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Instituto de Educação Superior Ramundo Sá

Curso de Bacharelado em Psicologia

ESQUEMAS DE
REFORÇAMENTO
ESQ UEM A DE
REF ORÇAM ENTO


ESQUEMA DE R EFO RÇA MEN TO CONTÍNUO


ESQ UEM A DE REF O RÇAM ENTO INTERM ITENTE


ESQUEM A DE REF ORÇAM ENTO INTERMITENTE

• Comportamentos intermitentemente reforçados: são


aquelas comportamentos que não precisam ser reforçados
todas as vezes em que ocorrem para continuar sendo emitidos.
PR INC IPAIS ESQ U EMA S D E R EFO RÇA MENTO IN TER MITENTE

• Estes se organizam de acordo com:


- O número de respostas para cada reforçador (isto é, esquemas
de razão) ou tempo entre reforçadores (isto é, esquemas de inte-
valo);
- Se o número de resposta ou o tempo entre reforçadores é sem-
pre o mesmo (isto é, razão ou intervalo fixos) ou muda de refor-
çador para reforçador (isto é, razão ou intervalo de variáveis).
ESQUEM AS DE RAZÃO

• Os esquemas de razão se caracterizam por exigirem um certo


número de respostas para a apresentação de cada
reforçador, isto é, para que o reforço seja apresentado, é
necessário que um certo número de respostas (mais do que
uma) seja emitido;
• Existem dois tipos principais de esquemas de razão: razão fixa
e razão variável.
RAZÃO F IXA

• Neste esquema, o número de respostas exigido para a


apresentação de cada reforçador é sempre o mesmo;
• Exemplo: Joãozinho está na aula de educação física. Para
poder beber água, ele deve dar cinco voltas na quadra de
basquete. Então, toda vez que dá cinco voltas, o professor o
autoriza a beber água.
RAZÃO VARIÁVEL

• Neste esquema, muito mais comum em nosso cotidiano, o


número de respostas entre cada reforçador se modifica , isto
é, varia.

"UM CABEL EIREIRO CORTA CABEL OS NESTE ESQUEMA . SE EL E GAN HAR


R$ 2 0 ,0 0 POR CORTE , O REFOR ÇO SERÁ CONTINGENTE AO N Ú MERO DE
TESOURADAS QUE EL E DAR Á EM CADA CABEL O . ENTRETANTO , O N Ú MERO
N ÃO SERÁ O MESMO DE UM CORTE PARA O OUTRO . PORTANTO , O
N Ú MERO DE T ESOU RADAS PARA CADA R $ 20,00 OBTIDOS É VARI ÁVEL ; EM
OUTRAS PAL AVRAS , CORTAR CABEL OS EST Á EM VR"
RAZÃO VARIÁVEL

• Quando dizemos que um comportamento está em razão


variável 30 ou VR:30 , significa, que, em média, a cada 30
respostas, uma é reforçada
ESQ UEM AS DE INTERVALO

• Nos esquemas de intervalo, o número de respostas não é


relevante, bastando apenas uma resposta para a obtenção do
reforçador;
• O tempo decorrido desde o último reforçador é o principal
determinante de uma nova resposta ser ou não reforçada;
• Tipos de esquema de intervalo: fixos ou variáveis.
INTERVALO FIXO

• Neste esquema, o requisito para que uma resposta seja reforçada


é o tempo decorrido desde o último reforçamento;
• O período entre o último reforçador e a disponibilidade do próximo
reforçador é sempre o mesmo para todos os reforçamentos.
INTERVALO FIXO

• É difícil verificar exemplos deste tipo de esquema, uma vez que o


nosso ambiente é bastante variável;
• Os melhores exemplos dizem respeito a eventos regulares, como
programas de TV diários ou semanais.
INTERVALO FIXO

Um exemplo com o r a to ser ia assim : se a r esposta d e p ress ão à


barra estiver em F I :1 ’ (um minuto ), a s r esp ostas d e p ress ão à
barra só ser ã o r ef or c ̧ a das quando passar um minuto desde o
último r ef or c ̧ o . Por tanto , quando o animal é r efor c ̧ a d o, um
cron ô m et r o é disparado , contando o tempo a té um minuto . Depo is
d e passado esse minuto , a p r óxima r esposta será refor c ̧ a da . O
cron ô m et r o é z er ado , sendo disparado outr a vez a té atingir um
minuto , quando a p r óxim a r esposta ser á r ef or c ̧ a d a .
INTERVALO F IXO

Observaçõ es :

• O r ef o r c ̧ o s o m e nte se r á lib er ad o c as o o o rg a n is m o s e
c o mp o rte ; po rt ant o , a lé m d o te m po , d ev e o c or r e r pe l o
menos uma resposta para que haja o refor ç o;

• Res p o st as n o m ei o do inte r v alo n ã o s ã o re f or ç adas ,


mas, elas não prod uz e m ne nhum prej u í z o à
disponibilid ad e do refor ç o ao final do interval o .
INTERVALO VARIÁVEL

