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SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA

REDENTOR

CENTRO UNIVERSITÁRIO
REDENTOR

Brenda da Silva Paula - 1805206


Esther Pacheco Laia – 1900444
Luís Felipe do Amaral Assis - 1400447

PSICOLOGIA SOCIAL II

Itaperuna-RJ
14 de junho 2020
SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA
REDENTOR

CENTRO UNIVERSITÁRIO
REDENTOR

Brenda da Silva Paula - 1805206


Esther Pacheco Laia – 1900444
Luís Felipe do Amaral Assis - 1400447

PSICOLOGIA SOCIAL II

Trabalho em forma de Projeto de


Intervenção, como requisito parcial
de avaliação na disciplina de
Psicologia Social II sob a orientação
da Profª. Renata Domingues.

Itaperuna-RJ
14 de junho 2020
SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA REDENTOR
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIREDENTOR

Aluno(a): Brenda da Silva Paula, Esther Pacheco Laia, Luís Felipe do Amaral Matrícula: 1805206,
Assis 1900444, 1400447
Disciplina: Psicologia Social II
Professora: Renata Domingues

Atividade: Resenha Crítica Valor: 2 pontos Postagem: 14/06/2020

ESTIGMA - NOTAS SOBRE A MANIPULAÇÃO DA IDENTIDADE DETERIORADA


GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade. Tradução: Mathias
Lambert, v. 4, 1988.

