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Análise do Comportamento II

Esquemas de reforçamento
Análise do Comportamento II
Esquemas de reforçamento
• Esquemas de intervalo • Esquemas contínuos
• Intervalo fixo • Reforçamento contínuo
• Intervalo variável • Esquemas intermitentes
• Esquemas de Razão • Razão fixa
• Razão fixa • Razão variável
• Razão variável • Intervalo fixo
• Aplicações do conceito • Intervalo variável
Professor: Almir Dalmolin Filho
• Games Curso: Psicologia
• ABA Turma: 4º período
O que são?
• Os esquemas de reforçamento são arranjos de
contingências de reforçamento;

• Especificam uma relação de dependência entre a


quantidade de respostas, ou sua distribuição
temporal, e a quantidade de reforços produzidos
por essas respostas.
O que são?
• Deacordo com Ferster e Skinner (1957) esquemas
de reforçamento são regras (ou critérios) que
especificam as relações entre respostas e
reforços.

• São importantes para compreendermos como


alguns de nossos repertórios são mantidos e com
que “dedicação” nos engajamos em determinadas
atividades em detrimento de outras
O que são?
• Porexemplo, como será a história
de distribuição de reforços que
torna as pessoas mais
persistentes?

• Por que será que olhamos


sempre na caixa de correio
quando entramos em casa?
O que são?
• Porque será que a dona de casa experiente
espera 40 minutos depois de pôr a roupa na
máquina de lavar antes de abri-la para tirar a
roupa limpa?

• As respostas a essas perguntas certamente


passarão pela descrição dos esquemas em que as
respostas examinadas estão sendo reforçadas.
Intervalo e Razão
• Intervalo: Quando o reforçamento depende da
passagem do tempo, dizemos que o esquema
intermitente é de intervalo.

• Razão: Quando o reforçamento depende da


emissão de um determinado número de respostas,
dizemos que o esquema é de razão.
Esquemas de
reforçamento:

Intervalo

Professor: Almir Dalmolin Filho


Tema: Esquemas de
reforçamento
Esquemas de Intervalo
• Intervalo: Depende do tempo (Distribuição
temporal);

• IntervaloFixo (FI): Ocorre sempre em um


determinado horário ou após um determinado tempo;

• IntervaloVariável (VI): Não há um intervalo de


tempo definido para receber o reforço;
Esquemas de intervalo
• Em um esquema de intervalo, a probabilidade do
reforço aumenta com a passagem do tempo, ou
seja, o próprio sujeito não pode fazer com que o
reforço venha mais depressa ou mais devagar.

• Dessa forma, não faz diferença se o sujeito


emite uma única resposta ou se ele responde o
tempo todo, já que basta uma resposta após ter
decorrido o intervalo para que o reforço ocorra.
Intervalor fixo: o que é?
• Quando a resposta só é reforçada após a
passagem de intervalos de tempo fixos
(invariáveis) dizemos que o esquema é de intervalo
fixo.

• Isso ocorre, por exemplo, quando se recebe um


reforço sempre em determinada hora.
Intervalo fixo: exemplo
• Suponhamos que, em
uma cidade muito
organizada, haja um
serviço de metrô tão
eficiente que é possível
dizer, sem nenhuma
dúvida, que passará um
trem na estação
exatamente a cada 15
minutos.
Intervalo fixo: exemplo
• Um usuário desse metrô poderá emitir várias
respostas de olhar para o túnel do metrô;

• Só após a passagem de 15 minutos é que essa


resposta será reforçada pela presença do trem se
aproximando e, obviamente, pela possibilidade de
se tomar o trem.
Intervalo variável
• Quando o intervalo de tempo que é necessário
transcorrer para que a resposta seja reforçada é
variável, dizemos que o esquema é de intervalo
variável.

• Intervalo
variável ocorre quando não se sabe o
exato momento que um estímulo será recebido, ou
quando varia a hora em que ele é recebido.
Intervalo Variável: exemplo
• Um exemplo desse tipo
de esquema é a
contingência na qual se
engajam os usuários
dos ônibus de Belém.

• Utilizamos o exemplo
Intervalo fixo: exemplo
• Vendo uma criança
assistir a televisão,
com um aparelho de
controle remoto na
mão, é possível ver o
efeito do esquema de
intervalo (quase) fixo.
Sa (estímulo Sc (Estímulo
R (Resposta) Elo
antecedente) consequente)

Filme Assistir Comercial P+

Comercial R-
Comercial Mudar de canal
Outro canal R+

Voltar para o canal


Outro canal Comercial P+
do filme

Comercial R-
Comercial Mudar de canal
Outro canal R+

Voltar para o canal


Comercial Filme R+
do filme
Intervalo fixo: exemplo
• Quando começa o intervalo comercial, a criança
muda de canal e assiste a um programa menos
preferido;

•À medida que passa o tempo, a criança começa a


mudar frequentemente para o canal anterior, antes
do intervalo comercial terminar.
Intervalo Variável: exemplo
• Umintervalo variável de tempo transcorre entre a
passagem de um e outro ônibus da mesma linha.

