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Licenciado para - Gláucia Gouvea Coelho - 33839046874 - Protegido por Eduzz.

com

GABRIELA DIEGUES
DANIELE KASAI

MANUAL PRÁTICO DO

BERÇÁRIO bebês de 4 meses a 2 anos


Licenciado para - Gláucia Gouvea Coelho - 33839046874 - Protegido por Eduzz.com

MANUAL PRÁTICO DO

BERÇÁRIO
Guiando os primeiros passos: tudo o que você
precisa saber para exercer um trabalho de
excelência com bebês de 4 meses a 2 anos.

MARÇO DE 2024

GABRIELA DIEGUES
DANIELE KASAI
Licenciado para - Gláucia Gouvea Coelho - 33839046874 - Protegido por Eduzz.com

AUTORAS
GABRIELA DIEGUES DOMENICI
Mãe do Murilo, de 6 anos, casada com
o Bruno e professora de Educação
Infantil há mais de 15 anos. Formada
em Pedagogia pela Universidade
Estadual de Londrina em 2007. Pós-
graduada em Educação Especial
Inclusiva, Psicopedagogia Institucional,
Neurociência e Supervisão Escolar.
Cocriadora da página do Instagram
@maeseprofessoras. Professora de
Educação Infantil na Prefeitura
Municipal de Londrina durante 11 anos.
Diretora do CMEI Francisco Quesada
Ortega no ano de 2023. Atualmente
atua no setor de Gerência de Educação
Infantil na Secretaria Municipal de
Educação de Londrina.

DANIELE AP. CAMARGO KASAI


Mãe da Maria Rafaela, de 8 anos,
casada com o Douglas e professora de
Educação Infantil há mais de 15 anos.
Formada em Pedagogia pela
Universidade Estadual de Londrina em
2007. Pós-graduada em Gestão
Escolar, Arte e Arteterapia. Cocriadora
da página do Instagram
@maeseprofessoras. Professora de
Educação Infantil na Prefeitura
Municipal de Ibiporã durante 5 anos,
professora de Educação Infantil na
Prefeitura Municipal de Londrina, desde
2018 e colaboradora na produção do
site "Sequência Didática em Ação", da
Secretaria Municipal de Educação.
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ÍNDICE
1. O trabalho com bebês .................................................. 01
2. O que diz a BNCC ........................................................ 05
3. Marcos de desenvolvimento ........................................ 11
4. O que trabalhar com bebês de 4 meses a 1 ano .......... 19
5. O que trabalhar com bebês de 1 a 2 anos .................... 21
6. Intencionalidade na rotina ........................................... 23
7. Repertório musical ...................................................... 30
8. Inspirações de espaços ............................................... 34
9. Propostas que geram encantamento ........................... 40
10. A importancia do brincar em meio à natureza ............. 47
11. Linguagem visual ........................................................ 48
12. Rotina semanal ............................................................ 50
13. Como produzir relatórios ............................................. 52
14. Abordagem Pikler ........................................................ 57
15. O cesto dos tesouros .................................................. 62
16. Mordidas ...................................................................... 66
17. Desfralde ..................................................................... 71
18. Anexo 1: Jogo das emoções ........................................ 75
19. Anexo 2: História na caixa ........................................... 78
20. Referências Bibliográficas .......................................... 85

É PROIBIDA A DIVULGAÇÃO PARCIAL OU


TOTAL DESTA OBRA SOB PENA DE INCORRER
EM CRIME CONTRA A PROPRIEDADE AUTORAL
SEM A PERMISSÃO TÁCITA DAS AUTORAS.
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01 O TRABALHO COM BEBÊS

O trabalho com bebês no berçário assume uma


importância singular, pois é nessa fase inicial que se
estabelecem as bases para o crescimento físico,
emocional, social e cognitivo da criança. A função
primordial do professor no berçário é promover um
ambiente enriquecedor e acolhedor, que estimule o
desenvolvimento integral dos bebês. Segundo Brites
(2020) a primeira infância é uma etapa crucial, uma vez
que 90% das conexões cerebrais são estabelecidas
nesse período.

Na Educação Infantil, o cuidar e o educar são


indissociáveis, isso significa que o professor responsável
pelo planejamento pedagógico é o mesmo que participa
do momento da alimentação e das ações relacionadas à
higiene dos bebês, como: troca de fraldas, banho e
higiene bucal.

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Ser professor de bebês permite construir vínculos


afetivos, o que proporcionará um ambiente seguro,
amoroso e estimulante.

Outro aspecto gratificante é poder influenciar


positivamente o desenvolvimento das crianças desde os
primeiros momentos de suas vidas, ajudando a
estabelecer as bases para um crescimento saudável.
Saber que estão contribuindo para o bem-estar e o
desenvolvimento integral dos bebês é uma das maiores
recompensas em ser professor de berçário.

É imprescindível que o professor que trabalha com essa


faixa etária compreenda que os bebês necessitam que
sejam criadas condições necessárias para seu
desenvolvimento. Assim, lembre-se:

Menos berços, menos


Menos televisão
carrinhos, menos bebês
conforto e mais chão. e mais interação.

A OMS não recomenda o uso de telas para crianças menores de 2 anos.

02
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No berçário, não deve existir um momento específico


para realização de atividades pedagógicas em que todos
os bebês precisam sentar-se, ouvir as instruções do
professor e realizar algum comando.

Mas se não existe um momento específico para a


realização de atividades dirigidas com toda turma, como
devo fazer?

As situações de aprendizagem acontecem em todos os


momentos. O professor deve planejar e organizar
espaços para que os bebês possam explorar com o
máximo de autonomia.
As atividades direcionadas
individuais também não fazem
sentido, visto que um dos
eixos norteadores de todas as
práticas pedagógicas é a
interação.

Exemplo:
Alguns professores ainda acreditam que as únicas atividades que
os bebês são capazes de produzir são “carimbos de mãos”.
Sendo assim, o professor escolhe um bebê por vez, mergulha sua
mão em um recipiente com tinta e a pressiona sobre um papel
para que seja realizada a marca. Em seguida, limpa a mão do
bebê com um pano para retirar a tinta.
Isso fez algum sentido? O que o bebê aprendeu com isso?

03
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Aprendeu que não é capaz de fazer sozinho.


Se o professor acredita ser importante realizar o carimbo das
mãos, essa proposta pode ser feita de forma significativa,
produzindo tintas naturais juntamente com os bebês para que
não seja um problema caso levem à boca, permitindo que sintam
a consistência e a temperatura da tinta, gerando encantamento e
descobertas.

Mais do que apenas uma atividade artística, o manuseio


de tintas é uma forma de expressão para os bebês,
permitindo-lhes comunicar-se antes mesmo de
dominarem a linguagem oral. Ao explorar a tinta, estão
expressando suas emoções, descobrindo padrões,
aprendendo sobre causa e efeito e muito mais.

As experiências sensoriais contribuem para o


desenvolvimento do cérebro estimulando conexões
neurais e promovendo o pensamento criativo. Além
disso, essas experiências proporcionam conforto e
segurança aos bebês no cotidiano, quando eles se
deparam com texturas e sensações diferentes.

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02 O QUE DIZ A BNCC

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pontua que o cuidar e o


educar devem ser oferecidos de maneira integrada e em ambientes
acolhedores, promovendo experiências significativas de aprendizado.

Entre os objetivos de aprendizagem para os bebês, destacamos:

1. Desenvolvimento de vínculos afetivos: Promover relações de


confiança e afeto com adultos e outras crianças, criando um ambiente
seguro e acolhedor.

2. Estimulação sensorial e motora: Oferecer oportunidades para


explorar materiais de diferentes texturas, formas e cores, promovendo
o desenvolvimento sensorial e motor.

3. Estímulo à linguagem: Proporcionar experiências ricas em


vocabulário diversificado, por meio de conversas, músicas, rimas e
histórias, para promover a comunicação e a expressão das crianças.

4. Exploração do ambiente: Criar espaços estimulantes e


desafiadores que convidem os bebês a explorar, investigar e descobrir
o mundo ao seu redor, promovendo a curiosidade e a autonomia.

5. Estímulo à curiosidade e à criatividade: Proporcionar


experiências diversificadas que incentivem a exploração, a
experimentação e a expressão criativa, contribuindo para o
desenvolvimento da imaginação e da criatividade.

Esses são apenas alguns dos aspectos contemplados pela BNCC para
os bebês, visando proporcionar uma base sólida para o seu
desenvolvimento integral.

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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)

CAMPO DE EXPERIÊNCIA: "O EU, O OUTRO E O NÓS"

Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil/os-objetivos-de-aprendizagem-e-
desenvolvimento-para-a-educacao-infantil, acessado em 01/01/2024.

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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)

CAMPO DE EXPERIÊNCIA:
"CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS"

Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil/os-objetivos-de-aprendizagem-e-
desenvolvimento-para-a-educacao-infantil, acessado em 01/01/2024.