O autor relata no livro alguns conceitos ligados a estigma e identidade social e quais
as maneiras que que a desempenho da pessoa na sociedade pode influenciar no modo de
como cada indivíduo tem sua imagem idealizada e de como ele pretende manter essa
imagem. O autor inicia o livro com a definição do termo estigma que foi criado na antiguidade
pelos gregos para falar das características do corpo que evidenciavam algo que não era
normal.
O texto tem foco em como os sentimentos da pessoa estigmada sobre ela mesma
sobre os indivíduos normais, explorando a grande variedade estratégica que essas pessoas
aplicam para suportar a rejeição e os estereótipos que a sociedade impõe. Dessa forma, o
autor tem como proposta principal do livro esclarecer as relações entre a estigma e a
demanda do desvio social.
O autor afirma que “a sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas e o
total de atributos considerados como comuns e naturais para os membros de cada uma
dessas categorias” (p. 5). Pode-se relatar que a sociedade impõe os estereótipos de cada
pessoa e dessa forma, todas as pessoas tem o seu “padrão”, porém geralmente esse padrão
imposto pela sociedade não atinge a todos e os indivíduos que podem ser chamados de “fora
dos padrões” se sentem excluídos. “Os ambientes sociais estabelecem as categorias de
pessoas que têm probabilidade de serem neles encontradas. As rotinas de relação social em
ambientes estabelecidos nos permitem um relacionamento com "outras pessoas" previstas
sem atenção ou reflexão particular” (p. 5).
“O termo estigma, portanto, será usado em referência a um atributo profundamente
depreciativo, mas o que é preciso, na realidade, é uma linguagem de relações e não de
atributos. Um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar a normalidade de outrem,
portanto ele não é, em si mesmo, nem horroroso nem desonroso” (p.6).
De acordo com o autor, o estigma é algo depreciativo, algo ruim sobre um indivíduo e
no qual pode ser mal visto pessoa sociedade que os indivíduos estão inseridos. Dessa forma,
o autor relata que há 3 tipos de estigma que são totalmente diferentes entre si: “Em primeiro
lugar, há as abominações do corpo - as várias deformidades físicas. Em segundo, as culpas
de caráter individual, percebidas como vontade fraca, paixões tirânicas ou não naturais,
crenças falsas e rígidas, desonestidade, sendo essas inferidas a partir de relatos conhecidos
de, por exemplo, distúrbio mental, prisão, vicio, alcoolismo, homossexualismo, desemprego,
tentativas de suicídio e comportamento político radical. Finalmente, há os estigmas tribais de
raça, nação e religião, que podem ser transmitidos através de linhagem e contaminar por
igual todos os membros de uma família.” (p.7).
Os estigmas apresentados acima, em nossa sociedade, traz algumas discriminações,
e que “as atitudes que nós, normais, temos com uma pessoa com um estigma, e os atos que
empreendemos em relação a ela são bem conhecidos na -medida em que são as respostas
que a ação social benevolente tenta suavizar e melhorar” (p. 8). A nossa atitude diante das
pessoas que tem algum estigma pode ser levar consequências a auto estima da pessoa que
podem ser irreversíveis.
Além disso, podemos perceber a sua resposta defensiva a tal situação como uma
expressão direta de seu defeito e, então, considerar os dois, defeito e resposta, apenas como
retribuição de algo que ele, seus pais ou sua tribo fizeram, e, consequentemente, uma
justificativa da maneira como o tratamos apenas como retribuição de algo que ele, seus pais
ou sua tribo fizeram, e, consequentemente, uma justificativa da maneira como o tratamos.
“Parece também possível que um indivíduo não consiga viver de acordo com o que foi
efetivamente exigido dele e, ainda assim, permanecer relativamente indiferente ao seu
fracasso” (p.9).
“O indivíduo estigmatizado pode, também, tentar corrigir a sua condição de maneira
indireta, dedicando um grande esforço individual ao domínio de áreas de atividade
consideradas, geralmente, como fechadas, por motivos físicos e circunstanciais, a pessoas
com o seu defeito” (p.12). Essa questão reforça a questão da aceitação do indivíduo
estigmado e sua reinvenção e superação do seu estigma. O autor da um exemplo sobre a
pessoa aleijada que aprende a nadar ou o cego a escalar uma montanha.
O indivíduo estigmatizado provavelmente utiliza do seu estima para o chamado
“ganhos secundários” no qual, ele usa seu estigma para justificar seu fracasso e dessa forma
fazer com que o outro sinta compaixão com a condição dele. Além também de usar algumas
privações como benção secreta, relato de que aquilo que viveu mudou sua vida ou de como
aquilo pode mudar a vida de algumas pessoas.
“É provável que, em situações sociais onde há um indivíduo cujo estigma conhecemos
ou percebemos, empreguemos categorizações inadequadas e que tanto nós como ele nos
sintamos pouco à vontade. Há, é claro, frequentemente, mudanças significativas a partir
dessa situação inicial” (p.19). As pessoas com estigma acabam se acostumando com a
situações que enfrentam diante da sociedade e a partir disso, já tem as habilidades
necessárias para lidar com certos tipos de situações.
Quanto ao Igual e o informado, e “sugeriu-se inicialmente que poderia haver uma
discrepância entre a identidade virtual e a identidade real de um indivíduo. Quando conhecida
ou manifesta, essa discrepância estraga a sua identidade social; ela tem como efeito afastar
o indivíduo da sociedade e de si mesmo de tal modo que ele acaba por ser uma pessoa
desacreditada frente a um mundo não receptivo” (p. 20). A pessoa por achar que ninguém
entenderá o estigma dela ou que não há ninguém com o mesmo estigma que ela, acaba se
sentindo sozinha e afasta a todos com o pensamento de que ninguém a entenda, porém há
