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SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA

REDENTOR

CENTRO UNIVERSITÁRIO
REDENTOR

Esther Pacheco Laia


1900444

PSICOLOGIA DA SAÚDE E POLÍTICAS PÚBLICAS

Itaperuna-RJ
18 de maio 2020
SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA
REDENTOR

CENTRO UNIVERSITÁRIO
REDENTOR

Esther Pacheco Laia


1900444

PSICOLOGIA DA SAUDE E POLÍTICAS PÚBLICAS

Trabalho em forma de Resenha,


como requisito parcial de avaliação
na disciplina de Psicologia da Saúde
e Políticas Públicas sob a orientação
da Profª. Viviane Lopes.

Itaperuna-RJ
18 de maio 2020
SOCIEDADE UNIVERSITÁRIA REDENTOR
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIREDENTOR

Aluno(a): Esther Pacheco Laia Matrícula: 1900444

Disciplina: Psicologia da Saúde e Políticas Públicas


Professora: Viviane Lopes

Atividade: MA 2 Valor: Postagem: 18/05/2020

Título da resenha: Memória como cartografia e dispositivo de formação-intervenção


no contexto dos cursos da Política Nacional de Humanização.

O artigo resenhado por meio desse trabalho tem por objetivo trazer a memória como
cartografia e como um dispositivo de formação-intervenção no que tange os cursos que estão
inclusos na Política Nacional de Humanização (PNH).

Lidar com a questão do cuidado quando relacionado à saúde nos traz para o lado da
complexidade que existe na gestão e nas relações entre trabalhadores, os gestores e por
fim, as pessoas que utilizam os serviços de saúde. Os autores do artigo dizem que essa
certeza ético-política no que podemos chamar de processo de formação deve nos trazer
essa complexidade citada anteriormente, porque ela contribuirá na formação dos indivíduos.
Os autores afirmam essa concepção dizendo que: "Uma opção que não cuide dessa inclusão
(ou que promova a exclusão) não sustenta a efetiva alteração dos modelos de atenção e de
gestão no âmbito do SUS." (ABBÊS; GONÇALVES; ROSA; SANTOS, 2010, pág. 45)

Para que se consiga obter êxito na formação de cada profissional da saúde e os


modos de gestão do SUS é totalmente relevante que haja uma problematização do que se
pode fazer, de quais são os nossos objetivos e de como se pode contribuir para a construção
de novas ações e das relações que são estabelecidas no campo da saúde e em sua vida
individual. Toda essa problematização é estabelecida para que haja um "outro mundo
possível", uma nova forma de viver e de uma saúde pública possível. Quando o autor decide
usar o termo possível, o mesmo quis se referir a uma saúde que não é pautada em questões
que são consideradas impossíveis de serem realizadas, mas sim em coisas que realmente
podem ser feitas.

As intervenções propostas para o campo de formação no que tange ao campo da


saúde nas universidades ou até mesmo em ações de movimentos sociais são embasadas
na compreensão da não separação que existe entre as metodologias e a vida, entre a
invenção de si e do mundo. Com isso, é posto em debate as políticas de formação em saúde
e os desafios teórico-metodológicos de construção de práticas que contenham os serviços
cotidianos, os desafios e as relações existentes com os modos de produzir cuidado e a
gestão no território. Essas práticas também devem incluir as vivências dos alunos e suas
relações nos territórios de vida-trabalho.

Após esses desdobramentos, o texto irá trazer uma forma de experiência de


implementação de um processo de formação para os agentes sociais como apoiadores da
Política Nacional de Humanização (PNH). Então, nesse contexto de formação, os autores
exploram a memória como uma forma de estratégia de intervenção/produção coletiva no que
diz respeito à saúde pública e dizem que:
"A produção é validação coletivas de memória tornaram-se parte do processo de
formação e nos levaram a problematizar continuamente seu contexto e demarcar a
memória em sua função de método de acompanhamentos de processos de produção
e de dispositivo de intervenção." (ABBÊS; GONÇALVES; ROSA; SANTOS, 2010)

A memória consiste em uma cartografia, que pode ser considerado como uma prática
mnêmica. Com isso podemos dizer que é um processo que estuda as formas processuais
de construção da subjetividade de cada indivíduo. No entanto entendemos a cartografia
como: "acompanhar a trajetória da experiência de um tornar-se."

