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41036
Período de Realização
Objetivos
Trabalho a desenvolver
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que inconscientemente, na maioria dos casos. Mas, para além
disso, […] o quotidiano constrói-se do que é mais rotineiro, mas
igualmente do que pode ser considerado como inesperado.” (Ma-
gano, 2014, p. 133).
Recursos
Total: 4 valores
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Normas a respeitar
Equipa Docente
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UNIDADE CURRICULAR: Introdução às Ciências Sociais
CÓDIGO: 41036
NOME: TP
N.º DE ESTUDANTE:
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TRABALHO / RESOLUÇÃO:
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a meninos e bonecas a meninas, por exemplo), para que se evitem os
interesses de género “trocados”. Segundo Sigelman & Shaffer (1995),
apesar de a probabilidade dos meninos receberem brinquedos
considerados “femininos” ser menor, existe uma maior aceitação para
o facto de uma menina receber um brinquedo “masculino”. Esta
questão corrobora a ideia de que, atualmente, fazendo referência a um
estigma que insiste em permanecer, considera-se que mais vale ser
uma “maria-rapaz” do que um “mariquinhas”(Vieira & Vieira, 2006).
Nesta fase, em que os pais são os principais agentes de socialização,
na distribuição de tarefas e, mediante o género da criança, interferem
no seu desenvolvimento social, influenciando as suas habilidades
práticas, bem como a sua forma de agir e pensar.
De um modo geral, são frequentemente atribuídas tarefas do foro
exterior aos meninos, e tarefas mais domésticas às meninas. Além da
natureza das tarefas ser diferente, também na distribuição de tempo
dedicado a cada tarefa existe discrepância, por exemplo: o filho fica
responsável pelo corte da relva, passear o cão, lavar o carro, despejar
o lixo, enquanto a filha fica encarregue de limpar o pó, cozinhar, lavar
a loiça, passar a ferro ou cuidar de irmãos mais novos.
Nos primeiros anos da infância, as meninas revelam maior
capacidade criativa ao nível das brincadeiras, no entanto isso altera-se
a partir da idade em que lhes é solicitada participação nas tarefas
domésticas, pois, até os brinquedos que lhes são oferecidos, simulam
os papeis desempenhados pelas mulheres no contexto real, limitando
aí a capacidade de imaginação de coisas novas.
Comparativamente, no caso dos rapazes que, por serem menos
envolvidos na vida doméstica, permite-lhes mais tempo para invenção
de situações imaginárias, bem como a oportunidade de convivência
com os grupos de pares (crianças das mesmas idades), o que promove
uma maior autonomia e independência, concluindo então que o sexo
masculino tem mais privilégios e menos responsabilidades(Magano,
2014).
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Relativamente às raparigas, a convivência com adultos e crianças
mais jovens, reflete-se num aumento de sensibilidade e empatia para
com as necessidades do outro. Isto também as torna emocionalmente
mais dependentes e menos autónomas, devido à supervisão mais
próxima que os pais exercem sobre elas.
Assim, a “Socialização primária é, em geral, a mais importante e a
que tem mais impacto para o individuo, uma vez que funciona como
estrutura básica de toda a socialização secundária.”(Magano, 2014).
Posteriormente à aprendizagem inicial da infância, surge a
socialização secundária, que envolve a adoção de novos papéis sociais
e que contribuem para a formação da personalidade. Pode ser algo
leve, sem mudanças profundas, mas também pode significar
transformações significativas. Por exemplo, quando nos casamos,
precisamos de nos ajustar a uma nova vida, compartilhar problemas e
viver com outra pessoa. Ao longo da vida, passamos por vários desses
processos, onde aprendemos e nos adaptamos a novos ambientes e
situações. A socialização secundária abrange qualquer experiência que
nos introduza em novos aspetos da sociedade em que vivemos.
Quando se fala em papel social, trata-se do comportamento
esperado de acordo com normas e valores que nos guiam sobre o que
é considerado como a conduta mais apropriada (Magano, 2014). São
todos os papéis que desempenhamos na sociedade e existem em
relação aos outros papéis que ocupamos. Por exemplo: só somos pais
se tivermos filhos.
Segundo Etaugh e Liss (1992), a escolha por determinadas
profissões estaria diretamente relacionada com as tarefas que lhes
eram atribuídas em crianças (Magano, 2014). Certas mulheres
assumem o papel de cuidadoras do lar, pelo lado maternal incutido
pela mãe, e os homens, por lhes ser dada maior oportunidade de
“desenrasque” fora do seio familiar, e com isso adquirirem
competências de assertividade e argumentação, serem vocacionados
para cargos de chefia (Vieira & Vieira, 2006).
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O quotidiano de uma pessoa é assim moldado pela rotina adquirida
ao longo dos anos através da socialização, juntamente com momentos
imprevisíveis que, mesmo não sendo frequentes, fazem parte da
experiência diária pelo que o dia a dia é composto tanto por hábitos
rotineiros quanto por surpresas esporádicas (Magano, 2014). Este
quotidiano tem um papel fundamental na formação da identidade, na
assimilação de valores sociais e no entendimento do funcionamento da
sociedade em que a pessoa está inserida.
Em suma, este tipo de socialização diferencial em função de género,
pode promover perpetuação de mitos e de preconceitos que se
materializa em uma certa sustentabilidade à expressão de que as
mulheres são o sexo forte porque, segundo dados estatísticos, as
mulheres trabalham mais duas horas diárias que os homens (incluindo
as tarefas domésticas), e por adquirirem um maior nível de habilidade
do que os homens, desempenham melhor as tarefas e em menos
tempo (e por isso as mesmas lhes são atribuídas) (Vieira & Vieira,
2006). Considero que é importante continuar a analisar esta temática
e a evidência produzida, tendo em conta os novos modelos familiares
bem como a diferença do papel da mulher na sociedade e na carreira.
Bibliografia
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