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Questionário - Psicologia Social e Práticas Integrativas II.

Quais são as perspectivas femininas com relação à importunação sexual


nas ruas brasileiras?
1. Como sua mente reage ao ser chamada atenção na rua? (ex: assobios,
elogios indiscretos, olhares). Como você se sente?

R: Ah... eu me sinto constrangida e ao mesmo tempo eu sinto muita


raiva da vontade de partir pra cima da pessoa e meter porrada (risos) é
sério muito sério.

2. Você sente algum receio de sair sozinha durante a noite? E por que?

R: Sim primeiro o medo de ser roubada, é claro, ou de ser morta durante


um assalto a mão armada, ãh... e também a gente tem receio de sair na
rua e sofrer algum tipo de abordagem de violência sexual sim, eu acho
que quase todas as mulheres, a não ser uma lutadora de MMA não vai
ter medo nenhum né? Mas acho que quase todas as mulheres têm um
pouco de receio sim.

3. Você sabe reconhecer as diferenças entre um abuso sexual, assédio


sexual e importunação sexual?

R: É é.… importunação sexual ééé a realização de atos libidinosos sem


o consentimento das pessoas ah ... Tipo em público e sem o
consentimento da pessoa sabe tipo em o que acontece em ônibus,
metro. As vezes aparece uns caras se masturbando, isso é um ato
libidinoso e isso é uma importunação sexual. É é.…abuso sexual é
quando a pessoa tenta obter uma relação sexual com você, contra a sua
vontade, ãh ... ou quando te coage, tipo é a mesma coisa te coage, tenta
te obrigar a ter alguma relação com ela, resumindo quando há a relação
sem o consentimento da pessoa, isso é uma agressão é um abuso,
abuso sexual, ou as vezes comentários ofensivos, comentários que
soam ofensivos e as investidas sem noção também conta como abuso
sexual, e assedio é quase a mesma coisa de importunação é quando se
tem contato verbal ou físico sem que a pessoa tenha consentido e, é
contato verbal ou físico, ou hostil ou fútil, sabe aquelas cantadas
desnecessárias super ridículas que você ta passando na rua e da
vontade de virar e metar a mão na cara da pessoa? É isso, acho que
resumindo é isso!

4. Você já vivenciou alguma situação em que você identifica como


importunação sexual?

R: Sim, eu acho que em balada ou carnaval, já.


5. Após ter vivenciado essa situação, quais medidas você tomou? Teve
algo que deixou de realizar?

R: Ãh um não, nunca teve algo que eu deixei de fazer não ééé acho que
eu não tenho nada de diferente, se eu to andando na rua e alguém
meche comigo ou me chama a atenção. Meche comigo, me chama a
atenção não vai chamar, fica me coagindo ou falando merda é uma
importunação eu continuo andando ou eu olho pra pessoa com a cara
fechada ou simplesmente viro e mostro do dedo do meio e continuo
andando é só isso, mas não sei tipo se alguém viesse pra cima de mim
ou eu ia apanhar, mas eu ia meter porrada com muita vontade, eu já me
preparei psicologicamente pra isso, eu já.

6. Com qual frequência você acredita que essas importunações


ocorrem?

R: Ãh... sempre andando por aí, tipo independente do lugar que voe está
indo sempre tem um engraçadinho pra ficar falando merda, o certo é
andar com uma metralhadora, tra tra tra (risos). É sério minha resposta
tá.

7. Como você passou a agir desde então? Quais são as suas atitudes
hoje em dia mediante a esses acontecimentos?

R: Eu ajo normalmente eu saio eu ando eu volto pra casa, é mas que dá


um sentimento de raiva e agressividade quando escuto alguém
mexendo comigo na rua da sim, mas eu nunca deixei de fazer nada
como eu falei como anteriormente por relação a isso, ah mas, não sei
deveria ter uma forma de sei lá, a gente poder descer a mão na cara
dessas pessoas sem ser agredida depois, seria bem legal.

8. Você tem algum tipo de sensação ao se lembrar da cena?

R: quando eu lembro de alguém que tenha já tenha importunado ou


assediado como aconteceu uma vez na balada eu arrependimento de
não ter metido a porrada na cara daquele cara só isso, é eu me
arrependo muito por não ter feito isso.

9. Esse acontecimento gerou algum dano psicológico ou medo em


você?

R: Não, não eu nunca gostei muito de sair, nem de festa mesmo, e isso
não interferiu em nada na minha vida, ah..., mas medo não mesmo, não,
não.
10. Após a importunação sofrida, você entrou em contato com alguém
de sua família ou amigos, para pedir algum auxílio?

