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São Judas tadeu

FURTO Art.155
Codigo Penal

Caio Drudi - 823213941


Stefanny Oliveira - 82324425
Deborah Lia - 82322821
Juliana Gomes - 82327195
SEMINÁRIO
2023
FURTO
ART.155 Subtrair, para si ou para outrem, coisa
alheia móvel.

Pena: Reclusão, de um a quatro anos e multa.

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime


é praticado durante o repouso noturno.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno


valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de
um a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa.

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia


elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
FURTO
QUALIFICADO
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
multa, se o crime é cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à


subtração da coisa;

II - com abuso de confiança, ou mediante fraude,


escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.


CONTINUAÇÃO

§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver


emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.(Incluído pela
Lei nº 13.654, de 2018)

§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto


mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático,
conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de
segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio
fraudulento análogo.(Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
CONTINUAÇÃO
II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou
vulnerável. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)

§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo


automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

§ 6º A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de


semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no
local da subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)

§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for


de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654,
de 2018)
FURTO DE COISA
COMUM
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

§ 1º - Somente se procede mediante representação.

§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que
tem direito o agente.

-O Crime de furto consiste em subtrair coisa alheia móvel.

-Subtração é o ato de tomar para si algo que não está em sua legítima posse ou que não seja de
sua propriedade.

-Se distingue da apropriação ( Apropriação indébita CP art 168, Peculato-apropriação CP art.312


e Peculato-furto CP art 312 § 1º).
OBSERVAÇÕES
SOBRE O FURTO
-Para o Direito Penal, o conceito de móvel é o natural.

-Somente bens corpóreos podem ser furtados.

-Corpos humanos não podem ser objetos de material de furto, exceto


quando possuem valor econômico e estiverem sob a legítima posse de
alguém.

-Furto é crime comum, exceto na forma qualificada pelo abuso de


confiança.

-Furto durante o repouso noturno, impede a incidência do princípio da


insignificância.

-Furto famélico: é causa de exclusão da ilicitude (e do próprio crime) pelo


estado de necessidade.
PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA
-Para a teoria tripartida, o crime é composto por três elementos : a) fato típico; b) ilicitude; c) culpabilidade.
Para que uma conduta seja considerada crime, devem estar presentes os três elementos, cumulativamente.

-O princípio da insignificância deve ser avaliado caso a caso, com base nos seguintes critérios:

a) mínima ofensividade da conduta do agente;

b) nenhuma periculosidade social da ação;

c) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;

d) inexpressividade da lesão jurídica provocada.

Critérios subjetivos:

a) importância do objeto material para a vítima (situação econômica e valor sentimental do bem);

b) circunstâncias e resultados do crime.


No caso de furto qualificado não cabe a aplicação do princípio da insignificância, pois o furto é
acompanhado de circunstâncias que tornam o fato ainda mais reprovável.
OBSERVAÇÕES SOBRE
O FURTO QUALIFICADO
-O crime de furto possui inúmeras modalidades qualificadas.
São hipóteses em que o próprio legislador majora a pena em abstrato do crime de furto.

-Há furto qualificado, por exemplo, na hipótese do agente quebrar os vidros do carro para
subtrair bolsa no interior do veículo .
Segundo jurisprudência majoritária a comprovação desta qualificadora (destruição ou
rompimento de obstáculo) exige exame pericial.

-O abuso de confiança ocorre quando o bem é acessível ao agente por força da confiança
depositada pela vítima no agente.
A relação de confiança não pode ser presumida, ou seja, deve ser comprovada no processo.
Para o STJ, a única qualificadora subjetiva do furto é, justamente, o furto cometido com abuso
de confiança.

-A fraude também qualifica o crime de furto.


É preciso ter atenção para NÃO confundir o furto mediante fraude com o crime de estelionato.
A fraude, no furto, é utilizada para subtrair o bem.
Em contraposição, a fraude, no estelionato, é utilizada para induzir a vítima a entregar o bem.
CONTINUAÇÃO
-A qualificadora também fala em escalada e destreza.
A escalada ocorre quando há qualquer meio anormal ou de difícil ingresso ou saída do local do
furto.
A destreza, por sua vez, pode ser compreendida como a habilidade manual que impede que a
vítima perceba a subtração.

-A chave falsa pode ser compreendida como todo instrumento, com ou sem forma de chave,
que tenha aptidão para abrir fechaduras.
É o que ocorre, por exemplo, com a micha ou a chave copiada.

-O Furto Qualificado pelo Emprego de Fraude Cometido por Meio de Dispositivo Eletrônico ou
Informático foi introduzido em 2021
CASO
O FURTO AO BANCO CENTRAL
DE FORTALEZA

O furto ao em Fortaleza, no Banco Central do Brasil, no


final de semana dos dias 6 e 7 de agosto de 2005.

O crime só foi descoberto no início do expediente da


segunda-feira do dia 8 de agosto. Foi o segundo maior
assalto a banco da história do Brasil.

FORTALEZA - CE
O FURTO AO BANCO CENTRAL DE
FORTALEZA
O furto foi feito num fim de semana, enquanto o banco estava fechado. A quadrilha
alugou uma casa para abrir uma empresa de fachada, que comercializaria grama
sintética.

