico tutelado, trata-se do patrimônio e da liberdade de
locomoção da vítima (crime pluriofensivo);
• Quanto ao sujeito ativo, trata-se de crime comum, podendo ser praticado por
qualquer pessoa;
• Quanto ao sujeito passivo, trata-se de crime comum, podendo ser praticado
contra qualquer pessoa;
• Pessoa Jurídica pode ser sujeito passivo, caso a vítima seja um sócio, exigindo-se
dela um pagamento pelo resgate;
• Quanto ao elemento subjetivo, o crime é punido a título de dolo aliado à finalidade
especial de obter vantagem (dolo específico), não admitindo a forma culposa;
• Quanto à ação penal, trata-se de crime de ação penal pública incondicionada;
• O crime se consuma com a privação da liberdade da vítima, ainda que ela não
seja transferida para outro local;
• Quanto ao resultado, trata-se de crime formal, visto que a lei prevê o resultado,
mas este é indiferente para a consumação do crime – STF;
• Trata-se de crime permanente, visto que sua conduta se prolonga no tempo,
cabendo prisão em flagrante a qualquer momento;
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer
vantagem, como condição ou preço do resgate:
Pena - reclusão, de 8 a 15 anos.
§ 3º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de 24 a 30 anos.
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5.3. Delação Premiada (Minorante)
6. EXTORSÃO INDIRETA
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém,
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra
terceiro:
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.
7. USURPAÇÃO
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de
linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, e multa.
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II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de
2 pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal
indicativo de propriedade:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
8. DANO
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8.1. Dano Simples
9. APROPRIAÇÃO INDÉBITA
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• Quanto ao elemento subjetivo, o crime é punido a título de dolo (por comissão ou
omissão - art. 13, §2), não admitindo a forma culposa;
• Quanto ao resultado, é crime material, pois exige que haja a efetiva apropriação
do bem jurídico alheio como se fosse própria;
• Quanto à ação penal, trata-se de crime de ação penal pública incondicionada;
• O crime se consuma com a inversão do ânimo do agente, cabendo a tentativa
caso o agente seja surpreendido no momento em que vende ou bem apropriado;
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
9.2. Majorante
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crime material, pois se consuma com o efetivo lançamento do crédito
previdenciário;
• Quanto à ação penal, trata-se de crime de ação penal pública incondicionada;
• Pode ser aplicado o princípio da insignificância até o limite de R$10 mil (STJ) e
R$20 mil (STF);
• Quanto à competência, o crime será processado perante a Justiça Federal;
• Trata-se, ainda, de norma penal em branco, visto que é necessária a observação
do prazo previdenciário para que o delito esteja caracterizado;
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§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o
agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia,
o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para
o ajuizamento de suas execuções fiscais.
11. ESTELIONATO
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio
fraudulento:
Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa.
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• Se o agente obtiver um cheque da vítima, o crime só estará consumado quando
da obtenção do valor descrito no cheque;
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• A emissão de cheque sem fundo para pagamento de dívida relativa a jogo
não configura crime, pois estas não são passíveis de cobrança judicial;
11.3. Majorante
12. RECEPTAÇÃO
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12.2. Receptação Qualificada
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o
valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por
meio criminoso:
Pena - detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa, ou ambas as penas.
12.4. Majorante
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§ 6º Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de
Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em dobro
a pena prevista no caput deste artigo.
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou
natural.
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
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Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave
ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.
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