•Aresposta de olhar para a direção de onde vem o


ônibus é reforçada em um esquema de intervalo
variável.
Esquemas de
reforçamento:

Razão

Professor: Almir Dalmolin Filho


Tema: Esquemas de
reforçamento
Razão
• Razão: Depende da quantidade de respostas
(Quantidade de reforços);

• Razão fixa (VR): Depende de um determinado


número de respostas para se receber um reforçador;

• Razão variável (FR): Não há um número específico


de respostas para receber o reforçador.
Esquemas de razão
• Nos esquemas de razão, o sujeito deve,
necessariamente, emitir todas as respostas
exigidas para que o reforço ocorra;

• Ouseja, a probabilidade de reforço aumenta com o


número de respostas, não importando em quanto
tempo elas são emitidas.
Razão fixa: exemplo
• Quando se liga para uma
pessoa, se deve emitir o
comportamento de DIGITAR
várias vezes até que o
número esteja completo,
possibilitando assim, emitir o
comportamento de LIGAR.

•1 2 3 4 5 6 7 – 8 9 10 11
Consequências: RAZÃO FIXA
• Como consequência da exposição ao esquema
de razão fixa, desenvolve-se, em geral:

• Taxas de resposta elevadas e constantes até o


reforço seguidas de uma pequena pausa após
reforço que, apesar de fazer parte das
características do comportamento adaptado ao
esquema, não faz parte da definição do esquema.
Razão variável: exemplo
•A quantidade de
pessoas que um
vendedor tem que
atender para
vender um item, ou
quantas vendas ele
fará em um dia.
Razão variável: como medir?
• Se fosse necessário
determinar o valor da
razão variável a que o
vendedor está submetido,
poderíamos fazer uma
média entre o número de
respostas dadas e dividir
pelo número de reforços
obtidos.
Esquemas de
reforçamento:

Comparação

Professor: Almir Dalmolin Filho


Tema: Esquemas de
reforçamento
Esquemas: Contínuos
• Quando o esquema de reforçamento especifica
que todas as respostas de uma determinada classe
operante serão reforçadas (um reforço para cada
resposta), nomeamos o esquema de “esquema de
reforçamento contínuo” ou CRF (Continuous
Reinforcement).

• Esse é um esquema que produz uma taxa de


respostas moderadamente alta.
Esquemas: Contínuos
• Um aspecto interessante a respeito do esquema de
CRF é que, apesar de produzir frequências altas e
contínuas da resposta, o organismo submetido ao
esquema de CRF para de trabalhar por algum
tempo cada vez que recebe um reforço;

• Esse é o conhecido fenômeno das “pausas pós-


reforçamento”.
Esquemas: Contínuos
•O fenômeno das “pausas pós-reforçamento”
que levou alguns pesquisadores a levantarem a
hipótese de que:

•O reforço, além de produzir um aumento na


probabilidade de ocorrência futura de resposta
reforçada teria uma função inibitória imediata sobre
essa resposta e outras da mesma classe operante.
Esquemas: Contínuos
•O esquema de reforçamento contínuo é raro em
nossa vida cotidiana.

• Se você pensar um pouco, vai descobrir que é


difícil encontrar uma resposta sua que seja
reforçada toda vez que ocorre.
Esquema contínuo: Exemplo
• Fazendo um esforço, nós podemos
encontrar um exemplo que se
aproxima de reforçamento contínuo.

•É o caso de uma criança mimada,


que consegue TUDO dos pais.

• Provavelmente, o comportamento de
pedir da criança está sendo
reforçado pelos pais em CRF.
Esquemas: contínuos

Critério para liberação Terminologia Características do


do SR+ desempenho

Uma única resposta (1/1)


• Rápida aquisição do
responder (em relação
CRF aos intermitentes).
• Menor resistência à
(Continuous Reinforcement)
extinção (em relação
aos intermitentes).
Esquemas: intermitentes
(consequências)
• Todos os esquemas intermitentes têm em comum o
fato de produzirem um desempenho mais resistente à
extinção.

• De fato, no momento em que se interrompe a


apresentação do reforço, o efeito do reforçamento
sobre o desempenho mantido por CRF é eliminado
(isto é, volta a seu nível operante) mais rapidamente
do que o efeito sobre o desempenho mantido por
esquema intermitente.
Esquemas: intermitentes
Critério para liberação do SR+ Terminologia Características do
desempenho

Fixa: O Valor da Razão é • Altas taxas.


Estável. Ou seja, não há • Pausa pós-reforçamento.