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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)

CAMPO DE EXPERIÊNCIA:
"TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS"

Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil/os-objetivos-de-aprendizagem-e-
desenvolvimento-para-a-educacao-infantil, acessado em 01/01/2024.

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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)

CAMPO DE EXPERIÊNCIA:
"ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO"

Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil/os-objetivos-de-aprendizagem-e-
desenvolvimento-para-a-educacao-infantil, acessado em 01/01/2024.

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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)

CAMPO DE EXPERIÊNCIA: "ESPAÇOS, TEMPOS,


QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES"

Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil/os-objetivos-de-aprendizagem-e-
desenvolvimento-para-a-educacao-infantil, acessado em 01/01/2024.

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03 MARCOS DE
DESENVOLVIMENTO

Os dados a seguir foram retirados de um documento


distribuído pela Sociedade Brasileira de Neurologia
Infantil, elaborado pelo CDC (Centers of Disease Control
and Prevention) para que profissionais e familiares
possam acompanhar as etapas do desenvolvimento
neuropsicomotor das crianças.

Esta lista de verificação de marcos de desenvolvimento


não substitui uma ferramenta de triagem de
desenvolvimento padronizada e validada. Esses marcos
de desenvolvimento mostram o que a maioria das
crianças (75% ou mais) consegue fazer em cada idade.
Especialistas no assunto selecionaram esses marcos
com base nos dados disponíveis e no consenso de
especialistas.

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MARCOS DE
DESENVOLVIMENTO
4 MESES
O que a maioria dos bebês faz nessa idade:

Marcos Sociais/Emocionais:
Sorri sozinho para chamar sua atenção;
Dá risadinhas (ainda não é uma risada completa) quando
você tenta fazê-lo rir;
Olha para você, se move ou faz sons para chamar ou
manter sua atenção.

Marcos de Linguagem/Comunicação:
Faz sons como “uuh”, “aah” (balbuciando);
Faz sons de volta quando você fala com ele;
Vira a cabeça em direção ao som da sua voz.

Marcos Cognitivos:
Quando está com fome, abre a boca quando vê o peito ou
a mamadeira;
Olha para as mãos com interesse.

Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico:


Mantém a cabeça firme sem apoio quando você o segura;
Segura um brinquedo quando você o coloca na mão;
Usa o braço para balançar em direção a um brinquedo;
Leva as mãos à boca;
Empurra para cima nos cotovelos/antebraços quando está
de bruços.

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MARCOS DE
DESENVOLVIMENTO
6 MESES
O que a maioria dos bebês faz nessa idade:

Marcos Sociais/Emocionais:
Conhece pessoas familiares;
Gosta de se olhar no espelho;
Ri.

Marcos de Linguagem/Comunicação:
Se reveza fazendo sons com você;
Faz “bolhinhas” (coloca a língua para fora e sopra);
Faz barulhos estridentes.
:
Marcos Cognitivos:
Coloca as coisas na boca para explorá-las;
Se estica para pegar um brinquedo que quer;
Fecha os lábios para mostrar que não quer mais comida.

Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico:


Rola de bruços para ficar deitado de costas;
Empurra com os braços retos quando está de bruços;
Apoia-se nas mãos para se apoiar quando está sentado.

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MARCOS DE
DESENVOLVIMENTO
9 MESES
O que a maioria dos bebês faz nessa idade:

Marcos Sociais/Emocionais:
Fica tímido, agarrado ou temeroso perto de estranhos;
Mostra várias expressões faciais, como: feliz, triste, irritado
e surpreso;
Olha quando você o chama pelo nome;
Reage quando você sai (olha, estende a mão para você ou
chora);
Sorri ou ri quando você brinca de esconde-esconde.

Marcos de Linguagem/Comunicação:
Faz sons diferentes como “mamamama” e “babababa”;
Levanta os braços para ser pego.

Marcos Cognitivos:
Procura objetos quando estão fora de vista (como sua
colher ou um brinquedo);
Bate duas coisas juntas.

Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico:


Fica na posição sentada sozinho;
Move as coisas de uma mão para a outra mão;
Usa os dedos para “arrumar” a comida em sua direção;
Senta-se sem apoio.

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MARCOS DE
DESENVOLVIMENTO
12 MESES
O que a maioria dos bebês faz nessa idade:

Marcos Sociais/Emocionais:
Faz brincadeiras com você, como bater palminhas.

Marcos de Linguagem/Comunicação
Faz “tchau tchau” com as mãos;
Chama os pais de “mama” ou “papa” ou outro nome
especial;
Entende “não” (pausa brevemente ou para quando você
diz isso).

Marcos Cognitivos:
Coloca algo em um recipiente, como um canudo em um
copo;
Procura coisas que vê você esconder, como um brinquedo
debaixo de um cobertor.

Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico:


Puxa para ficar em pé;
Anda, segurando nos móveis;
Bebe em um copo sem tampa, enquanto você segura;
Pega coisas entre o polegar e o dedo indicador, realizando
o movimento de pinça.

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MARCOS DE
DESENVOLVIMENTO
15 MESES
O que a maioria dos bebês faz nessa idade:

Marcos Sociais/Emocionais:
Copia outras crianças quando brinca, como: tirar
brinquedos de um recipiente quando outra criança faz isso;
Mostra um objeto que ele gosta;
Bate palmas quando está excitado;
Abraça um boneco de pelúcia ou outro brinquedo;
Mostra afeição (abraços ou beijos).

Marcos de Linguagem/Comunicação:
Tenta dizer uma ou duas palavras além de “mama” ou
“dada”, como “bo” para bola ou “ca” para cachorro;
Olha para um objeto familiar quando você o nomeia;
Segue as instruções fornecidas com gestos e palavras.
Por exemplo, ele dá um brinquedo quando você estende a
mão e diz: “Dê-me o brinquedo”;
Aponta para pedir algo ou obter ajuda.

Marcos Cognitivos:
Tenta usar as coisas da maneira certa, como um telefone,
um copo ou um livro;
Empilha pelo menos dois objetos pequenos, como: blocos.

Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico:


Anda sem auxílio;
Usa os dedos para se alimentar com alguma comida.

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MARCOS DE
DESENVOLVIMENTO
18 MESES
O que a maioria das crianças faz nessa idade:

Marcos Sociais/Emocionais:
Afasta-se de você, mas procura ter certeza de que está
por perto;
Aponta para mostrar algo interessante;
Estende as mãos para você lavá-las;
Olha algumas páginas de um livro com você;
Ajuda você a vesti-lo, empurrando o braço na manga ou
levantando o pé.

Marcos de Linguagem/Comunicação:
Tenta dizer três ou mais palavras além de “mama” ou
“dada”;
Segue instruções de um passo sem nenhum gesto, como
dar o brinquedo quando você diz: “Dê para mim”.

Marcos Cognitivos:
Copia você fazendo tarefas domésticas, como varrer com
uma vassoura;
Brinca com brinquedos de forma simples, como empurrar
um carrinho de brinquedo.

Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico:


Anda sem se apoiar em nada nem em ninguém;
Faz rabiscos;
Bebe em um copo sem tampa e pode derramar às vezes;
Tenta usar uma colher sozinho;
Sobe e desce de um sofá ou cadeira sem ajuda.

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MARCOS DE
DESENVOLVIMENTO
2 ANOS
O que a maioria das crianças faz nessa idade:

Marcos Sociais/Emocionais:
Percebe quando os outros estão magoados ou
aborrecidos, como fazer uma pausa ou parecer triste
quando alguém está chorando;
Olha para o seu rosto para ver como reagir em uma nova
situação.

Marcos de Linguagem/Comunicação:
Aponta para coisas em um livro quando você pergunta:
“Onde está o urso?”;
Diz pelo menos duas palavras juntas, como “Mais leite”;
Aponta para pelo menos duas partes do corpo quando
você pede para te mostrar;
Usa mais gestos do que somente acenar e apontar, como:
mandar um beijo ou balançar a cabeça com sim.
.
Marcos Cognitivos:
Segura algo em uma mão enquanto usa a outra por
exemplo, segurando um recipiente e tirando a tampa;
Tenta usar interruptores e botões em um brinquedo;
Brinca com mais de um brinquedo ao mesmo tempo.

Marcos de Movimento/Desenvolvimento Físico:


Chuta uma bola;
Corre;
Sobe alguns degraus com ou sem ajuda;
Come com colher sozinho.

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04 O QUE TRABALHAR COM


BEBÊS DE 4 MESES A 1 ANO

INTERAÇÃO
Brincar de esconder e achar objetos e pessoas;
Identificar e brincar com sua própria imagem no
espelho;
Interagir com crianças de diferentes turmas, em
situações coletivas e pequenos grupos.

SENSAÇÕES
Disponibilizar elementos e materiais que estimulam a
percepção visual, auditiva, tátil, gustativa e olfativa;
Manipular e explorar objetos de diferentes texturas,
explorando suas características físicas e suas
possibilidades: morder, chupar, produzir sons,
apertar, lançar, etc.