Os assaltantes usavam uniformes e começaram a escavar um túnel de 80 m de


comprimento, 70cm de largura e 4 metros de profundidade, cuja parte final era um
poço que atravessava o piso de 1 metro de espessura de concreto maciço.

O túnel foi revestido com lona e inteiramente escorado com vigas de madeira para
evitar desabamentos; contava com sistema de ar-condicionado e iluminação elétrica,
aparentemente tiveram auxílio de alguém que trabalhava no banco. Além disso,
tinham também uma rota de fuga flexível para atrapalhar as investigações.

Até hoje, sabe-se que o dinheiro recuperado (apenas R$ 20 milhões) foi deixado,
de propósito pelo assaltante conhecido apenas por Roque, no intuito de ganhar mais
tempo para administrar o restante. Segundo a Polícia, o mesmo morava na região
próximo onde o dinheiro foi encontrado, mas até hoje não se sabe o paradeiro e nem
a identidade do acusado.

Das 36 pessoas que foram acusadas, 27 acabaram presas.


PLANEJAMENTO
Três meses antes, após receber informações detalhadas sobre o
funcionamento do Banco Central e plantas subterrâneas, o bando alugou
a casa, a um quarteirão do prédio do Banco Central.

A casa foi inteiramente caracterizada como uma empresa que produzia


grama natural e sintética. Assim, a ação dos criminosos passa
desapercebida pelos vizinhos. Eles estimavam que o grupo era
constituído de algo entre 6 e 10 pessoas e perceberam que diariamente
saíam carros carregados de terra, mas entendiam que se tratava de algo
normal para aquele ramo de atividade.

Ironicamente, dentro do túnel, foram encontradas várias garrafas de


bebidas isotônicas e pomadas contra assaduras, resultadas do trabalho
braçal. Estima-se que 30 toneladas de terra foram retiradas, o suficiente
para encher seis caminhões.

A Polícia Federal avaliou a obra em R$ 500.000,00.


EXECUÇÃO
Depois da escavação os criminosos venceram mais um desafio: atravessar a
blindagem do cofre.

O piso de 1,10 metro era feito de concreto reforçado com aço. Para isso, os
criminosos usaram maquita com discos de diamante,revestidas e adaptadas para
diminuir o barulho e britadeira.

Nenhum alarme foi disparado, não houve registro nas câmeras de segurança,
pois não gravavam, apenas filmavam. Uma das câmeras principais já estava
bloqueada por uma empilhadeira.

O peso aproximado das notas (todas de 50 Reais) era de três toneladas e meia,
um volume suficiente para encher 6 caixas e meia de água, de 1m³ cada.
Somente as cédulas com danos, destinadas para incineração, foram levadas.
De acordo com o BC, as notas não numeradas haviam sido recolhidas da rede
bancária para análise de seu estado de conservação e, após a análise, parte do
dinheiro retornaria ao sistema financeiro, e parte seria incinerada.

O dinheiro foi carregado através do túnel em bacias puxadas por cordas, em


sistema de roldanas.
FUGA
Os criminosos tiveram 44 horas para fugir antes da descoberta do furto.

Na saída da casa, foi espalhado uma enorme quantidade de pó branco (cal), na intenção de apagar
impressões digitais. O dinheiro foi transportado inicialmente por vans que logo foram abandonadas.

Posteriormente, os criminosos dividiram o dinheiro e viajaram para diferentes regiões do País.

- Primeiro grupo foi para Boa Viagem, Ceará;


- Segundo grupo foi para São Paulo e os demais fugiram para Goiás, Piaui e Pará, entre outros destinos.
PRISÕES
As investigações da Polícia Federal começaram assim que o furto foi
descoberto no dia 8 de agosto de 2005, segunda-feira.
O início da linha correta de investigação se deu com a identificação de
José Marleudo através de impressões digitais encontradas na casa pelo
Papiloscopista da Polícia Federal, o que posteriormente ajudou a identificar
parte dos envolvidos.

No dia seguinte, 9 de agosto, os criminosos cometeram uma outra falha:


compraram dez carros de uma só vez, à vista com o dinheiro do furto.

O comprador era José Charles Morais, dono de uma transportadora. Ele foi
preso em Minas Gerais levando 11 carros em um Caminhão-cegonha. Em 3
deles, os Policiais encontram a prova do crime: R$ 6.000.000,00, roubados
do BC.

Ele forneceu pistas dos demais ladrões que participaram do furto, incluindo
o n° de um celular que batia com o do cartão deixado no túnel.
OS PRINCIPAIS ENVOLVIDOS
SÃO:
ADAPTAÇÃO
CINEMATOGRÁFICA

3 Episódios
REFERÊNCIAS:

CASTRO, /Leonardo. Legislação Comentada - Furto - Art.155 do CP. Jus Brasil, 2014, Disponível em :
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/legislacao-comentada-furto-art-155-do-cp/136366573 . Acesso em 15
de nov. 2023.

Assalto ao Banco Central do Brasil em Fortaleza – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)


https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/08/03/prestes-a-completar-15-anos-furto-milionario-ao-banco-
central

2023
OBRIGADO

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