G. Deleuze e F. Guattari foram os que propuseram a cartografia como um método de


estudo-intervenção. Esse método nos traz a uma experiência problematizadora no que tange
os processos de composição e decomposição de uma realidade ou matéria, compreendendo
dessa forma suas questões imateriais e seus movimentos de conexão na produção do socius
e das maneiras de subjetividade. Neste ponto, não se torna necessário uma compreensão
da realidade como matéria em si, mas a realidade como uma forma de abertura de sentidos
e de invenções. Com isso o autor irá dizer que:

“(...) é no encontro, no plano de forças, na potência da propagação de experiências,


que afetamos é somos afetados pelo limite do saber, pelos constrangimentos da
matéria, pela emergência de outras percepções e de qualidades inesperadas que
expressam a heterogênese do processo em questão e a sua potência para a
invenção de novas subjetividades e de novos mundos.” (ABBÊS; GONÇALVES;
ROSA; SANTOS, 2010)

O dispositivo necessário para que a cartografia se torne uma realidade e funcione é a


memória. Nela possuímos funções referenciais, explicitação e produção de realidade.
Segundo Kastrup, a cartografia permite com que sejam criadas condições para que haja uma
mudança nas relações que existem entre os vetores afetivos, cognitivos, institucionais, micro
e macropolíticos. Quando praticamos essas questões no campo da saúde, elas são
demostradas nos modos de se desenvolver ações coletivas e na avaliação dos processos e
nos efeitos que causam.

Quando aprendemos a forma na qual a nossa subjetividade é construída,


automaticamente entendemos que é uma transformação, um movimento. Dessa forma, nós
conseguimos entender que a subjetividade de cada ser humano é um processo que
ultrapassa as questões e modo de como nos constituímos. O autor irá dizer que: “ela é índice
de um inacabamento produtivo aberto a todos os devires.” Considerando que a subjetividade
é algo inacabado, podemos considerar a memória como algo que trás essa consistência aos
movimentos ativos e ao autônomo no cuidado consigo e no cuidado para com os outros.

O acompanhamento dessa produção de saúde pública tem sido um desafio


metodológico instituído pela PNH, ela entende que esse processo de produção social da
saúde e os processos de produção de subjetividade são inseparáveis. Não existe produção
social sem pessoas que tenham a capacidade de cuidar dos outros e de si mesmo. É por
meio dessa concepção que a aposta da Política Nacional de Humanização na memória como
seu dispositivos e métodos.

Os métodos da PNH buscam como matérias para que as análises sejam feitas por
meio dos “movimentos-acontecimentos” (Foucault, 1985) que criam possibilidades para um
trabalho que é voltado para uma precisão e uma realidade dinâmica e complexa e ao mesmo
tempo os seres humanos são produzidos por elas. Com essas afirmações podemos dizer
que o processo de formação é totalmente convocatório à problematização dessas questões.
Para abordar as práticas de cuidado e gestão em saúde é necessário que haja uma
compreensão das multiplicidades que contribuem para sua própria constituição. As apostas
feitas para que haja uma mudança no SUS só será efetivada quando todos esse movimentos
tiverem conexão com os processos de trabalho, nos serviços de saúde, seus trabalhadores
e usuários, levando em consideração também os territórios de vida.

Neste ponto, o autor pretende mostrar a utilização da memória como método e o


processo de implementação da mesma no “Curso de Formação de Agentes Sociais como
Apoiadores no Território”, que foi realizado no Rio de Janeiro, para os moradores da
comunidade chamada: Cidade de Deus.