NATUREZA

Possibilitar a exploração de diferentes espaços que


permitam, por meio dos sentidos, a percepção dos
elementos naturais: água, sol, ar, solo;
Explorar ambientes naturais para que perceba
pequenos animais, como: passarinho, borboleta, etc.

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COORDENAÇÃO MOTORA:
01
AMPLA E FINA
Percorrer circuitos simples, organizados com
materiais diversos de acordo com suas habilidades
motoras;
Vivenciar brincadeiras com obstáculos que
permitam empurrar, escorregar, equilibrar-se,
arrastar, engatinhar, levantar, etc.;
Incentivar a lançar objetos acompanhando o seu
trajeto;
Experienciar atividades de apertar, tocar, pegar,
arremessar, etc.

EXPRESSÃO ORAL
Contação de histórias utilizando diferentes materiais;
Cantar com o bebê incentivando a realizar gestos e
palavras;
Realizar brincadeiras cantadas que envolvam os
nomes das crianças de sua convivência.

BRINCADEIRAS AFETIVAS
Brincar de "Serra, serra, serrador";
Colocar a criança de barriga para baixo como se
fosse um "aviãozinho" e brincar fazendo movimentos
no ar;
Brincar de fazer caretas, etc.

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05 O QUE TRABALHAR COM


BEBÊS DE 1 ANO A 2 ANOS

INTERAÇÃO
Permitir a livre exploração do ambiente, com
segurança;
Incentivar a interação com os colegas e demais
funcionários da instituição, estabelecendo vínculos
afetivos;
Participar de eventos ou momentos com outras
turmas.

TAMANHOS E FORMAS
Disponibilizar diferentes objetos para exploração,
como: potes, latas, garrafas PET, argolas, almofadas
pequenas e grandes, bolas de diversos tamanhos,
blocos de encaixe, brinquedos variados, utensílios
domésticos e muitos outros.

LINGUAGEM SONORA
Incentivar a observação dos sons do ambiente;
Disponibilizar instrumentos musicais para exploração;
Proporcionar momentos de apreciação de diferentes
gêneros musicais e cantigas de roda;
Confeccionar instrumentos com materiais recicláveis,
como: chocalho, pandeiro e tambor.

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LINGUAGEM ORAL E ESCRITA


Disponibilizar livros de diversas texturas, por
exemplo: plástico, tecido, borracha, papel, etc.;
Realizar a contação de histórias em locais diversos,
como: área externa, cabaninha, etc.

TEXTURAS
Preparar uma caixa contendo materiais com texturas
diferentes, como: lixas, tecidos, algodões, buchas,
esponjas, latas, novelos de lã, etc.

NATUREZA

Proporcionar o contato com plantas, terra, areia,


água, etc.;
Organizar o espaço com elementos naturais, sem
definir como serão as explorações, observando como
o bebê interage com o meio.

COORDENAÇÃO MOTORA AMPLA E FINA


Propor diferentes tipos de brincadeiras de esquema
corporal;
Circuitos com pequenos obstáculos, como: passar
por baixo de um banco ou pular uma fita adesiva
colada no chão;
Explorar diferentes posturas corporais;
Expressar-se através da pintura, utilizando diferentes
riscantes e suportes, por exemplo: colar papel kraft
na parede e disponibilizar tinta natural e pincel.

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06 INTENCIONALIDADE NA
ROTINA

A rotina é fundamental para os bebês, pois proporciona


segurança e previsibilidade, ajudando-os a entender e
antecipar o que acontecerá, contribuindo para a redução
da ansiedade e promovendo um ambiente tranquilo e
reconfortante. Além disso, a rotina ajuda a regular os
padrões de sono e humor, contribuindo para um melhor
descanso e bem-estar emocional.

Você sabe a diferença entre rotina e cotidiano?

Segundo Barbosa (2000) a rotina é apenas um dos


elementos que integram o cotidiano, que é demarcado
como um conceito de vida diária, diferente da rotina que
é um artefato que organiza um estilo de vida. As rotinas
das pedagogias da Educação Infantil são vistas como um
dos elementos integrantes das práticas educativas e
didáticas que são previamente pensadas e planejadas e
reguladas com o objetivo de ordenar e operacionalizar o
cotidiano da instituição e constituir a subjetividade de
seus integrantes.

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ROTINA
Refere-se a uma sequência
regular de atividades que
ocorrem em horários específicos
ao longo do dia, como:
alimentação, sono e banho. A
rotina é geralmente planejada e
organizada pelos professores
para proporcionar estabilidade e
previsibilidade para a criança.

COTIDIANO
Engloba todas as atividades e
experiências diárias que fazem
parte da vida da criança, incluindo
tanto as rotinas estabelecidas
quanto acontecimentos mais
espontâneos. É mais amplo e
aberto às variações do que a
rotina, que é mais estruturada e
previsível.

O professor precisa ter intencionalidade nos momentos


de rotina, criando situações desafiadoras para que os
bebês possam explorar e interagir com o espaço e os
objetos de maneira mais autônoma. Veja algumas
sugestões:

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ALIMENTAÇÃO

Autonomia: Incentivar para que o bebê segure a colher


sozinho, auxiliando-o quando necessário;

Alimentação saudável: É o momento ideal para


trabalhar bons hábitos alimentares;

Sensações: Deixar o bebê conhecer o alimento como


um todo. Ele precisa sentir o sabor, o cheiro e a textura;

Socialização: As refeições são culturalmente sociais, as


pessoas se reunem à mesa, se alimentam e conversam.
Por que os bebês precisam se alimentar rápido e em
silêncio?

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BANHO

Autonomia: Pedir para o bebê ajudar a tirar a roupa, se


ensaboar, se enxaguar, secar os pés com a toalha, etc.;

Banhos temáticos: Disponibilizar brinquedos, bolinhas


de sabão, pintura no azulejo, livros de plástico, potinhos,
tintas, músicas, etc.;

Esquema corporal: Durante o banho ir nomeando as


partes do corpo e pedir que o bebê repita. Usar uma
esponja macia para estimular o tato de algumas partes
do corpo, como: pés, barriga e braços.

Cuidados pessoais: Um banho tranquilo mostra aos


bebês que a higiene corporal pode ser prazerosa, não
apenas por obrigação.

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HIGIENE BUCAL

Autonomia: Incentivar os bebês a manusearem a


escova em frente ao espelho. Estimular para que eles
realizem os movimentos de limpeza da língua e dos
dentes;

Imitação: Colar nas paredes imagens reais de bebês


escovando os dentes, ou mesmo escovar os seus dentes
junto com eles, essa é uma ótima maneira de estimulá-
los;

Momento divertido: Brincar de "O Mestre Mandou". Ex:


mandou colocar a pasta na escova, mandou escovar a
língua, mandou cuspir na pia, etc.;

Recompensa: Convidar os bebês a se olharem no


espelho e observarem os dentes limpos. Levá-los a
perceber o prazer de estarem com a boca cheirosa.

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TROCA DE FRALDA

Autonomia: Pedir a colaboração do bebê. Ex: me ajude


a tirar o seu tênis, levante o bumbum para subir a calça,
etc.;

Partes do corpo: Nomear as partes do corpo que você


estiver tocando e explicar o porquê da troca: xixi e/ou
cocô;

Antecipação oral de ações: Dizer para o bebê o que irá


fazer, antes que seja feito. Ex: agora vou tirar sua calça,
agora vou passar pomada, etc.;

Confiança: É importante criar um clima agradável, de


afeto, confiança e conversa, para que o bebê se sinta
seguro.

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SER PROFESSOR DE BEBÊS, EXIGE:

ACREDITAR NA POTÊNCIA DA INFÂNCIA

ADAPTAR PROPOSTAS E ESPAÇOS

FLEXIBILIZAR AÇÕES

SENSIBILIZAR O OLHAR E A COMUNICAÇÃO

TER ATENÇÃO AOS DETALHES

E O PRINCIPAL:

GARANTIR AOS BEBÊS SEUS DIREITOS DE SE


EXPRESSAR, BRINCAR, PARTICIPAR,
CONVIVER, EXPLORAR E CONHECER-SE.

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07 REPERTÓRIO MUSICAL

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece


objetivos de aprendizagem que visam o desenvolvimento
integral dos bebês em diferentes áreas do conhecimento,
incluindo a música.

No contexto da musicalização infantil, é fundamental que


os professores ampliem sua abordagem para além das
tradicionais canções infantis, como: "Atirei o Pau no
Gato" e “Meu Pintinho Amarelinho”. Ao limitar-se a um
repertório restrito de músicas, os professores deixam de
aproveitar a riqueza de manifestações musicais
existentes em diferentes culturas.

O professor deve expor os bebês a uma variedade de


gêneros musicais, como: música clássica, jazz, música
popular brasileira, samba, entre outros. Ao experimentar
diferentes estilos, os bebês têm a oportunidade de
desenvolver suas habilidades musicais de forma mais
abrangente, conhecendo diferentes ritmos, timbres,
melodias e letras.

Dessa forma, o professor contribui


para a valorização da diversidade
cultural, enriquece o ambiente e
estimula a criatividade.