pessoas que estão dispostas a entender o que o outro está passando e qual a dor que ele
enfrente com o estigma dele.
“Em geral, a tendência para a difusão de um estigma do indivíduo marcado para as
suas relações mais próximas explica por que tais relações tendem a ser evitadas ou a
terminar, caso já existam” (p. 29). Pode-se ressaltar que as pessoas que tem mais aceitação
com seu estigma, acaba estimulando um pensamento de “normalização’” com os indivíduos
a sua volta, e dessa forma, as pessoas estigmatizadas podem mostrar até que ponto elas
podem parecer normais quando são tratadas com normalidade. A vida do sujeito
estigmatizado é uma questão de aceitação, e a normalidade de como ele é tratado, depende
inteiramente dela.
Sobre a Carreira Moral, “as pessoas que têm um estigma particular tendem a ter
experiências semelhantes de aprendizagem relativa à sua condição e a sofrer mudanças
semelhantes na concepção do eu - uma “carreira moral" semelhante, que não só causa como
efeito do compromisso com uma sequência semelhante de ajustamentos pessoais” (p. 30).
A socialização parte do processo inicial de duas fases. No primeiro momento, a
pessoa estigmatizada aprende e incorpora o ponto de vista dos normais, adequando as
crenças da sociedade mais ampla em relação à identidade e uma ideia geral do que significa
possuir um estigma particular. Já em um segundo momento, o estigmatizado aprende que
possui um estigma particular e, dessa vez detalhadamente, as consequências de possuí-lo.
Ambos momentos andam juntos e acontecem na sequência um do outro.
O autor apresenta quatro modelos de carreira moral disponíveis para estigmatizados
e “um deles envolve os que possuem um estigma congênito e que são socializados dentro
de sua situação de desvantagem, mesmo quando estão aprendendo e incorporando os
padrões frente aos quais fracassam” (p. 30). Isso significa que uma pessoa mesmo sabendo
que não tem algo, aceita que o outro modelo que é o natural. O autor cita o exemplo da
pessoa órfã que mesmo não tendo pais, aceita que o natural são as pessoas ter pais.
“Um segundo modelo deriva da capacidade de uma família e, em menor grau, da
vizinhança local, em se constituir numa cápsula protetora para seu jovem membro” (p. 31).
Há pessoas em que vivem em um círculo doméstico, geralmente são crianças que vivem
dentro de uma bolha na qual a família a coloca, não deixando nada do mundo exterior chegar
nela. Com isso, a criança quando sai para o mundo exterior, acaba ficando deslocada, sem
saber como agir.
“O momento crítico na vida do indivíduo protegido, aquele em que o círculo doméstico
não pode mais protegê-lo, varia segundo a classe social, lugar de residência e tipo de
estigma mas, em cada caso, a sua aparição dará origem a uma experiência moral” (p. 31).
Isso quer dizer que pessoas com uma classe social mais alta, tende a criar bolhas sociais
para seus filhos, enquanto as famílias com classe social baixa, acaba não tendo como criar
essa bolha social para seus filhos por serem pobres e isso faz com que os mesmos preparem
seus filhos para os desafios da vida desde cedo.
“Um terceiro modelo de socialização é exemplificado pelos que se tornam
estigmatizados numa fase avançada da vida ou aprendem muito tarde que sempre foram
desacreditáveis - o primeiro caso não envolve uma reorganização radical da visão de seu
passado, mas o segundo sim” (p. 32). Por viver dentro de uma bolha por causa de seu
estigma, a pessoa se sente única e acaba não entendendo bem a situação. Quando em fase
adulta a pessoa estigmatizada se depara com o mundo exterior, é uma situação totalmente
inesperada no qual o indivíduo fica totalmente surpreso e despreparado para lidar com tal
situação.
“Um quarto modelo é ilustrado por aqueles que, inicialmente, são socializados numa
comunidade diferente, dentro ou fora das fronteiras geográficas da sociedade normal, e que
devem, portanto, aprender uma segunda maneira de ser, ou melhor, aquela que as pessoas
à sua volta consideram real e válida” (p. 33). Na situação descrita, o indivíduo tem um grande
dificuldade de criar relações com outros indivíduos e com isso, acaba se estendendo as
relações antigas. Pois as novas relações, podem simplesmente ver o estigma dele como um
simples defeito enquanto as relações antigas, podem não conseguir tratá-lo, nem com um
tato formal nem com uma aceitação familiar total.
“No caso do indivíduo cuja desvantagem física é recente, seus companheiros de
sofrimento que estão mais avançados do que ele na manipulação do defeito far-lhe-ão
provavelmente uma série de visitas para dar-lhe as boas vindas ao clube e para instruí-lo
sobre o modo de adaptar-se física e psiquicamente” (p. 34). As pessoas semelhantes a ele,
com o mesmo estigma, acabam tentando levar um conforto maior para aquele que encara a
nova situação e levar a ela a uma melhor aceitação da sua nova condição.
“Ao rever a sua própria carreira moral, o estigmatizado pode escolher e elaborar
retrospectivamente as experiências que lhe permitem explicar a origem das crenças e
práticas que ele agora adota em relação a seus iguais e aos normais” (p.36). O estigmado
deve levar sua condição de estigma como uma nova chance de se superar, e com isso tentar
se sentir normal dentro de suas condições.
“Deve-se acrescentar que não só as experiências das pessoas são identificadas
retrospectivamente com momentos decisivos, mas também as que já, foram superadas
podem ser empregadas assim. Por exemplo, a leitura da literatura do grupo pode dar uma
experiência que é sentida e que se pretende que seja reorganizadora” (p. 37).
De acordo com o capítulo lido, pode-se observar vários estigmas e de como ele são vistos
como anormais diante da sociedade e o impacto que isso pode trazer na sua autoestima e
no seu psicológico

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