O curso foi realizado porque existia uma demanda na comunidade de movimentos


sociais, a partir disso, foram feitas parcerias entre o Ministério da Saúde/Secretaria de
Atenção à Saúde/PNH e entre os movimentos sociais que estavam ligados à saúde
educação da comunidade, esses grupos eram: Grupo Alfazendo e o Comitê comunitário da
Cidade de Deus. Com a realização dessas parcerias, foi criado um curso voltado para os
moradores da Cidade de Deus que eram formados como auxiliar e técnico de enfermagem.

Após algum período, foram realizadas rodas de conversa entre os militantes do projeto
Alfazendo e os do Comitê comunitário. Nesses encontros foram analisadas as demandas
que existiam no local, além das alterações feitas no processo de fazer com que as políticas
públicas fossem reformuladas e experimentadas por todo que compunham essa roda de
conversa, inclusive os consultores de PNH. Nesse contexto, o objetivo era formar agentes
sociais no campo da Política Nacional de Humanização que teriam uma participação ativa
no diz respeito às intervenções e ações de saúde produzidas no território da comunidade.

Todos esses tramites possibilitaram a elaboração das metodologias participativas e


avaliações emancipatórias que fizeram com que esses trabalhadores obtivessem seu lugar
de destaque. Além disso, os autores do artigo irão dizer que os principais propósitos foram:
“(...) fomentar no processo de formação a leitura e apreensão da realidade de
saúde local, compreender a dinâmica de funcionamento da práticas de saúde nas
unidades do entorno e analisar os processos instituídos de gestão e atenção nas
unidades locais a fim de potencializar a construção de redes e movimentos de
mudança nas práticas de cuidado e de gestão.” (ABBÊS; GONÇALVES; ROSA;
SANTOS, 2010)

A finalidade de todo esse processo de formação e de intervenções foi a construção


de atitudes que fizessem com que o reconhecimento desses trabalhadores e moradores da
região aumentasse através da participação efetiva de cada um deles no mapeamento
coletivo das situações-problema e também na elaboração dos projetos de intervenção que
deveriam ser colocados em prática para que ocorresse um desenvolvimento considerável no
local. As diretrizes e metodologias foram propostas no primeiro encontro. Os planos de
intervenção e os de estudos foram criados por meio de encontros complementares que eram
feitos por meio das atividades de campo que os alunos produziam. Essas atividades
consistiam em: explorar o território, fazer visitas às unidades de saúde, juntamente à análise
da realidade e conhecimentos das demandas existentes no território.

O método participativo trouxe a comunicação como uma maneira de garantir com que
as diferenças contidas nesse território pudessem trazer a problematização citada
anteriormente no que diz respeito às diferenciações e transformações do processo de
formação. A meta era fazer com que esses profissionais de saúde tirassem do seu dia a dia
e de suas experiências questões que serviriam para o reconhecimento e estudo da realidade,
automaticamente eles interviriam nessas realidades tendo como referência a PNH e seus
métodos/dispositivos.

A partir desses pontos, foram produzidas as propostas de atividades e planos de


intervenção que, segundo os autores do artigo, tinham por objetivo:

“(I) subsidiando a adequação e consistência dos planos quanto à capacidade de se


colocarem como propostas de encaminhamento de situações-problema (da realidade
local) e (II) norteando uma articulação concreta com os dispositivos da Política
Nacional de Humanização, observando-se com isso a capacidade dos “alunos” de se
apropriarem dos princípios e diretrizes do HumanizaSUS.” (ABBÊS; GONÇALVES;
ROSA; SANTOS, 2010)

A partir desses contextos, a memória passa a ser uma forma de registrar o que fora
produzido coletivamente e também serve para que haja uma reflexão de todo o processo
vivenciado ao longo dessa trajetória até chegar à formação.