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SUGESTÕES DE MÚSICAS INFANTIS:

QUEM VEM LÁ?


Margareth Darezzo
DONA ÁRVORE
Quem vem lá para Bia Bedran

cantar é a Maria que


Tronco, folha galhos tem
acaba de chegar. Já
Fruto e flores e raiz
chegou e se sentou,
Dona árvore vai bem
canta, canta, canta a
e é muito feliz
brincadeira começou.
Subir, subir, vamos subir
Sou macaquinho e eu
não vou cair.

O LEÃO SUBIU A MONTANHA


Gislaine Caitano e Ivani Magalhães

O leão subiu a montanha para ver o que


tinha do lado de lá. Sabe o que ele viu?
O João nadando no rio.

LAVANDO A ROUPA
Shauan Bencks
Lavando a roupa com sabão, lavando a
roupa com sabão, esfrega, esfrega,
esfrega, esfrega, esfrega, esfrega, bate,
bate, bate bate, bate, bate, passa a mão, Brincadeira
musical realizada
passa a mão, passa a mão pra ficar bom, em grupo
utilizando um
eu vou me esconder, estou escondido, tecido grande

estou escondido, me escondi, me escondi


apareci, apareci, olha eu aqui.

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SUGESTÕES DE GRUPOS E CANTORES


06
INFANTIS PARA DIVERSIFICAR O
REPERTÓRIO:

Tiquequê Bia Bedran

Palavra Cantada Kitty Dryemeyer

Barbatuques Formiga Balão

Grupo Triii Márcio de Camillo

Margareth Darezzo Breeze Rosa

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SUGESTÕES
06 DE MÚSICAS PARA
DIVERSIFICAR O REPERTÓRIO:

“Tocando em Frente” “Anunciação”


Almir Sater Alceu Valença

“Maria, Maria” “Sina”


Milton Nascimento Djavan

“Feliz, alegre e forte” “O que é o que é”


Marisa Monte Gonzaguinha

“Canto do povo de “O filho que eu


um lugar” quero ter”
Caetano Veloso Toquinho e Vinicius

“Asa Branca” “Monte Castelo”


Luiz Gonzaga Legião Urbana

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08 INSPIRAÇÕES DE ESPAÇOS

É fundamental oportunizar espaços significativos para


que os bebês possam experimentar e criar diferentes
possibilidades. As propostas precisam ter sentido e
continuidade. O espaço também ensina, estimula, intriga
e encanta os bebês, que apreciam a estética que inspira
o brincar. As experiências devem desafiar os bebês.

Se o professor organizou um espaço com blocos de


madeira e notou que os bebês se interessaram por
empilhá-los, no dia seguinte poderá trazer outros
elementos, com possibilidades de empilhar, mas que
apresentem novos desafios e que exijam estratégias
diferentes, complexificando as ações.
Exemplo:
Para isso, o professor precisa refletir sobre os materiais
que serão ofertados, pensar na disposição dos mesmos,
e em seguida se dedicar a observar e escutar
atentamente os bebês, superando uma visão
centralizada no controle das situações.

É importante que o professor registre suas observações,


não somente para avaliar o desenvolvimento dos bebês,
mas também como forma de se autoavaliar.

A forma de organizar o espaço, o modo como o professor


fala e age com os bebês, revelam as suas concepções
de infância.

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Antes de organizar o espaço, é preciso refletir: O que eu


08
pretendo que os bebês descubram e aprendam?

Os materiais e objetos que compõe o espaço onde os


bebês passam muito tempo, devem ser escolhidos ou
construídos de acordo com o contexto.

De acordo com Edwards; Gandini; Forman (2016), o


ambiente é visto como algo que educa a criança; na
verdade, ele é considerado o terceiro educador,
juntamente com a equipe de dois professores (...) o
ambiente funciona contra ou a nosso favor, enquanto
conduzimos as nossas vidas.

As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de


diferentes dimensões, em um mundo constituído de
fenômenos naturais e socioculturais. Portanto, a
Educação Infantil precisa promover experiências nas
quais as crianças possam fazer observações, manipular
objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar
hipóteses e consultar fontes de informação para buscar
respostas às suas curiosidades e indagações. (BNCC,
2018)

Os espaços sugeridos neste material devem ser


adaptados de acordo com cada turma e suas
especificidades:

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Fonte: @criancabrincada
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Fonte: @criancabrincada

Fonte: @criancabrincada
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Fonte: @criancabrincada
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09 PROPOSTAS QUE GERAM


ENCANTAMENTO

As propostas sugeridas neste material devem ser


adaptadas de acordo com cada turma e suas
especificidades:

Varal de barbante - Amarre um pedaço de barbante


de uma ponta a outra e pendure elementos que
fiquem na altura dos bebês, por exemplo: pedras de
gelo, retalhos de tecidos, colheres, bexigas com
diferentes texturas e temperaturas;

Caixa surpresa tátil - Utilize uma caixa de sapatos


lacrada e abra apenas uma pequena parte em um
dos lados. Coloque dentro dela objetos do cotidiano
dos bebês, por exemplo: pente, escova de dentes ou
copo, para que os bebês coloquem as mãos dentro
da caixa sentindo o objeto e a partir do tato poderão
levantar hipóteses sobre o que está lá dentro;

Caixa surpresa sonora - Utilize uma caixa de


sapatos e dentro dela coloque uma caixinha de som,
em seguida feche-a com fita adesiva. Deixe-a em um
canto da sala e pelo celular coloque sons de animais.
Você pode iniciar com sons de passarinhos, para que
os bebês procurem a caixa através do som e a partir
do que estão ouvindo poderão levantar hipóteses
sobre o que está dentro da caixa;

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Pote surpresa olfativo - Utilize um pote de sorvete


ou algum recipiente que não seja transparente e faça
pequenos furos na parte superior. Coloque dentro do
pote alguma fruta já conhecida pelos bebês. Permita
que eles aproximem o pote do nariz e através do
olfato levantem hipóteses sobre o que está lá dentro.
Após a descoberta, permita que sintam o sabor da
fruta, ampliando a experiência para o paladar
também.

Teatro de sombras - Organize a sala para que fique


escura e com a lanterna do celular projete sombras
na parede e/ou no teto. Você poderá criar sombras
com objetos ou com o próprio corpo. Convide os
bebês para criarem sombras também.

Encaixe de tampas - Disponibilize potes e tampas


de diversos tamanhos para que os bebês explorem e
façam tentativas para realizar o encaixe;

Produção de tintas - Utilizando elementos naturais,


como: acafrão, colorau, beterraba, couve, etc.,
produza tintas junto com os bebês e incentive para
que deixem marcas gráficas em algum suporte. Para
produção das tintas misture água com o elemento
natural e acrescente amido de milho para engrossar,
se for preciso.

Gelatina divertida - Prepare gelatina colorida ou


incolor com objetos ou pedaços de frutas, para que
os bebês explorem livremente e criem estratégias
para capturar o que está lá dentro.

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Oobleck - Para preparar utilize a proporção 2:1, para


cada 2 copos de amido de milho, utilize 1 copo de
água, misture bem e vá acertando aos poucos. Se
desejar utilize corante natural. O Oobleck é um fluido
não newtoniano que assume a forma sólida ou
líquida dependendo da pressão que recebe.

Slime de chia - Para preparar utilize 1/4 de xícara de


chia hidratada, 1 xícara de água, 4 xícaras de amido
de milho e corante natural. Misture as sementes de
chia na água para hidratar e deixe repousar por 12
horas na geladeira. Coloque a chia hidratada em um
recipiente e vá misturando o amido aos poucos até
dar o ponto de slime. Se colocar muito amido o slime
vira massinha. Dura cerca de 7 dias na geladeira.

Massinha - Para preparar utilize 1 xícara de farinha


de trigo, 1/2 xícara de sal, 1/2 xícara de água, 1
colher de sopa de óleo e corante natural. Misture os
ingredientes e amasse para dar liga.

Resgate no gelo - Utilize uma bacia grande, coloque


água, peça que os bebês coloquem brinquedos
dentro e leve ao freezer. No dia seguinte mostre a
eles a grande pedra de gelo que se formou e
incentive-os para que brinquem de resgatar os
brinquedos.

Desembrulhar brinquedos - Embrulhe os


brinquedos dos bebês com diferentes papeis, como:
crepom, papel de seda, celofane, jornal, etc., e
entregue a eles para que tentem desembrulhá-los.

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Resgate de objetos - Prenda objetos pequenos com


fita adesiva e convide os bebês a tentar resgatá-los
através do movimento de pinça ao tentar puxar a fita
adesiva.

Cama de gato - Em um cesto ou caixa de papelão


faça uma teia na parte interna utilizando elástico
largo. Coloque brinquedos ou objetos e deixe que os
bebês tentem retirá-los de dentro.

A grande teia - Entre dois pilares construa uma teia


com elásticos largos para que os bebês tentem
passar se desvencilhando dos emaranhados.