Razão: Número
variação na exigência do
valor de respostas FR • Responder desacelerado
após o reforçamento e
necessário para a produção (Fixed Reinforcement) gradualmente acelerado até a
de respostas em do reforçamento de produção do próximo
tentativa para tentativa. reforçamento.
Valores
descontínuos
(diferentes de • Altas taxas.
• Sem Pausa pós-
1/1). Variável: O Valor da
Razão é Mutável, Sendo VR reforçamento.
• Responder constante
Seus Valores Expressos na (Variable (probabilidade de
Forma de Média. Reinforcement)
reforçamento igual a cada
instante).
Esquemas: intermitentes
Critério para liberação do SR+ Terminologia Características do
desempenho

• Pausa pós-reforçamento.
• Responder desacelerado
Intervalo: Fixo: O Valor do após o reforçamento e
Uma Intervalo Permanece o FI gradualmente acelerado
Mesmo a Cada Tentativa (Fixed Interval) até a produção do próximo
Resposta reforçamento.
Emitida Após • Poder regenerativo.
a Passagem • Sem Pausa pós-
de Um Variável: O Valor do
reforçamento.
Intervalo Intervalo Muda, Sendo VI • Responder constante
(probabilidade de
Temporal. Seus Valores Expressos
(Variable Interval) reforçamento igual a cada
na Forma de Média.
instante).
• Poder regenerativo
Esquemas de reforçamento e
resultados
Razão variável – Jogo patológico
•A maior
dificuldade de
extinção pode
estar no fato de o
indivíduo esperar
que alguma hora
vai ser reforçado
se continuar
emitindo tal
comportamento.
Psicologia dos
jogos

Games e
gamificação
Professor: Almir Dalmolin Filho
Tema: Esquemas de
reforçamento
Psicologia e jogos
•A psicologia pode ser aplicada aos jogos por
exemplo para trabalhar com a aprendizagem;

•A aplicação dos jogos para a aprendizagem é


chamada de games e gamificação;

• Podemosestudar os efeitos da interação do usuário


com o jogo através da Análise do Comportamento.
Intervalo fixo
• Depois de algum
tempo seus
vegetais estarão
prontos para
colher.

• Cria-se vínculo.
Intervalo variável
• Há uma chance de
se ganhar um
prêmio a medida
que o tempo se
passa. A chance é
aleatória, ou seja,
esse tempo não é
fixo;
• Elemento surpresa.
Razão variável
•A chance de obter um item
ou prêmio:

Ao girar uma roleta, nos “drops”;


Ao matar um inimigo;
Ao vencer o jogo;
Etc.
Razão fixa
• Executardeterminados objetivos para realizar uma
função e ganhar os reforçadores.
Aplicações
• Osconceitos e estudos psicológicos da Análise do
Comportamento podem ser aplicados em várias
áreas. Ramos de atuação
do psicólogo

Análise do Conceitos e suas


Aprendizagem
comportamento aplicações

Jogos

Outros
Referências
• Azoubel, M. S., & Pergher, N. K. (2017). Levantamento sobre a utilização de jogos na
Análise do Comportamento Aplicada. Perspectivas Em Análise Do Comportamento,
8(2), 215-225. https://doi.org/10.18761/PAC.2016.014
• BARBA, Lourenço de Souza. Variabilidade Comportamental Operante e o Esquema de
Reforçamento Lag-N. Acta comport.,  Guadalajara ,  v. 18, n. 2, p. 155-188,   2010 .  
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0188-
81452010000200001&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  06  maio  2021.
• BAUM, William M. Compreender o Behaviorismo: ciência, comportamento e cultura.
Porto Alegre: ARTMED.1999.
• FARIAS, Ana Karina C. R. de-. Por que “Análise Comportamental Clínica?” Uma
introdução ao livro. In: FARIAS, Ana Karina C. R. de- e colaboradores. Análise
Comportamental Clínica: Aspectos Teóricos e Estudos de Casos. Porto Alegre: Artemed,
2010. Cap. 1. P. 19-29.
• GALVÃO, O. F.; BARROS, R. S. Curso de Introdução à Análise Experimental do
Comportamento. São Paulo: Copymarket. 2001.
Referências
• MONTELES, Karla Maria Costa; PARACAMPO, Carla Cristina Paiva; ALBUQUERQUE, Luiz Carlos de.
Efeitos de uma história de reforço contínuo e de conseqüências sociais sobre o seguir regras. Psicol.
Reflex. Crit.,  Porto Alegre ,  v. 19, n. 2, p. 186-196,    2006 .   Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722006000200004&lng=en&nrm=iso>.
access on  06  May  2021.  https://doi.org/10.1590/S0102-79722006000200004.
• MOREIRA, Marcio B. ; MEDEIROS, Carlos A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
• ROBERTO-FONSECA, Abraão. Ensino de relações arbitrárias e busca de simetria em Cebbusapella.
2010. 51p. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas, Programa de Pós Graduação em Teoria de Pesquisa do Comportamento, Belém.
• SAMPAIO, Angelo Augusto Silva; OTTONI, Eduardo Benedicto; BENVENUTI, Marcelo Frota Lobato. A
Análise do Comportamento no contexto do estudo evolucionista do comportamento social e da cultura.
Estud. psicol. (Natal),  Natal ,  v. 20, n. 3, p. 127-138,  Sept.  2015 .   Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2015000300127&lng=en&nrm=iso>.
access on  22  Apr.  2021.  http://dx.doi.org/10.5935/1678-4669.20150015.
• SKINNER, Burrhus Frederic. Ciência e Comportamento Humano. Trad. João Carlos Todorov, Rodolfo
Azzi, 11 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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