A validação da memória como método começou a acontecer após os encontros


realizados na comunidade Cidade de Deus. Essa validação era constituída a partir do relato
que era feito por escrito dos acontecimentos que ocorriam no dia do encontro. A partir de
então, a memória foi constituída como uma forma de acompanhamento do curso, além disso,
ela funcionou como um dispositivo responsável por promover intervenções no grupo.
Segundo ou autores do artigo, além de servir nesses aspectos, ela poderia ser utilizada
como:

“(...) instrumentos de apreensão do processo do curso, pois refletia os


atendimentos, impasses, queixas, decisões, mudanças no grupo, bem como os
caminhos traçados e ajustados pelo próprio (per)curso.” (ABBÊS; GONÇALVES;
ROSA; SANTOS, 2010)

Durante esse processo de validação, a memória era construída coletivamente e


durante esse processo eram valorizadas as falas do grupo que traziam os processos de
modificação que a humanização sofria ao longo do curso.

Durante essa experiência de formação a memória teve o papel de método e


dispositivo, isso ocorria durante as oficinas que faziam parte da dinâmica de formação. A
partir de então, a memória foi usada como estratégia e como método cartográfico.
A memória como cartografia foi utilizada durante as oficinas em grupo. A primeira
manifestação ocorreu na oficina de “humanização da assistência materno-infantil” que foi
dirigida por uma consultora da PNH e tinha como objetivo discutir a saúde mental materno-
infantil com as experiências realizadas pelos usuários e profissionais do serviço de saúde.

O objetivo era que o grupo construísse uma linha da vida a partir dos relatos de suas
experiências, além desse método, a consultora propôs: “(...) pensar como essas fases estão
implicadas nos serviços de saúde e como vem se constituindo essa atenção, já que nem
sempre foi do mesmo jeito.” (ABBÊS; GONÇALVES; ROSA; SANTOS, 2010, pág. 52)

O que se passava era que a linha mostrava o nascimento de uma menina que havia
chegado à sua primeira menstruação e foi tratado a questão da sexualidade da mesma. Isso
causou um estranhamento no grupo. Algumas pessoas trataram o momento da menstruação
como “sem vergonhice” das mulheres pois os desejos sexuais eram aflorados. A linha da
vida continuou seu processo de construção e a menina havia se tornado mãe.
Durante a construção, a validação da memória causou estranhamento por conta do
assunto tratado e foi questionada, dessa forma podemos concluir que a memória funcionou
como um dispositivo. Segundo os autores do artigo, a validação da memória causou uma
ambiguidade, um duplo sentido:

“(...) (I) a memória é validada, (II) a memória é aquilo que valida. O dispositivo se
configura em uma articulação entre os dois sentidos. Validar a memória é tornar
verdadeiro o registro da experiência (a memória da experiência). Nesse dispositivo
assim montando a memória é validada ou valida? Num certo nível do dispositivo a
memória é validada e esse é o procedimento: validação do registro.” (ABBÊS;
GONÇALVES; ROSA; SANTOS, 2010)

Assim, podemos dizer que para o grupo o que se tornou uma memória como registro
foi “sem vergonhice”, uma memória representacional. E a memória a ser validada é
“dissemos isso?”.

Em outros pontos, os autores falam sobre e existências de alguns lugares onde a


clínica é degrada, onde o cuidar se torna uma relação de sujeição e esse modo de cuidar do
outro vem sendo ensinado e dessa forma os ensinamentos produzidos no que tange os
saberes e práticas em saúde tem sido fragmentados.

A formações dos profissionais de saúde ainda se encontram pautadas em uma cultura


técnico-científica e segundo os autores a mesma é: “(...) disciplinar e parcelada que privilegia
a transmissão, o acúmulo e a aplicabilidade de conteúdos por categoria profissional e a
direcionalidade técnica do trabalho nos processos educativos.” (ABBÊS; GONÇALVES;
ROSA; SANTOS, 2010, pág. 54) Assim, a imagem que é passada é a de que a prática é
entendida apenas como uma forma de aplicar esses conhecimentos e se tornar competente
se torna um atributo individual. Dessa forma, podemos dizer que essas afirmações fogem do
que é proposto pela PNH, deixa de ser associada ao cotidiano do indivíduo e se pauta em
questões individualizantes e isso acaba trazendo uma fragmentação do cuidado.