Chocalhos com garrafas - Construa diferentes tipos


de chocalhos que emitam diferentes tipos de sons.
Exemplo: grãos de arroz, pedras, clipes, grãos de
feijão, água, etc. Disponibilize para os bebês e
brinquem de chacoalhar livremente e depois
seguindo um ritmo.

Túnel com caixas de papelão - Abra algumas


caixas de papelão na parte superior e inferior de tal
forma que pareça um túnel e disponha pelo
ambiente.

Encaixe de palitos em latas - Utilizando latas de


leite faça pequenos cortes na tampa plástica e
oriente os bebês a encaixar os palitos lá dentro.

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Bolinhas de sabão - Corte o bocal de uma garrafa


pet e mergulhe em um recipiente com água e
detergente. Dessa forma você fará um soprador de
bolinhas de sabão mais firme para os bebês
segurarem e tentarem assoprar.

Circuito com obstáculos - Organize o espaço com


obstáculos para que os bebês se sintam desafiados,
por exemplo: um banco que possam andar sobre ele,
uma cadeira que possam subir e pular, um bambolê
que possam passar por dentro, etc. Não há
necessidade de ir um bebê por vez, deixe-os livres
para que se organizem conforme seus interesses.

Passeio no tecido - Coloque um tecido no chão


(pode ser um lençol ou uma toalha) e convide os
bebês que tiverem interesse para sentarem-se e
passearem pelo espaço. Peça que segurem no
tecido e puxe com cuidado. Os bebês maiores
poderão puxar os colegas que estarão sobre o
tecido.

Caretas em frente ao espelho - De frente para o


espelho faça caretas e incentive os bebês a imitarem.
Em seguida desafie-os a criarem novas caretas.

Serra serra serrador - Com o bebê no seu colo,


segure as mãos dele estendidos e faça movimentos
para frente e para trás cantando a cantiga: Serra,
serra, serrador, quantas tábuas já serrou?...

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Lupa de papel celofane - Com papelão e papel


celofane de cores variadas produza lupas para os
bebês explorarem ao saírem na área externa. Você
também poderá fixar o papel celofane no vidro, para
que eles observem a área externa por outra
perspectiva.

Brinquedos escondidos nas meias - Coloque


brinquedos dentro de meias e disponibilize para que
os bebês tentem retirar. Em seguida, convide-os a
colocar os brinquedos nas meias também,

Caixa com diferentes tecidos - Prepare uma caixa


grande de papelão e coloque vários tipos de tecidos
dentro, como: tecidos grossos, finos, leves, pesados,
escuros, claros, lisos, ásperos, etc., acrescente
também alguns materiais não estruturados e coloque
os bebês lá dentro para que explorem as diferentes
texturas.

Massagens nos pés - Oportunize um momento de


relaxamento fazendo massagens nos pés dos bebês,
convide-os a massagear os pés dos colegas também.

Cadê/achou - Coloque um pano sobre a cabeça e


dga: “Cadê a professora?” e ao retirá-lo fale:“Achou!”,
Essa simples brincadeira aumenta a conexão entre o
adulto e o bebês, desperta a sua curiosidade e gera
alegria ao descobrir onde está o professor.

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Sons com o corpo - Brinque de produzir sons com a


boca e incentive os bebês a imitarem. Em seguida
produza sons com as mãos, depois com os pés e
assim por diante.

Culinária - Os bebês podem participar ativamente de


diversas receitas, estimulando a autonomia, o
cuidado, a higiene, a alimentação saudável e até
mesmo possibilitando noções de química (misturas e
transformações). Exemplos: salada de frutas,
bolachinha de nata, pão, etc.

Caixa dos instrumentos tecnológicos - Prepare um


espaço com materiais que não são mais utilizados na
unidade, como: microfones, telefones, teclados,
mouses, dentre outros, permitindo que os bebês os
explorem e conheçam seu uso social.

Móbiles - Utilize galhos ou bambolês e elásticos para


criar diversos móbiles, por exemplo: com chocalhos,
mordedores, miniaturas de animais, instrumentos
musicais, materiais não estruturados, livros, argolas,
tecidos, etc. Os móbiles chamam a atenção dos
bebês por meio de cores, formas, texturas e sons e,
assim, estimulam todos os sentidos. Os elementos
devem estar bem presos no suporte para estimular a
iniciativa, a curiosidades e as estratégias dos bebês.

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10 A IMPORTÂNCIA DO
BRINCAR EM MEIO A
NATUREZA

Brincar no parque
A exposição ao sol faz
estimula o movimento e o
com que o corpo autocontrole, pois se as
produza vitamina D e crianças permanecem
também melhora a apenas em ambientes
qualidade do sono, do fechados, não terão a
humor e reforça o liberdade necessária
sistema imunológico para desenvolver tudo o
que precisam.

Estudos com crianças Favorece o amor pela


escolarizadas mostram natureza. A criança que
que nas áreas verdes das convive com o meio natural
escolas as crianças desenvolve uma afinidade
brincam de forma mais em relação à natureza,
criativa e cooperativa. aprecia, zela e reconhece
(Health Education como seu ambiente de
Research, 2008). pertencimento.

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11 LINGUAGEM VISUAL

É importante que os bebês tenham oportunidades para


se expressar artisticamente desde cedo, pois isso
estimula o desenvolvimento sensorial, cognitivo e
emocional. A pintura permite que eles explorem cores,
texturas e formas diversas, desenvolvendo habilidades
motoras e estimulando a criatividade. Além disso, as
artes na Educação Infantil possuem o intuito de trazer a
expressividade de diferentes linguagens artísticas,
promovendo nas crianças um olhar perceptivo, a
sensibilidade e a expressividade de diferentes formas.
Abaixo elencamos algumas sugestões para variar os
suportes, os riscantes e os instrumentos, em propostas
de desenho e pintura:

Papel kraft;
Tecido;
OPÇÕES DE Chão;
Cartolina;
SUPORTES: Elementos naturais;
Plástico bolha;
Espelho.

Tintas naturais;
OPÇÕES DE Palitos de beterraba;
RISCANTES E Giz de cera jumbo;
Rolinho de espuma;
INSTRUMENTOS: Pincel;
Esponja.

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A sala deve ser ambientada com registros dos bebês


(desenhos, pinturas ou fotos do cotidiano) documentando
o que está sendo vivido pela turma. As paredes não
devem ser “decoradas” com enfeites prontos,
empobrecidos, estereotipados e permanentes. Mesmo
que esses desenhos prontos sejam “fofinhos”, eles
podem limitar a criatividade e como professores,
acreditamos no potencial criativo dos bebês. Além disso,
os desenhos estereotipados não colaboram para a
apreciação da natureza, como ela realmente é.

Segundo a BNCC (2018), a Educação Infantil precisa


promover a participação das crianças em tempos e
espaços para a produção, manifestação e apreciação
artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da
sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das
crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem,
permanentemente, a cultura e potencializem suas
singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas
experiências e vivências artísticas.

SUGESTÃO: Para ampliar o repertório cultural utilize


obras de arte, imagens que representam a diversidade
étnica e sempre substitua um desenho por uma imagem
real.

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12 ROTINA SEMANAL

O quadro a seguir é apenas um exemplo de como pode


ser a rotina semanal de uma turma de berçário. O
professor deve levar em consideração as características
de cada turma, sendo este apenas um modelo para
inspiração.

IMPORTANTE: Momentos de estimulação, como: deixar


o bebê de bruços, incentivar a realização de movimentos
para se arrastar, engatinhar e andar, não estão
contemplados na rotina semanal, visto que devem ser
realizados individualmente e diariamente, conforme a
fase em que o bebê se encontra.

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13 COMO PRODUZIR
RELATÓRIOS

O registro deve ser individual e não genérico.


Destaque os pequenos detalhes;
Valorize as conquistas e os aprendizados;
Se houver alguma questão a ser trabalhada,
escreva o que você está fazendo para ajudar o
bebê a superar e desenvolver novas habilidades;
Escreva sobre as brincadeiras, os monólogos e os
diálogos entre pares;
Considere aspectos emocionais, não somente
cognitivos;
Não rotule, nem diagnostique o bebê;
Use palavras que as famílias entendam e
certifique-se que não há erros gramaticais.

OS
VAM ?
EFLETIR
R

Com olhos de criança, Francesco Tonucci, 1997.

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RELATÓRIOS
BEBÊS DE 4 MESES A 1 ANO

Perguntas norteadoras para a construção de


relatórios de excelência:

Em quais situações e de que forma o bebê


expressa suas emoções: satisfação, insatisfação,
preferências, frustração, insegurança, alegria,
tristeza, medo, etc.?
Como se relaciona com outros bebês e crianças
maiores?
Sorri e vocaliza em resposta à atenção ou quando
chamado pelo nome?
Reconhece pessoas mais próximas?
Possui preferência em relação à consistência dos
alimentos?
Consegue segurar utensílios para alimentar-se
sozinho, como: copo, mamadeira e talheres?
Colabora durante os momentos de troca e higiene?
Como explora os objetos oferecidos no momento do
banho?
Compreende e atende solicitações simples
referentes a rotina?
Brinca com sua imagem diante do espelho? Sorri,
vocaliza ao se ver?
Identifica algumas partes de seu corpo apontando-as
quando questionado?

