Você está na página 1de 3

CURSO: Direito PERÍODO: 5º

DISCIPLINA: Crimes contra o Patrimônio e Dignidade Sexual


PROFESSOR: JULIERME ROSA DE OLIVEIRA
SEMESTRE: 1º ANO: 2024 CRÉDITOS: 04 h/a C/H: 80 h/a semestral

ROTEIRO DE AULA Nº 01

PARTE ESPECIAL

DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (ARTS. 155 AO 183, DO CÓDIGO PENAL)

DO FURTO (ARTS. 155 E 156, DO CÓDIGO PENAL)

FURTO (ART. 155, DO CÓDIGO PENAL)

1 – ELEMENTOS DO FURTO: São os seguintes os elementos do delito de furto:

A) Subtrair: o núcleo do tipo do crime de furto é o verbo “subtrair”, que significa


tirar uma coisa do poder de alguém, desapossá-la, ou, em outras palavras, apoderar-
se do bem da vítima, para si ou para outrem, sem a permissão dessa, diminuindo-lhe
o patrimônio.

B) Coisa alheia móvel: é o objeto material do delito de furto, uma vez que
somente os bens móveis podem ser subtraídos, já que apenas eles podem ser
retirados da esfera de vigilância da vítima. Os bens imóveis, portanto, não podem ser
furtados, sendo de se salientar que, para fins penais, são assim considerados apenas
aqueles que não podem ser levados de um lugar para outro. Logo, os bens móveis
que o Código Civil ou legislações especiais equiparam a imóveis, mas que podem ser
transportados, são considerados móveis para fins penais e, dessa forma, podem ser
objeto de furto. Ex: navios, aeronaves e os materiais separados provisoriamente de
um prédio.

. OBS1: O objeto material do crime de furto deve ser coisa alheia móvel,
economicamente apreciável.

. OBS2: O ser humano pode ser objeto material do crime de furto? E o cadáver?

. OBS3: A coisa de ninguém pode ser objeto material do crime de furto? E a


coisa abandonada? E a coisa perdida?

C) Fim de assenhoreamento definitivo: para a caracterização do crime de


furto, indispensável que o agente tenha a intenção específica de ter o objeto para si

1
ou para outrem de forma definitiva, não transitória. É a exigência do animus rem sibi
habendi, ou seja, o agente deve ter a intenção de não devolver o bem à vítima.

2 – OBJETIVIDADE JURÍDICA: é o bem jurídico que a lei pretende preservar quando


incrimina uma determinada conduta. No caso do delito de furto é a propriedade, a
posse e a detenção legítimas de determinada coisa alheia móvel.

. OBS: Ladrão que subtrai ladrão tem mesmo cem anos de perdão?

3 – SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa, exceto o proprietário da coisa, já que o tipo


exige que esta seja “alheia”.

. OBS1: E se o proprietário subtrai coisa sua que se encontra na posse de


terceiro, pratica alguma infração penal?

. OBS2: E se a subtração for praticada por funcionário público, valendo-se da


facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário?

4 – SUJEITO PASSIVO: o proprietário, possuidor ou detentor do bem. A vítima pode ser


pessoa física ou jurídica. É indiferente que possua a coisa em nome próprio ou de
terceiro.

5 – CONSUMAÇÃO: no que tange ao momento consumativo do furto, há quatro


correntes disputando a prevalência:

- Contrectatio: dispõe que a consumação se dá pelo simples contato entre o


agente e a coisa alheia, dispensando o seu deslocamento;

- Amotio (ou apprehensio): de acordo com essa teoria, a consumação se dá


quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, mesmo que num curto
espaço de tempo, independentemente de deslocamento ou posse mansa e
pacífica;

- Ablatio: estabelece que a consumação ocorre quando o agente, depois de


apoderar-se da coisa, consegue deslocá-la de um lugar para outro;

- Ilatio: dispõe que, para ocorrer a consumação, a coisa deve ser levada ao
local desejado pelo ladrão para ser mantida a salvo.

. OBS: Qual a posição adotada pelo STF e o STJ?

2
6 – TENTATIVA: a tentativa é possível em todas as modalidades do delito de furto
(simples, privilegiado e qualificado).

. OBS1: Bolso vazio: tentativa ou crime impossível?

. OBS2: Tentativa e vigilância eletrônica (Súmula 567, do STJ).

7 – ELEMENTO SUBJETIVO: o elemento subjetivo é o dolo.

8 – FURTO NOTURNO (ART. 155, § 1º, DO CÓDIGO PENAL).

. OBS1: Natureza jurídica.

. OBS 2: O que significa “repouso noturno”?

. OBS3: Aplicação.

9 – FURTO PRIVILEGIADO (ART. 155, § 2º, DO CÓDIGO PENAL).

. OBS1: Natureza jurídica.

. OBS2: Aplicação (Súmula 511, do STJ).

. OBS3: Pequeno valor do prejuízo e prejuízo insignificante são a mesma coisa?

. OBS4: Furto famélico configura hipótese de furto privilegiado?

10 – FURTO POR EQUIPARAÇÃO (ART. 155, § 3º, DO CÓDIGO PENAL).

. OBS: A conduta de efetuar ligação clandestina de TV a cabo configura furto


por equiparação?

11 – FURTO QUALIFICADO (ART. 155, §§ 4º, 4º-A, 4º-B, 5º, 6º E 7º, DO CÓDIGO PENAL).

12 – CAUSA DE AUMENTO DE PENA (ART. 155, § 4º-C, DO CÓDIGO PENAL).

Você também pode gostar