Assim, podemos dizer que essa metodologia da PNH entende a formação como uma
atitude transdisciplinar, ou seja, que sejam capazes de produzir sentimentos empáticos para
com os outros e uma nova visibilidade também que irão ser totalmente úteis no que diz
respeito ao cuidado e gestão da saúde.

A partir disso, entendemos a memória (quando usado no coletivo) como dispositivo


com o papel de contribuir para que haja a inclusão do cotidiano dos indivíduos (suas
experiências adquiridas ao decorrer da vida e no trabalho) na formação desses profissionais.

Com todas as questões levantadas no artigo aqui descrito, concluímos que a


cartografia fez com que a formação se tornasse um projeto de intervenção onde o ato de
zelo pela experiência é quem sustenta o conhecimento, com isso chegamos à conclusão de
que é através do cuidado produzido no que tange o fluxo da vida que irá ser produzido o
conhecimento necessário para que haja uma transformação das práticas que permeiam o
nosso Sistema Único de Saúde (SUS).
Título da resenha: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
Princípios e Diretrizes

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher abrange muitos assuntos


interessantes no que tange o bem estar e os direitos das mulheres. Muitas delas passam por
situações de desconforto e discriminação por conta de serem consideras um sexo frágil.
Nessa resenha o principal intuito é demostrar quais fatores são determinantes na
discriminação dessas mulheres quando o assunto é seu gênero e quais são as diretrizes e
os princípios adotados para uma Política Nacional de Atenção integral à Saúde da Mulher.

Muitas mulheres passam por alguns transtornos por conta de fazerem parte do gênero
feminino. Estudos demonstram que as mulheres sofrem duplamente com consequências no
que tange os transtornos mentais por conta das condições sociais, culturais e econômicas
na qual se encontram. Mesmo na luta por seus direitos, as mulheres continuam ganhando
menos, ainda estão concentradas em profissões menos valorizadas e não tem o acesso que
deveriam ter às decisões que são tomadas no campo da Política, economia etc. E em meio
a tantas questões, essas ainda sofrem com a violência, seja ela mental, física, doméstica,
sexual ou emocional. Além desses aspectos, essas mulheres ainda são discriminadas por
sua classe social, raça, idade e uma série de outros fatores. Segundo a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde da Mulher:

"Pensar em gênero e saúde mental não é apenas pensar no sofrimento


causado pelos transtornos mentais que acometem as mulheres, ou então nas
tendências individuais que algumas mulheres apresentam em desencadear crises e
depressões. Antes de tudo, é necessário contextualizar os aspectos da vida cotidiana
das mulheres, conhecer com que estrutura social contam ou não para resolver as
questões práticas da vida, e reconhecer a sobre carga das responsabilidades
assumidas pelas mulheres (...)" (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004)

Em meio a tantas dificuldades e discriminações que essas mulheres passam, muitas


delas sofrem com transtornos de humor, internações psiquiátricas devido ao uso de álcool e
muitas também sofrem internações não só por esses motivos, mas por transtornos mentais
e comportamentais causados pelo uso das substâncias psicoativas. Segundo o ministério da
saúde, essas internações ocupavam o 12 lugar (1,4%) em 2002. Segundo estudos realizados
em 2012 com mulheres da região de São Paulo e considerando algumas questões
demográficas, 55% das mulheres faziam uso de substâncias psicoativas e sofriam
transtornos por conta do uso das mesmas.