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Executa gestos simples quando requisitado? Quais?


Realiza movimentos, como: mover-se para frente,
rolar para os lados, virar de bruços, etc.?
Senta? Arrasta-se? Engatinha? Anda?
Como manuseia livros e revistas?
Explora posturas e movimentos novos com seu
corpo? Quais?
Como reage ao explorar texturas diversas?
Como foi sua participação e suas vivências nas
diversas modalidades da arte, como: pinturas,
desenhos, modelagens, etc.?
Explora objetos sonoros e instrumentos musicais
espontaneamente?
Aprecia ouvir músicas reproduzidas e cantadas?
Existem músicas preferidas?
Manifesta interesse pela descoberta e exploração de
outros espaços?
Tem interesse por explorar e manipular diferentes
materiais, como: elementos naturais, brinquedos,
objetos, etc.?
Procura com o olhar um objeto que foi retirado de
seu campo visual?
Imita adultos em brincadeiras de esconder o rosto,
ninar a boneca, bater palmas, etc.?
Reproduz onomatopeias? Quais?
Aprecia ouvir histórias? Como se comporta durante
esse momento?

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RELATÓRIOS
BEBÊS DE 1 ANO A 2 ANOS

Perguntas norteadoras para a construção de


relatórios de excelência:

Como foi construído o vínculo com as professoras?


Em quais situações e como o bebê expressa suas
emoções, satisfações, insatisfações e
preferências?
Sorri e expressa-se por meio de linguagem gestual
e/ou verbal?
Como reage quando é chamado pelo nome?
Demonstra preferência por algum alimento ou
consistência?
Como sente-se ao receber cuidados de higiene?
Percebe as necessidades do corpo, como: fome,
frio, sede, etc.?
Compreende e atende solicitações?
Brinca com sua imagem diante do espelho?
Demonstra reconhecer sua imagem?
Ajuda a organizar os ambientes, guardando
pertences e brinquedos?
Reconhece as funções sociais dos objetos? Quais?
Atenta-se, identifica e nomeia alguns fenômenos
naturais, como: chuva, sol, trovão, etc.?
Estabelece e aprecia contato com alguns animais,
plantas e outros elementos naturais, nomeando-
os?

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Participa de brincadeiras em grupo? Como?


Demonstra interesse especial por algum
brinquedo? Qual?
Anda? Equilibra-se ao movimentar-se?
Anda por cima e por baixo de obstáculos, corre,
sobe e desce escadas?
Está aperfeiçoando o movimento de pinça?
Reconhece e nomeia pessoas e objetos de seu dia
a dia?
Aprecia ouvir histórias? Como se comporta durante
o momento?
Como explora livros e materiais diversos?
Reproduz onomatopeias? Quais?
Produz marcas gráficas?
Como reage ao explorar texturas diversas?
Como foi sua participação e suas vivências nas
diversas modalidades da arte, como: pinturas,
desenhos, modelagens, etc.?
Reconhece sons comuns do seu dia a dia?
Explora objetos sonoros e instrumentos musicais
espontaneamente?
Aprecia ouvir músicas reproduzidas e cantadas?
Existem músicas preferidas?
Segue o ritmo com o corpo?
Remove um objeto de um recipiente colocando a
mão dentro dele?
Brinca de esconder objetos ου se esconder?
Produz e observa o movimento nos objetos, como:
empurrar, arremessar, rolar, balançar, empilhar,
encaixar, desencaixar, etc.?

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14 ABORDAGEM PIKLER

Emilie Madeleine Reich, mais


tarde conhecida como Emmi
Pikler (1902-1984) foi uma
pediatra húngara que
revolucionou a forma como
bebês são cuidados e educados.
Ela dedicou sua vida ao estudo
do desenvolvimento infantil e à
promoção de uma abordagem
centrada no respeito e na Fonte: casadeaprendizagens.com.br
autonomia da criança.

Segundo Almeida e Melim (2019), Pikler atuou na ala de


cirurgia do Hospital Markhof, verificando à época que as
estatísticas de acidentes infantis envolviam as crianças
de famílias ricas, criadas dentro de suas casas, com
ambientes superprotetores, com brincadeiras delimitadas
e vigiadas, ao contrário das crianças que brincavam
livremente pelas ruas do bairro próximo ao hospital,
convencendo-se de que crianças que se movimentavam
de forma livre e sem restrições eram mais cuidadosas e
confiantes. Constatou ainda as diversas potencialidades
da criança desde seu nascimento e, dessa forma, buscou
evidenciar em seus estudos a importância de se
promover o desenvolvimento dos bebês aliado à sua
integração com o meio.

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Juntamente com a sua atividade profissional, Emmi


Pikler e seu esposo, um pedagogo progressista,
decidiram observar seu primeiro filho respeitando seu
ritmo de desenvolvimento, preparando espaços para
auxiliar sua desenvoltura e autonomia. Além disso,
passaram a atentar para a maneira de cuidá-lo, falando
previamente o que iriam fazer na hora do seu banho,
alimentação, higiene, sempre com um toque amável,
olhando em seus olhos. As experiências iniciais de Emmi
Pikler, resultaram na escrita do livro, publicado na
Hungria em 1940: “O que o seu bebê já consegue fazer?”

A convite do governo húngaro, assumiu em 1946, após a


Segunda Guerra Mundial, um orfanato criado para
abrigar as crianças órfãs. O então orfanato, foi nomeado
Instituto Lóczy, que foi dirigido por Pikler até 1979.
Quando a pesquisadora morreu, o abrigo passou a se
chamar Instituto Pikler, em sua homenagem, já que ela
contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento
de todas as crianças que chegavam até lá. Atualmente, é
uma referência mundial e suas concepções pedagógicas,
sua organização e seu funcionamento são citados cada
vez mais e frequentemente na literatura como o ‘modelo
Lóczy’.” (FALK, 2010)

Sua abordagem enfatiza a importância do cuidado físico


e emocional individualizado, a liberdade de movimento e
a autonomia desde os primeiros meses de vida. Pikler
acreditava que os bebês são capazes de aprender e
explorar o mundo por si mesmos, e que os adultos
devem ser facilitadores, em vez de controladores, do
desenvolvimento infantil.

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Assim, visando um desenvolvimento significativo no


Instituto Lóczy, Emmi Pikler optava por materiais não
estruturados, por oferecer às crianças objetos presentes
no cotidiano, tais como: madeira (argolas, blocos, tocos),
palha (cestos, porta guardanapos, descansa pratos),
bambus (colheres, potes, pedaços de bambu), plástico
(bacias, baldes, bolas), metais (coadores, canecas,
formas), borracha (bichinhos, bonecas, bolas), dentre
outros. (SOARES, 2017)

É necessário destacar que esses materiais, mesmo os


mais simples, precisam ter características interessantes,
e boa qualidade tátil, possibilitando assim uma excelente
exploração manual.

Em 1950, Pikler definiu os objetivos do instituto: “Quando


fundamos o Instituto, nós traçamos como meta criar
bebês confiados aos nossos cuidados, como crianças
física e mentalmente saudáveis que não apresentem
nenhuma desvantagem por serem institucionalizadas.”
Ela estava convencida de que se aplicasse seus
princípios, os prejuízos da institucionalização das
crianças poderiam ser evitados.

Essa abordagem inclui práticas como o cuidado


respeitoso durante a troca de fraldas e banhos, a
liberdade de movimento em um ambiente seguro e a
importância do vínculo afetivo entre cuidadores e
bebês. Essas ideias influenciaram não apenas a
educação infantil, mas também a pediatria e a psicologia
infantil em todo o mundo.

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É necessário frisar que o espaço ideal para as crianças,


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de acordo com Emmi Pikler, é aquele em que o professor
não precisa chamar a atenção das crianças a todo
momento, pois quando o espaço não é pensado nelas,
pode apresentar perigos, pois a criança sente a
necessidade de investigar tudo o que está a sua volta,
por vezes tentando subir, tocar, enfim, estar em
constante movimento, e se o espaço dispuser de
materiais frágeis, vidros, escadas altas, pode ocasionar
acidentes, ou também na interferência contínua do
professor.

Conforme expressa a abordagem de Emmi Pikler, o


princípio que orienta ação do profissional que atua junto
às crianças é de reconhecimento e valorização do
desenvolvimento autônomo. Desse modo, é fundamental
criar as circunstâncias propícias para que as crianças
possam viver em espaços formais plenamente a infância.
(ALMEIDA; MELIM, 2019)

O legado de Pikler continua a inspirar profissionais e pais


a adotarem uma abordagem mais respeitosa e empática
no cuidado e na educação dos bebês.