R: se eu falasse que eu tinha sida importunada ou sofrido assédio


sexual em uma balada ou carnaval tudo que eu ouvir era vai caçar
serviço e tomar vergonha na sua cara e evita de ir nesses lugares rum!
Com certeza, mas eu não procurei auxilio de ninguém e nem falei nada
pra ninguém, foi só tipo hã coisas, coisas não, não são coisas leves,
alguém tentar me beijar a força ou alguém me beijar a força não são
coisas leves. Mas eu (risos) não procurei auxilio de ninguém não,
embora eu devesse eu acho, na próxima talvez eu faça um escândalo e
o cara vai preso por uns dois dias ou por umas duas horas, ele nunca
mais vai querer passar perto de mim, só isso.

11. O que passou na sua cabeça neste momento?

R: vergonha, vergonha, vergonha a única coisa que eu senti,


principalmente na balada que eu ainda cai no meio do povo, muito
constrangedora.

12. Você se recorda com quantos anos sofreu a primeira importunação


sexual?

R: Quantos anos eu sofri a primeira importunação, isso eu já tava bem


grandinha eu não recordo com exatidão não mas acho que por volta dos
16 ou 17 anos por ai.

13. É notável alguma alteração na incidência das importunações


baseado nas companhias, vestimentas ou algum outro fator?

R: Uhum, sim com certeza, se você coloca roupa curta e sai na rua com
certeza na primeira esquina você vai ouvir alguém mexendo com você
ou te assediando coisa assim, e super constrangedor isso!

14. Existem lugares pelos quais você passa e repara uma frequência
maior nas importunações? Se sim, quais são eles?

R: É como eu falei na rua mesmo, em transito, andando e em festas,


baladas ou carnaval é mais ou menos isso, carnaval acontece direto,
muito, demais, toda hora.
15. Você já deixou de denunciar alguma situação vivenciada por medo?

R: Não, não mesmo, ãh por medo não, eu nunca denuncie, mas por
medo não foi mesmo não, ãh e também como eu saio pouco né, eu
tenho pouco histórico de graças a Deus eu tenho pouco histórico de
vivencia lá fora e ver alguém sendo agredido assim tipo né como eu falei
já acontece em festas ou eventos abertos como carnaval ou coisa assim
é eu nunca denunciei, mas não por medo.

16. Já deixou de realizar alguma atividade cotidiana (ex: idas a


faculdade, mercado, trabalho, etc) para evitar que algo acontecesse?

R: Não.

17. Quando você se depara com alguma mulher/menina passando por


situações de importunação sexual, você intervém?

R: Eu nunca fiz isso, é.…, nunca fiz isso, como eu falei as situações que
eu vivenciei foi em tipo eventos abertos como carnaval ou balada coisa
assim e eu não denunciei, não intervir, errado né!

18. Você recebeu apoio de seus familiares/amigos para realizar


denúncia sobre alguma importunação recebida?

R: Não, não nunquinha, é recebi não!

19. Estar acompanhada de uma outra pessoa te traz uma segurança?

R: Ãh um pouco, mas eu ando muito sozinha e não tenho medo não,


não mesmo!

20. Possui conhecimento sobre a lei que protege a mulher desse


fenômeno?

R: Ãh a lei do minuto seguinte? Eu sei um pouco, ou seja, básico, assim


sobre, tipo eu pensava antes que era a lei maria da penha que protegia
as mulheres de tudo, ai depois eu vi assistindo um programinha fuleiro
chamado cidade alerta que existia a lei do minuto seguinte que as
mulheres podem chegar tipo em hospital ou em qualquer delegacia,
coisa assim, e só falar e sua palavra tem valor e poder também então
são obrigados a te atender independentemente da situação ou do lugar
que você estiver sem te questionar e ter que levar a sério o que você
falar tem que confiar basicamente na sua palavra, eu acho, basicamente
isso.
21. Quais medidas você considera adequadas para prevenção deste tipo
de ocorrência?

R: Ah sei lá, tipo um curso de balística, de tiro ao alvo pra todas as


mulheres e uma ponto 50, é pra sair na rua, é (risos) pra levar a sério,
eu to falando sério (risos) eu não sei! Tipo é uma raça meio, ã
asquerosa, isso prolifera sabe, home que não presta e não tem caráter,
nenhum um pouco de decência, pra fazer esse tipo de coisa tem que ser
uma pessoa total zero caráter. Então ficar indo na delegacia e falar olha
sofri importunação sexual e tal, não vai fazer com que eles parem, mas
eu acho que umas boas pauladas iriam resolver a situação, umas
porradas na cara é acho que resolvia a situação. Runf!

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