O es que m a de inte rv alo v ari á v el é s i mi l a r ao


i nte r v al o fixo , com a dife re n ç a de que os
inte r v alo s e ntr e o ú ltim o re f o r c ̧ a do r e a pr óxi m a
disp o nibilid ad e n ã o s ã o o s m es m o s , o u se j a , s ã o
vari áve is .
INTERVALO VARIÁVEL

Ac ha r um a m ú si c a bo a n o r á dio mudando de e sta ç ã o est á


s ob c o ntr ole des s e es que m a . D e te mp o s e m te m p o s
v ar i á vei s , no ss a re spost a de trocar de est a ç ã o é
refor ç ad a ao achar uma música de que gostamo s .
INTERVALO VARIÁVEL

Arr u m ar - se p ar a o na mor ado tam bé m e st á sob esse


esq u e m a : às v e zes , ele per c e be e f az elog i o s , à s v e z es ,
n ã o . E n ã o h á um a re g ul ar id ade t e mp o r al , c o m o n o c a s o
do i n terv a lo fix o . E m m édia , um a ve z po r m ê s el e e lo gi a .
Se n d o a ss im , dize m o s q ue o c o mp o r tam e nt o d e s e a rr u m a r
est á em VI:1 mês .
INTERVALO VARIÁVEL

De f o r m a similar à r az ã o v ari á vel , a o n o s re fe rir m o s a o


i nte r v alo v ar i á vel 3 0 se g und o s , o u simp l es m e nt e V I 3 0”,
sig nific a que o re f o r c ̧ o est ar á d isp o n í vel a c ad a 3 0
segundo s em média.
TEMPO DE DISP ONIBILIDADE

• Cotidian amente os refor ç a dores ficam dispon í veis por


temp o d ef inid o .

• Se demorarmos a trocar d e esta ç ão d e rá dio , a músi ca


boa pode acabar e p erd eremos o ref or ç a dor .

• Um recurso metodol ógico e m experimentos para aumentar


a si m ilarid ade ent re a si t ua ç ã o coti d ian a e a situa c ̧ ã o
experi ment al é o t emp o de d i sp onibilidade, o qual
representa um limite temporal p ara a resposta ser
emi tid a .
TEMPO DE DISP ONIBILIDADE

Caso o organismo não responda (p . ex., o rato não pressione a


barra ) dent ro d e um l i mi t e d e t empo desde o i ní cio d a
disponib ilid ade d o ref or ç o , esse d ei xa d e estar dispon í vel ,
sendo rei ni ci ad a a co nt agem d o i nt ervalo para a p róxima
disponib ilid ade .
1. Di feren tes esque mas de r efor ç am en to in termi ten te
produze m dif er en t es t ax as de res postas . Qual das
alter na tiv as a s eg uir a prese nt a ess es esquemas em
ordem cr escente ( da taxa mais baixa para a mais alta )
em rela ç ã o à taxa de resposta que produzem?

a) int erval o fixo, i nt erval o vari áv el , ra z ão fixa e raz ão vari áv el


b ) interval o vari ável , razão fixa, razão vari á vel e intervalo fixo
c) raz ão fixa, i nterval o fixo, raz ã o vari ável e intervalo vari ável
d ) razão va ri ável , i nt erval o vari áv el , i nt erval o fixo e raz ão fixa
e) intervalo vari ável , intervalo fixo , razão vari ável e razão fixa
2. Esqu ema de refor ç a men to ideal para o
estab ele ci men t o do com porta men t o e que deixa o
comportamento menos resistente à extin ç ã o:

a) razão f ixa
b ) CRF
c) int erval o vari ável
d ) tand em
e) temp o f ixo
3. O padr ão d e respostas caracter ístico do in tervalo fixo
é:

a) responder rápido e sem pausas ap ós o refor ç a mento


b ) pausas curta s ap ós o ref or ç a men t o e responder rápido
at é o ref or ç a ment o
c) responder constante com taxa moderada
d) l ongas pa usas ap ós o ref or ç a mento e au mento
posit ivame nte acel erad o na t a xa d e respostas no final d o
interval o
e) responder rá p i d o ap ó s o ref or ç a ment o , pausa n o meio d o
intervalo e responder rápido no final d o intervalo
4. Modelo m at em át ico d ese n volvido para des crever o
comportamento de escolha em esquemas concorrentes :

a) lei d a i ntensi d ad e e magni t ud e


b ) lei d a iguala ç ã o
c) lei d o ref or ç o
d ) lei d a l at ê n cia
e) lei d o ref lexo
5. Esque mas util izado s pa ra p roduzir altas taxas ,
baix a s t axas e e nfraq uec e r comportamentos - alvo ,
respectivament e :

a) VR, F R e puni ç ã o
b ) DRH, F I e extin ç ã o
c) DRH, DRL e DRO
d ) DRL, DRO e DRH
e) DRO, DRH e DRL
LEITURA PARA P RÓXIM A AULA...

Moreira, M. C., & Medeiros, C. A. (2019). Análise funcional do comportamento.


Editora Artmed.
Instituto de Educação Superior Ramundo Sá
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ESQUEMAS DE
REFORÇAMENTO

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