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Isso prevenirá
que gays, lésbicas, transexuais, travestis, assexuais e bissexuais sofram
menos preconceito e se conheçam mais cedo, evitando futuros dolorosos
conflitos consigo mesmo. Se aprendemos sobre o dia do índio no colégio e não
viramos índios, por que viraríamos homossexuais aprendendo a ideologia de
gênero? Uma das hipóteses aqui lançadas é de que se espera, com esses
posicionamentos a favor de um ensino que respeita as diferenças e
individualidade dos sujeitos, que a educação cumpra o seu papel de preparar
os estudantes para a cidadania, inclusive, aumentando a capacidade de crítica
desses alunos, para que o diálogo a respeito desse e de outros temas
complexos possam ser realizados (REIS; EGGERT, 2017). Apesar da escola
não ser a principal responsável para explicar sobre identidades sociais e outros
temas ligados a diversidade sexual, é preciso ressaltar que o ensinamento ali
transmitido, têm efeito na vida e nas histórias pessoais, se constituindo de
forma significativa nas relações sociais (LOURO, 1999). Por isso, a escola
precisa ter autonomia para tratar essas e outras questões que, por ventura,
venham a ser trazidas pelos alunos. Louro (1999) lembra-nos que a escola,
atualmente, (também) é um lugar de perpetuação das diferenças e dos
preconceitos, essa realidade precisa ser transformada. Uma mudança nas
crenças a respeito da homossexualidade, constituem-se como um passo
importante.
Jodelet (2001), a respeito das representações sociais afirma que elas possuem
um caráter construtivo que admite reconstruções, ou seja, elas podem
transformar palavras, categorias e diferentes assuntos em algo familiar. Por
isso a importância de que as práticas nos ambientes educacionais sejam
reformuladas, a fim de que os estudantes possam aprender novos conceitos e
reformular antigas preposições. Como comentado pelos usuários: “Ser
homossexual é natural”, “gay é tão normal e comum quanto hétero”, “enquanto
vocês continuarem com essa mania de tratar os outros como anormais porque
são diferentes de vocês, o tempo vai fechar. Negros já estiveram nessa
situação e orientais também”, “ninguém quer impor nada. Eles existem e seus
filhos vão saber disso”.
O trecho acima foi extraído de um artigo cientifico “rede de ódio, um estudo
sobre homofobia no facebook”. Nesse ponto destacado, podemos fazer uma
relação com a primeira aula sobre a construção do espaço coletivo, onde foi
exposto sobre o tipo de ensino que é passado para os alunos de acordo com a
classe social, a aula nos foi apresentada da seguinte forma, “construir o espaço
coletivo é se apropriar do mundo, é ir a lugares que as pessoas dizem que
você nunca pode ir”. Quando nascemos já encontramos um mundo cheio de
conceitos formados, somos ensinados desde pequenos que ou você é da prole
ou da burguesia e que isso nunca será mudado. Nesse trecho do texto é falado
sobre a importância de ensinar sobre diversidade sexual nas escolas, ensinar
as crianças sobre respeitar as diferenças. Em aula, o professor expos três tipos
de educação, são elas: educação redentora que era utilizada na idade média,
baseada nos valores religiosos e não permitia questionamento. A educação
reprodutora, predominante em nossa sociedade nos dias atuais, o que
determina essa educação são fatores econômicos, políticos e sociais. Tudo
que for para manter a economia funcionando pode ser aprendido na escola, a
educação reprodutora ensina que devemos reproduzir tudo igual a todos e da
forma que é esperado de acordo com quem está no poder. E por último a
educação transformadora, essa educação é a chave para a mudança, ela
ensina que as coisas podem ser diferentes, é educação construtivista, que
pode ser questionada, como diz no trecho do artigo esperasse que a escola
prepare seus alunos para saber discutir esse assunto e muitos outros, sabendo
expor sua opinião, respeitar as diferenças. E não como é feito hoje, onde falar
com seu filho sobre homossexualidade pode ser um tabu ou que se a criança
aprender algo sobre esse assunto na escola será influenciado, a partir do
momento em que, não só as escolas, mas as famílias também começarem a
utilizar este método de educação transformadora, vamos ter um mundo em
harmonia, onde pessoas serão tratadas como pessoas, independente de
gênero, classe social, religião ou raça.