Conheça alguns materiais que foram criados para


promover o desenvolvimento físico, emocional e
cognitivo dos bebês, inspirados na abordagem Pikler:

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TRIÂNGULO ARTICULADO
COM RAMPA

GANGORRA
CIRCUITO
TÚNEL
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15 O CESTO DOS TESOUROS

O brincar heurístico é uma abordagem de aprendizado


infantil proposta por Elinor Goldschmied, que enfatiza a
exploração e descoberta através do uso de materiais
naturais e objetos do cotidiano. O cesto dos tesouros é
uma técnica dentro dessa abordagem, onde bebês, que
já sentam-se sozinhos, são apresentados a uma
variedade de objetos seguros e interessantes, como:
conchas, pedras, escovas, rolhas de cortiça, argolas,
colheres de madeira, entre outros.

Fonte: www.educlub.com.br

Esta proposta exploratória aguça os sentidos dos


pequenos, pois promove o contato direto com objetos de
diversificadas materialidades. Esta relação assegura a
riqueza de experiências do bebê em um período em que
o cérebro está preparado para recebê-las, estabelecendo
conexões para utilizar as informações (GOLDSCHMIED;
JACKSON, 2006)

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Os objetos selecionados para compor o cesto devem


estimular os sentidos e a criatividade dos bebês,
permitindo que explorem texturas, formas, pesos e sons
de maneira autônoma. O cesto dos tesouros encoraja a
curiosidade e a autoconfiança dos bebês.

Os materiais devem ser seguros e supervisionados pelo


professor a todo momento. Não é recomendado que
sejam colocados brinquedos de plástico. A variedade de
objetos permite que os bebês explorem diferentes
sensações.

Essa abordagem foi desenvolvida com base na crença


de que as crianças aprendem melhor quando são
incentivadas a explorar e descobrir por si mesmas, em
um ambiente seguro e estimulante. Por isso, nessa
abordagem, o papel do professor é o de facilitador e
observador atento.

É fascinante ver o prazer dos bebês ao


escolher por si só os objetos que mais lhes
atraem. Por que é tão difícil para o adulto
reconhecer e dar importância aos interesses
genuínos dos bebês?
Para refletir...

O cesto de tesouros bem abastecido, oferecido por um


adulto atento, pode proporcionar experiências que são
interessantes e absorventes, capacitando o bebê a
buscar uma aprendizagem vital para a qual ele está
pronto e ansioso” (GOLDSCHMIED; JACKSON, 2006).

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QUAL É O PAPEL DO PROFESSOR NESSA


ABORDAGEM?

Ele selecionará e disponibilizará os objetos para as


crianças. Durante a brincadeira ele pode reorganizar,
para que seja sempre convidativo, mas de maneira
imperceptível. O adulto não estimula, não sugere, não
elogia, não critica e não direciona. Ele apenas
observa.

EXISTE CERTO E ERRADO?

Durante essa abordagem o bebê usa a criatividade e a


imaginação, sem se preocupar com a forma correta de
usar os objetos. O bebê observa e testa o que é
possível e o que não é possível fazer com eles.
Através da sua autonomia ela descobre e cria.

UM NOVO OLHAR...

Essa forma de brincar oferece para o bebê uma


experiência muito diferente dos brinquedos educativos.
Isso não quer dizer que os outros materiais não tem
valor, eles só tem uma função diferente.

Por que alguns professores


acreditam que os bebês
aprendem mais utilizando
uma folha A4?

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Ao observar aproximadamente um bebê com os


objetos contidos no Cesto dos Tesouros podemos
perceber quantas coisas diferentes ele faz com eles
olhando, tocando, apanhando-os, colocando-os na
boca, lambendo-os, balançando-os, batendo com eles
no chão, juntando-os, deixando-os cair, selecionando e
descartando o que atrai ou não. Ele utiliza ainda um
objeto em suas mãos e boca como uma maneira de se
comunicar de forma risonha com o adulto próximo a
ela, ou com outra criança sentada próxima ao cesto.
(GOLDSCHMIED; JACKSON, 2006)

Os materiais do cesto, o espaço desafiador, o respeito


ao tempo dos bebês e a postura acolhedora do
professor promoverão uma brincadeira de qualidade
excepcional.

O que colocar no cesto?

Objetos de metal, de
borracha, de couro, de
tecido, papel, papelão,
madeira, elementos
naturais, entre outros.

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16 MORDIDAS

As mordidas são um dos grandes desafios para os


bebês, seus familiares e professores do berçário.
Desafiam os pais mais preparados e as professoras mais
atentas.

Nesse período a criança usa a boca como fonte de


prazer e forma de explorar o mundo. A criança também
pode usar a mordida como forma de aliviar o desconforto
devido ao nascimento dos dentes.

A fase dos zero aos dois anos é caracterizada por um


movimento de ação e reação, uma vez que o
pensamento está à frente da linguagem e se expressar
por meio do corpo é muito natural. Isso leva os pequenos
a utilizarem as mordidas em diversas situações, para
avaliar o efeito do ato. Eles mordem para ver o que
acontece, se conseguem o que querem e qual a reação
do outro.

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As mordidas nem sempre significam uma reação de


raiva, elas representam uma forma de expressar
sentimentos. O que elas podem significar?

Comunicação Forma de
de emoções externar medos
e desejos e ansiedades

Disputas por
Reação à
brinquedos
frustrações
ou espaços

Defesa Ciúmes

NEM SEMPRE SERÁ POSSÍVEL EVITAR,


MAS ALGUMAS ATITUDES PODEM AJUDAR:

Jamais deixe os bebês sozinhos, mesmo que por


pouco tempo. As mordidas acontecem em questão
de segundos;
Oportunize uma quantidade de materiais e
brinquedos suficientes para todos que estão no
ambiente;
O número de professores deve ser adequado ao
número de bebês, para que o olhar seja atento a
cada um deles.
Se você percebeu que algum bebê está mordendo
com frequência permaneça mais próximo a ponto de
conseguir impedir uma mordida de forma mais
eficiente;

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Alguns bebês mordem para demonstrar afeto, por


isso devemos evitar brincadeiras de mordidas em
bebês e até mesmo frases carinhosas, como: "Eu
quero morder esse pezinho". Se o bebê for imitar o
adulto, não saberá controlar a sua força.

COMO FICAM OS PAIS?

De um lado temos os pais do bebê


que foi mordido, que ficam com o
coração apertado, imaginando a
dor que seu filho sentiu. Do outro
lado, estão os pais do bebê que
mordeu, que, normalmente, ficam
tristes e envergonhados.

COMO O PROFESSOR DEVE LIDAR


COM AS FAMÍLIAS?

Explique por escrito ou pessoalmente, mas sempre


comunique as famílias. Fale sobre a fase do
desenvolvimento que o bebê está, explique o motivo da
mordida (se souber), as providências que foram tomadas
e por uma questão de ética, jamais diga o nome do bebê
que mordeu.

MORDER É NORMAL?

Sim, porém, pode existir um fator emocional por trás de


mordidas excessivamente repetitivas com crianças que já
possuem a linguagem oral desenvolvida.

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COMO TRABALHAR DE FORMA LÚDICA?

Utilize o livro infantil “Mordida não, Napoleão!”, de


Joyce Rosset, 2016, ou qualquer outro que aborde o
tema de forma respeitosa;
Confeccione bonecos ou fantoches com os bebês,
frisando que a boca serve para se alimentar, falar e
dar beijinhos;
Produza um dado com imagens de crianças
realizando atitudes de carinho, como: beijos,
abraços, mãos dadas, etc. e brinque com os bebês
de jogar o dado e realizar as ações de cuidado;
Cante com os bebês a música “O meu amigo eu vou
respeitar”, de Eliton Rufino e “Os sentidos”, de Patati
Patatá.

O MEU AMIGO, EU VOU RESPEITAR


O meu amigo eu vou respeitar. Não pode bater, não
pode morder, não pode beliscar. Têm que fazer carinho e
dar um abraço e têm que ajudar.

OS SENTIDOS
Meus olhinhos são pra ver, meu nariz é pra cheirar
Minha boca é pra comer, meu ouvido é pra escutar
Completando os sentidos tenho as mãos para pegar
E os bracinho bem compridos pro amigo eu abraçar

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E O QUE FAZER COM O BEBÊ QUE MORDE?

Quando isso acontece, cuidar do bebê que foi mordido é


fácil, basta dar colo, carinho e cuidar da ferida, mas e o
bebê que mordeu? Como agir? Listamos algumas dicas
importantes:

Acolha o bebê que mordeu, conversando de forma


respeitosa e dizendo firmemente, com poucas
palavras, que essa atitude não foi correta e morder
machuca o amigo;
Experimente dizer: “Nesta escola nós não mordemos
as pessoas.”, trazendo o bebê para o coletivo, o que
aos poucos irá gerar um senso de pertencimento;
Valide seus sentimentos e tente entender o motivo da
mordida. Dê alternativas, por exemplo: "Quando
alguém pegar o seu brinquedo, chame a professora";
Nunca morda de volta para o bebê aprender. Isso
mostrará que morder é um comportamento aceitável;
Jamais rotule o bebê como "mordedor", ele poderá
acreditar nisso e passar a morder cada vez mais;
Convide-o a cuidar do "dodói" do outro bebê, para
que ele veja que o seu ato teve consequências.

