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SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA

REDENTOR

CENTRO UNIVERSITÁRIO
REDENTOR

Esther Pacheco Laia – 1900444

PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL

Itaperuna-RJ
12 de junho 2020
SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA
REDENTOR

CENTRO UNIVERSITÁRIO
REDENTOR

Esther Pacheco Laia – 1900444

PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL

Trabalho em forma de Resenha,


como requisito parcial de avaliação
na disciplina de Psicologia Escolar e
Educacional sob a orientação da
Profª. Alessandra Tozatto.

Itaperuna-RJ
12 de junho 2020
SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA REDENTOR
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIREDENTOR

Aluno(a): Esther Pacheco Laia Matrícula: 1900444

Disciplina: Psicologia Escolar e Educacional


Professora: Alessandra Tozatto

Atividade: Resenha Crítica Valor: 2 pontos Postagem: 12/06/2020

O artigo “Militarização da educação pública no Brasil: a derrocada da empatia?” busca


oferecer a nós o entendimento crítico a respeito da Militarização das escolas no Brasil, onde
os alunos não teriam sua subjetividades e interesse respeitados e teriam um educação
totalmente autoritária e ditatorial. Além dessas questões, o artigo também irá trabalhar a
respeito de como a sociedade aceita esse projeto. Com o objetivo de apresentar uma contra
proposta, os autores do artigo apresentam a educação humanista, mais precisamente uma
educação que acredita na empatia como metodologia, onde além de se estabelecer relações
aluno/professor, também são instituídas relações amigáveis entre os mesmo.

Um ponto bastante interessante relatado no decorrer do artigo, diz a respeito dos


retrocessos que a sociedade brasileira tem vivido quando o assunto é políticas públicas em
saúde, habitação, educação, perda de direitos trabalhistas e uma série de outras questões
que, de certa, forma acabam acarretando na desigualdade hoje existente em nossa nação.
Como consequência, esses sentimentos acabam gerando na sociedade um sentimento de
desesperança, onde a identidade do povo brasileiro que antes era conhecido como acolhedor
acaba se perdendo.Com essas questões chegamos ao entendimento que as escolas
militarizadas que serão implantadas em nosso país contribuirão ainda mais para que esses
sentimentos sejam ainda mais enraizados nos alunos.

Para que se consiga chegar a uma conclusão de que esse modelo realmente não é a
melhor opção para que ocorra a melhoria da educação pública em nosso país é preciso que
se entenda quais são os planos e objetivos desse novo modelo de educação.

O projeto de Militarização das Escolas foi lançado no ano de 2019 pelo Governo
Federal e busca implantar cerca de 216 escolas cívico-militares até o ano de 2023. Esse
projeto tem por objetivo “melhorar o processo de ensino-aprendizagem nas escolas públicas
e se baseia no alto nível dos colégios militares do Exército, das Polícias e dos Corpos de
Bombeiros Militares.” Como se não bastasse, os criadores desse projeto de intervenção
dizem que as escolas militares apresentam melhor rendimento ao ser comparadas com
outras escolas públicas, o que é uma verdadeira mentira. Como o relatado pelos autores do
artigo: “... os Institutos Federais Tecnológicos têm média mais alta que os Colégios Militares,
sendo o único sistema público com média mais alta que a dos colégios particulares.”

Uma outra questão que nos leva a repudiar esse projeto de educação é a prática
pedagógica que eles pretendem aplicar para que haja uma “melhora" na educação pública.
As práticas pedagógicas deles se baseiam na atuação de militares no apoio da gestão
escolar quanto na gestão educacional onde os professores se tornariam responsáveis pela
prática pedagógica contida nessas escolas. Assim, conseguimos chegar a conclusão que o
objetivo é implementar questões e comportamentos que são implantados dentro de um
quartel militar em um ambiente totalmente distinto a esse, na escola. Afirmando essas
questões, o artigo irá relatar que segundo o Estatuto dos Militares determina, a disciplina é
constituída na “rigorosa observância é acatamento integral das leis, regulamentos, normas e
disposições que fundamentam e coi4d3nam o funcionamento do organismo militar.”

Com as questões apresentadas, chegamos à conclusão de que os alunos não terão


o direito de opinar e questionar questões, problematizar situações que causem nesses
alunos qualquer tipo de desconforto, fazendo assim com que o argumento crítico dessas
crianças e adolescentes seja totalmente destruído. Toda autonomia, práticas reflexivas que
poderiam existir dentro de um ambiente escolar e que são totalmente importantes no
processo de subjetividade e de um tornar se são destruídas e esquecidas quando o assunto
é a Militarização das Escolas.

Essas questões acabam sendo fruto do atual governo antidemocrático do então


presidente da República, Jair Messias Bolsonaro que vem sendo sustentado por pessoas
que não tem consciência de que estão perdendo seus direitos, tornando condições de
trabalho e vida precárias quando apoiam esse tipo de governo. Assim, podemos utilizar um
trecho do artigo para descrição desse momento que diz que: “Assim, com a preciosa ajuda
da grande mídia (a serviço das classes dominantes do empresariado nacional e
internacional) e fortes doses de vitimização dos grupos sociais privilegiados, terror e pânico
social foram disseminados.”

De acordo com o ex presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: O maior déficit
que a sociedade e o mundo têm é o déficit da empatia. Infelizmente essas palavras se tornam
realidade na população brasileira, onde o maior incentivador da falta de empatia é o seu
presidente, e essas questões acabam interferindo em outras, especialmente na educação
pública brasileira quando vemos professores e alunos sendo totalmente desvalorizados
nessa nova proposta de educação.

Com o objetivo de uma contraproposta, os autores desse artigo apresentam uma


educação humanista, autônoma, reflexivas, dinâmica e libertadora, buscando defender um
modelo escolar onde os alunos consigam desenvolver sua subjetividade e senso crítico de
forma liberal. A educação humanista tem como intuito criar um ambiente saudável, onde o
respeito seja mútuo entre professores e alunos, buscando sempre a humanização como uma
forma de construção da personalidade do indivíduo que se baseia na Educação Centrada do
Estudante (ECE) e assim respeitando a subjetividade de cada ser, suas histórias, seus
pensamentos, seu valores etc. Como uma forma de afirmação e dando credibilidade a esse
modelo, os autores do artigo irão dizer:

“Acreditamos na educação como algo dinâmico, em constante transformação e que


não aprisione sujeitos. Pensar numa educação com esses princípios requer de nós
um grau de empatia que possibilite compreender o mundo subjetivo do outro
(educando) de modo a perceber e aceitar sua maneira singular de lidar com o
conhecimento que está sendo apresentado (...) É um encontro com o saber desse
outro num processo de alteridade. “ (FOCHI, CRESPO, TOZATTO, LAGE, AFONSO,
AZEVEDO, FRANCISCO, 2020)

Por fim, podemos dizer que um modelo onde são trabalhadas as questões subjetivas
de cada um (professores ou alunos), onde o respeito e a humanização são questões
efetivadas geram muito mais estímulos e resultados positivos que um regime onde sinônimo
de respeito é medo, onde suas opiniões e questões sociais num âmbito geral são totalmente
desrespeitadas.

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