De acordo com às questões apresentadas, é extremamente necessário intervir no


modelo de atenção à saúde da mulher com o intuito de prestar um atendimento mais correto,
mais humano e que realmente seja eficiente. É de extrema necessidade que tais questões
sejam colocadas em pauta durante a formação dos profissionais na área da saúde para que
esses possam intervir positivamente nessa realidade. Segundo a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde da Mulher:
“Para que os profissionais de saúde possam compreender as reais
necessidades das mulheres que buscam um atendimento em serviço
de saúde mental, é necessário que se dê um processo de incorporação,
à prática das ações de saúde, da perspectiva de que a saúde mental das
mulheres é, em parte, determinada por questões de gênero, somadas às
condições socioeconômicas e culturais.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004)
Durante tantos desdobramentos, entendemos que a humanização e qualidade no que
tange à saúde da mulher são questões extremamente importantes para que as promoções
de saúde possam ser efetivas na resolução dos problemas identificados, para que as
mulheres reconheçam seus direitos e os reivindiquem, além dessas questões, que elas
promovam o autocuidado. Através disso, concluímos que para que haja uma qualidade em
saúde deve haver reconhecimento e respeito à os seus direitos humanos para que haja a
garantia de total saúde e bem-estar de todas mulheres. Para que esses objetivos sejam
atingidos devem se considerar aspectos como: O acesso que a população tem tido às ações
e aos serviços de saúde, um acolhimento considerável amigável em todos os níveis de
assistência, isso deve ocorrer em para que se busque a orientação correta sobre os
problemas apresentados, buscando também suas possíveis soluções.

As Diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher trazem


pontos de extrema relevância para a sociedade. O primeiro deles é que o nosso Sistema
Único de Saúde dever estar totalmente capacitado para a atenção integral à saúde da mulher
para que haja uma tenção voltada as necessidades de saúde que abrangem a população
feminina, o controle de patologias existentes e a garantia dos direitos de saúde.

Outro ponto de extrema relevância é que a Política Nacional de Atenção à Saúde da


Mulher deve atingir a todas as mulheres, independente dos ciclos que elas se encontram, de
sua faixa etária e grupos populacionais. Além desses fatores, a Política de Atenção à saúde
da Mulher deve criar dinâmicas inclusivas para que por meio delas se consiga entender quais
são as demandas mais urgentes e em todos os níveis de assistência. A Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde irá dizer que: “A atenção integral a saúde da mulher refere-se ao
conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde executadas
nos diferentes nos diferentes níveis de atenção à saúde (da básica à alta complexidade).”
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004)

Com isso, as ações que estão voltadas à melhor condição de vida e saúde das
mulheres deverão ser feitas de maneira articulada com setores governamentais e não-
governamentais. Essas condições são básicas para as configurações das redes integradas
à saúde e para que se consiga obter resultados.

Em meio a tantas promoções de saúde a respeito do melhor bem-estar das mulheres,


os principais objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher estão
pautados em promover a melhores condições de vida às mulheres brasileiras, garantir
totalmente e legalmente os seus direitos e também fazer com elas tenham acesso aos
serviços despromoção, assistência, prevenção e recuperação da saúde em todo espaço que
abrange o território brasileiro. A contribuição para que haja uma redução da morbidade e
mortalidade no Brasil, levando em conta as caudas evitáveis, independente dos ciclos no
qual elas se encontram e em todos grupos populacionais, sem que haja a discriminação de
qualquer espécie.
Referências Bibliográficas

ABBÊS, C.; GONÇALVES L.; ROZA, M.; SANTOS, S. Memória como Cartografia e
dispositivo de formação-intervenção no contexto do cursos da Política Nacional de
Humanização. Cadernos HumanizaSUS, Brasília-DF, 2010.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher


Princípios e Diretrizes. Brasília-DF, 2004.

VARGAS, D.; DUTRA, T.; GISSETH, E.; FIGUEIRA, C.; SOUZA, M.P.S. Mulhere em
tratamento especializado para o uso de substâncias psicoativas: estudo de coorte. São
Paulo, 2018.

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