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17 DESFRALDE

Segundo Arruda e Assis (2021), o processo de desfralde


inicia quando a criança começa a apresentar os sinais de
prontidão, até o momento em que a fralda deixa de ser
necessária e é deixada por completo. Em literaturas
técnicas ou científicas, esse processo é conhecido como
Treinamento Esfincteriano.

Este processo deve ser gradual e respeitar o ritmo e as


necessidades individuais do bebê, envolvendo 3 fatores:

BIOLÓGICO:
O bebê precisa conseguir
controlar os esfíncteres.

COGNITIVO: Estudiosos da
área recomendam
O bebê precisa compreender que sejam
como funciona esse processo. ensinados os
nomes corretos
dos genitais:
vulva e pênis.
EMOCIONAL:
Está relacionado com a
autoestima e autoconfiança de
cada bebê.

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FAMÍLIA E ESCOLA

A parceria entre a família e a escola durante o processo


de desfralde é fundamental para proporcionar um
ambiente de apoio e consistência para o bebê. É
importante que as famílias comuniquem à escola sobre o
início do processo de desfralde e compartilhem
informações sobre as estratégias que estão sendo
utilizadas em casa. Da mesma forma, os professores
devem comunicar as famílias assim que perceberem os
sinais de prontidão.

Durante o desfralde, é essencial que as famílias e os


professores compartilhem informações sobre o progresso
do bebê, eventuais dificuldades encontradas e
estratégias que estão sendo eficazes. Os pais precisam
sentir segurança e confiança no cuidado e na orientação
oferecida pela equipe pedagógica.

Importante:

Não utilize painel de desfralde coletivo. O desfralde é


um processo de desenvolvimento que acontece de
forma individual. O desfralde coletivo não tem lógica
biológica e pode representar um castigo para a criança.

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COMO PROCEDER PARA UM DESFRALDE GENTIL?

Quais os principais sinais de prontidão segundo Arruda e


Assis (2021):

A fralda permanece seca por mais de 2 horas?


Demonstra incômodo com a fralda molhada ou tenta
tirá-la?
Sabe para quê serve o vaso sanitário ou penico e
aceita sentar neles?
Avisa antes de fazer xixi ou cocô?
Saber puxar as roupas para cima e para baixo?
Usa palavras, expressões faciais ou movimentos que
indicam a necessidade de fazer xixi ou cocô?
Não quer usar fraldas ou demonstra interesse em
cuecas ou calcinhas?
Consegue ficar parado no penico ou vaso sanitário
por 3 a 5 minutos?
Não apresenta atrasos nos marcos do
desenvolvimento?

QUAIS AS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS DE UM


DESFRALDE INADEQUADO?

Disfunções urinárias;
Constipação intestinal;
Encoprese;
Distúrbios de ansiedade;
Infecções urinárias de repetição;
Enurese;
Medos e fobias.

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O QUE NÃO FAZER?

Não force o bebê a sentar-se no vaso sanitário ou


penico se ele não quiser;
Não brigue caso tenha escapes;
Não faça comparações com os colegas;
Não adiante o processo se não notar os sinais de
prontidão.

Não existe a idade certa e rígida para o bebê desfraldar.


De acordo com Arruda e Assis (2021) o esperado é que
a criança finalize o processo de desfralde por volta dos
três aos três anos e meio, em média, podendo ser antes
ou depois, sem que seja considerado um problema.
Entender o processo e respeitar a criança são essenciais
para um desfralde respeitoso e tranquilo.

COMO TRABALHAR DE FORMA LÚDICA?

Utilize o livro infantil “O que tem dentro da sua


fralda?”, de Guido Van Genechten, ou qualquer outro
que aborde o tema de forma respeitosa;
Cante com os bebês a música “Xixi, cocô e pum”, de
Grandes Pequeninos e “Xixi e cocô”, de A Turma do
Seu Lobato.
Utilize reforço positivo, parabenizando o bebê
quando ele conseguir, dessa forma perceberá que
está no caminho certo e que é capaz.

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18 ANEXO 1

JOGO DAS EMOÇÕES


Aprender a gerenciar suas emoções ainda na infância é
um processo que auxiliará o bebê a alcançar seus
objetivos ao longo da vida, com empatia e criando
relações sociais positivas. Esse jogo auxiliará os
pequenos a conhecer algumas emoções, respeitar e
expressar sentimentos, atuando com progressiva
autonomia emocional.

Preparando o material:
Imprima o anexo, recorte as imagens e plastifique ou
cole papel contact para proteger.

Possibilidades de exploração:
1. Disponibilize as cartas para que os bebês manipulem
livremente.
2. Em roda ou em frente a um espelho, brinque de
imitar as expressões faciais contidas nas cartas.
3. Arrume as cartas com os desenhos virados para cima
e oriente os bebês a formarem os pares, encontrando
as cartas iguais. Converse sobre as expressões
faciais e relacione com suas próprias emoções.
4. Use a criatividade e brinque de outras formas
também.

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76
SURPRESA
JOGO DAS EMOÇÕES

RAIVA
MEDO
SUSTO

SURPRESA

RAIVA
MEDO
SUSTO
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VERGONHA
JOGO DAS EMOÇÕES

ALEGRIA
TRISTEZA

NOJO
VERGONHA

ALEGRIA
TRISTEZA

NOJO
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19 ANEXO 2

HISTÓRIA NA CAIXA

Esse recurso permite estimular a criatividade, a


percepção visual, o repertório musical, o vocabulário e o
gosto por ouvir histórias.

Preparando o material:
Imprima o anexo, recorte as imagens, plastifique ou cole
papel contact para proteger e coloque dentro de uma
caixa.

Possibilidades de exploração:
1. Disponibilize as cartas para que os bebês manipulem
livremente.
2. Incentive os bebês a escolher uma ficha e juntos
cantem uma música relacionada àquela imagem.
3. Selecione uma ficha por vez e vá criando uma
história relacionada à imagem escolhida. Vá
escolhendo novas fichas e acrescentando os
personagens à história.
4. Use a criatividade e brinque de outras formas
também.

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HISTÓRIA NA CAIXA
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HISTÓRIA NA CAIXA
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HISTÓRIA NA CAIXA
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HISTÓRIA NA CAIXA
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HISTÓRIA NA CAIXA
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HISTÓRIA NA CAIXA
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20 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:

ALMEIDA, Ordália Alves; MELIM, Ana Paula Gaspar. A abordagem de


Emmi Pikler: olhares sobre contextos educativos para bebês e crianças
pequenas. Revista entreideias, Salvador, v. 8, n. 2, p. 95-110, maio/ago.
2019

ARRUDA, Drielle Fernanda de; ASSIS, Gisela Maria. Guia para um


desfralde consciente 1.ed. - Taubaté: Casa Cultura, 2021.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por Amor e Por Força: Rotinas na


educação infantil. Campinas: Tese de Doutorado, Faculdade de Educação/
Unicamp, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.


Brasília, 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Educação Infantil. Brasília, 1999.

BRITES, Luciana. Brincar é Fundamental: Como entender o


neurodesenvolvimento e resgatar a importância do brincar durante a
primeira infância. São Paulo: Editora Gente, ISBN: 9786555440362. 2020,
p.68.

EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. (Org.). As cem linguagens da


criança: a experiência de Reggio Emilia em transformação. Porto Alegre:
Penso, 2016. v. 2.

FALK, Judit. Educar os três primeiros anos: a experiência de Lóczy.


Tradução de Suely Amaral Mello. Araraquara, SP: JM Editora, 2004.

GOLDSCHMIED, Elinor; JACKSON, Sonia. Educação de 0 a 3 anos: o


atendimento em creche. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Secretaria Municipal de Educação de Londrina. Caderno de orientações


para o trabalho pedagógico na Educação Infantil, 2018.

SOARES. Suzana, Macedo. Vínculo, movimento e autonomia. Educação


até 3 anos. 1ª Ed. São Paulo: Ominisciência, 2017.

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Ao encerrar essas páginas, expressamos nossa profunda


gratidão a todos os professores que dedicam suas vidas
ao cuidado e educação de bebês.

Que este material possa servi-los como uma ferramenta


valiosa em seu dia a dia. Que seja uma fonte de
inspiração e orientação, fortalecendo os laços entre
familiares, professores e crianças, promovendo um
ambiente amoroso e seguro no berçário.

Juntos, podemos criar um mundo melhor.


Obrigada por fazer parte desta jornada,

Gabriela Diegues Domenici


Daniele Ap. Camargo Kasai

@maeseprofessoras
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É PROIBIDA A DIVULGAÇÃO
PARCIAL OU TOTAL DESTA OBRA
SOB PENA DE INCORRER EM
CRIME CONTRA A PROPRIEDADE
AUTORAL SEM A PERMISSÃO
TÁCITA DAS AUTORAS.

01 de março de 2024

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