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• Crime hediondo: art. 1º, IX, Lei 8072/90 (incluído pela Lei
13.964/2019).
• É a única modalidade de furto hediondo.
- Violência (física);
• Pluralidade de mortes:
- Para doutrina majoritária, há crime único de latrocínio
(intenção era subtração): Bittencourt, Nucci;
- Entendemos haver concurso formal impróprio (desígnios
autônomos quanto à morte). Neste sentido há decisões do
STJ.
Hediondez
• Lei 8072/90 (crimes hediondos), com a redação dada pela Lei
13.964/2019:
• Diferença para a concussão (art. 316, CP): Neste último exige-se vantagem
indevida aproveitando-se da função pública, mas não há violência ou grave
ameaça.
Causas de aumento (§ 1º) e qualificadoras (§ 2º)
• Causas de aumento de pena = 1/3 até ½ (§ 1º):
- Emprego de arma
- Aqui não houve alteração pela Lei 13.654/2018 ou Lei 13.964/19. Incide o
aumento de 1/3 até 1/2 se usada arma de fogo ou arma branca.
- Sequestrar pessoa;
- Dúvida neste ponto: há concurso com o crime do art. 288 do CP? Há duas
posições:
- 1ª: qualificadora absorve o crime do art. 288 do CP (prevalece na
Doutrina);
- 2ª: há crimes autônomos, pois bem jurídicos são diferentes e consumação
ocorre em momentos distintos (neste sentido, Cleber Masson; havendo,
também, julgados do STJ).
Qualificadoras
• § 2º: pena de reclusão de 16 a 24 anos quando o fato resultar
lesão corporal de natureza grave.
• Requisitos:
- Delação à autoridade (Delegado ou Promotor, conforme Lei
12.850/13);
- + Facilitação da libertação da vítima (Jurisprudência: com a
integridade preservada).
• Destaca-se:
• Observações:
7.3) Privilegiada
• Está prevista no art. 170 do CP, que remete ao art. 155, § 2º.
- Requisitos:
• primariedade (não-reincidência);
• coisa de pequeno valor (até um salário mínimo).
Consequências:
• redução da pena de um terço a dois terços; (ou)
• substituição da reclusão pela detenção; (ou)
• aplicação isolada da pena de multa.
Estelionato
• “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita em
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio
fraudulento.
• Elementares do tipo:
• Fraude
• Indução ou manutenção de alguém em erro
• Obtenção de vantagem ilícita
• Em prejuízo alheio.
Fraude
• O tipo penal fala em artifício, ardil ou qualquer outro meio
fraudulento.
• O tipo exige alienação “não consentida pelo credor” (elemento normativo do tipo).
Se o credor consentir, não há crime.
• O tipo exige uma relação jurídica obrigacional entre o sujeito ativo e passivo
(“coisa que deve entregar a alguém”).
• Obs.: Especialidade: Art. 7º, IX, Lei 8.137/90: vender, ter em depósito, expor à
venda ou entregar matéria-prima ou mercadoria em condições impróprias ao
consumo.
• Art. 18, § 6º, CDC: são impróprios para o consumo os produtos deteriorados, alterados,
adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde,
perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação,
distribuição ou apresentação.
• Se o contrato é de consumo: Lei 8.137; se não é: aplica-se o CP.
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
• S.A: o segurado.
• S.P: o segurador.
• Pressuposto: haver contrato de seguro vigente.
• 2 posições:
• 2ª: não, pois quando a denúncia foi recebida, a ação era incondicionada,
estando o ato jurídico perfeito e acabado.
• Neste sentido, há precedentes do STJ (Ex.: HC 573.093, Rel. Reynaldo
Soares da Fonseca, j. 15/04/2020) e da 1ªT do STF (HC 187.341, Rel. Min.
Alexandre de Morais, j. 13/10/2020).
Receptação (art. 180 do CP)
• “Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito
próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou
influir para que terceiro, de boa fé, a adquira, receba ou oculte.”
• Pena: reclusão de 1 a 4 anos, e multa.
• Não precisa ser crime patrimonial. Pode ser, por exemplo, contra a administração
pública.
• Não se exige que o autor do crime anterior seja punido (ele pode ser isento de pena,
nos termos do art. 181 do CP), ou não ser identificado. É o que define o art. 180, § 4º.
• Produto de ato infracional: Para Fragoso é fato atípico (estrita legalidade). Para
Noronha, há receptação.
Sujeitos e objeto
• Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, salvo o autor, coautor
ou partícipe do crime antecedente.
• Aqui, o crime é próprio, pois só pode ser praticado por quem está no exercício
de comércio ou atividade industrial.
• Admite, entretanto, participação de 3º.
4) Receptação privilegiada
• No caso de receptação dolosa, aplica-se o privilégio do art. 155, § 2º, ou seja, se o
criminoso for primário e de pequeno valor a coisa, o Juiz pode substituir a reclusão
pela detenção, diminuí-la de 1/3 a 2/3 ou aplicar somente a multa.
• Posição majoritária é a de que se aplica também para a
modalidade qualificada, já que o legislador não diferenciou.
• Há posicionamento minoritário de que há incompatibilidade.
Causa de aumento de pena
• Art. 180, § 6º:
• Art. 181: É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste
título, em prejuízo:
- irmão;
• Lei 11.340/06 determina, em seu art. 7˚, inciso IV, c.c. art. 5˚, que a
subtração, retenção ou destruição do patrimônio constitui violência
doméstica e/ou familiar contra a mulher.